USOS FINAIS DE ÁGUA POTÁVEL EM EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIOS LOCALIZADOS EM FLORIANÓPOLIS

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Relatório de Iniciação Científica USOS FINAIS DE ÁGUA POTÁVEL EM EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIOS LOCALIZADOS EM FLORIANÓPOLIS Lúcio Costa Proença Orientador: Enedir Ghisi, PhD Florianópolis, Agosto de 2007

2 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS... III LISTA DE TABELAS... III AGRADECIMENTOS... IV RESUMO...V 1. INTRODUÇÃO CONSIDERAÇÕES INICIAIS OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivos Específicos ESTRUTURA DO TRABALHO REVISÃO BIBLIOGRÁFICA CONSUMO DE ÁGUA USOS FINAIS DE ÁGUA Metodologias para estimar usos finais de água Estudos sobre usos finais REUSO DE ÁGUA APROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL PROGRAMAS DE USO RACIONAL DA ÁGUA (PURAS) VAZAMENTOS CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A REVISÃO BIBLIOGRÁFICA METODOLOGIA CONSUMO REAL DOS EDIFÍCIOS CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS EDIFÍCIOS HÁBITOS DE CONSUMO VAZÕES CONSUMOS ESPECÍFICOS TAMANHO DAS AMOSTRAS MÉDIAS E DESVIO PADRÃO ANÁLISE DE SENSIBILIDADE COMPARAÇÃO ENTRE USOS FINAIS ANTES E DEPOIS DA APLICAÇÃO DA ANÁLISE DE SENSIBILIDADE DETECÇÃO DE VAZAMENTOS INFLUÊNCIA DO TAMANHO DA AMOSTRA RESULTADOS CARACTERIZAÇÃO DOS EDIFÍCIOS CONSUMO REAL DOS EDIFÍCIOS OCUPANTES DOS EDIFÍCIOS HÁBITOS DE CONSUMO VAZÕES CONSUMOS ESTIMADOS ANÁLISE DE SENSIBILIDADE USOS FINAIS DE ÁGUA COMPARAÇÃO ENTRE USOS FINAIS INFLUÊNCIA DO TAMANHO DA AMOSTRA CONCLUSÕES LIMITAÇÕES DO TRABALHO SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS...57 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...59

3 LISTA DE FIGURAS Figura Consumo mensal de água nos dez edifícios para o período de setembro de 2004 a agosto de Figura Correlação entre número de ocupantes e consumo mensal de água Figura Correlação entre número de ocupantes por escritório e consumo mensal de água por escritório Figura Análise de sensibilidade dos consumos específicos de água Figura Usos finais de água potável LISTA DE TABELAS Tabela Usos da água no Brasil... 2 Tabela Índices de consumo no Brasil... 6 Tabela Consumo per capita em alguns países árabes... 7 Tabela Usos finais de água nas cidades de Malvern e Mansfield Tabela Usos finais na Coréia e no Reino Unido Tabela Usos finais em apartamentos na Espanha Tabela Consumos específicos em residências de diferentes países Tabela Usos finais em duas residências unifamiliares localizadas em Palhoça-SC Tabela Usos finais em conjunto habitacional localizado São Paulo Tabela Usos finais de água em prédios de escritórios nos EUA Tabela Usos finais de água em edifícios comerciais em Denver, EUA Tabela Usos finais em prédios públicos localizados em Florianópolis Tabela Potencial de economia de água em condomínio de Florianópolis Tabela Usos finais de água em três tipologias diferentes de escolas Tabela Usos finais de água no SENAI/Florianópolis Tabela Resultados do PURA da Sabesp Tabela Início da ocupação e informações sobre escritórios dos edifícios pesquisados Tabela Médias históricas de consumo Tabela População total e população sobre as quais se obtiveram os hábitos de consumo Tabela Índices de consumo dos dez edifícios pesquisados Tabela Hábitos de consumo individuais médios para torneiras e bacias sanitárias Tabela Hábitos de consumo individuais médios para limpeza e outros Tabela Vazões médias de torneiras Tabela Consumos individuais médios mensais de água nos edifícios Tabela Comparação entre os consumos estimados e as médias históricas de consumo Tabela Primeira correção nos hábitos de consumo médios das bacias sanitárias Tabela Segunda correção nos hábitos de consumo médios Tabela Comparação entre os usos finais antes e após a análise de sensibilidade (em porcentagem) Tabela Comparação entre os usos finais antes e após a análise de sensibilidade (em m³). 53 Tabela Análise de influência do tamanho da amostra no edifício Aliança Tabela Análise de influência do tamanho da amostra no edifício Ilha de Santorini Tabela Análise de influência do tamanho da amostra no edifício Manhattan Tabela Análise de influência do tamanho da amostra no edifício Via Venneto... 55

4 AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer a algumas pessoas que tornaram a realização deste trabalho possível: A meus pais, Rogério e Rossana e a meu irmão, Fábio, por sempre terem apoiado de todas as formas e incentivado meus estudos. Ao povo brasileiro, por ter financiado toda a educação formal que eu tive até a conclusão deste trabalho. Agradeço ao Professor Enedir Ghisi pela disposição, dedicação e seriedade na orientação deste trabalho. À CASAN, síndicos e ocupantes de escritórios que se dispuseram a responder às entrevistas e questionários. Ao Conselho Nacional de Pesquisa Científica e à Universidade Federal de Santa Catarina pelo financiamento desta pesquisa através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC).

5 RESUMO No Brasil, são relativamente escassos os dados sobre usos finais de água potável, tanto para o setor residencial quanto para os setores público e comercial. Tendo em vista que o conhecimento dos usos finais de água é essencial na elaboração de programas de racionalização do uso de água, torna-se necessário realizar esses estudos para diferentes tipologias de edificações. O objetivo deste trabalho é estimar os usos finais de água em dez edifícios de escritórios localizados na cidade de Florianópolis. As estimativas foram feitas através de entrevistas com os ocupantes de cada edifício. As respostas obtidas indicam quais são os aparelhos sanitários utilizados diariamente, bem como o tempo e freqüência de uso dos mesmos. Através de medições, obteve-se a vazão das torneiras. Para as bacias sanitárias com válvula de descarga, adotou-se a vazão estabelecida pela NBR 5626; para as bacias sanitárias com caixa acoplada, mediu-se a capacidade da caixa. A partir destes dados, estimaram-se os consumos mensais de água e os usos finais de água em cada um dos edifícios pesquisados. Os usos finais foram divididos entre bacias sanitárias, torneiras, limpeza e outros (água para consumo humano, lavação de louça ou destinada a outros aparelhos específicos). Os consumos estimados foram comparados com as médias dos consumos reais dos dois anos anteriores ao início dos levantamentos (entre setembro de 2004 e agosto de 2006), utilizando o histórico de consumo fornecido pela concessionária de água local (CASAN). A diferença entre o consumo estimado e a média histórica de consumo de cada edifício foi eliminada após uma análise de sensibilidade, quando se variaram as respostas sobre os hábitos de consumo médios para verificar qual hábito de consumo possuía maior influência sobre a estimativa de consumo de cada edifício. Atribuiu-se, portanto, ao consumo específico mais sensível a diferença encontrada. Verificou-se que a utilização da bacia sanitária é a atividade que mais consome água potável em todos os edifícios pesquisados, variando de 52% a 84% do consumo total de água. Em sete edifícios, as torneiras apresentaram o segundo maior consumo específico (representando entre 7% e 38% do consumo total de água), enquanto os outros três edifícios apresentaram o consumo específico outros como o segundo maior (variando de 3% a 35%). Os índices de consumo encontrados para os dez edifícios variaram entre 34,9 e 101,6 litros/pessoa por dia. A principal conclusão, com base nos dez edifícios estudados, é de que a redução no consumo de água potável em bacias sanitárias pode ser, provavelmente, a ação de maior impacto em um programa de uso racional de água em edifícios de escritórios. Evidencia-se também o grande potencial de diminuição do consumo de água potável, já que, pelo menos, entre 56% e 86% da água consumida atualmente nos edifícios pesquisados destina-se a atividades que não necessitam de água potável, que, nos casos estudados neste trabalho, são descarga de bacias sanitárias e limpeza. A instalação de equipamentos economizadores (com prioridade para bacias sanitárias), aproveitamento de água pluvial (em descargas de bacia sanitária e limpeza) e reuso de água (em descargas de bacias sanitárias) são algumas das alternativas que podem ser utilizadas para diminuir o consumo de água potável em edifícios da mesma tipologia dos edifícios estudados neste trabalho. Palavras-chave: uso racional de água, usos finais de água, edifício de escritórios. v

6 1. INTRODUÇÃO 1.1. Considerações Iniciais A água é considerada um recurso natural e um bem econômico essencial para a manutenção da vida e do equilíbrio dos ecossistemas do planeta. Na legislação brasileira, de acordo com a Lei n o (1997), a água é um recurso natural limitado, considerado bem público e dotado de valor econômico. Segundo a UNESCO, o consumo médio per capita de água potável para uso doméstico em um país desenvolvido varia entre 500 e 800 litros por dia (dados do ano 2000). Isto significa um consumo quase 10 vezes maior do que o consumo médio per capita em países em desenvolvimento (de 60 a 150 litros por dia). Entretanto, estudos sobre consumo de água em residências para países desenvolvidos vêm mostrando consumos domésticos mais baixos, entre 100 e 300 litros/pessoa por dia (JENSEN, 1991; ACHTTIENRIBBE, 1993; SABESP, 2006; UNESCO, 2006). Na América Latina, o consumo médio per capita de água é de 200 litros por dia, embora a captação de água possa ultrapassar o equivalente a 600 litros ou mais por dia por habitante, indicando uma perda de praticamente 2/3 do total de água captada. A quantidade de água perdida depende da qualidade da rede de captação e distribuição (OMS, 1999). De acordo com Tucci et al. (2001), o Brasil possui 11% dos recursos hídricos superficiais do planeta, representando 50% dos recursos da América do Sul. Considerando-se o volume total de água que escoa a partir do Brasil, este representa 17% do total mundial. Porém, o grande volume de água encontrado no Brasil não se distribui uniformemente pelas diferentes regiões do País, concentrando-se sobretudo na Amazônia (71,1%) e apresentando mais limitações de disponibilidade hídrica no Nordeste brasileiro. Para a Agência Nacional das Águas (ANA), esta idéia de abundância gerou uma cultura de despreocupação e uso abusivo dos recursos disponíveis. O uso desregrado aliado a problemas ambientais que afetam os mananciais de água (principalmente a poluição) criou um desequilíbrio entre demanda e disponibilidade de água potável no Brasil (GONDIM, 2005). Segundo Plano Nacional de Recursos Hídricos, a maior parte da água utilizada no Brasil destina-se à irrigação, seguida do consumo urbano e do consumo industrial. A Tabela 1.1 expõe, de forma mais completa, a relação entre retirada de água, consumo e retorno às bacias hidrográficas (MMA, 2006).

7 Tabela Usos da água no Brasil Tipo de Uso Retirada Consumo Retorno (m³/s) (%) (m³/s) (%) (m³/s) (%) Urbano Industrial Rural Animal Irrigação Total Adaptado de ANA apud MMA (2006) Atualmente, todas as regiões hídricas brasileiras apresentam degradação da qualidade da água e alterações no regime hídrico. Em regiões densamente povoadas, a água vem perdendo sua característica de recurso renovável. Isso se deve principalmente ao crescimento demográfico e conseqüente crescimento da atividade econômica, que não são suportados pela infra-estrutura de saneamento hoje existente e que nem sempre seguem os princípios da sustentabilidade ambiental. As utilizações da água também crescem com o desenvolvimento econômico e social sendo, portanto, cada dia mais diversificadas. O Plano Nacional de Recursos Hídricos, instituído pelo Governo Federal e aprovado pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos em janeiro de 2006, destaca como um de seus objetivos a percepção da conservação da água como valor socioambiental relevante (MMA, 2006). O uso racional dos recursos hídricos é uma das formas de minimizar os problemas provenientes da escassez de água potável, implicando em outros benefícios, como a redução da quantidade de esgoto gerado, diminuição da quantidade de água e esgotos a serem tratados, diminuição da quantidade de água captada de corpos hídricos (diminuição do estresse hídrico) entre outros. No Brasil, diversos programas foram instituídos com o intuito de otimizar o uso da água, tanto pelas esferas governamentais, como o Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água (PNCDA), quanto por instituições privadas e outras organizações da sociedade. Instituições de ensino também estão adotando medidas para utilizar a água de forma mais racional, como é o caso dos programas PURA-USP da USP, Pro-Água da Unicamp e Consumo Inteligente da UnB (PNCDA, 2006; SILVA; GONÇALVES, 2005; PROGRAMA, 2006; ACESSORIA, 2006). Uma das principais ações de combate ao desperdício de água que tem sido abordada nos programas com este intuito é a racionalização do uso da água em edificações. Pesquisas vêm sendo realizadas em diversos países para desenvolver sistemas que diminuam a demanda de água 2

8 potável em edificações. Da mesma forma, pesquisas vêm sendo desenvolvidas para se estabelecer os consumos de água específicos de cada aparelho (usos finais de água) para as diferentes tipologias de edificações existentes (ROCHA et al., 1998). A partir do estudo dos usos finais de água é possível criar estratégias de redução de consumo mais eficientes, pela identificação das atividades ou aparelhos que mais consomem água potável. É de fundamental importância que se levantem dados sobre usos finais de água potável para as diversas tipologias de edifícios existentes no Brasil, para que os programas de uso racional de água possam ser elaborados de forma adequada à realidade do País (ROCHA et al., 1998). Os estudos sobre usos finais de água são relativamente recentes no Brasil, sendo que os primeiros estudos significativos foram iniciados na década de 90. A maioria dos estudos de usos finais no Brasil encontrada na literatura foi feita para residências e encontrou-se um estudo para prédios públicos (KAMMERS; GHISI, 2006). Não se encontrou na literatura nenhum estudo de usos finais de água para prédios comerciais no Brasil Objetivos Objetivo Geral Este trabalho tem por objetivo geral estimar os usos finais de água potável em dez edifícios de escritórios localizados em Florianópolis-SC Objetivos Específicos Os objetivos específicos deste trabalho são: - Determinar o consumo diário de água potável per capita em cada edifício; - Verificar a vazão das torneiras e caixas de descarga existentes nos edifícios; - Estimar a porcentagem de água utilizada que não necessita ser potável em cada um dos dez edifícios estudados; - Calcular o consumo mensal médio de água por escritório de cada edifício, a partir do histórico de consumo fornecido pela CASAN; 3

9 - Comparar os usos finais estimados antes da aplicação da análise de sensibilidade e depois da aplicação da análise de sensibilidade; - Analisar a influência do tamanho da amostra entrevistada na estimativa dos usos finais de água; - Aperfeiçoar a metodologia de levantamento de usos finais de água já utilizada por outros autores Estrutura do Trabalho Este trabalho é composto por cinco capítulos. No primeiro capítulo se encontram as considerações iniciais, uma introdução ao tema com informações preliminares e apresentam-se as motivações e objetivos do trabalho. O segundo capítulo consiste em uma revisão bibliográfica sobre o tema da pesquisa e assuntos relacionados. O terceiro capítulo descreve a metodologia adotada. O quarto capítulo descreve os resultados encontrados e o quinto capítulo apresenta as conclusões e considerações finais do estudo. 4

10 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Neste capítulo será apresentada uma revisão bibliográfica sobre o tema deste trabalho (usos finais de água) no Brasil e no mundo e temas relacionados, como aproveitamento de água pluvial, reuso de águas cinza e programas de redução do consumo de água. A crescente importância destinada às pesquisas sobre conservação e economia de água no Brasil pode ser ilustrada pelo número de artigos publicados nos Encontros Nacionais de Tecnologia do Ambiente Construído (ENTACs), que é o evento nacional que mais concentra artigos sobre sistemas prediais hidráulicos e sanitários. Ilha et al. (2006) analisaram os artigos publicados nos ENTACs, entre o V e o X ENTAC, abordando sistemas prediais hidráulicos, sanitários e de gás combustível. A análise foi feita dividindo-se o tema principal da pesquisa em 5 subitens: Conservação/economia de água; Gestão da qualidade dos sistemas prediais; Inovações tecnológicas nos sistemas prediais; Conservação/economia de energia no aquecimento de água; e Outros. Segundo os autores, os artigos abordando o tema conservação/economia de água passaram de tema menos importante (sem nenhum artigo publicado) em 1993 para o tema mais abordado em 2004, representando 36% dos artigos publicados entre os cinco temas pesquisados Consumo de água Uma das formas mais usadas por pesquisadores nacionais e internacionais para se comparar o consumo de água é através da determinação do índice de consumo, que representa o consumo de água de uma pessoa por dia. De acordo com relatório do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) para o ano de 2003, o índice de consumo médio no Brasil é de 141 litros/pessoa por dia. A Tabela 2.1 mostra os índices de consumo apresentados para as cinco regiões brasileiras. Observase que o Sudeste é a região que mais consome água (174,0 litros/pessoa por dia) enquanto o Nordeste, que é a região com menor disponibilidade hídrica, possui o menor consumo de água (107,3 litros/pessoa por dia). Outras pesquisas realizadas no Brasil apontam diferentes índices de consumo por região e por classe social. Dantas et al. (2006) levantaram as características de consumo de água para residências de interesse social de Itajubá, localizada no sul de Minas Gerais. Ywashima et al. (2006a) realizaram pesquisa semelhante para a mesma tipologia de residência em Paulínia (SP). 5

11 Tabela Índices de consumo no Brasil Regiões brasileiras Índice de consumo médio (litros/pessoa por dia) Sudeste 174,0 Centro-Oeste 133,6 Sul 124,6 Norte 111,7 Nordeste 107,3 Brasil 141,0 Fonte: SNIS (2004) A metodologia utilizada em ambos os trabalhos consistia em entrevistas com os moradores para obtenção de dados sócio-econômicos, hábitos de consumo de água e outras informações relativas ao consumo de água potável, seguida de visitas às residências (quando autorizado) para verificação das condições de operação dos aparelhos sanitários. Dantas et al. (2006) apontam um índice de consumo de 117 litros/pessoa por dia (variando de 80 a 133 litros/pessoa por dia), enquanto Ywashima et al. (2006a) verificaram um índice de consumo de 113 litros/pessoa por dia (variando de 46 a 309 litros/pessoa por dia). Oliveira et al. (2006) também realizaram trabalhos caracterizando o consumo de água em residências de interesse social. A metodologia utilizada foi a aplicação de questionários e visita às residências, 14 no total, localizadas na cidade de Goiânia. O índice de consumo médio determinado foi de 95 litros/pessoa por dia, sendo que os índices de consumo máximo e mínimo não foram apresentados no trabalho consultado. Os autores também encontraram um grande índice de vazamento em bacias sanitárias, com valor médio superior a 20%. Ghisi e Ferreira (2007), em um trabalho que avalia o potencial de economia de água potável para residências multifamiliares, obtiveram um índice de consumo de 151,3 litros/pessoa por dia para um condomínio residencial de apartamentos localizado em Florianópolis. Resultados mais completos deste trabalho serão apresentados juntos aos temas reuso de águas cinza e aproveitamento de água pluvial. Bradley (2004) apresenta dados de pesquisas realizadas no Reino Unido que indicavam (na década de 80) índices de consumo variando de 140 a 95 litros/pessoa por dia, dependendo das condições socioeconômicas (condições melhores consomem mais água). Neste mesmo trabalho, estão presentes dados de uma pesquisa na Coréia, que também mostra uma relação direta entre condições socioeconômicas e consumo de água: as casas mais simples possuem um 6

12 consumo médio de 86 litros/pessoa por dia, enquanto apartamentos apresentaram consumo médio variando de 144 (até 44m 2 de área) a 332 litros/pessoa por dia (até 132m 2 de área). Já pesquisas na Malásia apontaram um índice de consumo de 254 litros/pessoa por dia, para a capital Kuala Lumpur. Mukhopadhyay et al. (2001) analisaram o consumo de água de 48 residências no Kuwait durante 56 semanas, sendo que em quatro destas residências foram considerados os consumos externos de água, para irrigação de jardins. Os jardins variavam significativamente de tamanho, variando entre 10 e 600 m 2. O consumo per capita variou de 180 a 2018 litros/dia, com uma média de 814 litros/dia, avaliado pelos autores como um dos maiores do mundo. Não foram apresentados no trabalho os usos finais de água das residências estudadas, que apresentou, entretanto, dados de consumo de alguns países vizinhos do Kuwait. Os dados estão dispostos na Tabela 2.2 e mostram consumos relativamente altos para a maioria dos países, ainda mais se consideradas as características geoclimáticas da região. País Tabela Consumo per capita em alguns países árabes Consumo per capita (litros/dia) Emirados Árabes Unidos 744 Barém 526 Kuweit 481 Catar 425 Arábia Saudita 358 Omã 106 Iêmen 86 Fonte: ACSAD apud Mukhopadhyay (2001) Para o setor comercial, Tomaz (2000) apresenta dados de Syed Qasim que apontam uma demanda média de água para edifícios de escritório de 65 litros/empregado por dia, ou 4 litros/m² por dia. Porém, o consumo per capita para prédios públicos em Florianópolis, levantados por Kammers e Ghisi (2006), variam de 28 a 40 litros/pessoa por dia. SABESP (2006) aponta um consumo de 50 litros/pessoa por dia para prédios públicos e comerciais, mais próximo ao valor encontrado por Kammers e Ghisi (2006). 7

13 2.2. Usos finais de água Os estudos de usos finais de água ganharam importância a partir da década de 70, quando as metodologias para a realização deste tipo de estudo começaram a ser desenvolvidas e aprimoradas Metodologias para estimar usos finais de água Gibson apud Rocha et al. (1998), em 1972, realizou um monitoramento do consumo de água através da instalação, nos pontos de consumo de água, de sensores de fluxo associados a hidrômetros instrumentados. Estes aparelhos estavam conectados a um sistema que registrava o início e fim das atividades consumidoras de água, bem como o volume utilizado. A aquisição de dados se dava por intermédio de um gravador de fita magnética que enviava sinais a uma máquina de perfuração (punch-paper), que armazenava os dados em papéis perfurados para posterior tratamento dos dados em um computador. Kiya apud Rocha et al. (1998), em 1979, aplicou, em edificações no Japão, uma metodologia que se baseava no monitoramento da variação da altura da água no interior do reservatório superior de uma edificação. Este monitoramento era feito por um transdutor de pressão instalado no fundo do reservatório. Holmberg & Olsson apud Rocha et al. (1998), em 1979, aplicaram uma metodologia parecida com a de Gibson, instalando sensores de fluxo associados a hidrômetros instrumentados nos pontos de consumo de água, porém também com sensores de pressão e temperatura em um prédio com 20 apartamentos. A aquisição de dados era feita por um sistema que registrava as ocorrências em um disquete. A análise dos dados em um computador permitiu a construção de gráficos da distribuição do consumo de água nos apartamentos estudados. Murakawa apud Rocha et al. (1998), realizou o monitoramento do consumo de água em dois prédios de apartamentos, em Também foram utilizados sensores de fluxo e hidrômetros instrumentados, juntamente com sensores de presença junto aos aparelhos sanitários. O sistema também era composto por um armazenador-registrador de dados para posterior tratamento e análise dos dados. DeOreo et al. apud Rocha et al. (1998) aplicaram uma técnica de monitoramento de consumo denominada análise de traço. Através do monitoramento da vazão, feito por um data- 8

14 logger no hidrômetro do cavalete, pôde-se obter um gráfico da variação do volume com o tempo. Pelo conhecimento do perfil de vazão de cada aparelho sanitário puderam-se buscar no gráfico as vazões características de cada aparelho e, por uma média da freqüência de aparecimento destes perfis de vazão, obtém-se o volume de água consumido. Oliveira (2005), Kammers e Ghisi (2006) e Ghisi e Ferreira (2007) utilizaram uma metodologia similar em seus trabalhos para estimar os usos finais em três tipologias diferentes de edifícios. A metodologia baseia-se primeiramente na análise do histórico de consumo de água da edificação em questão (em todos os casos obtidos junto à concessionária local). Realiza-se então um levantamento dos aparelhos sanitários presentes e levantamento da freqüência e tempo de uso dos mesmos. No caso de Oliveira (2005), o levantamento das freqüências e tempo de uso foi feito pelos próprios moradores das residências pesquisadas em planilhas fixadas nos diversos ambientes das residências. Os outros dois trabalhos fizeram este levantamento pela aplicação de questionários. Após este levantamento, fazem-se testes para determinar a vazão dos aparelhos consumidores de água, ou obtém-se a vazão com os fabricantes dos aparelhos. A partir destes dados calcula-se o consumo da edificação, distribuindo-o entre os usos finais levantados. Para ajustar o consumo calculado com o consumo medido pelo hidrômetro, faz-se uma análise de sensibilidade, de modo a verificar quanto o erro de cada dado levantado influencia no consumo calculado. De acordo com os resultados na análise de sensibilidade, ajusta-se o consumo calculado para que seja igual ao consumo medido pelo hidrômetro Estudos sobre usos finais Um dos primeiros estudos detalhados sobre usos finais de água foi realizado na década de 70 nas cidades de Malvern e Mansfield, na Inglaterra, para o setor residencial. A metodologia utilizada baseava-se na leitura diária dos hidrômetros para controle do volume de água gasto e no registro das diferentes atividades consumidoras de água, feito pelos usuários. A partir destes dados, através de análise de regressão, estimaram-se os consumos específicos de água potável, apresentados na Tabela 2.3. Tanto na cidade de Malvern quanto na cidade de Mansfield, a descarga das bacias sanitárias é responsável por praticamente 1/3 do consumo total de água. O item uso básico, responsável por 37,1% do consumo de água potável refere-se à água utilizada em higiene pessoal (exceto no banho), cocção de alimentos e algumas outras utilizações que não foram contempladas nas demais atividades relacionadas na Tabela

15 Uma pesquisa realizada pela AWWA (American Water Works Association) levantou o consumo e os usos finais de água em mais de residências dos EUA e do Canadá, durante um período de três anos. A pesquisa diferenciou residências que utilizavam aparelhos economizadores de água de residências com aparelhos sanitários convencionais. Percebeu-se que mais da metade do consumo das residências pesquisadas (58% do consumo total) era usado em atividades fora da casa. Com relação ao consumo interno, em residências com aparelhos convencionais, o maior consumo encontrado foi nas descargas de bacias sanitárias (76,1 litros/pessoas por dia), seguido da máquina de lavar roupas (56,8 litros/pessoas por dia) e do chuveiro (50,3 litros/pessoas por dia). Em residências com aparelhos sanitários mais econômicos, as máquinas de lavar roupas lideraram o consumo (56,8 litros/pessoas por dia), seguido de torneiras (41,3 litros/pessoas por dia), chuveiro (37,9 litros/pessoas por dia) e descargas de bacias sanitárias (36,3 litros/pessoas por dia). O documento referente a este trabalho do qual se teve acesso não apresentava os percentuais de usos finais de todas as atividades levantadas pela pesquisa (AWWA, 1999). Tipo de uso Tabela Usos finais de água nas cidades de Malvern e Mansfield Malvern Mansfield Consumo (litros/pessoa por dia) (%) (litros/pessoa por dia) (%) Lavagem de carro 0,4 0,4 0,5 0,5 Rega de jardim 3,8 3,9 2,1 2,1 Irrigação de gramado 0,3 0,3 0,1 0,1 Banho de banheira 14,7 15,0 14,8 15,1 Banho de chuveiro 1,6 1,6 1,1 1,1 Descarga na bacia sanitária 30,0 30,7 33,0 33,6 Triturador de lixo 0,3 0,3 - - Lavadora de roupa 7,5 7,7 9,7 9,9 Lavagem de roupa 2,7 2,8 4,0 4,1 Lavadora de louça 0,3 0,3 0,3 0,3 Uso básico 36,3 37,1 32,6 33,2 Total 97,9 100,0 98,2 100,0 Fonte: Thrackray et al. apud Rocha et al. (1998) Bradley (2004) apresenta usos finais domésticos de água de pesquisas realizadas no Reino Unido e na Coréia. Os usos finais estão detalhados na Tablea

16 Tipo de uso Tabela Usos finais na Coréia e no Reino Unido Distribuição do consumo Coréia Reino Unido Consumo (litros/pessoa por dia) (%) Consumo (litros/pessoa por dia) Cozinha Chuveiros e banhos Descarga na bacia sanitária Lavagem de roupas Total Fontes: Bradley (1985) apud Bradley (2004) Hodges apud Bradley (2004) (%) Gascón et al. (2004) realizaram o primeiro estudo descrevendo os usos finais de água em residências da Espanha, medindo diretamente o consumo nas residências pesquisadas através um aparelho que emitia pulsos marcando as variações na vazão. Pela análise destes pulsos pode-se identificar as atividades realizadas. A pesquisa foi realizada em 64 apartamentos residenciais distribuídos em quatro cidades da costa leste da Espanha. Os usos finais estão descritos na Tabela 2.5, destacando-se o uso das torneiras, sendo este o único estudo apresentado em que esta atividade representa o maior consumo de água. No trabalho, ressalta-se o fato do perfil de consumo de água na Europa variar significativamente do perfil de consumo de água nos EUA, devido principalmente a hábitos de consumo e aparelhos sanitários diferentes, destacando a importância deste tipo de estudo na implementação de políticas de gerenciamento de águas urbanas de cada região. Tabela Usos finais em apartamentos na Espanha Tipo de uso (%) Chuveiros 19,9 Torneiras 38,6 Bacia Sanitária 22,2 Vazamentos 8,9 Lavadora de Roupas 9,8 Lavadora de Louça 0,6 Total 100 Fonte: Gascón et al. (2004) Tomaz (2000) e Sabesp (2006) apresentam os resultados de estudos de usos finais de água potável que vários autores realizaram em diferentes países. Os percentuais de usos finais destas pesquisas estão apresentados na Tabela 2.6. Nota-se que em todos os países contemplados 11

17 no levantamento, os percentuais de gasto de água em atividades que não necessitam de água potável (como descarga de bacias sanitárias) respondem por no mínimo 25% do gasto total de uma residência, podendo chegar a mais de 50%, dependendo da qualidade de água que se deseja para algumas atividades (a lavagem de roupas, por exemplo, não necessita de água potável, mas é desejável que se utilize uma água com cor e turbidez desprezíveis). Segundo Villarreal e Dixon (2005), na Suécia, 20% da água potável utilizada em domicílios é destinada à descarga de bacias sanitárias, 15% para lavação de roupas e 10% para lavação de carros e outros tipos de limpeza. Tabela Consumos específicos em residências de diferentes países Distribuição do consumo Tipo de uso Dinamarca EUA (1) EUA (2) Consumo (litros/pessoa por dia) (%) (%) (%) Alimentação Chuveiros e banhos Torneiras Higiene Pessoal Descarga na bacia sanitária Lavagem de roupas Lavagem de pratos Lavagem de carros Outros Total Fontes: Jensen apud Tomaz (2000) Brown; Caldwell apud Tomaz (2000) Amy Vickers apud Tomaz (2003) Tabela Consumos específicos em residências de diferentes países (continuação) Tipo de uso Consumo (litros/pessoa por dia) Distribuição do consumo Alemanha (%) Holanda Consumo (litros/pessoa por dia) Alimentação 5 3,9 2,6 1,9 Chuveiros e banhos 46 36,2 47,5 35,2 Torneiras - - 3,7 2,7 Higiene Pessoal Descarga na bacia sanitária 34 26,8 42,7 31,7 Lavagem de roupas 15 11,8 25,6 19,0 Lavagem de pratos 8 6,3 9,5 7,0 Lavagem de carros Outros 19 15,0 3,3 2,4 Total ,9 100 Fontes: The Rainwater Technology Handbook apud Tomaz (2003) Achttienribbe apud Tomaz (2000) (%) 12

18 Tabela Consumos específicos em residências de diferentes países (continuação) Tipo de uso Distribuição do consumo (%) Suíça Reino Unido Colômbia Alimentação Chuveiros e banhos Torneiras Higiene Pessoal Descarga na bacia sanitária Lavagem de roupas Lavagem de pratos Lavagem de carros Outros 7 15 Total Fonte: De Oreo e Mayer apud Sabesp (2006) Friedler et al. (1996) realizaram um levantamento da utilização de bacias sanitárias em 135 residências no sul da Inglaterra. Os dados foram obtidos pela aplicação de questionários aos participantes da pesquisa, que registraram, entre outras informações, a quantidade de vezes que utilizavam o vaso sanitário durante sete dias consecutivos. Observou-se uma maior utilização dos vasos sanitários nos finais de semana. A média do número de descargas foi de 3,98 descargas/pessoa por dia, durante a semana e de 4,75 descargas/pessoa por dia em finais de semana. A pesquisa abrangeu residências de um a cinco habitantes e participantes de todas as faixas etárias. A média de usos da descarga aumentou, em geral, com o aumento da faixa etária dos participantes, indicando que o consumo de água de um estabelecimento está diretamente ligado com a idade das pessoas que o freqüentam. O trabalho não apresenta média de usos finais ou a porcentagem de volume de água que as bacias sanitárias representavam no consumo das residências estudadas. No Brasil, ainda são poucos os estudos de usos finais de água, sendo que a tipologia mais contemplada com este tipo de estudo tem sido a de edificações residenciais. Oliveira (2005) estimou o consumo e os usos finais de água para duas residências unifamiliares localizadas em Palhoça-SC. O consumo foi obtido através da leitura dos hidrômetros e comparação com o histórico de consumo fornecido pela companhia de abastecimento de água. Os usos finais foram estimados pelo consumo de cada morador, que registrava em uma planilha a freqüência e a duração do uso de cada aparelho sanitário, por um período de 28 dias. Mediu-se também a vazão de cada aparelho sanitário. Através destes dados estimou-se o consumo final das residências. Este estudo obteve como média do consumo de água 202,2 litros/pessoa por dia para uma das 13

19 residências e 147,9 litros/pessoa por dia para a outra residência. Os usos finais estão descritos na Tabela 2.7, onde se observa que as descargas de bacias sanitárias e lavagem de roupas (usos não potáveis) chegam a aproximadamente 35% do consumo total. Tabela Usos finais em duas residências unifamiliares localizadas em Palhoça-SC Tipo de uso Residência 1 Residência 2 Consumo (litros/pessoa por dia) (%) Consumo (litros/pessoa por dia) Chuveiros e banhos 62,9 32,7 64,9 46,3 Torneiras 3,6 1,9 3,7 2,6 Descarga na bacia sanitária 58,3 30,3 36,3 25,9 Lavagem de roupas 11,9 6,2 11,7 8,3 Lavagem de pratos 53,8 28,0 19,2 13,7 Outros 1,6 0,8 4,4 3,1 Total 192, ,2 100 Fonte: Oliveira (2005) (%) Rocha et al. (1998) caracterizaram os consumos específicos de água de cada equipamento em seis prédios de um conjunto habitacional localizado em São Paulo (SP). Foram feitas medidas gerais através da leitura de hidrômetros e medidas específicas em um apartamento pela utilização de um data-logger para a armazenagem dos dados. O data-logger recebia pulsos gerados pelos hidrômetros (do tipo uni-jato) instalados nos pontos de consumo, que indicavam a vazão. Neste estudo, o consumo de água de bacias sanitárias representou 5% do consumo total. O maior consumo medido foi o de chuveiros (55%), pias (18%) e lavadoras de roupas (11%). As medidas foram feitas em um apartamento com uma bacia sanitária com caixa acoplada de descarga de mais de 8 litros. Apesar disso, encontrou-se um gasto médio de água com bacias sanitárias de apenas 24 litros/dia, muito abaixo do gasto indicado por outros autores. O resultado completo dos usos finais está representado na Tabela 2.8. Para outras tipologias de edificações (prédios comerciais, públicos, indústrias, etc.), a maior parte dos estudos encontrados na literatura foi feito nos EUA. Um estudo da Aquacraft, publicado pela AWWA, levantou os usos finais de água para diversas categorias de estabelecimentos comerciais localizados em Westminster. Foram feitos estudos de campo para 25 estabelecimentos em cinco áreas urbanas. Propôs-se um modelo de determinação de usos finais para cinco categorias comerciais distintas: restaurantes, hotéis e motéis, supermercados, prédios de escritórios e escolas. Para prédios de escritórios, que é o foco deste trabalho, os usos finais encontrados estão apresentados na Tabela 2.9, conforme foram apresentados nos dados 14

20 sobre o trabalho aos quais se teve acesso. Os resultados encontrados apresentam um grande consumo de água potável para a irrigação (58%), e o consumo de banheiros como o segundo mais significativo (29%). No trabalho de Kammers e Ghisi (2006), que fizeram levantamento de usos finais em prédios públicos, não está explicitada a utilização de água para irrigação em nenhum dos prédios públicos pesquisados, o que pode indicar que os prédios de escritórios no Brasil possuem um perfil de usos finais de água significativamente diferente dos prédios estadunidenses (Dziegielewski et al., 2000). Tabela Usos finais em conjunto habitacional localizado São Paulo Tipo de uso Consumo (litros/apto por dia) (%) Bacia Sanitária 24 5 Chuveiro Lavadora de roupas Lavatório 36 8 Pia Tanque 11 3 Total Fonte: Rocha et al. (1998) Tabela Usos finais de água em prédios de escritórios nos EUA Tipo de uso (%) Irrigação 58 Refrigeração 6 Banheiros 29 Cozinha 1 Outros usos domésticos 6 Total 100 Fonte: Dziegielewski et al. (2000) A AWWA também publicou uma pesquisa em 1995 apresentando os usos finais de água em três edifícios comerciais em Denver. Os resultados apresentados demonstram que mais de 50% da água utilizada nos edifícios pesquisados é destinada a usos não potáveis. Os usos finais estão apresentados na Tabela Kammers e Ghisi (2006) verificaram, através da análise dos usos finais de água potável em dez edifícios públicos localizados em Florianópolis, que os maiores consumos de água ocorreram em vasos sanitários e mictórios, concluindo que, em média, 77% da água utilizada nos edifícios estudados não necessita ser potável. Este foi o único estudo encontrado na literatura 15

21 para esta tipologia de edifícios no Brasil e a Tabela 2.11 mostra os usos finais levantados. Nos dois prédios estudados que possuíam torre de resfriamento, fez-se levantamento dos usos finais no inverno e no verão, para verificar o impacto desta utilização no consumo total de água. Tabela Usos finais de água em edifícios comerciais em Denver, EUA Tipo de uso (%) Consumo doméstico de água 40,4 Água para resfriamento e aquecimento 26,2 Água para rega de jardins 21,6 Perdas de água 8,7 Água para resfriamento sem reaproveitamento 1,6 Água para cozinha 1,0 Vazamentos de água 0,5 Total 100 Fonte: AWWA (1995) apud Tomaz (2000) Tabela Usos finais em prédios públicos localizados em Florianópolis Usos Finais (%) Edifícios Bacia Lavação de Torre de Mictório Torneira Restaurante Sanitária carros resfriamento Outros Total Badesc 55,8 14,3 18, ,6 100 Celesc (verão) 28,1 29,0 8,9 7,8 2,2 18,7 5,3 100 Celesc (inverno) 34,6 35,6 11,0 9,5 2,7-6,6 100 Crea 23,0 47,0 24, ,5 100 Deter 66,6-31, ,2 100 Epagri 33,1 43,9 12, ,5 100 Secretaria da Agricultura 23,0 13,5 5,5 23,0 1,8 26,6 6,6 100 (verão) Secretaria da Agricultura 31,4 18,4 7,4 31,4 2,4-9,0 100 (inverno) Secretaria da Educação 70,0 14,3 9, ,3 100 Secretaria de Segurança 78,8-18, ,8 100 Pública Tribunal de 36,4 45,9 Contas 14,0-0,7-3,0 100 Tribunal de 53,2 29,9 Justiça 8, ,2 100 Fonte: Kammers e Ghisi (2006) A grande maioria das pesquisas encontradas aponta o consumo de água para fins higiênicos (especialmente as descargas de bacias sanitárias) como o maior consumo específico, tanto em residências familiares quanto em estabelecimentos comerciais. 16

22 2.3. Reuso de água Nolde (2000) considera que águas de sistemas de reuso devem preencher quatro critérios básicos: segurança higiênica, tolerância ambiental, estética e viabilidade técnica e econômica. Em seu trabalho, Nolde (2000) descreve um sistema de tratamento de água para reuso que vem sendo utilizado na Alemanha desde o final da década de 80. O sistema de tratamento possui um estágio de sedimentação, tratamento biológico, clareamento e, algumas vezes, desinfecção ultravioleta (UV). As características da água (tanto físico-químicas quanto biológicas) provenientes deste tipo de tratamento foram avaliadas segundo os critérios estabelecidos em 1995, pelas especificações de construção da cidade de Berlim. Verificou-se que o tratamento é suficientemente eficiente para substituir água potável em bacias sanitárias (considerando-se uma descarga que utilize entre 15 e 55 litros/pessoa por dia) sem riscos higiênicos ou perda de conforto. Apesar da necessidade de mais estudos sobre utilização de água de reuso para outros fins, o autor prevê a existência de um sistema duplo de água em construções futuras, utilizando água potável proveniente diretamente de fontes naturais e água de menor qualidade para outros usos. Fiori et al. (2006) estabeleceram o consumo de água de apartamentos residenciais em Passo Fundo (RS) através da aplicação de questionários. Posteriormente, coletou-se água de efluentes de chuveiros para análise qualitativa quanto à possibilidade de reuso. Concluiu-se que, para utilização de águas cinza provenientes de chuveiros, se faz necessário um tratamento prévio para redução de coliformes fecais e turbidez a níveis aceitáveis. Para a utilização de águas cinza em bacias sanitárias, um tratamento simples de filtração e desinfecção já seria o suficiente, segundo os autores. Ghisi e Oliveira (2007) analisaram o potencial de economia de água em residências de Palhoça considerando três situações distintas: aproveitamento de água pluvial (para máquinas de lavar roupas e descargas de bacias sanitárias); reuso de águas cinza (para descargas); aproveitamento de água pluvial (para máquinas de lavar roupas) e reuso de águas cinza (para descargas) combinados. Fez-se também uma análise da viabilidade econômica da implementação destas medidas, que indicaram que a situação com o menor período de retorno para o investimento foi o reuso de águas cinza (período de 17 anos e 8 meses). Para Ghisi e Oliveira (2006), incentivos, por parte do governo, se fazem necessários para a promoção da utilização de águas cinza e de água pluvial no sul do Brasil. Observou-se que a economia de água não acarreta necessariamente em benefício econômico para o usuário residencial, já que se cobra uma taxa 17

23 mínima que impede benefícios financeiros na conta de água para consumos inferiores a 10m 3 por mês, recomendando-se revisão da legislação. Por conta disso, os períodos de retorno encontrados nas análises feitas foram extremamente altos, variando de 17,7 (considerando o reuso de águas cinza) a 92,7 anos (considerando aproveitamento de água pluvial e reuso de águas cinza combinados). Ghisi e Ferreira (2007) realizaram pesquisa semelhante para um condomínio residencial composto por três blocos de prédios, localizado em Florianópolis. Inicialmente, os usos finais de água foram estimados através de aplicação de questionário aos usuários, medida da vazão de aparelhos sanitários e obtenção do consumo de água dos apartamentos junto à concessionária de água local. Novamente, foram considerados três cenários distintos: aproveitamento de água pluvial; reuso de águas cinza; aproveitamento de água pluvial e reuso de águas cinza combinados. Os potenciais de economia de água encontrados foram de 39,2%, 40,1% e 42,7% para os três blocos de apartamentos investigados (A, B e C, respectivamente). Porém, considerando-se os três diferentes sistemas de aproveitamento de água selecionados, os potenciais de economia de água diminuem. Os diferentes potenciais de economia e o período de retorno do investimento estão apresentados na Tabela Destaca-se o fato de que a implementação de qualquer um dos sistemas não traz benefícios econômicos ao bloco C pelo fato do consumo de água por apartamento ser inferior a 10m 3 por mês. Neste caso, evidencia-se novamente a necessidade de revisão da legislação para incentivar formas alternativas de aproveitamento de água. Comparando-se os períodos de retorno encontrados neste trabalho com os períodos apresentados em Ghisi e Oliveira (2007), observa-se que os períodos de retorno do investimento em condomínios residenciais tendem a ser muito mais vantajosos (não passando de oito anos) do que em residências unifamiliares, onde os períodos de retorno são praticamente inviáveis (o menor período de retorno é de 17,7 anos). Campos et al. (2006) analisaram a estrutura tarifária brasileira quanto à cobrança pelo uso da água em 18 concessionárias de abastecimento de todo o país, responsáveis por 66% das ligações de água no Brasil. Verificou-se que a maioria das concessionárias (15 de 18 concessionárias) adota uma taxa mínima de consumo. Destas 15, uma adota o valor de 6m³ como consumo mínimo, enquanto o restante das empresas adota o valor de 10m³. A questão da tarifa para consumo mínimo pode ser vista como desestímulo à conservação de água pelo fato de existirem residências com consumo inferior ao valor estabelecido ou que passariam a ter um 18

24 consumo inferior se adotassem medidas de conservação e água, como exemplificado em Ghisi e Oliveira (2007). Tabela Potencial de economia de água em condomínio de Florianópolis Potencial de economia de água (%) Bloco A Bloco B Bloco C Média Água pluvial 14,7 15,6 17,7 16,0 Período de retorno (anos) 2,4 5,0 sem retorno 3,7 Águas cinza 28,7 29,7 34,8 31,1 Período de retorno (anos) 2,1 5,0 sem retorno 3,6 Água pluvial e águas cinza 36,7 37,9 42,0 38,9 Período de retorno (anos) 3,4 8,0 sem retorno 5,7 Fonte: Ghisi e Ferreira (2007) 2.4. Aproveitamento de água pluvial O aproveitamento de água pluvial para abastecimento humano vem sendo feito há vários séculos. Do Oriente Médio às Américas, encontram-se cisternas antigas para captação e armazenamento de água da chuva, algumas anteriores a 3000 a.c. Esta prática, de certa forma negligenciada pelos sistemas atuais de abastecimento de água, vem ganhando nova importância como forma de diminuir a demanda de água potável e diminuir a carga sobre sistemas de drenagem urbana (TOMAZ, 1998). Ghisi (2006), fez a projeção da disponibilidade per capita de água das cinco regiões geográficas brasileiras, do ano 2000 até o ano de Essas projeções foram feitas com base no aumento populacional médio registrado no período de 1991 a Nas projeções feitas, avaliou-se que, em 2050, a disponibilidade de água nas regiões Sudeste e Nordeste seria menor do que 2000m 3 per capita por ano, considerado um índice muito baixo, segundo o Programa Ambiental das Nações Unidas (United Nations Environment Programme - UNEP). Por volta do ano de 2100, a disponibilidade passaria a ser menor do que 1000m 3 per capita por ano, considerado um índice catastrófico pela classificação da UNEP. O autor calculou então o potencial de economia de água considerando-se a utilização de água pluvial nas cinco regiões brasileiras. Para este cálculo foram consideradas a área específica de telhado por pessoa e a demanda de água potável das cinco regiões brasileiras, além do histórico dos índices pluviométricos de cada região. Calculou-se que o volume de água pluvial captado seria o suficiente para suprir 48% da demanda de água potável na região Sudeste e 61% na região 19

25 Nordeste, que foram as regiões que apresentaram os menores índices de disponibilidade de água nas projeções feitas. Considerando-se então a utilização de água pluvial nestas regiões, a disponibilidade de água não seria menor do que 3000m 3 per capita por ano, pelo menos até o ano de 2100, evidenciando a importância da utilização desta fonte alternativa de água. Werneck e Bastos (2006) estudaram a viabilidade da utilização de água pluvial nas 77 escolas do município de Barra do Piraí (RJ). Inicialmente, fez-se um estudo de caso sobre o consumo de água em uma escola particular do município, levantando-se o orçamento da instalação de um sistema de aproveitamento de água pluvial e de substituição de aparelhos sanitários convencionais por aparelhos economizadores. Baseado em pesquisas sobre usos finais de água em escolas, estimou-se que 70% da água utilizada na escola destinava-se a atividades não potáveis e, a partir deste dado, levantou-se o orçamento considerando a utilização de um reservatório de água pluvial de 20m³, de 50m³ e de 100m³, calculando-se ainda o impacto na redução do consumo total da escola e no consumo do município, caso se adotassem as medidas para todas as escolas de Barra do Piraí. Os usos finais de água adotados estão presentes no trabalho de Ywashima (2005) e estão apresentados na Tabela Tabela Usos finais de água em três tipologias diferentes de escolas Escolas de ensino infantil (até 4 anos) Escolas de ensino infantil (5 e 6 anos) Escolas de ensino fundamental Tipos de Usos (litros) (%) (litros) (%) (litros) (%) Lavatório 195 4, , Lavatório calha , ,53 Bebedouro elétrico 4 0,09 7 0, Filtro , Chuveiro , , Pia , , ,84 Tanque 117 2, , ,94 Bacia sanitária c/ válvula , , ,50 Mictório tipo calha ,90 Máquina de lavar roupa 234 5, Torneira de lavagem 139 3, , ,29 Torneira de hidrômetro 18 0, Total Fonte: YWASHIMA (2005) Também foram calculados a economia média por ano em reais (relativa à água potável economizada) e o período de retorno do investimento. Dentre os cenários estudados, a opção de instalar apenas aparelhos economizadores foi a que mostrou a melhor relação custo benefício, 20

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