CONCESSÃO DE REFÚGIO NO BRASIL A PROTEÇÃO INTERNACIONAL HUMANITÁRIA NO DIREITO BRASILEIRO

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1 CONCESSÃO DE REFÚGIO NO BRASIL A PROTEÇÃO INTERNACIONAL HUMANITÁRIA NO DIREITO BRASILEIRO Artigo CONCESSÃO DE REFÚGIO NO BRASIL A PROTEÇÃO INTERNACIONAL HUMANITÁRIA NO DIREITO BRASILEIRO João Alberto Alves Amorim 1 artigo recebido em 25/02/2012 artigo de autor convidado RESUMO: Membro originário da Convenção sobre o Estatuto do refugiado, de 1951, e protagonista historicamente importante na recepção e proteção de refugiados, o Brasil é peça-chave na sociedade internacional em relação ao regime internacional de proteção e acolhida de refugiados. Em passado recente, o país agregou às normas internacionais promulgadas em seu ordenamento jurídico, lei específica em relação ao tema, que em muito beneficiou o sistema de proteção internacional da pessoa humana e colaborou para a institucionalização do tema no direito nacional. Entretanto, apesar dos benefícios trazidos pela lei, muito ainda há que se fazer, no sentido de se garantir a eficácia desejada pelo regime internacional e se assegurar a efetiva inserção e acolhida dos refugiados no seio da sociedade brasileira. Este artigo analisa o histórico da formação internacional do instituto do refúgio, bem como o longo caminho jurídico percorrido em sede do ordenamento jurídico brasileiro. Além disto, discute as principais questões, ainda pendentes de solução jurídica, que dificultam a efetiva inserção dos refugiados na sociedade brasileira. Palavras-chave: Refugiados. ACNUR. CONA- RE. Proteção Internacional. Direitos Humanos. ABSTRACT: As an original member of the Refugee Convention, from 1951, and an important historic lead actor in the recepcion and protection of refugees, Brazil has a key role in international 1 Doutor em Direito Internacional pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Advogado do convênio entre o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados e a Cáritas Arquidiocesana de São Paulo para atendimento e orientação a refugiados, de a Consultor em Direitos Humanos e Direito Ambiental. Professor Universitário. Revista Internacional de Direito e Cidadania, n. 12, p , fevereiro/

2 AMORIM, J. A. A. socicety regrading refugees international regime. In a recent past, the country added to international rules enforced in its homeland legal structure a federal law, specificly on the subject, which colaborated to the institutionalization of the legal procedure to the recognizing of the refugee status. However, despite the huge benefits brought by this law, still there s a lot to build, in the sense of assuring an efective insertion and recepcion of the refugee in the brazilian society. This article discusses the history of the formation of the refugee international regime, as well as the long legal path walked in the brazilian legal system on this matter, and the delicated questions still pending of legal solution. Keywords: Refugees. UNHCR. CONARE. Brazilian refugee Law. International protection. Human Rights. Noções gerais dos antecedentes históricos e do tratamento jurídico internacional da proteção dos refugiados A questão dos refugiados ingressou na preocupação da sociedade internacional desde o início do século XX, que por razões humanitárias passou a disciplinar este tema e a assumir responsabilidades relacionadas à sua proteção e assistência 2. Apesar de ocorrências de migrações forçadas e êxodos em massa estarem presentes ao longo da história da humanidade, é somente no começo do século XX que, com o incremento do processo de internacionalização de temas adstritos exclusivamente à disciplina do direito interno dos Estados soberanos, sobretudo na área de direitos humanos, encontram-se as origens históricas do direito internacional dos refugiados, no seio da então Liga das Nações. Este período é dividido por José H. Fischel de Andrade em duas fases 3 : a. Fase de qualificação coletiva, de a 1.938, onde ocorreram as primeiras articulações da sociedade internacional com o intuito de dar-se a devida proteção aos refugiados. As regras desta época eram, sobretudo, estabelecidas em cima de cada caso de deslocamento forçado, o que levava à qualificação e reconhecimento da condição de refugiado pela pertinência a determinado grupo e não como condição pessoal. A preocupação revelada nas normas internacionais deste período era a definição do termo refugiado em sentido amplo, não se atendo a pessoas individuais, mas a grupos de vítimas de deslocamentos forçados tomados na sua totalidade 4. São desse período a constituição do Alto Comissariado para os Refugiados Russos 5, as regras de proteção específica aos refugados armênios 6, turcos, assírios e assírios-caldeus, a criação do Escritório Internacional Nansen para os Refugiados e o Alto Comissariado para os Refugiados (judeus e outros) provenientes da Alemanha. b. Fase de qualificação individual, de a 1.952, onde foram criados o Alto Comissariado da Liga das Nações para os Refugiados, o Comitê Intergovernamental para os Refugiados, a administração das Nações Unidas para o Socorro e a Reconstrução a Organização Internacional para os Refugiados e, finalmente, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados 7 (ACNUR, em português) e a Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados A Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados, adotada pelas Nações Unidas em , considera refugiado toda a pessoa que: a. Foi considerada refugiada 9 nos termos dos Ajustes de 12 de maio de e de 30 de junho de 1.928, ou das Convenções de 28 de outubro de e de 10 de fevereiro de e do Protocolo de 14 de setembro de 1.939, ou ainda da Constituição da Organização Internacional dos Refugiados 10. b. Que, em conseqüência dos acontecimentos ocorridos antes de 1.º de janeiro de e temendo ser perseguida por 64 Revista Internacional de Direito e Cidadania, n. 12, p , fevereiro/2012

3 CONCESSÃO DE REFÚGIO NO BRASIL A PROTEÇÃO INTERNACIONAL HUMANITÁRIA NO DIREITO BRASILEIRO motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, se encontra fora do país de sua nacionalidade e que não pode ou, em virtude desse temor, não quer valer-se da proteção desse país, ou que, se não tem nacionalidade e se encontra fora do país onde tinha residência habitual em conseqüência de tais acontecimentos, não pode ou, devido ao referido temor, não quer voltar a ele. A Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados foi assinada pelo Brasil em , e teve seu texto aprovado para ratificação pelo Decreto-Legislativo n.º11, de O Brasil depositou o instrumento de ratificação do Estatuto no dia e o tratado foi promulgado no ordenamento jurídico pátrio através do Decerto n.º50.215, de Após a segunda guerra mundial, principalmente no período compreendido entre 1945 e 1976, o mundo testemunhou uma série de conflitos armados. Em sua maioria, estes conflitos não envolviam o modelo tradicional de warfare, mas, sim, pessoas de uma mesma nacionalidade, de um mesmo povo, circunscritas a um mesmo território, grupos separatistas em conflito com seu próprio governo, demandando a independência de sua região, província ou mesmo país. As guerras de independência levaram centenas de milhares de pessoas a abandonarem seu domicílio. Concomitantemente ao crescimento e à diversidade de conflitos ao redor do mundo, diversas regiões do planeta testemunharam, neste mesmo período, mudanças drásticas de regime, rupturas institucionais que levaram ao poder uma série de ditadores e de regimes antidemocráticos, aumentando ainda mais o fluxo de pessoas que deixariam seus países e regiões em busca de proteção e refúgio. Em cinqüenta e oito anos de existência o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados já ajudou aproximadamente 50 milhões de pessoas deslocadas a recomeçarem suas vidas e, com uma equipe de pessoas, em mais de 110 países, cuida atualmente de, aproximadamente, 44 milhões de seres humanos 13. Com o aumento do fluxo de refugiados, e com a diversidade de motivos causadores de seu deslocamento forçado, tanto interna quanto externamente, o ACNUR viu a longevidade de seu mandato estender-se e se diversificar. Este processo revelou também a necessidade de se adequar a definição convencional da condição de refugiado às novas realidades globais, o que levou à celebração do Protocolo sobre o Estatuto dos Refugiados em De fato, em seu texto o Protocolo expressamente impõe a fim da limitação geográfica e da interpretação literal da definição contida na Convenção de 1.951, além de buscar estreitar a vinculação dos Estados membros e tornar mais efetiva sua atuação na proteção e acolhimento dos refugiados. O texto do Protocolo determina que o termo refugiado, salvo o disposto no parágrafo 3, do seu art. 1.º, significa qualquer pessoa que se enquadre na definição dada no artigo primeiro da Convenção, como se as palavras em decorrência dos acontecimentos ocorridos antes de 1.º de janeiro de 1951 e... e as palavras...como decorrência de tais acontecimentos não figurassem do parágrafo 2 da seção A do artigo primeiro 15. Breve histórico da proteção dos refugiados no Brasil Mesmo tendo se comprometido com as regras internacionais de proteção aos refugiados desde os anos 50, o Brasil somente foi abrir-se definitivamente à sua acolhida após a última redemocratização. Até o final dos anos 70, a mítica imagem de país aberto à migração, caldeirão de culturas como o senso comum tanto se apressa em alardear, era confrontada com a realidade de um país que somente se abria à imigração segundo seus interesses econômicos e que oferecia árdua resistência à integração jurídica e social determinados grupos de estrangeiros, sobretudo de refugiados. A ausência de políticas públicas sociais eficientes sempre foi uma constante na história brasileira, e na questão migratória a esta dura realidade ainda se somavam as dificuldades de integração e respeito cultural e o idioma. Em relação ao tema dos refugiados, a ditadura militar instaurada no Brasil a partir do golpe Revista Internacional de Direito e Cidadania, n. 12, p , fevereiro/

4 AMORIM, J. A. A. de Estado de 1.964, fez com que a posição do país em relação à acolhida destas pessoas fosse feita em termos mínimos. O país adotara a limitação geográfica como interpretação à definição do termo refugiado do Estatuto e sustentava as reservas aos artigos 15 e 17, que tratam respectivamente de direitos de associação, inclusive sindical, e de direitos de trabalho, o que permitia apenas que a posição do país em relação aos refugiados fosse como de território de transição, no sentido de que os refugiados eram admitidos no território nacional apenas para reassentamento em outro país. Em 1977, o ACNUR celebrou com o Brasil um acordo para a abertura de um escritório ad hoc na cidade do Rio de Janeiro motivado pela questão da ruptura democrática na América Latina 16. Apesar de funcionar oficialmente para questões relacionadas ao reassentamento, pois o Brasil além das limitações jurídicas com que tratava o tema não iria acolher em seu território pessoas que se opunham a regimes ditatoriais semelhantes ao seu, o escritório do ACNUR também atuava informalmente na acolhida e proteção destas pessoas enquanto permaneciam em território nacional através do apoio de organizações internas da sociedade civil de proteção de direitos humanos, tais como as Cáritas Arquidiocesanas do Rio de Janeiro e de São Paulo e a Comissão Pontifícia Justiça e Paz 17. Foi através desta cooperação entre o AC- NUR e as organizações da sociedade civil que se conseguiu a concessão de residência definitiva para 150 refugiados vietnamitas e para alguns refugiados cubanos. Contudo, sobretudo para os cubanos, a permissão de residência foi dado como concessão de asilo político. Em 1982 o Brasil reconhece oficialmente o ACNUR como uma agência da ONU, e lhe confere todo o tratamento jurídico decorrente desta situação. Já como agência internacional reconhecida pelo governo brasileiro, o ACNUR consegue em 1986 a concessão de residência a 50 famílias Baha i iranianas, que fugiram do Irã em função da perseguição religiosa do regime dos aiatolás 18. Em 1988 é promulgada a nova Constituição federal, marco jurídico da redemocratização do país e focada na prevalência dos direitos humanos, na proteção da dignidade humana e na democracia, e que erige como das diretrizes do Brasil em suas relações internacionais a concessão do asilo político. Após a instalação do novo regime constitucional, o país denuncia a limitação geográfica na interpretação do termo refugiado e levanta as reservas aos artigos 15 e 17 do Estatuto 19. Após isto, o Brasil abre-se à implantação integral do regime de acolhida e proteção de refugiados. Em surge a primeira disciplina jurídica brasileira para o reconhecimento e concessão de alguns direitos aos refugiados com a Portaria Interministerial à qual viriam a se juntar, posteriormente, a Instrução de Serviço n.º01/91 DPMAF, do Departamento de Polícia Federal, a Portaria Interministerial e a Portaria do Ministério da Justiça n.º Ainda que significasse um avanço no tratamento jurídico interno da questão dos refugiados, se comparado a forma como o tema era tratado até o início da década de 1.990, o regime estabelecido pelas portarias e instruções de serviço aplicava de modo precário as disposições do Estatuto internacional de e do Protocolo de 1.967, o que revelava a necessidade de edição de lei específica. Em 1.992, a chegada de angolanos, fugitivos da guerra civil em seu país fez com que o Brasil passasse a adotar uma postura ainda mais ampla na interpretação dos contornos jurídicos da condição de refugiado. Esta flexibilização deu início à aplicação no país das diretrizes estabelecidas pela Declaração de Cartagena de Somente a partir de o país receberia lei específica sobre a questão do refúgio, estabelecendo regime jurídico nacional para o tratamento do tema e institucionalizando funções, órgãos e procedimentos específicos para a acolhida dos refugiados no Brasil, conforme se verá a seguir. A Lei 9.474/97 e o procedimento de reconhecimento do status de refugiado no Brasil. A lei foi publicada no Diário Oficial da União em 23 de julho de e estabelece 66 Revista Internacional de Direito e Cidadania, n. 12, p , fevereiro/2012

5 CONCESSÃO DE REFÚGIO NO BRASIL A PROTEÇÃO INTERNACIONAL HUMANITÁRIA NO DIREITO BRASILEIRO mecanismos para a aplicação do Estatuto dos Refugiados de 1.951, além de outras providências. Seu artigo 1.º estabelece que será reconhecido 24 como refugiado todo indivíduo que: a. Devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção daquele país. b. Não tendo nacionalidade e estando fora do país onde antes teve sua residência habitual, não possa ou não queira regressar a ele, em função das circunstâncias de fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas. c. Devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país. O reconhecimento da condição de refugiado de uma pessoa é extensivo ao seu cônjuge e aos seus ascendentes e descendentes, bem como aos membros familiares do refugiado que dele dependerem economicamente, desde que se encontrem em território nacional. Esta extensão dos direitos advindos do reconhecimento da condição de refugiado aos membros da família chama-se reunião familiar 25. Ficaram expressamente excluídos da possibilidade de reconhecimento da condição de refugiados pelo Brasil os indivíduos que: a. Já desfrutem de proteção ou assistência por parte de organismos ou instituições das Nações Unidas que não O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados ACNUR. b. Sejam residentes no território nacional e tenham direitos e obrigações relacionados com a condição de nacional brasileiro. c. Tenham cometido crime contra a paz, crime de guerra, crime contra a humanidade, crime hediondo, participado de atos terroristas ou tráfico de drogas. d. Sejam considerados culpados de atos contrários aos fins e princípios das Nações Unidas. Além das cláusulas de exclusão, a lei 9.474/97 estabelece ainda as chamadas cláusulas de cessação e as condições da perda da condição de refugiado no Brasil. As cláusulas de cessação referem-se às hipótese em que o estrangeiro: a. Voltar a se valer da proteção do seu país de nacionalidade. b. Recuperar voluntariamente a nacionalidade perdida. c. Adquirir nova nacionalidade e passar a gozar da proteção do país de sua nova nacionalidade. d. Estabelecer-se novamente, de modo voluntário, no país de que é nacional por haverem deixado de existir as circunstâncias pelas quais foi reconhecido como refugiado. e. Sendo apátrida, estiver em condições de voltar ao país no qual tinha sua residência habitual, uma vez que tenham deixado de existir as circunstâncias sem conseqüência das quais tenha sido reconhecido como refugiado. A perda da condição de refugiado pode se dar 26 : a. Pela renúncia voluntária. b. Pela prova da falsidade dos fundamentos invocados para o reconhecimento da condição de refugiado ou a existência de fatos que, se fossem conhecidos quando do reconhecimento, teriam ensejado uma declaração negativa de reconhecimento. c. Pelo exercício de atividades contrárias à segurança nacional ou à ordem pública. d Pela saída do território nacional sem a prévia autorização do governo brasileiro 27. A lei de refúgio brasileira define um processo bem simples para a o processo de solicitação de refúgio. Ao chegar ao território nacional, o estrangeiro pode expressar sua vontade de solicitar Revista Internacional de Direito e Cidadania, n. 12, p , fevereiro/

6 AMORIM, J. A. A. o reconhecimento de sua condição de refugiado a qualquer autoridade migratória 28, sendo este o início do processo perante o governo brasileiro. É assegurando ao solicitante de refúgio, desde a sua manifestação neste sentido, dois direitos fundamentais para a sua proteção, independentemente do resultado final do processo: a exclusão da condição da legalidade de sua entrada ou permanência no território nacional para o exercício do direito de solicitação do reconhecimento de sua condição de refugiado, ou seja, a garantia de que mesmo aqueles que ingressem ou estejam em situação irregular no país podem se dirigir a qualquer autoridade migratória para solicitar refúgio, sem receio de que a irregularidade de sua estada seja usada contra si e; a proibição taxativa de deportação do solicitante de refúgio de volta para o território ou país em que sua vida ou sua liberdade estejam ameaçadas em virtude de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opinião política 29 (non refoulement). Este importante avanço no trato das questões pertinentes à condição de refugiado permite que, ainda que não se venha a reconhecer, por questões das mais diversas, a condição de refugiado ao solicitante lhe seja garantido um mínimo de proteção e de garantia de inviolabilidade de direitos. Como o cerne da questão do refúgio é a proteção da dignidade da pessoa humana, através da proteção do direito à vida e às liberdades fundamentais, não cabe qualquer juízo de valor ou gradação na proteção concedida, seja por parte dos governos dos Estados parte das normas internacionais, seja de qualquer pessoa ou autoridade pública diretamente relacionada com seu trato cotidiano. Feita a solicitação de refúgio, a autoridade perante a qual ela for realizada reduzirá a termo as declarações do solicitante, elaborando assim o Termo de Declarações 30, documento inicial do processo administrativo, de natureza declaratória e não contenciosa, em que o governo brasileiro deliberará sobre o reconhecimento ou não da condição de refugiado do solicitante. O processo de solicitação inclui ainda outras três fases: preenchimento de questionário de reconhecimento da condição de refugiado 31, onde o solicitante deverá, além de sua identificação pessoal e familiar minuciosa, relatar os fatos e circunstâncias que fundamentem o seu pedido de refúgio, entrevista e elaboração de parecer sobre a solicitação. Em geral, somente as duas primeiras etapas são conduzidas diretamente pela Polícia Federal, sendo o mais comum que, em localidades onde exista representação da Cáritas Arquidiocesana somente a primeira fase, a solicitação formal, seja conduzida perante a Polícia Federal e as demais por aquela entidade social. Após a solicitação, a Polícia Federal comunica o ACNUR sobre a existência do processo de solicitação de refúgio e lhe faculta a possibilidade de oferta de sugestões para facilitar seu andamento. Nas cidades em que as há, após a solicitação de refúgio, o solicitante é encaminhado para a sede da Cáritas Arquidiocesana 32 para que prossiga com as demais etapas do processo de solicitação e possa receber a assistência social de que necessite. Ao chegar à Cáritas Arquidiocesana, o solicitante recebe orientações de natureza social, tem a possibilidade de tirar suas dúvidas em relação às leis brasileiras, à cultura e aos seus direitos e deveres como solicitante de refúgio. Com o auxílio dos advogados e assistentes sociais da Cáritas arquidiocesana, recebe orientação para o preenchimento do questionário de solicitação de refúgio e, posteriormente, realiza uma entrevista com um dos advogados. Após a entrevista é elaborado um parecer conclusivo acerca do caso e o processo é encaminhado para o ACNUR. A lei 9.474/97 estabelece que, por questões de segurança humanitária, as informações pessoas do solicitante e das circunstâncias de sua condição de refugiado devem ter seu sigilo guardado pelas pessoas que intervenham no processo. Antes de proferir sua decisão, o governo brasileiro, através de representante oficial, realiza uma entrevista com o solicitante, de modo a poder colher mais subsídios para a análise da documentação do processo e dos pareceres apresentados pelo ACNUR. Ao término do processo administrativo, o governo brasileiro pode adotar duas posições: 68 Revista Internacional de Direito e Cidadania, n. 12, p , fevereiro/2012

7 CONCESSÃO DE REFÚGIO NO BRASIL A PROTEÇÃO INTERNACIONAL HUMANITÁRIA NO DIREITO BRASILEIRO 1) Deferir a solicitação e reconhecer a condição de refugiado do solicitante, após o qual deverá este registrar-se junto ao Departamento de Polícia Federal, solicitar a cédula de identidade pertinente (RNE) e assinar Termo de Responsabilidade no qual reconhece a transitoriedade da condição de refugiado reconhecida pelo Brasil, que subsistirá enquanto perdurar a situação objetiva em seu país de origem, e onde se compromete a cumprir e respeitar não apenas as normas, regulamentos e procedimentos relacionados à questão do refúgio, mas as do ordenamento brasileiro de modo geral, com fins à manutenção da ordem pública 33, ou; 2) Negar o reconhecimento da condição de refugiado do solicitante, por ele não ter se enquadrado nas condições de elegibilidade a este status, constantes tanto na lei 9.474/97, quanto nas normas internacionais relacionadas ao tema. Neste caso, o solicitante tem a possibilidade de, no prazo de 15 dias contados a partir do momento em que é oficialmente notificado da decisão, apresentar recurso fundamentado ao Ministro da Justiça. Durante o trâmite do recurso, o solicitante (e, se for o caso, também seus familiares) não perderá os direitos que lhe foram concedidos até então, sobretudo o de estada regular. Em caso de manutenção da negativa de reconhecimento por parte do Ministro da Justiça, o solicitante de refúgio passará a ficar sujeito à legislação sobre estrangeiros, em hipótese alguma, contudo, podendo ser determinada a sua transferência ou deportação para seu país de nacionalidade ou de residência habitual, enquanto permanecerem as circunstâncias objetivas que põem em risco a sua vida, salvo se for constatada a prática de crime contra a paz, crime contra a humanidade, crime de guerra, crime hediondo, participação em atos terroristas, participação em tráfico de drogas ou for considerado culpado de atos contrários aos fins e princípios das Nações Unidas, de modo objetivo e após procedimento que lhe tenha garantido o contraditório e a ampla defesa. A lei 9.474/97, além de prescrever o procedimento para a solicitação de reconhecimento da condição de refugiado também cria o Comitê Nacional para os Refugiados CONARE, órgão deliberativo colegiado, no âmbito do Ministério da Justiça. Ao CONARE compete, em consonância com a Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados de e o Protocolo sobre o Estatuto dos Refugiados de 1.967, bem como com as demais fontes de direito internacional dos refugiados: a. A análise do pedido em primeira instância e a declaração do reconhecimento da condição de refugiado. b. A decisão sobre a cassação, em primeira instância, ex officio ou mediante requerimento das autoridades competentes, da condição de refugiado. c. A determinação da perda, em primeira instância, da condição de refugiado. d. A orientação e a coordenação necessárias à eficácia da proteção, assist~encia e apoio jurídico aos refugiados. e. A aprovação de instruções normativas esclarecedoras à execução da lei 9.474/97. Com reuniões de periodicidade mensal, o CONARE é composto, segundo estabelecido na lei 9.474/97, por: a. Um representante do Ministério da Justiça, a quem compete a presidência do Comitê. b. Um representante do Ministério das Relações Exteriores. c. Um representante do Ministério do Trabalho e do Emprego d. Um representante do Ministério da Saúde. e. Um representante do Ministério da Educação. f. Um representante do Departamento da Polícia Federal. g, Um representante de organização nãogovernamental que se dedica a atividade de assistência e proteção de refugiados no país Cáritas Arquidiocesana de São Paulo e do Rio de Janeiro. h. Um representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados no Brasil ACNUR, com direito a voz, mas sem direito a voto. Revista Internacional de Direito e Cidadania, n. 12, p , fevereiro/

8 AMORIM, J. A. A. A lei 9.474/97 estabelece o caráter de urgência e de gratuidade para os processos de solicitação de reconhecimento da condição de refugiado, bem como que os preceitos estabelecidos por ela devem ser interpretados em harmonia com a Declaração Universal de Direitos do Homem, de 1.948, com a Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados de 1.951, com o Protocolo sobre o Estatuto dos Refugiados de e com todo o dispositivo pertinente de instrumento internacional de proteção d direitos humanos com o qual o governo brasileiro esteja comprometido. Atualmente, no Brasil, residem refugiados, egressos de 77 nacionalidades diferentes, a maior parte deles de países africanos (63,79%) e americanos (23,08%) e 5 apátridas 34 Direitos e Deveres do refugiado Após a solicitação de refúgio perante a Polícia Federal, esta emite um documento provisório em favor do solicitante (e de seu grupo familiar, se for o caso) que lhe permite a estada legal no país até o final do processo de solicitação. Este documento, chamado de Protocolo 35, tem a validade de 90 (noventa) dias, podendo ser renovado sucessivamente durante todo o processo de solicitação. O Protocolo, além da estada regular, permite ao solicitante solicitar a expedição da Carteira de Trabalho provisória ao Ministério do Trabalho e do Emprego 36, que lhe permitirá o exercício de atividade remunerada no país. Ao reconhecer e estabelecer um regime jurídico nacional para a questão dos refugiados, o Brasil deixa clara sua orientação no sentido de buscar o construtivismo ao invés do assistencialismo, assim entendida a posição nacional de garantir, já desde a solicitação de refúgio, os direitos fundamentais (estada, saúde, trabalho, educação) para que qualquer ser humano possa buscar a reconstrução de sua vida. Dessa maneira, o solicitante de refúgio, desde os primeiros momentos de sua solicitação, pode tanto providenciar a Carteira de Trabalho provisória quanto, após a sua expedição, está autorizado ao exercício de atividade remunerada 37. Obviamente, uma coisa é ter direito a trabalhar, outra bem distinta é obter trabalho, Neste ponto, é de se destacar e louvar o trabalho das entidades de assistência social e de defesa de direitos humanos, sobretudo da Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro e de São Paulo, que através de convênios e atuações em conjunto com outras entidades da sociedade brasileira, provêem não apenas o encaminhamento dos solicitantes de refúgio para emprego e frentes de trabalho, mas também lhes oferecem curso de português e de capacitação profissional de natureza técnica, a maioria realizados no sistema de parceria ou de inclusão em programas sociais estatais já existentes. Ao chegar a um país estranho, tendo sido forçado, pelo temor fundado ou pela violência direta, a deixar seu país de origem ou de residência habitual, uma da coisas mais preciosas que o refugiado busca é a tranqüilidade e a segurança necessárias para a reconstrução de sua vida. Dessa forma, ao chegar ao Brasil, o solicitante de refúgio tem assegurados, além dos direitos e garantias fundamentais constantes no rol de direitos de proteção internacional da pessoa humana aqueles compatíveis com a sua condição estabelecidos pela Constituição Federal. Desta forma, desde a solicitação, o solicitante pode deslocar-se livremente pelo território nacional, desde que informe expressamente a Polícia Federal nos casos de mudança de endereço ou de domicílio, ou ainda de estada superior ao estabelecido em lei para permanência da localidade onde resida. O solicitante de refúgio, nesta condição, por estar desde o momento de sua solicitação sob a proteção do governo brasileiro, não pode viajar ao exterior e somente pode fazê-lo após o reconhecimento de sua condição de refugiado e mediante autorização prévia expressa do governo brasileiro 38, a qual estabelecerá inclusive o prazo de duração da ausência do refugiado do território nacional 39. A não observância das regras referentes à liberdade de locomoção interna e externa sujeita o solicitante, ou o refugiado já reconhecido, à perda imediata dos direitos decorrentes de sua condição. 70 Revista Internacional de Direito e Cidadania, n. 12, p , fevereiro/2012

9 CONCESSÃO DE REFÚGIO NO BRASIL A PROTEÇÃO INTERNACIONAL HUMANITÁRIA NO DIREITO BRASILEIRO O refugiado devidamente registrado não pode ser expulso do território nacional, salvo nos casos de ameaça ou lesão à segurança nacional ou à ordem pública e, mesmo nestes casos, tal medida não implicará em seu direcionamento para país onde sua vida, liberdade ou integridade física possam estar em risco e somente será lavada a cabo quando estiverem presentes elementos de certeza de que sua admissão no novo país não o submeterá a novos riscos de perseguição. Desde o reconhecimento da sua condição de refugiado, ficam interrompidos quaisquer procedimentos de extradição fundamentados nos fatos ou situações que fundamentaram a concessão do refúgio, ficando estes processos suspensos a partir do momento da solicitação de reconhecimento até a decisão definitiva do governo brasileiro sobre a condição do refugiado 40. Reassentados Segundo o Ministério da Justiça, o reassentamento é uma das soluções duradouras para aqueles refugiados que, por questões de segurança ou integração, não podem permanecer no primeiro país de acolhida nem retornar ao de origem 41. O Brasil acolhe atualmente tanto refugiados espontâneos, assim entendidos aqueles que solicitam refúgio pela primeira vez em solo brasileiro, quanto refugiados reassentados, ou seja, aqueles reconhecidos por outros países mas que, por razões diversas, voltadas sempre para a busca de melhor integração social, não conseguiram adaptar-se às sociedades ou localidades onde foram originalmente reconhecidos. Segundo a lei 9.474/97, o reassentamento de refugiados deve ser caracterizado, sempre que possível, pelo caráter voluntário, tanto para aqueles que optam por vir, quanto para os que decidem daqui sair por não terem conseguido se adaptar à sociedade local. No Brasil o reassentamento é efetuado de forma sempre planificada e com a participação coordenada dos órgãos estatais e, quando possível, de organizações não-governamentais, com identificação de áreas de cooperação e determinação de responsabilidades. Entre os anos de 2002 a 2007, o Brasil recebeu refugiados reassentados afegãos, congoleses, equatorianos, guatemaltecos, colombianos e palestinos, num total de 391 pessoas acolhidas. Destas, 37 deixaram o país voluntariamente por razões diversas. A distribuição dos reassentados pelo território nacional é bastante irregular, concentrando-se a maioria dos reassentados nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo. A prática do reassentamento tem por finalidade de aumentar as perspectivas de refúgio e de proteção para os refugiados, considerando as peculiaridades culturais de cada indivíduo, que podem dificultar, ou até mesmo impedir sua adaptação no país de acolhida, como muito bem ensina Liliana Lyra Jubilut 42. Esta autora também adverte de que o reassentamento não é um direito do indivíduo, muito embora esteja presente nas normas que versam sobre refugiados, mas, sim uma tentativa, na medida do possível, de oferecer uma nova oportunidade de integração. A abertura para a recepção de reassentados, no Brasil, foi estabelecida com a assinatura do Acordo Marco para o Reassentamento de Refugiados, de 1.999, entre o país e o ACNUR, e que criou o Programa de Reassentamento, que o insere num seleto grupo de poucos países que se abrem à acolhida de reassentados. Este grupo de países é composto ainda por Austrália, Benin, Burkina Faso, Canadá, Chile, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Irlanda, Países Baixos, Noruega, Nova Zelândia, Suécia, Suíça e Estados Unidos 43. A inserção do refugiado na vida social brasileira Segundo o próprio CONARE, a integração local dos refugiados faz parte da proteção internacional no seu sentido mais amplo, sobretudo no que se refere ao acesso a políticas públicas de saúde, educação, trabalho e todas aquelas que lhe permitam a prática da cidadania 44. Neste sentido, a lei 9.474/97 estabelece que no exercício de seus direitos e deveres, a condição atípica do refugiado deve ser considerada quando da necessidade de apresentação de documentos emitidos por seus respectivos países Revista Internacional de Direito e Cidadania, n. 12, p , fevereiro/

10 AMORIM, J. A. A. de origem ou por suas representações diplomáticas ou consulares, bem como o reconhecimento de certificados e diplomas, os requisitos para a obtenção da condição de residente e o ingresso em instituições de ensino de todos os níveis deverão ser facilitados, levando-se em consideração a situação desfavorável vivenciada pelo refugiado. É dizer, o acesso e o exercício de direitos de cidadania por parte do refugiado, essencial para a sua efetiva inserção e integração à vida social brasileira não devem ser obstados pela burocracia infrutífera ou pela falta de bom senso das autoridades públicas e da sociedade brasileira. É de se presumir que um refugiado, assim reconhecido, por não poder contar com a proteção jurídica de seu país, também não possa comparecer perante a representação diplomática ou consular deste Estado, sobretudo porque, no mais das vezes, este Estado o quer morto ou preso, para solicitar certidões, atestados ou qualquer outro tipo de documentação. Assim, a lei brasileira, prevendo a possibilidade de óbices burocráticos e da falta do bom senso de algumas pessoas, já disciplina textualmente a obrigatoriedade de cooperação e de flexibilização na exigência de documentação pessoal e de certidões e certificados de qualquer ordem. Note-se que o prescrito pelo texto legal não significa relaxamento exagerado, mas uma orientação ao bom senso. A lei não dispensa o refugiado da comprovação documental necessária para o exercício de direitos, mas, sim, a necessária flexibilidade diante da impossibilidade de obtenção de documentação comprobatória original de situações pessoais do refugiado. Esta postura visa a evitar absurdos de exigência de rigor documental 45, como, por exemplo, da funcionária de um cartório de registro civil que exige de um refugiado que volte a seu país de origem e providencie pessoalmente uma declaração de solteirice, lavrada em cartório de lá, para que comprove assim a ausência de impedimento para casamento no Brasil ou, ainda, como a de uma funcionária de secretaria que exige comprovação de que uma criança de dois anos compreendia o português para que lhe fosse dada vaga em uma creche. Apesar dos avanços trazidos pela lei brasileira de refugiados, pela criação e atuação do CONARE, muito ainda há que se fazer em termos de se propiciar uma efetiva integração dos refugiados à sociedade brasileira. Um grande passo já foi conquistado, é verdade, com o reconhecimento expresso de direitos, deveres e pela outorga de documentação específica para o exercício de direitos básicos. Mas, um dos principais pontos de dificuldade enfrentados pela população de solicitantes, refugiados e reassentados no Brasil ainda está ligada ao preconceito. Não apenas ao preconceito decorrente da desinformação e ignorância em relação ao que seja efetivamente a condição de refugiado e às vulnerabilidades pessoais e sociais decorrentes desta condição, mas principalmente ao preconceito de raça, de gênero, de classe e da xenofobia. Todos estes tipos de preconceitos são sentidos indistintamente tanto pela população brasileira marginalizada quanto pela população de estrangeiros, imigrantes comuns ou refugiados, mas, em relação a estes últimos, a situação de preconceito, de exclusão, de maus-tratos e, por vezes, de indiferença e desigualdade social se agravam em função do histórico de trauma pessoal que cada um carrega em si. Muitos refugiados são tratados, inclusive e sobretudo por algumas autoridades públicas, como potenciais criminosos, como pessoas que vêm ao país apenas para se aproveitar da sua condição econômica e social. Comumente o termo refugiado é confundido com exilado ou expulso ou ainda extraditado (sic), o que remete sempre à idéia da prática prévia de um crime. Na cidade de São Paulo, a maior parte da população de refugiados e solicitantes é de origem africana, o que traz em si a essência do preconceito: são negros, pobres e, em geral, de baixa escolaridade. Alguns, em função de sua nacionalidade originária, são imediatamente associados, preconceituosamente, com a prática de crimes internacionais ou de atos de terrorismo. A estratificação, as desigualdades e a exclusão social como marcas infelizes da sociedade brasileira de modo geral, se fazem sentir de modo mais acentuado em parcelas da população de 72 Revista Internacional de Direito e Cidadania, n. 12, p , fevereiro/2012

11 CONCESSÃO DE REFÚGIO NO BRASIL A PROTEÇÃO INTERNACIONAL HUMANITÁRIA NO DIREITO BRASILEIRO refugiados, o que demanda mobilização social e luta constantes para a garantia e viabilização dos direitos previstos e assegurados pelo regime jurídico internacional e interno de sua proteção. Muito se tem avançado, mas, ainda, muito também há que se fazer para se garantir a efetividade dos direitos assegurados aos refugiados e para ampliar este rol e viabilizar o exercício efetivo dos direitos de cidadania e a sua inserção na vida social ativa brasileira. O regime estabelecido pela lei 9.474/97 iniciou um processo que, apesar de amadurecer e se aprimorar em velocidade mais lenta do que o desejado, começa a surtir efeitos no sentido de uma maior amplitude e de uma conscientização crescente no papel fundamental desempenhado pela sociedade brasileira como um todo (todos os níveis de governo, iniciativa privada e sociedade civil) desempenha no processo de acolhimento e integração efetivos do refugiado. O governo do estado de São Paulo, através do Decreto n.º52.349, de , criou o Comitê Estadual para Refugiados CER, órgão colegiado no âmbito da Secretaria Estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania, composto de um representante das secretarias estaduais de Economia e Planejamento, Habitação, Assistência e Desenvolvimento Social, Emprego e Relações do Trabalho, Educação, Saúde, Relações Institucionais, Segurança Pública, Cultura e Casa Civil, além de dois representantes de organizações não-governamentais voltadas à proteção e à assistência a refugiados no estado e no país, indicados pelo secretário de Justiça e da Defesa da Cidadania. O ACNUR é convidado a participar das reuniões, com direito a voz e sem voto. O CER foi oficialmente instalado em e, já em sua s reuniões iniciais, começa a traçar os pontos a serem percorridos para a construção de uma política pública para refugiados em nível estadual, iniciativa e modelo pioneiros no país. A Universidade Federal de Minas Gerais, através de sua Resolução 03/98, do CEPE/ UFMG, passou a admitir refugiados nos seus cursos de graduação com documentação expedida pelo CONARE, além de garantir-lhes bolsa de manutenção, assistência psicológica, acesso a programas de moradia e estágios remunerados 46. O Ministério do Trabalho e Emprego decidiu alterar a identificação na Carteira de Trabalho para refugiados, fazendo constar no lugar do termo refugiado a expressão estrangeiro com base na lei 9.474/97, como forma de combater e diminuir o preconceito e facilitar o acesso do refugiado ao mercado de trabalho. O Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro criou o Centro de Referência para a Saúde dos Refugiados, com o objetivo de capacitar os profissionais do Sistema Único de Saúde para o atendimento de saúde aos refugiados, que geralmente chegam ao país com dificuldades de comunicação e traumas psicológicos. Universidades conceituadas nacionalmente, em Brasília, Rio de Janeiro, Santos, Manaus e São Paulo, por exemplo, que começam a implantar a Cátedra Sergio Vieira de Melo, do ACNUR, como forma de desenvolver pesquisas voltadas para temáticas ligadas à proteção e aos direitos dos refugiados e para a disponibilização de serviços voltados à sua inserção e integração sociais. Mas o trabalho principal de integração e de acolhida dos refugiados é concentrado na ação da Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro e de São Paulo que, através de convênios e parcerias 47 nas mais diversas áreas 48, exercem diretamente a função do ACNUR em relação aos refugiados 49. Mais do que ajuda humanitária, é necessário que cada vez mais a sociedade brasileira distribua humanidade, que se conscientize de que o Brasil não é apenas um país com enorme potencial e peso econômicos e políticos na sociedade internacional, mas, também, que deve exercer seu papel histórico de ator humanitário tanto no sentido internacional, concitando os demais Estados a seguirem seus passos quanto através da concretização deste status em sua sociedade interna. Numa época em que mercadorias e dinheiro possuem mais importância e transitam internacionalmente com mais facilidade do que os seres humanos, sobretudo aqueles cujo único pecado na vida foi o de terem nascido pobres e marginalizados e assim terem sido mantidos, Revista Internacional de Direito e Cidadania, n. 12, p , fevereiro/

12 AMORIM, J. A. A. um país como o Brasil não pode se dar ao luxo de negligenciar a constante consciência da humanidade das pessoas de sua sociedade, nem tampouco de visar abrir esta humanidade para aqueles que dela tanto necessitam. Notas 2 Cf. Manual de Procedimentos e Critérios para Determinar a Condição de Refugiado. ACNUR Brasil, ANDRADE, José H. Fischel de. Direito Internacional dos Refugiados Evolução Histórica ( ). Rio de Janeiro, editora Renovar. 4 Op.cit.,p Em decorrência dos efeitos da Revolução Russa de e de seus desdobramentos, como o colapso das frentes antibolcheviques, o término da resistência dos russos brancos na Sibéria e da fome de Após o genocídio perpetrado pela Turquia. 7 Estabelecido em , pela Resolução 319 (IV) da Assembléia Geral das Nações Unidas, tendo seu Estatuto sido adotado como anexo da Resolução 428 (V) daquele órgão, teve o início de suas atividades designado para 1.º de janeiro de Na Conferência das Nações Unidas de Plenipotenciários sobre o Estatuto dos Refugiados e Apátridas, convocada pela Resolução 429 (V), da Assembléia Geral das Nações Unidas em Classificada tecnicamente como refugiada estatutária. A referência e a ligação aos instrumentos normativos e às regras de reconhecimento do status de refugiado constantes das normas internacionais anteriores tiveram a função de, à época sobretudo, garantir a inclusão dos refugiados estatutários na nova regra internacional e proporcionar a transição inclusiva do passado para o presente, do antigo regime para o novo. 10 Adotada em Nova Iorque em Segundo o próprio Estatuto, a expressão acontecimentos ocorridos antes de 1.º de janeiro de 1.951, do art. 1.º, seção A, pode ser entendida como: a) acontecimentos ocorridos antes de 1.º de janeiro de na Europa ; ou b) Acontecimentos ocorridos antes de 1.º de janeiro de na Europa e alhures. A esta discricionariedade interpretativa, o Estatuto agregou a obrigação de que cada Estado membro, no momento de sua assinatura, ratificação ou adesão, ofereça uma declaração oficial precisando o alcance que pretende dar a essa expressão do ponto de vista das obrigações assumidas por ele dentro do tratado, podendo, a qualquer tempo, na hipótese de adoção da opção a), mediante simples notificação ao Secretário-Geral das Nações Unidas ampliar o escopo regional de interpretação para a opção b). 12 O texto do tratado recebeu aprovação legislativa para a sua ratificação com a exclusão dos artigos15 e 17, tendo estas reservas sido mencionadas expressamente tanto no Decreto de Aprovação, quanto no instrumento de ratificação e no Decreto de Promulgação. Os mencionados artigos convencionais referem-se ao reconhecimento de direitos de associação a refugiados e à concessão ao refugiado do tratamento mais favorável concedido ao nacional no que pertine ao exercício de atividade profissional assalariada. 13 Entre refugiados e deslocados internos, conforme relatado no relatório Global Trends 2010, disponível em acessado em Concluído em Nova Iorque em Promulgado no Brasil em , pelo Decreto , após a adesão do país ao tratado em Parágrafo 2, do artigo 1.º. O parágrafo 3 deste artigo, estabelece que o disposto no art. 1.º do Protocolo será aplicado sem nenhuma limitação geográfica. Contudo, as limitações já impostas teriam sua vigência respeitada, deixando o Protocolo ao arbítrio dos Estados que a esta interpretação haviam aderido a possibilidade de sua ampliação. O Brasil aplicou a limitação geográfica do Estatuto até 1989, e as reservas impostas aos seus artigos 15 e 17 até Conforme ensina Liliana Jubilut no seu excelente O Direito Internacional dos Refugiados e sua Aplicação no Ordenamento Jurídico Brasileiro. São Paulo, 2007, Editora Método. Nesta obra, além da explicação minuciosa do tema dos refugiados no direito internacional a autora descreve com riqueza a evolução histórica do tratamento jurídico deste instituto no Brasil. 17 Conforme JUBILUT, Liliana Lyra, op. cit., e BARBOSA, Luciano Pestana e HORA, José Roberto Sagrado da. A Polícia Federal e a Proteção Internacional dos Refugiados. Brasília, 2007, monografia apresentada para a conclusão do XX Curso Superior da Polícia Federal (atualizada), editada e publicada pelo ACNUR Brasil e pela Polícia Federal. 18 A religião Baha i é uma religião mundial, independente,com suas próprias leis e escrituras sagradas surgida na Pérsia em 1844, conforme explicado em acessado em Através do Decreto n.º99.757, de , que retificou o decreto de promulgação do Protocolo de De De De Adotada pelo Colóquio sobre Proteção Internacional dos Refugiados na América Central, México e Panamá: Problemas Jurídicos e Humanitários, realizada em Cartagena, Colômbia, de 19 a 22 de novembro de O refugiado é uma pessoa que foi forçada a se deslocar de sua localidade para preservar sua vida. Não está assim, portanto, por escolha, mas em função de situação objetiva específica que lhe revela a vulnerabilidade e a necessidade de proteção. Desta forma, o refúgio é concedido por um Estado ao solicitante em função de aquele reconhecer na sua condição pessoal uma das condições de elegibilidade estabelecidas na legislação internacional e/ou nacional. O refugiado não se torna merecedor da proteção estatal por 74 Revista Internacional de Direito e Cidadania, n. 12, p , fevereiro/2012

13 CONCESSÃO DE REFÚGIO NO BRASIL A PROTEÇÃO INTERNACIONAL HUMANITÁRIA NO DIREITO BRASILEIRO ato de misericórdia, ele já é merecedor desta proteção em função da situação objetiva que o forçou a deixar seu país. Por isso sempre se fala em reconhecimento da condição ou status de refugiado. 25 Disciplinada pela Resolução normativa n.º04, do CONA- RE. Segundo esta Resolução Normativa são considerados dependentes econômicos: o cônjuge, filhos(as) solteiros(as) menores de 21 anos, naturais ou adotivos, ou maiores, quando não puderem prover o seu sustento, ascendentes e irmãos, netos, bisnetos ou sobrinhos, se órfãos, solteiros e menores de 21 anos, ou de qualquer idade quando não puderem prover o próprio sustento. A resolução ainda equipara a órfão o menor cujos pais estejam presos ou desaparecidos. 26 Os refugiados que perderem essa condição em função dos motivos mencionados nos itens a e d, ficam sujeitos às regras do regime geral de permanência de estrangeiros no território nacional, e os que a perderem em função das hipóteses dos itens b e c ficam sujeitos às medidas compulsórias de retirada de estrangeiros do território nacional previstas no Estatuto do Estrangeiro (lei 6.815/80) 27 Veja adiante a explicação sobre autorização de viagem do refugiado ao exterior no item Direito e Deveres do Refugiado. 28 No Brasil, a Polícia Federal. 29 Sobre o princípio do non refoulement vide, por todos, HATAWAY, James C. The Rights of Refugees Under International Law. Cambridge University Press, O modelo de Termo de Declarações está anexo à Resolução Normativa n.º 01, do CONARE, de O modelo de questionário está anexo à Resolução Normativa n.02, do CONARE, de Obviamente, nas localidades em que as há. Como o fluxo de solicitantes de refúgio direciona-se esmagadoramente para as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, sobretudo este último, por isso o procedimento descrito no texto mencionará a Cáritas Arquidiocesana. Na prática, atualmente, quando a solicitação de refúgio é feita em localidades onde não há representação da Cáritas Arquidiocesana os procedimentos administrativos são feitos pela própria Polícia Federal (Resolução Normativa n.º09, do CONARE, de ) ou, o mais freqüente, o solicitante é encaminhado tanto pela Polícia Federal, quanto por outras organizações da sociedade civil para a cidade mais próxima em que haja uma representação da Cáritas. Inobstante existirem alguns poucos exemplos desta situação, a esmagadora maioria dos processos de solicitação de refúgio são conduzidos por intermédio das Cáritas do Rio de Janeiro e de São Paulo. 33 O modelo de Termo de Responsabilidade encontra-se anexo à Resolução Normativa n.03, do CONARE, de Total de Refugiados em primeiro país de asilo e Regiões de procedência, disponível em Pages/MJ7605B707ITEMIDE5FFE0F98F5B4D22AFE- 703E02BE2D8EAPTBRIE.htm, acessado em A expedição do Protocolo ao Solicitante de Refúgio é disciplinada pela Resolução Normativa n.º 06, do CONARE, de 29 de maio de Para a expedição do Protocolo, o solicitante deverá apresentar à Polícia Federal a Declaração do CONARE, a ser fornecida por sua Coordenação-Geral, contendo o nome, a nacionalidade, a filiação, a data de nascimento e a data de preenchimento do questionário do solicitante. 36 Nas mesmas condições de validade da estada do solicitante. 37 Apesar disso, o Brasil ainda falha por não ter ratificado ainda a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos dos Trabalhadores Migrantes e Membros de suas Famílias, aprovada pela Resolução 45/158, da Assembléia Geral da ONU em , a qual, inclusive, estabelece expressamente em seu art.3.º que suas disposições também se aplicam a refugiados. 38 Disciplinada pela Resolução Normativa n.º 12, do CO- NARE, de Geralmente o prazo mencionado pelo próprio refugiado quando da solicitação da autorização da viagem. São raríssimos os casos em que o CONARE concede a autorização de viagem para prazo inferior ao solicitado. A autorização de viagem também menciona o país para o qual o refugiado manifestou o desejo de viajar, que, obviamente, não pode ser o seu próprio país nem qualquer outro relacionado com seu regime ou com as condições objetivas que motivaram a sua condição de refugiado. 40 A solicitação de refúgio, nestas hipóteses, será formalmente comunicada pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal. 41 Conforme mencionado no site do Ministério da Justiça, disponível em B707ITEMIDF8AB67E21D114613BA3D8D94A- 4959D92PTBRIE.htm, acessado em JUBILUT, Liliana Lyra. Op, cit., p Até 16 de julho de 2007, os campeões de acolhimentos de reassentados, segundo a página oficial do ACNUR ( eram Estados Unidos ( reassentados), Austrália ( reassentados), Canadá ( reassentados), Suécia (2.400 reassentados), Noruega (1.000 reassentados) e Nova Zelândia (700 reassentados). 44 Conforme O Reconhecimento dos Refugiados pelo Brasil Comentários sobre Decisões do CONARE. Brasília, 2007, CONARE/ACNUR BRASIL, com compilação e comentário feitos por Renato Zerbini Ribeiro Leão. 45 Por vezes esquecido pelo agente público, ou cartorário, ou secretaria de escola, para citar alguns exemplos, quando estão diante de um brasileiro conhecido. 46 Conforme se verifica no guia acadêmica da Universidade Federal de Minas Gerais, disponível em ufmg.br/online/arquivos/guiaacademico2004ufmg.pdf, acessado em Apenas para mencionar alguns, em São Paulo: SESI, SE- NAI, SENAC, SESC, Arsenal da Esperança, Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, Cruz Vermelha Brasileira, Centro Arquidiocesano do Trabalhador, Instituto para Revista Internacional de Direito e Cidadania, n. 12, p , fevereiro/

14 AMORIM, J. A. A. Migração e Direitos Humanos de Brasília, Universidade Estadual de Campinas, associação Paulista de Cirurgiões Dentistas e a rede de hospitais e albergues públicos. Cf. JUBILUT, Liliana Lyra. Op. cit., p Como, por exemplo, habitação, alimentação, saúde, medicamentos, cursos de português, cursos profissionalizantes, atendimentos de saúde, dentre outros. 49 Cf. JUBILUT, Liliana Lyra. Op. cit., p Revista Internacional de Direito e Cidadania, n. 12, p , fevereiro/2012

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