Princípios que regem o lançamento

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1 Direito Tributário Professora Eliana Pulcinelli Aula 03 Princípios que regem o lançamento (1) Princípio da vinculação à lei ; (2) Princípio da irretroatividade da lei tributária; (3) Princípio da irrevisibilidade e (4) Princípio da inalterabilidade do lançamento. Princípio da Vinculação à Lei Art. 142, parágrafo único, do CTN Se coaduna com o conceito de tributo do art. 3º, também do CTN. Orienta que o lançamento constitui um ato vinculado, ou seja, inexiste qualquer margem de discricionariedade do Fisco. 1

2 Princípio da Irretroatividade da Lei Tributária O lançamento será regido pela lei vigente no momento de ocorrência do FG, ainda que esta tenha sido revogada ou modificada. A norma que estiver em vigor quando da realização do lançamento não retroagirá para atingir os aspectos internos do FG anterior (art. 144, CTN) Quanto aos aspectos externos, ver o art. 144, 1º, do CTN. Princípio da Irrevisibilidade Tem fundamento no postulado da segurança jurídica (art. 5º, XXXVI, CR/88). Determina que o lançamento, uma vez notificado o contribuinte, não poderá ser revisto pela Fazenda Pública para prejudicar o sujeito passivo, equivalendo a um ato jurídico perfeito (art. 145, CTN). Princípio da Inalterabilidade do Lançamento Art. 146, do CTN. Qualquer alteração nos critérios jurídicos que serviram de base para aquele ato somente poderá ser aplicada de forma prospectiva, ou seja, apenas produzirá efeitos para o futuro com relação a um mesmo sujeito passivo. 2

3 Relembrando as Modalidades de Lançamento... (a) por declaração (147, CTN) (b) de ofício (149, CTN) (c) por homologação (150, CTN) Atenção! Lançamento por Arbitramento (148, CTN) Lançamento Tácito (STJ) DEPÓSITO JUDICIAL. IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO. CONVERSÃO EM RENDA DA UNIÃO. LANÇAMENTO TÁCITO. DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA. DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. SÚMULA Nº 284/STF. [...]II - Esta Corte já teve oportunidade de se manifestar, por meio do EDcl no REsp nº /RS, Rel. Min. JOSÉ DELGADO, DJ de 03/04/06, p. 257, no sentido de que o depósito judicial, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, equivale ao recolhimento da exação, condicionada a sua conversão em renda no caso de improcedência da demanda. Sendo assim, não haveria que se falar em decadência, porquanto ocorrido o lançamento tácito. Precedentes: REsp nº /PR, Rel. Min. JOSÉ DELGADO, DJ de 04/04/05 e REsp nº /RS, Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, DJ de 13/11/06. [...] (STJ. AgRg no REsp /PR) 3

4 Antes ou depois do lançamento? O Fisco pode lançar o tributo durante uma causa suspensiva? Quais são as causas de natureza administrativa, judicial ou mista? Suspensa a exigibilidade, o sujeito passivo está totalmente desobrigado com o Fisco, em relação a tal crédito? CTN. Art [...] Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes. A suspensão do crédito tributário também suspende o prazo prescricional? Entende a melhor doutrina que a suspensão da exigibilidade do crédito tributário implica em que também fiquem suspensos os prazos de prescrição (art. 151, IV; art. 155, parágrafo único e art. 174, todos do CTN), mas não os da decadência, insuscetível de suspensão ou interrupção. 4

5 Hipóteses de Suspensão Art Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; II - o depósito do seu montante integral; III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. V a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; VI o parcelamento. O rol do art. 151, do CTN é exemplificativo ou taxativo? Se interpretarmos o art. 151 c/c art. 141, ambos do CTN, podemos concluir que o rol é taxativo, no sentido de que apenas lei complementar poderia dispor sobre a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO - SUSPENSÃO DA INSCRIÇÃO DO DEVEDOR NO CADIN - REQUISITOS - LEI /02, ART. 7º: SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO PARA AFERIÇÃO DA EXISTÊNCIA DE PAGAMENTO - IMPOSSIBILIDADE - INTERPRETAÇÃO ESTRITA DAS HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. 1. A suspensão da inscrição do devedor no Cadastro de Contribuintes, a teor do art. 7º da Lei /02, somente se dá quando: existe ação ajuizada com o objetivo de discutir a natureza da obrigação ou o seu valor, com o oferecimento de garantia idônea e suficiente ao juízo ou estar suspensa a exigibilidade do crédito tributário objeto do registro, nos termos da lei. 2. As hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, por força do arts. 111 e 141 do CTN são aquelas previstas no art. 151 deste Código. [...] (REsp /SP, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 12/08/2008, DJe 05/09/2008) 5

6 Moratória Prorrogação do prazo para pagamento do crédito tributário. Situa-se no campo da reserva legal. Art. 97, VI, CTN Em regra, só abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo. Moratória Não aproveita em casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo, podendo ser anulada. Suspende o curso do prazo prescricional (ver: art. 155, par. único, CTN). Pagamento pode ser integral ou parcelado. 6

7 TIPOS DE MORATÓRIA GERAL INDIVIDUAL CONCESSÃO DEPENDE APENAS DA LEI CONCESSÃO DEPENDE DA LEI + DESPACHO DA AUTORIDADE CTN. Art [...] Moratória Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos. Quem pode conceder moratória? Lei da própria pessoa jurídica à qual a CR/88 atribui a competência para instituir o respectivo tributo OU Lei federal, quanto à tributos dos estados, DF ou municípios, desde que conceda simultaneamente para créditos da união (tributários ou não) MORATÓRIA HETERÔNOMA 7

8 Moratória em Caráter Individual CTN. Art A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora: I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele; II - sem imposição de penalidade, nos demais casos. Parcelamento Hipótese introduzida pela LC 104/01. Não exclui a incidência de juros e multa, salvo disposição de lei em contrário. Inclusão dos 3º e 4º no art. 155-A do CTN, pela LC 118/05 para adequação à Lei /05 (recuperação judicial, extrajudicial e falência de empresas). 8

9 Depósito Integral do Montante Devido Natureza facultativa. Não se confunde com pagamento e nem com consignação. Pode ser feito no curso do procedimento administrativo ou judicial. É de grande utilidade para o contribuinte, para o Fisco e para o Judiciário. Pode-se exigir o depósito judicial como condição para o ajuizamento de ação? STF. Súmula Vinculante 28: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. 9

10 Depósito Integral do Montante Devido Para que tenha validade, o depósito deve ser efetuado no seu valor integral, ou seja, no valor que a Fazenda entende cabível, pois se o depositante não lograr êxito, o valor depositado será convertido em renda, extinguindo-se a obrigação tributária. STJ. Súmula 112: O depósito somente suspende a exigibilidade se for integral e em dinheiro. Depósito Integral do Montante Devido O STJ entende que não cabe substituição do depósito por fiança bancária, ou qualquer outro título. O mesmo Tribunal também entende não ser possível o levantamento de depósito judicial antes do trânsito em julgado da sentença. AGREsp /PE 29 10

11 PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. [...] DEPÓSITO JUDICIAL. SUSPENSÃO DE EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. LEVANTAMENTO PELO CONTRIBUINTE. IMPOSSIBILIDADE. CONVERSÃO EM RENDA DA UNIÃO.1. [...] A Primeira Seção, por ocasião do julgamento do EREsp /SP, [...], consolidou o entendimento de que os depósitos judiciais realizados com o objetivo de suspender a exigibilidade do crédito tributário somente poderão ser levantados pelo contribuinte nos casos em que ele, na questão de mérito na qual se discute a exigibilidade das respectivas exações, se consagrar vencedor. Nessa esteira, concluiu-se que, nas hipóteses em que o processo vier a ser extinto sem julgamento de mérito, os depósitos judiciais deverão ser convertidos em renda da União. [...] STJ. AgRg no Ag /DF (24/05/2011) Depósito Integral do Montante Devido Além de ser direito subjetivo do sujeito passivo, o depósito é cabível em qualquer procedimento judicial no qual seja objeto a exigência fiscal (v.g. ações anulatórias, declaratórias, mandado de segurança, etc.), não se fazendo necessária prévia autorização judicial. 11

12 Impugnações Administrativas Decorrem do direito constitucional de peticionar aos poderes públicos (art. 5º, XXXIV, CR/88) Pode-se recorrer voluntariamente, às autoridades judicantes e aos tribunais administrativos, como o Tribunal de Impostos e Taxas (TIT), em SP, o Conselho de Contribuintes no RJ e o Tribunal Administrativo Tributário (TAT) em SC. Pode-se exigir o depósito como condição de admissibilidade recursal? STF. SÚMULA VINCULANTE 21 É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. As esferas são independentes, mas... LEF. Art. 38 [...] Parágrafo Único - A propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso interposto. 12

13 Medidas de Urgência CTN. Art. 151, IV e V, CTN CPC. Art. 585 [...] 1 o A propositura de qualquer ação relativa ao débito constante do título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução. Medidas de Urgência Juízo de cognição sumária do juiz. Natureza precária do provimento Qual o recurso cabível contra decisão que concede ou nega (cassa) a liminar ou antecipação de tutela? 13

14 AÇÕES JUDICIAIS ANTES DO LANÇAMENTO Declaratória (tutela antecipada) OU APÓS O LANÇAMENTO Anulatória (tutela antecipada) OU Mandado de Segurança Preventivo (com pedido de liminar) Mandado de Segurança Repressivo (com pedido de liminar) Liminar em Mandado de Segurança art. 5º, LXIX, CR/88. Lei /09. fumus boni iuris e periculum in mora Algumas questões controversas... STF. Súmula 405 versus STJ. REsp /RS (cassação de liminar) 14

15 STF. Súmula 405: DENEGADO O MANDADO DE SEGURANÇA PELA SENTENÇA, OU NO JULGAMENTO DO AGRAVO, DELA INTERPOSTO, FICA SEM EFEITO A LIMINAR CONCEDIDA, RETROAGINDO OS EFEITOS DA DECISÃO CONTRÁRIA. STJ: REsp / RS TRIBUTÁRIO CPMF CASSAÇÃO DA LIMINAR QUE SUSPENDEU A EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO MP /2000 MULTA MORATÓRIA DESCABIMENTO - INEXISTÊNCIA DE PROCEDIMENTO FISCAL - DENÚNCIA ESPONTÂNEA CONFIGURADA.1. Recolhida integralmente com juros de mora a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira cuja exigibilidade encontrava-se suspensa por medida liminar posteriormente revogada, antes de iniciado procedimento fiscal contra o contribuinte, é devida a exclusão da multa moratória.2. Recurso especial não provido. STF. Súmula Vinculante 28 versus Art. 7º, III, Lei /09 15

16 Determinada empresa, em recuperação judicial é autuada pela Receita Estadual e, objetivando anular tal auto de infração, impetra mandado de segurança com pedido liminar. Ao apreciar a inicial e as provas préconstituídas, o magistrado de primeiro grau exige o depósito/caução do montante discutido como requisito para a concessão da medida liminar. Quid iuris? Súmula Vinculante 28, STF É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. Lei /09 Art. 7º. Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: [...] III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. 16

17 Tutela Antecipada em outras Ações Judiciais CPC. Art O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. É possível exigir caução? Como pensa o STJ: [...] A teor do disposto no artigo 151, incisos VI e V, do Código Tributário Nacional, independentemente do depósito do crédito tributário, é cabível a concessão da liminar, se presentes os seus pressupostos, com a conseqüente suspensão da exigibilidade do crédito tributário. [...].(REsp /SP, Rel. Ministro FRANCIULLI NETTO, SEGUNDA TURMA, julgado em 26/03/2002, DJ 01/07/2002, p. 272) 17

18 CTN. Art. 156 Pagamento Compensação Transação Remissão Prescrição e a decadência Conversão de depósito em renda Pagamento antecipado e a homologação do lançamento Consignação em pagamento Decisão administrativa irreformável Decisão judicial passada em julgado Dação em pagamento em bens imóveis O art. 156 do CTN apresenta rol taxativo ou exemplificativo de hipóteses de extinção do crédito tributário? A maioria da doutrina considera a enumeração taxativa. Assim, para acrescer qualquer outra hipótese é necessário que se edite lei complementar que cuide de normas gerais tributárias (cf. art. 146, III, b da CR/88). Nesse sentido, o STF se manifestou na ADI 2405 MC/RS. O art. 156 do CTN apresenta rol taxativo ou exemplificativo de hipóteses de extinção do crédito tributário? A tese minoritária, da qual são partidários Luciano Amaro e Claudio Carneiro, sustenta que se a lei ordinária do ente tributante pode perdoar a dívida (remissão art. 156, IV c/c art. 172, CTN), porque não poderia regular outros modos de extinção do crédito? 18

19 Pagamento É a forma usual de extinção do crédito tributário (Arts. 157 a 163 e 165 a 169, CTN). Importante! Não há presunção relativa de pagamento de parcelas anteriores para fins de tributação. Assim, no âmbito tributário, o tratamento do pagamento parcial diverge daquele dado pelo Direito Civil (art. 322, CC), pois não presume o pagamento das demais parcelas em que ele se decomponha (cf. art. 158, CTN) Local do Pagamento A dívida tributária é portable, assim a regra é pagar no domicílio do credor, na forma da lei. CTN. Art Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo. Hoje em dia, essa questão não tem mais repercussão, pois se paga em instituições bancárias. 19

20 Forma de Pagamento CTN. Art O pagamento é efetuado: I - em moeda corrente, cheque ou vale postal; II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico. Prazo para Pagamento CTN. Art Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento. Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça. Prazo para Pagamento O art. 160, CTN não se aplica aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, pois aqui o pagamento é realizado antecipadamente, logo, a legislação tributária tem que indicar o prazo de pagamento. 20

21 Prazo para Pagamento STF. SÚMULA Nº 669 NORMA LEGAL QUE ALTERA O PRAZO DE RECOLHIMENTO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA NÃO SE SUJEITA AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE. Prazo para Pagamento Embora não se submeta ao princípio da legalidade, admitindo-se, portanto, que seja previsto em ato infralegal, o prazo de pagamento previsto eventualmente em lei, pelo princípio da hierarquia das normas, exigirá outra lei para que seja alterado. O que acontece quando o devedor deixa de adimplir sua obrigação tributária no prazo para tanto determinado? Será constituído automaticamente em mora, cf. art. 161, CTN mora ex re. Diferença entre correção monetária, juros de mora e multa de mora. No caso dos tributos federais, aplicar-se-á a taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), de acordo com o art. 39, 4º, da Lei nº /95. 21

22 Questão incidente... No Direito Tributário, quem paga mal não paga duas vezes, pois, caso contrário, haveria enriquecimento sem causa por parte do Fisco. O sujeito passivo tem direito à restituição do pagamento indevido ou feito a maior, por meio da AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO (cf. art. 165, CTN). Ação de Repetição do Indébito Tributário Trata-se de ação de conhecimento de natureza condenatória por meio da qual se postula a condenação da Fazenda Pública a devolver o que recebeu indevidamente por um suposto crédito tributário. Não tem rito especial, assim, pode adotar o rito comum ordinário ou sumário, este último, na forma do art. 275, I, CPC (causas de até 60 SM). Ação de Repetição do Indébito Tributário CTN. Art O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no 4 do artigo 162, nos seguintes casos: 22

23 Ação de Repetição do Indébito Tributário Pode se referir a: Pagamento a maior feito pelo contribuinte e, por isso, indevido; ou Pagamento realizado indevidamente por que questiona-se a própria existência do crédito tributário. Ação de Repetição do Indébito Tributário Algumas críticas são feitas ao art. 165, CTN, com relação à expressão restituição total ou parcial, pois no entender dos doutrinadores, a restituição sempre será total com relação ao montante indevidamente pago. Questão processual... O objeto (pedido) da ação repetitória é a devolução de tributos, penalidades pecuniárias ou acréscimos como correção monetária e juros recolhidos indevidamente e a causa de pedir pode estar fundamentada: 1. Num erro material ou formal que gerou do recolhimento equivocado; 2. Na anulação prévia do auto de infração ou do ato de lançamento (seja pela via administrativa ou judicial); ou 3. Na ilegalidade ou inconstitucionalidade da norma que embasou o recolhimento do tributo cuja devolução se requer. 23

24 É cabível liminar/antecipação de tutela? Em tese, não poderia haver... STJ Súmula nº A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória. CTN. Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. Prazo para Ajuizamento CTN. Art O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória. Qual o termo a quo do prazo para ajuizar a ação de repetição de indébito para tributos lançados de ofício ou por declaração (art. 168, I, do CTN)? Inexiste controvérsia. O termo a quo será a data do pagamento indevido ou a maior. 24

25 Qual o termo a quo do prazo para ajuizar a ação de repetição de indébito para tributos lançados por homologação (art. 168, I, CTN)? Existia severa controvérsia. Dificuldade de se estabelecer um consenso sobre quando se daria a extinção do crédito tributário... A discussão... Com base no que dispõe o art. 150, 4º, CTN, o Fisco sustenta a tese de que a data de extinção do crédito sujeito a lançamento por homologação se dá apenas com a conjugação do pagamento antecipado + homologação. Na visão do Fisco... 25

26 A discussão... Assim, o STJ, objetivando conferir equidade ao tratamento dado ao Fisco e ao contribuinte, adotou a chamada tese do 5+5 também para fins de contagem de prazo para o ajuizamento de ações de repetição de indébito. A discussão... Essa era a posição pacífica nos tribunais, até que... LC 118/05 26

27 Diz a LC 118/05... Art. 3º- Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o 1º do art. 150 da referida Lei. A discussão... O art. 168, I, do CTN passou a ter nova interpretação após a LC nº. 118/05 (art. 3º), o que colocou uma pá de cal na tese dos 5+5 para repetir o indébito no caso dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação. Se a lei é interpretativa... CTN. Art A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; [...] 27

28 Mas o art. 3º da LC 118/05 tem mesmo natureza interpretativa? NÃO! STJ. TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRESCRIÇÃO. ORIENTAÇÃO FIRMADA PELA 1ª SEÇÃO DO STJ, NA APRECIAÇÃO DO ERESP /SC. LC 118/2003: NATUREZA MODIFICATIVA (E NÃO SIMPLESMENTE INTERPRETATIVA) DO SEU ARTIGO 3º. INCONSTITUCIONALIDADE DO SEU ART. 4º, NA PARTE QUE DETERMINA A APLICAÇÃO RETROATIVA. [...] o art. 3º da LC 118/2005 só pode ter eficácia prospectiva, incidindo apenas sobre situações que venham a ocorrer a partir da sua vigência.[...] (AgRg no Ag /SP, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/03/2005, DJ 04/04/2005, p. 193) Atualmente a questão está pacificada. 28

29 Prazo para Ajuizamento Há somente um termo a quo; a data do pagamento (indevido) do tributo. Atenção! O STJ entende que o requerimento na via administrativa não suspende o prazo prescricional para o ajuizamento da repetição do indébito. Ver: AgRg no Ag /MG, Rel. Min. José Delgado, j. 03/05/05. E os processo de repetição de indébito que estavam em curso quando da edição da LC 118/05? O STJ entende que os pagamentos efetuados anteriormente à vigência da LC 118/2005 se sujeitam à tese dos cinco mais cinco, uma vez que a lei nova somente poderia dispor sobre fatos posteriores à sua vigência. Em se tratando de recolhimentos efetuados entre 11/06/2000 e 08/06/2005, a prescrição obedece o regime anterior, limitada, porém, ao prazo máximo de cinco anos, contados da vigência da LC 118/2005. Nesses casos, a prescrição se consumou, necessariamente, em 08/06/

30 PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO - PIS E COFINS - REPETIÇÃO DE INDÉBITO - PRAZO PRESCRICIONAL - PACIFICAÇÃO DO ENTENDIMENTO - LC 118/05 - ARTS. 3º E 4º - EFICÁCIA PROSPECTIVA - EREsp's /SC e /PE.1. A Corte Especial reconheceu a inconstitucionalidade do art. 3º da LC 118/2005, estabelecendo que a lei nova somente se aplicará aos pagamento efetuados após a sua vigência. [...] (STF. REsp /SC, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, Rel. p/ Acórdão Ministra ELIANA CALMON, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/02/2008, DJe 13/10/2008) Legitimidade ad causam ativa Contribuinte ou responsável Substituto tributário O contribuinte de fato, cf. art. 166, CTN (Dependendo de como anda a jurisprudência do STJ sobre o assunto...) Legitimidade Passiva Ad Causam Pessoa jurídica de direito público federal, estadual ou municipal (entes federativos, autarquias e fundações) Sujeito ativo da relação jurídico tributária CTN. art. 119: Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento 30

31 Cumprimento de Sentença O Fisco devolve tudo que recebeu indevidamente, com juros e correção monetária, mas a devolução ocorre por meio de precatório (cf. art. 100, CR/88). Lembrar... Requisições de Pequeno Valor - RPV (art. 13, Lei /09). Lei /09 Art. 13. Tratando-se de obrigação de pagar quantia certa, após o trânsito em julgado da decisão, o pagamento será efetuado: I no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contado da entrega da requisição do juiz à autoridade citada para a causa, independentemente de precatório, na hipótese do 3º do art. 100 da Constituição Federal; ou II mediante precatório, caso o montante da condenação exceda o valor definido como obrigação de pequeno valor.[...] Cumprimento de Sentença Art A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição. Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar. 31

32 Qual o termo a quo da correção monetária e dos juros na repetição de indébito tributário? STJ. Súmula 162: Na repetição de indébito tributário, a correção monetária incide a partir do pagamento indevido. STJ. Súmula 188: Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário, são devidos a partir do trânsito em julgado da sentença. Questão incidente... Porque a devolução é realizada sob a forma de precatório, é comum que na ação de repetição de indébito o contribuinte faça o pedido de compensação, que possibilita a realização mais célere do crédito tributário indevidamente recolhido, mas apenas se houver autorização legal oriunda do ente tributante. 32

33 Nestes casos, quando o Fisco verifica a correção do pagamento antecipado pelo contribuinte homologa sua conduta e, com isto, extingue o crédito existente, ou seja, a extinção não se dá com o pagamento, mas com o pagamento + homologação. Ver: Art. 150, 4º c/c art. 156, VII, CTN, bem como o art. 149, V, CTN lançamento suplementar. Hipóteses de Cabimento Art A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. 33

34 Consignação em pagamento CTN. Art [...] 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar. É possível ajuizar a consignatória para discutir a correção ou não do valor exigido pelo Fisco? STJ. REsp /RS PROCESSO CIVIL. TRIBUTÁRIO. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO.NATUREZA E FINALIDADE. UTILIZAÇÃO PARA CONSIGNAR VALOR DE TRIBUTO.POSSIBILIDADE.1.[...]Não há qualquer vedação legal a que o contribuinte lance mão da ação consignatória para ver satisfeito o seu direito de pagar corretamente o tributo quando entende que o fisco está exigindo prestação maior que a devida. É possibilidade prevista no art. 164 do Código Tributário Nacional. Ao mencionar que "a consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe a pagar", o 1º daquele artigo deixa evidenciada a possibilidade de ação consignatória nos casos em que o contribuinte se propõe a pagar valor inferior ao exigido pelo fisco. Com efeito, exigir valor maior equivale a recusar o recebimento do tributo por valor menor. Consignação em pagamento Nos tributos que ensejam uma relação continuativa entre contribuinte e fisco, como o ISS e ICMS, aplica-se a norma do art. 892, CPC: Tratando-se de prestações periódicas, uma vez consignada a primeira, pode o devedor continuar a consignar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que os depósitos sejam efetuados até 5 (cinco) dias, contados da data do vencimento. 34

35 Legitimidade ad causam ativa Contribuinte ou responsável Terceiro interessado (art. 204, parágrafo único, CTN) Substituto tributário Não se aplica o art. 166, CTN, porque este diz respeito apenas às ações de repetição de indébito. Legitimidade Passiva ad causam No caso dos incisos I e II, do art. 164, não há maiores dificuldades: será a pessoa jurídica de direito público que é o sujeito ativo da relação jurídico tributária No caso do inciso III, do art. 164, há litisconsórcio passivo e caso envolva a União (p.ex. IPTU x ITR), atrairá a competência da Justiça Federal Cumprimento de Sentença Se o pedido for julgado procedente, o valor é convertido em renda Se julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, converte-se o valor consignado acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis e ainda pode haver inscrição da eventual diferença (art. 164, 2º, CTN). 35

36 Compensação CTN. Art A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. 36

37 Compensação CTN. Art [...] Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento. Compensação No Direito Civil (arts. 360 a 380, CC) e no Direito Tributário (art. 170 e 156, III, CTN), compensação significa o acerto de contas entre o credor e o devedor, com a finalidade de extinguir créditos e débitos recíprocos. No Direito Civil resulta de acordo de vontades, no Direito Tributário só é admitida se prevista em lei. Não se deve confundir compensação tributária com compensação financeira (escrituração contábil) Alterações pela LC 104/01... CTN. Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. O STJ até alterou a Súmula 212 (Inf. 246, mai.05) STJ Súmula nº A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória. 37

38 Exemplos de compensação por meio de créditos decorrentes de sentenças transitadas em julgado autorizada por lei ocorre no âmbito federal na Lei 8.383/91 (art. 66) e na Lei 9.430/96 (art. 74). Lei 8.383/91 Art. 66. Nos casos de pagamento indevido ou a maior de tributos, contribuições federais, inclusive previdenciárias, e receitas patrimoniais, mesmo quando resultante de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória, o contribuinte poderá efetuar a compensação desse valor no recolhimento de importância correspondente a período subseqüente. 1º A compensação só poderá ser efetuada entre tributos, contribuições e receitas da mesma espécie. 2º É facultado ao contribuinte optar pelo pedido de restituição. Lei 9.430/96 Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão. 1º A compensação de que trata o caput será efetuada mediante a entrega, pelo sujeito passivo, de declaração na qual constarão informações relativas aos créditos utilizados e aos respectivos débitos compensados. 2º A compensação declarada à Secretaria da Receita Federal extingue o crédito tributário, sob condição resolutória de sua ulterior homologação. [...] 38

39 A opção é do contribuinte... PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO [...] OPÇÃO POR REPETIÇÃO DE INDÉBITO VIA PRECATÓRIO - POSSIBILIDADE - PRECEDENTE DA 1ª SEÇÃO.- Nos termos do art. 66, 2, da Lei nº 8.383/91, e da pacífica jurisprudência deste Tribunal, é direito do contribuinte optar pela forma como pretende receber os valores indevidamente recolhidos aos cofres públicos, se via compensação ou precatório.- Recurso conhecido e provido.(resp /RS, Rel. Ministro FRANCISCO PEÇANHA MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 01/09/2005, DJ 10/10/2005, p. 308) Transação Genericamente conceituada, se traduz num acordo entre pessoas que fazem concessões recíprocas, para prevenir ou solucionar um litígio Art. 840, CC Art. 171, CTN Art A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e consequente extinção do crédito tributário. 39

40 Transação Modalidade indireta de extinção do crédito tributário e depende de previsão legal. A lei autoriza o ente tributante a transacionar e deverá indicar a autoridade competente para realizar o acordo, bem como as concessões que poderão ser feitas pelo Fisco em prol da terminação do litígio (art. 171, parágrafo único, CTN). Quais os motivos que podem ensejar tal ajuste entre o contribuinte e a Fazenda Pública? Transação Passou a ter maior destaque nas discussões doutrinárias e jurisprudenciais, apenas a partir dos idos de 2009, em razão do Projeto de Lei Geral de Transação apresentado pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, ainda em discussão no âmbito do Poder Legislativo Federal (PL nº. 5082/2009) Transação não se confunde com o parcelamento da dívida, neste último nem sequer há extinção do crédito, trata-se de causa suspensiva. STJ. REsp /PR RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. O PARCELAMENTO DA DÍVIDA TRIBUTÁRIA NOS EMBARGOS À EXECUÇÃO NÃO IMPLICA A EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO, MAS A SUA SUSPENSÃO. [...] 2. A figura do parcelamento não se confunde com a transação extintiva do crédito. A autocomposição bilateral ou transação é forma de extinção do crédito tributário, consoante determina o art.156, III do CTN, implicando no término do direito da Fazenda Pública de cobrar a obrigação tributária. [...] no parcelamento, a dívida ativa não se desnatura pelo fato de ser objeto de acordo de parcelamento, posto que não honrado o compromisso, retoma ela o os seus privilégios, incidindo a multa e demais encargos na cobrança via execução fiscal. [...] 40

41 Remissão Ato unilateral do Estado-legislador, a remissão significa o perdão da dívida tributária, compreendendo os tributos e as penalidades. Remissão não se confunde com anistia (hipótese de exclusão do crédito tributário, prevista no art. 175, II, do CTN), porque esta última é concedida antes da constituição do crédito tributário, enquanto aquela pressupõe a existência de lançamento. Remissão Está prevista no art. 156, IV, do CTN e é disciplinada no art. 172 do mesmo diploma legal. Os incisos I a V do referido art. 172 relacionam os motivos legais que podem levar a autoridade administrativa a conceder remissão. Os motivos elencados no art. 172, fazem parte de rol não exaustivo, ou seja, lei específica pode autorizar a concessão de remissão em outras hipóteses ali não previstas (cf. art. 150, 6º, da CR/88). 41

42 Conversão do Depósito em Renda Prevista no inc. VI do art. 156 do CTN, a conversão em renda ocorre quando a controvérsia é resolvida a favor da Fazenda Pública. Nesse caso, o juiz determinará, após a ocorrência da coisa julgada material e formal, a conversão do depósito em renda, extinguindo o crédito tributário. 42

43 Decisão Administrativa Irreformável Decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória. O sujeito passivo (contribuinte) impugna administrativamente e o próprio Fisco reconhece que o tributo não é devido. Decisão Judicial Transitada em Julgado O sujeito passivo impugna judicialmente e o Judiciário decide que o tributo não é devido. Último pronunciamento da autoridade julgadora. 43

44 Dação em Pagamento A expressão em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir contida no bojo do art. 3º do CTN retomou lugar no campo de divergência acadêmica, com a LC nº. 104/01 No campo do Direito Civil o tema é disciplinado nos arts. 356 a 359 do CC/02. 44

45 A decadência é a perda do direito potestativo de a Fazenda Pública lançar o crédito tributário. A prescrição, por sua vez, é posterior ao lançamento e implica na perda do direito subjetivo da Fazenda Pública em ajuizar a execução judicial do crédito tributário. Marcos temporais... 45

46 Decadência Trata-se da perda do próprio direito de lançar, extingue-se o direito material. Como a decadência é uma causa extintiva do crédito tributário, na forma do art. 156 do CTN, a Fazenda Pública, mesmo diante de uma causa suspensiva da exigibilidade do crédito, deve lançar. Pagamento de crédito decaído dá direito a repetição de indébito. Os prazos estão previstos no art. 173, CTN... Termo a quo do prazo decadencial Lançamento de ofício ou por declaração Lançamento por Homologação Primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, mas não foi. Art º, CTN Se a lei não fixar prazo para homologar, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador Art. 173, I, do CTN (REGRA GERAL) 46

47 Situação diferente é quando o sujeito passivo é notificado de qualquer medida preparatória do lançamento (p. único, art. 173, CTN)... O art. 173, II, CTN, também é diferente. Estabelece prazo decadencial de cinco anos, contados da data da decisão definitiva que houver anulado, por vício de forma, o lançamento anteriormente efetuado... 47

48 Prescrição Prevista no art. 174, CTN. Havendo prescrição, nula será a ação executiva (ver: art. 618, I, CPC). O pagamento de crédito prescrito não dá direito à restituição. O prazo prescricional é para a Fazenda Pública cobrar o crédito tributário, ou seja, ajuizar a execução fiscal. Qual o termo a quo para a contagem do prazo prescricional? Para compreender adequadamente o tema, é preciso dividir o estudo do assunto entre os tributos sujeitos ao lançamento direto (de ofício) e os tributos sujeitos ao lançamento por homologação... Nos tributos sujeitos ao lançamento de ofício... 48

49 Nos tributos sujeitos ao lançamento de ofício... Nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação... O início da contagem do prazo prescricional dependerá se houve ou não débito declarado, ou seja, se o débito foi constituído por iniciativa do próprio contribuinte... STJ. Súmula 436 A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco. 49

50 Caso 01 Deve Declarar 100 Declara 100 Paga 100 Caso 02 Deve Declarar 100 Declara Ø Paga Ø Caso 03 Deve Declarar 100 Declara 100 Paga Ø 50

51 Caso 04 Deve Declarar 100 Declara 100 Paga 80 Caso 05 Deve Declarar 100 Declara 80 Paga 80 Caso 06 Deve Declarar 100 Declara 80 Paga Ø 51

52 Pode o juiz decretar de ofício a prescrição em execução fiscal? Súmula 409, STJ Em execução fiscal, a prescrição ocorrida antes da propositura da ação pode ser decretada de ofício (art. 219, 5º, do CPC). Pode o juiz decretar de ofício a prescrição intercorrente? Art. 219, 5º, CPC versus Art. 40, 4º, LEF CPC. Art [...] 5º O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição. LEF. Art. 40. [...] 4º Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato. 52

53 Causas Interruptivas da Prescrição CTN. Art [...] parágrafo único. A prescrição se interrompe: I pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) Redação anterior: [...] I - pela citação pessoal feita ao devedor; Como decide o STJ? Há diversos precedentes, no sentido de que a interrupção é aplicável apenas aos despachos ocorridos após a vigência da Lei Complementar 118/05, ou seja, 09/06/05. STJ. REsp /PE PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. [...] INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL PELO DESPACHO DO JUIZ QUE DETERMINA A CITAÇÃO. ART. 174 DO CTN ALTERADO PELA LC 118/2005. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM CURSO. EXCEÇÃO AOS DESPACHOS PROFERIDOS ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI. [...]. Por se tratar de norma de cunho processual, a alteração consubstanciada pela Lei Complementar 118, de 9 de fevereiro de 2005 ao art. 174 do CTN deve ser aplicada imediatamente aos processos em curso, razão pela qual a data da propositura da ação poderá ser-lhe anterior. 3. Entretanto, deve-se ressaltar que, nessas hipóteses, a data do despacho que ordenar a citação deve ser posterior à vigência da lei em questão, sob pena de retroação. Precedentes. [...] 53

54 Causas Interruptivas da Prescrição CTN. Art [...] II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. Protesto da CDA O Protesto extrajudicial está previsto na Lei 9.492/97, que ampliou o poder dos cartórios que, anteriormente, somente podiam protestar títulos de natureza cambial, permitindo-os protestar títulos e outros documentos de dívida, inclusive, aqueles originados unilateralmente pela Fazenda Pública (Certidão de Dívida Ativa). Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em decisão tomada na 103ª sessão ordinária, que ocorreu em abril de 2010, reconheceu a legalidade do protesto extrajudicial da certidão de dívida ativa. Recomendando que os Tribunais de Justiça dos Estados editem ato normativo disciplinando o assunto. O Órgão Especial do TJ/RJ, na RI 20/09 e RI 55/09, reconheceu a constitucionalidade da Lei Estadual 5.351/08, entendendo como legal o protesto das CDAs. 54

55 Como vem entendendo o STJ? AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. CDA. PRESUNÇÃO DE CERTEZA E LIQUIDEZ. PROTESTO. DESNECESSIDADE. PRECEDENTES. VERBETE N. 83 DA SÚMULA DO STJ. JULGAMENTO MONOCRÁTICO. AUTORIZAÇÃO DADA PELO ART. 557 DO CPC.AGRAVO IMPROVIDO.(AgRg no REsp /RS, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/06/2012, DJe 13/06/2012) Como vem entendendo o STJ? TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CERTIDÃO DA DÍVIDA ATIVA - CDA. PROTESTO.DESNECESSIDADE. AGRAVO NÃO PROVIDO.1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça tem afirmado a ausência de interesse em levar a protesto a Certidão da Dívida Ativa, título que já goza de presunção de certeza e liquidez e confere publicidade à inscrição do débito na divida ativa.2. Agravo regimental não provido.(agrg no Ag /PR, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/05/2011, DJe 25/05/2011) José Silva, devedor do IPVA 2010, teve tal débito inscrito em dívida ativa, mas ao ser notificado pelo Estado, pagou rapidamente a dívida, contudo no dia seguinte a CDA foi protestada. Diante de tal protesto indevido, José ajuizou uma ação de reparação civil contra o Estado, pelos danos extrapatrimoniais sofridos, já que ficou com restrições creditícias em razão da referida anotação em seu nome. Responda, cabe condenação a título de dano moral nesse caso? 55

56 Protesto de CDA gera dano moral? A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu que o protesto de certidão de divida ativa (CDA) não gera dano moral decorrente do próprio fato (in re ipsa), por se tratar de ato desnecessário e inócuo. Segundo o colegiado, além da presunção de certeza e liquidez, a CDA tem a função de dar publicidade ao conteúdo do título. REsp /RJ, julgado em 18/11/2008, DJe 15/12/2008. Causas Suspensivas da Prescrição CTN. Art [...] Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito. CTN. Art [...] Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. Causas Suspensivas da Prescrição CTN. Art [...] 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. CTN. Art [...] Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo

57 Lei 6.830/80 (LEF) Art. 2º - [...] 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo. CR/88 Art Cabe à lei complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: [...] b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; Atenção! Essa tese só vale para créditos tributários, se a dívida for de natureza não-tributária, aplica-se a suspensão de até 180 dias prevista na LEF. 57

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