Nova Lei de Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência Social e o acompanhamento finalístico das entidades do Terceiro Setor
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- Marina Bugalho Chaves
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1 Nova Lei de Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência Social e o acompanhamento finalístico das entidades do Terceiro Setor MARCOS BIASIOLI
2 Em níveis mundial Representa quase 20 milhões de analfabetos
3 1824 POLÍTICAS DE ESTADO POLÍTICAS DE GOVERNO
4 Constituição Federal Art. 3º Constituem fundamentais da Federativa do Brasil: objetivos República (...) III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
5 Constituição Federal Art As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes: I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;
6 2010 I N Í C I O HISTÓRICO DA ISENÇÃO PREVIDENCIÁRIA F 3 3 A A 1950 C F X G R A T U I D A D E S R E G U L O U I M M I L.3577/59 D.1117/62 D.1572/77 L.8212/91 D.752/93 C A D 3 A 3 A L.8909/94 L.9429/96 D.2536/98
7 Lei 8.212/91 Texto Primitivo: Art. 55. Fica isenta das contribuições de que tratam os arts. 22 e 23 desta Lei a entidade beneficente de assistência social que atenda aos seguintes requisitos cumulativamente: I - seja reconhecida como de utilidade pública federal e estadual ou do Distrito Federal ou municipal; II - seja portadora do Certificado ou do Registro de Entidade de Fins Filantrópicos, fornecido pelo Conselho Nacional de Serviço Social, renovado a cada três anos; III - promova a assistência social beneficente, inclusive educacional ou de saúde, a menores, idosos, excepcionais ou pessoas carentes; IV - não percebam seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores remuneração e não usufruam vantagens ou benefícios a qualquer título; V - aplique integralmente o eventual resultado operacional na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos institucionais, apresentando anualmente ao Conselho Nacional da Seguridade Social relatório circunstanciado de suas atividades.
8 Decreto 752/93 - Art. 1 Considera-se entidade beneficente de assistência social, para fins de concessão do Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos, de que trata o art. 55, inciso II, da Lei n 8.212, de 24 de julho de 1991, a instituição beneficente de assistência social, educacional ou de saúde, sem fins lucrativos, que atue, precipuamente, no sentido de: (...) IV - aplicar anualmente pelo menos vinte por cento da receita bruta proveniente da venda de serviços e de bens não integrantes do ativo imobilizado, bem como das contribuições operacionais, em GRATUIDADE, cujo montante nunca será inferior à isenção de contribuições previdenciárias usufruída;
9 FOCO DE CONFLITOS PRETÉRITOS DEFINIÇAO DO SUJEITO A SER RECONHECIDO COMO BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E O CONCEITO DE GRATUIDADE
10 QUAL A MISSÃO SOCIAL A SER ADOTADA?
11 FINALIDADES DAS ENTIDADES BENEFICENTES...
12 FINALIDADES DAS ENTIDADES BENEFICENTES...
13 DEFINIÇÃO LEGAL PARA ENQUADRAMENTO DO SUJEITO - A PARTIR DE COM A EDIÇÃO DA LOAS
14 LOAS Lei 8.742/93 Art. 2º A assistência social tem por objetivos: I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - a garantia de 1 (um) salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. Art. 3º Consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas que prestam, sem fins lucrativos, atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de seus direitos.
15 DEFINIÇÃO LEGAL DA MISSÃO DO SUJEITO: NOB-SUAS/2005; DECRETO 6.308/2007; PROJETO DE LEI SUAS - PL 3077/2008; RESOLUÇÃO 109/2009 CNAS; Lei /09; Decreto 7.237/10.
16 PARÂMETROS PARA A DEFINIÇÃO DO BENEFICIÁRIO
17 BENEFICIÁRIO CARENTE PARÂMETROS LEGAIS Decreto 3.048/99 Art º Considera-se pessoa carente a que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção, nem tê-la provida por sua família, bem como ser destinatária da Política Nacional de Assistência Social, aprovada pelo Conselho Nacional de Assistência Social. 3º Para efeito do parágrafo anterior, considera-se não possuir meios de prover a própria manutenção, nem tê-la provida por sua família, a pessoa cuja renda familiar mensal corresponda a, no máximo, R$ 271,99 (duzentos e setenta e um reais e noventa e nove centavos), reajustados nas mesmas épocas e com os mesmos índices utilizados para o reajustamento do benefício de prestação continuada da assistência social.
18 Decreto 3.048/99 - Art Para os efeitos deste artigo, considera-se carente o aluno de curso de educação superior cuja renda familiar mensal per capita corresponda, no máximo, a R$ 313,83 (trezentos e treze reais e oitenta e três centavos), reajustados nas mesmas épocas e com os mesmos índices utilizados para o reajustamento do benefício de prestação continuada da assistência social.
19 LEI DO PROUNI /05 Art. 1o 2o As bolsas de estudo parciais de 50% (cinqüenta por cento) ou de 25% (vinte e cinco por cento), cujos critérios de distribuição serão definidos em regulamento pelo Ministério da Educação, serão concedidas a brasileiros não-portadores de diploma de curso superior, cuja renda familiar mensal per capita não exceda o valor de até 3 (três) salários-mínimos, mediante critérios definidos pelo Ministério da Educação.
20 LEI /10 Art. 14. Para os efeitos desta Lei, a bolsa de estudo refere-se às semestralidades ou anuidades escolares fixadas na forma da lei, vedada a cobrança de taxa de matrícula e de custeio de material didático. 1o A bolsa de estudo integral será concedida a aluno cuja renda familiar mensal per capita não exceda o valor de 1 1/2 (um e meio) salário mínimo. 2o A bolsa de estudo parcial será concedida a aluno cuja renda familiar mensal per capita não exceda o valor de 3 (três) salários mínimos.
21 HÁ PARÂMETROS PARA A DEFINIÇÃO DO BENEFICIÁRIO DEVERIA SE PREVER EXCEÇÃO A REGRA
22 CERTIFICADO CEAS UM MERO PAPELUCHO OU A VEDETE AO STATUS TRIBUTÁRIO???
23 ANTES DA CONSOLIDAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA E DA LEI /09 MERO PAPELUCHO SEGUNDO O STJ ENTIDADE FILANTRÓPICA. CERTIFICADO. As entidades filantrópicas inscritas sob a égide da Lei 3577/1959 gozam de direito adquirido. Sendo assim, constatando o preenchimento pelas entidades do requisito necessário para a obtenção do certificado, está garantida a isenção, pois esse direito já se incorporou ao seu patrimônio, não sendo mais suscetível de ser suspenso ou interrompido por mera inobservância relativa ao requerimento de certidão exigido no artigo 1º, 3º do decreto lei 1572/1977. O Certificado é a simples exteriorização do benefício da imunidade, a esse é que se encontra resguardada pelo direito adquirido. (RESP DF, Rel. originário Min. Paulo Medina, Rel para acórdão Min. Francisco Peçanha Jardins, julgado em 03/09/2002.)
24 DEPOIS DA LEI /09 MERO PAPELUCHO SEGUNDO O STJ ENTIDADE FILANTRÓPICA. CERTIFICADO. As entidades filantrópicas inscritas sob a égide da Lei 3577/1959 gozam de direito adquirido. Sendo assim, constatando o preenchimento pelas entidades do requisito necessário para a obtenção do certificado, está garantida a isenção, pois esse direito já se incorporou ao seu patrimônio, não sendo mais suscetível de ser suspenso ou interrompido por mera inobservância relativa ao requerimento de certidão exigido no artigo 1º, 3º do decreto lei 1572/1977. O Certificado é a simples exteriorização do benefício da imunidade, a esse é que se encontra resguardada pelo direito adquirido. (RESP DF, Rel. originário Min. Paulo Medina, Rel para acórdão Min. Francisco Peçanha Jardins, julgado em 03/09/2002.)
25 Depois da consolidação da Jurisprudência do STJ Súmula 352 Superior Tribunal de Justiça Enunciado A obtenção ou a renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas) não exime a entidade do cumprimento dos requisitos legais supervenientes. Órgão Julgador S1 - PRIMEIRA SEÇÃO Data do Julgamento e Publicação 11/06/2008 DJE 19/06/2008
26 ASSISTÊNCIA SOCIAL
27 CONTRAPARTIDA ECONÔMICA DA A. SOCIAL Art. 195 da CF: 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. LEI /09 100% - exceto idoso DECRETO 7.237/10 GRATUIDADE
28 NOVA SOMBRA DE CONFLITO - GRATUIDADE DA ASSISTÊNCIA SOCIAL Lei /09 - Art. 18. A certificação ou sua renovação será concedida à entidade de assistência social que presta serviços ou realiza ações assistenciais, de forma gratuita, continuada e planejada, para os usuários e a quem deles necessitar, sem qualquer discriminação, observada a Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de Lei N º 9732/98. Altera dispositivos das Leis nºs 8212 e 8213, ambas de 24 de julho de 1991, da Lei n º 9317, de 5 de dezembro de 1996, e dá outras providências. Art. 1 º Os arts. 22 e 55 da Lei n º 8212, de 24 de julho de 1991, passam a vigorar com as seguintes alterações : (...) "Art. 55 III - promova, gratuitamente e em caráter exclusivo, a assistência social beneficente a pessoas carentes, em especial a crianças, adolescentes, idosos e portadores de deficiência ; MÉRITO DA ADIN COM PEDIDO DE CONVERSÃO EM ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO CONSTITUCIONAL
29 EDUCAÇÃO
30 CONTRAPARTIDA ECONÔMICA DA Art. 195 da CF: EDUCAÇÃO 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. LEI /09 20% - RECEITA EM BOLSA CABE COMPLEMENTO CUSTO OU MENSALIDADE? (9.780/99) DECRETO 7.237/10 GRATUIDADE
31 GRATUIDADE DA EDUCAÇAO Lei /09 - Art. 13-6o Para a entidade que, além de atuar na educação básica ou em área distinta da educação, também atue na educação superior, aplica-se o disposto no art. 10 da Lei no , de 13 de janeiro de CABE BOLSA DE 25% PORÉM BASE DE CÁLCULO SOBE PARA 20% RECEITA BRUTA (VENDA+LOCAÇAO+RENDAS DE APLICAÇÕES+DOAÇOES)
32 REFLEXÕES - GRATUIDADE DA EDUCAÇAO Decreto 7.237/10 - Art. 31. Para cálculo da aplicação em gratuidade relativa às turmas iniciadas antes de 30 de novembro de 2009, poderão ser contabilizados os descontos de caráter assistencial concedidos aos alunos para o atendimento do percentual mínimo de gratuidade previsto no Decreto no 2.536, de 6 de abril de GRATUIDADES PARCIAIS - INFERIORES A 50% Parágrafo único. Os descontos concedidos na forma do caput poderão ser mantidos até a conclusão da etapa da educação básica presencial em que os beneficiários estejam matriculados na data da publicação deste Decreto. A regra vale pra todos Cursos ou apenas para Educação Básica??? Art. 111
33 CUIDADOS - GRATUIDADE DA EDUCAÇAO Decreto 7.237/10 - Art. 26. As entidades de educação que prestem serviços integralmente gratuitos, sem a cobrança de anuidades ou semestralidades, deverão adotar e observar os critérios de seleção e as proporções previstas na Seção II do Capítulo II da Lei no , de 2009, considerando-se o número total de alunos matriculados. OBSERVAR CRITÉRIOS DE RENDA (1 ½ e 3 sm) LOCAL DA RESIDÊNCIA PLANO DE ATENDIMENTO
34 BASE DE CÁLCULO DA GRATUIDADE Lei /09 - Art. 13. Para os fins da concessão da certificação de que trata esta Lei, a entidade de educação deverá aplicar anualmente em gratuidade, na forma do 1o, pelo menos 20% (vinte por cento) da receita anual efetivamente recebida nos termos da Lei no 9.870, de 23 de novembro de CTN - Art Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:...; II - outorga de isenção; HÁ DE SE ADMITIR A DEDUÇÃO DA INADIMPLÊNCIA
35 SAÚDE
36 CONTRAPARTIDA ECONÔMICA DA SAÚDE Art. 195 da CF: 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. LEI /09 DECRETO 7.237/10 60% - OFERTA SUS OU 20% - ISENÇÃO USUF. AO PACIENTE SUS LEI /10 INC. GRATUIDADE
37 GRATUIDADE DA SAÚDE Entidades de Excelência Projetos de Apoio Oferta SUS 60% Paridade com as Isenções Internaçõ es Ambulató rios Gradação 20%, 10% e 5% Atendimento Gratuito de Saúde (fim da Mista) Comp. ações ambulatoriais / hospitalares Limite 30% Isenções
38 GRATUIDADE DA SAÚDE Decreto 7.300/10 20% - Isenção Usufruída Gratuidades de Saúde aos Usuários do SUS Requisit os Possuia CEAS antes da Lei /09 Preste serviços de Saúde NCT, sem Rem. do SUS
39 BASE DE CÁLCULO DA ISENÇÃO USUFRUÍDA Decreto 7.237/10 Art. 23-2º: O cálculo do valor das isenções previstas no 2o do art. 11 da Lei n o , de 2009, será realizado com base no exercício fiscal anterior. NÃO HÁ PREVISÃO ACERCA DA EXCLUSÃO DAS RECEITAS DO SUS, O QUE PODE MAXIMIZAR O CÁLCULO
40 CONCEITO DE GRATUIDADE Renovado conflito que a norma poderia ter evitado, o qual ficará ao prudente arbítrio do ente e do Auditor Fiscal
41 Planejamento Legal e Social da Entidade Beneficente à luz do Novo Marco Regulatório
42 LEGISLAÇÃO ATUAL Bolsa+Compl. SUS+Atend. Ação Social EDUCAÇÃO ADEQUAÇÃO DE PROJETOS DECRETO 6.308/07 SAÚDE RECOMENDA-SE SOCIAL AVALIAÇÃO MACRO ECONÔMICA
43 PARCERIA PÚBLICA X PRIVADA
44 Sr. Prefeito, precisamos conversar a respeito do convênio. Somente depois da eleição. Vai contratando os correligionários e após o 2º. Turno resolveremos. POLÊMICA Gratuidades oriundas de sacrifício econômico X Recursos públicos.
45 REPASSE DE VERBA PÚBLICA ENTIDADE SOCIAL CONTRIBUIÇÕES USUFRUÍDAS > GRATUIDADE (MÃO DE OBRA) ENCARGOS SOCIAIS (ALEGA IMUNIDADE)
46 ARMADILHAS DA PARCERIA PÚBLICA A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder a 60% da receita líquida do Município (vide Lei Complementar 96/99 e artigo 169 da CF); Verificar se o executivo não terceirizando um serviço público; está Lançamento Fiscal das contribuições usufruídas; Ação Popular, inclusive contra administradores indenizar o erário; Ação Civil Pública - Terceirização. os
47 A prova de que o Estado é uma criação da natureza e tem prioridade sobre o indivíduo é que o indivíduo, quando isolado, não é auto-suficiente; No entanto, ele é como parte relacionada com o conjunto. Mas aquele que for incapaz de viver em sociedade, ou que não tiver necessidade disso por ser autosuficiente, será uma besta ou um Deus, não uma parte do Estado. (Aristóteles. A política. 199, p. 147)
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