LEITURA LITERÁRIA NA SALA DE AULA SILVA, R. L.; RUTHES, A. F.; PIRES, R.; HARSCH, M. A.; SILVA, E.C.G. Resumo
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- Sandra Canto da Costa
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1 LEITURA LITERÁRIA NA SALA DE AULA SILVA, R. L.; RUTHES, A. F.; PIRES, R.; HARSCH, M. A.; SILVA, E.C.G Resumo O objetivo deste trabalho é conhecer mais profundamente o que acontece no espaço da sala de aula, no que se refere à prática da leitura realizada pelos alunos. A leitura de textos literários procura ler e compreender o significado dos textos, levando em conta as relações daquele texto com outros do mesmo ou de outros autores, com a época em que foi escrito, com a atualidade, propiciando a capacidade de ler, refletir, pensar; mas é também sentir, emocionar-se apurar a sensibilidade, sonhar. Palavra - chave: Leitura, leitor, reflexão, aprendizagem; Abstract The objective of this work is to understand more deeply what happens within the classroom, with regard to the practice of reading done by students. The reading of literary texts demand read and understand the meaning of the texts, taking into account the relations hips that text with others of the same or other authors, with the time it was written, with the current, providing the ability to read, reflect, thinking, but also feel touched by them determine the sensitivity, dreaming. Introdução Freire: "a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo, mas por certa forma de escrevê-lo, quer dizer, de transformá-lo através de nossa prática consciente". Percebemos nessa afirmativa que o ato de ler não pode ficar limitado ao processo da leitura, mas é preciso expandi-la em todas as direções, sem, é claro, perder de vista a perspectiva do texto lido. (1989, p.20) É importante, chamar a atenção para o fato de que a leitura e a releitura do mundo deve ter um caráter de uma leitura crítica, aquela que de tudo duvida e
2 a tudo questiona. Assim, a importante função da leitura é promover a comunicação entre o indivíduo e sua comunidade, por possibilitar a construção do seu conhecimento sobre a cultura e sociedade em que vive. Ler é uma atividade muito comum em várias culturas, no entanto, há uma diferença acentuada entre uma história contada e uma historia lida. Ao ouvir uma história, o ouvinte faz a sua imaginação, cria o seu próprio cenário, com o seu mundo ilusório, principalmente quando ele tem acesso a gravuras da história enquanto que ao ler a história, ele já se apega mais a realidade da própria história, fazendo assim o cenário parecer real da leitura. Ler é um processo complexo. Não se adquire o hábito de ler, se conquista dia a dia. Sendo assim, é tarefa do professor, promover e incentivar a leitura no cotidiano da sala de aula. Primeiramente, cabe ao professor ser leitor e passar isso para os alunos, demonstrar o seu contato com os textos e a forma como a leitura atua e modifica a vivência dos indivíduos. O ato de ler faz parte de um processo que visa interagir o leitor através de informações significativas que poderão servir como sustentação para toda a sua vida escolar e social. À medida que ultrapassa o limite da leitura visual, levando em conta suas representações, cresce o desejo de participar da construção do conhecimento de forma ativa. Todas as comunidades apresentam diferentes formas de expressão artística, como a música, o canto, a dança e a literatura, dentre outros. ". Mas, o homem sempre se manifestou artisticamente a partir da palavra, mesmo nas comunidades primitivas, em que não havia a escrita, nesse caso, por meio da poesia oral. O gosto por ler se forma e a aprendizagem escolar da leitura desempenha importante função no desenvolvimento, na medida em que propicia condições para que o aluno, agindo entre outros sujeitos sobre a natureza (física, psicológica e social) construa conhecimentos de conceitos específicos de cada disciplina. A leitura não acontece isolada na sala de aula, e deve estar articulada às práticas de produção e análise de textos, para que se caracterize como
3 conhecimento de opções, que à medida que se tornam conscientes, podem ir sendo utilizadas pelos alunos para seus propósitos de leitores e autores. É preciso extrapolar a mera decodificação. Para isso é fundamental a introdução de leitura de gêneros, textos que possam estar relacionados ao cotidiano dos alunos. O trabalho com a leitura de diferentes gêneros textuais favorece a relação da leitura com a vida. O prazer da leitura deve ser despertado logo na infância. Ler faz parte da formação cultural de cada indivíduo. A leitura estimula a imaginação, proporciona a descoberta de diferentes hábitos e culturas, amplia o conhecimento e enriquece o vocabulário. Por meio da leitura e de nossa visão de mundo, conseguimos o domínio da palavra. Por meio da palavra, trocamos idéias e conhecimentos, sendo possível entender o mundo que nos cerca. Com o domínio da palavra nós nos transformamos e, ao nos transformar, nos é permitido construir um mundo melhor. No processo de leitura deve-se levar em consideração o conhecimento prévio do aluno, uma vez que o mesmo precisa estabelecer uma ponte entre o saber adquirido em seu dia-a-dia com os conhecimentos que obtém durante o processo ensino aprendizagem. Mas para que isto aconteça, o educador precisa dispor de estratégias de leitura que venham contribuir para que o aluno desperte em si o desejo de ler em decorrência de um conhecimento significativo. A leitura é uma atividade que se desempenha individualmente, mas está integrada ao contexto social que vai desde a capacidade de decodificação do sistema da escrita até a compreensão do texto lido. Ler com compreensão é determinar o sentido real do texto com as interferências que o leitor achar necessário, partindo da simples interpretação da real mensagem do texto ao ler as entrelinhas. Referencial metodológico
4 A função da escola não é só de ensinar a ler mecanicamente, mas ensinar ler criticamente, a interpretar os diferentes tipos de leitura, para evitar a reprodução das desigualdades sociais, conhecendo-as e buscando superá-las através da aquisição da leitura e da escrita, e assim tornar a sociedade mais igualitária, querendo educar e promover um tipo de leitor que não se adapte ou se ajuste inocentemente à realidade que está aí (SILVA, 2002, p.4) O papel do professor como mediador entre a leitura e o aluno torna-se cada vez mais importante, uma vez que sua participação no processo de desenvolvimento da criança influencia sobremaneira na formação do gosto pela leitura. Cagliari : A leitura não pode ser uma atividade secundária na sala de aula ou na vida, uma atividade para a qual a professora e a escola não dedicam mais que uns míseros minutos, na ânsia de retornar aos problemas da escrita, julgados mais importantes. Há um descaso enorme pela leitura, pelos textos, pela programação dessa atividade na escola; no entanto, a leitura deveria ser a maior herança legada pela escola aos alunos, pois ela, e não a escrita, será a fonte perene de educação, com ou sem escola. (1993, p. 173) As exposições, os concursos de desenhos e poesias, a contação de histórias, as oficinas e seminários, dentre outras, além de dinamizarem o espaço, incentivam a prática da leitura, da mesma forma o mobiliário convencional (mesas, cadeiras e estantes), a sala deve conter tapetes com almofadas coloridas, varais fixos nas paredes para ser pendurados títulos sugestivos da literatura infantil e cestos de vime espalhados pela sala com revistas e gibis. Os usuários devem ter livre acesso para adentrarem à sala, folhearem livros e revistas, sem recriminações. O mediador só faz interferências se for solicitado para fornecer alguma orientação. Durante o tempo de permanência no espaço o leitor se movimenta espontaneamente, acessar os livros que preferirem e se desejar.esse contato físico e afetivo do leitor com o livro desencadeia inúmeras possibilidades de leitura. Além da circulação das obras literárias no acervo, podem ser desenvolvidas na sala, atividades lúdicas como: contação e dramatização de
5 histórias, jogos, brincadeiras e desenhos, todas voltadas para a dessacralização do livro, valorizando ao máximo a leitura simples e espontânea, contrariando as ações realizadas na maioria dos espaços escolares, onde o livro é apresentado ao aluno como um recurso didático rotineiro, sagrado, destituído de encantamento e, portanto, sem nenhum atrativo. Desse modo menos que formar alunos leitores, a escola os afasta dos livros e segundo Lajolo (2004, p. 72) banaliza o ato de ler. Usados sob imposição dos professores os textos se tornam enfadonhos e mal vistos aos olhos dos alunos. O manuseio dos livros facilita a escolha e esta corresponde ao desejo do próprio leitor, que depois de contatar sem pressa, escolhe o exemplar que lhe atrair, sem passar por restrições, imposições ou censuras por parte dos mediadores. Essa liberdade torna-os mais interessados em buscar respostas para suas indagações e curiosidades através da leitura, como também para expor seus posicionamentos e construírem suas aprendizagens, ao contrário do que ocorre na escola, onde a leitura serve apenas para complementar ou fixar os ensinamentos transmitidos pelo professor. Conclusão O resultado foi surpreendente e oportunizou a confirmação da hipótese de que práticas espontânea realizadas fora do contexto instrucional podem propiciar aos leitores a oportunidade de perceber nos textos, vozes amigáveis que evocam associações, emoções e fantasias, permitindo ao leitor experimentar uma sensação de conforto, prazer e alegria, não apenas pela mera decifração dos signos impressos, mas, principalmente, pela percepção do ato de ler como um relacionamento que vincula a linguagem à realidade. Referência Bibliográfica CAGLIARI, Luis Carlos. Alfabetização & Lingüística. 6 ed. São Paulo: Scipione, FREIRE, Paulo. O Partido como Educador-Educando, in Alberto Damasceno it AL A Educação como ato Político Partidário, São Paulo; Cortez, 1989.
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