PREFEITU R A MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ESTADO DE SÃO PAULO
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- Valentina Franco Dreer
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1 D E L I B E R A Ç Ã O C M E N º 0 1 / Fixa normas para autorização de funcionamento e supervisão de instituições de Educação Infantil, no Sistema M unicipal de Ensino. O Conselho Municipal de Educação, no uso de suas atribuições e com fundamento no artigo 209, incisos I e II da Constituição Federal, na Lei /06, na Lei /06, no inciso IV do artigo 11 da Lei nº 9394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no artigo 172 da Lei Orgânica do Município, no inciso I do artigo 12 da Lei Municipal nº 8053/00, que dispõe sobre o Sistema Municipal de Ensino e estabelece normas gerais para a sua adequada implantação, DELIBE R A: Capitulo I Das Dispo si çõ e s Preliminares Artigo 1º - A autorização de funcionamento e a supervisão de instituições de educação infantil observarão as normas estabelecidas nesta Deliberação. Parágrafo Único As instituições de educação infantil são aquelas responsáveis pela guarda, proteção e educação da criança na faixa etária de 0 (zero) até 5 (cinco) anos. Artigo 2º - A autorização de funcionamento e a supervisão de instituições de educação infantil mantidas pelo Poder Público Municipal, ou pela iniciativa privada serão de competência e atribuição da Secretaria Municipal da Educação. Parágrafo Único Nos termos do artigo 20 da LDBEN, são privadas as instituições particulares, comunitárias, confessionais ou filantrópicas, cujos responsáveis são considerados como investidos em função de caráter público, cabendo-lhes em matéria educativa, os deveres e responsabilidades inerentes ao serviço público, considerando-se que a educação é função de eminente interesse social. 1
2 Capitulo II Da Autorizaçã o de Funciona m ento, da Mudança de Endereço e da Mudança de Denominação Artigo 3º - A autorização de funcionamento deverá ser solicitada com antecedência de, pelo menos, 120 (cento e vinte) dias da data prevista para o início das atividades educacionais. Artigo 4º - O requerimento de autorização de funcionamento, encaminhado pelo mantenedor à Secretaria Municipal da Educação, deverá ser instruído com os seguintes documentos: I Proposta Pedagógica nos termos da Indicação n.º 2/2001.; II Regimento escolar, conforme Indicação 03/2001; III Relatório contendo: a) Quadro demonstrativo dos Recursos Humanos, incluindo as funções técnicopedagógicas, docentes, administrativas e de apoio, acompanhado dos comprovantes de formação e/ou de escolarização, nos termos dos artigos 62 e 64 da Lei 9394/96 e Parecer CNE/CEB n.º 1/2003; b) Prova de condições legais de ocupação do prédio onde funcionará o estabelecimento; c) Planta do prédio aprovada pela Prefeitura Municipal, para fins escolares; d) Laudo firmado por engenheiro civil, responsabilizando-se pelas condições de habitabilidade e pelo uso do prédio para a finalidade proposta; e) Alvará de funcionamento da instituição ou o dispositivo legal que criou a unidade escolar, se municipal; f) Comprovante de cadastramento no órgão responsável pela Vigilância Sanitária; g) Descrição sumária das dependências e dos demais espaços destinados às atividades infantis, inclusive das áreas externas, do equipamento e material educativo e de recreação; h) Prova da natureza jurídica da entidade mantenedora, acompanhada do documento comprobatório de sua inscrição como contribuinte do Imposto de Renda (CNPJ): i) Termo de responsabilidade devidamente registrado em Cartório de Títulos e Documentos firmado pelo mantenedor, referente à capacidade financeira, às condições de segurança, higiene e definição do uso da instituição de educação infantil exclusivamente para os fins propostos; j) Declaração de que os elementos que compõem a mantenedora não foram mantenedores de estabelecimentos cassados. 1º - Tratando-se de unidade escolar municipal, não se aplicam as exigências referidas nas alíneas h, i e j. 2º Os documentos relacionados nos incisos c, e e f devem ser os fornecidos pela Prefeitura Municipal. 2
3 Artigo 5º - Caberá à Secretaria Municipal da Educação orientar o mantenedor de instituição de educação infantil quanto às normas contidas nesta Deliberação. Artigo 6º - Consideradas satisfeitas as exigências previstas no artigo 4.º, será procedida a vistoria das dependências, instalações, equipamentos e materiais, por Comissão de 3 (três) membros especialmente designada pelo Secretário Municipal de Educação, cabendo-lhe exarar parecer conclusivo a respeito. Artigo 7º - A autorização ou a denegação da autorização de funcionamento será de competência do Secretário Municipal de Educação. 1º Em caso de indeferimento da autorização requerida, caberá pedido de reconsideração. 2º Mantida a decisão, caberá recurso ao Conselho Municipal de Educação. Artigo 8º - O funcionamento de novas unidades do mesmo mantenedor, em locais diversos daquele da sede autorizada, ou de mudança de endereço, dependerá de autorização específica. Artigo 9º - Será automaticamente cancelada a autorização concedida, caso a instituição não tenha instalado seus serviços de educação infantil, no prazo de dois anos civis, a contar do ano seguinte ao da autorização. Artigo 10 Todas as instituições de Educação Infantil que vierem a ser criadas, deverão estar de acordo com a presente Deliberação, entendendo-se como autorizada a funcionar após a publicação de ato expedido pela Secretaria Municipal da Educação, no caso de unidades escolares privadas, e por ato legal do Poder Executivo, no caso de unidades públicas. Artigo 11 A mudança de endereço será solicitada à Secretaria Municipal da Educação, mediante entrega da mesma documentação exigida para autorização de funcionamento, no que diz respeito ao prédio, Parágrafo Único A mudança de endereço só poderá ocorrer após a devida autorização pela Secretaria Municipal da Educação, obedecido o prazo de 120 (cento e vinte) dias. Artigo 12 A mudança de denominação do estabelecimento de ensino, será comunicada à Secretaria Municipal da Educação, que tomará conhecimento e dará publicidade ao ato. Capítulo III Da Supervisã o Artigo 13 Todas as instituições de educação infantil municipais e particulares, estão sujeitas à orientação e à supervisão da Secretaria Municipal da Educação, cabendo-lhe verificar a observância das condições de natureza pedagógica, administrativa e física exigidas. Artigo 14 À Supervisão compete acompanhar e avaliar: I o cumprimento da legislação educacional; II a execução da proposta pedagógica; III condições de matrícula e permanência das crianças na instituição de educação infantil; IV o processo de melhoria da qualidade dos serviços prestados, considerando o previsto na proposta pedagógica, da instituição de educação infantil e o disposto na legislação vigente; V a qualidade dos espaços físicos, instalações, equipamentos e a adequação às suas finalidades; 3
4 VI a regularidade dos registros de documentação e arquivo; VII a oferta e execução de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde nas instituições de educação infantil, quando mantidas pelo Poder Público Municipal; Artigo 15 À supervisão cabe também propor às autoridades competentes, cessar efeitos dos atos de autorização da Instituição, quando forem comprovadas irregularidades que comprometam o seu funcionamento ou quando verificado o não cumprimento da proposta pedagógica. Capítulo IV Da Transferência de Mantenedor, da Alteração Contratual, da Suspensão Temporária e do Encerramento das Atividades Artigo 16 O pedido de transferência de mantenedor será formalizado nos termos desta deliberação e deverá ser homologado pela Secretaria Municipal da Educação, mediante apresentação da seguinte domcumentação: I Pelo novo Mantenedor: a) requerimento dirigido à Secretaria Municipal da Educação, requerendo a homologação da transferência e a incorporação das autorizações já emitidas; b) declaração de que está ciente da situação do funcionamento administrativo e pedagógico da instituição; c) declaração de que o(s) elemento(s) que compôe(m) a nova entidade não foram mantenedores de instituições cassadas; d) termo de responsabilidade registrado em Cartório de Títulos e Documentos, constando obrigatoriamente informações referentes à: 1 - capacidade financeira para a manutenção da instituição de educação infantil; 2 - condições de segurança; 3 - condições de higiene; 4 - definição do uso do imóvel. e) Cópia autenticada: 1 - do contrato de transação registrado em Cartório de Títulos e Documentos, ou na Junta Comercial. 2 - do novo CNPJ; 3 - dos atos expedidos pela Secretaria de Estado da Educação ou pela Secretaria Municipal da Educação. II Pelo Mantenedor anterior, declaração de que a instituição não está sob sindicância ou processo administrativo. 4
5 Parágrafo Único A transferência de mantenedora deverá obedecer também, a legislação civil, fiscal e trabalhista. Artigo 17 No prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data em que o requerimento foi protocolado, instruído com a documentação prevista no artigo anterior, o Secretário Municipal de Educação fará expedir e publicar o ato homologatório da transferência de entidades, incorporando as autorizações de funcionamento à nova mantenedora. Parágrafo Único Caberá à Secretaria Municipal da Educação aprovar as alterações decorrentes da transferência. Artigo 18 No caso de indeferimento do pedido de homologação da transferência, caberá recurso ao Conselho Municipal de Educação, a ser interposto no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da publicação do indeferimento. Artigo 19 Toda alteração contratual, em decorrência da entrada de novos sócios ou saída de sócios anteriores, deverá ser formalizada com a apresentação dos seguintes documentos, pelo novo Mantenedor: a) requerimento dirigido ao Secretário Municipal de Educação, solicitando a homologação da alteração contratual; b) Cópia autenticada: 1 - Contrato Social, registrado em Cartório de Títulos e Documentos ou na Junta Comercial; 2 - CNPJ atualizado; 3 - termo de responsabilidade registrado em Cartório de Títulos e Documentos, constando obrigatoriamente informações referentes à: capacidade financeira para a manutenção da instituição de educação infantil; condições de segurança; condições de higiene; definição do uso do imóvel. Artigo 20 - A suspensão temporária de atividades das instituições particulares de educação infantil, a pedido do mantenedor, dependerá de autorização prévia da Secretaria Municipal da Educação, não podendo ocorrer no mesmo ano de sua solicitação. 1º - A suspensão temporária poderá ser autorizada pelo prazo máximo de 2 (dois) anos. 2º - O reinício das atividades, dar-se-á mediante comunicação à Secretaria Municipal da Educação. 3º Decorrido o prazo estabelecido no parágrafo primeiro, não havendo manifestação por parte da entidade mantenedora em reiniciar suas atividades, considerar-se- á automaticamente cassada a autorização de funcionamento, pela Secretaria Municipal da Educação, que dará publicidade ao ato. Artigo 21 O pedido de encerramento, ou da suspensão temporária das atividades, por parte do mantenedor de instituição particular, será encaminhado à Secretaria Municipal da 5
6 Educação, devendo ser formalizado mediante expediente firmado pelo(s) responsável(eis) pela entidade mantenedora, instruído com: I Cópia dos atos administrativos: a) de autorização de funcionamento; b) de mudança de endereço; c) de suspensão temporária das atividades; d) de transferência de mantenedora. II Exposição de motivos que determinaram tal medida, devendo estar prevista a garantia de continuidade do atendimento escolar, aos alunos matriculados; III Plano de encerramento; IV Comprovação de que os representantes legais dos alunos foram notificados, com no mínimo 30 (trinta) dias de antecedência. V Informação sobre a regularidade da documentação escolar. Parágrafo Único A guarda da documentação escolar, após verificação da Supervisão, será feita: I em outra unidade escolar da mesma mantenedora e, no caso de inexistência; II na Secretaria Municipal da Educação. Artigo 22 As instituições de educação infantil devidamente autorizadas, deverão fixar em local visível ao público, a data da autorização de funcionamento e o órgão responsável pela sua supervisão, para permitir aos usuários meios de controle de qualidade dos serviços oferecidos, da seguinte maneira: I Na parede externa, ao lado da entrada principal de acesso do prédio, placa ou pintura, indicando o nome completo da escola, o ato de autorização e a data de sua publicação no órgão oficial do município; II Na secretaria da Unidade Escolar, em local visível, cópia do ato de autorização. Capítulo V Da Diligência, da Sindicância e da Cassa ção Artigo 23 A Secretaria Municipal da Educação poderá determinar diligência em instituições de educação infantil, com a finalidade de apurar e sanar eventuais irregularidades. Artigo 24 Havendo representação fundamentada ou denúncia de irregularidades, o Secretário Municipal de Educação poderá, sem prejuízo de outros procedimentos, determinar diligência, ou designar Comissão de Sindicância, com o objetivo de apurar sua procedência, propondo o saneamento das irregularidades ou a cassação da autorização. Artigo 25 A cassação da autorização da funcionamento de instituição de educação infantil, dependerá de comprovação, por meio de processo administrativo, de irregularidades graves, assegurado o direito de ampla defesa. Parágrafo Único Os responsáveis pelas irregularidades devidamente comprovadas deverão por elas responder, na forma da lei. 6
7 Artigo 26 O processo administrativo de que trata o artigo anterior, será realizado por Comissão especialmente designada pelo Secretário Municipal de Educação. Artigo 27 Contra o ato cassatório caberá, em qualquer hipótese, pedido de reconsideração à mesma autoridade e, mantida a decisão, recurso ao Conselho Municipal de Educação. Artigo 28 Durante o andamento do processo de cassação ou sindicação, a Secretaria Municipal da Educação sustará os pedidos relativos à mudança de endereço, transferência de mantenedor, alteração contratual, autorização de novos serviços, suspensão temporária e encerramento de atividades do mantenedor, até a conclusão final dos procedimentos. Capítulo VI Disposições Transitórias Artigo 1º - Esta Deliberação, entrará em vigor na data da publicação de sua homologação, pela Secretaria Municipal da Educação, revogando-se todas as disposições em contrário, em especial as Deliberações CME nºs. 02/98, 03/2000, 02/2002, 02/2003, 01/2005 e o Parecer CME 02/2001. Artigo 2º - Os expedientes já em tramitação nos órgãos da Secretaria Municipal da Educação observarão as normas estabelecidas na Deliberação CME 01/2005. Esta Deliberação foi aprovada por unanimidade pelos Conselheiros titulares em reunião extraordinária do Conselho Municipal de Educação realizada em 26 de outubro de Conselheiros Presentes: Andréa Ferreira, Antonio Carlos Tozzo, Benvenida Lopes Soler Rodrigues, Cenira Blanco Fernandes Lujan, Elso Drigo Filho, Emília Cristina Naime Rugiero, Farize Candida Aydar Nogueira, Luiz Tadeu Pessutto, Maria José Garcia Diniz Marques, Rosa Aparecida Musa de Oliveira, Roseli Mara Ricardo Bernardes, Rosycarmen Pontes Gestal Alvares, Valdelir Elvira Perez Brognaro, Vera Lucia de Souza Góes e Vera Lucia Morais Bechuate. Vera Lucia Morais Bechuate Presidente 7
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