A Segunda Câmara de Direito Civil decidiu, por votação unânime, negar provimento aos recursos. Custas legais.

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1 Apelação Cível n , de Videira Relator: Des. João Batista Góes Ulysséa APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO DE VIDA EM GRUPO. NEGATIVA DE COBERTURA. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. AGRAVO RETIDO. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. PEDIDO DE PRODUÇÃO DE NOVA PERÍCIA. MATÉRIA SUFICIENTEMENTE ESCLARECIDA. Não há necessidade de realização de nova perícia quando convencido o Magistrado de que o laudo produzido é suficientemente esclarecedor, podendo dispensar a produção de outro exame, por ser ele o destinatário final das provas, sem que isso implique em cerceamento de defesa. ALEGADA INCAPACIDADE LABORATIVA PERMANENTE. LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO. LAUDO PERICIAL E PROVAS DOS AUTOS QUE INDICAM A RECUPERAÇÃO DA AUTORA. CESSAÇÃO, INCLUSIVE, DO BENEFÍCIO DE AUXÍLIO-DOENÇA PELO INSS. CONDIÇÃO DE INCAPACIDADE QUE FOI APENAS PARCIAL E TEMPORÁRIA. NÃO CONFIGURAÇÃO DOS RISCOS COBERTOS. AUSÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR. SENTENÇA MANTIDA. "A percepção do auxílio-doença, ao contrário do que decorre da aposentadoria por invalidez concedida pelo INSS, pressupõe possibilidade de recuperação. Logo, não há se falar em condenação da seguradora se, além da natureza e fins desse benefício, a prova pericial é categórica ao atestar a transitoriedade das lesões". (TJSC, Apelação Cível n , de Blumenau, rel. Des. Henry Petry Junior, j ). AGRAVO RETIDO E APELAÇÃO CÍVEL DESPROVIDOS. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível n , da comarca de Videira (2ª Vara Cível), em que é apelante Aurélia Soares Godoy Leandro, e apelada Itaú Seguros S/A: A Segunda Câmara de Direito Civil decidiu, por votação unânime, negar provimento aos recursos. Custas legais.

2 O julgamento, realizado no dia 26 de setembro de 2013, foi presidido pelo Exmo. Sr. Des. Monteiro Rocha, com voto, e dele participou o Exmo. Sr. Des. Gilberto Gomes de Oliveira. Florianópolis, 27 de setembro de João Batista Góes Ulysséa RELATOR

3 RELATÓRIO Aurélia Soares Godoy Leandro interpôs apelação cível contra a sentença que, proferida nos autos da Ação de Indenização n , proposta em desfavor de Itaú Seguros S/A, julgou improcedentes os pedidos elaborados na inicial, condenando a Autora ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios de sucumbência, estes fixados em R$ 800,00 (oitocentos reais), com a ressalva de estar suspensa a exigibilidade devido à concessão da gratuidade judiciária. Em suas razões, a Apelante requereu, preliminarmente, o conhecimento e provimento do recurso adesivo, para que seja convertido o julgamento em diligência e realizado novo exame pericial, sob pena de cerceamento de defesa. No mérito sustentou, que: (a) comprovou ter doença ocupacional - LER/DORT, equiparada ao acidente de trabalho, causada pelo trabalho desenvolvido na empresa estipulante do contrato de seguro, tendo direito à respectiva indenização; (b) as mencionadas moléstias, de acordo com a perícia realizada na Justiça do Trabalho, implicam na redução de sua capacidade laborativa de forma permanente; (c) a perícia realizada nestes autos é controversa diante das demais provas; (d) a responsabilidade da seguradora é objetiva e as normas contratuais devem ser interpretadas de modo favorável ao consumidor, por incidência do Código de Defesa do Consumidor. Requereu o provimento do recurso, para que seja determinado o retorno dos autos à comarca de origem ou reformada a sentença, para julgar procedentes os pedidos iniciais. Intimada, a Recorrida apresentou suas contrarrazões ao agravo retido e ao recurso de apelação. Esse é o relatório.

4 VOTO Trata-se de recurso apelatório interposto por Aurélia Soares Godoy Leandro, contra a sentença que, nos autos da ação de indenização (cobrança de seguro de vida), ajuizada contra a seguradora Recorrida, julgou improcedentes os pleitos exordiais. A Autora/Recorrente propôs a demanda alegando que trabalhava na linha de produção, da empresa Perdigão Agroindustrial S/A, de a , na qual, pela natureza dos serviços realizados, sofreu a doença por esforço repetitivo (LER/DORT), nos membros superiores, além de lesões na coluna, resultando em sua invalidez permanente. Relatou que, em razão do acidente de trabalho, recebeu benefício previdenciário de a Porém, após retomar às suas atividades laborativas, os sintomas da doença se agravaram, provocando a rescisão do contrato de trabalho, em E, a partir de , passou a receber o benefício de auxílio-doença por acidente de trabalho, por invalidez. Como havia firmado com a Ré contrato de seguro de vida em grupo, requereu administrativamente a indenização, acordada em trinta e seis vezes o salário mensal da Demandante, sem, contudo, alcançar resposta até o ajuizamento desta ação. Porém, embora tenha pleiteado judicialmente a condenação da seguradora Ré, ao pagamento da respectiva indenização, sua pretensão foi julgada improcedente, sustentada na inexistência de fator incapacitante e, assim, provocando o presente apelo. Para melhor apreciação dos temas, segue apreciação em tópicos. (a) Do agravo retido Preliminarmente a Demandante postulou a análise do agravo retido, interposto contra a decisão que indeferiu a realização de nova perícia, sustentando que foi cerceado o seu direito de defesa. Porém, verifica-se que a matéria se encontra suficientemente esclarecida e comprovada nos autos e adiante será reapreciada tornando desnecessária a repetição do exame pericial. Além disso, o primeiro laudo, ao contrário do que alega a Recorrente, é claro em suas informações e não contradiz as demais provas colhidas. Acerca da questão: INDENIZAÇÃO. CAUTELAR DE ANTECIPAÇÃO DE PROVA. [...] DESNECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE NOVA PERÍCIA. EXEGESE DO ARTIGO 437 DO CPC. CERCEAMENTO DE DEFESA AFASTADO. Para que se possa determinar nova perícia, exige-se o convencimento do julgador de que a matéria não está suficientemente esclarecida, com base na prova pericial existente e nos demais elementos probatórios, ou tenha havido omissão ou inexatidão nos resultados por ela obtidos [...] (Apelação Cível n , de Blumenau, rel. Des. Jorge Schaefer Martins, j ). APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ATO ILÍCITO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. PRELIMINAR. I - CERCEAMENTO

5 DE DEFESA. INDEFERIMENTO DE NOVA PERÍCIA. AUSENTE O REQUISITO DO ART. 437 DO CPC. PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO DO JUIZ. DECISÃO ATACÁVEL POR AGRAVO. PRELIMINAR SUPERADA. [...] I - A instrução probatória serve ao convencimento do Juiz, que pode indeferir expedientes meramente protelatórios ou que não contribuam para o deslinde do litígio. A repetição de perícia judicial, conseqüentemente, passa por seu prudente arbítrio, observada a necessidade ou não de maior esclarecimento da matéria (art. 437, CPC) [...] (Apelação Cível n , de Biguaçu, rel. Des. Henry Petry Junior, j. 1º ). Dessa forma, pertinente a aplicação do art. 130 do Código de Processo Civil: "Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias". Assim, o comando judicial está devidamente fundamentado nas provas existentes e necessárias ao deslinde da ação, motivo pelo qual se afasta o cerceamento de defesa e, consequentemente, nega-se provimento ao agravo retido. (b) Mérito Alegou a Apelante ter adquirido doença ocupacional - LER/DORT, equiparada ao acidente de trabalho, por trabalho desenvolvido na empresa Perdigão Agroindustrial S/A - estipulante do contrato de seguro -, resultando na redução de sua capacidade laborativa de forma permanente, devendo ser indenizada pela seguradora Ré. Inclusive salientou que as lesões estão devidamente comprovadas e foram reconhecidas pela Justiça Trabalhista, na ação proposta contra a antiga empregadora. Sem razão, contudo. Sabe-se que o contrato de seguro visa assegurar, mediante o pagamento do prêmio, a indenização na hipótese da ocorrência de riscos predeterminados, nos termos do art. 757 do Código Civil. A apólice em questão, integrada com as condições gerais do contrato (fls. 36 e 66/90), prevê como riscos cobertos, apenas as hipóteses de morte acidental (MA), invalidez permanente por acidente (IPA), invalidez funcional permanente total doença (IFPD) e auxílio funeral. A moléstia sofrida na época pela Apelante é equiparada ao acidente de trabalho, conforme inúmeros precedentes neste sentido. Contudo não é esta a questão que obsta o reconhecimento de seu direito, pois, em que pese a sua insistência em afirmar de forma contrária, percebe-se que a doença adquirida foi incapacitante apenas de modo parcial e temporário, risco este não coberto pelo contrato de seguro pactuado, já que este assegurava a indenização, apenas na hipótese de incapacidade permanente. Importante transcrever o seguinte trecho do laudo pericial: [...] A análise da parte Autora, atualmente, não revela a existência de patologias ortopédicas incapacitantes. Na avaliação clínica da parte Autora, e opinião deste Perito, atualmente, não existe invalidez, e não existe redução patológica da capacidade laborativa ortopédica, pelo quadro clínico referido de Cervicobraquialgia

6 (dor na coluna cervical com irradiação para os membros superiores) de CID M Patologia referida, que não houve confirmação clínica de redução e comprometimento de sua capacidade funcional ortopédica ao exame físico atual. Contudo, é possível que tenha ocorrido uma parcial e temporária redução de sua capacidade laborativa ortopédica, enquanto estivesse no período de tratamento de uma possível manifestação dolorosa, intermitente e eventual, por aproximadamente 2 (dois) meses, na época do uso de seu primeiro atestado há aproximadamente 3 (três) anos 9 (nove) meses. Período que possivelmente resultara na redução aproximada de 2% de sua capacidade funcional ortopédica. Contudo neste período fora adequadamente conduzida com seu tratamento especializado e repouso (aproximadamente 2 (dois) anos e meio em Auxílio Doença), tendo alta do INSS há aproximadamente 1 (um) ano e 3 (três) meses, enquanto trabalho de "Auxiliar de Prodiução" na Empresa Perdigão, no setor de salsicharia, por durante 1 (um) ano 5 (cinco), labor que não exerce há aproximadamente 3 (três) anos e meio. Nega a realização de procedimentos cirúrgicos pela patologia referida na coluna cervical e membros superiores. No que diz respeito ao resultado dos exames apresentados e registrados, um US do Ombro Direito (21/11/2006), um US do Ombro Direito (16/08/2008), uma RNM do Ombro Direito (17/08/2010), um US do Abdômen Total (02/05/2011), um US dos Obros (25/08/2011), condizem com um quadro clínico não patológico atualmente, sendo que o atual quadro clínico da parte Autora, não reflete uma incapacidade. Pela equiparação e reinterpretação dos exames apresentados com seu exame físico atual, associado à referência dos sintomas de uma patologia nos autos, do ponto de vista ortopédico, a parte Autora de 36 (trinta e seis) anos de idade, possui, atualmente, capacidade laborativa para exerce suas atividades habituais. Esta apta ao labor, de acordo com os seus limites pessoais [...] (fls. 161/164, com grifos no original). Assim, nota-se que, na data da perícia ( ), as referidas moléstias já estavam curadas, confirmando que a condição de parcial incapacidade foi, realmente, temporária, como categoricamente afirmou o expert. Inclusive, não se pode olvidar que, segundo informação do perito (coincidindo com a data da cessação do benefício DCB fl. 23), em , houve a cessação do benefício de auxílio-doença no INSS e, assim, também confirmando a efetiva recuperação da Autora. Vale destacar, aliás, que a própria natureza do benefício concedido à autora pelo órgão oficial auxílio-doença, pressupõe a possibilidade de recuperação, diferentemente da hipótese em que é obtido o benefício de aposentadoria por invalidez. E, apesar de a Recorrente alegar que a prova pericial é contraditória, em relação àquela realizada na seara trabalhista, tal situação não é visualizada. A própria Demandante apresentou o laudo produzido naqueles autos, onde assim constou: [...] No momento do exame pericial, não detectamos patologia, porém existe atestado médico, qual anexamos ao laudo pericial, emitido pelo Dr. Fabrício Molon em 15/06/2009, o qual relata que a autora é portadora de tendinite biciptal bilateral e tendinite supraespinhal, com dor e limitação de movimentos do ombro. As patologias atuais não apresentam nexo técnico com o trabalho, após três

7 anos do movimento que causou o dor no ombro direito, sendo as patologias atuais bilateriais, confrome laudo do médico especialista. 2. É possível afirmar, com certeza, que a patologia indicada tem relação com o trabalho desenvolvido junto a Reclamada- Resposta: Prejudicado, no momento do exame não detectamos patologia [...] (fl. 178 v., grifou-se). Ademais, aquele laudo, no restante, apenas concluiu que a Autora teve a lesão por certo período, por esforço realizado no ambiente de trabalho, mas, na ocasião, já se encontrava recuperada e apta para exercer as atividades laborais. Ou seja, diferentemente da tese da Recorrente, nota-se que ambas as perícias chegaram à mesma conclusão e, portanto, que não houve a incapacidade permanente, apenas temporária. Em casos semelhantes, decidiu este Tribunal de Justiça: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS - COBRANÇA JUDICIAL DE INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA - SEGURO DE VIDA EM GRUPO - INVALIDEZ POR DOENÇA - CONTRATO COM COBERTURA POR INVALIDEZ PERMANENTE TOTAL POR DOENÇA - PERÍCIA MÉDICA QUE ATESTOU SER PARCIAL E TEMPORÁRIA A INVALIDEZ DO SEGURADO - INDENIZAÇÃO INDEVIDA - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - INOCORRÊNCIA - SENTENÇA MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO Constatada que a moléstia do segurado causa invalidez apenas parcial e temporária, passível de recuperação por tratamento médico, não cabe o pagamento da indenização securitária quando há cláusula contratual limitando e particularizando a cobertura apenas aos casos de invalidez permanente total por doença. (Apelação Cível n , de Criciúma, rel. Des. Fernando Carioni, j ). APELAÇÃO CÍVEL E PROCESSUAL CIVIL. SEGURO DE VIDA. AÇÃO DE COBRANÇA. IMPROCEDÊNCIA NA ORIGEM. - PRESCRIÇÃO. INÍCIO DO LAPSO A PARTIR DA CIÊNCIA INEQUÍVOCA DA INCAPACIDADE. ART. 206, 1º, II, DO CC. PRAZO ÂNUO NÃO DECORRIDO. VERBETE 278 DO STJ. PRETENSÃO EXISTENTE. - MÉRITO. AUXÍLIO-DOENÇA. CONCESSÃO PELO INSS. BENEFÍCIO TEMPORÁRIO. INVALIDEZ TOTAL E PERMANENTE NÃO COMPROVADA. INCAPACIDADE PARA O LABOR HABITUAL INDEMONSTRADA. - SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. [...] A percepção do auxílio-doença, ao contrário do que decorre da aposentadoria por invalidez concedida pelo INSS, pressupõe possibilidade de recuperação. Logo, não há se falar em condenação da seguradora se, além da natureza e fins desse benefício, a prova pericial é categórica ao atestar a transitoriedade das lesões. (Apelação Cível n , de Blumenau, rel. Des. Henry Petry Junior, j ). PROCESSUAL CIVIL. COBRANÇA DE SEGURO DE VIDA EM GRUPO. ALEGADA INVALIDEZ PERMANENTE EM DECORRÊNCIA DE ACIDENTE DO TRABALHO (FRATURA DE ANTEBRAÇO DIREITO). INSUBSISTÊNCIA. REALIZAÇÃO DE CIRURGIA REPARADORA. PERÍCIA JUDICIAL QUE ATESTA A AUSÊNCIA DE INVALIDEZ PERMANENTE. IMPOSSIBILIDADE DE

8 RECEBIMENTO DA INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA ANTE A INEXISTÊNCIA DE DANO DEFINITIVO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (Apelação Cível n , de Joinville, rel. Des. Marcus Tulio Sartorato, j ). Com relação aos exames médicos apresentados pela Apelante (fls. 19/22), percebe-se que apenas demonstram as lesões sofridas pela mesma na época, mas em nenhum momento atestam a sua incapacidade definitiva. E, deve ser dito que a responsabilidade da empresa Perdigão, para a qual a Apelante trabalhava, não possui qualquer relação com o contrato de seguro ora analisado, visto que, na Justiça Trabalhista, a empregadora foi condenada por ter dado causa às moléstias, em razão da natureza dos trabalhos exigidos pela primeira - com movimentos repetitivos e carregamento de peso. Entretanto, aqui na esfera cível, a Autora busca uma indenização securitária por suposta invalidez permanente, em área distinta e que, além disso, não ficou configurada. Por derradeiro, embora a Recorrente requeira a aplicação da Lei Consumerista - o que é inegável - e a interpretação mais favorável ao consumidor, não é possível amparar uma interpretação tão abrangente, com a inclusão no contrato de cobertura por risco não previsto, sob pena de violação frontal aos princípios da força obrigatória do contrato e da livre manifestação de vontade dos contratantes. Assim, não comprovada a incapacidade permanente da Autora, pertinente a improcedência do pedido indenizatório. Ante o exposto, nega-se provimento aos recursos, para manter intacta a sentença atacada. Esse é o voto.

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