CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BARRA.
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- Maria do Loreto de Barros Fortunato
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2 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BARRA. Aspectos Gerais O município de São João da Barra pertence à região norte fluminense, possuindo uma área de 455,044 Km², correspondente a 4,7 % da região norte fluminense. São João da Barra é o ponto de partida da BR-356, que acessa Campos dos Goytacazes e segue em direção a Minas Gerais. De acordo com o censo 2010, o município teve uma população estimada de habitantes, correspondentes a 4% do contingente da região norte fluminense, com uma proporção de 9,6 homens para 10 mulheres ( homens e mulheres). Sua densidade demográfica é de 71,96 hab/km². São João da Barra tem um contingente de (IBGE- censo 2010) eleitores aproximadamente 72,09%da população. O município tem um total de domicílios, com uma taxa de ocupação de 45,19%. Os domicílios desocupados têm uso ocasional, representando um contingente de turistas de temporada e fim de semana, em função da extensa área litorânea. O município se limita a leste com o Oceano Atlântico, ao norte com o município de São Francisco de Itabapoana e ao sul e a oeste com Campos dos Goytacazes. 2
3 Perfil Epidemiológico O perfil epidemiológico tem o objetivo de fornecer informações referentes a natalidade, mortalidade, doenças e agravos de notificação compulsória e outros eventos de interesses à saúde e contribuir para a escolha das prioridades, considerando-se as medidas adequadas e necessárias, a melhoria das condições de saúde da população sanjoanense. Mortalidade Alguns indicadores de saúde, como o coeficiente de mortalidade geral, a razão de mortalidade proporcional, o coeficiente de mortalidade Infantil e o coeficiente de mortalidade de menores de 5 anos são mais utilizados para diagnósticos epidemiológicos dos municípios. O coeficiente de mortalidade geral é utilizado na avaliação do estado sanitário de áreas determinadas, porém associado a outros coeficientes e índices, propiciando a possibilidade de se relacionar o nível de saúde de regiões diferentes em uma mesma época, como também, promover estudos comparativos, considerando-se o tempo como uma importante variável. Todavia, tanto os coeficientes de mortalidade geral quanto os coeficientes de mortalidade infantil são bons indicadores em saúde pública. Assim também como os coeficientes de mortalidade por causas específicas que podem revelar de maneira bastante satisfatória o estado geral de saúde de uma coletividade, por exemplo, quando se referem as doenças transmissíveis, avaliam, sobremaneira, as possíveis condições de saneamento e a eficiência dos serviços de prevenção e controle de doenças oferecidos à população. Embora os dados de mortalidade por causas, no Brasil, ainda sejam deficientes, o uso crítico e conseqüente dos dados disponíveis é o primeiro caminho para que se possa melhorar sua qualidade. A análise histórica da mortalidade proporcional por causa indica uma alteração marcante e esperada historicamente 3
4 no quadro de mortalidade da população brasileira: o aumento da mortalidade proporcional por doenças do aparelho circulatório, neoplasias malignas e causas externas (acidentes e violências) e a diminuição progressiva, mas ainda com espaço importante, das doenças infecciosas e parasitárias definindo, desta forma, o quadro de polarização epidemiológica no Brasil (Ministério da Saúde, CENEPI, 1992). A mortalidade proporcional por grupo de causas revela as principais causas de óbito numa população em geral. Em São João da Barra, os três primeiros grupos de causa de óbitos no ano de 2011 (gráfico 1 e tabela 1), referem-se às doenças cardiovasculares (30,12%), causas externas (15,06%) e neoplasias (12,74%). Gráfico 1. São João da Barra: Mortalidade por capítulo CID a Fonte: 4
5 Tabela 1. São João da Barra: óbitos por Faixa Etária, segundo Capítulo CID-10 no Município de São João da Barra Ano Capítulo CID-10 Menor 1 ano 10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 a 69 anos 70 a 79 anos 80 anos e mais Total I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias II. Neoplasias (tumores) IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas VI. Doenças do sistema nervoso IX. Doenças do aparelho circulatório X. Doenças do aparelho respiratório XI. Doenças do aparelho digestivo XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo XIV. Doenças do aparelho geniturinário XVI. Algumas afec originadas no período perinatal XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossômicas XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat XX. Causas externas de morbidade e mortalidade TOTAL Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM A mortalidade geral foi de 7,82 óbitos / habitantes. De um total de 259 óbitos, 55,21% foram do sexo masculino e 45,95% foram na faixa etária de 70 anos ou mais. Nas mulheres, 56,90% dos óbitos foram na faixa etária de 70 anos ou mais, diferente dos homens onde esse percentual foi de 37,06%, o que evidencia que a mortalidade é maior em homens mais jovens. 5
6 Tabela 2. São João da Barra: óbitos por Sexo segundo Faixa Etária no Município de São João da Barra Ano Faixa Etária Mas c Fe m Total Menor 1 ano a 14 anos a 19 anos a 29 anos a 39 anos a 49 anos a 59 anos a 69 anos a 79 anos anos e mais TOTAL Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade SIM Tabela 3. São João da Barra: mortalidade proporcional por faixa etária no Município de São João da Barra Ano Faixa Etária Mortalidade proporcional Faixa Etária Mortalidade proporcional Menores de 1 ano 2,32% 40 a 49 a nos 10,04% 10 a 14 anos 0,77% 50 a 59 anos 10,81% 15 a 19 anos 3,47% 60 a 69 anos 18,53% 20 a 29 anos 5,02% 70 a 79 anos 22,39% 30 a 39 anos 3,09% 80 e mais 23,55% 6
7 Fonte: O índice de Swaroop & Uemura encontra-se em 75,29%, indicando um bom nível de saúde, e a curva de Nelson & Moraes apresenta uma pendência para o J. Ressalta-se um decréscimo de óbitos em menores de 01 ano, assim como no percentual de óbitos de 20 a 49 anos, observa-se uma tendência para uma situação ótima, compatível com países mais desenvolvidos. Gráfico 2. São João da Barra: índice de Swaroop & Uemura Fonte: SMS/SJB 2011 Fonte: Observamos que na faixa etária de 20 a 49 anos, as principais causas de óbitos foram as causas externas em 2007, não havendo grandes alterações no perfil de mortalidade em 2011, principalmente na mesma faixa etária, cuja principal causa de morte também foi por causas externas. Houve uma queda na Taxa de Mortalidade Infantil, que no ano de 2007 foi de 24,23% e no período de 2011 foi de 15,04%. Dentre as causas básicas de óbitos, as doenças cardiovasculares despontam com a maior causadora de óbitos (n=78). Em segundo lugar as causas externas (n=39) e em terceiro as neoplasias (n=33). Houve uma inversão entre o segundo e terceiro colocados no grupo de causas, onde podemos verificar que os 7
8 óbitos por causas externas, no ano de 2011, superaram os por neoplasias. Essa situação vem ocorrendo desde o ano de 2008 em São João da Barra, mas para podermos afirmar que há uma tendência de mudança devemos esperar os indicadores dos próximos anos. Comparando a mortalidade dos anos anteriores com 2011, podemos observar um ligeiro aumento na proporção de óbitos por causas, ressaltando que houve um aumento da população, principalmente em função das obras de infraestrutura do complexo portuário do Açu. Não foram registrados óbitos maternos no referido ano, mas todos os 19 óbitos de mulheres em idade fértil foram investigados, sendo que destes, 05 foram por doenças cardiovasculares e 04 por causas externas. Houve uma queda na Taxa de Mortalidade Infantil, que no ano de 2007 e 2010 foram de respectivamente 24,23% e 23,87% e no período de 2011 foi de 15,04%. A mortalidade infantil é influenciada por causas de natureza médica, e também, social. A natureza médica é palpável à ação da assistência médica, ao passo que, as sociais dependem das condições sócio-econômica, cultural e ambiental que estão inseridas na vida cotidiana de uma população. O decréscimo do coeficiente de mortalidade infantil, nas últimas décadas, principalmente nos países mais desenvolvimento, fez com que a maior parte dos estudos de mortalidade na infância, desdobrassem em seus componentes, neonatais - óbitos ocorridos em menores de 28 dias e infantil tardia - óbitos de crianças de 28 dias de vida até 1 ano de idade. Observa-se uma diminuição mais marcante da mortalidade infantil tardia, principalmente através de uma redução do risco de morte por doenças infecto-contagiosas e parasitárias, destacando-se as doenças diarréicas, as doenças imunopreviníveis e as doenças respiratórias. Esse fato indica uma necessidade maior de monitoramento e investigação da mortalidade no período neonatal, que vêm passando a ocupar o primeiro lugar na 8
9 mortalidade infantil, sendo responsável por cerca de 50% ou mais de óbitos de crianças com até 1 ano de vida. A tabela abaixo destaca o panorama da mortalidade infantil. Tabela 4. São João da Barra: distribuição dos óbitos em menores de 1 ano no ano de 2011 em São João da Barra. Capítulo CID-10 0 a 6 dias 7 a 27 dias 28 a 364 dias Total VI. Doenças do sistema nervoso XVI. Algumas afecções originadas no período Peri natal XVII.Malformação congênita deformidade, anomalias cromossômicas XVIII.Sintomas, sinais e achados anormaisao exame clínico e laboratorial TOTAL Fonte: Observa-se que o coeficiente de mortalidade neonatal (0 a 27 dias de vida) que apresentou maior representatividade na tabulação com o correspondente a 15,44 óbitos / nascidos vivos, ficando a mortalidade infantil tardia (28 dias a 11 meses e 29 dias), com o valor de 7,72 óbitos / nascidos vivos. Tabela 5. São João da Barra: coeficiente de Mortalidade em menores de 1 ano no ano de 2011 Períodos de vida Coeficiente de Mortalidade Neonatal precoce 11,58 Neonatal tardio 3,86 9
10 Pós-neonatal 7,72 Fonte: Dentre as principais causas que levaram ao óbito, a que se destacou foram as afecções originadas no período Perinatal. Quanto aos óbitos de crianças na faixa etária de 1 a 9 anos, não foram registrados casos. Nascidos Vivos No período em estudo (2011) ocorreram 399 nascidos vivos de gestantes residentes no município. A velocidade de crescimento da população tem diminuído nos últimos anos, conforme apresentado na tabela abaixo. Tabela 6. São João da Barra: total de Nascidos Vivos Nascidos Vivos Total Fonte: Tal fenômeno é compatível com o observado no crescimento da população brasileira, se relacionando com o menor número de filhos por família. Outro aspecto a ser observado em São João da Barra é o compartilhamento da execução dos partos com municípios vizinhos, particularmente Campos dos Goytacazes, município de referência para partos de alto risco. Mesmo considerando esse aspecto, identificou-se grande variabilidade de partos realizados no município, no âmbito da Santa Casa de Misericórdia de SJB. Partos realizados no Município Tabela 7. São João da Barra: total de Partos realizados no Município Total Fonte: 10
11 Observou-se que, do total de partos de gestantes residentes em São João da Barra, 75,43% ocorreram em maternidade do município de Campos dos Goytacazes e 23,81% em maternidade do próprio município. Notou-se que 53% foram do sexo masculino. Quanto ao tipo de parto, demonstra-se que o percentual de cesarianas está superdimensionado (64,16%) em relação ao preconizado pelo SUS (27,5%) e pela OMS (30%). Tabela 8. São João da Barra: nascidos Vivos segundo Tipo de Parto Tipo de parto Vaginal Cesário Ignorado Total Fonte: O peso ao nascer, indicador de grande relevância na avaliação da assistência ao pré-natal também tem apresentado concentração nas faixas ideais, acima de 3000 gramas. Do total de nascidos, 7,27% tinham baixo peso ao nascer (considera-se 10% como o ideal pela OMS). Peso ao nascer Tabela 9. São João de Barra: nascidos Vivos segundo Peso ao Nascer Menos de 500g a 999g a 1499 g a 2499 g a 2999 g a 3999 g
12 4000g e mais Ignorado Total Fonte: No que tange ao acompanhamento das gestantes, considera-se o pré-natal como de boa qualidade quando se realiza 7 ou mais consultas. Nesse quesito, o município tem atendido satisfatoriamente nos últimos dez anos. Consultas prénatal Tabela 10. São João da Barra: nascidos Vivos segundo Consultas de Pré-natal Nenhuma De 1 a 3 consultas De 4 a 6 consultas ou mais consultas Ignorado Total Fonte: Outro indicador, a idade da mãe mostra concentração na faixa etária de 20 a 34 anos. Porém, observa-se importante contribuição da faixa de 15 a 19 anos, destacando-se a gravidez na adolescência. Idade da mãe Tabela 11. São João da Barra: nascidos Vivos segundo Idade da Mãe a 14 anos a 19 anos a 24 anos a 29 anos
13 30 a 34 anos a 39 anos a 44 anos a 49 anos Ignorado Total Fonte: ano de Resumidamente, destacamos no quadro abaixo, os indicadores de saúde do Tabela 12. São João da Barra: indicadores de saúde MORTALIDADE NEONATAL 15,44 /1.000 NV MORTALIDADE NEONATAL PRECOCE 11,58 /1.000 NV MORTALIDADE NEONATAL TARDIA 3,86 /1.000 NV MORTALIDADE PÓS-NEONATAL 7,72 /1.000 NV MORTALIDADE MATERNA 0 MORTALIDADE GERAL 7,82 /1.000 HAB NASCIDOS VIVOS 399 TOTAL DE ÓBITOS EM < DE 1 ANO 6 TOTAL DE ÓBITOS EM < DE 5 ANOS 0 TOTAL DE ÓBITOS NO MUNICIPIO 259 Fonte: MORBIDADE EM SJB O conhecimento dos agravos que acometem a população é imprescindível para o planejamento de ações que sejam efetivas na melhoria das condições de saúde. O levantamento e estudo desses agravos (morbidades) abrangem 13
14 principalmente as doenças transmissíveis, as não transmissíveis (DANT s) e as causas externas. Historicamente, as doenças transmissíveis sempre foram a principal causa de óbito da humanidade. Entretanto, a incidência e a mortalidade por elas começam a diminuir a partir da segunda metade do século XX, com o advento dos antibióticos e melhoria das condições de vida da população (saneamento, expectativa de vida), particularmente nos países de primeiro mundo. Inicia-se a ascensão dos agravos não transmissíveis, geralmente relacionados com novos fatores de risco, como o sedentarismo, o excesso no consumo de alimentos industrializados, o tabagismo, dentre outros. Ao final da década de 1970, a descoberta da síndrome da imunodeficiência humana (AIDS) acompanhada das infecções oportunistas reforçou novamente o impacto das doenças infecciosas na saúde humana. No Brasil, identifica-se um perfil misto, com as DANTs assumindo o primeiro lugar, seguido das causas externas, entretanto, com contribuição estratégica de agravos infecciosos recentes como a AIDS e endêmicos como a dengue, a hanseníase, a tuberculose e a malária. Com base nessa tendência, buscou-se determinar um perfil de morbidade da população de São João da Barra por meio de indicadores variados, abrangendo notificações compulsórias, atendimentos e internações, além das demandas. As notificações são a comunicação compulsória de agravos determinados pelo Ministério da Saúde e seu conhecimento é importante na aplicação de ações de bloqueio e erradicação. Nessa lista incluem-se principalmente as doenças infecciosas prevalentes no Brasil, além das violências. A tabela 1 mostra as notificações de residentes de São João da Barra desde 2007, sendo algumas destacadas a seguir. Atualmente, a dengue é a mais importante arbovirose que vem afetando a população, constituindo-se em sério problema de saúde pública no mundo e no Brasil. 14
15 A partir da epidemia de 2002, já se percebia a circulação dos sorotipos 1,2 e 3 do vírus da dengue em diversos estados, sendo identificado em 2000 no Estado do Rio de Janeiro, pela primeira vez, o sorotipo 3, este último circulante em O impacto da dengue em São João da Barra tem sido constante, particularmente em 2008 houve uma epidemia com 844 casos notificados e com 211 confirmados. Ainda no ano de 2010, o número de casos confirmados foi significativo. Em concomitância, o poder público municipal iniciou no segundo semestre de 2009 a recomposição do quadro de funcionários da saúde por meio de concurso público, incluindo a Vigilância Ambiental. Dessa forma, as ações de controle da dengue e outros agravos foram intensificadas, refletindo-se nos indicadores a partir de A inspeção de domicílios para eliminação de focos ou criadouros de Aedes aegypti teve uma cobertura de 87,94 % para uma meta de 100% pactuada. Tal alcance se justifica pela característica do município ser balneário, contando com um considerável número de moradias de veraneio, que ficam fechadas uma parte do ano. Ainda assim, verifica-se uma queda no número de notificações e de internações de dengue desde 2011, o que corrobora a importância do trabalho de campo ininterrupto, incluindo ações de combate ao vetor e de educação em saúde. Em adição, os acidentes com animais peçonhentos também têm sido constantes no município, em função de sua própria característica geoambiental, com a presença de áreas de restinga. A Vigilância Ambiental tem atuado nessa questão intensamente, atendendo a denúncias e demandas da população e tem realizado ações de vistoria para buscas; recomendações de tratamento mecânico (recomendação de limpeza dos ambientes); tratamento químico; além das ações de prevenção. Nesse contexto, foram identificados animais não peçonhentos como a jiboia, a cobra d água, a falsa coral e outros relevantes como: coral, viúva negra, madeira, marrom, de jardim, escorpião amarelo, este último o mais presente nas solicitações. 15
16 Apesar de não haver registros de casos de esporotricose ou mordedura, os morcegos e pombos também têm sido monitorados pela Vigilância Ambiental, no sentido de controlar as populações e diminuir riscos de agravos relacionados aos mesmos. Tabela 13. São João da Barra: Agravos notificados a Agravo * Dengue (casos confirmados) Atendimento antirábico Varicela Verrugas Anogenitais Venéreas Hanseníase Sífilis em Gestante Aids Acidentes com animais peçonhentos Coqueluche Hepatites Exantemáticas Influenza pandêmica Intoxicação exógena Leptospirose Malária Meningite Sífilis congênita Violência doméstica Tuberculose Fonte: 16
17 Em continuidade ao levantamento das notificações, a tuberculose e a hanseníase também são endemias importantes entre as doenças de notificação pela elevada magnitude apresentada no Brasil. Identifica-se no município a presença constante de casos em todos os anos, o que justifica a necessidade de ações de identificação (incluindo a busca ativa), acompanhamento e prevenção desses agravos. Para isso, o município conta com equipe multidisciplinar específica, que tem obtido bons resultados. Na avaliação de resultado do tratamento de tuberculose o percentual de cura dos casos novos foi de 100%, conforme metas pactuadas (proporção de cura acima de 75%) e acima do recomendado pela OMS, que considera como impacto epidemiológico um percentual de cura de no mínimo 85%. Apesar da redução da prevalência, a hanseníase ainda constitui problema de saúde pública que exige uma vigilância efetiva e resolutiva. No Estado do Rio de Janeiro, a endemicidade da doença apresenta um grau moderado de 1 a 5 casos por 10 mil habitantes (Sinan/SUS/ATDS/SES/IBGE. 2005), e o coeficiente de prevalência para a região sudeste é de 2,40 por 10 mil habitantes. No município de São João da Barra tem-se mantido o quadro endêmico, com uma proporção de cura de 100% dos casos novos, acima da meta pactuada de 86% de cura em 2010, inclusive com avaliação neurológica ao final do tratamento. Para ambos os agravos, ações de screening têm sido realizadas para identificação de casos novos, além do acolhimento da demanda espontânea. Outros agravos como meningite e a influenza pandêmica têm sido identificados e acompanhados pela equipe da Vigilância Epidemiológica com intenção de realizar ações de bloqueio. A efetividade dessas ações se confirmou pela inexistência de casos secundários desses agravos, isto é, derivados dos primeiros encontrados. Cabe destacar também o aumento das notificações de violência doméstica (incluindo a sexual), fruto do trabalho de convencimento dos profissionais de saúde em notificar essas agressões já presentes no dia a dia dos atendimentos dos serviços de saúde. 17
18 As doenças sexualmente transmissíveis, grupo de agravos que têm crescido e tido grande impacto na saúde da população também se mantido presentes em São João da Barra. A AIDS e as Hepatites virais são os agravos que mais tem preocupado as autoridades sanitárias, em função de sua forte propagação, de seu impacto na saúde humana e nos custos dos tratamentos. Houve uma diminuição do número de casos notificados de AIDS e Hepatites em 2011, o que reforça a necessidade de um programa municipal de DST/AIDS e Hepatites Virais que atue na promoção da educação em saúde e identificação de casos novos. Por outro lado, a sífilis em gestante ainda foi notificada em 2011, evidenciando a importância do diagnóstico e início precoce do pré-natal de forma a cumprir protocolo de duas testagens. Em seguimento na identificação das morbidades, o estudo das DANTs possibilita acompanhar a magnitude de doenças que resultam nas maiores causas de óbito na população sanjoanense. Com base nessa premissa, buscou-se conhecer o perfil de causas de internações dos munícipes (gráfico 3) segundo a proporção por capítulo CID 10. Excetuando-se o grande volume de partos normais, encontram-se as doenças infecciosas, as endócrinas, as do sistema respiratório e neoplasias como grandes contribuintes de causas de internação. Gráfico3. São João da Barra: internações por capítulo CID a
19 I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias II. Neoplasias (tumores) III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas V. Transtornos mentais e comportamentais VI. Doenças do sistema nervoso VII. Doenças do olho e anexos IX. Doenças do aparelho circulatório XI. Doenças do aparelho digestivo XIII.Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo XV. Gravidez parto e puerpério XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossômicas XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide X. Doenças do aparelho respiratório XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo XIV. Doenças do aparelho geniturinário XVI. Algumas afec originadas no período perinatal XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat XX. Causas externas de morbidade e mortalidade XXI. Contatos com serviços de saúde Fonte: Dentre as neoplasias (malignas e benignas), nos últimos quatro anos as malignas contribuíram com 70% das internações. Os cânceres de mama e o de colo do útero são as principais causas, o que evidencia a necessidade do município investir nas ações de acompanhamento da saúde da mulher, principalmente no exame de preventivo do colo do útero. Particularmente, observa-se aumento das internações por câncer de mama e de próstata, podendo indicar a eficácia das 19
20 ações de diagnóstico precoce. Por fim, destacam-se também as leucemias e as neoplasias de órgãos intestinais, cavidade oral e faringe, pulmões e traquéia. Tabela 14. São João da Barra: internações por neoplasias a Tipo de neoplasia Total Neoplasia maligna da mama Leiomioma do útero Leucemia Neoplmaligoutr local mal defsecun e não esp Outras neoplasias malignas de órgãos digestivos Neoplasia maligna do lábio cavid oral e faringe Neoplasia maligna de traqueia brônquios e pulm Neoplasia maligna da próstata Neoplasia maligna do colo do útero Neoplmaligoutr porções e porç não espec útero Carcinoma in situ de colo do útero Outrneopl in situ benigs e comportincertdesc/neoplasias benignas encéfalo e outras partes sistema nervoso Outras neoplasias malignas TOTAL Fonte: Em seguimento a identificação das morbidades, o estudo das DANTs, pode identificar os agravos. Particularmente a Hipertensão arterial e o Diabetes mellitus são problemas de saúde de grande relevância para o município (tabela 15) e os dados, apesar dos sub-registros, revelam grande numero de pacientes desses agravos crônicos, principalmente hipertensos. Mesmo assim, com base em estimativas nacionais, ainda percebe-se a necessidade de identificar novos pacientes para início do tratamento, incluindo inclusão nos cadastros municipais. Tabela 15. São João da Barra: Quantitativo de diabéticos e hipertensos cadastrados a Número de diabéticos Número de Hipertensos 20 Número de diabéticos com Hipertensão
21 Tipo 1 Tipo 2 Mas Fem Mas Fem Total Mas Fem Total Mas Fem Total Fonte: Tanto as pneumonias como o diabetes e a hipertensão são agravos passíveis de diminuição do número de internações, por meio de ações de atenção básica. A tabela 16 apresenta o quantitativo de internações sensíveis a atenção básica nos últimos quatro anos. Tabela 16. São João da Barra: número de internações sensíveis a atenção básica a Internações Sensíveis à Atenção Básica Total 1. Doenças preveníveis p/imuniz/condições sensív Tuberculose Pulmonar Gastroenterites Infecciosas e complicações Desidratação Gastroenterites Anemia Anemia por deficiência de ferro Deficiências nutricionais Kwashiokor/out.formasdesnut. prot. calórica Infecções de ouvido, nariz e garganta Amigdalite aguda Infecção aguda VAS Pneumonias bacterianas Pneumonia por Streptococus Pneumonia bacteriana NE Pneumonia lobar NE Asma Doenças pulmonares Bronquite aguda Bronquite crônica não especificada Outras doenças pulmonares obstrutiv crônicas Hipertensão Hipertensão essencial Doença cardíaca hipertensiva Angina Angina pectoris Insuficiência cardíaca Insuficiência cardíaca Edema agudo de pulmão Doenças cerebrovasculares Diabetes melitus Com coma ou cetoacidose Com complicações (renais,oftalm. etc.)
22 13.3 Sem complicações específicas Epilepsias Infecção no rim e trato urinário Nefrite túbulo-intersticial aguda Nefrite túbulo-intersticial crônica Nefrite túbulo-intersticial NE aguda crônica Cistite Infecção do trato urinário de localização NE Infecção da pele e tecido subcutâneo Erisipela Impetigo Abscesso cutâneo furúnculo e carbúnculo Celulite Outras infecções local. pele e tec.subcutâneo Doença Inflamatória órgãos pélvicos femininos Salpingite e ooforite Outras doenças inflamatórias pélvicas feminin Doenças da glândula de Bartholin Úlcera gastrointestinal Doenças relacionadas ao pré-natal e parto Infecção no trato urinário na gravidez Total Fonte: Entende-se que a meta de cobertura de 100% da população com as equipes de atenção básica (ESF, PAC e outras) será de forte impacto na diminuição dessas ocorrências. Outro aspecto importante das morbidades em São João da Barra tem sido as causas externas, apresentadas na tabela 17. As quedas tem sido o principal motivo de internação, seguido da exposição a fatores ambientais não especificados. Apesar do aumento dos óbitos por acidentes de trânsito e agressões, as internações não destacam essas causas. Tabela 17. São João da Barra: principais causas externas de internação a Categorias Causas Total V99 Acidtransp NE
23 W01 Queda mesmo nivelescorrtropec passo falso W17 Outr quedas de um nível a outr W19 Queda s/especificação W99 Exposicaooutr fatores ambientartif e NE W18 Outr quedas no mesmo nível Outras causas externas Total Fonte: Por fim, entende-se que as principais morbidades que acometem a população sanjoanense são passíveis de erradicação, controle ou diminuição por meio de ações de prevenção e combate aos agravos e seus fatores de risco. A Secretaria Municipal de Saúde tem o compromisso de avançar no processo de planejamento das ações e serviços de saúde, coerentes com os eixos estratégicos deste governo: eficiência administrativa; gestão democrática; cuidar da cidade; cuidar das pessoas e a saúde do futuro. A formulação do (Plano Municipal de Saúde) PMS foi norteada pelo perfil epidemiológico municipal, pela estrutura da rede e pelas necessidades da população sanjoanense e tem os seguintes objetivos específicos: Garantir o acesso com qualificação das ações de saúde; Promover a articulação efetiva dos diferentes níveis de atenção à saúde: básica, média e alta complexidade de forma integralizada, com integração entre as ações promoção, proteção da saúde; Fortalecer a gestão de vigilância à saúde do município, implementando a integração e a descentralização das ações, de forma a ampliar a capacidade de análise da situação de saúde com ênfase ao atendimento das necessidades da população; Aperfeiçoar os instrumentos de gestão do sistema de saúde através da utilização de informações estratégicas visando à tomada de decisão, o planejamento das ações, o controle social e a avaliação das políticas implantadas e a regulação assistencial; Implementar a Política de gestão do trabalho com a participação dos diversos atores envolvidos no processo, fortalecendo as relações do trabalho e o desenvolvimento profissional. 23
24 Cuidar das pessoas consolidando e aperfeiçoando o modelo de atenção à saúde; Avançar na gestão participativa e controle social; Aumentar a eficiência administrativa do sistema municipal de saúde; Qualificar a gestão do trabalho em saúde valorizando o trabalhador. Para elaboração das prioridades e metas foram definidos os seguintes eixos estruturantes: 1. Garantia do acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, mediante aprimoramento da política de fortalecimento da atenção básica e integralização da assistência na atenção especializada, assim como Promoção de saúde. 2. Aprimoramento da Rede de Atenção às Urgências, com expansão e adequação de unidade de Pronto Atendimento, de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência e centrais de regulação, articulada às outras redes de atenção. 3. Promoção da atenção integral à saúde da mulher e da criança e implantação da Rede Cegonha, com ênfase nas áreas e populações de maior vulnerabilidade, com vistas à redução da mortalidade infantil e materna. 4. Controle do câncer do colo de útero e de mama 5. Fortalecimento da rede de saúde mental, com ênfase no enfrentamento da dependência de crack e outras drogas. 6. Garantia da atenção integral à saúde da pessoa idosa e dos portadores de doenças crônicas, com estímulo ao envelhecimento ativo e fortalecimento das ações de promoção e prevenção. 7. Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência 8. Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência 24
25 9. Consolidação da educação popular em saúde, como prática de inclusão social 10. Atenção à saúde do idoso 11. Atenção à saúde bucal 12. Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, como: dengue, hanseníase, tuberculose e influenza, hepatite e AIDS 13. Atenção à saúde do homem 14. Redução dos riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e vigilância em saúde, compreendendo a vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, vigilância ambiental e saúde do trabalhador. 15. Garantia da Assistência Farmacêutica no âmbito do SUS. 16. Fortalecimento do complexo produtivo e de ciência, tecnologia e inovação em saúde como vetor estruturante da agenda nacional de desenvolvimento econômico, social sustentável, com redução da vulnerabilidade do acesso à saúde. 17. Contribuição à adequada formação, alocação, qualificação, valorização e democratização das relações de trabalho dos trabalhadores do SUS. 18. Implementação de novo modelo de gestão e instrumentos de relação federativa, com centralidade na garantia do acesso, gestão participativa com foco em resultados, participação social e financiamento estável. 19. Qualificação de instrumentos de execução direta, com geração de ganhos de produtividade e eficiência para o SUS. REDE DE ATENÇÃO A SAUDE 25
26 A atuação de forma territorializada e regionalizada visam aos estabelecimentosdas redes de atenção à saúde que, conforme preconizadas pelo Ministério dasaúde são definidas como arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, dediferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoiotécnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado (BRASIL,2010). Para o quadriênio , o desafio da SMS nas redes de atenção estána integração entre as esferas de atenção, com o fortalecimento da regulação dos serviços e na revisão dos processos de trabalho de forma integral, não se restringindo aos processos dos equipamentos de saúde de forma isolada, mas garantindo a transição do cuidado e fortalecendo a coordenação da APS (Atenção Primária à Saúde). 125 ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE A APS no município deve ser colocada como a ordenadora do cuidado do usuário junto ao sistema de saúde. O acesso aos serviços de saúde independente de sua complexidade deve ser assegurado, assim como respeitadas as equidades e as reais necessidades da população. Deve-se garantir serviços na APS a toda população, com capacidade diagnóstica e resolutiva assim como a existência de redes de apoio integradas e disponíveis. É considerada a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e responsável pela longitudinalidade do cuidado em saúde. Fundamenta-se pela otimização das ações em saúde agindo sobre as causas das doenças mais prevalentes que ocorrem na população, manejando as doenças e maximizando a saúde. As Unidades Básicas de Saúde e as Unidades de Saúde da Família constituem-se como os serviços protagonistas da APS. Por ser reconhecida como as principais portas de entrada do sistema tanto para situações agudas de menor complexidade como para demandas programadas, com o papel ordenador do cuidado transversal na Rede de Atenção à Saúde, devem ser dispersos em quantidade e efetividade suficientes no território local, de acordo com os seus atributos: - proximidade com o usuário; 26
27 - longitudinalidade (vínculo); - integralidade; - foco no usuário, na família e na comunidade. Além disso, os atributos devem cumprir três funções essenciais: - Função resolutiva - de dar respostas efetivas a, pelo menos, 80% dos problemas mais comuns de saúde; - Função de coordenação - de ordenar os fluxos e contra-fluxos dos usuários por todos os níveis da rede de atenção à saúde; - Função de responsabilização - de responsabilizar-se pela saúde da população independentemente do ponto de atenção à saúde em que esteja. 126 Atualmente São João da Barra possui 14 Unidades Básicas de Saúde distribuídas nos distritos do município, 07 unidades básicas e 07 Equipes de Saúde da Família, 02 Equipes de PACS, 02 Policlínicas de Saúde, 04 Unidades de Urgência e Emergência, 01 CAPS I, 01 Núcleo de Controle de Zoonoses, 01 Farmácia Central, 01 Farmácia Popular do Brasil e 05 Centros de Fisioterapia. As Unidades Básicas de Saúde possuem equipes multidisciplinares atuando em um modelo de atenção assistencial, por vezes, segmentado com foco centrado na figura médica. UNIDADES BÁSICA DE SAÚDE Unidade Básica de Saúde de Atafona Unidade Básica de Saúde de Cajueiro Unidade Básica de Saúde Félix de Sá Unidade Básica de Saúde de Grussaí Unidade Básica de Saúde de Sabonete Unidade Básica de Saúde de Palacete Unidade Básica de Saúde de Quixaba 27
28 ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA ESF Nova São João da Barra ESF Carrapicho ESF Campo de Areia ESF Mato Escuro ESF Sede (Centro SJB) ESF Açú PACS Barcelos PACS Grussaí POLICLÍNICAS DE SAÚDE Policlínica de Saúde Central Policlínica de Saúde Sabonete POSTO DE URGÊNCIA Unidade Mista de Saúde do Açú Unidade Mista de Saúde do Barcelos Unidade Mista de Saúde do Mato Escuro PU Central Sede Centro de Atenção Psicossocial CAPS l Núcleo de Controle e Zoonoses (NCZ) Farmácia Central Farmácia Popular do Brasil 28
29 FISIOTERAPIA Centro de Fisioterapia Sede Centro de Fisioterapia Sabonete Centro de Fisioterapia Atafona Centro de Fisioterapia Grussaí Centro de Fisioterapia Barcelos 29
30 30
31 Estratégia Saúde da Família (ESF) é entendida como uma reorientação do modelo assistencial, resgatando conceitos mais amplos de saúde e formas diferenciadas de intervenção junto ao usuário, sua família e a comunidade. Desta forma consegue aplicar maior número dos princípios dosus, com destaque para a integralidade, a equidade, a coordenação do cuidado, a preservação da autonomia e a participação e controle social (Lei 8080/90). A cobertura da Atenção Básica é de 100%, sendo 63,38% da Estratégia de Saúde da Família Os usuários têm acesso na Atenção Primária de forma não padronizada. Emalgumas UBS o modelo de acesso existente é através das recepções dos serviços eo agendamento de consultas obedece a ordem de chegada exceto para os idosos, gestantes, crianças menores de um ano de idade e casos agudos. Nas Unidades desaúde da Família o acesso é realizado pelo acolhimento realizado pelos profissionais de saúde. Integrados a APS, o Núcleo de Apoio à Saúde da Família a ser implantado potencializará as ações realizadas pelas Equipes de Saúde da Família. Assim aumentando a resolutividade. A Atenção Primária de Saúde (APS) tem interface com outros segmentos: a equipe do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), dos serviços de Urgência e Emergência e de outros pontos de atenção, de acordo com a necessidade do usuário. ATENÇÃO ESPECIALIZADA AMBULATORIAL Atenção Especializada Ambulatorial caracteriza-se pelo papel complementar a APS, proporcionando ao usuário a continuidade de diagnóstico e/ ou assistência especializada. Os componentes da atenção especializada são serviços de média complexidade, ambulatórios e serviços especializados e que constituem as redes de atenção convergindo com a organização de linhas de cuidado. Para os casos agudos, serve como porta de entrada os serviços de Pronto Atendimento, e, na 31
32 demanda programada, como serviços de apoio especializado ambulatorial,referenciados. A implantação de serviços especializados deve ser consideradaa partir da relevância epidemiológica e da complexidade. Os serviços devem ser organizados em quantidade e efetividade suficientes em uma ótima relação custo-efetividade. Também, encontram-se ainda, outros serviços especializados ambulatoriais que atuam no âmbito do Sistema Único de Saúde, através da prestação de serviços de forma contratualizada e/ ou conveniada, e devendo estar inserido no contexto das redes de atendimento preconizado e estabelecido pelo Gestor Municipal, isto é, a Secretaria Municipal de Saúde de São João da Barra. Serviços Especializados de Atenção à Saúde Os usuários são referenciados pelas unidades de saúde através de regulação, estabelecendo integralidade necessária aos tratamentos que são fundamentais para garantia de um atendimento qualificado. Além disso, a realização de pequenos procedimentos e o acesso aos exames complementares de média complexidade possibilitam a resolutividade do profissional com o caso que se apresenta, permitindo a realização de um diagnóstico seguro, e conseqüentemente de um tratamento mais adequado. Esta situação se justifica pela necessidade de substituição do modelo hospitalar por um modelo de atenção básica. ATENÇÃO À SAÚDE INTEGRAL DA CRIANÇA E DOS ADOLESCENTES Tem como finalidade o atendimento às questões relacionadas ao desenvolvimento da criança e do adolescente. Destacando os seguintes temas prioritários: desenvolvimento integral, saúde mental, violência, deficiências. EQUIPE DE SAÚDE MENTAL Presta atendimento integral em saúde mental através de equipes interdisciplinares. Realizam consultas individuais, grupos e oficinas terapêuticas, 32
33 visitas domiciliares, interconsultas, articulação com outros serviços da rede de saúde, rede intersetorial e com a comunidade. CENTRO DE APOIO PSICOSSOCIAL CAPS Tem como objetivos do trabalho prestar atendimentos em regime de atenção diária, evitando as internações em hospitais psiquiátricos; acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território; promover a reinserção social do indivíduo através do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Caracterizam-se como substitutivos e não complementares ao hospital psiquiátrico que articula seus profissionais, usuários e familiares, promovendo a autonomia e protagonismo nos tratamentos. TIPO DE CAPS POR ESPECIALIDADE: CAPS I atendimento a adultos portadores de transtorno mental, em turno integral, horário das 8h às 17h; Residência terapêutica - Residência Terapêutica é moradia temporária, destinadas a usuários da saúde mental adultos, em processo de reabilitação e inclusão social que são referenciados pelos serviços especializados da rede de Saúde Mental. Possuem equipes interdisciplinares orientadas por portaria ministerial. Internação Psiquiátrica - atendimento destinado para as situações de crise aguda. Podem ser feitos na rede de hospitais públicos ou conveniados, preferencialmente em hospitais gerais. Sendo indicado para o município 04 leitos no prestador conveniado. SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL 33
34 Centro de Especialidades Odontológicas CEO - O Centro de especialidades Odontológicas oferece à população, no mínimo, os seguintes serviços: diagnóstico bucal, com ênfase no diagnóstico e detecção do câncer de boca; estomatologia; periodontia especializada; cirurgia oral menor dos tecidos moles e duros; endodontia; atendimento a pessoas com deficiência. O tratamento oferecido é uma continuidade do trabalho realizado pela rede de atenção básica do município, pelas equipes de saúde bucal. Os profissionais da atenção básica são responsáveis pelo primeiro atendimento ao paciente e pelo encaminhamento aos centros especializados apenas casos mais complexos. Orientado por portaria ministerial que identifica recursos e população referida (nº de habitantes). SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE ATENÇÃO À DST/ AIDS Serviço de saúde que, articulado aos demais serviços do SUS, representa uma estratégia importante na promoção da eqüidade de acesso ao aconselhamento, ao diagnóstico do HIV, hepatites B e C, sífilis e à prevenção dessas e das demais DST, favorecendo segmentos populacionais em situação de maior vulnerabilidade, com respeito aos direitos humanos, à voluntariedade e à integralidade da atenção, sem restrições territoriais. PROGRAMA DE TUBERCULOSE Realiza o atendimento especializado aos pacientes com tuberculose. Com a incorporação progressiva da atividade de diagnóstico e tratamento da TB pela atenção primária com distribuição dos medicamentos do Esquema Básico. ATENÇÃO À SAÚDE DO TRABALHADOR O Programa de Saúde do trabalhador tem como função elaborar atividades de educação permanente, de coordenação de projetos de assistência, promoção e vigilância à saúde dos trabalhadores, no âmbito da sua área de abrangência, promovendo, assessorando e incentivando ações em saúde do trabalhador.140 Não é porta de entrada do Sistema, constituindo-se como centro articulador e organizador no seu território de abrangência, das ações intra e inter setoriais de 34
35 saúde do trabalhador, assumindo uma função de retaguarda técnica e pólo irradiador de ações e ideias de vigilância em saúde, de caráter sanitário e de base epidemiológica e de apoio à realização das ações de vigilância em Saúde do Trabalhador, realizar vigilância nos ambientes de trabalho. A subnotificação dos agravos em saúde do trabalhador nos Sistemas de Informação, assim como a dificuldade de inclusão de formas de obtenção de dados importantes, inclusive obrigatórios (como no caso da ocupação nos cadastros dos usuários-portaria MS nº3947, de 25/11/98) e em fichas ambulatoriais utilizadas pela rede, dificultando a análise de situação de saúde. A invisibilidade do trabalho da criança e adolescente para o SUS, assim como o impacto do trabalho na saúde. Sobre o trabalho infantil os dados recém divulgados do Censo 2010 são um poderoso instrumento para gestores públicos federais, estaduais e municipais para analisar até que ponto os benefícios do crescimento econômico chegaram a estas crianças, adolescentes e suas famílias, para planejar e monitorar as metas e resultados das políticas públicas. As notificações e o diagnóstico de trabalho infantil no município de São João da Barra passam pelo reconhecimento do SUS como parte integrante da rede de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Trabalhador Adolescente e pelo reconhecimento do Trabalho Precoce como uma forma de violência. Estão também, na dependência da identificação, pelos profissionais de saúde da APS, dos possíveis nexos entre o trabalho e as questões de saúde apresentadas pelos usuários do SUS, bem como no considerar que o agravo apresentado possa estar relacionado a alguma atividade ocupacional e da articulação em rede intersetorial e interinstitucional. OFERTA DE CONSULTAS ESPECIALIZADAS As consultas especializadas são acessadas pelas unidades da rede de atenção primária para a Central de Marcação de Consultas Especializadas. São disponibilizadas consultas especializadas. Por outro lado verifica-se que muitos usuários não comparecem as consultas agendadas devido a falhas de comunicação entre todos os atores envolvidos. 35
36 Observa-se também a necessidade de elaborar mecanismos junto à comunidade visando à diminuição do absenteísmo. Relação demanda/ oferta: número de solicitações no sistema (fila de espera) por oferta de consultas disponíveis no período. APOIO DIAGNÓSTICO Nas ciências da saúde, são denominados exames de apoio diagnóstico aqueles exames (laboratoriais, de imagem, etc.) que complementam aos dados da anamnese e do exame físico para a confirmação das hipóteses diagnósticas e tratamento. São solicitados por diversos profissionais, como médicos, cirurgiões dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, educadores físicos, nutricionistas, etc. As unidades básicas de saúde, os centros de saúde e pronto atendimento devem possuir cotas de exames para apoio diagnóstico. Atualmente os laboratórios que prestam serviço ao SUS em São João da Barra, devem realizar ou terceirizar todos os exames da tabela SUS. Com o aumento no número de exames ofertados, o número de solicitações exames/requisição cresceu muito. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA A Assistência Farmacêutica é uma Política de Saúde garantida pela Lei 8080/90 em seu artigo 6º e pela Política Nacional de Medicamentos (PNM), de 1998, que constituiu um dos elementos fundamentais para efetiva implementação de ações, capazes de promover a melhoria das condições da assistência à saúde da população. São João da Barra possui uma Farmácia Popular do Brasil e outra Farmácia Básica, localizadas na sede do município, estando programada a construção de uma Farmácia Básica no 5º Distrito. Contando com a presença do farmacêutico, que atua como responsável técnico e coordenador deste serviço especializado. Nas APS têm distribuição de medicamentos prescritos na unidade. Ampliar e melhorar o acesso à Assistência Farmacêutica; 36
37 Melhorar o acesso aos medicamentos especiais, facilitando a entrega; Ampliar o acesso a medicamentos através das APS. Informatizar todos os insumos necessários à execução dos serviços. A Relação Nacional de Medicamentos (RENAME), conforme decreto 7508/2011 artigos 27, 28 e 29, é a base para a definição de listas estaduais e municipais, as quais deverão ser estabelecidas a partir de pactuações das três esferas de governo, segundo a situação epidemiológica. É uma ferramenta fundamental para orientar a padronização, quer da prescrição, quer do abastecimento de medicamentos no âmbito do SUS, constituindo, assim, um mecanismo para a redução dos custos. O município adota a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) atualizada em 2012, pela Comissão Técnica e Multidisciplinar de Atualização da REMUME (CTMAR). Esta comissão é instituída por portaria e é a responsável pela inclusão, exclusão de medicamentos visando padronizar os medicamentos para fornecimento junto à população do município de São João da Barra. 159 Programação Programação é o levantamento das necessidades de consumo de medicamentos previamente selecionados de um serviço de saúde a serem adquiridos, para um determinado período de tempo. Sua finalidade é evitar a descontinuidade do abastecimento. Pode ser realizada por diferentes métodos: consumo histórico, perfil epidemiológico, consumo ajustado ou oferta de serviços. O Componente Especializado refere-se ao financiamento de medicamentos para tratamento de doenças raras, de baixa prevalência ou de uso crônico prolongado com alto custo unitário, segundo diretrizes definidas nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas. São de responsabilidade do Ministério da Saúde (co-financiamento e aquisição de parte do elenco) e Secretaria Estadual de Saúde (aquisição e distribuição) e dispensação pelas Secretarias Municipais de Saúde. 37
38 VIGILÂNCIA SANITÁRIA A Vigilância Sanitária no Município de São João da Barra conta com um profissional farmacêutico, uma enfermeira, um médico veterinário e uma sanitarista. ATENÇÃO NOS SERVIÇOS DE URGÊNCIAS De acordo com a Portaria nº de 07 de julho de 2011, são considerados componentes e interface da Rede de Atenção às Urgências, todos os serviços e ações que buscam garantir a integralidade do cuidado. A Rede de Atenção às Urgências foi constituída considerando que o atendimento aos usuários com quadros agudos deva ser prestado por todas as portas de entrada dos serviços de saúde do SUS, possibilitando a resolução integrada demanda ou transferindo-a, responsavelmente, para um serviço de maior ou menor complexidade, dentro de um sistema hierarquizado e regulado, organizado em redes regionais de atenção às urgências enquanto elos de uma rede de manutenção da vida em níveis crescentes de complexidade e responsabilidade. O Modelo de Atenção às Urgências deve ser centrado no usuário, garantido a universalidade, equidade e integralidade do cuidado, ampliando o acesso com acolhimento e classificação de risco, integrando os componentes da Rede de Atenção à Saúde por meio da regulação. Esta nova visão da prestação de serviço em saúde surgiu da reflexão sobre práticas e necessidades emergentes na atenção à saúde no município de São João da Barra. O novo modelo de assistência está de acordo com os preceitos e diretrizes do SUS que visam à estruturação da rede de saúde dentro de perspectivas de garantia de acesso, qualidade assistencial e baseado na estruturação das redes de atenção. A portaria 1600 de julho de 2011 reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). Esta portaria normatiza a estruturação da rede de saúde para o atendimento aos usuários com quadros agudos. Ainda, destaca que a organização em rede visa atender aos problemas de saúde dos usuários na área de urgência. Sendo assim, é fundamental considerar o perfil epidemiológico no Brasil. 38
39 Compondo a reformulação da rede de atenção às urgências necessitamos considerar as necessidades regionais e planejar a re-estruturação da rede e dos pontos de atenção com base nas características regionais. O Decreto 7508, de 27de julho de 2011, regulamenta a organização do Sistema Único de Saúde SUS dentro da lógica de regionalização da rede de saúde. O Plano Municipal de Atenção Integral às Urgências, tem como objetivo geral implementar o Sistema Municipal de Atenção às Urgências através da operacionalização do Complexo Regulador do Município de São João da Barra - RJ, em consonância com a Política Nacional de Atenção às Urgências (Portaria GM/MS nº 1.600/2011) e com o Plano Regional de Atenção às Urgências da Região Norte. Os objetivos específicos do Plano são: Definir as Portas de Entrada do Sistema Municipal de Atenção às Urgências; Estabelecer a forma de acolhimento dos usuários nas diversas Portas de Entrada do Sistema Municipal de Atenção às Urgências; Estabelecer as referências para os atendimentos de urgência/emergência do município; Organizar os fluxos de atendimento às urgências/emergências no município; Garantir ao usuário atendimento / transporte adequado para um serviço de saúde, de forma hierarquizada e integrada ao SUS; Ampliar o acesso e acolhimento aos casos agudos demandados aos serviços de saúde em todos os pontos de atenção, contemplando a classificação de risco e intervenção adequada e necessária aos diferentes agravos. O Comitê de Urgência e Emergência de São João da Barra tem como missão estruturar, articular, regular e monitorar a rede de atenção às urgências, de acordo com as necessidades da população, assegurando os princípios do SUS. Tem por visão ser o referencial público na coordenação e operação do Sistema Municipal das Urgências, em suas diferentes complexidades e, a partir de valores de comprometimento com as políticas públicas e os princípios do SUS, respeito ao ser humano, trabalho em rede e competência técnica. Fazem parte do Sistema Municipal de Urgências os seguintes componentes: 39
40 Unidade Mista de Saúde do Açú Unidade Mista de Saúde do Barcelos Unidade Mista de Saúde do Mato Escuro PU Central Sede Regionalização da Atenção às Urgências O Plano Regional de Atenção às Urgências da região Norte busca minimizar um dos problemas no contexto do funcionamento do Sistema Único de Saúde SUS que é a da organização dos serviços de urgência da região qualificando o fluxo dos pacientes no sistema desde as Unidades Básicas passando pelos cuidados pré-hospitalares e hospitalares. Este plano visa diminuir a morbidade e a mortalidade e otimizar os processos assistenciais, desde o primeiro atendimento às situações de urgência, e oferecendo continuidade dos cuidados com o acompanhamento na convalescença, recuperação e reabilitação, quando cabível, contemplando também a abertura e estruturação de Portas de Emergência na região norte fluminense, tendo a proposta de referência para retaguarda na Rede Hospitalar, por tipologia de atendimento, para os serviços de Pronto Atendimento e seus territórios de abrangência. O Plano Regional de Atenção às Urgências, articulado com o Plano Estadual de Urgências tem como objetivo constituir-se como norteador para construção dos Planos Municipais de Atenção às Urgências, integrando os serviços de saúde em urgência da região Norte. 40
41 DIAGNÓSTICO DA REGIÃO DE SAÚDE ASPECTO SÓCIODEMOGRÁFICO REGIONAL A Região Norte do Estado do Rio de Janeiro está localizada entre o Estado do Espírito Santo e as regiões Noroeste Fluminense, Serrana e Baixada Litorânea, a região Norte Fluminense é formada por oito municípios: Campos dos Goytacazes, Carapebus, Conceição de Macabu, Macaé, Quissamã, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra. Desses municípios, Campos dos Goytacazes, Macaé e Quissamã assinaram o Termo de Compromisso de Gestão do Pacto pela Saúde. A região Norte Fluminense corresponde a 21% da área total do Estado do Rio de Janeiro e, somente, o município de Campos equivale a 44% da região. Seus municípios se 41
42 localizam a distâncias consideráveis da capital do Estado, em especial São Francisco de Itabapoana e São João da Barra. Dos 8 municípios, 6 possuem de a hab. e 2 tem entre e hab. A população equivale a 5% do total do Estado RJ, apresentando em geral densidades demográficas bastante baixas, com exceção de Campos dos Goytacazes e Macaé, conforme observa-se na planilha abaixo: 42
43 Regiões / UF Tabela 18 -Região Norte- Área e Dados Populacionais População 2008 % populaçã o na Região % da Populaç ão do Estado Área (Km2 ) % área na Região % da Área no Estado Densidade Demográfica (hab/km2) % pop. idosa Campos dos Goytacazes ,75 2, ,6 43,68 9,21 107,11 11,99 Carapebus ,48 0,07 310,6 3,36 0,71 38,20 11,22 Conceição de Macabu ,60 0,13 338,9 3,66 0,77 58,87 12,18 Macaé ,93 1, ,8 13,19 2,78 155,26 8,17 Quissamã ,45 0,12 724,2 7,83 1,65 26,98 11,33 São Fidélis ,95 0, ,6 11,20 2,36 37,99 16,53 São Francisco Itabapoana ,99 0, ,3 12,13 2,56 42,51 11,99 São João da Barra ,85 0,19 457,8 4,95 1,04 66,17 12,91 Norte Fluminense , , ,09 85,59 11,31% 43
44 UNIDADES PRÉ-HOSPITALARES FIXAS DE ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS - Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Atualmente, a região possui três Unidades de Pronto Atendimento (UPA), sendo: Município Porte Localidade Campos dos 3 Rodovia Br 101, Km 1, bairro de Guarus Goytacazes Macaé 3 Rodovia RJ 106, s/nº, Barra de Macaé Macaé 2 Bairro do Lagomar -Salas de Estabilização (SE) Município Campos dos Goytacazes Carapebus Conceição de Macabu Macaé Quissamã São Fidélis São Francisco de Itabapoana São João da Barra Localidade Hospital Ferreira Machado e Hospital Geral de Guarus Hospital Municipal Carlito Gonçalves Hospital Ana Moreira Hospital Municipal Público de Macaé Hospital Mariana Maria de Jesus Hospital Armando Vidal Hospital Manoel Carola Santa Casa de Misericórdia de S.J. da Barra - COMPONENTE PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL SAMU A região conta com o GSE - Grupamento de Socorro de Emergência prestando atendimento em via pública e logradouros públicos nos seguintes 44
45 municípios da região Norte, transportando pacientes com segurança até os hospitais públicos de referência da região: Campos dos Goytacazes possui 2 Unidades de GSE, com três ambulâncias (sendo 2 de suporte avançado e uma básica) localizadas nas seguintes localidades: Codim e no Quartel do 5º Grupamento dos Bombeiros Militares; São Fidélis possui uma unidade de GSE com uma ambulância básica; Macaé- possui 2 unidades de GSE, com duas ambulâncias ( sendo uma avançada e uma básica), localizadas nas localidades de: Cabiunas e no Quartel do 9º GBM A região não possui o Serviço Móvel de Urgência SAMU- sendo consenso que será necessária a pactuação na CIR/N pela a implantação do SAMU Regional e a implantação da Central Regional de Regulação Médica das Urgências com objetivo de garantir tempo reposta de qualidade e racionalidade na utilização das viaturas de suporte a vida. Obs. O Município de Campos dos Goytacazes possui um serviço de atendimento denominado Emergência em Casa para atendimento ao seu munícipe, que utiliza o tridígito COMPONENTE ATENDIMENTO HOSPITALAR A Região Norte apresenta um quantitativo de leitos gerais SUS (excetuando-se os leitos de Psiquiatria, leitos de crônicos e hospital-dia) de leitos 2,2 leitos por 1000 hab. valor inferior aos parâmetros da Portaria GM/MS nº 1.101/2002 de 2,5 a 3 leitos por 1000 hab. Por esse parâmetro a necessidade de leitos gerais seria de a leitos. Quando comparado o indicador - número de leitos gerais por 1000 hab. - na região com a média geral no Estado do Rio de Janeiro (1,5), observa-se que o valor da Região Norte é maior que o valor estadual. 45
46 Gráfico 4. Leitos SUS por 1000hab excluídos leitos de Psiquiatria na Região Norte A análise por município revela que só três municípios atingem o parâmetro da Portaria GM/MS nº 1101/2002, de 4% a 10% dos leitos gerais necessários: São Fidélis 4,2 leitos/1000hab, Conceição de Macabu 3,5 leitos/1000hab. e Quissamã 2,5 leitos/1000hab. Embora a SES- RJ ( Secretaria Estadual de Saúde) informe que teoricamente, não existe carência de leitos de UTI na região, uma vez que existem 84 leitos cadastrados, sendo atualmente 80 ativos, enquanto que a necessidade mínima de acordo com o parâmetro esperado que é de 79 leitos, a realidade tem demonstrado que os leitos de UTI não são suficientes para a região o que tem gerado o pagamento pelos mesmos com recursos próprios municipais. SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR SAD Em consonância com a Portaria de 27 de outubro de 2011 do Ministério da Saúde, a Atenção Domiciliar consiste num serviço substitutivo ou complementar aos já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integradas às redes de atenção a saúde. A proposta do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) compõe o projeto de Linhas de Cuidado, possibilitando a diminuição do tempo de permanência de 46
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