CAPÍTULO 3 ÁREA TESTE

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1 CAPÍTULO 3 ÁREA TESTE 3.1 INTRODUÇÃO O depósito N1 corresponde a um platô que é parte das reservas de ferro da Serra Norte, localizado próximo à jazida N4E, onde atualmente são lavrados os minérios de ferro de Carajás (Figura 3.1). Com orientação geral NW-SE, N1 é controlado pela presença de uma crosta rica em ferro, desenvolvida sobre rochas vulcânicas e formações ferríferas. A área representa a primeira grande clareira natural escolhida como local do primeiro acampamento dos projetos de pesquisa geológica na Província (Resende e Barbosa, 1972). Situada a sudeste do estado do Pará, na borda norte da Serra dos Carajás, está inserida entre os paralelos e de latitude sul e meridianos e ,11 de longitude oeste, perfazendo aproximadamente 24km 2 (Figura 3.2) Fig Região de Carajás com os principais depósitos minerais em destaque. FONTE: Modificada de Fonseca (1981, p.28). 29

2 Serra 2º 60º 46º 2º 10º 60º 46º 10º 51 º 00' Serra Buritirama Rio 50 º 00' Marabá Itacaiunas Rio To can São João do Araguaia tins 48 º 00' 5 º 00' Serra dos Carajas Serra Arqueada 279 Rio Paraupebas Serra do Topo ARAGUAIA Xambioá 6 º 00' Serra da Seringa Parau pebas Xinguara Rio Maria Rio Maria RIO Pau D'arco Araguaiaia 7 º 00' Serra dos Gradaus Redenção Rio Arraias Santana do Araguaí Araguarema Conceição do Araguaia Km Guaraí 8 º 00' 9 º 00' 48 º 00' ILUMINAÇÃO Fig. 3.2 Localização e vias de acesso. 30

3 3.2 CARACTERÍSTICAS GERAIS GEOMORFOLOGIA A área de pesquisa encontra-se inserida no domínio centro-norte do Planalto Dissecado do Sul do Pará, que é caracterizado por maciços residuais de topo aplainado e conjuntos de cristas e picos interpenetrados por faixas de terrenos rebaixados (Boaventura, 1974). Neste domínio, o relevo é marcado por serras com altitudes médias de 700m, onde se situam as serras Norte e Sul; chegando a 900m na Serra dos Carajás. Nas porções mais altas da serrania, dispõem-se os relevos residuais caracterizados pelas coberturas lateríticas. Unidades rochosas de idade Arqueana dos grupos Grão Pará e Rio Novo estão relacionadas a este domínio, que é marcado por estuturação com direção geral NW-SE. Na região dos rios Itacaiúnas e Parauapebas, esse conjunto de rochas, com formas tabulares, está parcialmente capeado por carapaças ferruginosas (Boaventura, 1974), interpretado pelo autor como depósito de cobertura de um pediplano de idade Pliocênica. No Distrito Ferrífero de Carajás, os aspectos geomorfológicos marcantes são: vales cobertos pela mata virgem; serras alongadas e íngremes e chapadas ou mesas (Resende e Barbosa, 1972). As chapadas são as feições dominantes, erguidas acima da floresta densa, em forma de clareiras, com encostas íngremes, cujas feições morfológicas comuns são: a) áreas predominantemente planas (Figura 3.3), alongadas e situadas mais ou menos ao mesmo nível; b) espigões alongados de perfis convexos (Figura 3.4), esculpidos em minério de ferro, orientados longitudinalmente e erguidos acima da superfície alongada; c) depressões fechadas, com ocorrência de muitos lagos e brejos temporários ou perenes nas áreas planas (Figura 3.5). 31

4 32 Fig. 3.3 Aspecto do relevo plano em N1, com vegetação de floresta ao fundo (Ponto 4, azimute Apêndice A)

5 Fig. 3.4 Vista geral do platô de N1, com morros de relevo convexo (2 0 plano), acima da superfície plana (Ponto 11, azimute Apêndice A). Fig. 3.5 Aspecto de uma superfície com depressão fechada e ocorrência de Lago (Ponto 13, azimute Apêndice A). 33

6 Outras feições presentes nos platôs da Serra dos Carajás são as cavernas desenvolvidas em condições atípicas (lateritas) e que por esta razão despertam interesse quanto a sua origem e as associações mineralógicas neoformadas em seu interior (Maurity e Kotschoubey, 1994a, 1994b). Em N1, estas cavernas são descritas como formas pseudocársticas, caracterizando-as por depressões subcirculares e inúmeras cavidades subterrâneas localizadas nas bordas do platô. Segundo os autores, a formação destas feições está associada ao rebaixamento do nível de base, provavelmente resultante do tectonismo epirogenético, que pode ter afetado toda região no Terciário Superior e/ou Quaternário. Maurity e Kotschoubey (1994a) relacionam a evolução dessas formas com a geração de zonas de baixa densidade, através da eluviação química e da degradação da parte inferior, abaixo da crosta. A erosão física é mais atuante nas bordas do platô, com o aumento dos fluxos aquosos em regime vadoso, e remove o material menos coeso, gerando as cavernas que podem atingir até 100m de extensão. Os lagos doliniformes também estão associados ao abatimento da crosta laterítica, provocado pela fragilidade e instabilidade da zona de baixa densidade e a presença provável de cavidades subterrâneas. A Figura 3.6 exemplifica estas feições nos platôs lateríticos. Fig Seção esquemática dos platôs da Serra Norte (Serra dos Carajás) ilustrando padrões de fratura e feições pseudocársticas. FONTE: Maurity e Kotschoubey (1994a, p.355). 34

7 3.2.2 VEGETAÇÃO A vegetação da região de Carajás é caracterizada por floresta equatorial ombróphila densa, de climas quentes-úmidos e superúmidos. Paradella et al. (1994), através de estudos mais detalhados na região de Pojuca (PA), caracterizam sete classes geobotânicas, onde as classes possuem relações com comunidades vegetais, relevo e litologia. Nos platôs, onde ocorrem as crostas ferruginosas, como em N1, a vegetação é do tipo campo rupestre (Joly, 1970 citado por Silva et al. 1986), constituída predominantemente por herbáceas e arbustivas, com pouco desenvolvimento do tipo semi-arbóreo. Há trechos em que esta vegetação se torna escassa, permitindo a exposição das formações ferríferas. Muitos lagos encontram-se encobertos por vegetação do tipo Typha sp, conhecida popularmente como taboa, onde também há extensas exposições das crostas nos períodos de seca. No topo dos morros, onde há muitos afloramentos rochosos, a camada de solo é praticamente inexistente e as espécies desenvolvidas são de porte reduzido. Isto se deve ao pequeno acúmulo de matéria orgânica nas fendas das rochas ou entre elas, levando à formação de tapetes de gramíneas sobre as cangas. À medida em que se desce as encostas, ocorre um certo acúmulo de solo e de matéria orgânica, permitindo o desenvolvimento de espécies de porte maior. Na base dos morros, a flora atinge seu máximo desenvolvimento. As Figuras 3.7 e 3.8 ilustram estes tipos de vegetação controlados por suas respectivas variações altimétricas. O clima é Equatorial, com temperaturas médias oscilando entre 19 0 e 31 0, caracterizado por duas estações distintas, uma seca (inverno) de maio a outubro e outra úmida (verão) de novembro a abril, com períodos torrenciais bastante intensos. A fisionomia dos campos descritos anteriormente pode variar em função da estação climática (Silva et al., 1986). 35

8 Fig Perfil esquemático do relevo sobre mina de ferro na Serra Norte, Carajás. FONTE: Silva et al. (1986, p.194). Fig. 3.8 Ilustração das características mencionadas na Figura 3.7, onde se notam os padrões de vegetação descritos, isto é, gramíneas no topo do morro e arbustivas na base (Ponto 12, azimute Apêndice A). 36

9 Nos meses chuvosos, os campos ficam cobertos por uma vegetação verde com espécies floridas, formando um extenso tapete verde intercalados com os matizes das flores. Na época de seca, a maioria das herbáceas perde as partes aéreas, adquirindo um aspecto seco. 3.3 GEOLOGIA GEOLOGIA REGIONAL E TECTÔNICA O Distrito Ferrífero da Serra dos Carajás é constituído essencialmente de rochas Précambrianas de origem variada e distintos graus de metamorfismo (Resende e Barbosa, 1972). Em uma das primeiras tentativas de estabelecer uma interpretação estratigráfica da área, os autores propõem uma coluna estratigráfica para o distrito, considerando a estruturação geral da Serra dos Carajás como referência para estabelecer a ordem cronológica das camadas. A região está localizada na Província Mineral de Carajás, no extremo ESE do Cráton Amazônico (Almeida, 1978), com ocorrência de um núcleo granito-greenstone envolvido por cinturões de gnaisses migmatizados e faixas supracrustais associadas, com direções EW, NE-SW e NW-SE. Uma nova coluna estratigráfica informal é proposta por Hirata et al. (1982) e atualizada em DOCEGEO (1988), com a continuidade dos estudos na Província Mineral de Carajás. Nesta nova abordagem, é proposto o entendimento da evolução geológica da região e a uniformização da nomenclatura para as unidades definidas. Os terrenos tipo greenstone-belts são agrupados ao Supergrupo Andorinhas e apresentam intrusões de granitóides e complexos máficos-ultramáficos associados. O Granito Seringa constitui um bloco granito-greestone que resistiu à gnaissificação e à 37

10 migmatização. O Supergrupo Serra do Inajá também é caracterizado como um terreno granito-greestone. O Supergrupo Itacaiúnas, caracterizado como produto de evolução em ambiente vulcano-sedimentar, de idade Arqueana, porém distinta dos litotipos greenstone-belts, engloba o Grupo Grão Pará e as demais unidades a ele associadas; Grupos Igarapé, Salobo, Igarapé Pojuca, Igarapé Bahia e Buritirama. Dentre estas unidades, destaca-se o Grupo Grão Pará (Beisiegel et al., 1973), por hospedar os depósitos de ferrro da Serra dos Carajás, relatados pela primeira vez por Tolbert et al. (1971). Migmatitos e gnaisses tonalíticos, trondhjemíticos e/ou granodioritos são representados pelo Complexo Xingu. Ocorrem também, granitos anorogênicos do Proterozóico Inferior, que cortam coberturas sedimentares de caráter transgressivo e de incipiente grau metamórfico, relacionadas ao Grupo Rio Fresco (Figura 3.9). No contexto geotectônico, destacam-se os modelos propostos por Cordani e Brito Neves (1982) que, com base em idades geocronológicas, propõem um modelo tectônico caracterizado por cinturões proterozóicos móveis circundados por núcleos cratônicos arqueanos. Dessa forma, rochas graníticas (ou granulíticas) na borda norte da Serra dos Carajás são relacionadas ao Cinturão Maroni-Itacaiúnas, instaladas durante o Proterozóico Inferior. Os gnaisses metavulcânicos e as rochas metassedimentares podem se relacionados à Província Amazônica Central do Proterozóico Inferior. Hasui et al. (1984) e Hasui e Haralyi (1985), com base em interpretações de dados geofísicos e estruturais, propõem um modelo alternativo onde a estruturação do Cráton Amazônico é baseada na articulação de blocos crustais (Belém, Araguacema, Jurema e Porangatu). As bordas dos blocos são definidas por anomalias magnéticas positivas, domínios magnéticos muito perturbados e trends lineares das unidades rochosas. O núcleo desses blocos é marcado pela presença de granitóides e sequências vulcanosedimentares tipo greenstone belts. 38

11 Fig Mapa de Distribuição de Unidades Geológicas - Província Mineral de Carajás. FONTE: DOCEGEO (1988, p.13). 39

12 Através de mapeamentos regionais e sistemáticos realizados pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), é melhor caracterizado o modelo geotectônico na região de Carajás (CPRM, 1991). Com base nos resultados obtidos, a área de estudo encontra-se inserida no Cinturão Itacaiúnas, uma província geotectônica com metassedimentos, metavulcânicas, gnaisses e granulitos. A Serra dos Carajás é parte do cinturão de cisalhamento dúctil oblíquo, composto de dois principais domínios litoestruturais. O domínio ao sul encontra-se marcado por zonas de cisalhamento sinistrais imbricadas, com orientação geral E-W, caracterizados por cinturões menores e lentes dos Complexos Xingu (gnaisses) e Pium (granulitos), por granitóides e pelo Grupo Sapucaia (vulcânicas máficas e ultramáficas). O domínio norte é caracterizado por uma estrutura sigmoidal alongada na direção WNW-ESSE, limitada grosseiramente pelas serras Norte e Sul, com rochas do Grupo Grão Pará, constituído pelas Formações Parauapebas, Carajás e Águas Claras. Nesta abordagem, são consideradas apenas as coberturas superficiais relacionadas ao minério de ferro. Por esta razão, descrições detalhadas sobre a estratigrafia e a geotecônica da região de Carajás tornam-se impraticáveis aqui, mas podem ser encontradas em Amaral (1971) e Pinheiro (1997), respectivamente GEOLOGIA DE DETALHE A sequência químico-vulcânica denominada Grupo Grão Pará (Beisiegel et al., 1973), destaca-se por hospedar os depósitos de ferro da Serra dos Carajás, incluindo a jazida de N1. Este grupo é tido com idade de 2,7 Ga, datado pelo método U-Pb por Wirth et al. (1986). As rochas associadas a esta sequência são divididas em três unidades: a) Sequência Paleovulcânica Inferior: denominada de Formação Parauapebas em Meireles et al. (1984): é representada pelas rochas máficas verdes 40

13 hidrotermalmente alteradas (greenstones), com de basaltos, traquiandesitos e, em menor quantidade, riolitos, contribuições piroclásticas de natureza básica a intermediária. Resende e Barbosa (1972) descrevem a preservação de estruturas vulcânicas típicas, observadas nestas sequências, em galerias e testemunhos de sondagem em locais onde a deformação não é muito intensa. b) Formação Carajás, Resende e Barbosa (1972): ocorre acima da unidade anterior, constituída principalmente por formação ferrífera; geradora de todos os corpos de minério enriquecido da Serra dos Carajás, e seus produtos de alteração. Caracteriza-se por rochas laminadas, constituídas de quartzo, martita e secundariamente, magnetita. Diques e soleiras de rochas máficas cortam esta unidade, e principalmente o minério de ferro exposto, em várias galerias e furos de sondagem. Ocorrem também numerosas intercalações lateríticas nos corpos de minério de algumas áreas, interpretadas por analogia, como soleiras de rocha máfica. c) Sequência Paleovulcânica Superior: constituída por metavulcânicas e metasedimentos. Na área das jazidas, as rochas ocorrem muito decompostas, com um material de capeamento característico de uma argila vermelha, laterítica, com ocorrência escassa de fragmentos de rocha máfica. Apresenta intercalações lenticulares de formação ferrífera, sendo este um caráter distintivo em relação à unidade inferior GEOLOGIA ECONÔMICA Os minérios de ferro de Carajás apresentam teores altos de ferro, determinados a partir de seções polidas, difração de raios X e análises químicas (Resende e Barbosa, 1972). A maioria das amostras é constituída predominantemente por martita, hematita e goetita. Algumas amostras, vindas de intercalações lateríticas proveniente de contato com 41

14 material vulcânico, apresentam uma proporção significativa de gibsita, identificada por meio de raios X. No perfil típico da jazida, o minério se dispõe conforme a sua composição, com formação ferrífera nas partes mais profundas e canga nas partes mais superficiais. O minérios ricos em óxidos e hidróxidos de ferro, designados como hematita, são classificados de acordo com sua friabilidade e juntamente com os outros tipos de minério são descritos nas categorias a saber: a) Canga: trata-se do material limonítico pobre em fragmentos detríticos. Nas vertentes das clareiras, pode conter blocos de formação ferrífera e de hematita em proporção não superior a 10%. Os valores médios das análises químicas realizados em amostras de testemunhos são: 56,8% de Fe; 0,21% de P; 0,7% de SiO 2 ; 8,1% de Al 2 O 3 ; 9,1% de PF; 0,18% de Mn e 0,7% de FeO. b) Canga de minério: minério formado por blocos de minério (hematita dura e semidura) cimentados por óxidos hidratados de ferro, precipitados quimicamente e com pouco material argiloso. Os valores médios de análises químicas são: 64,1% de Fe; 0,22% de P; 0,6% de SiO 2 ; 1,7% de Al 2 O 3 ; 5,4% de PF; 0,11% de Mn e 1,% e FeO. c) Hematita dura (HD): caracteriza-se por um minério compacto, constituído por especularita, com ou sem óxidos ferríferos, sem quartzo. Os valores médios de análises químicas são: 66,2% de Fe; 0,09% de P; 0,7% de SiO 2 ; 1,5% de Al 2 O 3 ; 2,2% de PF; 0,28% de Mn e 0,6% de FeO. d) Hematita semidura (HSD): minério finamente bandado constituído por a) pallhetas microscópicas de especularita com cristais maiores de martita com inclusões de magnetita e b) goethita fibrosa e limonita terrosa amarela, que pode predominar nas partes mais superficiais dos corpos de minério. Os valores 42

15 médios encontrados são: 65,9% de Fe; 0,08% de P; 0,8% de SiO 2 ; 1,5% de Al 2 O 3 ; 2,9% de PF; 0,20% de Mn e 1,1% d FeO. e) Hematita semibranda (HSB): este tipo de minério não aflora, mas é um dos materiais mais representativos em testemunhos de sondagem. Trata-se de um material cinzento a negro, de estrutura bandada, constituída por bandas milimétricas de hematita e de martita. Os valores médios encontrados são: 66,7% de Fe; 0,03% de P; 1,1% de SiO 2 ; 1,0% de Al 2 O 3 ; 1,8% de PF; 0,23% de Mn e 1,3% de FeO. f) Hematita branda (HB): constituída por material hematítico cinzento-escuro a negro, podendo ter uma estrutura bandada idêntica à do minério semibrando. Os valores médios são: 66,3% de Fe; 0,03% de P; 1,2% de SiO 2 ; 1,0% de Al 2 O 3 ; 2,3% de PF; 0,025% de Mn e 1,2% de FeO. g) Itabirito: correspondente às formações ferríferas, é a rocha de onde provém todos os tipos de minério, caracterizada por formação ferrífera de fácies oxidada pouco metamorfisada, constituída de faixas alternadas de hematita e sílica. Ocorrem dois tipos de itabirito: h) Itabirito duro (ID): rocha de difícil fragmentação, ocorrendo em posição profunda e geralmente não encontrada nas clareiras. Os valores médios são: 43,7% de Fe; 0,02% de P; 35,1% de SiO 2 + Al 2 O 3 ; 1,3% de PF; 1,13% de Mn e 2,0% de FeO. i) Itabirito brando (IB): material nitidamente bandado que se degrada com relativa facilidade. Os valores médios encontrados são: 54,1% de Fe; 0,01% de P; 19,3% de SiO 2 + Al 2 O 3 ; 1,7% de PF; 0,40% de Mn e 1,0% de FeO. 43

16 3.4 COBERTURA SUPERFICIAL (LATERITAS) As crostas lateríticas compreendem as formações distribuídas superficialmente sobre o platô de N1, resultantes de processos ligados ao modelamento do terreno, ou seja, ao intemperismo e à sedimentação mais recentes. As formações superficiais, originadas através de modificações sub-aéreas nas formações ferríferas exercem controle na distribuição da cobertura vegetal, onde nas áreas cobertas por florestas, estas formações são solos DEGRADAÇÃO DA LATERITA A dinâmica de formação da paisagem das couraças ferruginosas é um processo contínuo; com movimentos verticais, laterais e oblíquos responsáveis pela formação dos horizontes do perfil da couraça e da relação entre eles no interior da paisagem laterítica (Tardy, 1993). Estudos realizados na cobertura laterítica do platô de N1 por Maurity e Kotschoubey (1994a) mostram indícios de degradação tardia da cobertura de alteração, tanto em superfície quanto em subsuperfície. O manto de alteração em N1 é constituído por um espesso pacote saprolítico; composto de caolinita, oxi-hidróxidos de ferro e eventualmente quartzo, produto de alteração de rochas vulcânicas e metassedimentares, e por uma couraça ferro-aluminosa de 0,5 a 5m de espessura. Na parte superior da couraça, a degradação da laterita é marcada pela presença de pseudopisólitos de cavidades decimétricas a centimétricas, preenchidas por agregados de pequenos esferólitos gibbsíticos, de cutanes aluminosas e ferruginosas formando sistemas anastomosados e de fissuras ou túbulos com pequenos fragmentos e grãos de laterita cimentados por hematita. Estas feições são formadas em condições ácidas e redutoras, provavelmente devido à acumulação da matéria orgânica em superfície, o que pode provocar a dissolução da 44

17 caolinita, gibbsita e goethita e a remobilização de Si, Fe e Al. Enquanto a maior parte do Si é lixiviado para fora do perfil, Al e Fe redepositam na couraça, após a migração na forma de verdadeiras soluções coloidais, devido às mudanças nas condições físicoquímicas em profundidade e/ou à degradação dos complexos orgânicos aluminosos e ferruginosos bastante instáveis. Em subsuperfície, a degradação se dá com o rebaixamento progressivo do nível freático, causado pelo soerguimento regional posterior à formação da laterita, que intensifica a migração vertical e lateral de soluções aquosas reativando o processo de alteração. Al e Fe remobilizados na couraça e na interface crosta-saprólito se depositam sob a forma de gibbsita e oxi-hidróxido de ferro em fraturas e fissuras no topo essencialmente caolinítico do saprólito. Um sistema denso de vênulas de gibbsita ou goethita/hematita superimposto ao nível argiloso é então formado (Figura 3.10). Fig Perfis esquemáticos ilustrando o processo de degradação da laterita nos platôs da Serra Norte Serra dos Carajás - PA. FONTE: Maurity e Kotschoubey (1994a, p.355). 45

18 No decorrer da alteração, a caolinita sofre dissolução parcial, o que resulta na formação de sistemas tipo box work sustentados pela rede de vênulas. Desse modo, com a continuidade do processo, desenvolve-se uma zona denominada zona de baixa densidade, muito porosa e permeável logo abaixo da couraça, que é favorável à circulação de águas subterrâneas GEOQUÍMICA As lateritas são rochas ou materiais rochosos em via de formação, originados durante o processo de laterização (Tardy, 1993). Isto envolve um conjunto de reações químicas, mineralógicas e bioquímicas interligadas que agem sobre rochas pré-existentes expostas à superfície terrestre. As reações ocorrem em função do contato das rochas com o meio ambiente de clima de floresta tropical e subtropical alternado, finalizando com período semi-árido de savana. Os principais óxidos que compõem estas rochas são SiO 2, Fe 2 O, Al 2 O 3, H 2 O e TiO 2, refletindo a mineralogia básica, ou seja, esmectita, caolinita, hematita, goethita e gibsita. Araújo (1994), em trabalho realizado nas crostas e nos solos lateríticos da Amazônia Oriental, visando um estudo da dispersão multielementar destes tipos de materiais, caracteriza os aspectos mineralógicos e geoquímicos de vários áreas. Os resultados obtidos pelo autor mostram que as crostas de N1 são fundamentalmente constituídas de SiO 2 (77,19 %) e de Al 2 O 3 (12,53 %). A crosta estratificada é a mais rica em Fe 2 O 3 (82,79 % em peso), mas com baixos teores de Al 2 O 3 (7,66 % em peso), de SiO 2 (0,76 % em peso) e de TiO 2 (1,16 % em peso). As crostas cavernosa e pisolítica apresentam composições químicas semelhantes, com teores de Al 2 O 3 mais elevados na cavernosa. Com base nas diferenças texturais, mineralógicas e químicas entre os três tipos de crosta, o autor supracitado ressalta que elas originaram de rochas químicomineralógicas parcialmente diferentes entre si. Além disso, observa que as crostas cavernosa e pisolítica devem ter se originado de rochas-mãe mais aluminosas ou dos 46

19 fácies aluminossilicatados das formações ferríferas. Analisa ainda que as texturas cavernosa e pisolítica expressam uma maior troca e percolação de soluções em função da lixiviação química favorecida pela presença de materiais mais solúveis das rochas pré-existentes TIPOS DE CROSTAS E CARTOGRAFIA Resende e Barbosa (1972) consideram o material da superfície em N1 como canga, isto é, material limonítico, pobre em fragmentos detríticos, com ocorrência escassa de blocos de itabirito e hematita. E em função dos efeitos mecânicos e químicos do intemperismo, apresentam um mapa das coberturas superficiais com três tipos de canga: estrutural, química e de minério (Figura 3.11). Fig Mapa de cobertura superficial da jazida N1 FONTE: Modificada de Resende e Barbosa (1972). 47

20 As características destas cangas são: a) Canga: muitas vezes designada de canga estrutural, trata-se de uma canga formada in situ, onde os blocos envolvidos por limonita resultam da penetração desta ao longo de planos estruturais, com presença ocasional de dobras (Figura 3.12). Não há ocorrência de quartzo visível, sendo muito confundida com a categoria de minério designada de hematita semi-dura. A vegetação associada é do tipo arbustiva. Figura 3.12 Canga com aspecto dobrado e fraturado (Ponto 7 Apêndice A). Em relação às dobras e fraturas encontradas nas formações ferríferas, e frequentemente observadas na canga estrutural, Pinheiro (1997), em estudo realizado em N4, ressalta que estas feições não são originadas de eventos tectônicos formados durante a milonitização e o metamorfismo. Isto se sustenta com o bandamento primário original citado pelo autor e também com os estudos metamórficos dos formações ferríferas, que sugerem na maior parte, fácies de xisto verde de grau mais baixo destas rochas, se os 48

21 efeitos de alteração hidrotermal são ignorados. Além disso, texturas de recristalização dinâmicas pervasivas, típicas de milonitos, não são observadas em lâminas delgadas. Segundo o autor, a maior parte das deformações que afetam as formações ferríferas podem ser atribuídas a um único episódio de dobramentos rúptil-dúctil em todas as escalas. b) Canga de minério: esta canga ocorre adjacente aos minérios de ferro in situ, nos flancos de colinas como um bom indicador de localização dos corpos de minério. É formada por blocos de minério constituídos por hematita e em menor proporção especularita, com dimensões milimétricas a centimétricas, rolados e posteriormente cimentados por óxidos hidratados de ferro, precipitados quimicamente e com pouco material argiloso (Figura 3.13). Figura 3.13 Canga de minério com blocos de hematita de dimensões centimétricas (Ponto 6 Apêndice A). c) Canga química: designada de canga no mapa da Figura 3.11, a qual ocorre nas áreas mais baixas e próximas às bordas do platô, associada à vegetação de 49

22 gramíneas. Uma característica marcante desta canga é a nítida diminuição de ferro na forma de fragmentos de hematita e ocorrência de pisólitos de dimensões milimétricas (Figura 3.14), com cimento constituído por goethita ou limonita, de aspecto vítreo a terroso. Figura 3.14 Canga química com ocorrência de pisólitos de dimensões milimétricas (Ponto 5 Apêndice A). Além destes tipos de canga, ocorre em N1, minério de ferro propriamente dito, sob a forma de hematita semi-dura (HSD), conforme classificação dos tipos de minério encontrados nas jazidas da Serra dos Carajás, descrita em Resende e Barbosa (1972). A HSD, designada como hematita no mapa da Figura 3.11, caracteriza-se pela ocorrência nos topos sobressalentes dos morros, associada à vegetação de gramíneas, dispostos no relevo plano ondulado dos platôs da Serra dos Carajás. Sua composição é influenciada pela posição, geralmente superficial ou quase superficial. Em superfície, é marcada por um bandamento mineralógico constituído por: a) palhetas microscópicas de especularita e cristais maiores de martita com inclusões de 50

23 magnetita ou de um mineral da série martita-maghemita, b) goethita fibrosa e limonita terrosa amarela, que podem predominar nas partes mais superficiais dos corpos de minério. Em subsuserfície, ocorre logo abaixo de uma crosta de canga, mas em profundidade, geralmente cede lugar a outros tipos de minério. Uma outra proposta de mapeamento superficial em N1, apresentada por Araújo (1994), descreve a cobertura superficial de N1 como crostas lateríticas, dividindo-as em: estratificada, pisolítica e cavernosa, além de solo (Figura 3.15). Esta subdivisão corresponde, respectivamente, às cangas estrutural, química e de minério referentes ao trabalho de Resende e Barbosa (1972). Segundo Araújo (1994), estas crostas são constituídas predominantemente por hematita e goethita, apresentam propriedades texturais (mineralógicas) distintas e estão associadas às formações ferríferas da Formação Parauapebas do Grupo Grão Pará. No mapa da Figura 3.15, apenas a crosta aflorante é levada em consideração, e os tipos apresentam variações, quanto ao modo de ocorrência e aos aspectos texturais e mineralógicos, da seguinte forma: a) Crosta ferruginosa estratificada: apresenta ainda in situ a estratificação original das rochas primárias, provavelmente itabiritos bandados da Formação Carajás. Ocasionalmente, pode apresentar fragmentos de hematita. A coloração é geralmente avermelhada, com extensa distribuição em área na parte central e sul do platô; b) Crosta ferruginosa pisolítica: constituída principalmente de pisólitos e/ou esferólitos ferruginosos, formados de goethita aluminosa e/ou goethita em plasma também ferruginoso. Sua coloração é avermelhada e ocorre na parte central e numa pequena porção na região nordeste do platô; 51

24 Fig Geologia da superfície de N1 FONTE: Araújo (1994, p.101). c) Crosta ferruginosa cavernosa: ocorre com aspecto brechóide, com coloração avermelhada a amarelo ocre, em função da maior ou menor quantidade de goethita aluminosa e/ou goethita. encontra-se principalmente na parte norte do platô e na região sudoeste; d) Solos: apresentam textura arenosa, contendo escassos fragmentos das crostas citadas acima. A coloração é avermelhada, com distribuição restrita sobre o platô. 52

3 ASPECTOS GERAIS DA ÁREA ESTUDADA

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