AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE FILTROS ANAERÓBIOS UTILIZADOS PARA O POLIMENTO DE EFLUENTES DE UM REATOR UASB

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1 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE FILTROS ANAERÓBIOS UTILIZADOS PARA O POLIMENTO DE EFLUENTES DE UM REATOR UASB Rosângela Moreira Gurgel Machado (1) Engenheira Civil, Especialista em Engenharia sanitária pela UFMG, Mestranda em Saneamento e Meio Ambiente pela Escola de Engenharia da UFMG. Pesquisadora da Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais - CETEC, Setor de Controle da Poluição da Diretoria de Meio Ambiente. Carlos Augusto de Lemos Chernicharo Engenheiro Civil, Especialista e Mestre em Engenharia Sanitária pela UFMG, Doutor em Engenharia Ambiental pela Universidade de Newcastle upon Tyne (Inglaterra). Professor Adjunto do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG. Consultor na área de controle da poluição das águas. calemos@net.em.com.br. Endereço (1) : Rua Santo Agostinho, apt o Sagrada Família - Belo Horizonte - MG - CEP: Brasil - Tel: (31) gmachado@ez.bh.com.br. RESUMO Este trabalho apresenta os resultados operacionais de três unidades piloto constituídas de um reator UASB seguido por dois filtros anaeróbios (FAs) operando em paralelo (configurações ascendente e descendente). O reator UASB apresentava um volume de 416 litros, tendo sido operado com tempos de detenção hidráulica (TDH) de 6 e 4 horas. Os filtros anaeróbios tinham volumes de 12 litros, tendo sido operados com TDHs variando de 24 a 1,5 horas. Estas diferentes condições operacionais caracterizaram sete fases de pesquisa. Os reatores foram alimentados com esgotos domésticos bombeados diretamente do principal interceptor de esgotos da cidade de Belo Horizonte. Após aproximadamente um ano de monitoramento contínuo, o sistema UASB/FA apresentou resultados muito bons em termos de remoção de DQO e DBO, a também concentrações muito baixas de sólidos suspensos no efluente final. Os resultados médios de remoção de DQO e DBO variaram de 85 a 95%, possibilitando a manutenção das concentrações de DQO no efluente final na faixa de 6 a 9 mg/l e valores de DBO sistematicamente abaixo de 4 mg/l. As médias globais de SS no efluente final foram mantidas abaixo de 25 mg/l. Pelos resultados conseguidos, acredita-se que o sistema UASB/FA pode se tornar uma alternativa bastante atrativa para o tratamento de esgotos domésticos no Brasil, uma vez que o sistema pode ser projetado com TDHs muito baixos, resultando em unidades de tratamento bastante compactas e de baixo custo. PALAVRAS-CHAVE: Esgotos Sanitários, Filtro Anaeróbio, Tratamento Anaeróbio, Reator UASB, Pós-Tratamento. 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 841

2 INTRODUÇÃO O Brasil apresenta situação das mais graves no que diz respeito ao tratamento de seus efluentes domésticos e industriais. Qualquer estudo alternativo que contribua para a reversão do presente quadro reveste-se de enorme importância, principalmente se trouxer em seu escopo baixos custos de implantação, operação e manutenção. O presente estudo busca em seu cerne o aprimoramento de uma tecnologia capaz de proporcionar maior viabilidade na implantação de sistemas de tratamento de esgotos domésticos, levando-se em conta a realidade econômica brasileira e a esperança de se poder contribuir com a quitação desse enorme déficit sanitário a que a nossa sociedade está exposta. O objetivo principal e inovador deste trabalho de pesquisa é a avaliação de um processo anaeróbio utilizado para o polimento de esgotos domésticos, cuja etapa prévia de tratamento também é feita através de outro processo anaeróbio, o que sem dúvida viria minimizar tremendamente os custos energéticos e operacionais do tratamento. Dentro dessa ótica, está sendo averiguado o pós-tratamento do efluente de uma estação piloto constituída de um reator UASB tratando esgotos sanitários da cidade de Belo Horizonte, utilizando-se dois filtros anaeróbios em escala piloto, um de fluxo ascendente e outro descendente, tendo escória de alto-forno como meio suporte. A justificativa para a presente pesquisa deve-se ao fato de que, em nível mundial, não há ainda experiências consistentes relativas a etapa de pós-tratamento. O conhecimento existente é grande quando se analisa cada unidade individualmente, mas não quando se investiga a relação integrada reatores anaeróbios/pós-tratamento. No Brasil, o desempenho das unidades de pós-tratamento também não tem sido investigado de forma sistêmica. Além disso, experimentos desenvolvidos no Laboratório de Instalações Piloto do DESA, com a associação de um reator de manta de lodo e um filtro anaeróbio ascendente, operando em série, produziram bons resultados em termos de remoção complementar de DQO e de sólidos. Todavia, os experimentos foram limitados em tempo e tiveram um caráter apenas exploratório, demandando um aprofundamento do conhecimento dos mecanismos de remoção inerentes ao sistema. A remoção complementar de matéria orgânica pode-se dar por duas vias: i) pela retenção de sólidos no filtro anaeróbio, refletindo numa remoção de DQO particulada. Nesse caso, predominariam os mecanismos físicos de remoção, pela combinação dos efeitos de filtração através do meio suporte e de decantação ao longo da coluna; ii) pela formação de biofilme no meio suporte e remoção da DQO solúvel remanescente. Nesse caso, pretende-se investigar a extensão de formação de biofilme e de remoção de material carbonáceo por via bioquímica. Outro aspecto relevante face à presente pesquisa, refere-se a difusão da utilização, em Minas Gerais, de reatores de manta de lodo associados a compartimentos preenchidos com material de enchimento, de forma a propiciar uma melhoria na qualidade do efluente final. Tem-se observado uma relativa generalização de tal associação (reator de manta de lodo + filtro anaeróbio), totalmente empírica, sem qualquer critério de engenharia no dimensionamento do sistema de tratamento. Nesse sentido, a pesquisa fornecerá importantes subsídios para o projeto dessas unidades de pós-tratamento. 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 842

3 MATERIAL E MÉTODOS Os trabalhos de pesquisa foram desenvolvidos em unidades piloto de tratamento de esgotos, implantadas junto ao Laboratório de Instalações Piloto Prof. Ysnard Machado Ennes (LIP), do DESA/UFMG, situado à Rua Guaicurus n o 187, região central de Belo Horizonte. A alimentação de esgotos brutos para o LIP é feita a partir de um bombeamento efetuado diretamente do interceptor de esgotos da margem direita do ribeirão Arrudas. Os esgotos brutos são bombeados diretamente do interceptor de esgotos do Ribeirão Arrudas, em Belo Horizonte, passando inicialmente por unidades de retenção de sólidos grosseiros e areia, e depois encaminhados para um tanque de acumulação/distribuição equipado com eletrodos de controle de nível. Deste, o esgoto é bombeado para o reator UASB e o efluente encaminhado simultaneamente aos filtros anaeróbios ascendente e descendente, estes últimos operados em paralelo (Figura 1). FAasc Efl. Final Afluente Tratamento Preliminar Reato r UAS FAdsc Efl. Final Fig. 1 - Desenho esquemático da estação piloto CARACTERIZAÇÃO DOS REATORES PILOTO Os reatores utilizados na pesquisa pertencem à classe de reatores denominados RAFA - Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente. O Reator Anaeróbio de Manta de Lodo (UASB) é um processo biológico de tratamento com crescimento disperso. Seu projeto é muito simples e não demanda a implantação de qualquer equipamento sofisticado ou de meios suporte para a retenção da biomassa. O processo foi desenvolvido inicialmente para o tratamento de esgotos concentrados e sua aplicação para o tratamento de esgotos de baixa concentração (DQO abaixo de 2. mg/l) tem apresentado resultados bastante promissores. No entanto, ainda são importantes e necessárias as pesquisas em escala laboratorial e piloto, a fim de que o processo seja melhor avaliado e o seu projeto otimizado (figura 2). O Filtro Anaeróbio (FA) é um reator no qual a matéria orgânica é estabilizada através da ação de microrganismos que ficam retidos nos interstícios ou aderidos ao material suporte ou biofilme; este material suporte constitui o meio através do qual os despejos líquidos escoam. Estes filtros são operados com fluxo vertical, tanto ascendente como descendente, sendo 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 843

4 constituídos, basicamente, de um leito de pedra ou de outro material inerte, que acumula em sua superfície os microrganismos responsáveis pelo processo de estabilização da matéria orgânica. Os elevados tempos médios de residência de sólidos em ambos os reatores, que podem chegar até 1 dias, associados aos baixos tempos de detenção hidráulica, conferem aos mesmos um grande potencial para a sua aplicabilidade em tratamentos de águas residuárias de baixa concentração. São também tecnologias simples e de baixo custo, com algumas vantagens quanto à operação e manutenção (figura 3). Na tabela 1, a seguir, são apresentadas as principais vantagens e desvantagens dos processos anaeróbios de tratamento de esgotos. Quadro 1 - Vantagens e desvantagens dos processos anaeróbios de tratamento de esgotos. Vantagens Desvantagens baixa produção de sólidos baixo consumo de nutrientes baixo consumo de energia produção de gás metano tolerância a elevadas cargas orgânicas e volumétricas possibilidade de preservação da biomassa sem alimentação do reator por vários meses baixos custos de implantação as bactérias anaeróbias são susceptíveis à inibição por um grande número de compostos a partida do processo pode ser lenta na ausência de lodo de semeadura adaptado alguma forma de pós -tratamento é usualmente necessária a bioquímica e a microbiologia da digestão anaeróbia são complexas e ainda precisam ser mais estudadas. possibilidade de geração de odores, porém controláveis possibilidade de geração de efluente com aspecto desagradável remoção de nitrogênio, fósforo e patogênicos insatisfatória aplicabilidade em pequena e grande escala Fonte: Adaptado de CHERNICHARO? CAMPOS (1995); VON SPERLING (1995); HULSHOFF POL (1996) As principais características do Sistema UASB/FA utilizado na pesquisa são apresentadas no Tabela 2, enquanto os desenhos correspondentes são mostrados nas Figuras 2 e 3. Tabela 2 - Características dos reatores piloto. Característica Reator UASB FA Ascendente Altura compartimento de entrada(m).2.2 Altura corpo cilíndrico(m) 3, 1, 1, Altura separador trifásico(m) 1, - - Altura total (m) 4,2 1,5 1,5 Altura do fundo falso (m) -,2,2 Altura do meio suporte (m) - 1, 1, FA Descentente 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 844

5 Diâmetro do corpo cilíndrico (mm) Diâmetro do separador de sólidos (mm) Var. (3 a 5) - - Volume total (L) ,4 12,4 Volume útil(l) ,5 62,5 Figura 2 - Desenho esquemático do Figura 3 - Desenho esquemático do Filtro Reator UASB piloto anaeróbio. Biogás Saida do Biogas Efluente 3 NA Efluente 15 4 Pontos de Amostragem 1 Escória Alto Forno N o Pontos de Amostragem a cada 3 cm,? 1/2? 2 1 Placa Suporte Perfurada Fundo Falso Afluente Afluente A operação dos filtros anaeróbios em fluxos ascendente e descendente objetiva identificar se a remoção complementar de DQO é devida apenas a mecanismos de sedimentação e filtração (físicos), predominantes na configuração ascendente, ou se ocorrem também mecanismos de estabilização bioquímica. A configuração de fluxo descendente (meio suporte não afogado) visa priorizar o crescimento bacteriano aderido, na forma de biofilme, favorecendo dessa forma a estabilização bioquímica. No filtro descendente, existe apenas um pequeno decantador na parte inferior do reator. O projeto de pesquisa compreende a investigação de sete diferente fases operacionais, quando foram testados diferentes taxas de aplicação hidráulica no reator UASB e nos filtros anaeróbios, conforme caracterizado na Tabela o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 845

6 Tabela 3 - Resumo das características operacionais. Fase TDH(h) Taxa Aplic. Superficial (m/h) UASB FA UASB FA I 6 24,99,6 II 6 12,99,12 III 6 6,99,24 IV 4 5 1,49,28 V 4 3 1,49,48 VI 4 2 1,49,71 VII ,49,96 sistema UASB/FA foi monitorado por um período superior a 33 dias, através das seguintes análises físico-químicas: ph, temperatura, alcalinidade, ácidos voláteis, DQO total e solúvel, DBO total e solúvel, sólidos suspensos e produção de biogás. As análises foram realizadas de acordo com o Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater - 18ª edição, com frequência que variou de 1 a 3 vezes por semana. RESULTADO Os resultados obtidos após um período de 33 dias e monitoramento do sistema são apresentados de forma resumida na Tabela 4. As figuras 4 a 7 mostram gráficos contendo as médias das eficiências de remoção de DQO e de concentração de sólidos suspensos no efluente, em cada fase. RESULTADOS DE DQO Embora o reator UASB tenha apresentado elevadíssimas eficiências de remoção de DQO total, superior a 8% na maioria das fases operacionais, verificou-se que tanto o filtro ascendente como o descendente promoveram uma remoção adicional de DQO, elevando a eficiência global do sistema (UASB/FA) para cerca de 83-9% em quase todas as fases. Os resultados também demonstram que a eficiência do filtro ascendente é ligeiramente superior que a do filtro descendente. Outra constatação relevante é que em ambas as configurações, o efluente final do sistema apresentou uma DQO bastante baixa, na faixa de 6 a 8 mg/l nas fases de I a VI, portanto inferior ao rigoroso padrão da legislação ambiental em Minas Gerais que é de 9 mg/l (vide Tab. 4 e Fig.4). Em termos de remoção de DQO solúvel, os resultados obtidos com o pós-tratamento através dos filtros anaeróbios foram ainda mais expressivos. A eficiência média do reator UASB foi da ordem de 65% durante as fases II a IV, sendo que a eficiência do conjunto UASB/FA atingiu valores em torno de 72% e 75%, para os filtros ascendente e descendente, respectivamente (vide Tabela 3 e Fig. 4 e 5). Os resultados obtidos demonstram que a remoção complementar de DQO ocorre também por via bioquímica (atuando sobre a parcela da matéria orgânica solúvel), e não apenas por 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 846

7 mecanismos físicos de sedimentação e filtração ao longo da coluna (atuando sobre a parcela da matéria orgânica particulada). 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 847

8 Tabela 4 - Resumo dos resultados obtidos. Fase da Pesquisa I II III IV V VI VII Tempo de Detenção Hidráulica no 6/24 6/12 4/6 4/5 4/3 4/2 4/1.5 Sistema UASB/FA Afuente UASB (mg/l) Efluente UASB (mg/l) DQO Efluente FA Asc. (mg/l) total Efluente FA Desc. (mg/l) Eficiência UASB Eficiência UASB/FA Asc Eficiência UASB/F Desc Afuente UASB (mg/l) Efluente UASB (mg/l) DQO Efluente FA Asc. (mg/l) solúvel Efluente FA Desc. (mg/l) Eficiência UASB Eficiência UASB/FA Asc Eficiência UASB/FADesc Afuente UASB (mg/l) Efluente UASB (mg/l) DBO Efluente FA Asc. (mg/l) total Efluente FA Desc. (mg/l) Eficiência UASB Eficiência UASB/FAsc Eficiência UASB/F Desc Afuente UASB (mg/l) Efluente UASB (mg/l) DBO Efluente FA Asc. (mg/l) solúvel Efluente FA Desc. (mg/l) Eficiência UASB Eficiência UASB/F Asc Eficiência UASB/F Desc Sólidos Afuente UASB (mg/l) Suspensos Efluente UASB (mg/l) Totais Efluente FA Asc. (mg/l) Efluente FA Desc. (mg/l) o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 848

9 Fig. 4 - Médias de Resultados de DQOt e DQO s. DQO (mg\l) MÉDIA DQO TOTAL Afl UASB FA. FD I II II IV V VI VII Fase Fig. 5 - Eficiências de Remoção de DQOt e DQOs. DQO (mg\l) 5 MÉDIA DQO SOLÚVEL Afl FA. UASB FD I II II IV V VI VII Fase DQO (mg\l) EFICIENCIA MÉDIA REMOÇÃO DQO t UASB Uasb/FA Uasb/FD I II II IV V VI VII Fase DQO (mg\l) EFICIENCIA MÉDIA REMOÇÃO DQO S UASB Uasb/FA. Uasb/FD I II II FaseIV V VI VII RESULTADOS DE DBO Em termos de DBO total, o sistema UASB/FA apresentou excelentes resultados, mantendo uma concentração média de 21mg/L no efluente do FA, o que atende aos padrões internacionais mais restritivos (25mg/L). A eficiência na remoção do reator UASB, da ordem de 85%, aumentou ainda mais, para a faixa de 9% como eficiência global do sistema (vide Tabela 3 e Fig. 6 e 7). 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 849

10 Fig. 6 Médias dos Resultados de DBOt e DBOs. DBO (mg/l) DBO MÉDIA TOTAL Af Uasb FA FD II IIIFASEIV V VI VII DBO (mg/l) DBO MÉDIA SOLÚVEL Af Uasb FA FD II IIIFASEIV V VI VII Fig. 7 - Eficiências de Remoção de DBOt e DBOs. Remoção % EFICIENCIA REMOÇÃO DBO T Uasb FA FD I III FASE IV V VI Remoção % EFICIENCIA REMOÇÃO DBO S Uasb FA FD II III IVFASE V VI VII Resultados de Sólidos Suspensos Também em relação aos sólidos suspensos, embora a concentração no efluente do reator UASB tenha se apresentado bastante baixa (entre 16 a 4 mg/l), um polimento complementar foi verificado nos filtros anaeróbios, com as concentrações no efluente final variando de 9 a 3 mg/l na maioria das fases. As médias globais no efluente final, excluindo a fase VII, quando os filtros foram operados com tempos de detenção hidráulica extremamente baixos, foram 13 e 25 mg/l, para os filtros ascendente e descendente, respectivamente. Estes resultados estão em consonância com a maioria dos padrões internacionais mais restritivos (vide Tabela 3 e Fig. 8). Fig. 8 - Concentração de Sólidos Suspensos. 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 85

11 SST(mg/l MÉDIA SST SSTaf SSTUASB SSTFA SSTFD I II III IV V VI VII FASE Produção de Lodo Durante as sete fases operacionais, foram procedidos descartes regulares de lodo dos decantadores de ambos os filtros, ao término de cada fase. A análise dos resultados indicou coeficientes de produção específica de lodo de,2 e,1 gst/gdqo removida, para os filtros descendente e ascendente, respectivamente. Comparação Entre os Filtros Ascendente e Descendente Embora ambos os filtros tenham apresentado resultados similares em termos de remoção de DQO e DBO, sendo capazes de produzir efluentes de elevada qualidade, foi possível observar que performance global do filtro ascendente foi ligeiramente melhor que a do filtro descendente. Considerando que a configuração descendente inclui uma linha de recirculação, impondo dessa forma um custo adicional ao sistema, pode-se concluir que o filtro ascendente é a melhor opção para o polimento de efluentes de reatores UASB tratando esgotos domésticos. Um possível vantagem do filtro descendente seria sua maior capacidade de evitar entupimentos, quando o afluente apresenta concentrações elevadas de sólidos. Como esse não é o caso com efluentes de reatores UASB, esta vantagem passa a ser menos relevante. CONCLUSÃO Os resultados obtidos demonstram que os filtros anaeróbios ascendente e descendente podem promover uma remoção complementar de DQO e DBO de efluentes de reatores UASB. Resultados promissores foram obtidos durante todas as fases operacionais, embora as eficiências de remoção tenham caído um pouco nas fases VI e VII, devido às elevadas cargas hidráulicas impostas as filtros anaeróbios. A partir dos dados apresentados neste trabalho, pode-se assumir que filtros anaeróbios como unidades de pós-tratamento podem ser relativamente bem operadas com tempos de detenção hidráulica tão baixos quanto 3 horas, correspondendo a uma velocidade ascensional de,48 m/h. 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 851

12 Em termos de DQO e DBO solúvel, também foi observada uma remoção complementar, indicando a ocorrência de atividade biológica nos filtros anaeróbios, apesar dos baixíssimos níveis de DQO e DBO no afluente aos filtros. Resultados excelentes foram obtidos em termos de concentração de sólidos suspensos no efluente final, com médias variando entre 13 e 25 mg/l (excluindo a fase VII) para os filtros ascendente e descendente, respectivamente. Embora a pesquisa ainda esteja em curso, os resultados obtidos demonstram a aplicabilidade do sistema UASB/FA para o tratamento de esgotos domésticos, até mesmo em situações desfavoráveis quando o efluente do reator UASB apresentava concentrações muito baixas em termos de DQO, DBO e SS. Esta pode-se tornar uma alternativa promissora para o tratamento de esgotos no Brasil, uma vez que o sistema poderia ser projetado com tempos de detenção muito baixos (6 horas para o reator UASB e 3 a 4 horas para o filtro anaeróbio), resultando numa unidade de tratamento bastante compacta e de baixo custo. Além disso, o consumo energético e os custos operacionais são mínimos. 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 852

13 AGRADECIMENTOS Os autores gostariam de expressar seus agradecimentos às seguintes instituições e agências de fomento pelo apoio prestado durante o desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa:? Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA-MG)? Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnógico (CNPq)? Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental (DESA/UFMG)? Finaciadora de Estudos e Projetos (FINEP)? Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)? Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (CETEC/MG) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CAMPOS, J.R. & DIAS. Potencialidades do Filtro Anaeróbio. Revista DAE vol. 49, n.154 (1989) 2. CAMPOS, J.R.; RODRIGUES, B.A.S., e FORESTI, E. Emprego de Filtro Anaeróbio para Tratamento de Efluentes Líquidos de Indústrias de Consevas de Carnes Encontro sobre Tratamento Anaeróbio de Efluentes. COPPE -UFRJ - CEDAE - CNPq. Rio de Janeiro (1985). 3. CHERNICHARO, C.A.L. The effect temperature and substrate concentration upon the performance of UASB reactors Ph.D. Thesis, University of Newcastle upon Tyne, UK (199). 4. CHERNICHARO, C.A.L. & CAMPOS, C.M.M.. Tratamento Anaeróbio de Esgotos. DESA, Apostila (1995). 5. LETTINGA, G.; HULSHOFF POL, L.; WIEGANT, W.; de ZEEUW, W; GRIN, P., ROERSMA, R. KOTTER, I.W., HOBMA, S.W. & SYED, S.K.J. High Rate Anaerobic Wastewater Treatment Using the UASB-reactor under a wide Range of Temperature Conditions. Biotechnology and Genetic Engineering Reviews, Vol.2, (1984). 6. PINTO, J.D.S. Tratamento de Esgotos Domésticos Através de Filtro Anaeróbio Utilizando Escória de Alto Forno como Meio Suporte Dissertação de mestrado UFMG (1995). 7. VAN DEN BERG, L. & KENNEDY, K.J. Support Materials for Stationary Fixed Film Reactors for High-rate Methanogenic Fermentation. Biotechnology Letters, Vol.3, No.4, (1981). 8. VAN DEN BERG, L.; KENNEDY, K.J. & HAMODA, Effect of Type of Water on Performance of Anaerobic Fixed-Film and Upflow Sludge Bed Reactors. Proceedings form the 36 th Industrial Waste Conference Pardue, (1982). VAN DEN BERG, L. E LENTZ, C.A. Comparition Between Up- and Downflow Anaerobic Fixed-film Reactors of Varying Surface- to-volume Ratios for the Treatment of Bean Blanching Waste. Proceedings of 34th Purdue Industrial Waste Conference, Purdue University, USA, (1979). 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 853

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