BACIA DO SUL. Plano Nacional de Integração Hidroviária RELATÓRIO TÉCNICO

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1 RELATÓRIO TÉCNICO BACIA DO SUL Plano Nacional de Integração Hidroviária Desenvolvimento de Estudos e Análises das Hidrovias Brasileiras e suas Instalações Portuárias com Implantação de Base de Dados Georreferenciada e Sistema de Informações Geográfi cas Fevereiro 2013

2 Relatório Técnico Bacia do Sul República Federativa do Brasil Dilma Roussef Presidenta da República Secretaria de Portos (SEP) José Leônidas Cristino Ministro Chefe Ministério dos Transportes Paulo Sérgio Passos Ministro dos Transportes Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) Diretoria Colegiada Pedro Brito (Diretor-Geral Substituto) Fernando José de Pádua C. Fonseca (Diretor Interino) Mário Povia (Diretor Interino) Superintendência de Navegação Interior (SNI) Adalberto Tokarski (Superintendente) Superintendência de Portos (SPO) Bruno de Oliveira Pinheiro (Superintendente Substituto) Superintendência de Fiscalização e Coordenação (SFC) Giovanni Cavalcanti Paiva (Superintendente) Superintendência de Navegação Marítima e de Apoio (SNM) André Luís Souto de Arruda Coelho (Superintendente) Superintendência de Administração e Finanças (SAF) Albeir Taboada Lima (Superintendente) ii ANTAQ/UFSC/LabTrans

3 Bacia do Sul Relatório Técnico FICHA TÉCNICA AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS Gerência de Desenvolvimento e Regulação da Navegação Interior (GDI) José Renato Ribas Fialho - Gerente Eduardo Pessoa de Queiroz - Coordenador Isaac Monteiro do Nascimento Gerência de Estudos e Desempenho Portuário (GED) Fernando Antônio Correia Serra - Gerente Herbert Koehne de Castro José Esteves Botelho Rabello Gerência de Portos Públicos (GPP) Samuel Ramos de Carvalho Cavalcanti Gerente Substituto Paulo Henrique Ribeiro de Perni Camila Romero Monteiro da Silva Superintendência de Fiscalização e Controle (SFC) Frederico Felipe Medeiros Unidade Administrativa Regional do Paraná (UARPR) Fábio Augusto Giannini ENTIDADES COLABORADORAS Ministério dos Transportes (MT) Administrações Hidroviárias Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) VALEC - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. Unidades Administrativas Regionais da ANTAQ Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Marinha do Brasil/Diretoria de Portos e Costas - Capitania Fluvial de Juazeiro Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Agência Nacional de Águas (ANA) Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (BA) Secretaria do Desenvolvimento Econômico de Pernambuco - Porto Fluvial de Petrolina (PE) Secretaria de Transportes - RS - SEINFRA Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH) Superintendência de Portos e Hidrovias do Rio Grande do Sul (SPH) Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH) Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e suas Federações Confederação Nacional do Transporte (CNT) e suas Federações Petrobras Transporte S/A (TRANSPETRO) Vale S.A. ANTAQ/UFSC/LabTrans iii

4 Relatório Técnico Bacia do Sul Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (APROSOJA) Empresas Brasileiras de Navegação Interior TECON/Rio Grande Porto de Rio Grande (RS) Movimento Pró-Logística Sindicatos das Empresas Brasileiras de Navegação - SINDARMA iv ANTAQ/UFSC/LabTrans

5 Bacia do Sul Relatório Técnico UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Roselane Neckel - Reitora Lúcia Helena Martins Pacheco- Vice-Reitora Sebastião Roberto Soares- Diretor do Centro Tecnológico Jucilei Cordini - Chefe do Departamento de Engenharia Civil Laboratório de Transportes e Logística Amir Mattar Valente - Coordenador Geral do Laboratório Equipe Técnica - Transporte e Logística Fabiano Giacobo - Coordenador Estudos André Ricardo Hadlich - Responsável Técnico Daniele Sehn - Economista André Felipe Kretzer Carlo Vaz Sampaio Felipe Souza dos Santos Gabriella Sommer Vaz Guilherme Tomiyoshi Nakao Humberto Assis de Oliveira Sobrinho Jonatas J. de Albuquerque Larissa Steinhorst Berlanda Luiz Gustavo Schmitt Marjorie Panceri Pires Natália Tiemi Gomes Komoto Priscila Lammel Fernando Seabra - Consultor Pedro Alberto Barbetta - Consultor Equipe Técnica - Tecnologia da Informação Antônio Venícius dos Santos - Coordenador Base de dados Georreferenciada Edésio Elias Lopes - Responsável Técnico Caroline Helena Rosa Guilherme Butter Demis Marques Paulo Roberto Vela Junior Sistema Luiz Claudio Duarte Dalmolin - Responsável Técnico Emanuel Espíndola Rodrigo Silva de Melo José Ronaldo Pereira Junior Sérgio Zarth Junior Leonardo Tristão Tiago Lima Trinidad Robson Junqueira da Rosa Design Gráfico Guilherme Fernandes Heloisa Munaretto Revisão de Textos Lívia Carolina das Neves Segadilha Paula Carolina Ribeiro Pedro Gustavo Rieger Renan Abdalla Leimontas ANTAQ/UFSC/LabTrans v

6 Relatório Técnico Bacia do Sul LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS AHSUL ALM ANA ANTAQ CODESP CPRS DNIT IBGE LabTrans PAC PIB PK PNIH PNLT RFFSA SPH TIR TMA UFSC VPL Administração das Hidrovias do Sul Agência de Desenvolvimento da Bacia da Lagoa Mirim Agência Nacional de Águas Agência Nacional de Transportes Aquaviários Companhia Docas do Estado de São Paulo Capitania dos Portos do Rio Grande do Sul Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Laboratório de Transportes e Logística Programa de Aceleração do Crescimento Produto Interno Bruto Ponto quilométrico medido a partir da foz do rio Plano Nacional de Integração Hidroviária Plano Nacional de Logística de Transportes Rede Ferroviária Federal S.A. Superintendência de Portos e Hidrovias Taxa Interna de Retorno Taxa Mínima de Atratividade Universidade Federal de Santa Catarina Valor Presente Líquido vi ANTAQ/UFSC/LabTrans

7 Bacia do Sul Relatório Técnico LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Hidrovias do Sul... 4 Figura 2 - Microrregiões lindeiras... 5 Figura 3 - Área Inicial de Estudo... 6 Figura 4 - Mancha de Atratividade... 7 Figura 5 - Microrregiões com 95% do total de Atratividade... 8 Figura 6 - Área de Influência Final... 9 Figura 7 - Área contígua e área total de influência Figura 8 - Principais produtos movimentados em comércio exterior pelas regiões da área contígua às Hidrovias do Sul em 2010 e Figura 9 - Observação ( ) e Projeção ( ) de Soja, PIB da China e Cotação internacional Soja Figura 10 - Observação ( ) e Projeção ( ) Adubos e Fertilizantes Figura 11 - Observação ( ) e Projeção ( ) Carne de Aves Figura 12 - Observação ( ) e Projeção ( ) Papel e Celulose Figura 13 - Região que abrange o Rio Jacuí Figura 14 - Região que abrange o Rio Taquari Figura 15 - Municípios de São Sebastião do Caí, São Leopoldo e Gravataí, onde iniciam os rios Caí, Sinos e Gravataí, respectivamente Figura 16 - Lagoas da Hidrovia em destaque Figura 17 - Zonas que dividem o Porto de Rio Grande Figura 18 - Porto de Rio Grande Figura 19 - Porto de Porto Alegre Figura 20 - Porto de Pelotas Figura 21 - Modal rodoviário em 2015, 2020, 2025 e Figura 22 - Modal ferroviário em Figura 23 - Modal ferroviário em Figura 24 - Modal ferroviário em Figura 25 - Modal ferroviário em Figura 26 - Modal hidroviário em Figura 27 - Modal hidroviário em Figura 28 - Modal hidroviário em Figura 29 - Modal hidroviário em Figura 30 - Terminais já existentes e áreas propícias de novos terminais hidroviários com ano ótimo de abertura Figura 31 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2015 (t) Figura 32 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2020 (t) Figura 33 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2025 (t) Figura 34 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2030 (t) Figura 35 - Área propícia de Arambaré Figura 36 - Área propícia de Dona Francisca e área propícia de Restinga Seca Figura 37 - Área propícia de Montenegro e São Sebastião do Caí ANTAQ/UFSC/LabTrans vii

8 Relatório Técnico Bacia do Sul LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Lista das microrregiões lindeiras... 4 Quadro 2 - Origem e destino excluídos das consultas Quadro 3 - Características das câmaras das eclusas das Hidrovias do Sul Quadro 4 - Instalações Portuárias nas Hidrovias do Sul Quadro 5 - Cenário modal rodoviário Quadro 6 - Cenário modal ferroviário Quadro 7 - Cenário modal hidroviário Quadro 8 - Áreas propícias para instalação de novos terminais hidroviários viii ANTAQ/UFSC/LabTrans

9 Bacia do Sul Relatório Técnico LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Tipos de navegação e natureza das cargas nas Hidrovias do Sul Tabela 2 - Cargas transportadas nas Hidrovias do Sul Tabela 3 - Representatividade de produtos com base no PNLT (mil t) Tabela 4 - Volumes das exportações e importações observadas (2010) e projetadas (2015, 2020, 2025, 2030) Tabela 5 - Projeção dos principais produtos da região ampla das Hidrovias do Sul entre (t) Tabela 6 - Projeção quinquenal da carga alocada, por produtos, para as Hidrovias do Sul (t) Tabela 7 - Parâmetros rodoviários Tabela 8 - Estimativas do valor do frete ferroviário, em R$/(t.km) Tabela 9 - Parâmetros dos terminais ferroviários Tabela 10 - Parâmetros de frete hidroviário, em R$/(t.km), por tipo de carga transportada Tabela 11 - Custo de Transbordo (R$/t) Tabela 12 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2015 (t) Tabela 13 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2020 (t) Tabela 14 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2025 (t) Tabela 15 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2030 (t) Tabela 16 - Carregamento nas Hidrovias do Sul - Fluxo 2015 (t) Tabela 17 - Carregamento nas Hidrovias do Sul - Fluxo 2020 (t) Tabela 18 - Carregamento nas Hidrovias do Sul - Fluxo 2025 (t) Tabela 19 - Carregamento nas Hidrovias do Sul - Fluxo 2030 (t) Tabela 20 - Custos totais de transporte Tabela 21 - Custos totais de transporte Tabela 22 - Custos totais de transporte Tabela 23 - Custos totais de transporte Tabela 24 - Demanda simulada para a área propícia de Arambaré (t) Tabela 25 - Resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propícia de Arambaré Tabela 26 - Demanda simulada para a área propícia de Dona Francisca (t) Tabela 27 - Resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propícia de Dona Francisca Tabela 28 - Demanda simulada para a área propícia de Restinga Seca (t) Tabela 29 - Resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propícia de Restinga Seca Tabela 30 - Demanda simulada para a área propícia de Montenegro (t) Tabela 31 - Resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propícia de Montenegro Tabela 32 - Demanda simulada para a área propícia de São Sebastião do Caí (t) Tabela 33 - Resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propícia de Sebastião do Caí Tabela 34 - Comparativo entre as áreas propícias para instalação de terminais ANTAQ/UFSC/LabTrans ix

10 Relatório Técnico Bacia do Sul SUMÁRIO LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS... vi LISTA DE FIGURAS... vii LISTA DE QUADROS... viii LISTA DE TABELAS... ix PREFÁCIO... xii 1 INTRODUÇÃO DETERMINAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA Localização Cálculo da Área de Influência Área Inicial de Estudo Determinação das Manchas de Atratividade Determinação da Mancha de Atratividade Área de Influência Final IDENTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS RELEVANTES PARA ANÁLISE Quantificação dos fluxos atuais de transporte Definição dos produtos relevantes para a Bacia do Sul DEFINIÇÃO DOS FLUXOS RELEVANTES PARA ANÁLISE Consultas à base de dados do PNLT PROJEÇÃO DOS FLUXOS DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSPORTE Caracterização socioeconômica Resultados da projeção de demanda da área contígua às Hidrovias do Sul Resultados da projeção de demanda da Área de Influência total das Hidrovias do Sul Resultados da alocação da carga total para as Hidrovias do Sul DIAGNÓSTICO DA REDE DE TRANSPORTE ATUAL Bacia do Sul Rio Jacuí Rio Taquari Rio Caí Rio dos Sinos Rio Gravataí Rio Guaíba Lagoa dos Patos Portos e intermodalidade x ANTAQ/UFSC/LabTrans

11 Bacia do Sul Relatório Técnico 7 DEFINIÇÃO DA REDE FUTURA A SER ANALISADA - NOVAS OUTORGAS E TERMINAIS HIDROVIÁRIOS Montagem dos cenários de infraestrutura Modal Rodoviário Modal Ferroviário Modal Hidroviário Novas outorgas de terminais hidroviários ESTIMATIVA DE INVESTIMENTOS E CUSTOS OPERACIONAIS DE CADA PROJETO Levantamento de custos operacionais Frete Rodoviário Frete Ferroviário Frete Hidroviário SIMULAÇÃO DOS PROJETOS Carregamento nos terminais Carregamento na hidrovia Custos totais de transporte AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE PROJETOS Área propícia de Arambaré Área propícia de Dona Francisca Área propícia de Restinga Seca Área propícia de Montenegro Área propícia de São Sebastião do Caí CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS ANTAQ/UFSC/LabTrans xi

12 Relatório Técnico Bacia do Sul PREFÁCIO Agência Nacional de Transportes Aquaviários ANTAQ tem a honra de apresentar à sociedade, ao setor produtivo e aos diversos órgãos governamentais o presente relatório técnico da Bacia do Sul, parte do Plano Nacional de Integração Hidroviária PNIH. Conhecer as características físico-geográficas, as demandas e ofertas de cada segmento representativo de produção de cargas é ação primária para a geração de alternativas ao mercado sobre onde e como investir. Dessa forma, o trabalho ora apresentado significa uma maior compreensão dos espaços produtivos brasileiros em relação aos movimentos de cargas, em especial, ao setor da navegação interior. O foco foi gerar resultados sustentados em metodologia sólida, utilizando a experiência acadêmica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a grande vivência dos técnicos da ANTAQ, bem como com as evidências e expectativas do mercado que hoje lida com cargas produtivas. Dessa integração surge o PNIH, instrumento abrangente com fundamentação, base metodológica e coerência com a realidade dos agentes produtores e transportadores de carga. O PNIH é, portanto, fruto da integração do conhecimento acadêmico e científico, do planejamento, representado pela utilização dos dados disponíveis no Plano Nacional de Logística de Transportes PNLT, e das bases de dados evidenciadas na realidade do transporte de cargas na navegação interior. Some-se a isso, sua característica dinâmica, representada pela ferramenta de informações geográficas denominada SIGTAQ, capaz de atualizar rapidamente novas projeções, e de responder adequadamente às variações naturais de mercados em evolução. Contribuir com a readequação da matriz de transporte de carga e redução da emissão de poluentes atmosféricos, indicando possíveis áreas para a instalação terminais hidroviários, são apenas algumas das características que podem ser observadas da leitura do PNIH. Assim, a ANTAQ disponibiliza uma ferramenta moderna, atualizada e aberta aos desafios a serem enfrentados por aqueles que trabalham pela redução dos custos logísticos brasileiros de forma sustentável, objetivo para o qual as hidrovias tem papel importante. Esperamos com isso, tornar mais fácil a análise de novos investimentos, a seleção de caminhos alternativos para o transporte de cargas, bem como colaborar com os planejadores de políticas públicas, na medida em que poderão dispor de instrumento ágil e bem sustentado, na formulação dos instrumentos legais a eles incumbidos. No presente volume são apresentados os resultados específicos da Bacia do Sul, no qual há um conjunto de rios e lagoas, como a Lagoa dos Patos ou Mar de Dentro, que formam um complexo hidroviário ímpar no país, comparável às hidrovias europeias. xii ANTAQ/UFSC/LabTrans

13 Bacia do Sul Relatório Técnico 1 INTRODUÇÃO Devido à dificuldade dos acessos terrestres, as hidrovias exerceram importante papel na colonização do estado do Rio Grande do Sul. Os primeiros colonizadores chegaram pela Barra do Rio Grande e adentraram a região pela Lagoa dos Patos, fundando os primeiros povoamentos. A navegação através dessas vias se intensificou com a elevação de Porto Alegre a capital do estado em 1773 e com a abertura dos portos brasileiros às nações amigas em 1808 (MULLER, 2003). No século XIX, os imigrantes europeus também utilizaram a hidrovia na expansão da ocupação em direção ao norte, estabelecendo-se ao longo dos rios Taquari, Caí e dos Sinos. O charque, principal produto comercial do estado nessa época, era transportado em barcos através desses rios até Porto Alegre e então para o Porto de Rio Grande (MULLER, 2003). Em 1906 foi construída a primeira eclusa do país, no Rio Caí. Essa obra, junto a outras melhorias em diversos pontos do rio, possibilitou a navegação constante, durante todo o ano, de São Sebastião do Caí (RS) até Porto Alegre, marcando o apogeu da navegação na região desse rio (KLEIN, 2010). No restante do estado, o transporte hidroviário manteve sua importância e crescimento até a década de 1940, quando a melhoria de infraestrutura e o aumento da capacidade do transporte terrestre começaram a tornar este mais competitivo. Mas em 1961 foi aprovado o Plano Hidroviário do Estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo de reativar a navegação interior no estado e executar diversas obras para favorecer a navegabilidade, modernizando e tornando mais competitivo o transporte hidroviário (SUPERINTENDÊNCIA DE PORTOS E HIDROVIAS - SPH, 2005). O atual sistema hidroviário liga a região industrial e de produção agrícola do Rio Grande do Sul a um grande porto marítimo - o Porto de Rio Grande, tendo as hidrovias um papel econômico importante no desenvolvimento do estado (AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS - ANTAQ, 2011a). O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) registra obras e estudos de melhorias de infraestrutura hidroviária somando cerca de 64 milhões de reais na região, os quais contemplam dragagens, sinalizações e estudos de projetos de terminais de carga (BRASIL, 2012a). Como parte do incentivo ao transporte hidroviário no país, foi concebido o projeto Desenvolvimento de Estudos e Análises das Hidrovias Brasileiras e suas Instalações Portuárias com Implantação de Base de Dados Georreferenciada e Sistema de Informações Geográficas, parte integrante do Plano Nacional de Integração Hidroviária (PNIH). O projeto visou o estudo das seis bacias hidrográficas com maior potencial para aproveitamento do transporte hidroviário, a saber: Bacia do Tocantins-Araguaia, Amazônica, do São Francisco, do Paraguai, Paraná-Tietê e do Sul. Este relatório diz respeito ao estudo da Bacia do Sul, realizado de acordo com os procedimentos descritos no Relatório de Metodologia. Segue a mesma estrutura de capítulos ANTAQ/UFSC/LabTrans 1

14 Relatório Técnico Bacia do Sul utilizada neste, mas direciona o foco aos resultados obtidos. Ao todo, o presente relatório constitui-se de onze capítulos, sendo o primeiro referente a esta introdução. Os demais são: Capítulo 2: Determinação da Área de Influência; Capítulo 3: Identificação dos Produtos Relevantes para Análise; Capítulo 4: Definição dos Fluxos Relevantes para Análise; Capítulo 5: Projeção dos Fluxos de Transporte; Capítulo 6: Diagnóstico da Rede de Transporte Atual; Capítulo 7: Definição da Rede Futura a Ser Analisada - Novas Outorgas de Terminais Hidroviários; Capítulo 8: Estimativa de Investimentos e Custos Operacionais de Cada Projeto; Capítulo 9: Simulação dos Projetos; Capítulo 10: Avaliação Econômica de Projetos; e Capítulo 11: Considerações Finais. Além do conteúdo dos capítulos elencados, outras informações (como tabelas detalhadas) poderão ser obtidas no endereço eletrônico da ANTAQ ( 2 ANTAQ/UFSC/LabTrans

15 Bacia do Sul Relatório Técnico 2 DETERMINAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA Este capítulo traz, inicialmente, a caracterização da Bacia do Sul no que diz respeito a suas principais informações geográficas, como localização, principais rios e afluentes. Em seguida, apresentam-se os resultados da determinação da Área de Influência da bacia, conforme os procedimentos detalhados no Relatório de Metodologia. 2.1 Localização A Bacia Hidrográfica do Atlântico Sul tem início na divisa entre os estados de São Paulo e do Paraná e estende-se até o Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul. Tem área total de quilômetros quadrados e apresenta como principal bioma a Mata Atlântica, muito desmatada em virtude da ocupação humana (AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS - ANA, 2012). O tipo climático predominante na Bacia Hidrográfica é tropical chuvoso, sem estação seca e sem geada. Seu índice pluviométrico anual apresenta uma média de milímetros e diminui de norte para sul, passando de milímetros (unidade hidrográfica Litoral de Santa Catarina) a milímetros (unidade hidrográfica Litoral do Rio Grande do Sul). Já o regime hidrológico apresenta período de águas baixas entre dezembro e abril e período de águas altas entre julho e setembro (BRASIL DAS ÁGUAS, 2012). Conforme mencionado na introdução deste relatório, este estudo tem como foco as hidrovias localizadas no estado do Rio Grande do Sul. As Hidrovias do Sul analisadas são constituídas pelos rios Jacuí e Taquari, os quais se unem e chegam à Lagoa dos Patos pelo Lago Guaíba, seguindo pelo Canal de São Gonçalo e finalmente chegando à Lagoa Mirim. Fazem parte das hidrovias, ainda, os rios Caí, Sinos e Gravataí, que se encontram no delta do Jacuí, formando o Lago Guaíba. O Rio Taquari, a Lagoa Mirim e as eclusas ao longo do Rio Jacuí (Amarópolis, Anel de Dom Marco e Fandango), além da eclusa de Bom Retino, no rio Taquari, estão sob a responsabilidade da Administração das Hidrovias do Sul (AHSUL). Por sua vez, a Lagoa dos Patos, o Canal de São Gonçalo, o Lago do Guaíba, o Rio Jacuí, o Rio Gravataí, o Rio dos Sinos e o Rio Caí são administrados pela SPH, autarquia vinculada à Secretaria de Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul (ANTAQ, 2011a). A Figura 1 apresenta as Hidrovias do Sul analisadas neste estudo. ANTAQ/UFSC/LabTrans 3

16 Relatório Técnico Bacia do Sul Figura 1 - Hidrovias do Sul Os rios que compõem as hidrovias percorrem 12 microrregiões no estado do Rio Grande do Sul, as quais abrangem um total de 163 municípios. As microrregiões lindeiras às hidrovias estão listadas no Quadro 1 e ilustradas na Figura 2. RIO GRANDE DO SUL 1. Porto Alegre 7. Cachoeira do Sul 2. Osório 8. São Jerônimo 3. Montenegro 9. Camaqua 4. Lajeado-Estrela 10. Pelotas 5. Santa Cruz do Sul 11. Jaguarão 6. Restinga Seca 12. Litoral Lagunar Quadro 1 - Lista das microrregiões lindeiras 4 ANTAQ/UFSC/LabTrans

17 Bacia do Sul Relatório Técnico Figura 2 - Microrregiões lindeiras 2.2 Cálculo da Área de Influência Após a localização e identificação dos principais rios que compõem a Bacia do Sul, pôde-se determinar a sua Área de Influência. Neste item descrevem-se os passos específicos para determinação dessa área, quais sejam: mapeamento da Área Inicial de Estudo, Escolha dos Polos de Atração e determinação das Manchas de Atratividade, através dos quais foi possível determinar a Área de Influência resultante da bacia em questão. O Relatório de Metodologia descreve em mais detalhes os procedimentos aqui aplicados Área Inicial de Estudo Devido à pequena extensão das Hidrovias do Sul, a Área Inicial de Estudo incluía apenas os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na Figura 3 estão em destaque os estados que correspondem a essa Área Inicial de Estudo, suas microrregiões constituintes e a Lagoa Mirim, o Canal de São Gonçalo, a Lagoa dos Patos, a Lagoa Guaíba, os rios Gravataí, dos Sinos, Caí, Jacuí e Taquari. ANTAQ/UFSC/LabTrans 5

18 Relatório Técnico Bacia do Sul Figura 3 - Área Inicial de Estudo Determinação das Manchas de Atratividade Para determinação das Atratividades das microrregiões relacionadas às Hidrovias do Sul, dois Polos foram escolhidos: Porto Alegre (RS), capital do estado, que também abriga um porto; Rio Grande (RS), que abriga o importante Porto do Rio Grande, sendo também a saída da Lagoa dos Patos para o Oceano Atlântico. Faz parte da microrregião Litoral Lagunar Determinação da Mancha de Atratividade A Figura 4 mostra a concentração das microrregiões mais atrativas nas proximidades das hidrovias e de seus Polos (Porto Alegre e Rio Grande). 6 ANTAQ/UFSC/LabTrans

19 Bacia do Sul Relatório Técnico Figura 4 - Mancha de Atratividade A Mancha de Atratividade apresenta valores mais altos nas microrregiões vizinhas aos Polos, principalmente ao leste e ao sul do Rio Grande do Sul, diminuindo à medida que se distancia das hidrovias, como no oeste desse estado e em Santa Catarina Área de Influência Final Através do procedimento descrito no Relatório de Metodologia, obtiveram-se as microrregiões que integram os 95% da Atratividade Total. A área resultante ocupa a metade leste do Rio Grande do Sul e as microrregiões mais ao sul do estado de Santa Catarina, podendo ser observada na Figura 5. ANTAQ/UFSC/LabTrans 7

20 Relatório Técnico Bacia do Sul Figura 5 - Microrregiões com 95% do total de Atratividade A Área de Influência Final relativa à região das Hidrovias do Sul é igual à Área das microrregiões com 95% da Atratividade Total encontrada na etapa anterior, visto que todas as microrregiões envolvidas pelo Cordão de Área de Influência já se encontravam entre aquelas delimitadas anteriormente. A Figura 6 ilustra a Área de Influência Final das Hidrovias do Sul. 8 ANTAQ/UFSC/LabTrans

21 Bacia do Sul Relatório Técnico, Figura 6 - Área de Influência Final Considerando que todas as hidrovias do estudo encontram-se no Rio Grande do Sul, já era esperado que sua Área de Influência Final se encontrasse, em sua maioria, nesse estado. A área estende-se para o norte, incluindo as microrregiões catarinenses localizadas mais ao sul, como pôde ser observado na Figura 6. ANTAQ/UFSC/LabTrans 9

22 Relatório Técnico Bacia do Sul 3 IDENTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS RELEVANTES PARA ANÁLISE Neste capítulo identificam-se quais produtos serão selecionados para a análise de fluxos das hidrovias. Inicialmente realizou-se uma quantificação dos fluxos atuais e potenciais de transporte que teve como base reuniões com importantes setores da hidrovia. Em seguida, a partir da análise da matriz de dados do Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT) e considerando a Área de Influência encontrada na etapa anterior, foram selecionados os produtos com movimentação mais significativa, ou seja, considerados relevantes para este estudo. 3.1 Quantificação dos fluxos atuais de transporte Com o objetivo de discutir questões referentes às Hidrovias do Sul, tais como cargas movimentadas, gargalos de infraestrutura e a possibilidade de atração de novas cargas para as hidrovias, realizou-se, em 16 de novembro de 2011, na cidade de Porto Alegre (RS), uma reunião com representantes da ANTAQ, empresários da região, operadores e representantes da SPH. As informações repassadas foram relevantes para o estudo em curso porque possibilitaram visualizar fatores que podem impedir ou impulsionar o desenvolvimento das hidrovias como alternativa viável de transporte. Existe a possibilidade de queda na movimentação de cargas nas hidrovias em razão de os modais ferroviário e rodoviário serem alternativas mais viáveis, uma vez que as fiscalizações são menos recorrentes nesses modais do que no modal hidroviário, de acordo com os participantes da reunião. Dessa forma, novos operadores são desestimulados, e as hidrovias, que já tiveram doze empresas utilizando-as, hoje se encontram com apenas três. Além disso, empresas que estavam instaladas nas proximidades das hidrovias já se transferiram para a cidade de Rio Grande para ficarem próximo ao porto a fim de realizar transporte por caminhão. A burocracia ambiental também faz com que as empresas se instalem longe dos rios. As cargas com perspectiva de serem movimentadas, de acordo com as conclusões obtidas na reunião, são farelo de soja e biodiesel. Já a perspectiva para movimentação de contêiner é pequena, pois a logística e as taxas pagas (intermodais) tornam o transporte pelas hidrovias menos viável em comparação com o transporte rodoviário. Produtos de maior valor agregado também não apresentam perspectiva de movimentação, pois cargas como as com origem no complexo metalúrgico de Bento Gonçalves são transportadas por caminhão e não por contêiner em virtude dos custos de seguro e de taxas intermodais. Os presentes na ocasião também sugeriram que houvesse uma modernização no Porto de Rio Grande, pois quando o terminal está lotado, as barcaças são negligenciadas, já que possuem baixa prioridade em relação aos navios que navegam em longo curso. A Tabela 1, retirada do relatório Estatísticas da Navegação Interior 2010, de autoria da ANTAQ (2011b), mostra os tipos de navegação e a natureza da carga nas Hidrovias do Sul. 10 ANTAQ/UFSC/LabTrans

23 Bacia do Sul Relatório Técnico Tabela 1 - Tipos de navegação e natureza das cargas nas Hidrovias do Sul Tipo de Navegação Natureza da Carga (t) Carga Geral Granel Líquido Granel Sólido Total Navegação interior Navegação interior Estadual Navegação interior Interestadual Navegação interior Internacional Cabotagem Longo Curso Sinais convencionais utilizados:... Dado numérico não disponível - Dado não existente ou não se aplica Fonte: ANTAQ (2011a) Grande parte da carga é movimentada pelas hidrovias por navegação de longo curso. Em 2010, cerca de 21,7 milhões de toneladas foram transportadas, em sua maior parte através do Porto de Rio Grande. Em seguida, de modo menos expressivo, vêm as cargas de navegação interior e de cabotagem 1. O mesmo relatório da ANTAQ registra a movimentação ocorrida nos terminais autorizados pela Agência. A Tabela 2 demonstra o percentual de cada carga sobre a movimentação total nas hidrovias. Tabela 2 - Cargas transportadas nas Hidrovias do Sul Grupo de Mercadoria Navegação Interior (t) % Soja ,1% Celulose ,6% Farelo de Soja ,5% Carvão Mineral ,0% Combustíveis e Óleos Minerais e Produtos ,4% Madeira ,7% Fertilizantes e Adubos ,8% Produtos da Indústria de Moagem ,0% Gordura, Óleos Animais/Vegetais ,9% Enxofre, Terras e Pedras, Gesso e Cal ,5% Malte e Cevada ,0% Outros Grupos de Mercadoria ,6% Total ,00% Fonte: ANTAQ (2011b) Os principais produtos transportados nas Hidrovias do Sul são: grãos, derivados da soja, celulose, carvão mineral, derivados do petróleo, produtos siderúrgicos e fertilizantes. São utilizadas embarcações do tipo autopropulsadas ou conjunto empurrador-barcaça. 1 Navegação de cabotagem é a navegação realizada entre portos ou pontos do território brasileiro, utilizando a via marítima ou esta e as vias navegáveis interiores, de acordo com a Lei 9.432/97. Fonte: CANELLAS, A.M.P. Superintendência de Navegação - SNA. Navegação de Cabotagem. Disponível em: < Acesso em: 04 dez ANTAQ/UFSC/LabTrans 11

24 Relatório Técnico Bacia do Sul 3.2 Definição dos produtos relevantes para a Bacia do Sul Seguindo os procedimentos detalhados no Relatório de Metodologia, foram obtidos da matriz do PNLT os totais por produto e a representatividade destes para a Bacia do Sul. Na Tabela 3 estão destacados os produtos considerados relevantes, que somam 90% do total da movimentação. Os produtos diferem dos obtidos junto à ANTAQ devido às diferenças metodológicas na obtenção dos dados e aos diferentes anos consultados. 12 ANTAQ/UFSC/LabTrans

25 Bacia do Sul Relatório Técnico Tabela 3 - Representatividade de produtos com base no PNLT (mil t) Produto Fluxo 2004 % % acumulada Carga geral ,94 19,236% 19,236% Outros produtos e serviços da lavoura ,00 10,200% 29,436% Produtos da exploração florestal e da silvicultura 7.266,88 6,807% 36,243% Petróleo e gás natural 7.234,51 6,776% 43,019% Carvão mineral 5.282,29 4,948% 47,967% Arroz em casca 5.129,75 4,805% 52,772% Produtos químicos inorgânicos 4.962,22 4,648% 57,420% Minerais não metálicos 4.068,24 3,811% 61,230% Óleos de milho, amidos e féculas vegetais e rações 3.641,41 3,411% 64,641% Óleo de soja em bruto e tortas, bagaços e farelo de soja 3.369,67 3,156% 67,797% Arroz beneficiado e produtos derivados 3.166,83 2,966% 70,764% Milho em grão 3.146,57 2,947% 73,711% Óleo diesel 2.683,60 2,514% 76,224% Soja em grão 2.582,57 2,419% 78,643% Carne de aves fresca, refrigerada ou congelada 2.322,21 2,175% 80,819% Produtos químicos orgânicos 2.045,56 1,916% 82,735% Leite de vaca e de outros animais 1.840,94 1,724% 84,459% Fabricação de resina e elastômeros 1.723,16 1,614% 86,073% Gasoálcool 1.585,68 1,485% 87,558% Cimento 1.580,03 1,480% 89,038% Gasolina automotiva 1.235,52 1,157% 90,195% Farinha de trigo e derivados 1.152,71 1,080% 91,275% Outros produtos do refino de petróleo e coque 1.037,71 0,972% 92,247% Bovinos e outros animais vivos 851,69 0,798% 93,045% Trigo em grão e outros cereais 793,83 0,744% 93,788% Semiacabacados, laminados planos, longos e tubos de aço 768,98 0,720% 94,509% Cana-de-açúcar 696,98 0,653% 95,162% Óleo combustível 637,97 0,598% 95,759% Fumo em folha 589,99 0,553% 96,312% Carne de suíno fresca, refrigerada ou congelada 517,00 0,484% 96,796% Celulose e outras pastas para fabricação de papel 512,77 0,480% 97,276% Suínos vivos 484,68 0,454% 97,730% Frutas cítricas 438,31 0,411% 98,141% Aves vivas 399,41 0,374% 98,515% Abate e preparação de produtos de carne 387,68 0,363% 98,878% Farinha de mandioca e outros 271,88 0,255% 99,133% Óleo de soja refinado 245,56 0,230% 99,363% Gás liquefeito de petróleo 216,56 0,203% 99,566% Mandioca 131,15 0,123% 99,688% Automóveis, camionetas e utilitários 117,63 0,110% 99,799% Pesca e aquicultura 98,95 0,093% 99,891% Produtos do fumo 60,39 0,057% 99,948% Ovos de galinha e de outras aves 39,61 0,037% 99,985% Café torrado e moído 15,78 0,015% 100,000% Café solúvel 0,28 0,000% 100,000% Caminhões e ônibus 0,07 0,000% 100,000% TOTAL ,15 100,000% 100,000% Fonte: Dados do PNLT (documento reservado) ANTAQ/UFSC/LabTrans 13

26 Relatório Técnico Bacia do Sul 4 DEFINIÇÃO DOS FLUXOS RELEVANTES PARA ANÁLISE Depois de identificar os produtos mais relevantes para análise de acordo com as etapas descritas no capítulo 3, o próximo passo foi determinar quais fluxos dessas mercadorias seriam considerados no estudo. A etapa aqui descrita visou identificar as zonas de origem e destino de cada fluxo e selecionar as viagens de maior importância para as Hidrovias do Sul. 4.1 Consultas à base de dados do PNLT Seguindo os procedimentos detalhados no Relatório de Metodologia, a base de dados do PNLT foi analisada para que se determinassem os fluxos de interesse para análise, com base nos produtos relevantes definidos no capítulo anterior. Conforme apontado no item 2.2.4, fazem parte da Área de Influência das Hidrovias do Sul apenas os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Assim, dos fluxos inicialmente selecionados foi excluído apenas aquele com origem e destino em Santa Catarina pelo motivo de o estado não ser banhado pelas hidrovias. Logo, foram considerados os fluxos com origem em RS e destino em RS; com origem em SC e destino em RS; e com origem em RS e destino em SC. Estado Origem SC Estado Destino SC Quadro 2 - Origem e destino excluídos das consultas O próximo capítulo descreve como foram aplicados os fluxos definidos nesta etapa, os quais serviram como base para realizar a projeção da movimentação nas hidrovias, a qual considerou as demandas referentes à área contígua e à Área de Influência destas. 14 ANTAQ/UFSC/LabTrans

27 Bacia do Sul Relatório Técnico 5 PROJEÇÃO DOS FLUXOS DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSPORTE Este capítulo trata da caracterização socioeconômica da Área de Influência, dos resultados das projeções de demanda da Área de Influência e da alocação da carga total das Hidrovias do Sul. As projeções de demanda - cujos resultados estão descritos nos itens 5.2 e referem-se a todas as cargas movimentadas, em qualquer modal de transporte, na Área de Influência das hidrovias. O item 5.4, por sua vez, traz os resultados da alocação da carga total para as Hidrovias do Sul. 5.1 Caracterização socioeconômica Dos principais produtos movimentados nas Hidrovias do Sul, destacam-se a soja, produtos em contêineres, fertilizantes e adubos. A soja e os contêineres são quase que exclusivamente itens de exportação, ao contrário dos fertilizantes, cujo maior montante encontra-se na importação. A soja tem como destino primeiro a Ásia; já as cargas movimentadas em contêineres vão especialmente para países da Europa e da América do Sul (ANTAQ, 2011a). Entre os mais importantes produtos de comércio exterior movimentados nas hidrovias, destacam-se os produtos relacionados ao complexo de soja, com quase 50% do total. Em relação à economia gaúcha, como principal fonte de fornecimento de cargas para as hidrovias, pode-se destacar que - como em outros estados de renda per capita mais elevada - ocorre um predomínio acentuado do setor de serviços na composição do Produto Interno Bruto (PIB), que foi de 56% em O segundo setor com maior importância é a indústria de transformação, com uma participação de 19% (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE, 2012). Os principais gêneros são a indústria mecânica, de material de transporte, química, mobiliário, vestuário e calçados, todos com vínculos com o mercado exportador. A produção industrial é geograficamente mais concentrada (região metropolitana de Porto Alegre e região Serrana), enquanto a produção primária encontra-se mais dispersa (especialmente regiões Oeste e Centro-Norte) (RIO GRANDE DO SUL, 2007). 5.2 Resultados da projeção de demanda da área contígua às Hidrovias do Sul Esta seção descreve os resultados obtidos a partir do modelo de expansão de demanda para a área contígua. Os resultados referem-se às movimentações de carga nas microrregiões da bacia, as quais podem ser identificadas por uma região contígua aos rios e lagoas das Hidrovias do Sul. A Figura 7 ilustra as regiões da chamada área contígua às hidrovias, bem como a Área de Influência total das Hidrovias do Sul. ANTAQ/UFSC/LabTrans 15

28 Relatório Técnico Bacia do Sul Figura 7 - Área contígua e área total de influência A Tabela 4 sintetiza os fluxos dos principais produtos, de importação e exportação, movimentados na área contígua das hidrovias no ano de 2010 e suas respectivas projeções para o período ANTAQ/UFSC/LabTrans

29 Bacia do Sul Relatório Técnico Tabela 4 - Volumes das exportações e importações observadas (2010) e projetadas (2015, 2020, 2025 e 2030) Importação Produtos Adubos e Fertilizantes (t) Produtos Alimentícios (t) Derivados de Petróleo (t) Minérios, Metais, Produtos Metalúrgicos e Pedras Preciosas (t) Produto das Indústrias Químicas (t) Trigo (t) Arroz (t) Milho(t) Cereais (t) Papel e Celulose (t) Petróleo (t) Exportação Produtos Adubos e Fertilizantes (t) Produtos Alimentícios (t) Papel e Celulose (t) Derivados de Petróleo (t) Arroz (t) Óleo de Soja (t) Carne de Aves (t) Minérios, Metais, Produtos Metalúrgicos e Pedras Preciosas (t) Produto das Indústrias Químicas (t) Soja (t) Trigo (t) Carne Suína (t) Cerâmicos (t) Fumo (t) Madeira (t) Milho (t) Têxteis e Calçados (t) Fonte: BRASIL (2012b) Após análise da Tabela 4, pode-se afirmar que para a maioria dos produtos com maior importância na pauta de exportação e importação, registra-se uma taxa de crescimento positiva para o período de projeção, com destaque para a soja, que se mantém como o produto de maior movimentação nas hidrovias e apresenta um crescimento de 55% entre 2010 e Outro destaque de movimentação é a queda de derivados de petróleo, tanto em importação quanto em exportação, o que pode ser consequência de maior autossuficiência da região em relação a esse produto. Nas exportações, percebe-se um grande crescimento, em termos percentuais, do milho, que cresce 10,5 vezes de 2010 para ainda que, em termos de volume absoluto, esse número não seja tão significativo. As movimentações de arroz e de carne de aves também apresentam crescimento considerável, sendo carne de aves, em termos absolutos, o principal destaque das exportações ao longo do período projetado. Nas importações, o grupo de maior importância é o de adubos e fertilizantes. Além de sua relevância absoluta, esse produto tem um crescimento considerável ao longo do período de projeção. O grande destaque no tocante ao crescimento de quantidade movimentada é o grupo de papel e celulose, que cresce quase 5,5 vezes no período Vale ressaltar ANTAQ/UFSC/LabTrans 17

30 Relatório Técnico Bacia do Sul que em 2010 a importação de papel foi de aproximadamente 86%, e de celulose em torno de 14% (BRASIL, 2012c), confirmando a dependência de papel importado % 3% 2% 3% 3% 4% 1% 1% 1% 2% 22% 1% 2% 3% 2% 3% 3% 3% % 4% 8% 9% 17% 2% 4% 13% 13% 14% Soja (t) Petróleo (t) Derivados de Petróleo (t) Adubos e Fertilizantes (t) Produto das Indústrias Químicas (t) Minérios¹ (t) Madeira (t) Trigo (t) Carne de Aves (t) Papel e Celulose (t) Produtos Alimentícios (t) Óleo de Soja (t) Fumo (t) Cerâmicos (t) Arroz (t) 2% 12% 11% 6% 1 - A legenda Minérios refere-se ao grupo de produtos Minérios, Metais, Produtos Metalúrgicos e Pedras Preciosas, em toneladas. Figura 8 - Principais produtos movimentados em comércio exterior pelas regiões da área contígua às Hidrovias do Sul em 2010 e 2030 Fonte: BRASIL (2012b) Após análise da Figura 8, podem ser notadas variações significativas na movimentação total, como queda na participação dos derivados de petróleo, de 14% em 2010 para 6% em 2030; e aumento significativo do fluxo de carnes de aves, que caem de 3% em 2010 para 8% em Soja, o produto com a maior representatividade da movimentação total, tem sua participação acrescida de 2 pontos percentuais no período em análise, alcançando 24% em Adubos e fertilizantes, produtos de grande importância na pauta de importação, apresentam também um crescimento considerável na movimentação total, crescendo quatro pontos percentuais. Soja A soja é o produto com maior participação na pauta de exportação das Hidrovias do Sul, representando 22% do total em Vale ressaltar que o grupo soja inclui soja em grãos e farelo de soja. O estado do Rio Grande do Sul tem se destacado na produção dessa cultura, sendo o terceiro com maior área plantada (RIO GRANDE DO SUL, 2009). A Figura 9 mostra a movimentação projetada de carga para as regiões contíguas às hidrovias no período de 2010 a O principal país de destino da soja é a China. A demanda desse país pelo produto tem crescido rapidamente como consequência não apenas do aumento da renda per capita, mas também como efeito do processo de urbanização. Assim, pode-se projetar uma rápida 18 ANTAQ/UFSC/LabTrans

31 Bacia do Sul Relatório Técnico expansão da exportação desse produto, a qual responde a essa forte pressão de demanda no mercado internacional Trilhões de US$ Milhões de toneladas Cotação Internaciona Soja (FMI) US$ PIB China Observado Projetado Figura 9 - Observação ( ) e Projeção ( ) de Soja, PIB da China e cotação internacional de Soja Fonte: BRASIL (2012c, 2012d); The Economist Intelligence Unit (2011) É importante ressaltar que grupos chineses estão elaborando propostas para investimento na produção de soja do Rio Grande do Sul. Essa parceria conta com investimentos na área de logística, custeio ao produtor e irrigação (CHINA...,01/09/2010). Além disso, estudos da empresa Granol avaliam o transporte de farelo de soja pelas hidrovias. Esse produto é usado para a produção de biodiesel, que ocorre em unidades distribuídas perto das hidrovias (ESTADO..., 2010). A maior parte da produção de soja vem do norte do estado e a principal linha que movimenta esse produto dentro das hidrovias é Canoas (RS) - Rio Grande (RS). O produto é exportado pelo Porto de Rio Grande (ANTAQ, 2011a) ou abastece a demanda local por farelo - visto que existe um forte crescimento na demanda por rações para produção de carne de aves. Adubos e Fertilizantes Adubos e fertilizantes são os produtos de maior importância na pauta de importação da Área de Influência das hidrovias (ANTAQ, 2011a). A projeção de adubos e fertilizantes (Figura 10) segue uma tendência compatível com as previsões de aumento da produção de grãos da região, como soja, milho e arroz. Além disso, fertilizantes são uma importante carga de retorno para barcaças e também para caminhões que abastecem os terminais das hidrovias. ANTAQ/UFSC/LabTrans 19

32 Relatório Técnico Bacia do Sul Figura 10 - Observação ( ) e Projeção ( ) Adubos e Fertilizantes Fonte: BRASIL (2012c) Dentre as empresas que estão atualmente investindo nessa área, há a empresa Ouro Fértil, que é especializada na importação, industrialização e comercialização de fertilizantes. A fábrica está localizada em Pelotas (RS) e atende a todo o estado do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A instalação de empresas, embora reduza as importações de fertilizantes acabados, não deve diminuir a importância de compras externas desse insumo, o que mantém a significância dessas cargas no futuro (BOAS..., 23/08/2010). Carne de Aves A carne de aves apresenta um crescimento considerável na pauta de exportação das regiões da Área de Influência das hidrovias. O volume exportado desse produto cresce aproximadamente 3,5 vezes e a participação aumenta 5 pontos percentuais no período A principal microrregião de origem desse grupo de produto foi a de Montenegro (BRASIL, 2012c). A Figura 11 mostra a movimentação observada e projetada do grupo de carne de aves no período ANTAQ/UFSC/LabTrans

33 Bacia do Sul Relatório Técnico Figura 11 - Observação ( ) e Projeção ( ) Carne de Aves Fonte: BRASIL (2012c) O rápido crescimento da demanda de carne de aves nas regiões contíguas às Hidrovias do Sul está relacionado à rápida expansão da renda do principal país de destino dessa commodity (China) e à capacidade da produção de responder a pressões de demanda (devido à estrutura produtiva e empresarial das regiões produtoras). A movimentação projetada cresce 343% entre 2010 e 2030, expressando o aumento da especialização da região nesse produto e impactando de modo significativo o transporte dessa carga conteinerizada. Papel e Celulose Papel e celulose formam um dos grupos de grande destaque na movimentação das Hidrovias do Sul. Essa carga, que já é movimentada pelas hidrovias, tem origem na empresa Celulose Riograndense, que possui uma unidade em Guaíba e faz o transporte de seu produto por hidrovia até o Porto de Rio Grande. A empresa, que pertence ao grupo chileno CMPC (antiga Aracruz), tem uma capacidade produtiva atual de toneladas por ano. O principal destino da celulose produzida na fábrica de Guaíba é a Índia (CELULOSE RIOGRANDENSE, 2011). A Figura 12 mostra os dados observados e projetados da movimentação de celulose na Área de Influência das hidrovias no período ANTAQ/UFSC/LabTrans 21

34 Relatório Técnico Bacia do Sul Figura 12 - Observação ( ) e Projeção ( ) Papel e Celulose Fonte: BRASIL (2012c) Os resultados ilustrados na Figura 12 incluem importação e exportação do produto. Deve-se notar, conforme destacado na Tabela 4, que as importações (preponderantemente de papel) crescem mais rapidamente do que as exportações (predominantemente de celulose), contudo as vendas ao exterior de papel e celulose ainda superam as compras do mercado externo em A expansão das exportações pode ser justificada pelos projetos de ampliação da fábrica Celulose Rio grandense em Guaíba, que prevê um aumento de sua capacidade de produção de toneladas por ano para 1,8 milhões de toneladas por ano (CELULOSE RIOGRANDENSE, 2011). 5.3 Resultados da projeção de demanda da Área de Influência total das Hidrovias do Sul Após detalhar os resultados da projeção da área contígua às Hidrovias do Sul, pode-se agregá-los à projeção inicial do PNLT, ou seja, as projeções para as microrregiões da região contígua são substituídas pela projeção calculada pela metodologia alternativa. A projeção do restante das microrregiões da Área de Influência continua inalterada. Conforme descrito no Relatório de Metodologia, a mescla dessas duas projeções resulta na projeção modificada da demanda total das microrregiões consideradas como potencial de carga. Os resultados dessa projeção total estão apresentados na Tabela 5. Por razões de processamento (diferentes classificações de produtos entre ANTAQ e PNLT), essa tabela não apresenta grupos de produtos iguais aos da área contígua, dispostos na Tabela ANTAQ/UFSC/LabTrans

35 Bacia do Sul Relatório Técnico Tabela 5 - Projeção dos principais produtos da região ampla das Hidrovias do Sul entre (t) Produtos Minerais não metálicos Carga Geral Derivados do Petróleo Soja Adubos e fertilizantes Produtos químicos inorgânicos Outros produtos e serviços da lavoura Silvicultura Trigo Óleos de milho, amidos e féculas vegetais e rações Óleo de soja Milho Leite Arroz Minério de ferro Madeira Arroz beneficiado e produtos derivados Cimento Carne de Aves Papel e Celulose Carvão mineral Produtos alimentícios Fumo Cerâmicos Cereais Carne Suína Têxtil Total Fonte: BRASIL (2012b); ANTAQ (2011a); dados do PNLT (documento reservado) Analisando os resultados obtidos, pode-se observar que os minerais não metálicos destacam-se em volume de movimentação. Dentre os produtos com maior crescimento de demanda na área total de influência das Hidrovias do Sul, estão: óleo de soja, carne de aves, leite, milho, silvicultura, carvão mineral, fumo e arroz. Alguns destes com baixo potencial de movimentação nas hidrovias (como leite), outros com potencial que depende de ajustes de capacidade e de operação na direção de movimentação de contêineres (como fumo e minerais não metálicos) e outros que já são transportados pelas hidrovias (arroz). Embora alguns produtos tenham demanda projetada em queda - o que ocorre principalmente com produtos da pauta de importações, como adubos, derivados de petróleo e trigo - a maior parte das mercadorias apresenta uma expansão rápida da demanda, o que representa um potencial significativo para a consolidação das hidrovias. 5.4 Resultados da alocação da carga total para as Hidrovias do Sul Os itens anteriores apresentaram a estimativa da projeção de demanda de carga para a Área de Influência das Hidrovias do Sul- a qual é resultado da projeção do PNLT (interpolada e ajustada para os novos horizontes de planejamento) e de uma nova estimativa para a movimentação de cargas na denominada área contígua às hidrovias (obtida a partir de fluxos de comércio exterior). ANTAQ/UFSC/LabTrans 23

36 Relatório Técnico Bacia do Sul A partir dessa movimentação total de carga na área de influência, o passo seguinte é proceder à alocação da carga no modal mais eficiente, considerando a origem e o destino da carga. O capítulo 9 (Simulação dos Projetos) do Relatório de Metodologia relata o procedimento de carregamento da malha de transporte, o qual segue o princípio de minimização do custo logístico. De acordo com esse princípio, todas as cargas projetadas na área total de influência das Hidrovias do Sul são alocadas ao modal mais eficiente do ponto de vista do custo logístico. A Tabela 6 apresenta a carga alocada nas hidrovias durante a etapa de simulação. Tais resultados referem-se à movimentação total das Hidrovias do Sul considerando os diferentes horizontes de planejamento. É importante notar que esta é a carga total transportada pelas hidrovias em cada ano, independente da distância percorrida. Isto é, a carga alocada refere-se ao volume total transportado em toneladas indistintamente da origem e destino 2. No capítulo 9 deste relatório serão apresentados os resultados de carregamento organizados por terminais, por grupo de produto e por trecho de hidrovia. Tabela 6 - Projeção quinquenal da carga alocada, por produtos, para as Hidrovias do Sul (t) Produtos Carga geral Minerais não metálicos Produtos da exploração florestal e da silvicultura Soja em grão Petróleo e gás natural Produtos químicos inorgânicos Adubos Carne de Aves Arroz em casca Óleo de soja em bruto e tortas, bagaços e farelo de soja Outros produtos e serviços da lavoura Óleos de milho, amidos e féculas vegetais e rações Fumo Trigo Madeiras Arroz beneficiado e produtos derivados Milho em grão Papel e Celulose Minério de ferro Alimentícios Cereais Têxtil Cerâmicos Carne Suína Cimento Carvão mineral TOTAL Fonte: BRASIL (2012b); dados do PNLT (documento reservado) 2 Uma alternativa é ponderar o volume transportado pela distância percorrida e referir o resultado em tku (tonelada-quilômetro útil). Esse procedimento está além do escopo deste estudo e dificultaria a comparação da carga alocada com a demanda projetada. 24 ANTAQ/UFSC/LabTrans

37 Bacia do Sul Relatório Técnico De acordo com o carregamento da projeção de demanda de carga, o crescimento da movimentação nas Hidrovias do Sul será de cerca de 8% ao ano entre o período de Entre os principais produtos com potencial de movimentação podem-se destacar a classificação de carga geral (que, pela definição da ANTAQ, se refere a cargas gerais conteinerizadas), os minerais não metálicos, produtos da exploração florestal e silvicultura (madeira) e soja em grão. Alguns desses produtos já são movimentados pelas hidrovias como soja em grãos, adubos e papel e celulose, sendo soja em grãos a carga que possui maior participação na movimentação das hidrovias (ANTAQ, 2011a). Devido a sua localização e ligação com os Portos de Rio Grande e Porto Alegre, as hidrovias possuem alta viabilidade para o comércio exterior. Dos produtos da pauta de exportação, sendo soja em grão um produto com grande participação, 100% são transportados pelo Porto de Rio Grande. Em relação às importações, estas ocorrem por Porto Alegre, mas com uma participação baixa, representando apenas 5% da movimentação nesse sentido. Como principais produtos da pauta de importação destacam-se os adubos e fertilizantes (ANTAQ, 2011a). Muitas das cargas estimadas para a Área de Influência dessas hidrovias podem ser alocadas por outros modais de transporte, como o rodoviário ou o ferroviário, sejam tais cargas destinadas ao mercado interno ou internacional. Há também movimentação por navegação de cabotagem, com grande destaque para adubos, fertilizantes e trigo. Nesse tipo de navegação, adubos e fertilizantes saem do Rio de Janeiro (RJ) e desembarcam em Canoas (RS). O trigo, por sua vez, sai de Rio Grande (RS) para diversos destinos, como Belém (PA). Posteriormente, a carga oriunda desse tipo de navegação é distribuída nos estados (RS e RJ, respectivamente nesse caso) por navegação interior. Dentre as cargas que utilizam esse tipo de navegação, destacam-se a soja em grãos e o papel e celulose, saindo, em boa parte, de Guaíba (RS) - cidade que conta com uma fábrica da Celulose Riograndense - com destino ao Porto de Rio Grande (RS), através do qual são exportadas (ANTAQ, 2011a). Além disso, as Hidrovias do Sul possuem ligação com as principais regiões industriais do Rio Grande Sul, como a região metropolitana de Porto Alegre e a região da serra (como Caxias do Sul, por exemplo), com a qual faz interconexão terrestre de cerca de 100 quilômetros. Essas regiões possuem diversas indústrias, principalmente dos setores têxtil, moveleiro, alimentício, químico, de metalurgia, mecânica e materiais elétricos. Todos esses setores industriais produzem bens e necessitam de insumos que, comumente, são transportados em contêineres. Assim, pode-se dizer que as regiões industriais próximas às Hidrovias do Sul representam um potencial para movimentação de diversas mercadorias em contêineres (de exportação, importação e mesmo cabotagem) nas hidrovias, o que pode ser constatado pelo resultado obtido nas projeções e alocação, que apresentaram significativo montante e rápido crescimento das cargas gerais. Cabe ressaltar que as cargas gerais se referem a cargas gerais conteinerizadas. Possuem uma característica, porém, que é o fato de diversos tipos de mercadorias serem transportados em um mesmo contêiner, o que é justificável pela existência de um grande número de pequenas indústrias nessas regiões industriais. ANTAQ/UFSC/LabTrans 25

38 Relatório Técnico Bacia do Sul 6 DIAGNÓSTICO DA REDE DE TRANSPORTE ATUAL Este capítulo traz a análise da rede de transporte existente na Bacia do Sul. O conteúdo desta etapa subsidiou a definição da rede que seria posteriormente utilizada nas simulações. 6.1 Bacia do Sul Segundo a ANTAQ (2011a), as Hidrovias do Sul possuem uma extensão navegável potencial de mais de quilômetros, dos quais 500 km são economicamente navegados na atualidade. O sistema de sinalização das hidrovias conta atualmente com boias cegas com película refletiva, balizas em terra e placas indicativas em seu decorrer para a demarcação quilométrica (BRASIL, 2012e). Há restrições à navegabilidade por conta das águas altas, em virtude da velocidade de escoamento do curso d água. Seus regimes hidrológicos apresentam como período de águas baixas os meses compreendidos entre dezembro e abril, e como período de águas altas, de julho a setembro. Os rios Jacuí e Taquari possuem quatro eclusas operando em barramentos de regularização, com objetivo de controle de inundação. O canal de São Gonçalo possui ainda uma barragem eclusa da para impedir a salinização das águas do canal e da Lagoa Mirim e permitir a navegação para a Lagoa dos Patos (ANTAQ, 2011a). A seguir, apresenta-se cada via navegável que compõe as hidrovias, descritas de acordo com Costa (1998) Rio Jacuí Tem suas principais nascentes localizadas no Planalto, a cerca de 10 quilômetros a leste da cidade de Passo Fundo (RS), a uma altitude de aproximadamente 730 metros. Toda sua área de drenagem é caracterizada pelo uso intensivo do solo para agricultura e pecuária. É navegável da cidade de Dona Francisca (RS) até Porto Alegre (RS) e seu comprimento total é de aproximadamente 750 quilômetros, dos quais 370 são navegáveis por embarcações de até 2,5 metros de calado. Recebe a contribuição do Rio Taquari na margem esquerda. Juntamente com os rios Gravataí, Sinos e Caí, forma o Delta do Jacuí, um conjunto de canais que segue para a Lagoa dos Patos. A Figura 13 destaca o trecho navegável do Rio Jacuí. 26 ANTAQ/UFSC/LabTrans

39 Bacia do Sul Relatório Técnico Figura 13 - Região que abrange o Rio Jacuí O Rio Jacuí divide-se em três trechos: Jacuí superior: das nascentes até a jusante da barragem José Maia Filho. Tem uma extensão de 271 quilômetros, com um desnível de cerca de 510 metros e declividade média de 1,88 metros por quilômetro. Jacuí médio: das proximidades da barragem José Maia Filho às imediações da cidade de Dona Francisca. Tem uma extensão de 117 quilômetros, desnível de 185 metros e declividade média de 1,58 metros por quilômetros. Jacuí inferior: da cidade de Dona Francisca até o estuário do Lago Guaíba. Tem uma extensão de 361 quilômetros, desnível de 35 metros e declividade média de 0,097 metros por quilômetro. O Rio Jacuí possui três barragens, todas com eclusas, quais sejam: Amarópolis, Anel de Dom Marco e Fandango. O Quadro 3 apresenta dados das eclusas citadas. Quadro 3 - Características das câmaras das eclusas das Hidrovias do Sul Fonte: DNIT; ALM (apud ANTAQ, 2011a) ANTAQ/UFSC/LabTrans 27

40 Relatório Técnico Bacia do Sul Rio Taquari Situa-se na região nordeste do estado do Rio Grande do Sul. Tem extensão aproximada de 140 quilômetros e é o principal afluente do Rio Jacuí. Nasce com a denominação de Rio das Antas, e assim é denominado até a confluência com o Rio Guaporé, nas imediações da cidade de Muçum (RS), onde passa a ser denominado Taquari. A navegação é possível desde a sua foz, no Rio Jacuí, junto à cidade de São Jerônimo (RS), até o Porto de Estrela, distante 86 quilômetros. Divide-se nos seguintes trechos: Da foz a Taquari: trecho de excelentes condições para navegação, com extensão de 31 quilômetros, permitindo o tráfego de embarcações com até 2,5 metros de calado. De Taquari à barragem de Bom Retiro do Sul: trecho com algumas restrições à navegação. Permite embarcações de até 2 metros de calado e possui 34 quilômetros de extensão. De Bom Retiro do Sul ao Porto de Estrela: trecho com 22 quilômetros de extensão com ótimas condições de navegação e calado de 3,2 metros. Em Bom Retiro do Sul há uma barragem com eclusa de 11,8 metros de desnível, 17 metros de largura e 120 metros de comprimento. A Figura 14 ilustra a região onde o rio está inserido e os municípios citados. Figura 14 - Região que abrange o Rio Taquari 28 ANTAQ/UFSC/LabTrans

41 Bacia do Sul Relatório Técnico Rio Caí Tem seus formadores na Serra Geral, entre 900 e metros de altitude, desembocando no delta do Jacuí. Contribui para a formação do estuário do Rio Guaíba após um percurso de 195 quilômetros. É um dos mais importantes afluentes do Rio Jacuí, sendo navegável durante todo o ano entre Porto Alegre (RS) e São Sebastião do Caí (RS), numa extensão de 93 quilômetros, com profundidades que variam de 0,5 a 4 metros. Tem uma ponte ferroviária na localidade de Passo do Caí (RS), com limitador de 9 metros em águas mínimas Rio dos Sinos Também tem seus formadores na Serra Geral, mas entre 500 e 600 metros de altitude, desembocando no delta do Jacuí e contribuindo com a formação do Rio Guaíba, num percurso de cerca de 120 quilômetros. Destes, 44 são navegáveis, com profundidades entre 1 e 2 metros, ligando Porto Alegre (RS) a São Leopoldo (RS). Tem uma ponte ferroviária no ponto quilométrico (PK) 14,47, cujo limitador é de 8,16 metros em águas mínimas (CAPITANIA DOS PORTOS DO RIO GRANDE DO SUL - CPRS, 2008) Rio Gravataí Nasce na região dos banhados ao norte da Lagoa dos Patos e desemboca no delta do Jacuí, contribuindo com a formação do Rio Guaíba. É um rio de planície, de baixa velocidade, sinuoso e com muitos meandros. Permite navegação durante todo o ano, até Gravataí, a 66 quilômetros da foz, de barcos com até 1,5 metros de calado. Já para barcos maiores, com até quatro metros e meio de calado, a navegação é possível somente até Vila Niterói, a 8 quilômetros da foz. A Figura 15 destaca os três afluentes do Jacuí. ANTAQ/UFSC/LabTrans 29

42 Relatório Técnico Bacia do Sul Figura 15 - Municípios de São Sebastião do Caí, São Leopoldo e Gravataí, onde iniciam os rios Caí, Sinos e Gravataí, respectivamente O Rio Gravataí possui um ponto de restrição à navegação no PK 9,5, com pontes ferroviárias e rodoviárias que apresentam alturas livres de 4,69 metros (ferroviárias), 6,64 metros e 7,04 metros (rodoviárias) (CPRS, 2008) Rio Guaíba Desenvolve-se entre o delta do Jacuí, junto à cidade de Porto Alegre (RS), e a ponta de Itapuã, onde tem início a Lagoa dos Patos. Como hidrovia, é usado em toda a sua extensão de cerca de 50 quilômetros, seja para acesso ao Porto de Porto Alegre ou para a ligação ao sistema hidroviário interior. Tem calado de 5,1 metros e largura útil de 80 metros. É alimentado pelo delta do Jacuí que recebe águas dos rios Jacuí, Sinos, Caí e Gravataí. A partir do Guaíba, as águas vão para a Lagoa dos Patos e, consequentemente, para o Oceano Atlântico Lagoa dos Patos É a maior lagoa do Brasil, com 265 quilômetros de comprimento estendidos paralelamente ao Oceano Atlântico. Ao nordeste encontra a Lagoa do Casamento, e a noroeste o Rio Guaíba, que faz a transição entre a Lagoa dos Patos e o delta do Jacuí. Ao sul, a lagoa comunica-se com o mar no município de Rio Grande (RS), através do Canal do Norte, e com a Lagoa Mirim, através do Canal de São Gonçalo. É navegável por embarcações fluviomarítimas de até 5,1 metros de calado, em praticamente toda a sua extensão. A fim de garantir o acesso de embarcações de maior porte, a profundidade é mantida através de 30 ANTAQ/UFSC/LabTrans

43 Bacia do Sul Relatório Técnico dragagem sistemática e constante em alguns pontos. Possui uma área de quilômetros quadrados e largura média de 33 quilômetros. O Canal de São Gonçalo é o trecho hidroviário que liga os sistemas lacustres do Rio Grande do Sul, as lagoas dos Patos e Mirim. Canal de São Gonçalo: tem início no município de Pelotas (RS), constituindo o elo entre a Lagoa dos Patos e a Lagoa Mirim. Possui 12 quilômetros de comprimento com 5,2 metros de calado da Lagoa dos Patos até o Porto de Pelotas, e 58 quilômetros do Porto de Pelotas até a Lagoa Mirim, com 2,5 metros de calado. Possui uma barragemeclusa chamada Barragem do Centurião, construída com o intuito de evitar a entrada de água salgada na Lagoa Mirim nos períodos de estiagem. A eclusa, por sua vez, possui 120 metros de comprimento, 17 metros de largura e 5 metros de profundidade, segundo a ALM (2012). Lagoa Mirim: está localizada no extremo sul do Brasil, na divisa do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Possui 76% de sua superfície em território brasileiro, com aproximadamente 180 quilômetros de extensão navegável para calado de 2,2 metros. É o trecho final das Hidrovias do Sul. A Figura 16 identifica a Lagoa dos Patos, o Canal de São Gonçalo e a Lagoa Mirim. Figura 16 - Lagoas da Hidrovia em destaque ANTAQ/UFSC/LabTrans 31

44 Relatório Técnico Bacia do Sul Portos e intermodalidade Ao longo da hidrovia existem quatro portos organizados e quinze terminais de uso privativo. O Quadro 4 relaciona esses terminais de acordo com a via a qual pertencem, segundo dados da ANTAQ (2011a). Rio Jacuí Rio Taquari Rio dos Sinos Rio Gravataí Lago do Guaíba Lagoa dos Patos Via Navegável Canal de São Gonçalo Canal de Acesso ao Terminal Santa Clara Instalação Portuária TUP Copelmi Porto de Estrela TUP Mita TUP Moinho Taquariense TUP Rio dos Sinos TUP Niterói TUP Oleoplan TUP SHV TUP Tergasul Porto de Porto Alegre TUP CMPC Guaíba Porto de Rio Grande TUP Bianchini TUP Ceval TUP Terminal Marítimo Luiz Fogliatto TUP Yara Brasil Fertilizantes Porto de Pelotas TUP Cimbagé TUP Santa Clara Quadro 4 - Instalações Portuárias nas Hidrovias do Sul Fonte: ANTAQ (2011a) Os subtópicos a seguir trazem um maior detalhamento dos quatro portos pertencentes às Hidrovias do Sul. As informações referentes aos portos foram obtidas de apresentações realizadas pela ANTAQ sobre eles, enquanto que as condições de rodovias e ferrovias foram obtidas do DNIT Porto de Estrela Sua construção foi iniciada em 1975, a partir de um projeto destinado a atender à demanda do transporte de trigo e soja no corredor de exportação do Porto de Rio Grande. Seu acesso foi viabilizado após a construção da barragem eclusa de Bom Retiro do Sul. Segundo a ANTAQ (2007), o porto é administrado pela Administração do Porto Fluvial de Estrela, vinculada à Companhia Docas do Maranhão (CODOMAR). Dispõe de seis berços, dos quais três são para operações de embarque e três para desembarque, distribuídos no cais de 585 metros. O acesso ao porto pode ser feito pelos seguintes modais: Rodoviário: RS-453/BR com aproximadamente 270 quilômetros de extensão e boas condições de tráfego. 32 ANTAQ/UFSC/LabTrans

45 Bacia do Sul Relatório Técnico o BR possui 447 quilômetros de extensão e boas condições de trafegabilidade. Está sob concessão do estado do quilômetro 134 ao 386. Possui trechos em manutenção. Ferroviário: pelo ramal de uma das linhas da ALL Malha Sul, da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), que dista 11 quilômetros da cidade de Estrela Porto de Rio Grande Sua construção data de 1869, na área que hoje se chama Porto Velho. É administrado pela Superintendência do Porto de Rio Grande. O porto apresenta a vantagem de dispor de malhas modais diversificadas nos seus arredores. Conta com 11 rebocadores para praticagem e está dividido em quatro zonas, como mostra a Figura 17. Figura 17 - Zonas que dividem o Porto de Rio Grande Fonte: site oficial do Porto de Rio Grande O Porto Velho foi o primeiro a ser construído e atualmente destina-se a atividades pesqueiras e não mais à movimentação de cargas. A zona de São José do Norte é uma área de expansão que também não se encontra em atividade de transbordo. Dos que estão em ANTAQ/UFSC/LabTrans 33

46 Relatório Técnico Bacia do Sul operação, há o Porto Novo, público, e o Superporto, arrendado. A seguir, constam algumas informações técnicas a respeito, obtidas do site oficial do Porto de Rio Grande. Canal de Acesso Porto Novo Largura: 200 metros; Calado: 12,2 metros; Velocidade máxima permitida: 14,8 quilômetros por hora. Largura: 150 metros; Calado: 9,14 metros; Velocidade máxima permitida: 9,2 quilômetros por hora. Possui áreas destinadas especificamente para: o o o o o o o Turismo, lazer e preservação ambiental; Uso do Exército brasileiro; Carga geral; Roll-On/Roll-Off; Contêineres e fertilizantes; Construção e reparo naval; e Expansão. Porto Velho Largura: 100 metros Calado: 4,57 metros Velocidade máxima permitida: 9,2 quilômetros por hora Possui áreas destinadas especificamente para: o o o o o o o Navegação interior; Ensino e pesquisa; Turismo e lazer; Terminal de passageiros; Pesca; Uso do Exército brasileiro; e Serviços. Superporto Possui áreas destinadas especificamente para: o Serviços; 34 ANTAQ/UFSC/LabTrans

47 Bacia do Sul Relatório Técnico o o o o o o o o o o o o Graneis líquidos e fertilizantes; Construção e reparo naval; Granel agrícola; Contêineres; Ligação Rio Grande/São José do Norte; Produtos florestais; Terminal pesqueiro; Base naval; Exploração portuária; Fins residenciais e industriais; Administração e manejo ambiental; e Armazenagem e cargas especiais. São José do Norte Possui áreas destinadas especificamente para: o o Área de produtos florestais; e Área de construção e reparo naval. O acesso ao porto pode ser feito pelos seguintes modais: Rodoviário: pela BR-392, que alcança a BR-471 e BR-116, interligando-se à BR-293, que apresenta boas condições de tráfego; Ferroviário: pela ALL Malha Sul; Fluvial e lacustre: pelo Rio Guaíba e pela Lagoa dos Patos; e Marítimo: a barra é limitada pelos molhes leste e oeste, com largura de 700 metros e profundidade de 14 metros. A Figura 18 mostra uma imagem de satélite do Porto de Rio Grande. Figura 18 - Porto de Rio Grande Fonte: Google Earth ANTAQ/UFSC/LabTrans 35

48 Relatório Técnico Bacia do Sul Porto de Porto Alegre Foi inaugurado em 1913 por iniciativa do estado do Rio Grande do Sul e está localizado à esquerda do Rio Guaíba, na parte noroeste de Porto Alegre (RS). É administrado pela SPH, segundo a qual o cais acostável possui extensão de metros subdivididos em três trechos (SPH, 2006): Cais do Mauá: tem metros de comprimento e 16 berços, com profundidade variando de 4 a 5,5 metros. Possui 18 armazéns, dos quais 12 são para carga geral, com metros quadrados, e outros seis para diversas funções. Possui também quatro pátios, totalizando metros quadrados. Cais dos Navegantes: tem metros de extensão, com 12 berços de profundidade de seis metros. Possui 11 armazéns, dos quais seis são para carga geral ( metros quadrados) e cinco para graneis sólidos ( metros quadrados). Conta ainda com outros cinco pátios descobertos (um pátio de metros quadrados para carvão e os outros com metros quadrados) e três silos para grãos para comportar até toneladas. Para depósito de óleos vegetais são utilizados quatro tanques, num total de toneladas. Cais Marcílio Dias: tem metros de comprimento, com cinco berços de profundidade de quatro a cinco metros. Atende à movimentação de areias e seixos rolados. O acesso ao porto pode ser feito pelos seguintes modais: Rodoviário: pelas rodovias BR-116 e BR-290. Esta última, no sentido leste se conecta à BR-101, em Osório, e para oeste se estende até a BR-472, próximo à Uruguaiana (RS), na fronteira com a Argentina; Ferroviário: pela ALL Malha Sul, que atinge as fronteiras com a Argentina e o Uruguai. A malha é interligada pelas linhas-tronco Porto Alegre - Uruguaiana e Tronco- Sul, na direção dos estados de Santa Catarina e São Paulo; Fluvial e lacustre: pela Lagoa dos Patos e Rio Guaíba. A Figura 19 traz uma imagem de satélite do Porto de Porto Alegre. 36 ANTAQ/UFSC/LabTrans

49 Bacia do Sul Relatório Técnico Figura 19 - Porto de Porto Alegre Fonte: Google Earth Porto de Pelotas Administrado pela SPH, o porto está localizado na região meridional do estado, no município de Pelotas (RS), à margem esquerda do Canal de São Gonçalo. O canal de entrada possui 80 metros de largura e profundidade de 6,5 metros, ao longo do percurso de nove quilômetros a partir da Lagoa dos Patos. Possui um cais acostável com três berços, com extensão de 500 metros e profundidade de seis metros. São utilizados três armazéns para carga geral e graneis com capacidade total de toneladas. O acesso ao porto pode ser feito pelos seguintes modais: Rodoviário: pela BR-332/BR-471 que interceptam a BR-116, a qual se conecta à BR- 293 a oito quilômetros da cidade de Pelotas (RS); Ferroviário: pela ALL Malha Sul; e Fluvial e lacustre: pela Lagoa dos Patos e Lagoa Mirim, pelo canal de São Gonçalo e pelo Rio Jaguarão. A Figura 20 mostra uma imagem de satélite do Porto de Pelotas. Figura 20 - Porto de Pelotas Fonte: Google Earth ANTAQ/UFSC/LabTrans 37

50 Relatório Técnico Bacia do Sul 7 DEFINIÇÃO DA REDE FUTURA A SER ANALISADA - NOVAS OUTORGAS DE TERMINAIS HIDROVIÁRIOS Neste capítulo apresenta-se a rede de transporte utilizada nas simulações, de acordo com as premissas estabelecidas no Relatório de Metodologia. São apresentados os cenários de infraestrutura montados para os diferentes modais em cada horizonte de estudo e que exercem influência nas Hidrovias do Sul. 7.1 Montagem dos cenários de infraestrutura Neste item expõem-se os cenários de infraestrutura identificados para cada tipo de modal e a configuração em mapa das respectivas malhas em cada horizonte de análise Modal Rodoviário O Quadro 5 mostra as obras rodoviárias que podem influenciar a navegação nas Hidrovias do Sul, tendo como fonte os dados do Banco de Informações e Mapas de Transporte (BIT). As rodovias levantadas a partir dessas fontes foram incluídas na malha de transporte utilizada nas simulações. A essas rodovias foi atribuída velocidade padrão de 54 quilômetros por hora e classificação de pavimentadas. Rodovia Trecho Quadro 5 - Cenário modal rodoviário Fonte: BRASIL (2012f) Horizonte BR-116 De Dois Irmãos (RS) a Porto Alegre (RS) X X X X BR-392 De Pelotas (RS) ao Rio Grande (RS) X X X X BR-448 De Sapucaia do Sul (RS) à BR-386, em Canoas (RS) X X X X De Biachini (RS) a Porto Alegre (RS) X X X X De Lagoa Vermelha (RS) a Barracão (RS), na Rodovia RS-477 X X X X BR-470 De Barracão (RS) à Rodovia RS-477, em Pontão (RS) X X X X De Pontão (RS) à Rodovia BR-285, em Lagoa Vermelha (RS) X X X X As obras são localizadas na rede de transporte conforme demonstrado na Figura ANTAQ/UFSC/LabTrans

51 Bacia do Sul Relatório Técnico Figura 21 - Modal rodoviário em 2015, 2020, 2025 e Modal Ferroviário Considerando a Área de Influência da bacia em estudo, a principal ferrovia de interesse para as Hidrovias do Sul é a Ferrovia Norte-Sul, em seu trecho que corta a região Sul. No Quadro 6 apresenta-se o trecho referente à bacia com seu horizonte de conclusão. As informações desse modal foram obtidas por meio da VALEC, entretanto, como a companhia não possui informações detalhadas sobre possíveis projetos para esse trecho dentro da área de influência da hidrovia, os técnicos da ANTAQ optaram por considerá-lo no último horizonte de simulação. Ferrovia Trecho Ferrovia Norte-Sul De Panorama (SP) a Rio Grande (RS) Quadro 6 - Cenário modal ferroviário Fonte: VALEC (2012) Horizonte X As Figuras 22 a 25 apresentam a rede ferroviária e as ferrovias previstas em cada horizonte, com destaque para o trecho sul da Ferrovia Norte-Sul. ANTAQ/UFSC/LabTrans 39

52 Relatório Técnico Bacia do Sul Figura 22 - Modal ferroviário em 2015 Figura 23 - Modal ferroviário em ANTAQ/UFSC/LabTrans

53 Bacia do Sul Relatório Técnico Figura 24 - Modal ferroviário em 2025 Figura 25 - Modal ferroviário em 2030 ANTAQ/UFSC/LabTrans 41

54 Relatório Técnico Bacia do Sul Modal Hidroviário O modal hidroviário, por ser o foco deste projeto, é o que apresenta mais obras de infraestrutura dentro dos horizontes de projeto definidos. As informações deste item foram repassadas pela ANTAQ, as quais foram obtidas a partir de análises feitas junto ao DNIT, Ministério dos Transportes e de uma análise conjunta dos técnicos da Agência. Rio Trecho Da foz no Lago do Guaíba até Cachoeira do Sul X X X X Rio Jacuí De Cachoeira do Sul até o município de Dona Francisca (RS) X X Da foz, no Rio Jacuí, até o Porto de Estrela X X X X Rio Taquari Do Porto de Estrela até a cidade de Muçum (RS) X X Rio Caí De São Sebastião do Caí até a foz no Delta do Jacuí X X X X Rio dos Sinos Da confluência entre a cidade de São Leopoldo e a BR-116 até a foz no Delta do Jacuí X X X X Rio Gravataí Da foz do Rio Jacuí até o TUP Niteroi X X X X Do TUP Niteroi até o PK 21 X X Lago Guaíba Do Delta do Rio Jacuí para a jusante até a confluência com a Lagoa dos Patos X X X X Lagoa Mirim Da foz do Arroio de São Miguel até a embocadura de montante do Canal de São X X X X Gonçalo Lagoa dos Patos Da sua confluência com o Lago Gauíba para a jusante até sua confluência com o Oceano X X X X Atlântico Canal de São Gonçalo Do seu emboque de montante na Lagora Mirim até sua foz (ou emboque de jusante) na Lagoa X X X X dos Patos Canal de acesso ao Terminal Santa Clara X X X X Rio Jaguarão X X X Quadro 7 - Cenário modal hidroviário Fonte: ANTAQ (2012) As Figuras 26 a 29 apresentam em destaque os trechos navegáveis da Bacia do Sul considerando cada um dos horizontes de estudo. 42 ANTAQ/UFSC/LabTrans

55 Bacia do Sul Relatório Técnico Figura 26 - Modal hidroviário em 2015 Figura 27 - Modal hidroviário em 2020 ANTAQ/UFSC/LabTrans 43

56 Relatório Técnico Bacia do Sul Figura 28 - Modal hidroviário em 2025 Figura 29 - Modal hidroviário em Novas outorgas de terminais hidroviários Os trechos da Bacia do Sul aptos a receberem novos terminais hidroviários são: Rio Jacuí: da cidade de Dona Francisca (RS) para a jusante e até a sua foz no Lago Guaíba; Rio Taquari: da cidade de Muçum (RS) até a sua foz no Rio Jacuí; 44 ANTAQ/UFSC/LabTrans

57 Bacia do Sul Relatório Técnico Rio Caí: da cidade de São Sebastião do Caí (RS) até a sua foz no Delta do Rio Jacuí; Rio Sinos: da cidade de São Leopoldo (RS) até a sua foz no delta do Rio Jacuí; Rio Gravataí: da cidade de Gravataí (RS) até a sua foz no delta do Rio Jacuí; Lago do Guaíba: do Delta do Rio Jacuí para jusante até a sua confluência com a Lagoa dos Patos; Lagoa dos Patos: da sua confluência com o Lago Guaíba para jusante e até a sua confluência com o Oceano Atlântico; Lagoa Mirim: da foz do arroio São Miguel até a embocadura de montante do canal de São Gonçalo; Canal de São Gonçalo: do seu emboque de montante na Lagoa Mirim até a sua foz (ou emboque de jusante) na Lagoa dos Patos; e Canal de Acesso ao Terminal Santa Clara. De acordo com os procedimentos descritos no Relatório de Metodologia, foram determinadas as áreas propícias para instalação de novos terminais hidroviários, as quais se encontram no Quadro 8. Quadro 8 - Áreas propícias para instalação de novos terminais hidroviários Essas áreas propícias para a instalação de novos terminais foram adicionadas à malha de transporte nos horizontes apropriados e fizeram parte da simulação descrita no capítulo 9. ANTAQ/UFSC/LabTrans 45

58 Relatório Técnico Bacia do Sul 8 ESTIMATIVA DE INVESTIMENTOS E CUSTOS OPERACIONAIS DE CADA PROJETO No Relatório de Metodologia foi descrito o procedimento para a estimativa dos parâmetros utilizados na simulação. Neste capítulo apresentam-se os principais resultados utilizados no estudo da Bacia do Sul, como as estimativas de frete e transbordo para os diferentes modais. Os produtos estão organizados de acordo com os grupos definidos no Relatório de Metodologia, os quais são: carga geral (Grupo 1), granel líquido (Grupo 2), granel líquido agrícola (Grupo 3), granel sólido (Grupo 4) e granel sólido agrícola (Grupo 5). 8.1 Levantamento de custos operacionais Este item apresenta os valores de frete referentes a cada tipo de modal, considerando os grupos de produtos mencionados anteriormente Frete Rodoviário Na Tabela 7 estão expostos os resultados das estimativas do valor do frete para o modal rodoviário, por faixas de distância e grupos de produto. Parâmetro Tabela 7 - Parâmetros rodoviários Carga Geral Granel Líquido Agrícola Granel Líquido Combustível Granel Sólido Granel Sólido Agrícola Frete até 200 km (R$/t.km) 0,273 0,230 0,230 0,217 0,174 Frete de 200 até 500 km (R$/t.km) 0,212 0,151 0,151 0,126 0,131 Frete de 500 até 800 km (R$/t.km) 0,188 0,123 0,123 0,097 0,114 Frete de 800 até km (R$/t.km) 0,171 0,105 0,105 0,079 0,102 Frete acima de km (R$/t.km) 0,149 0,083 0,083 0,059 0,088 Alíquota de Seguro (%) 0,133 0,133 0,050 0,100 0,133 Tempo de Operação (h/dia) Perda de Carga (%) 0,29 0,29 0,03 0,25 0, Frete Ferroviário Na Tabela 8 apresentam-se os resultados das estimativas do valor do frete para o modal ferroviário, por concessionária e grupo de produto, separados em distância menor e maior de 500 quilômetros. Em seguida, na Tabela 9, constam os parâmetros referentes aos terminais ferroviários. 46 ANTAQ/UFSC/LabTrans

59 Bacia do Sul Relatório Técnico Tabela 8 - Estimativas do valor do frete ferroviário, em R$/(t.km) Parâmetro Carga Geral Granel Líquido Granel Líquido Granel Sólido Granel Sólido Agrícola Combustível Agrícola Frete ALLMN até 500 km (R$/t.km) 0,084 0,093 0,096 0,036 0,098 Frete ALLMN superior a 500 km (R$/t.km) 0,044 0,053 0,039 0,032 0,067 Frete ALLMO até 500 km (R$/t.km) 0,062 0,063 0,066 0,036 0,073 Frete ALLMO superior a 500 km (R$/t.km) 0,046 0,052 0,041 0,036 0,068 Frete ALLMP até 500 km (R$/t.km) 0,062 0,063 0,066 0,036 0,073 Frete ALLMP superior a 500 km (R$/t.km) 0,045 0,051 0,046 0,032 0,066 Frete ALLMS até 500 km (R$/t.km) 0,084 0,093 0,096 0,036 0,098 Frete ALLMS superior a 500 km (R$/t.km) 0,038 0,048 0,042 0,032 0,053 Frete EFC até 500 km (R$/t.km) 0,079 0,062 0,071 0,024 0,098 Frete EFC superior a 500 km (R$/t.km) 0,056 0,050 0,050 0,015 0,074 Frete EFVM até 500 km (R$/t.km) 0,044 0,044 0,041 0,045 0,050 Frete EFVM superior a 500 km (R$/t.km) 0,029 0,029 0,029 0,029 0,035 Frete EFPO até 500 km (R$/t.km) 0,065 0,041 0,059 0,036 0,073 Frete EFPO superior a 500 km (R$/t.km) 0,038 0,048 0,042 0,032 0,053 Frete FCA até 500 km (R$/t.km) 0,059 0,041 0,034 0,057 0,046 Frete FCA superior a 500 km (R$/t.km) 0,044 0,049 0,030 0,032 0,030 Frete FNSTN até 500 km (R$/t.km) 0,079 0,062 0,071 0,024 0,098 Frete FNSTN superior a 500 km (R$/t.km) 0,056 0,050 0,050 0,032 0,074 Frete FTC até 500 km (R$/t.km) 0,084 0,093 0,096 0,036 0,098 Frete FTC superior a 500 km (R$/t.km) 0,038 0,048 0,042 0,032 0,053 Frete MRS até 500 km (R$/t.km) 0,091 0,068 0,098 0,036 0,091 Frete MRS superior a 500 km (R$/t.km) 0,062 0,055 0,055 0,032 0,050 Frete TNL até 500 km (R$/t.km) 0,085 0,062 0,077 0,036 0,079 Frete TNL superior a 500 km (R$/t.km) 0,053 0,050 0,048 0,032 0,073 Aliquota de Seguro (%) 0,036 0,036 0,036 0,036 0,036 Tempo de peração (h/dia) Perda de Carga (%) 0,10 0,10 0,03 0,10 0,10 Tabela 9 - Parâmetros dos terminais ferroviários Frete Hidroviário Na Tabela 10 apresentam-se os resultados das estimativas do valor do frete para o modal hidroviário, por grupo de produto. ANTAQ/UFSC/LabTrans 47

60 Relatório Técnico Bacia do Sul Tabela 10 - Parâmetros de frete hidroviário, em R$/(t.km), por tipo de carga transportada Parâmetro Granel Líquido Granel Líquido Granel Sólido Carga Geral Granel Sólido Agrícola Combustível Agrícola Alíquota de Seguro (%) 0,025 0,025 0,025 0,025 0,025 Tempo de Operação (h/dia) Perda de Carga (%) 0,198 0,198 0,030 0,400 0,198 Frete - Navegação Interior (R$/t.km) 0,069 0,068 0,116 0,036 0,042 Todos os custos inerentes à transferência de carga de um modal terrestre para um aquaviário, que ocorrem em um porto ou terminal hidroviário, foram considerados dentro do valor do transbordo apresentado na Tabela 11. Parâmetro Tabela 11 - Custo de Transbordo (R$/t) Carga Geral Granel Líquido Agrícola Granel Líquido Combustível Granel Sólido Granel Sólido Agrícola Transbordo (R$/t) 3,00 3,00 2,00 3,00 2,80 48 ANTAQ/UFSC/LabTrans

61 Bacia do Sul Relatório Técnico 9 SIMULAÇÃO DOS PROJETOS Neste capítulo, são apresentados os resultados obtidos na etapa de simulação. Conforme detalhado no Relatório de Metodologia, com o objetivo de selecionar as áreas mais propícias para instalação de terminais utilizou-se um processo iterativo, o qual compreendeu sucessivas etapas de simulação e exclusões de terminais da rede de transporte. Separados em diferentes horizontes (2015, 2020, 2025 e 2030), os resultados são apresentados de três formas distintas: carregamento nos terminais, carregamento nas hidrovias e custos totais de transportes. Os resultados obtidos com os carregamentos são analisados no final de cada subitem. O CD anexo a este relatório apresenta tabelas com outros resultados detalhados, como os fluxos de movimentação por produto. 9.1 Carregamento nos terminais As Tabelas 12 a 15 mostram os carregamentos totais, por terminal e por grupo de produto, para cada um dos horizontes. Tabela 12 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2015 (t) Portos Fluxo total por Grupo 2015 Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total Rio Grande , , , , , ,01 Porto Alegre / TUP Aracruz Guaíba , , , , , ,79 TUP Copelmi , , , , , ,55 Pelotas ,37 443, , , , ,15 Estrela , , , , , ,20 Cachoeira do Sul , , , , ,24 Área propícia de São Sebastião do Caí , , , , ,20 Área propícia de Montenegro ,45 8, , , , ,47 Rio Pardo , , , , ,03 TUP Oleoplan , , ,92 TUP Santa Clara , , ,83 Total , , , , , ,39 ANTAQ/UFSC/LabTrans 49

62 Relatório Técnico Bacia do Sul Tabela 13 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2020 (t) Portos Fluxo total por Grupo 2020 Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total Rio Grande , , , , , ,35 Porto Alegre / TUP Aracruz Guaíba , , , , , ,93 Área propícia de São Sebastião do Caí , , , , ,66 TUP Copelmi , , , , , ,30 Estrela , , , , , ,90 Pelotas , , , , , ,15 Cachoeira do Sul , , , , ,31 Rio Pardo , , , , ,14 Área propícia de Montenegro ,82 8, , , , ,32 TUP Santa Clara , , ,61 Jaguarão ,10 63, , , , ,82 TUP Oleoplan , , ,77 Total , , , , , ,26 Tabela 14 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2025 (t) Portos Fluxo total por Grupo 2025 Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total Rio Grande , , , , , ,97 Porto Alegre / TUP Aracruz Guaíba , , , , , ,87 Área propícia de São Sebastião do Caí , , , , ,05 TUP Copelmi , , , , , ,93 Estrela , , , , , ,96 Pelotas ,73 65, , , , ,83 Cachoeira do Sul , , , , ,22 Rio Pardo , , , , ,12 Área propícia de Montenegro ,13 8, , , , ,41 TUP Santa Clara , , ,03 Área propícia de Dona Francisca , , , , ,30 Área propícia de Arambaré , , , , , ,65 Área propícia de Restinga Seca , , , , ,06 Jaguarão ,46 65, , , , ,69 TUP Oleoplan , , , ,80 Total , , , , , ,89 50 ANTAQ/UFSC/LabTrans

63 Bacia do Sul Relatório Técnico Tabela 15 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2030 (t) Portos Fluxo total por Grupo 2030 Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Total Porto Alegre / TUP Aracruz Guaíba , , , , , ,10 Rio Grande , , , , , ,30 Área propícia de São Sebastião do Caí , , , , ,93 TUP Copelmi , , , , , ,59 Estrela , , , , , ,21 Pelotas ,70 65, , , , ,56 Cachoeira do Sul , , , , ,11 Área propícia de Montenegro ,98 9, , , , ,77 Rio Pardo , , , , ,76 TUP Santa Clara , ,07 Área propícia de Dona Francisca , , , , ,92 Área propícia de Restinga Seca , , , , ,11 Área propícia de Arambaré , , , , , ,48 Jaguarão ,14 65, , , , ,73 TUP Oleoplan , , ,34 Total , , , , , ,98 Rio Grande e Porto Alegre, portos de importância já estabelecidos, apresentam as maiores movimentações, somando mais da metade dos fluxos totais na hidrovia, com o primeiro sendo a saída da hidrovia para o Atlântico e o segundo, localizado na capital do estado. O TUP Copelmi (no município de Charqueadas - RS), Estrela e a área propícia de São Sebastião do Caí aparecem em seguida com as maiores movimentação na hidrovia. Todos os grupos de produtos possuem movimentação significativa, com destaque para carga geral e granel sólido. Carga geral é o grupo de maior fluxo na hidrovia, principalmente pelos produtos de exploração florestal e silvicultura (madeiras) e a própria carga geral. Granel líquido tem como produtos apenas petróleo e gás natural, ambos com uma movimentação que se mantém estável durante os horizontes. Do grupo de granel sólido, os principais produtos são minerais não metálicos e produtos químicos inorgânicos, enquanto granel sólido agrícola possui uma variedade de produtos com movimentação significativa, entre eles: soja, arroz e trigo. Apesar de já apresentar diversos terminais existentes, a alocação indica que ainda há demanda suficiente para a instalação de alguns terminais novos. Há cinco áreas propícias de terminais que apresentaram fluxo significativo, elencados a seguir com seus horizontes ótimos de abertura e representados na Figura 30: Área Propícia de Montenegro (2015); Área Propícia de São Sebastião do Caí (2015); Área Propícia de Arambaré (2025); Área Propícia de Dona Francisca (2025); Área Propícia de Restinga Seca (2025). ANTAQ/UFSC/LabTrans 51

64 Relatório Técnico Bacia do Sul Figura 30 - Terminais já existentes e áreas propícias de novos terminais hidroviários com ano ótimo de abertura A partir da movimentação nesses terminais são estimados os investimentos, custos e outros parâmetros necessários para realizar a avaliação econômica destes, que consta no capítulo Carregamento na hidrovia As Tabelas 16 a 19 apresentam os resultados de movimentação total em cada um dos trechos das Hidrovias do Sul, em cada horizonte de estudo. 52 ANTAQ/UFSC/LabTrans

65 Bacia do Sul Relatório Técnico Tabela 16 - Carregamento nas Hidrovias do Sul - Fluxo 2015 (t) TRECHO Fluxo Total por Grupo INÍCIO FIM G01 G02 G03 G04 G05 Total Rio Jacuí Área Propícia de Dona Francisca Área Propícia de Restinga Seca Área Propícia de Restinga Seca Cachoeira do Sul Cachoeira do Sul Rio Pardo , , , , ,24 Rio Pardo Confluência Rio Taquarí , , , , ,27 Confluência Rio Taquarí TUP Copelmi , , , , , ,87 TUP Copelmi Confluência Canal Santa Clara , , , , , ,72 Confluência Canal de Santa Clara TUP Santa Clara , , ,83 Confluência Canal de Santa Clara Confluência Rio Caí , , , , , ,55 Confluência Rio Caí Confluência Rio dos Sinos , , , , , ,22 Confluência Rio dos Sinos Confluência Lago Guaíba , , , , , ,22 Rio Taquarí Muçum Estrela Estrela Mariante , , , , , ,20 Mariante TUP Moinho Taquariense , , , , , ,20 TUP Moinho Taquariense TUP Mita , , , , , ,20 TUP Mita Confluência Rio Jacuí , , , , , ,20 Canal de São Gonçalo Confluência Lagoa Mirim Pelotas Pelotas Confluência Lagoa dos Patos ,12 410, , , , ,04 Rio Jaguarão Jaguarão Rio Jaguarão Rio Jaguarão Confluência Lagoa Mirim Rio Caí Área Propícia de São Sebastião do Caí Área Propícia de Montenegro , , , , ,20 Área Propícia de Montenegro Confluência Rio Jacuí ,94 8, , , , ,67 Área Propícia de Gravataí Rio Gravataí TUP Oleoplan TUP Oleoplan Confluência Rio Jacuí , , ,92 Rio dos Sinos Área Propícia de São Leopoldo TUP Rio dos Sinos TUP Rio dos Sinos Delta do Rio Jacuí Lago Guaíba Confluência Rio Jacuí/Gravataí Porto Alegre , , , , , ,60 Porto Alegre Confluência Lagoa dos Patos , , , , , ,27 Confluência Lagoa dos Patos Confluência Longo Curso , , , , , ,89 Lagoa dos Patos Confluência Lagoa dos Patos Pelotas Confluência Lago Guaíba Rio Grande , , , , , ,61 Rio Grande Confluência Longo Curso , , , , , ,85 ANTAQ/UFSC/LabTrans 53

66 Relatório Técnico Bacia do Sul Tabela 17 - Carregamento nas Hidrovias do Sul - Fluxo 2020 (t) TRECHO Fluxo Total por Grupo INÍCIO FIM G01 G02 G03 G04 G05 Total Rio Jacuí Área Propícia de Dona Francisca Área Propícia de Restinga Seca Área Propícia de Restinga Seca Cachoeira do Sul Cachoeira do Sul Rio Pardo , , , , ,31 Rio Pardo Confluência Rio Taquarí , , , , ,45 Confluência Rio Taquarí TUP Copelmi , , , , , ,51 TUP Copelmi Confluência Canal Santa Clara , , , , , ,71 Confluência Canal de Santa Clara TUP Santa Clara , , ,61 Confluência Canal de Santa Clara Confluência Rio Caí , , , , , ,32 Confluência Rio Caí Confluência Rio dos Sinos , , , , , ,44 Confluência Rio dos Sinos Confluência Lago Guaíba , , , , , ,44 Rio Taquarí Muçum Estrela Estrela Mariante , , , , , ,90 Mariante TUP Moinho Taquariense , , , , , ,90 TUP Moinho Taquariense TUP Mita , , , , , ,90 TUP Mita Confluência Rio Jacuí , , , , , ,90 Canal de São Gonçalo Confluência Lagoa Mirim Pelotas ,10 63, , , , ,82 Pelotas Confluência Lagoa dos Patos , , , , , ,46 Jaguarão Rio Jaguarão Rio Jaguarão ,10 63, , , , ,82 Rio Jaguarão Confluência Lagoa Mirim ,10 63, , , , ,82 Rio Caí Área Propícia de São Sebastião do Caí Área Propícia de Montenegro , , , , ,66 Área Propícia de Montenegro Confluência Rio Jacuí ,69 8, , , , ,98 Área Propícia de Gravataí Rio Gravataí TUP Oleoplan TUP Oleoplan Confluência Rio Jacuí , , ,77 Rio dos Sinos Área Propícia de São Leopoldo TUP Rio dos Sinos TUP Rio dos Sinos Delta do Rio Jacuí Lago Guaíba Confluência Rio Jacuí/Gravataí Porto Alegre , , , , , ,19 Porto Alegre Confluência Lagoa dos Patos , , , , , ,92 Confluência Lagoa dos Patos Confluência Longo Curso , , , , , ,26 Lagoa dos Patos Confluência Lagoa dos Patos Pelotas Confluência Lago Guaíba Rio Grande , , , , , ,26 Rio Grande Confluência Longo Curso , , , , , ,28 54 ANTAQ/UFSC/LabTrans

67 Bacia do Sul Relatório Técnico Tabela 18 - Carregamento nas Hidrovias do Sul - Fluxo 2025 (t) TRECHO Fluxo Total por Grupo INÍCIO FIM G01 G02 G03 G04 G05 Total Rio Jacuí Área Propícia de Dona Francisca Área Propícia de Restinga Seca , , , , ,30 Área Propícia de Restinga Seca Cachoeira do Sul , , , , ,36 Cachoeira do Sul Rio Pardo , , , , ,02 Rio Pardo Confluência Rio Taquarí , , , , ,14 Confluência Rio Taquarí TUP Copelmi , , , , , ,56 TUP Copelmi Confluência Canal Santa Clara , , , , , ,35 Confluência Canal de Santa Clara TUP Santa Clara , , ,03 Confluência Canal de Santa Clara Confluência Rio Caí , , , , , ,38 Confluência Rio Caí Confluência Rio dos Sinos , , , , , ,82 Confluência Rio dos Sinos Confluência Lago Guaíba , , , , , ,82 Rio Taquarí Muçum Estrela Estrela Mariante , , , , , ,96 Mariante TUP Moinho Taquariense , , , , , ,96 TUP Moinho Taquariense TUP Mita , , , , , ,96 TUP Mita Confluência Rio Jacuí , , , , , ,96 Canal de São Gonçalo Confluência Lagoa Mirim Pelotas ,46 65, , , , ,69 Pelotas Confluência Lagoa dos Patos ,98 65, , , , ,19 Jaguarão Rio Jaguarão Rio Jaguarão ,46 65, , , , ,69 Rio Jaguarão Confluência Lagoa Mirim ,46 65, , , , ,69 Rio Caí Área Propícia de São Sebastião do Caí Área Propícia de Montenegro , , , , ,05 Área Propícia de Montenegro Confluência Rio Jacuí ,41 8, , , , ,46 Área Propícia de Gravataí Rio Gravataí TUP Oleoplan TUP Oleoplan Confluência Rio Jacuí , , , ,80 Rio dos Sinos Área Propícia de São Leopoldo TUP Rio dos Sinos TUP Rio dos Sinos Delta do Rio Jacuí Lago Guaíba Confluência Rio Jacuí/Gravataí Porto Alegre , , , , , ,84 Porto Alegre Confluência Lagoa dos Patos , , , , , ,99 Confluência Lagoa dos Patos Confluência Longo Curso , , , , , ,72 Lagoa dos Patos Confluência Lagoa dos Patos Pelotas , , , , , ,65 Confluência Lago Guaíba Rio Grande , , , , , ,03 Rio Grande Confluência Longo Curso , , , , , ,28 ANTAQ/UFSC/LabTrans 55

68 Relatório Técnico Bacia do Sul Tabela 19 - Carregamento nas Hidrovias do Sul - Fluxo 2030 (t) TRECHO Fluxo Total por Grupo INÍCIO FIM G01 G02 G03 G04 G05 Total Rio Jacuí Área Propícia de Dona Francisca Área Propícia de Restinga Seca , , , , ,92 Área Propícia de Restinga Seca Cachoeira do Sul , , , , ,03 Cachoeira do Sul Rio Pardo , , , , ,82 Rio Pardo Confluência Rio Taquarí , , , , ,58 Confluência Rio Taquarí TUP Copelmi , , , , , ,27 TUP Copelmi Confluência Canal Santa Clara , , , , , ,64 Confluência Canal de Santa Clara TUP Santa Clara , ,07 Confluência Canal de Santa Clara Confluência Rio Caí , , , , , ,71 Confluência Rio Caí Confluência Rio dos Sinos , , , , , ,61 Confluência Rio dos Sinos Confluência Lago Guaíba , , , , , ,61 Rio Taquarí Muçum Estrela Estrela Mariante , , , , , ,21 Mariante TUP Moinho Taquariense , , , , , ,21 TUP Moinho Taquariense TUP Mita , , , , , ,21 TUP Mita Confluência Rio Jacuí , , , , , ,21 Canal de São Gonçalo Confluência Lagoa Mirim Pelotas ,14 65, , , , ,73 Pelotas Confluência Lagoa dos Patos ,62 65, , , , ,31 Jaguarão Rio Jaguarão Rio Jaguarão ,14 65, , , , ,73 Rio Jaguarão Confluência Lagoa Mirim ,14 65, , , , ,73 Rio Caí Área Propícia de São Sebastião do Caí Área Propícia de Montenegro , , , , ,93 Área Propícia de Montenegro Confluência Rio Jacuí ,72 9, , , , ,70 Área Propícia de Gravataí Rio Gravataí TUP Oleoplan TUP Oleoplan Confluência Rio Jacuí , , ,34 Rio dos Sinos Área Propícia de São Leopoldo TUP Rio dos Sinos TUP Rio dos Sinos Delta do Rio Jacuí Lago Guaíba Confluência Rio Jacuí/Gravataí Porto Alegre , , , , , ,21 Porto Alegre Confluência Lagoa dos Patos , , , , , ,31 Confluência Lagoa dos Patos Confluência Longo Curso , , , , , ,49 Lagoa dos Patos Confluência Lagoa dos Patos Pelotas , , , , , ,48 Confluência Lago Guaíba Rio Grande , , , , , ,24 Rio Grande Confluência Longo Curso , , , , , ,22 As Figuras 31 a 34 ilustram o fluxo em cada trecho da hidrovia, considerando seus portos e terminais portuários. 56 ANTAQ/UFSC/LabTrans

69 Bacia do Sul Relatório Técnico Figura 31 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2015 (t) ANTAQ/UFSC/LabTrans 57

70 Relatório Técnico Bacia do Sul Figura 32 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2020 (t) 58 ANTAQ/UFSC/LabTrans

71 Bacia do Sul Relatório Técnico Figura 33 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2025 (t) ANTAQ/UFSC/LabTrans 59

72 Relatório Técnico Bacia do Sul Figura 34 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2030 (t) Em geral, o carregamento na hidrovia segue a variação da projeção de demanda em sua Área de Influência. A movimentação apresenta tendências bem definidas e sem grandes oscilações entre os horizontes. Não há obras de infraestrutura tão impactantes na região, exceto pela conexão da Ferrovia Norte-Sul a Rio Grande (RS) no horizonte de 2030 e pelos novos terminais hidroviários. Devido à distância, também não há grande concorrência com outras hidrovias do país. A maior movimentação em todos os horizontes ocorre na Lagoa dos Patos e no Lago Guaíba, trechos finais entre os rios da hidrovia e a saída de longo curso no Rio Grande. Em seguida, aparece o Rio Jacuí com os trechos com maior carregamento, especialmente após as confluências com os rios Taquari e Caí, também com fluxos significativos. O Rio Jaguarão, no entanto, apresenta baixa movimentação, e o Rio dos Sinos não apresenta nenhuma movimentação nos horizontes simulados, provavelmente devido ao grande número de terminais existentes nas proximidades. 60 ANTAQ/UFSC/LabTrans

73 Bacia do Sul Relatório Técnico A partir do horizonte de 2025, um novo trecho do Rio Jacuí entra na malha hidroviária, possibilitando a navegação até o município de Dona Francisca (RS) e adicionando à rede as novas áreas propícias de Restinga Seca e Dona Francisca. No Rio Taquari, o trecho entre Estrela (RS) e Muçum (RS) se torna apto à navegação, no entanto, a área propícia desse município não apresenta movimentação significativa. O Rio dos Sinos, apesar de comportar uma área propícia em São Leopoldo (RS) e o TUP Rio dos Sinos, não apresentou carregamento na simulação, com o fluxo sendo desviado para outros terminais próximos, como por exemplo, os futuros terminais nas áreas propícias de São Sebastião do Caí e Montenegro. O Rio Jaguarão já possui um terminal hidroviário, mas a carga transportada é pouco significativa. 9.3 Custos totais de transporte De acordo com as premissas estabelecidas no Relatório de Metodologia, são apresentados, a seguir, os custos totais de transporte separados em grupos e produtos, para cada um dos horizontes de estudo. Tabela 20 - Custos totais de transporte Grupo Descrição 2015 Custo Logístico (R$) Total 01 Alimentícios ,50 01 Carne de Aves ,53 01 Carne Suína ,30 01 Cerâmicos ,87 01 Fumo ,76 01 Madeiras , ,89 01 Produtos da exploração florestal e da silvicultura ,54 01 Carga geral ,18 01 Papel e Celulose ,82 01 Têxtil ,79 02 Petróleo e gás natural , ,35 03 Óleo de soja em bruto e tortas, bagaços e farelo de soja ,92 03 Óleos de milho, amidos e féculas vegetais e rações , ,67 04 Adubos ,86 04 Minério de ferro ,66 04 Carvão mineral 3.050,58 04 Minerais não-metálicos , ,94 04 Produtos químicos inorgânicos ,03 04 Cimento - 05 Cereais ,38 05 Arroz em casca ,59 05 Milho em grão ,41 05 Soja em grão , ,94 05 Outros produtos e serviços da lavoura ,84 05 Arroz beneficiado e produtos derivados ,72 05 Trigo ,90 Total , ,79 ANTAQ/UFSC/LabTrans 61

74 Relatório Técnico Bacia do Sul Tabela 21 - Custos totais de transporte Grupo Descrição 2020 Custo Logístico (R$) Total 01 Alimentícios ,33 01 Carne de Aves ,85 01 Carne Suína ,35 01 Cerâmicos ,81 01 Fumo ,41 01 Madeiras , ,17 01 Produtos da exploração florestal e da silvicultura ,86 01 Carga geral ,30 01 Papel e Celulose ,30 01 Têxtil ,71 02 Petróleo e gás natural , ,54 03 Óleo de soja em bruto e tortas, bagaços e farelo de soja ,74 03 Óleos de milho, amidos e féculas vegetais e rações , ,53 04 Adubos ,60 04 Minério de ferro ,53 04 Carvão mineral 3.637,23 04 Minerais não-metálicos , ,19 04 Produtos químicos inorgânicos ,32 04 Cimento ,69 05 Cereais ,23 05 Arroz em casca ,25 05 Milho em grão ,57 05 Soja em grão , ,74 05 Outros produtos e serviços da lavoura ,52 05 Arroz beneficiado e produtos derivados ,03 05 Trigo Total , , ,17 62 ANTAQ/UFSC/LabTrans

75 Bacia do Sul Relatório Técnico Tabela 22 - Custos totais de transporte Grupo Descrição 2025 Custo Logístico (R$) Total 01 Alimentícios ,86 01 Carne de Aves ,37 01 Carne Suína ,02 01 Cerâmicos ,87 01 Fumo ,74 01 Madeiras , ,45 01 Produtos da exploração florestal e da silvicultura ,96 01 Carga geral ,86 01 Papel e Celulose ,07 01 Têxtil ,27 02 Petróleo e gás natural , ,51 03 Óleo de soja em bruto e tortas, bagaços e farelo de soja ,91 03 Óleos de milho, amidos e féculas vegetais e rações , ,23 04 Adubos ,95 04 Minério de ferro ,58 04 Carvão mineral 5.358,07 04 Minerais não-metálicos , ,95 04 Produtos químicos inorgânicos ,20 04 Cimento ,20 05 Cereais ,48 05 Arroz em casca ,35 05 Milho em grão ,67 05 Soja em grão , ,79 05 Outros produtos e serviços da lavoura ,55 05 Arroz beneficiado e produtos derivados ,51 05 Trigo ,20 Total , ,93 ANTAQ/UFSC/LabTrans 63

76 Relatório Técnico Bacia do Sul Tabela 23 - Custos totais de transporte Grupo Descrição 2030 Custo Logístico (R$) Total 01 Alimentícios ,39 01 Carne de Aves ,18 01 Carne Suína ,66 01 Cerâmicos ,11 01 Fumo ,03 01 Madeiras , ,32 01 Produtos da exploração florestal e da silvicultura ,70 01 Carga geral ,19 01 Papel e Celulose ,44 01 Têxtil ,79 02 Petróleo e gás natural , ,52 03 Óleo de soja em bruto e tortas, bagaços e farelo de soja ,20 03 Óleos de milho, amidos e féculas vegetais e rações , ,38 04 Adubos ,48 04 Minério de ferro ,36 04 Carvão mineral 6.218,49 04 Minerais não-metálicos , ,26 04 Produtos químicos inorgânicos ,62 04 Cimento ,69 05 Cereais ,31 05 Arroz em casca ,30 05 Milho em grão ,89 05 Soja em grão , ,94 05 Outros produtos e serviços da lavoura ,45 05 Arroz beneficiado e produtos derivados ,38 05 Trigo ,98 Total , ,41 64 ANTAQ/UFSC/LabTrans

77 Bacia do Sul Relatório Técnico 10 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE PROJETOS Neste capítulo do relatório são apresentados os resultados da análise de viabilidade econômico-financeira das áreas propícias para instalação de terminais hidroviários que apresentaram movimentação significativa após as simulações do capítulo 7, considerando fatores tais como Investimento, Custo Operacional, Movimentação Média, Receita Média Anual, VPL e TIR. Para as Hidrovias do Sul, cinco terminais hidroviários são analisados nos itens a seguir. Também são apresentadas figuras ilustrando as áreas propícias e a rede de transporte existente em suas proximidades Área propícia de Arambaré A Tabela 24 apresenta a demanda simulada para a área propícia de Arambaré. Tabela 24 - Demanda simulada para a área propícia de Arambaré (t) Grupo Natureza de Carga Carga Geral , ,67 2 Granel Líquido , ,00 3 Granel Líquido Agrícola , ,78 4 Granel Sólido , ,39 5 Granel Sólido Agrícola , ,64 Total , ,48 A Tabela 25 apresenta os resultados da análise econômica do terminal a ser instalado na área propícia de Arambaré. Tabela 25 - Resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propícia de Arambaré Investimento (R$) Custo Operacional Médio (R$/ano) Movimentação Média (t/ano) Receita Média Anual (R$/ano) VPL TIR 10,66% Status Viável Ano Ótimo de Abertura 2025 De acordo com os resultados alcançados, o terminal se mostra viável nessa área, uma vez que alcançou VPL positivo e TIR da ordem de 10,66%, superior à TMA definida para o estudo. A Figura 35 mostra detalhadamente a área propícia de Arambaré, bem como a rede de transporte próxima ao terminal. ANTAQ/UFSC/LabTrans 65

78 Relatório Técnico Bacia do Sul Figura 35 - Área propícia de Arambaré 10.2 Área propícia de Dona Francisca A Tabela 26 apresenta a demanda simulada para a área propícia de Dona Francisca. Tabela 26 - Demanda simulada para a área propícia de Dona Francisca (t) Grupo Natureza de Carga Carga Geral , ,93 2 Granel Líquido Granel Líquido Agrícola , ,05 4 Granel Sólido , ,06 5 Granel Sólido Agrícola , ,88 Total , ,92 A Tabela 27 apresenta os resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propícia de Dona Francisca. 66 ANTAQ/UFSC/LabTrans

79 Bacia do Sul Relatório Técnico Tabela 27 - Resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propícia de Dona Francisca Investimento (R$) Custo Operacional Médio (R$/ano) Movimentação Média (t/ano) Receita Média Anual (R$/ano) VPL TIR 8,37% Status Viável Ano Ótimo de Abertura 2025 De acordo com os resultados alcançados, o terminal se mostra viável, uma vez que alcançou VPL positivo e TIR da ordem de 8,37%, bastante próximo à TMA especificada para o estudo Área propícia de Restinga Seca A Tabela 28 apresenta a demanda simulada para o terminal planejado para a área propícia de Restinga Seca. Tabela 28 - Demanda simulada para a área propícia de Restinga Seca (t) Grupo Natureza de Carga Carga Geral , ,88 2 Granel Líquido Granel Líquido Agrícola , ,17 4 Granel Sólido , ,63 5 Granel Sólido Agrícola , ,43 Total , ,11 A Tabela 29 apresenta os resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propícia de Restinga Seca. Tabela 29 - Resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propícia de Restinga Seca Investimento (R$) Custo Operacional Médio (R$/ano) Movimentação Média (t/ano) Receita Média Anual (R$/ano) VPL TIR 9,47% Status Viável Ano Ótimo de Abertura 2025 De acordo com os resultados alcançados, o terminal se mostra viável, uma vez que alcançou VPL positivo e TIR da ordem de 9,47%, superior à TMA definida para o estudo. A ANTAQ/UFSC/LabTrans 67

80 Relatório Técnico Bacia do Sul Figura 36 mostra detalhadamente as áreas propícias de Dona Francisca e Restinga Seca, bem como a rede de transporte próxima aos terminais. Figura 36 - Área propícia de Dona Francisca e área propícia de Restinga Seca 10.4 Área propícia de Montenegro A Tabela 30 apresenta a demanda simulada para o terminal planejado para a área propícia de Montenegro. Tabela 30 - Demanda simulada para a área propícia de Montenegro (t) Grupo Natureza de Carga Carga Geral , , , ,98 2 Granel Líquido 8,44 8,96 8,98 9,00 3 Granel Líquido Agrícola , , , ,12 4 Granel Sólido , , , ,03 5 Granel Sólido Agrícola , , , ,64 Total , , , ,77 A Tabela 31 apresenta os resultados da análise econômica do Terminal Planejado para a área propícia de Montenegro. 68 ANTAQ/UFSC/LabTrans

81 Bacia do Sul Relatório Técnico Tabela 31 - Resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propícia de Montenegro Investimento (R$) Custo Operacional Médio (R$/ano) Movimentação Média (t/ano) Receita Média Anual (R$/ano) VPL TIR 8,95% Status Viável Ano Ótimo de Abertura 2015 De acordo com os resultados alcançados, o terminal se mostra viável, uma vez que alcançou VPL positivo e TIR da ordem de 8,95%. A área propícia de Montenegro está ilustrada na Figura 37, no próximo item, juntamente com a área propícia de São Sebastião do Caí Área propícia de São Sebastião do Caí Caí. A Tabela 32 apresenta a demanda simulada para a área propícia de São Sebastião do Tabela 32 - Demanda simulada para a área propícia de São Sebastião do Caí (t) Grupo Natureza de Carga Carga Geral , , , ,74 2 Granel Líquido Granel Líquido Agrícola , , , ,37 4 Granel Sólido , , , ,46 5 Granel Sólido Agrícola , , , ,36 Total , , , ,93 A Tabela 33 apresenta os resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propicia de São Sebastião do Caí. Tabela 33 - Resultados da análise econômica do terminal planejado para a área propícia de Sebastião do Caí Investimento (R$) Custo Operacional Médio (R$/ano) Movimentação Média (t/ano) Receita Média Anual (R$/ano) VPL TIR 8,37% Status Viável Ano Ótimo de Abertura 2015 De acordo com os resultados alcançados, o terminal se mostra viável, uma vez que alcançou VPL positivo e TIR da ordem de 8,37%, bastante próximo à TMA especificada para o ANTAQ/UFSC/LabTrans 69

82 Relatório Técnico Bacia do Sul estudo. A Figura 37 mostra as áreas propícias de Montenegro e São Sebastião do Caí, bem como a rede de transporte próxima ao terminal. Figura 37 - Área propícia de Montenegro e São Sebastião do Caí A Tabela 34, a seguir, apresenta um comparativo entre as áreas propícias para instalação de terminais nas Hidrovias do Sul avaliadas nesse capítulo. Área Propícia de terminal Tabela 34 - Comparativo entre as áreas propícias para instalação de terminais. Tabela 34 - Comparativo entre as áreas propícias para instalação de terminais. Investimento (R$) Custo Operacional Médio (R$/ano) Movimentação Média (t/ano) Receita Média Anual (R$/ano) VPL TIR Status Ano Ótimo de Abertura São Sebastião do Caí ,37% Viável 2015 Montenegro ,95% Viável 2015 Arambaré ,66% Viável 2025 Dona Francisca ,37% Viável 2025 Restinga Seca ,47% Viável 2025 Todos os terminais analisados nesse capítulo apresentam viabilidade, com VPL positivo e TIR próxima ou superior à TMA. O terminal que apresenta melhores resultados é o localizado na área propícia de Arambaré, com TIR de 10,66% e VPL positivo de milhões de reais, no entanto só entra em operação no horizonte de A área propícia do terminal de Restinga Seca apresenta também bons valores de TIR e custos de investimento relativamente baixos. 70 ANTAQ/UFSC/LabTrans

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