Segunda palestra sobre a revisão das leis de imprensa e de radiodifusão
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- Fábio Osório Martini
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1 Segunda palestra sobre a revisão das leis de imprensa e de radiodifusão Data: 22 de Fevereiro de 2012 Horário: 15h00 Local: Auditório do GCS Presença: 23 profissionais (de 17 órgãos de ) Opiniões na palestra (por ordem de intervenção) Nome Alteração das duas Leis Dois Conselhos e Estatuto Leong Chi Sang (Editor Geral do Jornal Va Kio) (tradução) As duas leis foram aprovadas, há muitos anos, na Assembleia Legislativa. Mas, até hoje, os artigos sobre a criação dos dois conselhos e estatuto de jornalista ainda não foram implementados. Por isso, é necessário resolver esta situação, através da revisão das leis, para demonstrar respeito pela Assembleia Legislativa. É uma característica da Lei de Imprensa, com as sanções leves. Para a criação do Conselho de Imprensa, temos de ponderar se garante a liberdade de imprensa e o direito à informação. A Lei de Imprensa ainda não consegue responder às actuais necessidades técnicas do sector, tal como a lacuna de regulamentação para os novos meios digitais de. Por isso, tem de se pensar no tratamento desta questão. Sem legislação, é impossível garantir a 1
2 Yu Wai Ying (Jornalista do Jornal Cheng Pou) (tradução) Comparada com outras regiões, como Hong Kong e Taiwan, no caso de processo judicial, o director, editor geral e até jornalista também precisam de assumir as suas responsabilidades legais. Mas, no caso de Macau, nas acções provocadas pelas notícias anónimas, a responsabilidade é toda e apenas do director ou editor geral. A Lei da Radiodifusão está longe das técnicas actuais do sector, impede o desenvolvimento do sector, se não for feita a revisão. O governo é fiscalizado pela. Por isso, o início do processo da revisão, anunciado na Assembleia Legislativa, é indevido sem uma consulta global e prévia ao sector, liberdade de imprensa. 2
3 parecendo uma interferência na liberdade de imprensa. Portanto, o governo deve suspender a revisão. A revisão das duas leis é um tema do âmbito jurídico, com efeitos no funcionamento complicado do sector da, bem como, na liberdade de imprensa. Por isso, não é adequado fazer uma sondagem ao público. O director do GCS diz sempre que a população é como um cliente da. Dai, a necessidade de conhecer a opinião pública e da sondagem. Considero tal ideia muita certa, mas penso que a mesma deveria ter incluído algumas perguntas mais fundamentais, tal como, a satisfação pública sobre a 3
4 liberdade de imprensa, e o seu grau, bem como a credibilidade da em Macau. De facto, alguns académicos apontaram dúvidas sobre o porquê de se iniciar a sondagem deliberativa sem antes se recolher os dados fundamentais? Quais são as razões dos gastos de 3,5 milhões do erário público para realizar esta sondagem deliberativa? Que académico apresentou esta sugestão ao GCS? Recentemente, em Hong Kong, aconteceu um assunto controverso envolvido a uma sondagem de Hong Kong Baptist University, em que alguns académicos criticaram os erros do baixo nível do responsável da sondagem no caso, Zhao Xinshu, um académico 4
5 sénior no sector. Todavia, este mesmo académico Zhao Xinshu é um dos executores da nossa sondagem deliberativa sobre a revisão das duas leis. E, o responsável da sondagem deliberativa, Cheong Weng Hin é assessor do Hong Kong Baptist University School of Communication, Journalism and Social Research Institute, e algum pessoal da mesma instituição participa também na sondagem deliberativa de Macau. Daí, a minha preocupação com a existência dos erros do baixo nível nesta sondagem deliberativa e de algumas intervenções. Ng Sio Ngai (Associação Jornalistas dos de Em caso da revisão das leis, devem-se anular, na Lei de Imprensa, muitos artigos lesivos Hoje em dia, a população está sempre a criticar a comunicação É mais importante que o governo elabore a lei da liberdade de informação, 5
6 Macau) (tradução) Nome Alteração das duas Leis Dois Conselhos e Estatuto aos profissionais do sector. Além disso, a sondagem deliberativa só deu a importância às questões de fiscalização e limitações ao sector, tal como, a criação de mecanismos de fiscalização, regulamentação sobre a credenciação e estatuto de jornalista. Assim, na presente conjuntura política e do sector da, é passível de afectar as liberdades de imprensa e expressão, bem como, do direito de informar a população. social local, que esta não desempenha bem as suas funções, especialmente a de fiscalização do governo e crítica às injustiças sociais. Assim, pergunta-se para que serve a criação do Conselho de Imprensa? Contra a criação do regime de credenciação do jornalista, porque numa altura de falta de um bom sistema democrático, um funcionamento independente na área judicial, bem com, fraca sociedade cívica, é provável o denominado cartão de jornalista sendo esta uma importante garantia para a liberdade de imprensa. 6
7 servir como um instrumento de inspecção aos profissionais, e um mecanismo de perseguição a alguns jornalistas que sofrem muitas queixas, por descobrirem a verdade e ofender os ricos e poderosos. Os jornalistas estão já regulamentados por várias legislações, incluindo a Lei de Imprensa, Código Penal, Código Civil, Direito Processual Civil, não é necessário criar outros mecanismos de fiscalização. 7
8 Kuong Chi Ian (Associação dos Jornalistas de Macau) (tradução) Choi Chi Tou (Editor geral adjunto do O GCS aproveita, em altura prematura, fazer sondagens para obter um resultado impreciso, como base para promover a revisão das duas leis, assim irá certamente destruir as relações amistosas entre a comunicação social e o governo. E a revisão das leis, promovida pelo governo, é como um comportamento de não reconhecer e atropelar a situação de autodisciplina e autonomia do sector, mantida ao longo dos anos, impedindo o desenvolvimento da. Por isso, o governo deve suspender os trabalhos sobre a revisão das leis. A revisão da Lei de Imprensa tem de ponderar os direitos e obrigações dos órgãos de A revisão das leis deve ser discutida mais profundamente, e Actualmente, o ambiente da discussão da revisão das leis não é bom, devido 8
9 Diário de Macau) (tradução), incluindo os direitos e obrigações no desenvolvimento, de forma gradual, mais utilizada da Internet e meios electrónicos, bem como, os direitos e obrigações dos utentes. De facto, a actual Lei de Imprensa é muito rigorosa, especialmente os regimes de sanções. Por outro lado, os profissionais estão também regulamentados pelo Código Penal e Lei da Protecção de Dados Pessoais, especialmente no terceiro artigo sobre direito de resposta, direito de rectificação e direito de esclarecimento, toda esta regulamentação e processos são bastante complicados para o sector e utilizadores/leitores, dos podemos aproveitar o processo da revisão das leis para anular alguns artigos sobre a criação dos conselhos de imprensa e radiodifusão, já discutidos há muito tempo e mas sem decisão. E os trabalhos da revisão das leis devem dar importância à liberdade de imprensa e responsabilidades sociais. Na era em que cada pessoa também tem o próprio telemóvel, e pode aproveitá-lo para divulgar informação, cuja influência é possível ser maior do à ligação com os direitos básicos e questões de equilíbrio entre as autoridades e o sector da, ao longo dos anos. As referidas leis e este tema são muito sensíveis. E ainda há muitas coisas por fazer e resolver, tal como, a questão do anúncio sobre emergências, que preocupam o sector, aperfeiçoamento de disposições da cobertura noticiosa para as grande actividades públicas, escapadela de algum responsável do governo à cobertura noticiosa. Nos 9
10 Emanuel Da Silva Graça (Macau Business quais alguns ainda desviam o funcionamento da comunicação social. que os media tradicionais. É cada mais difícil distinguir entre os profissionais e jornalista cidadão, como esclarecer a identidade, direitos e obrigações dos profissionais do sector na Lei de Imprensa? últimos anos, uma grande quantidade de notas de imprensa do governo tem facilitado os trabalhos do sector, mas em caso de existirem demasiadas e abusivas, ou seja, algumas reportagens normais também serão substituídas pelas notas oficiais, além de enfraquecer a iniciativa dos profissionais e a capacidade de procurar e ponderar activamente as novidades, sendo isso também negativo para o governo. Há coisas pragmáticas da nossa imprensa, do nosso do dia a dia como 10
11 / Business Intelligence Editor-in-Chief) jornalistas, onde o governo podia fazer muito mais para nos ajudar. E, eu falo do ponto de vista da em língua portuguesa ou em língua inglesa, E, há vários sites do governo, vários departamentos governamentais que não têm tradutores próprios. Há muitos canais que o governo, muitas vezes, não proporciona para fazermos bem o nosso trabalho. Se é importante discutirmos esta questão da legislação, era também interessante, e se calhar 11
12 Luis Pereira (Macau Business Executive Director) Em relação aos meios de digitais. Eu acho que há uma certa confusão de que há necessidade de uma lei específica para os incluir. O que não é verdade. A maior parte dos países, que tentaram ideias desse género, não foram bem sucedidos. O que será importante é incluir os meios digitais em qualquer outra legislação, ou qualquer muito mais frutuoso, ver os vários departamentos governamentais proporcionarem mais informação e, no mínimo, nas duas línguas oficiais. 12
13 Lam Chi Man (Jornalista do Rádio Macau) (tradução) outra revisão. A revisão das leis deve ponderar a regulamentação dos novos meios da, jornalistas cidadãos, e esclarecer as suas responsabilidades jurídicas. Os jornalistas mais jovens estão confusos com o futuro e desenvolvimento do sector da comunicação social, e sem saberem qual é a direcção. O GCS deve esclarecer a direcção a seguir pelo desenvolvimento do sector, através de sondagens mais científicas. ~~Fim~~ 13
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