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1 Brasil Conectado Programa Nacional de Banda Larga

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3 Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital CGPID Secretaria-Executiva Programa Nacional de Banda Larga

4 Programa Nacional Banda Larga Documento base do Programa Nacional de Banda Larga. Publicação da Secretaria-Executiva do Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital Versão eletrônica: Presidência da República. Publicação de cunho informativo e de prestação de serviço. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução de informações contidas nesta publicação, desde que citada a fonte. Seu conteúdo não pode ser alterado. As informações aqui divulgadas, sem menção à fonte, são obtidas diretamente de ministérios e instituições da Administração Federal. Informações de origem diversa são veiculadas mediante citação da fonte. Divulgado em 30 de novembro de Contato: brasilconectado@planalto.gov.br 4

5 Índice Apresentação...6 Como foi construído o Programa Nacional de Banda Larga...8 Diagnóstico e oportunidades para um Programa Nacional de Banda Larga...9 A infraestrutura de banda larga como fator de indução do desenvolvimento...9 A necessidade de um Programa Nacional de Banda Larga para o Brasil...11 Foco, conceito e fundamentos do Programa...16 O Programa Nacional de Banda Larga como instrumento de integração entre o público e o privado em prol do desenvolvimento do País...16 O conceito proposto de acesso em banda larga...18 Os fundamentos: redução de preço, aumento de cobertura e de velocidade...18 As ações do Programa Nacional de Banda Larga...21 Regulação da infraestrutura (regulação e normas)...24 Regulação dos serviços...26 Incentivos fiscais e financeiros ao serviço...35 Política produtiva e tecnológica...38 Rede Nacional...41 Resumo das ações do Programa Nacional de Banda Larga...50 Governança do PNBL...54 CGPID...54 Governança...54 O Fórum Brasil Conectado...55 Anexo Conteúdos, Aplicações e Serviços no PNBL

6 Programa Nacional Banda Larga Apresentação A construção do caminho para superar o abismo social que divide a sociedade brasileira é o grande objetivo do Programa Nacional de Banda Larga. A inclusão social possui hoje uma nova e importante dimensão: a inclusão digital. A estratificação social e o acúmulo de riqueza cada vez se dão mais em função da capacidade de acessar, produzir e circular o conhecimento. A inclusão digital é uma questão de cidadania: um novo direito em si e um meio para assegurar outros direitos à população. A importância de se estabelecer entre os desafios do milênio as medidas rumo à sociedade da informação foi debatida na Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação (CMSI), em 2003, em Genebra, e em 2005, em Túnis. Firmou-se compromisso comum de construção de uma Sociedade da Informação centrada na integração dos indivíduos e orientada para o desenvolvimento, em que todos possam consultar, criar e compartilhar a informação e o conhecimento. O governo federal, a partir disso, tem adotado a visão de que a inclusão digital representa garantir que os cidadãos e instituições disponham de meios e capacitação para acessar, utilizar, produzir e distribuir informações e conhecimento, por meio das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), de forma que possam participar de maneira efetiva e crítica da sociedade da informação. De um lado, uma parcela da sociedade contemporânea, de alta qualificação, que propicia as posições de melhor remuneração e que disponibiliza serviços complexos, já atua em rede. Fora da rede, concentram-se os serviços de baixa complexidade e de menor valor agregado. As manifestações culturais, individuais e coletivas estão cada vez mais na internet. O próprio governo depende da internet, tanto para prestar seus serviços quanto para dar suporte aos serviços que disponibiliza ao cidadão. De outro lado, uma significativa fatia da população ainda não tem acesso às TIC, inclusive à banda larga. No futuro, o acesso a meios avançados de comunicação, em seus diferentes suportes tecnológicos, será ainda mais relevante. A disponibilidade da banda larga, em particular, determinará a inserção do cidadão na sociedade. O brasileiro sem acesso à banda larga terá menos emprego, cultura, educação e participação democrática. E a velocidade do acesso que for disponibilizado será uma importante medida de inclusão social do cidadão. 6

7 A massificação da banda larga deve ser vista como um instrumento de efetivação de direitos dos cidadãos da era digital. Disponibilizar infraestrutura de banda larga que permita acesso em alta velocidade é fundamental. Não é, contudo, suficiente. É necessário garantir que essa banda larga disponibilizada se traduza em acesso à informação por meio de conteúdos relevantes, independentemente de localização geográfica ou nível de renda da população, que, ao agregar valor à informação, tal processo traga frutos para quem mais precisa. A questão social não pode ser o resultado marginal da política de telecomunicações do Brasil: deve ser o objetivo primeiro e último, sua razão de ser e seu principal destino. A inclusão digital apenas servirá ao País se for pensada, planejada e executada como meio de inclusão social, e não apenas como um fim em si mesma. 7

8 Programa Nacional Banda Larga Como foi construído o Programa Nacional de Banda Larga A construção do Programa Nacional de Banda Larga teve início por determinação do presidente da República, em reunião realizada no dia 15 de setembro de Nessa data, o presidente convocou os principais ministérios que possuíam programas voltados à inclusão digital com o objetivo de coordenar e harmonizar as iniciativas em curso na Administração Federal. Após as apresentações dos programas em curso, ficou determinado que as entidades presentes formulassem um programa que condensasse as iniciativas em curso e as propostas apresentadas, com o propósito de ampliar substancialmente o número de usuários com acesso à internet em banda larga em todas as regiões do Brasil e, consequentemente, o uso e a apropriação dos diferentes conteúdos e serviços digitais existentes no País. Para os trabalhos, os órgãos e entes presentes na reunião foram convidados a indicar técnicos com disponibilidade para se dedicar em tempo integral à elaboração do Programa. Os técnicos foram organizados em dois grupos temáticos: 1. infraestrutura e 2. regulação e serviços. Durante os meses de outubro e novembro de 2009, cada grupo temático produziu propostas específicas de sua área temática. Entre dezembro de 2009 e maio de 2010, representantes de ambos os grupos consolidaram os trabalhos. O tema de regulação e serviços agrupou as discussões sobre adaptação das normas em vigor para propiciar um ambiente regulatório mais favorável ao desenvolvimento do acesso em banda larga. Sob o tema de infraestrutura, os técnicos se concentraram sobre a proposta de uso das fibras óticas associadas à infraestrutura de empresas sob controle da União, no intuito de criar uma rede nacional capaz de prover acesso à internet em banda larga. O resultado dos trabalhos foi apresentado a entes do governo federal, especialistas do setor, representantes de grandes e pequenas operadoras e entidades de defesa dos usuários. A proposta final foi apresentada ao presidente da República em reunião realizada em 8 de abril de 2009 e, em 13 de maio de 2010, foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto nº 7.175, que instituiu o Programa Nacional de Banda Larga. 8

9 Diagnóstico e oportunidades para um Programa Nacional de Banda Larga A infraestrutura de banda larga como fator de indução do desenvolvimento Entre os grandes investimentos em infraestrutura nestes primórdios de século XXI, os ligados ao setor de telecomunicações têm destaque por seu dinamismo e por sua influência crescente na composição do produto interno bruto das nações desenvolvidas. Isso torna as telecomunicações um setor particularmente importante para políticas de desenvolvimento em geral e, em particular, para políticas anticíclicas, como as que estiveram em curso para combater os efeitos da crise econômica iniciada em A implantação da infraestrutura de telecomunicações, por si só, gera um considerável número de postos de trabalho. Estudo elaborado em 2009 pelo Banco Mundial estima que, para um investimento de 5 bilhões de dólares em infraestrutura de telecomunicações, são criados de 100 mil a 250 mil empregos diretos e algo em torno de 2,5 milhões de empregos indiretos. A infraestrutura de telecomunicações repercute em todos os setores da economia, pois propicia ganhos de produtividade e acesso a novos mercados, produtos e serviços. Esse fato é comprovado pelo Banco Mundial, cujo estudo também busca demonstrar o impacto do acesso à banda larga na renda per capita de países menos desenvolvidos. O estudo revelou um impacto bastante elevado: entre 1980 e 2006, para países de renda baixa e média, estimou-se que cada 10% de crescimento na penetração de banda larga reverteu-se em um crescimento de 1,38% do PIB per capita 1. A pesquisa comprova ainda que o impacto positivo da banda larga sobre a renda per capita é o maior em comparação às demais categorias de TIC. Os impactos positivos da implantação da infraestrutura para conexão em banda larga tendem a se acentuar com o passar dos anos, uma vez que a economia da 1 Qiang e Rossotto. Economic impacts of broadband. Information and Communications for Development 2009: Extending Reach and Increasing Impact. Banco Mundial,

10 Programa Nacional Banda Larga informação e do conhecimento cresce em tamanho absoluto e em relevância frente a outros setores econômicos. Mesmo na chamada economia tradicional, a matriz produtiva é cada vez mais dependente de ferramentas de tecnologia da informação e da comunicação. Uma política de telecomunicações, portanto, tem aspecto estratégico na inserção econômica do País nos mercados globais. Um programa para massificação da banda larga permite, ainda, ao País desenvolver a política produtiva e tecnológica, bem como uma política para serviços, aplicações e conteúdos digitais. Os fatores acima descritos permitem concluir que um programa nacional para massificação da banda larga pode evitar o desenvolvimento assimétrico do Brasil, onde algumas regiões economicamente dinâmicas experimentam um padrão de renda e de vida típicos de países desenvolvidos, enquanto outras convivem com miséria e atraso tecnológico. A desconcentração de oportunidades, além de seu valor intrínseco, também traz grandes possibilidades de aumento da capacidade inovadora do País e do florescimento de potencialidades naturais e culturais. A diversidade é base para a inovação; enquanto ela for suprimida pela assimetria do desenvolvimento, todo o País perderá. A importância estratégica do setor explica o porquê de programas para a expansão da cobertura de rede para acesso em banda larga terem sido incluídos em pacotes de medidas anticíclicas dos principais países desenvolvidos e em desenvolvimento. Alemanha, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Irlanda, Japão, Portugal e Singapura: todos esses países contam com planos específicos de políticas públicas para ampliação do acesso em banda larga. Praticamente todos esses planos tratam do provimento de conexão por banda larga para áreas rurais e localidades remotas, o que demonstra a sua importância como política de desconcentração de oportunidades. Enfim, um programa para massificação da banda larga tem efeitos virtuosos, equaliza oportunidades, gera empregos e propicia crescimento do PIB. É um programa para viabilizar uma infraestrutura portadora de futuro, capaz de preparar o País para a nova configuração econômica, social, cultural e educacional do século XXI. 10 A existência de uma conexão veloz e barata, portanto, é pressuposto para o desenvolvimento social de uma comunidade. Ressalte-se que a concentração de bons serviços de conexão nas grandes cidades pode aprofundar ainda mais as distâncias sociais, uma vez que as políticas públicas direcionadas às áreas rurais e localidades remotas terão cada vez menor eficácia relativa. Em outras palavras, o desenvolvimento social simétrico da sociedade brasileira depende de uma rápida democratização da rede. E o momento para tanto é agora.

11 A necessidade de um Programa Nacional de Banda Larga para o Brasil A oferta de serviços de telecomunicações no Brasil teve notável progresso nos tempos recentes. Para uma população projetada de cerca de 191,5 milhões de brasileiros, o Brasil conta hoje com mais de 180 milhões de acessos de telefonia móvel e mais de 41 milhões de assinaturas de telefonia fixa (vide Tabela 1, a seguir). Tabela 1 - Oferta dos serviços de telecomunicações (jun/2010) Penetração Disponibilidade Número de assinaturas (milhões) Penetração do serviço (acessos/100 hab.) % da população coberta pelo serviço % dos municípios cobertos pelo serviço Telefones celulares 185,1 95,9 99,1 95,7 Telefones fixos * 41,5 21, Banda larga fixa (Cabo, ADSL, Wi-Fi) Banda larga móvel (3G) 12,27 6,36 87,9 68,2 13,9 7,2 65,1 13,2 TV por assinatura ** 8,4 4,4 65,9 13,9 *Considerados apenas os acessos em serviço. Fontes: Telebrasil, Anatel, IDC, Teleco **Considerados apenas MMDS e TV a cabo. No que se refere ao serviço de acesso à internet em banda larga, conforme dados de 2009, as cinco maiores prestadoras do serviço, que são também prestadores de telefonia fixa e/ ou de TV por assinatura, disponibilizam o serviço em 63,5% dos municípios. Contudo, o número de seus assinantes, apesar da trajetória francamente ascendente nos últimos anos, representa pouco menos de 5% do total de assinantes de serviços de telecomunicações (vide Tabela 1, acima). Outro ponto importante é que a expansão do serviço de acesso em banda larga, do ponto de vista geográfico, não veio das grandes empresas. Em razão dos cerca de pequenos e microprestadores existentes no País, a cobertura do serviço de banda larga ultrapassa 85% dos municípios brasileiros 2. O número de assinantes, contudo, não chega a 800 mil. É um número baixo em comparação aos mais de 11 milhões de assinantes das cinco maiores 2 Dados Anatel,

12 Programa Nacional Banda Larga prestadoras. Assim, apesar da extensão geográfica do serviço ser razoável em termos de cobertura de municípios, seu uso é restrito a uma pequena parcela da população. Dados do Cetic.br 3 permitem concluir que 85% dos lares urbanos brasileiros não possuem acesso à internet em banda larga. Portanto, a internet em banda larga é de uso muito restrito no Brasil e é um grande desafio difundir o acesso a esse serviço 4. Além disso, uma análise de dados históricos da pesquisa demonstra que a diferença entre 1. o número de domicílios com computador e acesso à internet e 2. o número de domicílios com computador, mas sem acesso à internet, é cada vez maior. A comparação com o restante do mundo mostra que o Brasil está abaixo da média mundial em termos de densidade de banda larga (acessos/100 habitantes), ao contrário do que ocorre com a densidade de telefones fixos e celulares. Ainda, apesar de o preço relativo ter sofrido redução pela metade em um ano, a concentração geográfica da oferta do serviço impediu que a densidade respondesse proporcionalmente. Tabela 2 Densidade e Preço de Banda Larga em Diferentes Países Suécia Densidade Holanda Holanda Suécia Coréia Canadá UK França Alemanha Canadá UK França Austrália Japão EUA Austrália Japão Alemanha Espanha Itália Espanha Itália Polônia Polônia México Argentina Chile Chile Argentina Rússia Brasil China Rússia México Índia Índia Preço Relativo China Brasil 12 Fonte: IPEA (2010) / UIT (2009) 3 Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação. Pesquisa sobre o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil Disponível em 4 A despeito da baixa penetração da internet banda larga nos domicílios brasileiros, o referido estudo do Cetic.br aponta que os usuários de internet já somam 63 milhões, sobretudo em função dos acessos à internet efetuados por meio de centros públicos de acesso pago e gratuito (lan houses e telecentros).

13 Um fator limitante à ampliação do acesso à internet em banda larga por meio de diferentes plataformas tecnológicas é a carência de infraestrutura. Conforme já mencionado, pouco mais da metade dos municípios brasileiros são cobertos pelo serviço de banda larga associado à prestação da TV por assinatura (cable modem) ou da telefonia fixa (ADSL), que permitem velocidades de acesso maiores, mais estabilidade do serviço e custos menores. Essa falta de infraestrutura impede o acesso confiável e mais barato em localidades onde há demanda pelo serviço e, como consequência, a produção e circulação de conteúdos e serviços digitais, sejam eles imagens, áudio, dados de visualização ou textos, que poderiam colaborar para a melhoria da qualidade de vida da população urbana e rural. Outro aspecto importante de infraestrutura diz respeito à capacidade de tráfego de dados em banda larga. Além da ampliação da rede, é importante melhorar sua qualidade. Um estudo feito pelas Universidades de Oxford e de Oviedo em 2008, sob encomenda da Cisco, analisou a qualidade da banda larga em 42 países, e o Brasil ficou em 38º lugar 5. Um elemento importante e que representará um gargalo no futuro, no que concerne à infraestrutura de banda larga, diz respeito ao tipo de serviço ou aplicação a ser utilizada, que depende da capacidade de tráfego de dados. Estudo realizado pela Planned Approach 6 aponta que algumas aplicações, como, por exemplo, a utilização de serviços de Internet Banking, requerem o mínimo de capacidade de tráfego de dados igual a 12 kbps (kilobits por segundo), sendo que, para a transmissão com plena confiabilidade, seriam desejáveis 120 kbps. Já no caso da aplicação de IPTV, o mínimo necessário para a transmissão de dados é 1 Mbps (megabits por segundo), sendo que, para a transmissão com plena confiabilidade, seriam desejáveis 8 Mbps para a população aceder a imagens, sons, dados de visualização e textos com qualidade. No caso do uso da TV digital aberta e gratuita com acesso à internet, também são necessárias velocidade e qualidade de transmissão para que os conteúdos e serviços digitais possam ser utilizados rapidamente por meio do canal de retorno. Na maioria dos municípios do País, as velocidades disponibilizadas estão próximas do necessário para a confiabilidade das aplicações mais simples (120 kbps) e inviabilizam qualquer serviço de maior complexidade. A relação direta entre renda e acesso à internet impõe mais um obstáculo à difusão da banda larga no Brasil. Analisando o perfil do usuário de internet no Brasil, o estudo do Cetic.br constatou que apenas 16% dos indivíduos com renda de até um salário mínimo 5 O índice de qualidade de banda larga, criado para o estudo, leva em conta as velocidades de download (recebimento de dados), upload (envio de dados) e a latência (tempo que um pacote de dados leva da fonte ao seu destino). Fonte: 6 Bringing High Bandwidth to Everyone in the Community. Disponível para consulta em: 13

14 Programa Nacional Banda Larga são usuários de internet, contra 79% daqueles com renda na faixa de dez ou mais salários mínimos. Dito de outra forma, a baixa renda da maioria da população brasileira se traduz em um reduzido mercado potencial para serviços de banda larga. Entretanto e este é mais um aspecto relevante para justificar esforços para a ampliação do acesso a disponibilidade de serviço de banda larga tem impacto significativo sobre a renda do País. Logo, maior acesso à banda larga implica um aumento do mercado potencial para esse serviço, gerando um ciclo virtuoso de desenvolvimento tecnológico e econômico. O obstáculo da renda acaba por se relacionar intimamente à carência de infraestrutura de banda larga: esta atende às regiões com maior potencial de consumo (com maior renda) em detrimento daquelas mais empobrecidas, que, assim, não se beneficiam do impacto positivo do serviço de banda larga sobre o desenvolvimento econômico local. Logo, não surpreende constatar que a distribuição geográfica da densidade de acessos de internet em banda larga seja reflexo da distribuição regional de renda no Brasil. Figura 1 Densidade de Acessos Banda Larga (densidade por 100 hab) até 1,5 até 1,5 a 3,5 Fonte: Teleco 7 até 1,5 a 6,1 acima 6, Disponível para consulta em

15 Com efeito, o estado de São Paulo detém 42% das conexões em banda larga do Brasil, de acordo com dados da consultoria IDC Brasil 8. Vale ressaltar que toda a região Nordeste responde por somente 6% do total de conexões do País. Dado o já salientado impacto positivo do acesso à banda larga sobre a renda per capita, pode-se dizer que investimentos na ampliação do acesso poderiam amenizar as desigualdades regionais de renda. Mesmo em localidades de maior renda e com infraestrutura disponível, o custo da conexão é uma barreira relevante para o acesso à internet: ainda de acordo com a pesquisa do Cetic.br, 50% dos entrevistados de todo o País, residentes em domicílios urbanos, que possuem computador, mas não possuem conexão, afirmam não ter condições financeiras de pagar pelo acesso. De fato, o custo da banda larga no Brasil é alto para a realidade socioeconômica brasileira. De acordo com pesquisa realizada pelo IPEA, o gasto com banda larga representa 4,5% da renda mensal per capita brasileira. Na Rússia, ele representa 1,68% e, nos países desenvolvidos, 0,5% 9. Ainda, levantamento da TelComp (Associação Brasileira de Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas) mostra, por exemplo, que o preço do Megabit por segundo (Mbps) oferecido em Manaus/AM é 395 vezes mais caro que a mesma velocidade disponibilizada no Japão. Outro levantamento, este conduzido pela consultoria IDC Brasil, constatou que o custo médio da velocidade mínima (128 kbps) era de US$ 30. Enquanto isso, no Chile, onde a velocidade mínima à venda é mais que o dobro da brasileira (300 kbps), o preço era US$ 34,71. Na Argentina, 512 kbps custavam, na época, US$ 27, Na medida em que acesso à banda larga é determinante para a inclusão social e econômica dos indivíduos, o custo desse serviço se soma a outros fatores estruturais da sociedade brasileira na perpetuação da concentração de renda e consequente exclusão social de parcela significativa da população. É dentro desse contexto que a oferta gratuita de conteúdos públicos digitais (nas áreas de informação, entretenimento, cultura, educação, entre outras) e de serviços públicos digitais (de governo eletrônico, educação a distância, 8 Barômetro CISCO de banda larga Brasil Disponível em: 9 Análise e recomendações para as políticas públicas de massificação de acesso à internet em banda larga. Comunicados do IPEA, nº 46, 26 de abril de Fontes: e 15

16 Programa Nacional Banda Larga saúde ou banco eletrônico) disponibilizados por meio de computadores, celulares, rádio, cinema ou televisão digital interativa cresce em relevância. Ao lado da oferta de banda larga com preços acessíveis às diferentes camadas da população, a produção e oferta serviços, aplicações e conteúdos digitais interativos fazem parte de um projeto amplo de inclusão social a partir do uso das tecnologias digitais e da universalização da banda larga. As prestadoras de serviços, por sua vez, argumentam que o preço cobrado é expressivamente influenciado pela elevada carga tributária que recai sobre o setor. Assim, a tributação é identificada pelo segmento empresarial das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) como a principal restrição à ampliação do acesso. Outra importante restrição à difusão da banda larga no Brasil é a falta de qualificação da população para lidar com esse tipo de tecnologia. A pesquisa do Cetic.br identificou que 53% dos entrevistados apontam a falta de habilidade com o computador ou com a internet propriamente dita como principal razão para não utilizarem a internet. Essa falta de qualificação pode privar de acesso mesmo aqueles indivíduos que possuiriam condições financeiras de contratar o serviço. Isso indica que investimentos na ampliação do acesso à banda larga devem necessariamente vir acompanhados de programas de formação para o uso das tecnologias digitais e da internet. Os programas de capacitação e qualificação (formação) devem ser voltados ao desenvolvimento de habilidades e competências no uso e produção de aplicações, conteúdos e serviços nas mais diversas plataformas, tais como: computadores, televisão digital interativa, celulares e videojogos em rede. Foco, conceito e fundamentos do Programa O Programa Nacional de Banda Larga como instrumento de integração entre o público e o privado em prol do desenvolvimento do País O acesso em banda larga, como visto, é pressuposto para o desenvolvimento econômico e social do País. Todavia, a distribuição do acesso em banda larga é concentrada nos grandes centros urbanos e nas populações de maior poder aquisitivo. Adicionalmente, 16

17 a infraestrutura de rede para suportar o crescimento do acesso é hoje insuficiente. Esse problema decorre de várias questões, que passam pela falta de investimento para a ampliação da rede e por questões que ultrapassam o próprio modelo regulatório para a banda larga. O Programa Nacional de Banda Larga possui como foco inicial a disponibilidade de infraestrutura e o desenho de uma política produtiva e tecnológica compatível. Por outro lado, o PNBL possui a estrutura de continuidade desse processo, que deve aprimorar as medidas ora previstas e ainda lidar com novos focos, dentre eles conteúdos, aplicações e serviços, dos quais se destacam propostas para governo eletrônico, educação, saúde, segurança pública, comércio e serviços, informação e entretenimento, conforme esquema a seguir. Figura 2 Foco do Programa Nacional de Banda Larga Governo Eletrônico E-gov Educação Saúde Segurança Pública Comércios e Serviços Informação e Entretenimento Outros Foco Subsequente do Programa Aplicações/Serviços Conteúdos Digitais Foco Inicial do Programa Política Produtiva e Tecnológica Infraestrutura Banda Larga No caminho a ser percorrido, é necessário equilibrar a necessidade de atuação direta do Estado com um modelo que respeite o papel fundamental da iniciativa privada no desenvolvimento e no aprimoramento do setor de telecomunicações. O Programa Nacional de Banda Larga, assim, deve se constituir em elemento central de uma política pública que defina diretrizes claras não só para o mercado, mas também norteadoras da ação do Estado, tendo como premissa básica a inclusão social. 17

18 Programa Nacional Banda Larga O conceito proposto de acesso em banda larga O acesso em banda larga é caracterizado pela disponibilização de infraestrutura de telecomunicações que possibilite tráfego de informações contínuo, ininterrupto e com capacidade suficiente para as aplicações de dados, voz e vídeo mais comuns ou socialmente relevantes. O conceito de acesso em banda larga adotado pelo PNBL é propositalmente fluido, definido pelo conjunto das aplicações disponíveis em dado momento, e não por uma capacidade pré-estabelecida. A banda larga deve ser o serviço capaz de dar suporte a essas aplicações. O conceito é indiferente à tecnologia utilizada e não faz restrição quanto à mobilidade e à portabilidade, incentivando o desenvolvimento de aplicações, conteúdos e serviços interativos que favoreçam a participação coletiva, colaborativa e democrática da população, seja ela urbana ou rural. Ao adotar esse conceito, o objetivo é que o PNBL se constitua como uma política pública que privilegie a igualdade de oportunidades. Mais importante do que a velocidade do acesso em regiões urbanas ou rurais, centrais ou periféricas, ricas ou pobres, é que o acesso possibilite as mesmas chances de se comunicar, de acessar e/ou produzir conteúdos digitais, de realizar transações ou de interagir no mundo virtual. A banda larga, portanto, será aquela suficiente para que as oportunidades sejam isonômicas em todo o País. Os fundamentos: redução de preço, aumento de cobertura e de velocidade O PNBL se estrutura em três pilares: redução de preço, aumento de cobertura e de velocidade. Com esses três pilares, busca-se ampliar o número de cidadãos que dispõem de acesso a infraestrutura capaz de prestar o serviço e possibilitar a fruição de aplicações, conteúdos e serviços avançados, que demandam maior capacidade de transmissão de dados. 18

19 Figura 3 Fundamentos do PNBL Cobertura Velocidade Fundamentos do Programa Preço Reduzir o preço do acesso em banda larga é o caminho mais rápido para aumentar a penetração do serviço Mais de 70% da população brasileira encontra-se em municípios onde já está disponível infraestrutura de acesso em banda larga por meio de tecnologia associada à prestação de TV por assinatura ou de telefonia fixa (STFC). Se for considerada a atuação de pequenos e médios provedores, que usam radiofrequência não licenciada (Wi-Fi em 2,4 GHz, sobretudo), tem-se mais de 90% da população coberta. Contudo, como visto, o preço do serviço no Brasil é um forte fator de retenção para o seu acesso: mesmo que se amplie a infraestrutura para alcançar todo o território nacional, menos de 30% da população poderá ter acesso ao serviço, em função de este de ser caro demais. Estudo publicado pelo IPEA 11 indica que, caso houvesse oferta indiscriminada de pacotes de serviço de acesso em banda larga a R$ 35,00, 61,2% dos domicílios teriam o serviço. Se, em vez disso, a cesta mínima fosse ofertada a R$ 15,00, 78,5% dos domicílios tê-lo-iam. Hoje, no Brasil, conforme já apontado, somente 15% dos domicílios possuem acesso à internet em banda larga. Isso demonstra que a redução do preço do serviço permitiria um crescimento significativo no número de domicílios com acesso. 11 Sousa, Oliveira, Kubota e Almeida. Banda larga no Brasil por que ainda não decolamos? Radar: tecnologia, produção e comércio exterior, nº 5, dez

20 Programa Nacional Banda Larga Ampliar a cobertura é o caminho necessário para que o acesso às telecomunicações seja cada vez menos determinado pelo local onde se encontra o usuário Não basta, porém, reduzir o preço. É necessário implantar infraestrutura que possibilite o acesso, independentemente da localização geográfica do usuário. Conforme já apontado, apenas 63,5% dos municípios possuem acesso em banda larga por meio de tecnologias fixas. Quanto ao acesso móvel, a licitação das faixas de frequência para serviços 3G previu obrigação de cobertura para 67% dos municípios até A obrigação para o fim de 2010 é ter cobertura em todas as capitais e municípios com mais de 500 mil habitantes. Para além da infraestrutura e da oferta de preços acessíveis, é preciso intensificar os projetos locais, regionais e nacionais de produção de conteúdos e serviços digitais interativos que valorizem a cultura e a identidade brasileira, respeitando sua diversidade e desenvolvendo formação, capacitação a distância, pesquisa e inovação por meio de diferentes plataformas tecnológicas. A ausência de infraestrutura, portanto, é barreira para o acesso em banda larga para cerca de um terço do País, em termos geográficos. Embora mais da metade da população esteja em áreas atendidas, a ausência de infraestrutura contribui para um cenário de concentração de oportunidades. Para além da infraestrutura e da oferta de preços acessíveis, é preciso intensificar os projetos locais, regionais e nacionais de produção de conteúdos e serviços digitais interativos que valorizem a cultura e a identidade brasileira, respeitando sua diversidade e desenvolvendo formação, capacitação a distância, pesquisa e inovação por meio de diferentes plataformas tecnológicas. Aumentar a velocidade da banda larga é medida urgente para colocar o País em condições de igualdade com o resto do mundo À medida que a média mundial da velocidade de acesso em banda larga evolui, a complexidade das aplicações, dos conteúdos e serviços digitais que por ela trafegam aumenta na mesma proporção. Dez anos atrás, o máximo que uma boa conexão à internet permitia era acessar portais com alguns recursos visuais. Era comum a transmissão de arquivos necessitar de algumas horas para se realizar. Hoje, uma boa conexão permite o acesso imediato à internet. 20

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