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1 3 13 KN PT-C ISBN SERVIÇO DAS PUBLICAÇÕES OFICIAIS DAS COMUNIDADES EUROPEIAS L-2985 Luxembourg

2 Brochura 2002 pt As políticas estruturais e os territórios da Europa

3 A Comissão Europeia agradece a todos os organismos públicos (nacionais, regionais e locais), às associações e às entidades do sector privado que permitiram reunir toda a informação necessária para a presente publicação. Fotos cedidas (páginas): Mike St Maur Sheil (1, 2-3, 4, 8, 11, 13, 15, 17, 18, 21, 26, 31, 39, 40, 43), LODIS (6, 11), Université de Valenciennes (7), Euregio Egrensis (12) Salzburg AG (14), Finnish Rail Administration (16), Région autonome du Val d Aoste (19), Vienna-Györ Cooperation (20), Fachhochschule Münster (22), Gilbert Heymes (23), Per Pettersson (24), Institución Ferial de Zafra (25), Sächsisches Staatsministerium für Wirtschaft und Arbeit (27), Association Espoir (28), Öresund Komiteen (29), Provincie Oost-Vlaanderen (30), Regione Autonoma Friuli Venezia Giulia (33), David Suwala (34), Vision Planet (35, 45), Provincie Limburg (36), CBPHC (37), SNCB (38), Camara Navarra (39), CCI Auvergne (42), Chris Heymans (41, 44). Capa: A ponte do Guadiana une a Espanha e Portugal. É possível obter mais informações sobre a União Europeia na Internet, através do servidor Europa ( bem como na página Inforegio ( Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, 2002 ISBN Comunidades Europeias, 2002 Reprodução autorizada mediante indicação da fonte Concepção e realização: AEIDL Jornalismo: Pierre Ergo, Jean-Luc Janot e Eamon O Hara Printed in Belgium IMPRESSO EM PAPEL BRANQUEADO SEM CLORO

4 Índice Prefácio de Michel Barnier 5 Cooperação transfronteiriça e transnacional 6 Instrumentos ao serviço de uma integração regional cada vez mais intensa dentro e fora da União 7 Os desafios específicos nas fronteiras externas 11 Transportes e telecomunicações 14 Ambiente sem fronteiras 18 Cooperação económica 22 Formação e emprego 26 Cultura, turismo e informação 30 Administração e gestão comuns 34 Cooperação transnacional 38 Pequeno glossário da cooperação transfronteiriça, inter-regional e transnacional 47

5 4

6 5 Prefácio As regiões fronteiriças da Europa transportaram durante muito tempo a marca da sua história: tradicionalmente isoladas das capitais, eram muitas vezes o símbolo das divisões do Velho Continente, estando no centro das querelas territoriais que o dilaceravam. A construção europeia contribuiu para mudar o seu estatuto. A supressão das fronteiras económicas na União Europeia e a liberdade de circulação deram às regiões fronteiriças novas oportunidades de cooperação para além dos limites nacionais. A política regional europeia visa, em especial, limitar os «efeitos de fronteira», existindo uma iniciativa comunitária específica, Interreg, consagrada à cooperação entre regiões situadas dos dois lados das fronteiras nacionais. Tendo exercido durante 26 anos funções electivas na Sabóia, região que faz fronteira com o Piemonte e o Vale de Aosta, em Itália, sou particularmente sensível à importância das acções de cooperação entre vizinhos de países diferentes. Apesar das diferenças de cultura, de língua ou de sistemas administrativos e jurídicos, conseguimos em conjunto, com o apoio da Europa, executar projectos comuns para grande benefício da população de cada um dos lados da fronteira entre a França e a Itália. Com o alargamento da Europa, um novo desafio se coloca às regiões fronteiriças nalguns Estados-Membros da actual União, bem como às regiões limítrofes dos países candidatos. Esta alteração geopolítica fundamental na Europa exige uma preparação adequada, o que explica que tenham começado já as acções de cooperação transfronteiriça com os países candidatos, mesmo antes da sua adesão. Com a criação da vertente «cooperação transfronteiriça» do programa Phare, foi introduzido um apoio financeiro específico destinado aos países candidatos. Recentemente, estas acções foram reforçadas no âmbito de um programa especial de acção transfronteiriça adoptado pela Comissão em 2001, por iniciativa do comissário Gunter Verheugen e de mim próprio, com meios suplementares e uma atenção muito especial para promover a integração e explorar ao máximo as vantagens do alargamento. A consciência destas novas fronteiras e a continuação de uma cooperação entre regiões da Europa, que começa a produzir resultados, estão no centro do grande debate que lancei em 2001 sobre o futuro da política de coesão na Europa. É essencial, no contexto deste debate, comprovar a utilidade desta cooperação ao fim de mais de dez anos de existência do Interreg. Os projectos apresentados nesta brochura são a demonstração dessa utilidade e da vontade das regiões de toda a Europa de procederem ao intercâmbio das suas melhores práticas, de aprenderem a conhecer-se melhor, de trabalharem juntas e de gerirem projectos em conjunto. As regiões trouxeram também um enorme valor acrescentado para a União Europeia. De todas essas experiências, os projectos seleccionados são aqueles que obtiveram melhores resultados, os mais inovadores e os mais exaltantes. Michel Barnier Comissário europeu para a Política Regional e Reforma das Instituições

7 6 Cooperação transfronteiriça e transnacional As regiões fronteiriças representam 40% do território dos Quinze e 25% da sua população ( 1 ). O seu desenvolvimento constitui um elemento essencial para a integração europeia e para a coesão económica e social, tendo-se obtido progressos consideráveis neste domínio nos últimos anos, através do mercado único e da União Económica e Monetária, bem como dos programas de desenvolvimento regional e de cooperação transfronteiriça. As regiões situadas nas fronteiras internas da União, ou seja, nas fronteiras entre os Quinze, constituem um grupo heterogéneo que representa 27% do território e 18% da população. Entre elas encontram-se zonas prioritárias para a política regional europeia [as chamadas zonas do «objectivo n. 1» dos fundos estruturais ( 2 )], como, por exemplo, as zonas de reduzida densidade populacional do Norte da Suécia e da Finlândia ou as zonas rurais da parte sul da fronteira entre Portugal e Espanha. Encontram-se igualmente núcleos urbanizados de indústria tradicional nas fronteiras entre os países do Benelux e a Alemanha. futuro é preciso ter em conta não só as regiões vizinhas, mas também outras mais afastadas e cooperar ao nível transfronteiriço, transnacional e inter-regional. As políticas de transportes, a gestão do ambiente e dos recursos naturais ou a disponibilização de serviços de interesse geral e das tecnologias têm consequências que excedem largamente as fronteiras e têm repercussões importantes no desenvolvimento regional. Em breve, regiões situadas actualmente fora das fronteiras passarão a fazer parte do mercado único e vão deparar com diferenças de desenvolvimento importantes em relação às regiões dos Quinze. Ao mesmo tempo, novas regiões externas à Europa alargada, ainda mais desfavorecidas, ficarão nas fronteiras da União (o alargamento previsto dará origem a 15 novas fronteiras externas e 9 fronteiras internas). As regiões situadas nas fronteiras externas da União são, na sua maioria, das regiões mais desfavorecidas e grande parte delas beneficia do objectivo n. 1 dos fundos estruturais. Assim, por exemplo, nalgumas regiões da Alemanha limítrofes da Polónia, a taxa de desemprego é duas vezes mais elevada que a média europeia. Existem, no entanto, excepções: nas regiões italianas que fazem fronteira com a Eslovénia, esta taxa é duas vezes mais reduzida. As regiões fronteiriças, por outro lado, têm de fazer face a dificuldades específicas associadas ao seu carácter periférico, à sua reduzida densidade populacional (75 habitantes por km 2, em média, nas regiões fronteiriças, contra 145 no resto da União) e às desvantagens naturais (zonas montanhosas ou costeiras), bem como às limitações das infra-estruturas de transportes. A estas dificuldades acresce uma falta de coerência na gestão dos ecossistemas transfronteiriços a água e o ar ignoram os traçados dos mapas. Hoje em dia, na Europa do euro e do mercado único, nenhuma região pode conceber o seu desenvolvimento num quadro estritamente nacional. Para garantir o seu ( 1 ) As regiões fronteiriças são definidas ao nível de NUTS 3 (ver glossário). ( 2 ) Fundos estruturais e objectivos prioritários: ver glossário.

8 Cooperação transfronteiriça e transnacional 7 Instrumentos ao serviço de uma integração regional cada vez mais intensa dentro e fora da União Projectos transfronteiriços: o desafio da gestão comum A cooperação sem fronteiras é um processo difícil e raramente espontâneo. Durante muito tempo, as autoridades e as estruturas interessadas, a diferentes níveis de poder e de competência, não tiveram por hábito o trabalho conjunto. Mesmo quando ultrapassados os preconceitos recíprocos herdados do passado, há ainda importantes obstáculos a superar. Tais obstáculos têm a ver com diferenças das instituições políticas, dos sistemas administrativos, dos procedimentos, das estruturas jurídicas e disposições legais e das normas técnicas ou ambientais, juntando-se a tudo isto, como é evidente, as diferenças linguísticas e culturais e os obstáculos físicos como as montanhas, os rios ou o mar. O apoio financeiro europeu à cooperação além-fronteiras começou nos anos 70, nas regiões situadas ao longo do Reno, entre os Estados do Benelux, a França e a Alemanha, tendo-se depois desenvolvido à medida que se iam aprofundando os laços entre os países da Europa e se realizavam os sucessivos alargamentos da União. A iniciativa comunitária Interreg foi lançada em A sua particularidade consistia em não terem, necessariamente, que ser atribuídas isoladadamente a Estados ou a regiões as subvenções europeias, podendo destinar-se a estruturas especificamente transfronteiriças como, por exemplo, as «Euro-regiões» ou «Euregios» (muito desenvolvidas entre a Bélgica, os Países Baixos, a Alemanha, o Luxemburgo e a França). Um dos aspectos mais importantes da cooperação sem fronteiras é o «efeito de alavanca» suscitado pelos seus resultados, as energias que mobilizou e a experiência que permitiu obter. Após dez anos de aplicação do Interreg, o sucesso global da cooperação é evidente. No entanto, subsistem algumas dificuldades na definição de estratégias comuns ou de coordenação prática, nomeadamente no que diz respeito aos aspectos jurídicos ou financeiros. É por isso que actualmente o principal desafio consiste em criar verdadeiras estruturas de cooperação, comuns e integradas, destinadas a gerir programas elaborados e aplicados em conjunto. Uma série de instrumentos europeus ao serviço da cooperação sem fronteiras Para assegurar a competitividade das regiões fronteiriças e ajudá-las a tirar partido das oportunidades proporcionadas pela cooperação transfronteiriça, a União coloca à sua disposição uma série de instrumentos. Nas regiões mais desfavorecidas, os grandes objectivos da política regional, prosseguidos com o apoio financeiro dos fundos Concepção de produtos à distância: Transtech colocou em rede empresas inovadoras da Alemanha, Grécia, França e Portugal.

9 8 Cooperação transfronteiriça e transnacional Ordenamento do território europeu: coordenar as políticas Em Maio de 1999, os Estados-Membros adoptaram um esquema de desenvolvimento do espaço comunitário (EDEC), destinado a fornecer aos responsáveis nacionais e regionais um instrumento europeu de reflexão sobre o ordenamento do território bem como orientações em matéria de desenvolvimento territorial. Com efeito, embora o ordenamento do território não seja da competência directa da União, constitui um desafio cada vez maior para a integração europeia. O EDEC não implica orientações políticas vinculativas para os Estados- -Membros, mas pode ajudar a harmonizar as políticas sectoriais aplicadas num mesmo território, a ter mais em atenção a continuidade geográfica ou as semelhanças económicas, ambientais, sociais e culturais de determinados espaços comuns que ultrapassam a dimensão regional e nacional. ( 1 ) Ver glossário. estruturais ( 1 ), têm em conta a situação geográfica específica das zonas fronteiriças. A iniciativa comunitária Interreg, em especial, visa atenuar o «efeito de fronteira», favorecer um desenvolvimento integrado das zonas transfronteiriças e um ordenamento do território europeu mais harmonioso. É um dos principais instrumentos da cooperação entre as regiões. O campo de acção da iniciativa Interreg, bem como a sua dotação financeira, foram progressivamente alargados. Com o Interreg III (para o período ), esta dotação atinge 5,180 mil milhões de euros (a preços de 2002). Mais do que uma simples ajuda financeira, as intervenções propõem igualmente um suporte metodológico que permita elaborar e realizar projectos em consonância com as prioridades europeias, como a igualdade de oportunidades, o desenvolvimento sustentável ou a inovação. Além disso, favorecem a optimização dos recursos (financeiros, institucionais, técnicos e humanos), bem como a eficaz participação de uma grande variedade de parceiros. O apoio à cooperação transfronteiriça: Interreg III A A cooperação entre regiões fronteiriças Interreg III, vertente A continua a ser o elemento fundamental da iniciativa, devido ao seu papel integrador, primordial para a União e para os futuros Estados-Membros. Implementa estratégias comuns que permitem desenvolver regiões ou zonas económicas e sociais transfronteiriças. Os territórios abrangidos são zonas situadas ao longo das fronteiras terrestres internas e externas da União, bem como certas zonas costeiras. Também podem ser financiadas medidas em certas zonas não fronteiriças, mas adjacentes às precedentes. Geralmente, é estabelecido um único programa para cada fronteira entre dois Estados. O Interreg III, vertente A, apoia 53 programas para , sendo 14 nas fronteiras dos países candidatos. Outros níveis de cooperação: Interreg III, vertentes B e C Se é verdade que a cooperação transfronteiriça representa o principal desafio para a União e beneficia da maior parte Boulogne-sur-Mer participa na Rede das Cidades fortificadas. do orçamento do Interreg (cerca de 67% das dotações disponíveis), as outras duas vertentes da iniciativa comunitária abrangem igualmente a totalidade das zonas fronteiriças, bem como outros territórios. Podem completar os projectos transfronteiriços em dois domínios específicos: a cooperação transnacional (vertente B, cerca de 27% das dotações disponíveis) e a cooperação inter- -regional (vertente C, 6% das dotações disponíveis). O Interreg III B, agrupa agora todas as acções de cooperação transnacional que envolvam as autoridades nacionais, regionais e locais e outros agentes socioeconómicos. O objectivo é promover a integração territorial em grandes grupos de regiões europeias, incluindo regiões para além da União dos Quinze, assim como entre os Estados-Membros e os países candidatos ou outros países vizinhos, favorecendo um desenvolvimento sustentável, equilibrado e harmonioso da União. É dada uma atenção específica, nomeadamente, às regiões ultraperiféricas e insulares. O apoio do Interreg III B abrange todo o território da União, podendo participar igualmente no programa as regiões dos países vizinhos. É estabelecido um único programa para cada um dos 13 grupos de regiões definidos: Mediterrâneo Ocidental; Sudoeste Europeu; Espaço Alpino; Noroeste Europeu; Espaço Atlântico; Mar do Norte; Mar Báltico; Periferia Setentrional; CADSES (Europa do Centro, do Adriático, do Danúbio e do sudeste); Archimed (Grécia, Sicília, Calábria, Apúlia e Basilicata); Espaço Açores-Canárias-Madeira; Espaço das Caraíbas (Guadalupe, Guiana e Martinica); Espaço do Oceano Índico (Reunião). Todas as regiões europeias, incluindo as zonas fronteiriças, têm portanto lugar neste contexto.

10 Cooperação transfronteiriça e transnacional 9 Os 53 programas Interreg III A FIN/RU - Karelia 2. FIN/EE - Suomi-Finland/Eesti 3. FIN/S - Kvarken-Mittskandia 4. FIN/S - Skärgården 5. FIN/RU - South-East Finland/Russia 6. S/NO - Sverige/Norge 7. FIN/S/NO/RU - Nord 8. DK/S - Öresund 9. DK/D - Fyn/KERN 10. DK/D - Storstrøm/Ostholstein und Hansestadt Lübeck 11. DK/D - Sønderjylland/Shleswig 12. IRL/UK - Ireland/Northern Ireland 13. IRL/UK - Ireland/Wales 14. D/NL - Ems-Dollart Region 15. D/NL - EUREGIO/Euregio Rhein-Waal/ Euregio Rhein-Maas-Nord 16. B/NL - Grensregio Vlaanderen-Nederland 17. B/D/NL - Euregio Maas-Rhein 18. B/F/L - Wallonie/Lorraine/ Luxembourg 19. B/D/L - Deutschland/Luxembourg/ Deutschsprachige Gemeinschaft Belgiens 20. B/F - France/Wallonie/Vlaanderen 21. F/UK - Kent - Sussex/Nord Pas-de-Calais - Picardie 22. D/F - PAMINA 23. D/F/CH - Oberrhein-Mitte-Süd 24. D/F - Saar/Lor/Westpfalz 25. D/PL - Mecklenburg-Vorpommen/Polska 26. D/PL - Brandenburg/Polska 27. D/PL - Sachsen/Polska 28. D/CZ - Sachsen/Ceska Republika 29. D/CZ - Bayern/ Ceska Republika 30. D/A - Bayern /Österreich 31. D/A/CH - Alpenrhein-Bodensee-Hochrhein 32. A/CZ - Österreich/Ceska Republika 33. A/SK - Österreich/Slovenska Republika 34. A/HU - Österreich/Magyarorszag 35. A/SI - Österreich/Slovenija 36. I/A - Italia/ Österreich 37. I/SI - Italia/ Slovenija 38. I/CH - Italia/Switzerland 39. F/I (Alpes) - ALCOTRA 40. F/CH - France/Suisse 41. F/I - Italia/France (îles) 42. E/F - España/France 43. E/P - España/Portugal 44. E/MA - España/Maroc 45. UK/MA - Gibraltar/Maroc 46. Italia/Balkans 47. I/AL - Italia/Albania 48. EL/I - Ellada/Italia 49. EL/AL - Ellada/Albania 50. EL/MK - Ellada/PJRM 51. EL/BG - Ellada/Balgarija 52. EL/CY - Ellada/Kypros 53. EL/TR - Ellada/Türkiye EuroGéographics Association for the administrative boundaries

11 10 Cooperação transfronteiriça e transnacional Os 13 programas Interreg III B ( )

12 Cooperação transfronteiriça e transnacional 11 O Interreg III C financia a cooperação entre os agentes em toda a Europa, sem que tenham necessariamente de estar localizados em regiões contíguas. Esta vertente permite melhorar a eficácia das políticas e dos instrumentos de desenvolvimento regional através de um vasto intercâmbio de informações, da partilha de experiências e da implantação de estruturas de cooperação entre as regiões. Podem beneficiar deste apoio os agentes de qualquer das regiões da União. As acções são realizadas através de quatro programas: Norte, Este, Oeste e Sul. As regiões dos países candidatos e de países terceiros são igualmente convidadas a participar nos programas. As outras iniciativas comunitárias e os programas regionais das acções inovadoras Para além do Interreg III, existem outras iniciativas comunitárias que têm um papel específico nas regiões fronteiriças: URBAN, Leader+ e EQUAL. Os programas regionais de acções inovadoras permitem ensaiar as ideias mais recentes (ver glossário). Os desafios específicos nas fronteiras externas O conjunto das regiões dos países da Europa Central e Oriental (PECO) candidatos à adesão, com raras excepções, apresentam um nível de rendimento per capita (produto interno bruto PIB) e de produtividade muito mais fraco do que na maior parte das regiões dos Quinze. Nas regiões situadas nas fronteiras dos Quinze, o nível médio de desenvolvimento é inferior em 50 ao das suas regiões vizinhas pertencentes à União. Além disso, as suas infra-estruturas de base (transportes, energia, gestão das águas residuais e dos lixos) apresentam grandes insuficiências. O «Comboio Verde» contribui para o desenvolvimento turístico da Sardenha. Renovação do centro histórico de Chester no âmbito do projecto europeu LODIS.

13 12 Cooperação transfronteiriça e transnacional Plano de acção comunitária a favor das regiões da União fronteiras aos países candidatos Sybillenbad: o projecto Euregio Egrensis permitiu modernizar quatro estações termais na Baviera e na Boémia. A ajuda aos países da Europa Central e Oriental Os PECO beneficiam já de três instrumentos importantes de ajuda ao seu desenvolvimento até à adesão (ajudas de «pré-adesão»). O principal instrumento é o Phare, criado em 1990 para apoiar a transição económica e política destes países, centrado actualmente no desenvolvimento das instituições, na ajuda ao investimento e na coesão económica e social. A partir de 2000, o instrumento estrutural de pré-adesão (ISPA) co-financia as principais infra-estruturas em matéria de ambiente e de transportes, enquanto o programa especial de adesão para a agricultura e o desenvolvimento rural (Sapard) actua mais especificamente nas zonas rurais. O programa Phare-CBC (Cross-Border Cooperation, cooperação transfronteiriça) constitui o equivalente financeiro do Interreg para a parte dos projectos de cooperação transfronteiriça situada nos países candidatos. A implementação de programas transfronteiriços entre as regiões da União e as regiões vizinhas dos países candidatos (mas também entre regiões dos países candidatos) constitui uma experiência nova, que conhece progressos reais todos os anos. Assim, as ajudas aos PECO e às suas regiões fronteiras à União oferecem uma oportunidade concreta de se familiarizarem com os métodos e as regras da programação comunitária e, por conseguinte, de se prepararem para gerir, após a adesão, os futuros programas de cooperação transfronteiriça e de desenvolvimento regional. As regiões da União fronteiras aos países candidatos É nas regiões da União actualmente limítrofes dos países candidatos Alemanha, Áustria, Finlândia, Grécia e Itália que os intercâmbios se vão intensificar com as novas regiões da União alargada. Por conseguinte, a Comissão Europeia apresentou em Julho de 2001 um plano de acção complementar (ver caixa) dos programas transfronteiriços existentes. Na sua comunicação sobre o impacto do alargamento nas regiões limítrofes dos países candidatos, a Comissão Europeia previu a coordenação de acções específicas a favor das regiões abrangidas, bem como a divulgação de mais informações sobre os objectivos e as vantagens do alargamento nestas regiões. O plano de acção a favor do desenvolvimento harmonioso das regiões fronteiriças conta com um total de 245 milhões de euros, dos quais 50 reservados especificamente às regiões fronteiriças dos países candidatos. As medidas propostas distribuem-se por quatro categorias: 150 milhões de euros serão afectados à criação de novas ligações no quadro das redes transeuropeias; uma ajuda financeira suplementar de 15 milhões de euros irá para intercâmbios de experiências e para projectos de tutoria conduzidos por PME das regiões situadas dos dois lados das fronteiras. Um aumento de 10 milhões de euros do orçamento do programa europeu de ajuda à juventude deverá ser consagrado aos projectos previstos nestas regiões; os meios financeiros disponíveis serão reafectados. Trata-se, em especial, de oferecer aos Estados-Membros, durante o período , a possibilidade de aumentar a ajuda às regiões fronteiriças para as preparar para o alargamento. Além disso, uma parte dos 20 milhões de euros dos recursos do Interreg previstos para a criação de redes será reservada aos projectos de cooperação nestas regiões; será assegurada uma melhor coordenação das diferentes políticas europeias, tendo em conta as necessidades específicas das regiões fronteiriças: maior coordenação entre o Phare-CBC e Interreg, possibilidade de os Estados- -Membros atribuírem auxílios estatais destinados a estas regiões, de acordo com a Comissão e em conformidade com as regras neste domínio. Para complementar estas subvenções, o Banco Europeu de Investimento concederá empréstimos suplementares para incentivar os investimentos ligados ao ambiente e às infra- -estruturas de transportes nas regiões fronteiriças dos países candidatos. Será atribuído um montante de 50 milhões de euros para esse fim ao abrigo do programa Phare.

14 Cooperação transfronteiriça e transnacional 13 A cooperação com países terceiros No que se refere às regiões da União situadas nas fronteiras de países terceiros (Croácia, Jugoslávia, antiga República jugoslava da Macedónia, Albânia, Marrocos e Rússia), os desafios da cooperação transfronteiriça são muito diferentes: em primeiro lugar, não se trata de países candidatos; segundo, as regiões em causa apresentam diferenças de desenvolvimento muito maiores do que no caso dos PECO; por último, o aprofundamento das relações entre a União e outros países vizinhos, nomeadamente os da bacia do Mediterrâneo, reveste-se de importância política cada vez maior. Os instrumentos financeiros desta cooperação são, nomeadamente, o Programa de Assistência Técnica aos Novos Estados Independentes e à Mongólia (TACIS), o Acordo de Desenvolvimento Mediterrânico (MEDA), para apoiar as reformas económicas e sociais nos países terceiros da bacia mediterrânica, e as ajudas comunitárias à reconstrução, desenvolvimento e estabilidade (CARDS) dos países da antiga Jugoslávia. Os 32 exemplos de cooperação sem fronteiras citados na presente brochura (24 relativos à cooperação transfronteiriça e 8 à cooperação transnacional) dão uma ideia concreta da grande diversidade de programas e das energias e recursos humanos que implicam. A construção de barragens no rio Nestos para energia e irrigação beneficiou de uma cooperação Interreg entre a Grécia e a Bulgária.

15 14 Transportes e telecomunicações Transportes e telecomunicações Bilhete para a Euregio Criada em 1995 (o ano da adesão da Áustria à União Europeia), a Euregio Salzburgo-Land de Berchtesgaden- -Traunstein possuía todas as vantagens de uma zona transfronteiriça atractiva e dinâmica. Surgiu imediatamente a ideia de proceder à integração das redes de transportes dos dois lados da fronteira. O empreendimento era importante, uma vez que se tratava de dois sistemas de transportes completamente diferentes, geridos do lado austríaco pelo Salzburger Verkehrsverbund e do lado alemão pelo Regionalverkehr Oberbayern- -Betrieb Berchtesgaden. Um acordo entre as duas regiões levou à criação, em 1997, de uma associação transfronteiriça de transportes, sem que fosse necessário assinar acordos a nível nacional. Actualmente, um único bilhete, emitido em qualquer local, permite percorrer a Euregio, mudando de autocarro as vezes que se quiser e atravessando tranquilamente a fronteira. A iniciativa teve por efeito um crescimento do número de utentes dos transportes públicos, uma valorização das potencialidades geográficas e turísticas da Euregio e um reforço dos laços de cooperação. Para chegar a este resultado foi necessário instalar distribuidores de bilhetes comuns em todos os autocarros e balcões da Euregio, coordenar itinerários e correspondências ao longo de uma rede que inclui milhares de estradas, criar um sistema normalizado de zonas de preços e harmonizar diversas disposições jurídicas, financeiras e fiscais. No entanto, salvo alguns problemas de infra-estruturas, tudo se fez sem grandes dificuldades, com as duas empresas de transportes parceiras a entenderem-se muito bem, nomeadamente sobre a fixação dos preços dos bilhetes. O sistema incluiu, em primeiro lugar, os autocarros e comboios do Land austríaco de Salzburgo (com uma parte do Land da Alta Áustria) e os autocarros do Land alemão de Berchtesgaden e alargou-se depois ao Landkreis de Traunstein, integrando igualmente os caminhos-de-ferro alemães. O parque nacional do Land de Salzburgo foi dotado de uma linha transfronteiriça de autocarros para os visitantes, enquanto autocarros nocturnos asseguram aos jovens um serviço de transporte barato para as discotecas e acontecimentos culturais. EuRegio Salzburg Berchtesgadener Land Traunstein Sägewerkstr. 3 D Freilassing Tel.: ( ) Fax: ( ) rubach.euregio@tzf.de Web: Programa: Interreg II A Alemanha/Áustria Projecto: Transportes públicos de Salzburgo/Land de Berchtesgaden Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

16 Transportes e telecomunicações 15 Comboio transfronteiriço: a cooperação avança! Há alguns anos, a perspectiva de uma viagem de comboio entre Belfast e Dublim provocava suspiros de resignação, porque a viagem era desconfortável e o serviço deficiente. Hoje em dia o trajecto é mais rápido e a viagem mais segura e agradável, em carruagens modernas e limpas, conduzindo a um número crescente de passageiros. Preocupados em melhorar e integrar a ligação entre as duas capitais, as duas companhias de caminhos-de-ferro (Iarnrod Eireann na República da Irlanda e a Northern Ireland Railways) realizaram em 1988 um estudo conjunto, com o objectivo de elaborarem um plano de investimento. O projecto só conseguiu arrancar no início dos anos 90 graças à atribuição de apoio financeiro comunitário destinado ao desenvolvimento das infra-estruturas de transporte no âmbito das redes transeuropeias. O projecto exigiu a recuperação da via ao longo de 182 km e, nomeadamente, a modernização dos carris (agora soldados em contínuo), a instalação de eficientes sistemas informatizados de sinalização, a substituição de 50 pontes, passagens de nível e cruzamentos nas estações, bem como a renovação das estações de Drogheda e de Dundalk. A linha passou a dispor de novas carruagens totalmente automatizadas e climatizadas. Os comboios circulam a velocidades até 150 km/h em certos troços e o tempo de viagem foi reduzido em cerca de um quarto de hora, atingindo 1H50 com uma só paragem e cerca de duas horas com paragem em todas as estações. Apesar de disporem de duas novas e mais potentes locomotivas, não é possível atingir velocidades de ponta em todo o trajecto, devido a obstáculos físicos como valas, viadutos e curvas apertadas, e ainda à limitação de velocidade imposta em Drogheda e no troço entre Lisburn e a fronteira. No entanto, a frequência diária do serviço aumentou e o número anual de passageiros, que era de em 1993, passou para cerca de em 1997 e para hoje em dia. Cada uma das companhias registou crescimentos equivalentes no tráfego interno dos dois lados da fronteira. Um aspecto significativo do projecto é a normalização do serviço: sistema de exploração comum, marketing comum, o mesmo uniforme para todo o pessoal. Criado em 1997, o novo serviço «Enterprise» representa um modelo de cooperação transfronteiriça e constitui a espinha dorsal do desenvolvimento ferroviário da ilha. Do ponto de vista social e económico, esta operação técnica de grande envergadura ilustra bem os resultados que se podem atingir com a cooperação transfronteiriça, melhorando não só os mercados dos dois lados da fronteira mas estreitando igualmente os laços sociais entre as duas capitais e as cidades servidas pela linha. Department of Public Enterprise Setanta Centre 4th Floor Nassau St. IRL-Dublin 2 Tel.: (353-1) Fax: (353-1) Web: Programa: Interreg II A Irlanda/Irlanda do Norte Projecto: Enterprise Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

17 16 Transportes e telecomunicações Helsínquia mais próxima de São Petersburgo Helsínquia-São Petersburgo, a mais importante das ligações ferroviárias que atravessam a fronteira entre a Finlândia e a Rússia, transporta um volume de passageiros e de mercadorias em constante crescimento. Em 2010, o número anual de passageiros transportados de uma cidade para a outra, que em 1992 mal excedia os , poderá, segundo as previsões, atingir pessoas. Na futura linha directa Helsínquia-Lahti, na própria Finlândia, a frequência deverá atingir os 4,3 milhões de passageiros. Quanto ao tráfego de mercadorias com São Petersburgo, triplicou em 25 anos, situando-se actualmente em 10 milhões de toneladas. A linha directa Helsínquia-Kerava-Lahti, que faz parte da rede transeuropeia de transportes, está em fase de renovação e estará concluída em Não terá passagens de nível e será rodeada de barreiras nas zonas povoadas. Na maior parte do percurso a linha correrá paralela à auto- -estrada de Lahti, reduzindo assim os danos ambientais. Além disso, a melhoria das ligações nesta linha favorecerá o desenvolvimento dos centros económicos do Leste da Finlândia. Em direcção à Rússia, de Lahti a Vainikkala, está previsto o melhoramento da linha, incluindo a passagem para via dupla electrificada do troço Luumäki-Vainikkala, o que contribuirá para acelerar a duração do trajecto. Mais à frente, entre as estações de Vainikkala na Finlândia e Buslovskaja na Rússia (nas quais serão necessárias importantes obras de infra-estruturas para descongestionar estes pontos de passagem fronteiriços), o projecto ainda está em análise. O conjunto dos melhoramentos iniciados ou previstos diz respeito ao alargamento da bitola das vias (ligeiramente diferente entre os dois países), à sua duplicação e protecção física, às conexões, à electrificação, nomeadamente à sinalização e à segurança, ao controlo ou ainda ao equipamento ferroviário. Numa fase posterior está prevista a construção de uma via separada para os comboios de alta velocidade. Prevêem-se ainda outras obras para servir melhor os arredores de São Petersburgo. Quando esta grande obra estiver concluída, em 2006, a duração do trajecto entre Helsínquia e São Petersburgo, que já no final de 2000 passou de 6H30 para 4H20, deve ser reduzida para 3 horas. Em termos de ambiente, foram realizados diversos estudos de impacto, nomeadamente no que diz respeito a duas zonas finlandesas incluídas no programa Natura 2000: o vale de Ohkola e a floresta primária de Vähäjärvi. Regional Council of South Karelia Raatimiehenkatu 18 FIN Lappeenranta Tel.: (358-5) Fax: (358-5) timo.tuomisaari@ekarjala.reg.fi Web: Finnish Rail Administration PL 185 (Kaivotaku 6) FIN Helsínquia Tel.: (358-9) Fax: (358-9) info@rhk.fi/defeng.htm Web: Ministério do Interior PO Box Helsínquia Tel.: (358-9) Fax: (358-9) (29 12) harry.ekestam@sm.intermin.fi Programa: Interreg II A Sudeste da Finlândia Projectos: 1) Desenvolvimento do ponto de passagem fronteiriço de Vainikkala; 2) Estudo do desenvolvimento da ligação transfronteiriça Vainikkala-Buslovskaja-Luzaika Uma linha integrada na rede europeia de transportes. Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

18 Transportes e telecomunicações 17 Studienzentrum Krefeld Tannenstr. 79 D Krefeld Fax: ( ) studienzentrum.frefeld@fernuni-hagen.de Euvikon@euregio.krefeld.schulen.net Web: Studiecentrum Venlo Begijnengang 4 NL-5911 JL Venlo Tel.: (31-77) Fax: (31-77) donald.hellegers@ou.nl Programa: Interreg II A Alemanha/Países Baixos (Euregio Meuse-Reno) Projecto: Euvikon Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros Teleformação transfronteiriça Reunir toda a gama das tecnologias e telecomunicações, ensino à distância e teletrabalho para permitir aos estudantes das universidades de duas regiões o acesso aos programas académicos de cada uma delas, num contexto interactivo, foi a ideia concretizada com o projecto Euvikon («Rede de competência virtual euro-regional») na Euregio Reno-Meuse-Norte. Este projecto, realizado entre 1998 e o final de 2000, teve como parceiros a Open Universiteit (OU) de Venlo, nos Países Baixos, a FernUniversität (FU) de Hagen, na Alemanha, e os municípios de Venlo (neerlandês) e de Krefeld (alemão). Os objectivos da zona transfronteiriça consistiam em aumentar a frequência dos cursos universitários e da formação contínua, aumentar o nível geral de competências e favorecer, desse modo, o emprego qualificado na Euregio. As duas universidades oferecem, tanto aos particulares como às empresas da Euregio, em alemão, neerlandês ou inglês, uma vasta gama de estudos superiores, ministrados por uma ou outra das universidades, conforme o caso. Nalguns domínios estão previstos cursos conjuntos germano-neerlandeses. Além disso, a OU criou uma secção de formação em gestão ambiental transfronteiriça e a FU criou um Instituto de Estudos de Direito Europeu. Por outro lado, estudantes e empresas podem frequentar formações contínuas adaptadas às suas necessidades e, nomeadamente, às exigências de qualidade das empresas. Existe, em permanência, um serviço de orientação e de aconselhamento personalizado para os estudantes, que têm a possibilidade de participar em estágios. Dispõem de um ambiente Internet completo e são-lhes fornecidos CD- -ROM interactivos de demonstração. No âmbito da formação à distância, podem beneficiar igualmente da ajuda de tutores, participar em fóruns electrónicos e, mesmo, trabalhar à distância para as empresas como «empregados virtuais». As condições de inscrição são determinadas por cada instituição de acordo com critérios mais flexíveis que noutros estabelecimentos. Os estudos superiores, assim como as acções de formação e os estágios, dão acesso a diplomas ou certificados reconhecidos mutuamente. Esta fórmula de ensino, claramente inovadora, resultou em pleno e a reputação da Euvikon continua a aumentar; são numerosos os contactos estabelecidos com as empresas e as câmaras de comércio ou de indústria.

19 18 Ambiente sem fronteiras Ambiente sem fronteiras As paisagens que fazem a Europa A nossa velha Europa perderia muita da sua beleza se as suas paisagens rurais continuassem a degradar-se. Foi isso que compreenderam na Alemanha os criadores de gado da cooperativa agrícola «Sächsiche Schweiz e.g» (Cooperativa da Suíça Saxónia), do nome da zona de protecção da natureza onde iniciaram a criação de um rebanho de ovinos, e que compreende um parque regional. Este espaço natural, verdadeiro mosaico de nichos ecológicos de grande interesse, de zonas arborizadas diversificadas, de planícies e de cadeias montanhosas de baixa altitude, prolonga-se para o outro lado da fronteira. Desejosos de reforçarem os contactos com os seus vizinhos checos para trocarem experiências em matéria de reconversão agrícola e de conservação da paisagem, estes criadores beneficiaram do apoio do Interreg. Assim, em 1998 foi lançado um projecto de gestão produtiva dos prados, respeitadora do ambiente, que faz parte de uma série de projectos ligados à protecção do ambiente na euro-região Elba/Labe. Concebido para um período de pelo menos dez anos, o projecto compreende também a reestruturação da cooperativa e a criação de postos de trabalho permanentes na região. Foram concluídas as instalações necessárias para estábulo dos animais em Saupsdorf, um silo foi convertido em parque para carneiros, foi construído um novo curral e foi contratado pessoal para a tosquia dos animais. Mais de 350 merinos usufruíram de um extenso pasto de 80 hectares, situado na parte extrema do parque nacional da Suíça Saxónia e outro de 240 hectares na zona de conservação contígua. Outra vertente do projecto incidiu na comercialização da carne de borrego, para que o financiamento da iniciativa pudesse prosseguir depois de esgotado o capital inicial. Do lado checo, onde quatro rebanhos, com cerca de cinquenta carneiros cada, pastam agora em terras fronteiriças, as acções de cooperação incluem ainda uma iniciativa de formação profissional destinada a permitir que os alunos da Escola de Decin beneficiem da experiência de Saupsdorf no domínio da comercialização dos ovinos. Euroregion Elba-Labe Kommunalgemeinschaft Euroregion Oberes Elbtal/Osterzgebirge e.v. Dr.-Wilhelm-Külz-Str. 6 D Pirna Tel.: ( ) Fax: ( ) info@euroregion-elbe-labe.de Web: Programa: Interreg II A Alemanha/República Checa Projecto: Criação de ovinos Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

20 Ambiente sem fronteiras 19 De um vale para o outro Tornar a fronteira mais aberta através dos Alpes franco- -italianos e valorizar o seu valioso património natural e cultural, respeitando ao mesmo tempo os imperativos de protecção do ambiente, é o desafio das acções efectuadas com o apoio do Interreg nos territórios em torno do monte Branco. A montanha é a natureza. O incentivo de um turismo alpino respeitador do ambiente é um dos objectivos da «Conferência transfronteiriça Espaço Monte Branco», organismo fundado pela região autónoma italiana do Vale de Aosta e pelo Sindicato Intermunicipal «Espaço Natureza Monte Branco», do lado francês, e pelo cantão suíço de Valais. Foram seleccionados cinquenta percursos pedestres transfronteiriços à volta do monte Branco, segundo itinerários temáticos destinados a valorizar as diferentes atracções da montanha: os glaciares, a floresta, as zonas pantanosas, as minas, as pastagens, a arquitectura tradicional, etc. Estes itinerários constam de um guia de promoção publicado no Verão de 2001 em duas edições, uma francesa e outra italiana. Pretende-se, simultaneamente, sensibilizar os caminhantes e proteger o ecossistema, repartindo melhor os fluxos turísticos, a fim de descongestionar os circuitos mais frequentados. Uma cooperação trilateral para preservar o meio alpino. A montanha é também o perigo que correm as pessoas que a desafiam. Desde 30 de Junho de 2001 que já não existem fronteiras para os socorros de montanha no Vale de Aosta, no Valais e na Alta Sabóia. Com efeito, no âmbito de uma convenção global relativa à protecção civil e aos socorros de montanha, assinada em 1997, as chamadas de urgência passaram a ser transmitidas por um canal de rádio único, com as mesmas condições de utilização e a mesma frequência nos três territórios. Aos turistas que passeiam pela alta montanha é distribuída uma brochura muito simples, com as instruções de utilização deste novo sistema de alerta. Além disso, as centrais de recepção dos alertas e de lançamento dos socorros foram ligadas e a cobertura rádio da zona ultrapassa agora 90% do território. A montanha é também a gente que lá vive. A partilha da identidade fronteiriça à volta do monte Branco está no centro do projecto «Cooperação jornalística na zona do monte Branco». A longa colaboração entre dois semanários regionais, «La Vallée Notizie» (Vale de Aosta) e «Le Messager» (Alta Sabóia), para informarem os cidadãos fronteiriços do que se passa no outro lado dos Alpes, levou à realização conjunta de um caderno de quatro páginas, «InfoMontBlanc», inserido semanalmente em ambos os jornais. Além disso, foi criada uma página Internet. Região Autónoma do Vale de Aosta 2, place Académie de Saint-Anselme I Aoste Tel.: ( ) Fax: ( ) (secretariado Interreg Vale de Aosta): Interreg@regione.vda.it Web: Programa: Interreg II A França/Itália (Alpes) Projectos: 1) Caminhos pedestres transfronteiriços; 2) Socorro na montanha; 3) Cooperação jornalística Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

21 20 Ambiente sem fronteiras «Mais-valia verde» para as empresas Nas regiões de tradição industrial, como Viena, na Áustria, e Györ, na Hungria, a actividade económica acompanha desde há muito a degradação do ambiente natural. As exigências cada vez maiores de protecção do ambiente encontram, no entanto, acolhimento num certo número de empresas, para as quais a aplicação de práticas ecológicas acrescenta valor à sua imagem, assegurando ao mesmo tempo condições mais sustentáveis de desenvolvimento. Mas, para dar resultados efectivos, esta iniciativa deve ser implementada de maneira integrada inclusive num contexto transfronteiriço graças à cooperação entre as administrações públicas, as empresas e os gabinetes de consultores. Foi este o objectivo do projecto transfronteiriço «Ecoprofit Viena- Györ». «Ecoprofit» é um dos módulos de aconselhamento originados pela «Iniciativa vienense para a protecção empresarial do ambiente». Concebido especialmente para as PME do sector produtivo, consiste em sensibilizar os empresários para os princípios de base da gestão dos materiais e da energia, incitando-os a participar em grupos de trabalho e em sessões de consulta individuais. Trata-se de os convencer, pois, de que é possível não só manterem mas aumentarem a sua competitividade respeitando o ambiente, apostando na inovação e gerindo os custos de maneira eficaz. Um «Business Plan» ecológico recompensado pelo rótulo ISO Com o Interreg III, e a partir de 2000, a cooperação prosseguiu numa base alargada: o projecto «EcoBusinessPlan» (EBP), que compreende o conjunto dos módulos existentes [Ecoprofit, Protecção do clima, Empresas turísticas, EMAS e ISO ( 1 )] prevê o desenvolvimento de um módulo suplementar destinado a reduzir os resíduos nas pequenas empresas. ( 1 ) Ver glossário. Levada a cabo até 2001, no âmbito do Interreg II, a iniciativa «Ecoprofit Viena-Györ» desenvolveu-se principalmente em Viena, tendo-se passado de 15 empresas participantes no primeiro ano para 40 no ano seguinte. Paralelamente, os especialistas vienenses estabeleceram contactos com a administração da cidade de Györ, a fim de criar uma iniciativa análoga do lado húngaro, tendo sido elaborado material de informação em língua húngara. O projecto contribuiu, a longo prazo, para a criação de um sistema de gestão ambiental, em conformidade com a regulamentação europeia, na zona económica situada entre as duas cidades (o que implica, nomeadamente, a adaptação das normas húngaras neste domínio). Viena-Györ Cooperation Tel.: (43-1) Fax: (43-1) dic@m22.magwien.gv.at Web (EBP Viena): Programa: Interreg II A Áustria/Hungria Projecto: Ecoprofit Viena-Györ Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

22 Ambiente sem fronteiras 21 A qualidade das águas, um desafio sem fronteiras Não existem fronteiras para a poluição no lago Constança, cuja qualidade das águas se deteriorou graças aos métodos de produção agrícola intensiva. Para as autoridades das regiões ribeirinhas, a cooperação transfronteiriça é tanto mais indispensável quanto os desafios ecológicos acompanham os interesses económicos conjuntos destas regiões. O projecto germano-suíço lançado em 1994 pela Universidade alemã de Hohenheim (Ratisbona) e pela Eidgenössische Technische Hochschule, de Zurique, permitiu, com o apoio do Interreg, preparar o futuro a longo prazo. Pretendia-se estudar e promover métodos de cultura de frutos e de legumes respeitadores do ambiente, elaborando ao mesmo tempo novas estratégias de comercialização, a fim de consolidar, ao nível europeu, a competitividade da zona do lago Constança. Para assegurar a viabilidade económica destas culturas sem prejudicar o ambiente, os promotores do projecto enveredaram rapidamente pela única via possível: tornar a produção menos intensiva, utilizando maior superfície de terras e reduzindo o recurso aos pesticidas e herbicidas. A acção compreendia, por conseguinte, o ordenamento de uma zona transfronteiriça de agricultura extensiva. Foi também necessário estudar formas de harmonizar métodos de cultura dos lados suíço e alemão e efectuar investigações sobre questões específicas como, por exemplo, o tratamento biológico de pepinos colocados em abrigo. As estruturas agrícolas e comerciais dos dois lados da fronteira foram igualmente objecto de análise, com o objectivo de prever a evolução geral da agricultura europeia (reformas da política agrícola comum, Frutos testados em laboratório. globalização das trocas comerciais e acordos na Organização Mundial do Comércio, etc.) e no contexto da aproximação entre a Suíça e a União Europeia. Os diferentes estudos conduziram a uma série de recomendações no sentido de prosseguir a cooperação transfronteiriça, que compreende a criação de uma nova rede de cooperação, incluindo a Baviera e a região austríaca de Vorarlberg, a melhoria do intercâmbio de informação e de conhecimentos agrícolas e científicos, a criação de um sistema de detecção de doenças ou de insectos nocivos, bem como a supressão dos obstáculos administrativos e jurídicos à cooperação. Universidade de Hohenheim Institut für Obstbau Schuhmakerhof 6 D Ravensburg-Bavendorf Tel.: (49-751) Fax: (49-751) mayr@uni-hohenheim.de Web: Programa: Interreg Programa «Bodensee-Hochrhein» Projecto: Métodos ambientais de cultura de frutos e legumes Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

23 22 Cooperação económica Cooperação económica Os efeitos concretos da tecnologia fluida O termo inglês fuzzy designa algo confuso, fluido. É utilizado para qualificar aquilo que não tem de ser calculado com precisão. Os mestres alemães da imprecisão estão instalados em Steinfurt (Renânia do Norte- -Vestefália). Foi aí, nesta Euregio germano-neerlandesa, que nasceu um projecto particularmente inovador: o Neuro-Fuzzy-Centrum (NFC), resultado da cooperação entre a Fachhochschule de Münster e a Universidade de Twente, com o apoio do Interreg. A tecnologia fluida permitiu igualmente obter resultados concretos noutro domínio, o do emprego. Pouco tempo depois da execução do projecto, foram mantidos ou criados mais de 200 postos de trabalho no lado alemão, graças ao apoio do NFC. Além disso, este foi seleccionado, de entre numerosos concorrentes, para apresentar os seus projectos inovadores aquando da Exposição Universal de Hanôver, em Os sistemas «Neuro-Fuzzy» constituem a evolução mais recente dos sistemas de comando e de regulação inteligentes, em que os investigadores no domínio da engenharia tentam reproduzir os modos de funcionamento do cérebro humano. As aplicações práticas da tecnologia fluida são múltiplas, da transmissão de dados ao reconhecimento vocal ou de imagens, passando pelas máquinas de lavar. Paralelamente às actividades de investigação, o NFC funciona também como centro de desenvolvimento, ajudando as PME da Euregio, que não possuem departamento próprio de investigação-desenvolvimento, a aplicarem estas tecnologias inovadoras. Uma centena de empresas da região tem reais necessidades neste domínio. Um exemplo: a sociedade Teupen Maschinenbau GmbH, de Gronau, queria desenvolver um monta-cargas com um sistema de arranque e de travagem mais suave, para não danificar os bens transportados (móveis e outros objectos pesados) e para aumentar a segurança. Pretendia, além disso, assegurar a exactidão do posicionamento e simplificar o dispositivo de comando, sem alterar o custo total de fabrico. Graças a simples captores, o novo monta- -cargas, concebido com a ajuda do NFC, pode executar tarefas a partir de informações pouco precisas no plano informático, como «a carga é razoavelmente pesada, o monta-cargas está ligeiramente inclinado». Trata-se de uma inovação mundial. Fachhochschule Münster Hüfferstr. 27 D Münster Tel.: (49-2) Fax: (49-2) verwaltung@fh-muenster.de Web: Programa: Interreg II A Alemanha/Países Baixos (Euregio Ems Dollart) Projecto: Centro de Tecnologias «Neuro-Fuzzy» para PME Custo total: euros Robô concebido pelo Fuzzy Centrum. Contribuição da União Europeia: euros

24 Cooperação económica 23 Duas regiões ligadas pela indústria dos plásticos A indústria do plástico representa mais de postos de trabalho na zona transfronteiriça de Sarre e da Lorena, nomeadamente nas empresas do sector automóvel. O Pólo de Plásticos do Leste (PPE), centro tecnológico especializado situado em Saint-Avold, na Lorena, e o Zentrum für Innovative Produktion (ZIP) de Saarbrücken, no Sarre, associaram as suas competências com o apoio do Interreg para consolidarem esta indústria e alargarem a sua oferta de serviços e de consultoria. O PPE é um centro de recursos tecnológicos especializado na transformação de matérias plásticas e compostas. Dá resposta às necessidades das empresas em matéria de informação (documentação técnica, fornecedores, etc.), de consultoria (sobre a composição dos materiais básicos, métodos de fabrico, etc.) e de análise (ensaios e experimentações). O ZIP é um centro de engenharia dependente da Universidade de Saarbrücken, que tem por missão apoiar as empresas em domínios como a investigação e desenvolvimento, os sistemas de automatização, a gestão da produção e da qualidade, bem como sistemas de informação e de comunicação. Pôle de Plasturgie de l Est (PPE) BP , avenue du Général Patton F Saint-Avold Tel.: (33-3) Fax: (33-3) ppe@ppe.asso.fr Web: Zentrum für Innovative Produktion (ZIP) Gebäude B.2. Postfach D Saarbrücken Tel.: (49-681) Programa: Interreg II A Alemanha/França (Saarland/Moselle/Westpfalz) Projecto: Associação de competências técnicas no domínio da transformação de plásticos Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros Apesar de uma forte procura da tecnologia dos plásticos, não existia no Sarre qualquer organismo comparável ao PPE que pudesse oferecer ao ZIP tantas saídas no sector dos plásticos, nomeadamente no que diz respeito aos projectos de cálculo e às simulações. Quanto às empresas da Lorena, tinham necessidade das competências do ZIP em matéria de cálculo digital, robotização, concepção de moldes assistida por computador e simulação por elementos acabados dos métodos de transformação, bem como em matéria de fabrico de ferramentas. A associação dos seus conhecimentos práticos permite que os dois centros alarguem a sua oferta de serviços e de consultoria. Trata-se, em especial, de propor um acompanhamento (engenharia, conhecimentos, consultoria e assistência técnica) de projectos industriais associados à utilização de polímeros e materiais compósitos. Antes de lançar os projectos-piloto, o ZIP e o PPE apresentaram os resultados de projectos conjuntos como, por exemplo, o fabrico de uma porta a pedido de uma empresa especializada na adaptação de furgonetas: a análise exaustiva dos materiais e dos métodos permitiu diminuir o peso dos componentes em mais de 50% e reduzir o tempo de montagem. O sítio de St-Avold (Lorena, França).

25 24 Cooperação económica PME do Grande Norte procuram mercados europeus Nas regiões setentrionais, onde as condições climáticas são muito duras, a população está muito disseminada, as distâncias são longas e as empresas estão afastadas dos mercados europeus, a cooperação, mais ainda do que em qualquer outro lugar, é uma condição para o desenvolvimento. Lançado em 1997 nas províncias da Lapónia (Finlândia), de Nordbotten (Suécia) e de Nordland, Troms e Finnmark (Noruega), o projecto «Calota nórdica» conduziu a uma centena de projectos concretos e contribuiu para o arranque de actividades novas, à escala nacional ou internacional. tecnologias da informação. Outro exemplo: três empresas constituíram uma rede de serviços no domínio das relações públicas e comunicação, propondo nomeadamente a promoção de projectos turísticos ou de exportação: Partners Reklambyrå AB (Luleå, Suécia), Jabba Corporation Oy (Rovaniemi, Finlândia) e Media Økonomi AS (Bodø, Noruega). O programa «Calota nórdica» prossegue e foi alargado no âmbito do Interreg III. Melhorar as condições de vida da população, criar empregos, aumentar a competitividade internacional das empresas, reduzir os efeitos das desvantagens naturais, protegendo simultaneamente o ambiente, e melhorar o tráfego leste-oeste: eram estes os objectivos do programa gerido com o apoio financeiro do Interreg II pelo Conselho Calota Nórdica (CCN), responsável pela cooperação entre os três países. O CCN foi criado em 1967, na sequência da crise que afectou a agricultura e a produção de madeira, gerando um importante êxodo rural para as cidades ou para outros países e um nível de desemprego duas vezes mais elevado do que as médias nacionais. No que diz respeito às PME, uma série de acções permitiu reforçar a sua cooperação ajudando-as a atingir os mercados europeus. Por exemplo, empresas da Lapónia e do Finnmark reuniram esforços no domínio do fabrico de lembranças e brindes nórdicos. Três organismos das cidades de Boden (SKAPA Företagsby), Alta (IT-House) e Rovaniemi (Viveiro de Empresas Regional) foram encarregados de incentivar as relações entre as empresas, graças às Objectivo: transcender o afastamento. North Calotte Council Stationsgatan 5 SE Luleå Tel.: (46-920) Fax: (46-920) relsen@bd.lst.se Web: Programa: Interreg II A Suécia/Finlândia/Noruega/Rússia do Norte Projecto: Calota nórdica Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

26 Cooperação económica 25 Interreg reforça uma tradição secular No século XIII, as feiras de gado de Zafra, na Estremadura (Espanha), e de Beja, no Alentejo (Portugal), eram ponto de encontro dos principais agentes económicos regionais. A tradição perpetuou-se até aos nossos dias: Zafra continua a acolher a maior feira de gado da Europa meridional, enquanto Beja organiza a Ovibeja, uma das feiras agrícolas mais importantes do Sul de Portugal. Porque não organizarem-se então para além das respectivas fronteiras? O maior mercado de bovídeos na Europa Meridional. A primeira feira apoiada pelo Interreg realizou-se em O objectivo era intensificar as relações entre as duas regiões em matéria agrícola e favorecer a comercialização dos produtos da agricultura extensiva. A partir daí, as feiras passaram a ser acontecimentos transfronteiriços regulares, organizados todos os semestres, em Zafra ou em Beja. A vertente central e tradicional de cada feira é a exposição de animais e produtos do Alentejo e da Estremadura. Todas as raças de gado (ovinos, bovinos, porcinos, equídeos, etc.) estão representadas. Há outra vertente que está a ganhar cada vez mais importância no entender dos profissionais: são os ateliês técnicos, onde são definidas soluções e posições comuns em domínios como a promoção do gado e dos produtos derivados da criação extensiva, os circuitos de comercialização, o potencial de oferta de produtos de cada região, os rótulos de qualidade, o desenvolvimento do mundo rural, etc. A terceira vertente refere-se à promoção dos produtos gastronómicos de qualidade das duas regiões. É aí que, sem fronteiras, se encontram profissionais da hotelaria e restauração e apreciadores de boa comida, bem como a imprensa especializada. As actividades culturais ou de lazer organizadas em torno destes acontecimentos, bem como a venda de produtos locais, permitiram, por um lado, aumentar a actividade económica da zona fronteiriça e, por outro, desenvolver a oferta cultural em benefício do conjunto das comunidades locais. Institución Ferial de Zafra Mercado Nacional de Ganado E Madrid Tel.: (34-924) Fax: (34-924) Programa: Interreg II A Espanha/Portugal Projectos: Feiras de gado de Zafra e de Beja Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

27 26 Formação e emprego Formação e emprego Formação a bordo Para dar resposta às necessidades do seu pessoal navegante, a empresa irlandesa Irish Ferries decidiu, em 1996, criar juntamente com vários parceiros, um programa de formação adequado às condições de trabalho no mar. Apoiado pelo Interreg, o programa devia ser igualmente aplicável noutros ferries na União Europeia. A empresa, que assegura designadamente o transporte de passageiros entre a Irlanda (Dublim e Rosslare) e o País de Gales (Holyhead e Pembroke), executou o seu projecto em parceria com o Dublin Institute of Technology (Irlanda) e o Coleg Menai (País de Gales). A escolha do programa de formação incidiu no sistema britânico de qualificação profissional (National Vocational Qualification NVQ), um método normalizado considerado como o mais adequado, porque se baseia em situações reais de trabalho no mar. Este programa prevê também que os candidatos sejam avaliados em função das suas prestações efectivas, demonstrando que possuem as qualificações exigidas no decurso de provas a diversos níveis. Foram efectuados dois inquéritos antes do início do projecto: um junto dos clientes e o outro junto dos participantes. Desde 1996 foram desenvolvidos três programas em três domínios complementares: preparação de refeições e higiene alimentar, serviço à clientela, gestão e controlo. Durante esse ano e o seguinte foram entregues 167 diplomas NVQ. A melhoria das qualificações de base e do nível de competência do pessoal dos ferries teve imediatamente um impacto positivo na imagem da empresa. Na sequência deste sucesso, a formação alargou-se a novos participantes e os parceiros debruçaram-se em especial sobre o carácter transferível do projecto. Foi estudado um sistema irlandês equivalente ao NVQ britânico e foram efectuados inquéritos qualitativos junto dos clientes e dos participantes. «Celtic Knots» Tourism Research Centre, Dublin Institute of Technology Cathal Brugha Street IRL-Dublin 1 Tel.: (353-1) Fax: (353-1) elizabeth.kennedy@dit.ie Web: Coleg Menai Bangor Gwynedd LL57 2TP Wales (UK) Tel.: ( ) Fax: ( ) ar@menai.ac.uk Programa: Interreg II A Reino Unido (País de Gales)/Irlanda Projecto: Celtic Knots Um impacto positivo a nível da imagem da companhia. Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

28 Formação e emprego 27 Vizinhos à volta da (boa) mesa Se há um domínio onde a diversidade europeia tem todo o sabor, é efectivamente a gastronomia. Porque não partilhar esta arte entre os profissionais e candidatos a cozinheiros de regiões vizinhas? Foi esta ideia que presidiu à realização, de 1996 a 1999, de um projecto de cooperação transfronteiriça de formação profissional, criado com o apoio financeiro da União. Uma escola especializada alemã, de Pirna, a Hotelfachschule Pirna- Sonnenstein, organizou, para uma centena de alunos alemães e checos da Euro-região Elba/Labe, uma formação técnica conjunta no domínio da restauração e da gestão hoteleira, que incluía ainda cursos de assistentes de hotéis, bem como uma formação turística. A isto somou-se uma formação contínua sobre aspectos económicos dos sectores em causa. No plano linguístico, durante o primeiro ano, os estudantes checos beneficiaram da ajuda de intérpretes, a fim de poderem acompanhar o programa inteiramente em alemão. No final da formação de três anos, todos os alunos tiveram possibilidade de frequentar um ano de aulas na Câmara de Comércio e da Indústria de Dresden, obtendo um diploma passado por esta. Para os estudantes checos, a formação na escola de Pirna compreendia uma semana de aulas por mês na República Checa, o que lhes facilitou, após mais um ano de aulas em Usti nad Labem e Templice, a obtenção de um diploma reconhecido por este país. Vivendo juntos em internato e participando em sessões de trabalho comuns, os alunos tiveram ocasião de estabelecer, ao longo dos anos, relações profissionais e pessoais em que a dimensão cultural também teve lugar. Além das competências profissionais adquiridas em matéria de culinária e de hotelaria, passaram a dispor de uma bagagem sociocultural e linguística, bem como de uma preparação para a mobilidade transfronteiriça, que lhes facilitou a procura de emprego. O intercâmbio de professores dos dois lados da fronteira favoreceu, igualmente, uma abordagem comum dos sistemas de formação dos dois países, bem como do conteúdo e da organização dos cursos. Sächsisches Staatsministerium für Wirtschaft und Arbeit Wilhelm-Buck-Str. 2 (Ecke Carolaplatz) D Dresden Tel.: (49-3) Fax: (49-3) poststelle@smwa.sachsen.de Hotelfachschule Pirna: Komunálni spole_enstvi, Euroregion Labe, Lidické nám_sti 8 CZ Ustí nad Labem Tel.: (420-47) Fax: (420-47) erbanova@mag-ul.cz Programa: Interreg II A Alemanha/República Checa Projecto: Formação transfronteiriça em hotelaria e restauração Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

29 28 Formação e emprego Lutando contra a exclusão social dos dois lados do Reno Na zona transfronteiriça constituída pela Alsácia do Centro, em França, pela cidade de Friburgo e pela circunscrição de Brisgau Alta Floresta Negra, na Alemanha, três instituições de apoio social questionaram- -se duplamente: como é que as coisas se passam do outro lado do Reno e como tirar partido da experiência de todos numa actuação conjunta? Depois de terem estabelecido os primeiros contactos em , os três parceiros Associação «Espoir» do lado francês e «Netzwerk Diakonie e.v. im Landkreis Breisgau-Hochschwarzwal» e «Diakonieverein beim Diakonischen Werk Freiburg» do lado alemão lançaram um projecto destinado a criar uma rede franco-alemã de luta contra a exclusão social e o desemprego de longa duração. Concretamente, tratava-se de propor qualificações e empregos aos desempregados, através de uma rede transnacional de vendas em segunda mão e de prestação de serviços às populações com baixos rendimentos. A estrutura de cooperação deveria, ainda, favorecer uma troca regular de informações entre os agentes dos diferentes projectos de luta contra o desemprego existentes nas regiões abrangidas. pessoas à disposição de empresas, reforçando assim a sua motivação e a sua qualificação. Em termos de emprego e no âmbito de legislações laborais diferentes, estas actividades conduziram em dois anos à criação, do lado francês, de 7 empregos permanentes e 36 no quadro de medidas de apoio social e, do lado alemão, à criação de 124 postos de trabalho a prazo. Realizado entre Janeiro de 1998 e Março de 2000, com o apoio do Interreg, este projecto permitiu institucionalizar a cooperação, que prossegue para além do período subvencionado. Graças a grupos flexíveis de trabalho, a estágios em temas especializados e ao intercâmbio de colaboradores, passando pela participação em actividades festivas, os parceiros conseguiram, através do diálogo, superar as dificuldades associadas à língua, ao contexto institucional e à maneira de pensar. Criaram uma identidade comum, respeitando as suas diferenças. O objecto da sua cooperação, duvidoso à partida, já não constitui qualquer dúvida. As ideias-chave do projecto foram concebidas à partida pelos colaboradores das três organizações, fortemente motivados por desafios profissionais novos e pela possibilidade de dar aos seus beneficiários um apoio mais eficaz. O desenvolvimento das actividades existentes, em Friburgo, Volgelsheim, Mülheim, Colmar e Brisach, foi acompanhado da criação de uma rede. As realizações compreendem a ampliação ou a criação de lojas de vestuário em segunda mão e de centros de venda de móveis, de artigos eléctricos e electrónicos e de outros artigos usados, da compra de ferramentas e de máquinas para reciclagem de material electrodoméstico, da oferta de um serviço de reparação de bicicletas e do desenvolvimento, graças aos recursos da rede, de um vasto leque de serviços gerais a baixo preço. Em Brisach, por exemplo, foi necessário dar resposta a pedidos como ajuda em mudanças ou obras de renovação: trata-se de pequenas encomendas que não fazem concorrência às empresas locais; aliás, uma autorização para a «cedência a título não comercial de pessoal assalariado» permite colocar estas Verein Netzwerk Diakonie e. V. Am Fischerrein 1 D Kirchzarten Tel.: ( ) Fax: ( ) Association Espoir 78 a, avenue de la République F Colmar Cedex Tel.: (33) Fax: (33) contact@association-espoir.org Diakonieverein beim Diakonischen Werk Freiburg I. Br. Dreisamstr. 3-5 D Freiburg Tel.: (49-761) Fax: (49-761) Programa: Interreg II A França/Alemanha (Alto Reno, Centro e Sul) Projecto: Rede franco-alemã de luta contra a pobreza e a exclusão social Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

30 Formação e emprego 29 Copenhaga-Malmö: uma ponte para o emprego Desde Julho de 2000, a Dinamarca e a Suécia estão ligadas pela ponte sobre o Öresund (estreito do Öre), actualmente atravessada todos os dias por milhares de pessoas. Muitas destas pessoas são trabalhadores que se deslocam todos os dias entre os dois países. Com efeito, a zona do Öresund (3,5 milhões de habitantes) forma uma vasta bacia transfronteiriça de emprego possuindo um potencial de desenvolvimento considerável, ao mesmo tempo que se defronta com um problema de subemprego. Foi neste contexto que em 1996 se criou um projecto Interreg a favor do mercado do emprego na zona do Öresund, bem como da cooperação transfronteiriça entre a ilha dinamarquesa de Sjaetland e a região sueca de Scanie. O desafio consistia em integrar os mercados de emprego para permitir às duas zonas fronteiriças, que até então tinham evoluído separadamente, desenvolverem-se em conjunto e valorizarem as suas vantagens ao serviço das empresas, do comércio de bens e serviços e das possibilidades de formação e de emprego para os seus habitantes. Este vasto dispositivo permitiu desenvolver um conjunto de competências, instrumentos e métodos para actuar na frente do emprego e da formação profissional. No entanto, há sempre dificuldades, das quais a principal é o tempo: as expectativas criadas pela ponte sobre o Öresund e pela cooperação entre fronteiras foram tão fortes que o ritmo do processo levado a cabo ainda não permitiu dar resposta a todas. No entanto, já sob a égide do Conselho do Mercado de Trabalho do Öresund, foram estabelecidas estratégias para os próximos anos no âmbito do Interreg III, com prioridade para a criação de postos de trabalho em três domínios: a indústria informática, o sector clínico-biotecnológico e o turismo. O Comité Öresund, que representa o conjunto dos agentes da cooperação transfronteiriça, confiou a gestão do projecto ao AF-Storkøbenhavn (serviços públicos de emprego de Copenhaga) e foi criada uma estrutura administrativa comum a partir de Outros organismos de cooperação que desempenham um papel importante no projecto: Conselho do Mercado de Trabalho de Öresund (ÖAR), que agrupa os serviços públicos de emprego das várias áreas da zona fronteiriça, e os quatro centros de emprego de Öresund, sediados em Copenhaga, Malmö, Helsingborg e Helsingør, destinados a coordenar o apoio às pessoas que procuram emprego e aos empregadores de toda a região. A zona do Öresund constitui, aliás, uma das parcerias transfronteiriças EURES, como as que existem em diversas regiões da Europa e cujo papel específico é facilitar a mobilidade profissional transfronteiriça. Além disso, beneficiou da experiência dos pactos territoriais para o emprego (PTE), vastas parcerias regionais e locais criadas em toda a União para dinamizar as políticas de emprego à escala de bacias de emprego. Metade dos 20 projectos levados a efeito pelo PTE de Öresund beneficiaram do apoio do Interreg II. Como se vê, estruturas institucionais de apoio ao emprego na zona do Öresund não faltam. A implementação do projecto Interreg II teve um enorme sucesso e os parceiros dispõem actualmente de um sistema eficaz de coordenação dos mercados de trabalho, que faz do Öresund um modelo nesta matéria, com base em acordos entre dois países, sete regiões e mais de 20 organizações. Lado dinamarquês: a Agência de Emprego de Kultorvet em Copenhaga. Öresund Komiteen Interreg-sekretariatet Gammel Kongevej 1 DK-1610 København V Tel.: (45) Fax: (45) Interreg@oresundskomiteen Web: Programa: Interreg II A Dinamarca/Suécia (Öresund) Projecto: Mercado de trabalho na região do Öresund Custo total ( ): euros Contribuição da União Europeia: euros

31 30 Cultura, turismo e informação Cultura, turismo e informação Castelos guardiões da memória histórica No triângulo Londres-Lille-Bruges, muitas cidades fortificadas testemunham uma história atormentada que remonta à Idade Média. São agora locais de encontro completamente diferentes, graças a uma rede de 17 sítios históricos, criada com o apoio do Interreg pelas regiões de Kent (Reino Unido), Norte-Pas-de-Calais (França) e Flandres Ocidental (Bélgica), com o objectivo de valorizar o património comum. Ao criar este novo produto turístico, o objectivo dos parceiros era aumentar o número de visitantes e de estadias nas três regiões bem como favorecer o desenvolvimento e o emprego à volta dos referidos locais, incentivando simultaneamente o intercâmbio cultural. A coordenação geral é assegurada pelo Sindicato Misto da Costa de Opal, da Província da Flandres Ocidental e do Conselho do Condado de Kent. Devido ao seu conceito inovador, a rede de castelos dá resposta às tendências actuais da procura turística (viagens de fim-de-semana, circuitos organizados, etc.). Permite aumentar a atracção das três regiões e repartir melhor os fluxos turísticos entre os sítios muito conhecidos, geralmente com excesso de visitantes, e os menos conhecidos. A generalização das explicações multilingues incentiva os viajantes a visitarem o conjunto dos sítios e, para esse efeito, os parceiros tencionam igualmente intensificar as actividades das empresas de transportes transfronteiriços. No plano cultural, a colaboração de historiadores e de arqueólogos com os profissionais do turismo permite sensibilizar os visitantes e os habitantes para a riqueza do património comum das três regiões e incentivar as trocas entre si. Concretamente, a rede organiza acções como a criação de circuitos de descoberta (passeios em cada cidade e nos arredores) ou uma exposição itinerante para feiras de turismo, edita um folheto de promoção trilingue de apresentação geral, uma brochura cultural e turística em três versões (inglês, francês e neerlandês) e anima campanhas mediáticas. Existem igualmente acções específicas de cada cidade restauração de sítios arquitectónicos, exposições, produtos audiovisuais, publicações, etc. Sindicato da Costa de Opal Hôtel communautaire Pertuis de la Marine BP 5/530 F Dunkerque Tel.: (33) Fax: (33) Província da Flandres Ocidental Koning Leopold III-laan 41 B-8120 Sint Andries, Brugge Tel.: (32-50) Fax: (32-50) marc.ryckaert@west-vlaanderen.be Conselho do Condado de Kent Springfields ( Maidstone UK-Kent ME14 2LX Tel.: ( ) Fax: ( ) simon.curtis@kent.gov.uk Programa: Interreg II A França/Reino Unido e França/Bélgica Projecto: Rede de castelos Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros Ypres (Flandres, Bélgica).

32 Cultura, turismo e informação 31 Collegium Polonicum, Collegium Universalum Atravessar todas as manhãs, com um cartão de estudante na mão, a fronteira entre a Alemanha e a Polónia sobre o rio Óder e partilhar a vida e os estudos entre os dois países, era desde há muito tempo a realidade vivida pelos estudantes da Universidade Europeia de Viadrina, em Frankfurt/Óder, fundada em A União aproximou-se ainda mais da Polónia com a abertura, em 1993, do Collegium Polonicum em Slubice, onde os estudantes alemães passaram a poder inscrever-se num programa de estudos complementar consagrado ao direito polaco. A ideia de criar, em colaboração com a Universidade Adam Mickiewicz, em Poznan, um instituto de estudos e de investigação sobre as culturas, as línguas, a economia e a sociedade da Europa Oriental já existia desde O Collegium Polonicum, para além das salas de aula e do lar de estudantes Amicus, tem salas para trabalhos dirigidos e uma biblioteca consagrada à Europa Oriental com obras e 260 periódicos: uma verdadeira mina para estudantes e cientistas. Os cursos ministrados visam completar os programas organizados pelas duas universidades fundadoras. Os estudantes analisam os problemas das regiões fronteiriças ou o impacto das perturbações económicas sobre os países da Europa Central e Oriental, estudam os diferentes direitos constitucionais destes países, bem como o direito internacional, e podem igualmente frequentar cursos de línguas. Esta formação transfronteiriça abre-lhes perspectivas de emprego óptimas em organismos internacionais, em empresas, nos meios de comunicação social ou no domínio do ordenamento urbano e regional. Aliás, as questões ligadas ao mercado de trabalho dos dois lados do Óder são tratadas pelo centro de cooperação «Ciência e Mundo do Trabalho» da Universidade Europeia de Viadrina, muito próxima. Trata-se, nomeadamente, de seguir a evolução das relações transfronteiriças e de assegurar a colaboração entre os sindicatos alemães e polacos no quadro do Conselho Sindical Inter-Regional. O novo colégio atrai estudantes e professores originários não só da Alemanha e da Polónia, mas também da República Checa, de França, da Itália ou mesmo da Rússia e de muitos outros países. Representa assim um importante ponto de encontro científico e cultural e um centro de difusão intelectual e humana para a Europa. Universytet A. Mickiewicza skr. Poczt 35 PL Slubice Tel.: (48-95) Fax: (48-95) Estudantes polacos em Frankfurt/Oder (Alemanha). Europa Universität Viadrina Postfach 776 D Frankfurt/Oder Tel.: (49-335) study@euv-frankfurt-o.de Web: Programa: Interreg II A Alemanha/Polónia Projecto: Collegium Polonicum Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

33 32 Cultura, turismo e informação Duas ilhas irmãs convidam a viajar A Córsega e a Sardenha, situadas no centro do Mediterrâneo ocidental, beneficiam de um clima meridional, de belezas naturais e de um património cultural e histórico com uma reputação bem conhecida. Continua pois na ordem do dia o convite para viajar para estas duas ilhas, cujo isolamento geográfico relativo origina dificuldades económicas e onde o turismo é um dos principais recursos. A cooperação entre as duas ilhas, neste domínio, favorece a organização coordenada da rede das bacias marítimas e dos portos, em articulação com o turismo náutico e o desenvolvimento de práticas turísticas diversificadas e respeitadoras do ambiente, bem como a comercialização conjunta dos produtos turísticos, para tirar partido de uma clientela comum. Dos numerosos intercâmbios turísticos entre as duas ilhas, financiados pelo programa Interreg para o período , figuram intercâmbios desportivos, como os II e III Jogos das Ilhas, o XI Rali «Terra de Córsega», a «Bonifacio Classic» ou ainda as regatas de «Vela Latina» entre Ajácio e Stintino. As trocas culturais incluíram cerca de trinta actividades nos domínios da música (festival musical inter- -regional), do canto polifónico, do teatro ou da dança, enquanto o artesanato das ilhas esteve em destaque, por exemplo, no quadro da IX Feira de Porto-Vecchio ou das Jornadas Medievais de Bonifacio (desfile histórico e mercado medieval com trajes tradicionais). Outras iniciativas incluíram os itinerários arqueológicos e históricos, a promoção do património cultural da província sarda de Sassari e do departamento da Córsega do Sul, ou ainda os trilhos de descoberta da natureza. A Toscânia, muito próxima, participou nalguns destes intercâmbios e no programa Interreg III para o período existe um conjunto de actividades turísticas e culturais comuns às três regiões. Collectivité Territoriale de Corse Mission Coopération décentralisée 22, cours Grandval, BP 215 F Ajaccio Cedex 1 Tel.: (33) Fax: (33) npancrazi@sitec.fr Regione Autonoma di Sardegna Ufficio CEE Viale Trento, 69 I Cagliari Tel.: (39-070) Fax: (39-070) ufficio.eu@regione.sardegna.it Web: Programa: Interreg II A França/Itália (Córsega/Sardenha) Projecto: Cultura e turismo Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

34 Cultura, turismo e informação 33 Fala-se disso nos jornais... e até na televisão Perguntem às pessoas à vossa volta o que pensam da «cooperação transfronteiriça» e verão que, para muitas, se trata de termos abstractos ou mesmo fastidiosos. No entanto, por detrás deste conceito escondem-se múltiplas realizações que muitas vezes afectam de maneira concreta a vida das populações das zonas fronteiriças e podem ser muito interessantes, desde que delas sejamos informadas. Informar é precisamente o objectivo de um projecto implementado em 1998 na região italiana de Friul-Venécia Júlia, que reservou uma página quinzenal em cinco diários regionais, entre os quais o «Primorski Dnevnik», jornal da minoria eslovena da Itália. De duas em duas semanas, os leitores destes cinco jornais, cuja tiragem total é de exemplares, têm oportunidade de saber o que se faz em matéria de cooperação transfronteiriça e o que está a ser preparado. Os artigos são traduzidos igualmente para alemão, a fim de serem publicados na imprensa austríaca. Foram igualmente reunidos em três colectâneas. No Verão de 1999, cada um dos cinco jornais consagrou esta página de informação a uma sondagem de opinião, cujos resultados foram extremamente úteis para melhorar a concepção e o conteúdo da rubrica. A acção não se limitou à imprensa escrita, tendo no início de 2000 sido concluído um acordo com a sede regional da radiotelevisão italiana, que permitiu a realização de uma versão de televisão (12 programas, emissões quinzenais) e de rádio (24 programas, emissões semanais) desta rubrica de informação. Interreg foi também objecto de emissões radiofónicas. Regione Autonoma Friuli Venezia Giulia Ufficio di Collegamento Bruxelles Rue Wiertz 50/28 B-1050 Bruxelles Tel.: (39-040) / (39-040) Fax: (39-335) eugenio.ambrosi@regione.frg.it uff.bruxelles@regione.frg.it Programa: Interreg II A Itália/Eslovénia Projecto: Informações Interreg Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros O prosseguimento da iniciativa no âmbito dos programas Interreg III Itália/Eslovénia e Itália/Áustria está actualmente em estudo, estando previsto que seja conduzida pelo novo Serviço Autónomo para as Relações Internacionais (SARI).

35 34 Administração e gestão comuns Administração e gestão comuns Cidades sem fronteiras As populações fronteiriças já antes do mercado único não ligavam às fronteiras quando a situação era propícia aos intercâmbios. É o caso do País Basco, dos lados espanhol e francês, onde uma cultura comum favoreceu os fluxos transfronteiriços de ambos os lados do rio Bidasoa, na baía de Txingudi. O programa Interreg II encontrou aí um terreno propício para apoiar iniciativas que respondem a necessidades profundas. Actualmente, o rio Bidasoa já não é uma fronteira. Finalmente, é aquilo para que a natureza verdadeiramente o destinou: uma via de comunicação para a zona de Hendaia, Irún e Hondarribia. A partir de 1993 começaram a existir actividades comuns que aproximaram os habitantes das duas margens, de início fora de qualquer quadro formal. Foi organizado um transporte marítimo e terrestre de vaivém para facilitar a mobilidade de pessoas e bens. Uma publicação anual, trilingue, indica as actividades culturais e desportivas. Os sectores de cooperação são numerosos e, em 1995, as três cidades decidiram dotar-se de uma estrutura jurídica comum para trabalharem no quadro de uma verdadeira intermunicipalidade. A assinatura do Tratado de Bayonne, em 1995, tornou possível a criação do Eurodistrito de Bidasoa-Txingudi, sob a forma de «consórcio», estrutura jurídica de direito espanhol. A partir daí as iniciativas multiplicaram-se. Todos os anos se realizam jornadas de animação durante o segundo fim-de- -semana de Outubro, com um êxito cada vez maior. No meio das competições desportivas e das exposições de arte ou no cortejo florido, não faltam as ocasiões para ir ver «do outro lado». Em Hendaia, um laboratório de línguas permite aos residentes espanhóis aperfeiçoarem os seus conhecimentos de francês. São igualmente organizados cursos de espanhol e de basco. Foram implementados dois projectos importantes, o Plano Local do Habitat (PLH) e a reconversão económica e social nas duas margens do Bidasoa: reabilitação de edifícios de habitação em Irún e revitalização dos centros históricos de Hendaia e de Hondarribia. Quanto ao aeroporto, desafectado desde a abertura da fronteira, está a ser transformado gradualmente em zona industrial, com a instalação de empresas francesas e espanholas. Já lá estão instaladas, por exemplo, uma tipografia, uma cooperativa de mobiliário de escritório e uma fábrica de cápsulas e de rolhas. Além disso, a Diputación de Guipúzcoa e o Distrito de Bayonne-Anglet-Biarritz Os tectos do velho Hondarribia. iniciaram o ordenamento de um vasto espaço urbano que se estende por 50 km entre Bayonne e San Sebastian. Esta aglomeração com cerca de habitantes tem necessidades específicas em termos de ordenamento do território. O projecto inclui a criação de um observatório transfronteiriço para apresentar propostas neste domínio. Secrétariat général aux Affaires régionales Préfecture de la Région Midi-Pyrénées Coordination du programme INTERREG France-Espagne F Toulouse Tel.: (33) Fax: (33) claude.saint-michel@midi-pyrenees.pref.gouv.fr Web: Programa: Interreg II A França/Espanha Projectos: Diferentes projectos na bacia do Txingudi Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

36 Administração e gestão comuns 35 Um portal para a cooperação Nas fronteiras da Áustria, da Hungria, da República Checa e da Eslováquia, a intensificação das relações com os países candidatos à adesão à União transformou uma vasta zona, outrora atravessada pela «cortina de ferro», num espaço de convergência no centro da Europa, que contém um enorme potencial de desenvolvimento. Neste contexto, a informação e a comunicação têm um papel essencial a desempenhar. Foi daqui que nasceu a ideia do projecto «Planning the Gateway», sistema completo de informação transfronteiriça telemática sobre todas as iniciativas que têm a ver com o desenvolvimento regional e a planificação territorial e urbana na zona de Viena-Brno-Bratislava-Györ. Iniciada em 1997 e realizada por um instituto de estudos austríaco sob a égide da cidade de Viena, a recolha de informações permitiu criar uma base de dados que referencia actualmente quase 200 projectos da mais variada natureza (nomeadamente os projectos co- -financiados pelo Interreg e pelo Phare-CBC), sendo a sua descrição resumida e o estado de adiantamento actualizado regularmente. Contém igualmente listas de endereços, informações cartográficas ou estudos sobre questões regionais. De acesso livre, a base de dados está disponível em cinco línguas (alemão, checo, húngaro, eslovaco e inglês) e foi concebida para ser de fácil O Danúbio em Visegrado (Hungria). utilização: o menu de pesquisa propõe diversos critérios de selecção (região, tema, período e novos projectos) e os internautas são convidados a comunicarem as mudanças ocorridas nos projectos, as novas acções concretizadas, bem como as suas críticas e sugestões. O seu carácter sistemático e a diversidade do seu conteúdo fazem de «Planning the Gateway» um instrumento precioso para administradores, peritos, investidores e agentes locais, bem como para qualquer pessoa interessada na cooperação transfronteiriça. Verdadeira plataforma de comunicação, não é apenas uma ampla fonte de informações, mas também um instrumento para o intercâmbio de experiências, para o desenvolvimento de redes e para incentivar novos projectos de cooperação. ÖIR Österreichisches Institut für Raumplanung Austrian Institute for Regional Studies and Spatial Planning (OIR) Franz-Josefs-Kai 27, A-1010 Wien Tel.: (43-1) Fax: (43-1) oir@oir.at Web: Magistratsabteilung 18 Stadtentwicklung und Stadtplanung der Stadt Wien Rathausstrasse 14-16, A-1082 Wien Tel.: (43-1) Fax: (43-1) post@m18.magwien.gv.at Web: Programa: Interreg II A Áustria/Hungria, Áustria/República Checa e Áustria/Eslováquia Projectos: «Planning the Gateway» I e II Custo total: euros Contribuição da União Europeia (I e II): euros

37 36 Administração e gestão comuns Nas rotas do «narcoturismo»: trabalho de rua transfronteiriço estruturas de concertação que continuam a funcionar, relações de trabalho duradouras e os intervenientes mais conscientes dos aspectos sociais do problema da droga. Numa zona transfronteiriça como a Euregio Meuse-Reno, entre a Bélgica, os Países Baixos e a Alemanha, a abordagem dos problemas da toxicodependência é marcada pelo «narcoturismo», ou seja, a vinda a título recreativo de turistas estrangeiros, consumidores de drogas, em busca de um paraíso artificial. Muitas vezes ignoram os riscos que correm em certos bairros, onde facilmente se passa das drogas leves para as drogas duras e onde as seringas disponíveis não são seguras. Não conhecem os serviços de ajuda ou crêem, erradamente, que nos Países Baixos tudo é permitido. Além disso, não há muitos anos, os serviços sociais das diferentes regiões ainda aplicavam métodos diferentes, e os agentes da luta antidroga (municípios, polícias e serviços gerais de saúde pública) actuavam de forma dispersa, consoante os seus próprios interesses, mesmo que tais acções se contrariassem entre si. Na época do lançamento, em 1996, do «Plano Delta» de abordagem da toxicodependência na Euregio, a percentagem de consumidores de drogas que não tinham contactos com os serviços de apoio era de 54%. A situação é hoje muito diferente. A maior parte dos consumidores locais conhece os trabalhadores de rua dos serviços euro- -regionais. Os viajantes estão melhor informados. A recolha das seringas está mais bem organizada, muitas vezes com a ajuda dos próprios consumidores. Os diferentes intervenientes conhecem-se melhor e coordenam as suas acções de forma mais eficaz. O «Plano Delta», que terminou em Julho de 2000, deixou atrás de si O primeiro eixo do «Plano Delta» era o trabalho de rua transfronteiriço. O método desenvolvido não foi extraído de qualquer manual. Multiplicando as ocasiões de contacto e as situações de convivência com os consumidores, dando- -se a conhecer nos meios circundantes (comerciantes, polícias, agentes da limpeza, etc.), estabelecendo relações com os serviços de apoio, diversificando as formas de prevenção (discussão nos comboios, jornais de consumidores, etc.), os trabalhadores de rua puderam pouco a pouco criar uma rede de acção a diversos níveis, incluindo o nível político. Este trabalho de proximidade contribuiu para o segundo eixo de acção, a coordenação da responsabilização por parte dos toxicodependentes, desde os centros de primeiros socorros até à ajuda psicossocial. Do mesmo modo, favoreceu as actividades intersectoriais e a abordagem política global, que constituíam o terceiro eixo. O «Plano Delta» também se apoiou, neste contexto, numa cooperação activa com o Fórum Europeu da Segurança Urbana, presente nomeadamente nas zonas fronteiriças. Uma das conclusões da experiência é que os efeitos do projecto transfronteiriço devem manifestar-se ao mesmo tempo nas relações entre os dois lados da fronteira e na política e na prática locais: com efeito, o «Plano Delta» fez com que os parceiros locais se encontrassem. Stichting Euregio Maas-Rijn Postbus 5700 NL-6202 MA Maastricht Tel.: (31-43) Fax: (31-43) alainlorquin@euregio-mr.nl Programa: Interreg II A Alemanha/Bélgica/Países Baixos (Euregio Meuse-Reno) Projecto: Plano de luta contra a toxicodependência (Plano Delta) Custo total: ,05 euros Contribuição da União Europeia: ,37 euros

38 Administração e gestão comuns 37 Cooperação médica greco-balcânica As transformações políticas nos Balcãs provocaram uma degradação dos serviços de saúde pública nos países fronteiros à Grécia, com consequências para o território grego, devido aos fluxos migratórios. Perante esta situação, o Ministério da Saúde grego tomou a iniciativa de criar, com a ajuda do Interreg, Centros Transfronteiriços de Saúde Pública (Cross-border Public Health Centres CBPHC), destinados a dar resposta às necessidades imediatas e a promover ao mesmo tempo a cooperação e trocas de experiências com os países abrangidos, nos domínios da investigação médica e da educação para a saúde. Numa primeira fase, os CBPHC foram criados nas fronteiras da Albânia e da Bulgária, onde as migrações não controladas e a falta de consciência dos riscos sanitários colocaram graves problemas. Uma série de 76 estudos sobre os principais riscos em matéria de saúde, conduzidos no âmbito do projecto, permitiu lançar as bases da cooperação e elaborar um mapa de saúde pública para as zonas fronteiriças gregas. É dada ênfase, em especial, ao controlo das doenças transmissíveis e à poluição das águas de superfície, ao acompanhamento das afecções humanas e animais e à melhoria das infra-estruturas sanitárias. Além disso, foram realizadas diversas actividades internacionais para favorecer uma abordagem comum dos problemas de saúde actuais e futuros, bem como a criação de dispositivos adequados para fazer face às situações de urgência. Especialistas em saúde pública dos países em causa participaram em 35 eventos, que conduziram à criação de uma rede de comunicação e de cooperação greco- -balcânica. Actualmente, muitos especialistas comunicam por meio de um fórum electrónico e trocam dados clínicos ou técnicos graças a uma rede Intranet. Os Centros de Saúde transfronteiriços respondem às necessidades sanitárias imediatas. Na Grécia, mais de 200 pessoas frequentaram uma formação sobre as principais questões sanitárias, como a protecção e a prevenção epidemiológicas, a fim de dotar os serviços médicos de recursos humanos suficientes para dar corpo ao conjunto de reformas necessárias em matéria de saúde pública. Para o novo período ( ), o programa financiado no quadro do Interreg III inclui, nomeadamente, o desenvolvimento dos CBPHC existentes e a criação de outros cinco nas fronteiras das zonas da Macedónia, que passaram a ser elegíveis para apoio comunitário, a edição de publicações especializadas ou de divulgação sanitária, programas educativos e transferências de conhecimentos. Ministério da Economia da Grécia Direction des Initiatives communautaires Place Syntagma GR Atenas Tel.: (30-10) Fax: (30-10) Programa: Interreg II A Grécia/Albânia, Grécia/Bulgária e Grécia/Antiga República jugoslava da Macedónia Projecto: Centros Transfronteiriços de Saúde Pública (CBPHC) Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

39 38 Cooperação transnacional Cooperação transnacional Fazer do TGV um motor do desenvolvimento O comboio de alta velocidade (TGV) representa uma alternativa ao tráfego automóvel e aéreo de média e longa distância, cujo crescimento constante agrava cada vez mais a qualidade de vida. Isto é especialmente verdadeiro em espaços muito urbanizados, como a zona metropolitana do Noroeste, que compreende uma parte da Alemanha, dos Países Baixos, do Reino Unido e da França, bem como toda a Bélgica, e que tem uma população total de 75 milhões de habitantes. Assim, o Interreg financiou, de 1998 a 1999, o projecto «Rede de TGV», destinado a melhorar a rede ferroviária desta zona. Através de uma série de projectos- -piloto, procurou-se optimizar o impacto económico da rede, nomeadamente diversificando as conexões com outras vias de comunicação. A iniciativa englobava as regiões abrangidas pelas linhas de alta velocidade «Thalys», «Eurostar», «TGV» e «ICE». Começou por um inquérito em todos os pontos de paragem das regiões atravessadas, que permitiu traçar um quadro da situação dos diferentes locais e estabelecer as bases de uma cooperação. A seguir aprovaram-se diversos projectos-piloto, que foram sendo executados progressivamente. Foi realizado um estudo dos terminais rodoviários e da sua conexão à rede do TGV para melhorar a complementaridade entre as estações de TGV e as outras vias de comunicação terrestres. Outro estudo incidiu na criação de um sistema internacional susceptível de melhorar as fontes de informação dos viajantes: centrais telefónicas, informação electrónica ou impressa. Os aeroportos de Heathrow, em Londres, e de Bruxelles National, bem como os de Colónia e de Charleroi, desenvolveram o projecto-piloto «Aeroporto TGV», para melhorar a transferência dos aviões para os comboios, os procedimentos aduaneiros, a movimentação das bagagens, bem como a logística. O projecto «Serviço TGV» visava, por seu lado, os equipamentos existentes e a sua integração no contexto local, tendo em conta os novos mercados e os novos tipos de infra-estruturas das estações. Nas cidades de Utreque, de Arnhem e de Düsseldorf, foi feita uma análise dos factores de sucesso e de fracasso, bem como uma pesquisa circunstanciada das relações da rede com o comércio de aparelhos de alta tecnologia, os equipamentos de lazer e as infra-estruturas turísticas e culturais, com o objectivo de traçar pistas de desenvolvimento. Por último, o transporte de carga a grande velocidade nas regiões dos aeroportos de Schiphol, Bruxelas, Liège e Colónia foi objecto de um estudo de viabilidade no quadro do projecto «Frete TGV». Em conjunto, os resultados destes projectos permitem ter uma melhor visão global e definir novas metas para os anos futuros. Provincie Gelderland Tel.: (31-30) Fax: (31-30) lboelens@hr.nl Web: Programa: Interreg II C Área Metropolitana da Europa do Noroeste (AMNO) Projecto: Rede de TGV Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

40 Cooperação transnacional 39 Ciências e tecnologias: um mar de informação para as regiões atlânticas As regiões do litoral atlântico ocupam uma posição excêntrica em relação aos principais centros económicos europeus. Daí resultam desvantagens no que diz respeito ao acesso das empresas e, em especial, das PME, aos recursos científicos e tecnológicos. A rede Atlantec, criada entre 1997 e 1999, tem por objectivo geral promover a cooperação transnacional entre os agentes científicos e industriais de seis regiões da parte sul do Espaço Atlântico: Aquitânia, Navarra, País Basco, Galiza, a totalidade de Portugal e a Andaluzia. Coloca à sua disposição instrumentos destinados a facilitar a informação, os encontros, os intercâmbios e as iniciativas no quadro de comunidades científicas e técnicas em domínios de interesse comum, o conhecimento dos meios de excelência e a aplicação das tecnologias essenciais que produzem efeitos sobre a economia e a sociedade. Favorece assim a valorização das potencialidades regionais. externas, participa em acontecimentos como por exemplo o Salão Internacional do Ambiente PROMA 2001, em Bilbau, e anima «vigílias tecnológicas» entre outras iniciativas. Entre as acções realizadas em conjunto figura a elaboração de um instrumento de comunicação na Internet, dedicado em especial às tecnologias ambientais (tratamento dos resíduos industriais). Reúnem-se aí diferentes fontes de informação, complementares mas frequentemente dispersas. A divulgação de informações novas (legislação, ofertas e pedidos de tecnologias, patentes, publicações, acontecimentos, etc.) junto de diferentes comunidades de especialistas é assegurada por um serviço de mensagens electrónicas, acessível aos utilizadores inscritos. Um servidor de canais, combinado com um servidor de listas de distribuição, serve de intermediário entre os utilizadores, nas quatro línguas disponíveis. Efectua pesquisas sistemáticas numa série de sítios Web para detectar as novidades. O serviço de mensagens electrónicas permite que o utilizador seja informado automaticamente sobre os temas que lhe interessam e enviar comentários que serão recebidos por todos os outros destinatários da lista de distribuição. São igualmente organizados fóruns electrónicos. O sítio Internet da Atlantec inclui, além disso, especialmente para as empresas, uma base de dados que é actualizada regularmente sobre os centros e os equipamentos tecnológicos das regiões parceiras. Para facilitar o lançamento de projectos de cooperação (transferência de tecnologias e projectos de investigação e desenvolvimento), os seus promotores, integrados na rede Atlantec, podem beneficiar de um sistema de apoio financeiro directo e de assistência logística e técnica, destinado às deslocações de investigadores e de industriais. A rede Atlantec organiza também intercâmbios tecnológicos entre PME (produtos, equipamentos, software, etc.), troca de experiências e de boas práticas nos domínios das competências dos seus membros e seminários de formação quando é preciso recorrer a competências Cámara Navarra de Comercio e Industria Departamento Comercio Exterior y Cooperación C/General Chinchilla 4 E Pamplona Tel.: (34-948) / (34-948) Fax: (34-948) cexteriorycoop@camaranavarra.com Web: Programa: Interreg II C Espaço Atlântico Projecto: Atlantec Custo total: euros Ateliê informático em Aveiro (Portugal). Contribuição da União Europeia: euros

41 40 Cooperação transnacional À volta do Báltico, uma paleta de regiões para pintar o futuro Tal como as cores duma paleta de pintor, o mar Báltico central está cercado por dez regiões, que fazem parte de cinco países: as regiões de Estocolmo-Malär, na Suécia, Häme e as ilhas Aland, a Finlândia do Sudoeste e Helsínquia, a cidade de São Petersburgo e a região de Leninegrado, na Rússia, a cidade de Tallinn e a região de Harju, na Estónia e, por último, a região de Riga, na Letónia. Dez regiões que possuem um potencial de desenvolvimento extraordinário pelo seu tecido económico, os seus recursos humanos, o dinamismo das suas zonas metropolitanas, as suas atracções turísticas e culturais e a sua situação geográfica, correspondendo a uma plataforma de intercâmbio no meio do espaço transnacional báltico. A este contexto favorável acresce um período de mudanças rápidas, marcadas pela multiplicação das trocas internacionais, pela abertura da União Europeia a Leste e pelo desenvolvimento da «sociedade da informação». O projecto transnacional «Paleta do Báltico», lançado em Janeiro de 1999, com o apoio do Interreg nos dois Estados- -Membros, do Phare nos dois países candidatos à adesão e do Tacis na Rússia, tinha por objectivo valorizar estas vantagens numa perspectiva, numa visão, numa estratégia e num plano de acção comuns. Dotado de um secretariado repartido pelas cinco capitais e de uma task force de peritos, o projecto foi implementado através de oito grupos de acção nos seguintes domínios: zonas metropolitanas (cooperação e competicão, desenvolvimento policêntrico e desenvolvimento sustentável), «corredores» de desenvolvimento, relações marítimas e portos, redes telemáticas, desenvolvimento sustentável nos arquipélagos e nas ilhas e turismo sustentável. O desenvolvimento sustentável, ou seja, equilibrado e respeitador do ambiente, constitui para os parceiros um desafio que implica a sua responsabilidade, devido aos riscos reais que comporta a evolução económica em curso para o valioso património natural das regiões bálticas. Na conclusão do projecto, em meados de 2001, estava criada uma rede e tinham sido publicados documentos comuns, instrumentos para prosseguir a reflexão e a acção. Aliás, o projecto «Paleta do Báltico I» prolonga-se na «Paleta do Báltico II», que dá ênfase a quatro necessidades: um esforço em matéria de comercialização para promover a imagem da «Região da paleta do Báltico» e fazer dela um símbolo de cooperação sem fronteiras, a orientação dos investimentos em infra-estruturas para projectos que possam beneficiar do apoio de instituições financeiras internacionais, a criação de novas redes de cooperação nos domínios turístico, ambiental e cultural e, por fim, a elaboração de programas comuns de educação, de formação e de troca de experiências. Passeio em aerodeslizador nas ilhas Åland (Finlândia). Council for the Stockholm-Mälar Region Hantverkargatan 3H SV Stockholm Tel.: (46-18) Fax: (46-18) carl-johan.engstrom@ksk.uppsala.se Web: Programa: Interreg II C Região do Mar Báltico Projecto: Paleta do Báltico Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

42 Cooperação transnacional 41 Periferias urbanas: desenvolver políticas coordenadas Quem é que não ficou admirado, à entrada ou à saída de muitas cidades, com a proliferação de grandes superfícies comerciais e, nomeadamente, lojas de fábrica, que se instalam nas periferias? Em muitos casos, este processo tem efeitos negativos para o equilíbrio urbano e regional, bem como para o ambiente: declínio do centro das cidades, crescimento do tráfego, ocupações sucessivas de espaços verdes e degradação da paisagem. Estas consequências não se limitam apenas aos territórios nacionais, podendo também reflectir-se nas regiões fronteiriças de países vizinhos. Para limitar estas implantações e assegurar a sua coerência, é indispensável uma coordenação das políticas de ordenamento do território nas zonas transfronteiriças e essa coordenação deve inserir-se numa abordagem transnacional de longo prazo. Foi para avançar nesta via que as autoridades regionais competentes da Renânia do Norte-Vestefália (Alemanha), da Província do Limburgo (Países Baixos), da Região da Valónia e da Região Flamenga (Bélgica), bem como uma organização não governamental alemã, realizaram o projecto TRADE, de Agosto de 1998 a Março de comércio a retalho se façam em prejuízo dos centros urbanos, dos municípios vizinhos e do ambiente. E, claro, para atribuir ou não as licenças de construção em função destas referências. Muito concretamente, a criação de sete lojas de fábrica (Factory Outlet Centres) prevista nestas regiões, representando uma superfície total de m 2, foi submetida a esta grelha de análise, tendo o número de implantações sido reduzido para dois, com superfícies mais limitadas. Considerado como um projecto-piloto transnacional, o TRADE levou à criação de uma rede transnacional para a coordenação das políticas regionais nesta matéria. Esta coordenação das políticas não aparece espontaneamente e o objectivo do TRADE consistia em estabelecer os critérios e o quadro institucional necessários para a tornar possível. Um grupo de trabalho transfronteiriço reuniu os conhecimentos necessários para a avaliação dos pedidos dos promotores de centros comerciais de retalho, criou um sistema de consultas e elaborou métodos de trabalho comuns. Comparou as experiências das autoridades respectivas e estudou os efeitos da implantação dos centros, nomeadamente nas zonas fronteiriças. Por último, definiu os princípios directores, aplicáveis por todos, que foram adoptados pelas autoridades parceiras. Paralelamente, foram organizados seminários, que reuniram o conjunto dos agentes interessados (comerciantes, autoridades locais e outras instituições), para os informar da situação em matéria de ordenamento de grandes superfícies comerciais e recolher os seus pareceres sobre o TRADE. O resultado é que as autoridades das quatro regiões dispõem actualmente de princípios e de critérios comuns para evitar que as implantações de grandes centros de TRADE visa preservar a qualidade de vida nos subúrbios das cidades. Coordenação do projecto TRADE Tel.: (32-2) Fax: (32-2) lothar.blatt@skynet.be Web: Programa: Interreg II C Área Metropolitana do Noroeste (AMNO) Projecto: TRADE Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

43 42 Cooperação transnacional Conjugar «viver no campo» em francês, espanhol e português O espaço geográfico constituído pelas regiões de Auvergne, em França, de Castela e Leão, em Espanha, e do Centro, em Portugal, compreende numerosos territórios rurais confrontados com a diminuição da população e o declínio económico. Foi para remediar esta situação que, em Julho de 1999, foi lançado um projecto de cooperação transnacional denominado «Organização e revitalização dos territórios rurais», sob a tutela das câmaras consulares e das universidades da região de Auvergne, bem como das de Salamanca e Zamora, no que se refere a Espanha, e de Coimbra, em relação a Portugal. A partir da análise dos problemas comuns e das condições de desenvolvimento destes territórios, pretendia-se favorecer a sua revitalização e, por conseguinte, a manutenção e criação de actividades duradouras no meio rural, as únicas que poderiam inverter a tendência para o declínio e incitar os habitantes a «viverem no campo». Este objectivo passa pela valorização dos potenciais de desenvolvimento local e por experiências mais avançadas neste domínio. A sua realização coordenada pelas três regiões implica a criação de um grupo de competências, bem como de uma metodologia comum. prioritários. Embora o projecto não visasse a abertura imediata destes pontos multisserviços, o primeiro PMS foi inaugurado em Novembro de 2000, em Pinzio (Portugal), uma aldeia com habitantes, onde o proprietário de um bar-restaurante quis ser ele próprio a aplicar este conceito, a que a imprensa local tinha feito alusão. A iniciativa vai prosseguir até 2006, no quadro do Interreg III e alarga-se a outras acções, de acordo com o procedimento adoptado para a criação de PMS: análise, adaptação, transferência e depois construção de uma rede transnacional. PMS em Pinzio (Portugal): este restaurante alberga um telecentro. O projecto comportava uma vertente de estudos e outra de troca e transferência de experiências. Os estudos efectuados por uma equipa da Universidade Blaise Pascal, de Clermont- -Ferrand, tiveram por objectivo o conhecimento dos processos de desenvolvimento dos espaços rurais, em especial nas zonas de média montanha, em torno de actividades de serviços (que têm tendência para se concentrar em zonas urbanas importantes, em detrimento das outras zonas). Em Salamanca e Coimbra, a pesquisa centrou-se mais especificamente nas possibilidades de implantação de pontos multi-serviços (PMS) em estabelecimentos comerciais ou outros lugares públicos locais, a exemplo dos que já existiam em Auvergne. Estes trabalhos interuniversitários foram efectuados em cooperação com as câmaras de comércio e as associações empresariais. As trocas de experiências confirmaram o interesse suscitado, nos parceiros espanhóis e portugueses, pelos PMS de Auvergne, que pareciam dar resposta às suas preocupações imediatas. Em Portugal, a partir dos resultados dos estudos, foi elaborado um mapa dos espaços bem e mal servidos, que apresenta grandes semelhanças com o mapa das densidades populacionais. Estes resultados permitiram escolher cinco freguesias situadas em dois distritos (Guarda e Castelo Branco), onde a seguir foram efectuados inquéritos junto dos comerciantes, para determinar os lugares de acolhimento dos futuros PMS. O mesmo foi feito em Espanha, levando à identificação de dez lugares de acolhimento possíveis, dos quais cinco Câmara Regional de Comércio e da Indústria Aéroport d Aulnat BP 25 F Aulnat Tel.: (33) Fax: (33) mhleymarie@auvergne.cci.fr Programa: Interreg II C Sudoeste Europeu Projecto: Organização e revitalização dos territórios rurais Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

44 Cooperação transnacional 43 Pequenas cidades em linha para fugirem à marginalização Nos pequenos centros urbanos marginais, situados longe dos grandes eixos da actividade económica e do comércio, as novas tecnologias de comunicação têm um papel fulcral para assegurar o acesso das populações a uma vasta gama de informações, de conhecimentos e de serviços. No entanto, é necessário que estas localidades sejam dotadas de infra-estruturas telemáticas e de locais Internet adequados às necessidades, que estejam ao alcance de cidadãos muitas vezes sem equipamento informático ou sem aptidões para o utilizar eficazmente. Foi nesta óptica que em 1999 foi lançado o projecto «Rede de espaços frágeis», apoiado pelo Interreg e coordenado pela região da Úmbria, numa série de regiões do espaço de cooperação transnacional constituído pelo Mediterrâneo Ocidental e pelos Alpes latinos. Trata-se de sete regiões italianas (Sardenha, Sicília, Basilicata, Ligúria, Úmbria, Lázio e Vale de Aosta) e da região de Múrcia, em Espanha. financiado a partir de 2000 pelo Interreg III, para reforçar a utilização dos serviços telemáticos, entre os quais as PTA, cuja experiência será valorizada neste quadro. O objectivo principal era a implantação de «Portas telemáticas de acesso» (PTA). Actualmente a implantação está feita nos sítios de Arbus (Sardenha), Accettura (Basilicata), Esperia e Lenola (Lácio), Petralia Sottana (Sicília), Rhêmes-Notre-Dame, Saint-Pierre Castello e Saint- -Pierre Pain de Coucou (Vale de Aosta), bem como Tuoro Sul Trasimeno, na Úmbria. Na Úmbria, em Colfiorito, município de Foligno, afectado pelas sequelas de um tremor de terra, o acesso foi instalado num edifício de acolhimento provisório e será implantado definitivamente num edifício que está a ser restaurado (as obras são co- -financiadas pelo Estado italiano e pela União Europeia e as pessoas sinistradas receberam um computador, além das indemnizações clássicas). A região de Múrcia, por seu lado, efectuou acções para valorizar, através da telemática, os recursos humanos e locais no domínio do artesanato. Matera (Basilicata, Itália). As PTA fornecem dois tipos de serviços: consultas e ajuda em linha. As consultas cobrem domínios que incluem o turismo, o comércio, o ensino e formação profissional, a polícia e a protecção civil, o emprego e as empresas, etc. A ajuda em linha diz respeito ao correio electrónico, às videoconferências ou aos programas multimedia, aos serviços a diferentes grupos da população (jovens, mulheres, pessoas idosas ou deficientes), à assistência jurídica, fiscal ou sindical, ao teletrabalho ou ainda à participação nos programas europeus. A estrutura dos sítios foi concebida para facilitar a navegação a um público vasto. Trata-se ainda de favorecer, graças à telemática, a abordagem interactiva das problemáticas das diferentes regiões, o intercâmbio de experiências e de competências e o incentivo à iniciativa. É, de resto, o desafio da «Rede para o desenvolvimento económico», um novo projecto Regione Umbria Direzione Regionale Politiche Territoriali, Ambiente ed Infrastrutture Via M. Angeloni, 62 Sede Broletto I Perugia Tel.: (39-075) Fax: (39-075) pat@regione.umbria.it Web: Programa: Interreg II C Mediterrâneo Ocidental e Alpes latinos Projecto: Rede de espaços frágeis Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

45 44 Cooperação transnacional De bicicleta à volta do mar do Norte A bicicleta, meio de transporte pouco dispendioso, pouco exigente em infra-estruturas e de reduzido impacto sobre o ambiente, ganha cada vez mais popularidade no mercado dos tempos livres. Seis países ribeirinhos do mar do Norte associaram-se para arranjar uma pista contínua para bicicletas, ao longo do litoral, com ligações por ferry, e favorecer assim o cicloturismo. O projecto assentou numa parceria muito vasta, que compreende as autoridades locais e regionais, os serviços de turismo, os transportadores e numerosas organizações da Alemanha, da Dinamarca, da Noruega, dos Países Baixos, do Reino Unido e da Suécia. As projecções efectuadas no sector turístico permitiram prever um forte aumento das férias consagradas aos passeios de bicicleta, o que poderá, a prazo, ter repercussões económicas importantes. Lançado em 1998, o projecto transnacional de pista para bicicletas incluía a transferência por ferry, de modo a constituir um circuito contínuo à volta do mar do Norte. Entre as vantagens esperadas figuram a criação e manutenção de empregos em actividades turísticas duradouras em pequena escala, a promoção de outras actividades no âmbito do turismo cultural e a sensibilização para o património natural e cultural das regiões visitadas. Em grande parte baseada nos itinerários existentes, a pista para bicicletas do mar do Norte foi aberta no ano Organizou-se uma corrida inaugural em meados de 2001, no conjunto da pista e de Hamburgo (Alemanha) a Aberdeen (Escócia), para assinalar a abertura oficial do circuito total. Uma brochura de promoção publicada em seis línguas (dinamarquês, neerlandês, inglês, alemão, norueguês e sueco), inclui um mapa que permite planificar as férias e um guia que dá informações sobre os grandes destinos, os sítios pitorescos e as atracções culturais. A promoção do circuito é assegurada igualmente pela Internet, onde se pode encontrar um calendário das actividades. A iniciativa começou por um estudo de viabilidade a partir das ligações por ferry e das pistas existentes, para definir as necessidades de ligações suplementares. Com estes dados os parceiros aprovaram, no final de Maio de 1999, uma estratégia global assente na ideia de que a promoção internacional do circuito deveria permitir uma penetração no mercado mais eficaz do que a que cada um dos países ou regiões poderia esperar individualmente. Rogaland Fylkeskommune Regionalplanavdelingen Postboks 798 NO-4001 Stavanger Tel.: (47) Fax: (47) pfp@rfk.rogalandf.kommune.no Web: Programa: Interreg II C Região do Mar do Norte Projecto: Estrada do mar do Norte para ciclistas Custo total: euros Contribuição da União Europeia: euros

46 Cooperação transnacional 45 Onze países ao longo da Europa: uma primeira visão territorial comum O espaço transnacional Cadses (Europa do Centro, do Adriático, do Danúbio e Sudeste Europeu) atravessa em diagonal o centro da Europa e agrupa a Alemanha, a Áustria, a Itália e oito países candidatos à adesão (Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia, Hungria e Eslovénia). Ao lançarem o projecto «Vision Planet», apoiado financeiramente pelo Interreg e pelo Phare, os onze países parceiros quiseram dotar-se de um quadro de análise e de prospectiva, para reforçar a integração espacial e o desenvolvimento coerente das suas regiões neste conjunto geográfico. O método: estabelecimento progressivo de um quadro de diálogo e de cooperação entre as autoridades responsáveis pela planificação territorial. Através da criação destas estruturas pretendia-se obter mais transparência e uma visão comum de base para definir a estratégia a longo prazo em matéria de ordenamento do território. Contrariamente à experiência adquirida no âmbito de outros projectos transnacionais, esta acção era completamente nova no contexto político do Cadses. Apesar disso, a «Vision Planet» conseguiu obter resultados interessantes, que permitem afirmar que exerce uma influência real sobre a elaboração das políticas territoriais. Assim, os participantes elaboraram o mapa das regiões mais avançadas em matéria de planificação territorial, fizeram um levantamento da diversidade que caracteriza o espaço do projecto, tornaram públicas situações críticas e ligaram diversas administrações regionais em função das suas competências respectivas. Concluído no final de 2000, o projecto conduziu a um processo comparativo das diferentes políticas de ordenamento do território, permitindo às administrações verem em que domínios progridem e onde devem ser aplicados esforços imediatos. Os países em que estas políticas são recentes podem tirar partido dos resultados da «Vision Planet» para definir de forma mais ajustada a sua política de desenvolvimento regional e para explorar novos métodos. O projecto influenciou igualmente as decisões relativas à utilização das dotações europeias nos países candidatos à adesão. Por exemplo, a participação no projecto ajudou as autoridades romenas e húngaras a realizarem a programação transnacional do Phare. A continuação da abordagem comum deverá conduzir à publicação de um primeiro documento de orientação sobre as prioridades de ordenamento do território nos países parceiros. Federal Office for Building and Regional Planning Am Michaelshof 8 D Bonn Tel.: (49-228) Fax: (49-228) kurnol@bbr.bund.de Web: Programa: Interreg II C Cadses (Europa Central, do Adriático, do Danúbio e Sudeste Europeu) Projecto: Vision Planet Custo total (Interreg II C): euros Contribuição da União Europeia (Interreg II C): euros «Vision Planet» em reunião no castelo de Stirin (República Checa).

47 46 Interreg A iniciativa comunitária Interreg III ( ) Interreg III é uma iniciativa comunitária de cooperação transeuropeia realizada no âmbito do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), para o período Esta iniciativa, cujas orientações foram aprovadas pela Comissão em 28 de Abril de 2000 (JO C 143 de ), dispõe de um orçamento total de 4,875 milhões de euros (custos de 1999). Quais os objectivos gerais do Interreg III? A nova fase da iniciativa Interreg visa reforçar a coesão económica e social da União Europeia, promovendo ao mesmo tempo a cooperação transfronteiriça, transnacional e inter-regional, bem como o desenvolvimento equilibrado do território europeu. As acções consagradas às fronteiras ou às zonas fronteiriças internas e externas da União Europeia estão, portanto, no âmago da iniciativa. É dada especial atenção às fronteiras externas da UE, nomeadamente na perspectiva do seu alargamento, bem como à cooperação relativa às regiões ultraperiféricas da União. Em que consiste esta iniciativa? Baseado na experiência adquirida durante as duas fases anteriores da iniciativa, o Interreg III é aplicado no quadro das três vertentes seguintes: Vertente A Cooperação transfronteiriça, destinada a promover um desenvolvimento regional integrado entre as regiões fronteiriças contíguas, incluindo fronteiras externas e certas zonas marítimas, com o objectivo de criar uma cooperação económica e social transfronteiriça através de estratégias e de programas de desenvolvimento comuns. Vertente B Cooperação transnacional, destinada a aumentar o grau de integração territorial de grandes grupos de regiões europeias, para assegurar um desenvolvimento sustentável, harmonioso e equilibrado na União, bem como garantir uma maior integração do território, nomeadamente com os países candidatos e outros países vizinhos. Vertente C Cooperação inter-regional no conjunto do território europeu (e dos países vizinhos), destinada a melhorar o desenvolvimento regional e a coesão comunitária. Que princípios regem a aplicação do Interreg III? A aplicação conjunta de estratégias e de programas de desenvolvimento transfronteiriços/transnacionais pressupõe: o estabelecimento de uma vasta parceria que reúna segundo uma abordagem ascendente diferentes níveis administrativos, diversos agentes socioeconómicos e outros parceiros competentes; a criação de uma complementaridade com as principais intervenções dos fundos estruturais (objectivos n. os 1, 2 e 3); um reforço da abordagem integrada na aplicação das iniciativas comunitárias em conformidade com os novos regulamentos dos fundos estruturais [Regulamento (CE) n. 1260/1999 do Conselho, de 21 de Junho de 1999], esta iniciativa pode financiar medidas de desenvolvimento rural (elegíveis no quadro do FEOGA), medidas de desenvolvimento dos recursos humanos (elegíveis no quadro do FSE) e medidas de ajustamento das estruturas do sector da pesca (elegíveis no quadro do IFOP); uma coordenação efectiva entre o Interreg III e os instrumentos de política externa da União Europeia (Phare, Tacis, MEDA, FED, ISPA, Sapard e CARDS), nomeadamente tendo em vista o alargamento. Quais são as zonas europeias abrangidas pelo Interreg III? Cooperação transfronteiriça (Vertente A): as zonas situadas ao longo das fronteiras terrestres internas e externas da UE, bem como certas zonas marítimas. Cooperação transnacional (Vertente B): todas as regiões da União Europeia são abrangidas por esta vertente, sendo algumas delas elegíveis no quadro de dois, ou mesmo nalguns casos de três, domínios de cooperação. Cooperação inter-regional (Vertente C): é elegível, no âmbito desta vertente, a totalidade do território europeu. Interreg III: contribuição da União Europeia Repartição financeira indicativa por Estado-Membro (milhões de euros, preços de 1999) B DK D GR E F IRL I L NL A P FIN S UK Redes UE Para obter mais informações, consulte a página Internet da Comissão, no endereço seguinte:

48 Pequeno glossário da cooperação transfronteiriça, inter-regional e transnacional 47 Pequeno glossário da cooperação transfronteiriça, inter-regional e transnacional Ajudas de pré-adesão: apoio fornecido por três instrumentos financeiros (ver Phare, ISPA e Sapard) aos países candidatos da Europa Central e Oriental (PECO) até à sua adesão à União Europeia. Após a adesão, os novos Estados-Membros beneficiarão de todas as ajudas estruturais da União (ver Fundos estruturais e Fundo de Coesão). Quase todo o território dos novos Estados-Membros será abrangido pelo objectivo n. 1 dos fundos estruturais. CARDS: ajudas comunitárias para a reconstrução, desenvolvimento e estabilidade dos países resultantes da antiga Jugoslávia, actualmente não candidatos à adesão à União Europeia. Desenvolvimento rural: desenvolvimento equilibrado e diversificado das actividades rurais. Pretende-se reforçar o tecido económico e social dos territórios rurais e suster o êxodo rural, assegurando a manutenção de um sector agrícola viável e diversificado e desenvolvendo ao mesmo tempo actividades complementares ou alternativas (turismo ecológico, tempos livres, serviços, etc.), bem como preservar o ambiente, os recursos naturais, a paisagem e o património cultural das zonas rurais. Uma vasta gama de medidas de desenvolvimento rural é executada, em parte, no âmbito da PAC em todo o território da União (programas de desenvolvimento rural), no quadro da iniciativa comunitária Leader+, e em parte no quadro da política regional. Ver Política agrícola comum, Fundo Europeu de Orientação e de Garantia Agrícola e Leader+. Desenvolvimento sustentável: conceito baseado na opção por um crescimento económico equilibrado, que tenha em conta as exigências do emprego e da inserção social, as necessidades das empresas, da saúde e do bem-estar de todos, bem como a protecção do ambiente. O objectivo é portanto dar resposta às necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das futuras gerações para dar resposta às suas. EDEC (Esquema de desenvolvimento do espaço comunitário): documento informal adoptado pelos Estados-Membros em 1999, que propõe análises e orientações para reforçar a coordenação das políticas nacionais em matéria de ordenamento do território. Visa favorecer um desenvolvimento equilibrado e policêntrico do espaço europeu, uma planificação urbana adequada, uma nova relação entre cidades e campo, a igualdade de acesso às infra-estruturas, às comunicações (nomeadamente graças às novas tecnologias) e ao conhecimento, bem como uma gestão cuidadosa do ambiente, dos recursos naturais e do património, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável nos planos económico, social e ambiental. EMAS (Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria; acrónimo de Environmental Management and Audit Scheme): regulamento europeu, igualmente designado por «Ecoauditorias», que define uma linha de conduta para qualquer empresa ou organização que deseje efectuar voluntariamente uma gestão amiga do ambiente. Desde 2000, o EMAS incluiu a norma internacional ISO como instrumento de gestão do ambiente, acrescentando-lhe exigências específicas.

49 48 Pequeno glossário da cooperação transfronteiriça, inter-regional e transnacional EURES: rede europeia que agrupa parceiros como os serviços públicos de emprego, sindicatos e organizações patronais, coordenada pela Comissão Europeia e destinada a facilitar a livre circulação dos trabalhadores nos 17 países do Espaço Económico Europeu (EEE) e, em especial, nas zonas fronteiriças. Mais de 500 conselheiros EURES prestam informações e conselhos tanto aos trabalhadores e às pessoas à procura de emprego como aos empregadores. Fundo de Coesão: fundo criado em 1993 para completar as ajudas estruturais da União Europeia nos quatro Estados- -Membros menos prósperos (Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda), através do financiamento de projectos relativos à protecção do ambiente e às redes europeias de transporte. Fundos estruturais: os quatro principais instrumentos financeiros da ajuda consagrada às acções «estruturais» da União, ou seja, as acções que visam reduzir as disparidades económicas e sociais. Os fundos estruturais completam os financiamentos de origem nacional ou privada para realizar grandes programas, que abrangem um leque alargado de acções locais, regionais ou nacionais. Combinam as suas intervenções de acordo com as necessidades. Estes fundos são os seguintes: Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). Apoia a criação de infra-estruturas, investimentos produtivos e criadores de empregos, projectos de desenvolvimento local e apoios financeiros às PME nas regiões desfavorecidas. Fundo Social Europeu (FSE). Financia acções de formação e sistemas de auxílio à contratação e favorece a inserção social e profissional dos desempregados e dos grupos desfavorecidos. Fundo Europeu de Orientação e de Garantia Agrícola (FEOGA). A secção Orientação financia medidas de desenvolvimento rural e de ajuda aos agricultores nas regiões menos desenvolvidas (objectivo n. 1), bem como a iniciativa Leader+ em toda a União. A secção Garantia apoia as mesmas medidas fora do objectivo n. 1, bem como algumas medidas específicas em toda a União. Instrumento financeiro de orientação das pescas (IFOP). Financia a adaptação e a modernização dos equipamentos deste sector. Ver Objectivos prioritários dos fundos estruturais. Iniciativa comunitária: programa proposto aos Estados-Membros pela Comissão Europeia para completar as intervenções dos fundos estruturais em certos domínios e depois aplicado pelos próprios Estados-Membros. Existem quatro iniciativas comunitárias em vigor durante o período (ver Interreg, URBAN, Leader+ e EQUAL). Interreg: iniciativa comunitária do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) a favor da cooperação entre regiões da União Europeia. O objectivo do Interreg III ( ) é reforçar a coesão económica e social na União Europeia promovendo a cooperação transfronteiriça, transnacional e inter-regional, bem como o desenvolvimento equilibrado do território. É dada especial atenção à participação das regiões ultraperiféricas e das regiões situadas nas fronteiras externas da União com países candidatos à adesão. ISO 14001: ver EMAS. ISPA (Instrumento estrutural de pré-adesão): fundo europeu criado para ajudar os dez países candidatos da Europa Central e Oriental (PECO) a prepararem a sua adesão («ajudas de pré-adesão»), financiando projectos nos domínios da protecção do ambiente e das redes de transportes. As suas intervenções regem-se pelo modelo do Fundo de Coesão. Leader+ (Ligação entre Acções de Desenvolvimento da Economia Rural): iniciativa comunitária que tem por objectivo apoiar acções inovadoras de desenvolvimento rural em todas as regiões desfavorecidas da União, a partir de «grupos de acção local» (GAL), reunindo parceiros económicos e sociais, públicos e privados. Após o Leader I ( ) e o Leader II ( ), o Leader+ ( ) centra-se no desenvolvimento de estratégias integradas de desenvolvimento dos territórios rurais e no intercâmbio de experiências e de saber-fazer entre estes territórios, à escala europeia. MEDA: acordo de desenvolvimento mediterrânico destinado a acompanhar as reformas das estruturas económicas e sociais nos países terceiros da bacia mediterrânica, que actualmente não são candidatos à adesão à União Europeia. Natura 2000: rede ecológica europeia destinada a promover a conservação dos sítios naturais e habitats da fauna e da flora selvagens, tendo em conta as exigências económicas, sociais e culturais, bem como as particularidades regionais e locais de cada Estado-Membro. Esta rede resultou de várias directivas relativas à conservação dos habitats e das espécies, adoptadas

50 Pequeno glossário da cooperação transfronteiriça, inter-regional e transnacional 49 pela Comissão Europeia na sequência da Conferência do Rio de Janeiro de 1992, para fazer face à regressão inquietante da biodiversidade. NUTS (Nomenclatura das Unidades Territoriais Estatísticas): nomenclatura elaborada pelo Serviço de Estatística das Comunidades Europeias (Eurostat), a fim de dispor de um sistema único e coerente de repartição territorial. A nomenclatura actual subdivide os países da União Europeia em 78 territórios de nível NUTS 1 (os Länder alemães, as regiões na Bélgica, etc.), 210 territórios de nível NUTS 2 (as comunidades autónomas em Espanha, as regiões francesas, as regiões italianas, os Länder austríacos, etc.) e territórios mais pequenos, de nível NUTS 3. Nos programas de desenvolvimento regional, o objectivo n. 1 dos fundos estruturais abrange principalmente territórios de nível NUTS 2 e o objectivo n. 2 os territórios de nível NUTS 3. Objectivos prioritários dos fundos estruturais: objectivos a que os fundos estruturais consagram a maior parte (94%) dos seus recursos. Objectivo n. 1 (territorial): ajudas para a recuperação das regiões em atraso de desenvolvimento, dotando-as das infra-estruturas básicas que lhes faltam e financiando investimentos nas empresas para permitir o arranque de actividades económicas. Objectivo n. 2 (territorial): ajuda às zonas confrontadas com dificuldades de reconversão económica e social (zonas urbanas, industriais, rurais ou dependentes da pesca). Objectivo n. 3 (temático): medidas para modernizar os sistemas de formação e promover o emprego. O objectivo n. 3 abrange toda a União, excepto as regiões do objectivo n. 1, onde estas medidas estão incluídas nos programas de recuperação. PAC (Política agrícola comum): política europeia em matéria de agricultura e desenvolvimento rural. A PAC é da competência exclusiva da União. O seu «primeiro pilar» é a organização dos mercados agrícolas e a política de preços. A PAC compensa a redução dos «preços de intervenção» por um crescimento das ajudas directas aos agricultores, favorece uma agricultura de qualidade e respeitadora do ambiente, bem como a criação de uma verdadeira política integrada de desenvolvimento rural, que se tornou o seu «segundo pilar». Ver Desenvolvimento rural. Pactos territoriais para o emprego: acordos entre parceiros locais, públicos e privados, para aplicar, a um determinado nível territorial, novos métodos de utilização de todos os recursos (financeiros, administrativos, humanos e técnicos) que possam contribuir para a criação de postos de trabalho e para o desenvolvimento económico e social. A experiência dos 89 pactos criados na União entre 1994 e 1999 serviu de base para favorecer uma melhor utilização dos fundos estruturais. Parceria: princípio de funcionamento dos fundos estruturais que implica a concertação mais estreita possível, na preparação dos programas, entre a Comissão Europeia e as autoridades competentes dos Estados-Membros a nível nacional, regional e local. O princípio da parceria pressupõe também a cooperação de um vasto leque de intervenientes públicos e privados, incluindo os parceiros sociais (sindicatos e organizações patronais) e os organismos competentes em matéria de ambiente, na aplicação dos programas. Phare: fundo europeu criado em 1990, inicialmente para apoiar o processo de reformas na Polónia e na Hungria. Actualmente financia a preparação para a adesão dos dez países candidatos da Europa Central e Oriental (PECO). Centrado no desenvolvimento institucional, no apoio aos investimentos e na coesão económica e social, abrange todo o leque de medidas correspondentes às que os fundos estruturais financiam nos Estados-Membros e constitui o principal instrumento de ajuda aos PECO. O Phare-CBC (cooperação transfronteiriça) financia a parte das acções transfronteiriças ou transnacionais que dizem respeito aos territórios situados nestes países. Programa de desenvolvimento regional: programa adoptado pela Comissão Europeia, com base nos planos apresentados pelos Estados-Membros e nas orientações da política regional europeia. Os dados relativos ao programa (medidas e projectos) são depois elaborados de forma independente pelas autoridades nacionais ou regionais, sendo este executado, sob a sua responsabilidade, pelos organismos que seleccionaram a partir de concursos. Ver Programação. Programação: princípio de funcionamento dos fundos estruturais que visa a elaboração de programas plurianuais de desenvolvimento. A programação segue um processo de decisão em parceria, em várias etapas, até os programas serem assumidos pelos promotores de projectos públicos ou privados. O período de programação actual abrange os anos Programas regionais de acções inovadoras: programas financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), paralelamente aos grandes programas de desenvolvimento regional e às iniciativas comunitárias, para experimentar novos métodos. As acções inovadoras dispõem de um montante global mais limitado, mas permitem pôr em prática ideias mais recentes, muitas vezes exploradas de forma insuficiente. Para o período , estes programas dizem respeito

51 50 Pequeno glossário da cooperação transfronteiriça, inter-regional e transnacional principalmente à economia regional fundada no conhecimento e na inovação tecnológica, à sociedade da informação no desenvolvimento regional, bem como à identidade regional e ao desenvolvimento sustentável. Redes transeuropeias (RTE): conjunto de infra-estruturas transfronteiriças nos domínios dos transportes, da energia, das telecomunicações e do ambiente, articuladas com as redes nacionais, para optimizar as vantagens do mercado único, assegurando ao mesmo tempo a acessibilidade e a repartição equilibrada das infra-estruturas em todo o território europeu. Sapard (Programa de acção especial em matéria de agricultura e desenvolvimento rural; acrónimo de Special Action Programme for Agriculture and Rural Development): fundo europeu criado para ajudar os dez países candidatos da Europa Central e Oriental (PECO) a prepararem a adesão («ajudas de pré-adesão») nos domínios do ajustamento das estruturas agrícolas e do desenvolvimento rural. A sua gestão é inteiramente descentralizada para cada país candidato, o que constitui um primeiro caso histórico em matéria de apoios financeiros europeus a países terceiros. Serviços de interesse geral: actividades consideradas como sendo de interesse geral pelas autoridades públicas e sujeitas por isso a obrigações específicas de serviço público. Incluem actividades de serviço não económico (escolaridade, protecção social, etc.), assim como os «serviços de interesse económico geral» (transportes, energia, comunicações, etc.). O Tratado que institui a Comunidade Europeia reconhece (artigo 16.º) o papel destes serviços a favor da coesão social e territorial da União. A Comunidade e os Estados-Membros, cada um dentro dos limites das suas competências, velam por que estes serviços funcionem segundo princípios e em condições que lhes permitam realizar as suas missões. O artigo 86.º do Tratado estabelece o quadro em que os Estados-Membros sujeitam os serviços de interesse económico geral a obrigações de serviço público. Tacis: programa de assistência técnica à Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e aos países da Ásia Central resultantes da antiga União Soviética, bem como à Mongólia. O Tacis-CBC (cooperação transfronteiriça) financia a parte das acções transfronteiriças ou transnacionais que dizem respeito à Rússia, à Bielorússia, à Ucrânia e à Moldávia. URBAN: iniciativa comunitária que visa reabilitar os bairros urbanos em crise e melhorar os tecidos urbanos degradados, bem como promover o desenvolvimento urbano sustentável.

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