Qual é a principal variável utilizada no dimensionamento das tubulações, estruturas e equipamentos?
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- Iago Ribas Lobo
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2 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Aula 3 - Consumo de Água Introdução Fonte: TSUTIYA (2004) Qual é a principal variável utilizada no dimensionamento das tubulações, estruturas e equipamentos?
3 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ O dimensionamento das tubulações e demais estruturas é função das vazões de água. Q =???? Como obter o valor da vazão de dimensionamento? A vazão depende: Do consumo médio por habitante; Da estimativa do número de habitantes; Das variações de demanda; De outros consumos que podem ocorrer na área em estudo.
4 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Classificação dos consumidores Doméstico; Comercial; Industrial; Público. Por que é feita essa classificação? Essas categorias são claramente identificáveis. Existe a necessidade de estabelecimento de políticas tarifárias e de cobrança diferenciadas.
5 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ A categoria das economias residenciais (uso doméstico) é a mais homogênea variabilidade do consumo é pequena. As categorias comercial e industrial são mais heterogêneas. Pequenos consumidores de água: bares, padarias e pequenas indústrias. Grandes consumidores de água: shopping center e indústrias de bebidas.
6 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Volume faturado por categoria (SABESP, 2011)
7 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/2013 Tarifa escalonada (progressiva): Para cada uma das faixas de consumo existe uma tabela com valores estabelecidos para o consumo. 7 Exemplo: tarifa escalonada (CAERD, 2013)
8 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Fatores que afetam o consumo: Condições climáticas: normalmente o consumo é maior no verão (as pessoas utilizam mais água). Quanto mais quente a região, maior é o consumo. O consumo é maior em regiões secas do que em regiões mais úmidas. Hábitos e nível de vida da população: banhos, lavagem de pisos, lavagem de logradouros, irrigação de jardins.
9 9 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/2013 Quanto mais elevado o poder econômico e social da população, maior é o consumo em decorrência da maior utilização de máquinas de lavagem de roupas, de lava de pratos, da lavagem de automóveis, da utilização em piscinas. Natureza da cidade: em cidades com características industriais, onde se consome água no processo industrial, o consumo per capita de água é maior. Agrupamentos tipicamente residenciais como as vilas operárias, cidades satélites e conjuntos habitacionais, são os que geralmente apresentam menor consumo.
10 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Medição de água: A presença de medidores é fundamental para a diminuição do consumo. Um estudo realizado em Alberta, no Canadá, mostrou que a falta de medição aumentou o consumo em 25%. Em todas as cidades em que o serviço medido não foi implantado, observa-se que o consumo per capita é bem mais alto comparativamente às cidades semelhantes onde há medição parcial ou total. Pressão na rede: O consumo de água aumenta com a pressão na rede de distribuição de água.
11 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Por isso, as redes devem trabalhar, sempre que possível, a pressões reduzidas (desde que assegurem o abastecimento). Rede de esgoto: Com a implantação de rede de esgotos há um aumento no consumo de água. Esse aumento é devido à despreocupação com a capacidade do seu sistema de disposição de esgotos, tais como a fossa séptica. Preço da água: Dentre as variáveis que afetam a demanda doméstica de água, uma das mais importantes é o preço.
12 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ É uma das poucas sobre total controle dos responsáveis pelo sistema de abastecimento de água. Vários trabalhos na literatura mostram uma relação direta entre demanda doméstica e o preço da água. Elevações nos preços da água acarretam diminuição do consumo (até um limite mínimo essencial). Reduções no preço causam aumento de consumo
13 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Tarifa média praticada pelos prestadores de serviços participantes do SNIS em 2011, segundo estado, região geográfica e Brasil
14 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/
15 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Consumo doméstico de água Fonte: TSUTIYA (2004)
16 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Água para uso comercial Apesar de sua grande importância no gerenciamento de sistemas de abastecimento de água, são poucas as pesquisas para a determinação do consumo de água em instalações comerciais no Brasil. Fonte: TSUTIYA (2004)
17 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Água para uso industrial Categorias de uso: Uso humano Uso doméstico Água incorporada ao produto Água utilizada no processo de produção Água perdida ou para usos não rotineiros O volume de água utilizado pelas indústrias varia de uma indústria para outra e, por outro lado, mesmo para indústrias semelhantes, o consumo pode variar consideravelmente.
18 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Água para uso público Fonte: TSUTIYA (2004)
19 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Modelos para previsão de consumo de água Fonte: TSUTIYA (2004)
20 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Modelos para previsão de consumo de água Fonte: TSUTIYA (2004)
21 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Consumo per capita de água O consumo per capita de água pode ser determinado através: Leitura dos hidrômetros; Leitura do macromedidor (instalado na saída do reservatório); Quando não existirem medições.
22 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ a) Determinação do consumo per capita de água a partir da leitura dos hidrômetros. Uma ligação de água pode atender a uma ou mais economias. Leitura dos hidrômetros: Consumo no período por tipo de economia (domiciliar, industrial, comercial e público) Número de cada tipo de economia (avaliar o número de habitantes atendidos e o índice de atendimento).
23 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Consumo efetivo per capita (q e ): É o consumo médio efetivo de água por habitante no período, englobando o consumo doméstico, o industrial, o comercial e o público
24 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Consumo per capita (q): Para obtenção do consumo per capita são incorporadas as perdas de água do sistema de abastecimento.
25 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/2013 Em projetos é comum fixar um índice de perdas como meta (por exemplo, 20%) e não utilizar valores atuais (que geralmente são bem mais altos). 25 b) Determinação do consumo per capita de água a partir da leitura de macromedidores. Macro-medidores são equipamentos utilizados na medição da quantidade de água que passa em determinado ponto da rede de distribuição. Podemos dizer que eles têm a mesma função dos hidrômetros domésticos.
26 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Geralmente são instalados na saída do reservatório de distribuição e fornecem os volumes consumidos a cada hora ou outro intervalo de tempo escolhido. Alguns modelos fornecem o gráfico tempo-vazão, que permite conhecer, além do consumo médio per capita, os coeficientes de variação de vazão. Estes equipamentos também são utilizados para o controle do desperdício da água, no sistema de distribuição.
27 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Por exemplo, instalam-se medidores em determinados setores da rede de distribuição, assim a empresa de abastecimento sabe o quanto de água está passando. Numa avaliação da rede, os técnicos analisam a quantidade de água que entrou no setor. Se a medição constatar que entrou mais água, que o gasto da população é possível que haja um vazamento ou o chamado gato, que também é considerado uma perda.
28 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/2013 Estes vazamentos e ligações clandestinas prejudicam o abastecimento, das partes altas, porque reduzem a pressão na rede. 28 Detalhe do macro-medidor (SAAE - Viçosa - MG) Fonte: SAAE - Viçosa - MG (2012)
29 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Instalação de macro-medidor na rede de distribuição (SAAE - Viçosa - MG)
30 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Instalação de macro-medidor na saída de reservatório de distribuição (SAAE - Viçosa - MG)
31 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Índice de perdas na distribuição (indicador IN049) dos prestadores de serviços do SNIS em 2011, segundo região geográfica e média do Brasil (38,8%).
32 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Índice de perdas na distribuição (indicador IN049) dos prestadores de serviços de abrangência regional em 2011, segundo prestador de serviços
33 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Apenas a CAESB/DF apresentou índice inferior a 25% (24,8%). Doze prestadores apresentaram índice inferior a 40%: COPANOR/MG, 30,5%; CEDAE/RJ, 31,6%; SANEAGO/GO, 31,6%; COPASA/MG, 32,5%; SANEPAR/PR, 33,1%; SABESP/SP, 34,0%; SANEATINS/TO, 35,5%; CASAN/SC, 35,5%; CESAN/ES, 35,6%; CAGECE/CE, 36,1%; SANESUL/MS, 36,3%; e EMBASA/BA, 38,3%.
34 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Onze prestadores de abrangência regional apresentaram índices superiores a 50%: DEPASA/AC, 57,8%; CAER/RR, 58,1%; CAEMA/MA, 59,0%; AGESPISA/PI, 60,0%; CAERN/RN, 60,4%; DESO/SE, 60,5%; CAERD/RO, 61,5%; COSAMA/AM, 62,3%; CASAL/AL, 64,5%; COMPESA/PE, 66,0%; e, CAESA/AP, 73,3%. Chama a atenção que todos esses prestadores de serviços com perdas superiores a 50% situam-se nas regiões Norte e Nordeste.
35 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Índice de perdas na distribuição (indicador IN049) dos prestadores de serviços, segundo capital de estado e média do Brasil (38,8%).
36 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/2013 Em relação às capitais de estado, observa-se grande variação nos índices de perdas, desde 23,5% em Goiânia/GO até 72,1% em Porto Velho/RO e Macapá/AP. Em 9 capitais os índices foram menores que a média nacional e outras 11 possuíam perdas superiores a 50%. Considerando-se as doze capitais de estado que serão sedes de jogos da copa do mundo de futebol de 2014 (Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Porto Alegre/RS, Brasília/DF, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Fortaleza/CE, Manaus/AM, Natal/RN, Recife/PE e Salvador/BA) verificou-se que os índices variaram de 24,8% em Brasília/DF, um bom patamar para a realidade brasileira, a 70,7% em Recife/PE. 36
37 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Índice de perdas na distribuição (indicador IN049) dos prestadores de serviços participantes do SNIS em 2011, segundo estado, região e Brasil.
38 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Valores do consumo médio per capita de água (indicador IN022) dos prestadores de serviços participantes do SNIS, em 2011 e na média dos últimos três anos, segundo estado, região geográfica e Brasil.
39 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Consumo médio per capita (indicador IN022) dos prestadores de serviços, em 2011 e na média dos últimos 3 anos, segundo Estados e Brasil
40 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Ji-paraná Índice de Atendimento Urbano de Água (IN023) = 57,1% Consumo médio per capita de água (IN022) = 167,7l/hab.dia Ind. de perdas na distribuição (IN049) = 38,8% Porto Velho Índice de Atendimento Urbano de Água (IN023) = 57,1% Consumo médio per capita de água (IN022) = 173,3/hab.dia Ind. de perdas na distribuição (IN049) = 72,1%
41 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Consumo médio per capita (indicador IN022) dos prestadores de serviços, em 2011 e na média dos últimos 3 anos, segundo região geográfica e Brasil
42 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Variações no consumo Em um sistema de abastecimento de água, a quantidade de água consumida varia continuamente em função do tempo. Variação anual: o consumo de água tende a crescer com o tempo, devido ao aumento populacional ou a melhoria dos hábitos de higiene da população. Variação mensal: nos meses de verão, o consumo supera o consumo médio, já no inverno, o consumo é menor. Variação diária. Variação horária.
43 43 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/2013 a) Variações diárias K 1 Coeficiente do dia de maior demanda (consumo): é a relação entre o maior consumo diário verificado no período de um ano e o consumo médio diário neste mesmo período.
44 Fonte: Zambon e Contrera (2013) Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ A antiga NB 587 é a NBR Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água
45 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ b) Variações horárias K 2 Coeficiente da hora de maior demanda (consumo): é a relação entre a maior demanda horária ocorrida em um dia e a vazão horária média desse dia.
46 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Fonte: Zambon e Contrera (2013)
47 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Para a determinação dos valores de K 1 e K 2, devem ser excluídos os consumos dos dias em que ocorreram acidentes no sistema, ou fatos excepcionais responsáveis por alteração no consumo de água. Para a determinação do K 1, recomenda-se no mínimo, cinco anos consecutivos de observações, adotando-se a média dos coeficientes determinados.
48 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Fonte: Zambon e Contrera (2013)
49 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Estudo da população As obras de abastecimento de água (esgotamento sanitário) para atender a uma população correspondente ao crescimento demográfico em um determinado número de anos. Esse período chama-se de período do projeto, plano de projeto ou horizonte de projeto. É comum adotar-se 20 anos. Se as obras previstas no projeto forem construídas para atender o horizonte do projeto, nos anos iniciais haverá grande ociosidade, o que significa onerar a população atual.
50 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Para que isso não aconteça, as obras que podem ser subdivididas deverão ser executadas em etapas. Exemplo: Uma casa de bombas pode operar inicialmente com duas bombas (uma de reserva) e à medida da necessidade vão sendo instaladas mais bombas em paralelo; Uma estação de tratamento pode ter a sua capacidade duplicada ou triplicada construindo-se mais unidades. A idéia é que a disponibilidade de obras acompanhe o mais próximo possível a curva de demanda da cidade.
51 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Estudo da população da área de projeto: fixados os períodos de projeto e as etapas de construção, deve-se estimar a população a ser abastecida nesses anos. O estudo da População é o principal parâmetro para o cálculo das vazões. Devem ser levados em consideração: Dados populacionais dos últimos censos Setores censitários da área de projeto Cadastro imobiliário Pesquisa de campo
52 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Planos e projetos existentes Planos Diretores do município (uso e ocupação do solo) Situação sócio-econômica do município Elaboração de projeções da população. Principais métodos para estudos demográficos. a) Método dos componentes demográficos; b) Métodos com base em fórmulas matemáticas; c) Método com base na quantificação indireta
53 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ a) Métodos dos componentes demográficos Este método considera a tendência passada verificada pelas variáveis demográfica: fecundidade,mortalidade e migração, sendo formuladas hipóteses de comportamento futuro. A expressão geral da população de uma comunidade, em função do tempo, pode ser expressa da seguinte forma:
54 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ b) Métodos com base em fórmulas matemáticas: Projeção aritmética: estima o crescimento populacional segundo uma taxa constante. Método utilizado para estimativas de menor prazo. O ajuste da curva é feito por análise de regressão. Taxa de crescimento Fórmula de projeção Coeficientes dp dt = K a P = P 2 + K a. t t 2 K a = P 2 P 1 t 2 t 1 dp/dt = taxa de crescimento da população (P) em função do tempo (t). K a = constante P, P 1 e P 2 = população nos anos t, t 1 e t 2.
55 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Projeção geométrica: crescimento exponencial da população O método considera para iguais períodos de tempo, a mesma percentagem de aumento da população. Utilizado para estimativas de menor prazo. O ajuste da curva é feito por análise de regressão. Taxa de crescimento Fórmula de projeção Coeficientes dp dt = K g. P P t = P 2. e K g. t t 2 K g = ln P 2 ln P 1 t 2 t 1
56 56 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/2013 Crescimento logístico: o crescimento populacional segue uma curva em forma de S. A população tende assintoticamente a um valor de saturação (K).
57 57 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/2013 Os parâmetros podem ser estimados por regressão não linear a partir de três pontos conhecidos da curva Po(to), P1(t1) e P2(t2), equidistantes no tempo.
58 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ c) Métodos com base na quantificação indireta Extrapolação gráfica: este método pode ser utilizado para estimar a população por um período grande. Consiste no traçado de uma curva arbitrária, que se ajusta aos dados já observados, da população de outras comunidades semelhantes ao estudo, mas que tenham uma população maior.
59 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Razão e correlação: Assume-se que a população da cidade em estudo possui a mesma tendência da região (região física ou política) na qual se encontra. Com base nos registros censitários a razão "população da cidade/população da região" é calculada, e projetada para os anos futuros. A população da cidade é obtida a partir da projeção populacional da região (efetuada em nível de planejamento por algum outro órgão) e da razão projetada.
60 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/2013 Previsão de empregos e serviços de utilidades: A população é estimada utilizando-se a previsão de empregos (efetuada por algum outro órgão). Com base nos dados passados da população e pessoas empregadas, calcula -se a relação "emprego/população", a qual é projetada para os anos futuros. A população da cidade é obtida a partir da projeção do número de empregos da cidade. O procedimento é similar ao método da razão. Pode-se adotar a mesma metodologia a partir da previsão de serviços de utilidade, como eletricidade, água, telefone etc. As companhias de serviços de utilidade normalmente efetuam estudos e projeções da expansão de seus serviços com relativa confiabilidade. 60
61 61 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/2013 Ao se fazer as projeções populacionais, deve-se ter em mente os seguintes pontos: 1) Os estudos de projeção populacional são normalmente bastante complexos. Devem ser analisadas todas as variáveis (nem sempre quantificáveis) que possam interagir na localidade específica em análise. Podem ocorrer eventos inesperados que mudem totalmente a trajetória prevista para o crescimento populacional. Necessidade do estabelecimento de um valor realístico para o horizonte de projeto, assim como da implantação das obras em etapas.
62 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ ) As sofisticações matemáticas associadas às determinações dos parâmetros de algumas equações de projeção populacional perdem o sentido se não forem embasadas por informações paralelas, na maioria das vezes não quantificáveis, como aspectos sociais, econômicos, geográficos, históricos etc. 3) O bom senso do analista é de grande importância na escolha do método de projeção a ser adotado e na interpretação dos resultados (a extrapolação da curva exige percepção e cautela).
63 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ ) Os últimos dados censitários no Brasil têm indicado uma tendência geral (com exceções localizadas) de redução nas taxas anuais de crescimento populacional. 5) É interessante considerar-se a inclusão de uma certa margem de segurança na estimativa, no sentido de que as populações reais futuras não venham, a menos de alguma forte causa imprevisível, facilmente ultrapassar a população de projeto estimada, induzindo a precoces sobrecargas no sistema implantado.
64 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ População flutuante: em localidades turísticas e de veraneio é comum a variação da população ao longo do ano, atingindo valores durante as férias e feriados importantes.é importante o conhecimento do acréscimo populacional advindo desta população flutuante. Municípios da Baixada Santista: Domicílios permanentes: 3 habitantes/domicílio. Domicílios de uso ocasional: 6,5 habitantes/domicílio. Municípios do Litoral Norte: Domicílios permanentes: 4 habitantes/domicílio. Domicílios de uso ocasional: 7 habitantes/domicílio.
65 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Vazões de dimensionamento dos componentes de um sistema de abastecimento de água. O dimensionamento dessas diversas partes deve ser feito para as condições de demanda máxima, para que o sistema não funcione com deficiência durante horas do dia ou dias do ano. As obras a montante do reservatório de distribuição devem ser dimensionadas para atender a vazão média do dia de maior consumo do ano.
66 66 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/2013 Vazão da captação, estação elevatória e adutora até a ETA (L/s): levamos em conta a vazão do dia de maior consumo no final de plano (K 1 ), mais o consumo da ETA. Se a ETA consome 4% da água produzida, C ETA é 1/0,96
67 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ A rede de distribuição deve ser dimensionada para a maior vazão de demanda, que é a hora de maior consumo. Vazão da ETA até o reservatório (L/s): levamos em conta a vazão média do dia (K 1 ) de maior consumo no final de plano. Vazão do reservatório até a rede (L/s): levamos em conta a vazão média do dia (K 1 ) e hora (K 2 ) de maior consumo no final de plano.
68 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Uma das principais funções dos reservatórios de distribuição é receber uma vazão constante, que é a média do dia de maior consumo e servir de volante para as variações horárias.
69 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ P = população da área abastecida; q = consumo per capita de água; K 1 = coeficiente do dia de maior consumo; K 2 = coeficiente da hora de maior consumo; Q esp = vazão específica (grandes consumidores) C ETA = consumo da ETA
70 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ ATIVIDADE 2 (grupos de 4 alunos) - Entrega: 22/10/ A tabela abaixo mostra dados da população de uma cidade para os anos de 1980, 1990 e Faça uma projeção desta população para o ano de 2020 utilizando os métodos algébrico, geométrico e a curva logística. ano P(hab)
71 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Na tabela da questão 1, os dados de 1990 foram interpolados com base nos censos de 1980 e Os dados completos são apresentados na tabela e no gráfico abaixo: Utilizando todos os seis dados da tabela acima, como poderiam ser determinados os parâmetros a, b e k da curva logística?
72 72 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Considere os seguintes dados: - a população para o ano de 2020 igual a hab; - consumo per capita médio (perdas incluídas) de 220 L/(hab.dia); - a ETA utiliza para consumo próprio 4% da água produzida; - K 1 = 1,2 e K 2 = 1,5; - demanda de consumidores especiais igual a 36 L/s (perdas incluídas). Determine: a) A vazão de projeto entre a captação e a ETA b) A vazão de projeto para a adutora que abastece o reservatório da cidade. c) A vazão total de projeto na rede de distribuição da cidade
73 Sistemas de Água I - Aula 3 - Consumo de água 15/10/ Próxima aula: Captação Superficial e Subterrânea
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