FLUXO DE CAIXA POR REGIME DE COMPETÊNCIA

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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E ATUÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS FLUXO DE CAIXA POR REGIME DE COMPETÊNCIA Manuela Sanin de Souza Orienador: Prof. Dr. Eliseu Marins SÃO PAULO 2006

2 Profa. Dra. Suely Vilela Reiora da Universidade de São Paulo Prof. Dr. Carlos Robero Azzoni Direor da Faculdade de Economia, Adminisração e Conabilidade Prof. Dr. Fábio Frezai Chefe do Deparameno de Conabilidade e Auária Prof. Dr. Gilbero de Andrade Marins Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Conábeis

3 MANUELA SANTIN DE SOUZA FLUXO DE CAIXA POR REGIME DE COMPETÊNCIA Disseração apresenada ao Deparameno de Conabilidade e Auária da Faculdade de Economia, Adminisração e Conabilidade da Universidade de São Paulo como requisio para a obenção do íulo de Mesre em Ciências Conábeis. Orienador: Prof. Dr. Eliseu Marins SÃO PAULO 2006

4 Disseração defendida e aprovada no Deparameno de Conabilidade e Auária da Faculdade de Economia, Adminisração e Conabilidade da Universidade de São Paulo Programa de Pós-Graduação em Ciências Conábeis, pela seguine banca examinadora: FICHA CATALOGRÁFICA Elaborada pela Seção de Processameno Técnico do SBD/FEA/USP Souza, Manuela Sanin de Fluxo de caixa por regime de compeência / Manuela Sanin de Souza. São Paulo, p. Disseração (Mesrado) Universidade de São Paulo, 2006 Bibliografia 1.Conabilidade financeira 2. Conabilidade socieária 3. Fluxo de caixa I. Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Adminisração e Conabilidade II. Tíulo. CDD

5 ii Aos meus pais, Joel e Roselena, e aos meus irmãos, Francisco e Filipi.

6 iii AGRADECIMENTOS A Deus, minha Foraleza. Aos meus pais e irmãos, que me foralecem, acrediando em mim e me amparando nas horas difíceis. Aos meus familiares, avós, ios e primos, que sempre orcem por mim. Ao Prof. Dr. Eliseu Marins, meu orienador, por inicialmene er acrediado em mim e er aceiado me orienar durane esa disseração; por er me dado a honra de poder aprender mais com esse indiscuível Mesre. Aos Professores do curso de Mesrado: Prof. Dr. Eliseu Marins, Prof. Dr. L. Nelson Carvalho, Prof. Dr. Ariovaldo dos Sanos, Prof. Dr. Gilbero Marins, Prof. Dr. Reinaldo Guerreiro, Prof. Dr. Luiz João Corrar, Prof. Dr. Geraldo Barbieri, Profa. Dra. Silvia Casa Nova e Prof. Dr. Rubens Famá, por odas as conribuições dadas ao longo do curso. À Profa. Dra. Marina Yamamoo, pela óima convivência e aprendizado durane o PAE Programa de Apoio e Ensino. Aos Professores da banca de defesa: Prof. Dr. Fábio Frezai e Prof. Dr. Eduardo Kayo, cujas críicas ornaram-se muio imporanes para esse rabalho. Aos Professores da FEA Ribeirão Preo, especialmene: Profa. Dra. Adriana Procópio, Prof. Dr. Maurício do Valle, Profa. Dra. Rosana Gonçalves e Profa. Dra. Maísa Ribeiro, que sempre me orienaram e confiaram em mim. À FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Esado de São Paulo, pelo apoio financeiro. A odos os amigos do curso de Mesrado e Douorado, em especial: Cássia, Maria José, Marcial, Huang, Fernanda Furua, Robera, Anonio Coelho, Amaury, Marcio, Dione, Eliandro, Edílson, Flavio Baisella, Francyslene, Maria Aparecida, Mauro Gallo, André Aquino, Robero Casagrande e Ocavio. Ao Fábio e Gerlando, amigos sempre solícios, que muias vezes me auxiliaram nesa disseração, ecendo críicas e discuindo os conceios. À Direção e Professores da Escola Superior de Adminisração, Markeing e Comunicação (ESAMC), principalmene: Marcelo Veras, Eliane Badouy, Tadeu, Anonio Carlos, Cícero, Viviane, Anderson, Edimilson, Cybelle e Parícia. Aos amigos que souberam compreender minha ausência e permaneceram com sua amizade: Eliane (Lica), Adriana, Aline, Fernanda Scavacini, Mariana, Dirley, Vanessa, Thiago Guimarães, Sérgio, Ana Paula, Marisa, Crisiane e Robero Suguihara.

7 iv O rio ainge seus objeivos porque aprendeu a conornar obsáculos. Lao-Tsé

8 v RESUMO A Demonsração do Fluxo de Caixa (DFC) é uma peça conábil elaborada sob o regime de caixa. Essa caracerísica orna difícil sua comparação com ouras demonsrações elaboradas à luz do regime de compeência. Nese rabalho, desenvolve-se um novo modelo, consoane os esudos desenvolvidos por Dechow e Dichev (2002) nos Esados Unidos: a Demonsração do Fluxo de Caixa elaborada pelo regime de compeência. Essa nova peça conábil em como função promover um elo enre a DFC radicional e as demais demonsrações conábeis, principalmene com a Demonsração do Resulado do Exercício (DRE). Tem-se, como referencial eórico dese esudo, a exploração dos conceios de regime de caixa e compeência, a discussão dos principais aspecos da DFC e da DRE, e a referência aos esudos empíricos que já foram realizados sobre o assuno. Em seguida, foi desenvolvido o modelo em que os fluxos de caixa são segregados conforme sua compeência, ilusrando-se com um exemplo hipoéico. Para o ese empírico, selecionou-se, aravés do banco de dados Economáica, empresas brasileiras do período de 1995 a A análise de regressão múlipla com dados em painel foi uilizada como ferramena esaísica. Como resulado dese rabalho, os eses esaísicos confirmaram as hipóeses inicialmene desenvolvidas, concluindo-se que o fluxo de caixa operacional elaborado à luz do regime de compeência fornece informações mais precisas sobre os accruals e provê uma melhor comparação com as demais demonsrações conábeis quando comparado ao fluxo de caixa por regime de caixa.

9 vi ABSTRACT The Cash Flow Saemen (CFS) is a financial saemen prepared under de cash basis accouning. This characerisic grows difficul is comparison wih oher financial saemens ha are prepared under de accrual basis accouning. In his sudy, i was developed a new model, according he sudies done by Dechow and Dichev (2002) in he Unied Saes of America: he Cash Flow Saemen under he accrual basis accouning. This new financial saemen has he role of link he radiional CFS and he oher saemens, mainly he Income Saemen. The heory of his sudy is based in he conceps of cash and accrual basis accouning, in he discussion of he principal aspecs of he CFS and Income Saemen and he reference of he empiric researches realized abou his subjec. Following, a model was developed aking accoun of he cash flows divided ino he accrual period and an example was buil. For he empiric es, we seleced, hrough he Economaica daa base, Brazilian companies o he period of 1995 unil The muliple regression analysis wih panel daa has been uilized as a saisic insrumen. As a resul of his sudy, he saisics ess susained he hypohesis developed in he iniial par of he sudy, concluding ha he operaional cash flow under he accrual basis accouning provide precise informaion abou he accruals and supply a beer comparison wih he oher financial saemens when faced o he cash flow under he cash basis accouning.

10 SUMÁRIO SUMÁRIO...1 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS INTRODUÇÃO Apresenação Siuação-Problema Hipóeses de pesquisa Objeivo Jusificaiva Delimiação do esudo Meodologia Esruura do Trabalho REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA Conexo Hisórico e o papel da Conabilidade Relevância da informação conábil Demonsração do Resulado do Exercício ou Demonsração do Fluxo de Caixa? Demonsração do Fluxo de Caixa e regime de caixa Demonsração do Resulado, regime de compeência e accruals Conceiuação Imporância e uilidade do regime de compeência Limiações no uso do regime de compeência Reconciliação enre o fluxo de lucro e o fluxo de caixa Evidências empíricas O MODELO DE DFC PELO REGIME DE COMPETÊNCIA A descrição do modelo Exemplo Considerações sobre o modelo PROCEDIMENTOS METODÓLOGICOS Seleção e colea dos dados Traameno dos dados Teses esaísicos realizados RESULTADOS DA PESQUISA CONSIDERAÇÕES FINAIS...65 REFERÊNCIAS...67 ANEXOS...75 ANEXO A ILUSTRAÇÃO DA DFC PELO REGIME DE COMPETÊNCIA APLICADO À NATURA COSMÉTICOS S.A...75 ANEXO B RAZONETES...86 ANEXO C DESCRIÇÃO DOS LANÇAMENTOS...87 ANEXO D RELAÇÃO DAS EMPRESAS QUE FORAM UTILIZADAS NO ESTATÍSTICO...89

11 2

12 3 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS A Accrual α nível de significância b 0 - inercepo b i coeficiene angular BP Balanço Parimonial C Closing CCL - Capial Circulane Líquido CF - Cash Flows CFC - Conselho Federal de Conabilidade CVM - Comissão de Valores Mobiliários DD - Dechow e Dichev DFC - Demonsração do Fluxo de Caixa DMPL Demonsração das Muações do Parimônio Líquido DOAR - Demonsração das Origens e Aplicações de Recursos DRE - Demonsração do Resulado do Exercício E Earnings EBITDA - Earnings Before Ineres, Taxes, Depreciaion and Amorizaion FASB - Financial Accouning Sandards Board FCF - Fluxo de Caixa das aividades de Financiameno FCI - Fluxo de Caixa das aividades de Invesimeno FCO - Fluxo de Caixa das aividades Operacionais GAAP - Generally Acceped Accouning Principles GECON - Sisema de Informação de Gesão Econômica IAS - Inernaional Accouning Sandard IASB - Inernaional Accouning Sandards Board IBRACON - Insiuo dos Audiores Independenes do Brasil LAJIDA - Lucro Anes dos Juros, Imposos, Depreciação e Amorização MQG - Mínimos Quadrados Generalizados NPC - Normas e Procedimenos Conábeis O Opening PCGA - Princípios de Conabilidade Geralmene Aceios

13 4 PCLD - Provisão para Crédios de Liquidação Duvidosa R 2 coeficiene de deerminação S.A Sociedade Anônima SFAC - Saemen of Financial Accouning Conceps WC - Variação do Working Capial

14 5 1 INTRODUÇÃO 1.1 Apresenação A Demonsração do Fluxo de Caixa (DFC), uma peça conábil relaivamene nova no campo da Conabilidade, em suas primeiras publicações na década de 80, surgindo em subsiuição à Demonsração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) em diversos países como Canadá e Esados Unidos. Essa subsiuição vem sendo sugerida argumenando-se ser de mais fácil enendimeno quando comparada à DOAR e de maior uilidade para os usuários da informação conábil. No Brasil, um grupo de profissionais, comandados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), elaborou um aneprojeo que propõe mudanças na Lei no de 15 de dezembro de 1976, que dispõe sobre as sociedades por ações. Em suma, o que se em é um projeo que aende às necessidades dos acionisas e profissionais que auam no mercado: demonsrações mais ransparenes e mais informaivas, com dados relevanes à análise e que se assemelha às demonsrações apresenadas no exerior: algo muio imporane para o processo de harmonização das normas conábeis. Uma das principais alerações a que se propõe o aneprojeo, no que ange à harmonização, é a subsiuição da DOAR pela DFC. Assim, ese rabalho visa esudar a DFC e mais especificamene uma das pares da DFC: o Fluxo de Caixa das aividades Operacionais ou apenas Fluxo de Caixa Operacional (FCO). 1.2 Siuação-Problema Uma imporane caracerísica da DFC é ser elaborada sob o regime de caixa, conrariando os princípios fundamenais de Conabilidade. A DFC possui valores originados em diversos

15 6 períodos remeendo-se a problemas de alocação iner-emporal e de fala de correlação enre os valores apresenados. O regime de compeência busca corrigir ais problemas. Nesse senido, a DFC diferencia-se das demais demonsrações conábeis as quais são elaboradas sob regime de compeência. Essa diferença prejudica a comparação dos valores da DFC com as ouras demonsrações conábeis, principalmene com os valores da Demonsração do Resulado do Exercício (DRE). Assim, o presene esudo em como objeivo responder à seguine perguna: O fluxo de caixa operacional, se elaborado à luz do regime de compeência, forneceria informações mais precisas sobre os accruals 1 quando comparado ao fluxo de caixa por regime de caixa? 1.3 Hipóeses de pesquisa Dado o problema acima, orna-se necessário sejam consruídas as hipóeses. Segundo Gil (2006, p. 56), hipóese é uma suposa resposa ao problema a ser invesigado e seu principal papel é sugerir explicações para os faos. Relacionam-se, porano, as hipóeses: Hipóese 1: O fluxo de caixa operacional, elaborado pelo regime de compeência, explica melhor os accruals que o fluxo de caixa operacional pelo regime de caixa. Hipóese 2: O fluxo de caixa operacional, elaborado pelo regime de compeência, provê uma melhor comparação com as demais demonsrações conábeis, principalmene com a Demonsração do Resulado do Exercício em relação ao fluxo de caixa por regime de caixa. 1 O conceio de accruals pode ser enendido como a diferença enre o resulado e o fluxo de caixa. Enreano, al conceio será abordado com mais dealhes no capíulo 2.

16 7 1.4 Objeivo O objeivo desa pesquisa é promover uma comparação enre o FCO (divulgado na DFC ou calculado de forma indirea) e o fluxo de lucros o qual é evidenciado na DRE e refleido nos acrruals, conabilizados no Balanço Parimonial (BP) e DOAR. Para se promover al comparação, apresena-se um novo modelo de DFC, elaborado à luz do regime de compeência. Essa nova demonsração busca uilizar-se dos benefícios da DFC que apresena a enrada e saída de recursos, facilmene enendida pelos leiores, mas procurando não infringir os princípios fundamenais de Conabilidade. Além da comparação enre as diferenes demonsrações conábeis, procura-se verificar se a DFC elaborada à luz do regime de compeência provê maior coneúdo informacional do que a informação já razida pelo fluxo de caixa radicional, aravés de um ese esaísico. 1.5 Jusificaiva Na lieraura conábil, há uma ampla discussão sobre qual dos regimes (caixa ou compeência) propicia maiores benefícios em ermos de informação conábil ao leior e aos usuários das demonsrações conábeis. Nesse senido, há ambém vasa discussão sobre a diferença enre caixa e lucro (medida apurada pelo regime de compeência). Segundo Eliseu Marins (1984, p. 356): um dos principais problemas com que o conabilisa comumene se defrona em seu relacionameno, principalmene com os que não são muio versados em Conabilidade, é o relaivo à compaibilização enre lucro e sobra de caixa, prejuízo com aumeno de capial de giro líquido e lucro e absolua fala de disponibilidade. Assim, orna-se essencial a proposição de uma demonsração que evidencie ais diferenças e promova uma conciliação enre os valores apurados pelo regime de caixa e os apurados pelo regime de compeência.

17 8 Essa pesquisa ambém pode ser de grande auxílio para os esudos da naureza dos accruals, podendo servir para as pesquisas desenvolvidas sobre gerenciameno de resulados. Além disso, a endência da DFC ornar-se uma demonsração conábil obrigaória de publicação, orna seu esudo e discussão ainda mais imporane. 1.6 Delimiação do esudo Ese rabalho resringe-se, no aspeco eórico, ao fluxo de caixa operacional e ao fluxo de resulado. Os fluxos de caixa das aividades de invesimeno e de financiameno, ambém evidenciados na DFC, não são escopo dese rabalho, uma vez que não apresenam diferenças em relação aos regimes de caixa e de compeência. A DOAR, apesar de muias vezes ciada como uma demonsração que raa do fluxo dos fundos e muias vezes é comparada com a DFC, é abordada nese rabalho apenas em alguns aspecos, não sendo de seu escopo a sua invesigação. Também cabe desacar que aqui não foram consideradas as demonsrações conábeis de insiuições financeiras. Apesar de a linha de raciocínio ser similar, necessiar-se-ia de explicações adicionais para as ransações específicas dessas insiuições. Esse assuno poderá vir a ser raado em fuuras pesquisas. Na abordagem empírica, foram uilizados dados de empresas brasileiras dos anos de 1995 a A análise de dados aneriores a esse período fica prejudicada diane das alas axas de inflação e da não adoção, por algumas empresas, da correção moneária inegral das demonsrações conábeis. Porano, os dados de fluxos (caixa e resulados) poderiam esar compromeidos pela variação da moeda. Além disso, cabe ressalar que as demonsrações conábeis, a parir de 1995, passaram a não ser mais corrigidas moneariamene, com visas a refleir os efeios da inflação. Nesse caso, os efeios da inflação, apesar de não serem ão elevados após 1995, ornam-se uma limiação do presene esudo por não esarem incorporados aos dados analisados.

18 9 1.7 Meodologia A pesquisa é um procedimeno formal, com méodo de pensameno reflexivo, que requer um raameno cienífico e se consiui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. (LAKATOS e MARCONI, 1991, p. 155). Assim, é preciso delinear méodos adequados para a elaboração e desenvolvimeno da pesquisa. O méodo cienífico que caraceriza essa pesquisa é o hipoéico-deduivo, que segundo a visão de Popper, em início na definição de um problema, para o qual se oferece uma espécie de solução provisória consisindo numa conjecura ou nova eoria, passando-se depois à críica, na enaiva de refuação, aravés da observação ou experimenação. Esse processo se renova por si mesmo, dando surgimeno a novos problemas. (Ibid., p. 95). Para a pare empírica dese esudo, na enaiva de se comprovar ou refuar as hipóeses meodológicas desenvolvidas ao longo do rabalho, decidiu-se uilizar um ese esaísico que, segundo Gilbero Marins (2002, p. 36), são empregados para ober, organizar, analisar e apresenar ceros dados numéricos de faos, fenômenos ou problemas que ocorrem nas sociedades (...) de um modo geral. Quano ao procedimeno adoado para a colea de dados, esa pesquisa esá denro do grupo de delineameno da pesquisa exposfaco, a qual em por definição ser uma invesigação sisemáica e empírica na qual o pesquisador não em conrole direo sobre as variáveis independenes, porque já ocorreram suas manifesações ou porque são inrinsecamene não manipuláveis. (Kerlinger apud GIL, 2006, p. 69). 1.8 Esruura do Trabalho A pesquisa esá esruurada em seis capíulos. Após o capíulo de inrodução, é realizada, no capíulo 2, uma revisão da lieraura relevane sobre o ema, aravés da exposição de conceios sobre fluxo de caixa, resulado, accruals e sobre as evidências empíricas já apresenadas em rabalhos nacionais e inernacionais.

19 10 Em seguida, no capíulo 3, apresena-se o novo modelo que propõe a inegração enre o fluxo de caixa e o resulado. O modelo é discuido por meio de um sisema de equações enre o relacionameno iner-emporal de caixa e o resulado. Adicionalmene, um exemplo é desenvolvido de forma a faciliar o enendimeno da eoria. No capíulo 4, os procedimenos meodológicos são descrios. O ese empírico, aplicado para as empresas brasileiras nos anos de 1995 a 2005, é apresenado. No capíulo 5, enconra-se o resulado da pesquisa e a comparação com os resulados enconrados em pesquisa similar nos Esados Unidos. As considerações finais enconram-se no capíulo 6, no qual ambém se fazem sugesões para fuuras pesquisas sobre o ema, principalmene no conexo brasileiro. Ao final do rabalho, apresenam-se as referências bibliográficas e os anexos que devem servir de supore para informações adicionais, ilusrações e maiores dealhes acerca do ese empírico.

20 11 2 REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA 2.1 Conexo Hisórico e o papel da Conabilidade A conabilidade é inseparável dos ineresses sociais, políicos e econômicos aos quais ela serve. (TOMS, 2005, p. 628). Assim, para que o desenvolvimeno da Conabilidade seja enendido, é necessário compreender seu conexo hisórico. Esudiosos da área conábil dividem a evolução da Conabilidade em duas grandes fases. A primeira fase, denominada pelos auores Lopes e Eliseu Marins como cenário conábil primiivo, é caracerizada por uma sociedade quase esagnada, com pouco desenvolvimeno ecnológico, em que a Conabilidade servia principalmene para fins inernos nas empresas, fornecendo informação apenas para o proprieário, o qual exercia ambém a função de gesor. De forma incipiene, passou ambém a servir para informações aos credores, mas sem grandes modificações com relação ao que exisia, a não ser por um incremeno do conservadorismo. A segunda fase, ocorrida após a Revolução Indusrial, caracerizada pelo fore avanço ecnológico, crescimeno das empresas em ermos de amanho e geográficos, pela necessidade de apore de capial exerno e exensão do sisema de crédio, gerou para a Conabilidade novas demandas. Nesse momeno, amplia-se a necessidade por modelos conábeis que forneçam informações úeis para uma série de usuários, ano inernos quano exernos, ais como proprieários, gesores profissionais (e que não eram mais os donos do capial), governo, insiuições financeiras, empregados, ec. (IUDÍCIBUS e LOPES, 2004, p. 61; LOPES e ELISEU MARTINS, 2005, p. 127). Nesse novo conexo, esabelecido principalmene ao longo do século XX, a conabilidade passou a exercer uma nova função, endo como objeivo cenral permiir, a cada grupo principal de usuários, a avaliação da siuação econômica e financeira da enidade, num senido esáico, bem como fazer inferências sobre suas endências fuuras. (IUDÍCIBUS, 2003, p. 49). Noe-se, porano, que, nessa fase, a conabilidade amplia seu papel, endo a

21 12 nobre função de reduzir a assimeria informacional enre os gesores da empresa e os demais agenes, enendendo-se por assimeria informacional os diferenes níveis de informação exisene enre os agenes do mercado. Assim, o esabelecimeno de regras específicas, resulando em um modelo conábil a ser seguido por odas as empresas, visava ornar públicas as informações disponíveis que, em caso conrário, poderiam ser usadas para proporcionar rendimenos monopolísicos aos que êm acesso a al informação privilegiada. (HENDRIKSEN e BREDA, 1999, p. 94). Nesse momeno, informações que anes eram conhecidas apenas pelos indivíduos inernos da organização (execuivos e ouros funcionários) passam a ser conhecidas ambém pelos indivíduos exernos à organização (acionisas, governo, credores), aravés do coneúdo informacional proporcionado pela divulgação conábil. Ainda sobre o papel da Conabilidade, organismos inernacionais reguladores como o Financial Accouning Sandards Board (FASB) e o Inernaional Accouning Sandards Board (IASB) desacam que o conjuno de demonsrações conábeis possui a função de promover informações úeis ao mercado. O FASB, em seu Saemen of Financial Accouning Conceps n. 1 (SFAC 1), define que as informações conábeis devem er as seguines funções: a) prover informação úil para que os usuários omem decisões de invesimeno; b) auxiliar os usuários a prever fluxos de dividendos fuuros ou juros e fluxos de caixa fuuros da empresa; c) prover informações sobre os recursos econômicos das empresas e os efeios das ransações por ela realizada. Nessa mesma linha de enendimeno, o Inernaional Accouning Sandard 1 (IAS 1, par. 5), emiido pelo IASB, ambém esabelece que as informações conábeis devem auxiliar os usuários a prever os fluxos fuuros de caixa da enidade e, em paricular, a oporunidade e probabilidade da geração de caixa e equivalenes de caixa. Um dos principais ineresses na avaliação dos fluxos fuuros de uma empresa é para a precificação de aivos. O preço de um aivo (invesimeno) deve represenar o valor presene

22 13 dos fluxos de caixa esperados. Assim, conhecer os fluxos de caixa fuuros esperados é o que permie ao mercado fixar os preços de ações de uma empresa, ornando conhecido o valor da empresa como um odo. (Ibid., p. 176). Dessa forma, se uma empresa é avaliada pelo mercado conforme sua capacidade de geração de caixa fuura esperada, as demonsrações conábeis ornam-se úeis à medida que bem informam, se efeivamene forem uilizadas pelos indivíduos para realizar inferências sobre fluxos de caixa fuuros. Nesse senido, e conforme foi esabelecido na Esruura Conceiual Básica da CVM, em sua Deliberação n o 29 (1986, par. 1), os modelos conábeis são baseados em evenos que possam ser razoavelmene idenificados e mensurados, servindo para inferências de fluxos de caixa fuuros se: a) as conjunuras do passado se repeirem, mesmo que numa perspeciva moneária diferene (inflação ou deflação, sem aleração profunda do mercado); ou b) o agene (usuário) conseguir ransformar o modelo informaivo conábil num modelo prediivo, o que somene será possível denro do esquema menal de conhecimeno e da sensibilidade do previsor. O modelo informaivo-conábil e o modelo prediivo são duas peças componenes, não muuamene exclusivas do processo decisório. Sabe-se que as demonsrações conábeis são elaboradas com base em ransações que já ocorreram, mas que podem servir de base para a elaboração de esimaivas para o fuuro. Iudícibus e al (2003, p.49) discuem que, se as demonsrações conábeis passassem a referirse às endências fuuras, haveria um aumeno significaivo do grau de subjeividade e, conseqüenemene, uma diminuição do grau de segurança dessas demonsrações. 2.2 Relevância da informação conábil Diane do debae em relação à relevância da informação conábil - enendida como relevane aquela informação com uilidade para predição de fluxos de caixa fuuros e ambém objeiva - referene à confiabilidade da ocorrência dos evenos econômicos, Lusosa (2001, p. 81) discue a dicoomia relevância confiabilidade. Para esse auor, dois exremos podem ser aponados: os fluxos passados de caixa e os fluxos fuuros de caixa. Os fluxos passados de

23 14 caixa são confiáveis à medida que são objeivos e podem ser medidos, enreano, pouco relevanes à proporção que apresenam medida pobre de indicadores de performance da empresa. Já o fluxo fuuro de caixa seria uma informação relevane, enreano pouco confiável por ser uma medida subjeiva, de difícil mensuração e audiagem. Diane desse impasse, Lusosa sugere que o modelo conábil vigene, baseado no regime de compeência, represena o equilíbrio enre os dois exremos ciados. O aual processo de apuração do lucro conábil represena uma espécie de rade-off enre relevância e confiabilidade. (Ibid., p. 81). Lopes e Eliseu Marins (2005, p. 68) ambém desacam que se o regime de compeência fornece números mais próximos dos fluxos fuuros de caixa fuuros do que o próprio fluxo de caixa passado, podemos concluir que a relevância da informação conábil reside no regime de compeência. Para esses auores, uma informação relevane é aquela que em capacidade de alerar as crenças e percepções dos observadores. Segundo o IASB (aravés da Esruura Conceiual) e o FASB (aravés do SFAC n o 2), uma informação para ser relevane deve ser empesiva e conseguir prever valor ou dar feedback de valor ou ambos, auxiliando o usuário a fazer previsões, confirmar ou corrigir expecaivas aneriores. Assim, a quesão gira em orno de qual informação deve ser uilizada pelos invesidores e credores para permiir que deerminem o valor esperado do reorno de seus invesimenos, de modo a poderem omar as decisões correas e avaliar os fluxos fuuros de caixa. 2.3 Demonsração do Resulado do Exercício ou Demonsração do Fluxo de Caixa? O quesionameno apresenado pode ser enendido como a comparação enre a uilidade de duas demonsrações conábeis: a Demonsração do Resulado do Exercício e a Demonsração do Fluxo de Caixa. Assim, indaga-se sobre qual dessas demonsrações seria capaz de propiciar melhores informações para que cada usuário, denro de sua capacidade de análise e

24 15 enendimeno dos dados, avalie endências e realize suas próprias inferências em relação ao fuuro da empresa. A seguir, serão apresenadas algumas opiniões sobre esse assuno 2. Percebe-se que, apesar de se raar de uma discussão aniga, ainda há opiniões muio divergenes. Referindo-se ao ineresse dos usuários na informação conábil, o FASB, no parágrafo 43 do SFAC 1, ressala que: O ineresse deles (usuários) no fluxo de caixa fuuro da empresa e sua habilidade em gerar fluxos de caixa favoráveis conduz primeiramene ao ineresse na informação de seus resulados mais do que na informação direa sobre seus fluxos de caixa. Demonsrações financeiras que mosram somene recebimenos de caixa e pagamenos de caixa durane um pequeno período de empo, al como um ano, não pode indicar adequadamene se a performance da empresa é ou não de sucesso. 3 Por ouro lado, Greenberg e al (1986, p. 267) aleram que mesmo que o resulado do período seja melhor que o fluxo de caixa do período como uma medida de performance da empresa, isso não significa necessariamene que o resulado correne seja melhor que o fluxo de caixa correne como previsor de fluxo de caixa fuuro. 4 Já Hendriksen e Breda (1999, p. 174) defendem: os fluxos de caixa que enram e saem da empresa são os evenos fundamenais nos quais se baseiam as mensurações conábeis, e nos quais se supõe que os invesidores apóiem suas decisões. Enreano, mais adiane, os auores complemenam (Ibid, p. 181): a confiabilidade das predições que usam dados de fluxo de caixa é maior do que a de predições baseadas somene nos dados hisóricos de lucro. O conrário ambém é verdadeiro. O lucro líquido convencional parece possuir coneúdo informacional além do conido nos fluxos de caixa. A divulgação de ambos os números, fluxos de caixa e lucro, porano, é a siuação mais desejável. 2 Uma discussão mais aprofundada em relação aos esudos realizados acerca desse ópico e suas evidências empíricas é apresenada no capíulo 2. 3 Their ineres in an enerprise's fuure cash flows and is abiliy o generae favorable cash flows leads primarily o an ineres in informaion abou is earnings raher han informaion direcly abou is cash flows. Financial saemens ha show only cash receips and paymens during a shor period, such as a year, canno adequaely indicae wheher or no an enerprise's performance is successful. 4 even if curren-period earnings is beer han curren-period cash flow as a measure of enerprise performance, i does no necessarily follow ha curren earning is beer han curren cash flow as a predicor of fuure cash flow.

25 16 Além disso, Hendriksen e Breda salienam que é necessário observar diversos períodos para conseguir observar o comporameno de fluxos regulares e predizer a probabilidade e a freqüência de fluxos excepcionais. Nesse momeno, orna-se miser realizar uma análise mais profunda das demonsrações ciadas DRE e DFC, desacando-se suas funções e limiações. 2.4 Demonsração do Fluxo de Caixa e regime de caixa A Demonsração do Fluxo de Caixa demonsra os recebimenos e pagamenos de uma empresa durane deerminado período, sendo assim um fluxo de enradas e saídas. Porano, a DFC é elaborada sob o regime de caixa pois somene serão evidenciados nessa demonsração os movimenos que impacarem no caixa ou, de forma mais abrangene, nas disponibilidades da empresa. Segundo Iudícibus e al (2003, p. 398), as informações da DFC quando analisadas em conjuno com as demais demonsrações financeiras 5, servem para avaliar: - a capacidade de a empresa gerar fuuros fluxos líquidos posiivos de caixa; - a capacidade de a empresa honrar seus compromissos, pagar dividendos e reornar emprésimos obidos; - a liquidez, solvência e flexibilidade financeira da empresa; - a axa de conversão de lucro em caixa; - a performance operacional de diferenes empresas, por eliminar os efeios de disinos raamenos conábeis para as mesmas ransações e evenos; - o grau de precisão de esimaivas passadas de fluxos fuuros de caixa - os efeios sobre a posição financeira de empresa, das ransações de invesimeno e de financiameno ec. Consoane as finalidades exposas acima, o FASB, de acordo com o SFAC 1, parágrafo 49, saliena que: informação sobre fluxos de caixa ou ouros fluxos de fundos pode ser úil no enendimeno das operações de uma empresa, na avaliação de suas aividades de financiameno, no julgameno de sua liquidez ou solvência, ou na inerpreação da informação provida pelo resulado 6. 5 O ermo demonsrações financeiras será usado nese rabalho como sinônimo de demonsrações conábeis.

26 17 A DFC deve ser classificada em rês grupos disinos: aividades operacionais, aividades de invesimeno e aividades de financiameno, necessariamene nessa ordem. A jusificaiva para al classificação pode ser enconrada na norma SFAS-95: - aividades de invesimeno: são aquelas que se relacionam com os invesimenos da empresa, referenes à compra e venda de aivos de longo prazo (assim enendidas como as aividades que se relacionam com o Aivo) (par. 15); - aividades de financiameno: são aquelas que se relacionam com a políica de financiameno da empresa e envolvem as modificações nos exigíveis de curo e longo prazos e no parimônio líquido (enendidas como as aividades que se relacionam com o Passivo e Parimônio Líquido) (par. 18); - aividades operacionais: são aquelas que não se incluem nos dois iens acima e basicamene se relacionam com a Demonsração de resulado (par. 21). A idéia cenral dessa classificação é que o lucro (da DRE) seja coincidene com o fluxo de caixa das aividades operacionais (da DFC) quando considerado um prazo longo ou ainda no encerrameno da empresa. Lusosa e Sanos (2005, p. 5) aponam problemas de classificação no modelo adoado pelo FASB que faz com que o caixa das aividades operacionais não se relacione direamene com os evenos desacados na DRE, nem no longo prazo. Alguns exemplos podem ser ciados: a despesa de depreciação inegra o lucro conábil, mas não faz pare do fluxo de caixa operacional (FCO); o resulado de equivalência parimonial inegra o lucro conábil mas apenas sua realização, sob a forma de dividendos recebidos, deve inegrar o FCO. Além disso, Lopes e Eliseu Marins (2005, p. 148) ambém ressalam duas exceções para o lucro não se ransformar em caixa quando considerado o empo oal de vida de uma empresa: a despesa de depreciação de aivos reavaliados e as subvenções para invesimenos. Enreano, argumenam que essa não-conciliação enre lucro e caixa somene ocorre pelo não-seguimeno adequado dos princípios conábeis (cuso hisórico) e pela fala de homogeneização com as normas conábeis inernacionais, respecivamene. 6 Informaion abou cash flows or oher funds flows may be useful in undersanding he operaions of an enerprise, evaluaing is financing aciviies, assessing is liquidiy or solvency, or inerpreing earnings informaion provided.

27 18 Cabe ressalar que, nese rabalho, por haver ineresse na conciliação do lucro conábil com o fluxo de caixa operacional, o foco sempre será o fluxo de caixa das operações e não a oalidade dos fluxos de caixa (operacional, de invesimeno e de financiameno). Além disso, podem-se desacar ouros problemas com relação à DFC: - o problema de alocação iner-emporal dos fluxos de caixa: agrupam-se denro de uma mesma demonsração recebimenos e pagamenos de compeência de diferenes períodos (no ermo em inglês definido por problemas de iming). - o problema acima reflee em ouro que é o de fala de correlação enre as receias e despesas (definida como maching, do ermo da língua inglesa): na demonsração de fluxo de caixa pode haver, por exemplo, o recebimeno de vendas do período - 1, pagameno de compras de mercadorias que serão vendidas apenas em + 1 e pagameno de despesas de vendas do período. Assim, pode haver denro do fluxo de caixa de um único período, valores de diversas compeências, não havendo correlação enre esses evenos. - em função do fluxo de caixa ser um fluxo de enradas e saídas de dinheiro e esse fluxo represenar somene a movimenação financeira, sem considerar a compeência, é possível anecipar recebimenos e/ou posergar pagamenos para se demonsrarem maiores fluxos de caixa operacionais num deerminado ano (BRAGA e MARQUES, 2001a, p. 22). Nesse senido, desaque-se que a DFC pode ser uma demonsração passível de manipulação. Para ilusrar os problemas ciados acima, foram omadas, como exemplo, as demonsrações conábeis do Mappin Lojas de Deparameno S.A. dos anos de 1994 e No caso do Mappin, em função da implanação do Plano Real, os prazos de pagameno a fornecedores, que eram inferiores a 30 dias, passaram a se expandir enormemene a parir de julho de Com isso, o Mappin recebeu, percenualmene, mais valores do que pagou. Comparando com as vendas do período, recebeu no ano 93%. Os pagamenos de fornecedores, despesas gerais e adminisraivas e imposos sobre vendas represenaram 89% do que foi lançado no resulado. O percenual do pagameno aos fornecedores, especificamene, foi bem menor. Assim, fica evidene um descompasso enre os pagamenos e os recebimenos, resando mais valores a serem pagos nos anos seguines do que valores a receber. Verifica-se, porano, que a empresa

28 19 apesar de gerar prejuízo em sua Demonsração de Resulados, gerou um Fluxo de Caixa posiivo aravés de suas aividades operacionais. É claro que se raa de uma siuação ransiória, impossível de ser manida coninuadamene, mas a visão superficial da DFC poderia ser enendida como uma boa endência para o fuuro, o que não era correo. Já a DRE, indicava uma siuação deficiária, que mosrava melhor a endência fuura. 2.5 Demonsração do Resulado, regime de compeência e accruals Conceiuação A Demonsração do Resulado do Exercício é a apresenação, em forma resumida, das operações realizadas pela empresa, durane o exercício social, demonsradas de forma a desacar o resulado líquido do período. (IUDÍCIBUS e al, 2003, p. 398). Quando os auores desacam que o lucro deve ser apurado conforme as operações são realizadas pela empresa, esão se referindo ao fao gerador do eveno. Assim, as receias, despesas e cusos devem ser regisrados conforme sua ocorrência e não somene no momeno da realização financeira. A esse conceio dá-se o nome de regime de compeência. O regime de compeência é a junção de dois princípios básicos da conabilidade: o princípio da realização da receia e o princípio do confrono das despesas com as receias e com os períodos conábeis. Lopes e Eliseu Marins (2005, p. 121) ecem comenários a respeio desses princípios. Acerca do primeiro: o reconhecimeno da receia deve ser feio denro do período emporal em que ocorrer a variação econômica responsável por essa receia. Assim, a conabilidade esará direamene relacionada com o eveno econômico e não com o seu pagameno ou recebimeno. Com relação ao princípio da confronação, Lopes e Eliseu Marins (Ibid., p. 121) definem que odas as receias devem ser reconhecidas de acordo com as suas despesas correspondenes para que se apure o resulado líquido do eveno econômico em quesão.

29 20 Pode-se perceber, aravés desses comenários, que o regime de compeência esá oalmene vinculado ao eveno econômico e não ao momeno do eveno financeiro (que seria represenado pelo regime de caixa). De fao, por causa da aplicação do regime de compeência, surge uma diferença ineremporal de reconhecimeno dos impacos de um eveno econômico no resulado e no caixa. A esa diferença, convencionou-se chamá-la de accruals. A radução lieral da palavra accrual 7 remee ao ermo provisão ou esimaiva, mas que pouco descreve o significado abrangene do conceio. O ermo pode ser uilizado ano para referirse ao Balanço Parimonial, referene a obrigações de pagamenos e direios a recebimenos do fuuro, derivados de ransações ocorridas, quano à porção do resulado que ainda não se realizou financeiramene ou, se foi realizado, isso ocorreu em período anerior ao em análise. Nesse senido, Peroni esclarece o conceio: accruals são os recebimenos e pagamenos esperados de fluxos de caixa fuuros resulanes de odas as ransações correnes e passadas. 8 (PETRONI, 1992, p. 486). Segundo Dechow e al (2004, p. 6), accruals, represenando a diferença enre o resulado e o fluxo de caixa (...), esipula uma medida compreensível do componene do resulado que é aribuível à aplicação do regime de compeência. 9. Em ermos maemáicos, o relacionameno enre o lucro (earnings), accruals e fluxo de caixa (cashflow) pode ser represenado pela seguine equação: Earnings = Cashflow + Accruals (DECHOW e DICHEV, 2002, p. 37). Rearranjando-se a equação, em-se que Accruals = Earnings Cashflow. Um exemplo pode ilusrar a diferença de reconhecimeno no resulado e no caixa por causa da aplicação do regime de compeência: uma venda é normalmene regisrada no momeno em que os esforços de venda ocorreram com sucesso, na ransferência da propriedade e posse do bem, independenemene de seu recebimeno. Assim, se a receia de venda foi no valor de 7 Daqui adiane, será uilizado somene o ermo em inglês para eviar inerpreações inadequadas. 8 accruals are he expeced fuure cash receips and paymens resuling from all curren and pas ransacions. 9 accruals, represening he difference beween income and ( ) cash flow, provides a comprehensive measure of he componen of income ha is aribuable o he applicaion of accrual accouning.

30 21 $100 sendo 80% à visa e 20% a prazo, o valor conabilizado no resulado será no valor de $100 (earnings), sendo que $80 já refleiram no fluxo de caixa (cashflow), resulando num monane de $20 de accruals. No período seguine, espera-se que os $20 sejam efeivamene recebidos. Assim, cabe desacar que, na composição de $100 do resulado, há $20 de parcela accrual e esse mesmo monane, em conraparida, esá refleido nos aivos da empresa, sob a forma de conas a receber. Dessa forma, orna-se mais fácil a compreensão da afirmação de Dechow e Dichev (2001, p. 5) que argumenam que accruals são essencialmene ajuses emporários que ransferem o fluxo de caixa para o período onde eles são reconhecidos no resulado. 10 Como as empresas rabalham com a premissa de coninuidade, é imporane desacar as operações conforme elas ocorrem e não esperar para apenas quando o caixa for afeado. Também não seria efeivo medir o desempenho da firma somene ao final dos projeos ou no encerrameno da empresa quando udo se ransformaria em caixa. Nesse senido, orna-se imporane enconrar uma mérica que avalie a empresa em períodos finios. Assim, o regime de compeência é freqüenemene aponado como a melhor medida desse desempenho Imporância e uilidade do regime de compeência O FASB, por exemplo, desaca que: Informação sobre o resulado da empresa e seus componenes medidos com base no regime de compeência geralmene provê um melhor indicador da performance da empresa do que a informação sobre os recebimenos e pagamenos correnes de caixa. 11 (SFAC 1, par. 44). Dechow (1994, p. 4) ambém ressala que o lucro é a principal medida de performance da firma sob o regime de compeência accruals are essenially emporary adjusmens ha shif cash flows o he period where hey are recognized in earnings. 11 Informaion abou enerprise earnings and is componens measured by accrual accouning generally provides a beer indicaion of enerprise performance han informaion abou curren cash receips and paymens. 12 earnings are he summary measure of firm performance under he accrual basis of accouning.

31 22 Além disso, a informação, com base no regime de compeência, orna-se ainda mais úil por ser muio uilizada por invesidores, credores, execuivos com planos de benefícios baseados em renabilidade da empresa, ec. (Ibid., p. 4). Uma jusificaiva para al fao poderia ser que a maior pare dos modelos conábeis aplicados às enidades baseia-se no regime de compeência, gerando grande uilização. Dechow e Dichev (2001, p. 1) desacam que o principal benefício dos accruals é o de reduzir os problemas de alocação ineremporal (iming) e correlação enre receias e despesas (mismaching) quando comparados aos fluxos de caixa realizados Limiações no uso do regime de compeência O uso dos accruals muias vezes é criicado por ser passível de gerenciameno em função da subjeividade que pode haver por rás das esimaivas. Dechow e al (2004, p. 4) corroboram a informação: o componene de accrual do resulado ipicamene incorpora esimaivas de fluxos de caixa fuuros, diferimenos de fluxos de caixa passados, alocações e avaliação, udo o que envolve muia subjeividade quando comparado a simples medida de fluxos de caixa. 13 Rayburn (1986, p. 112) ambém complemena que o processo de accrual é criicado porque é baseado no cuso hisórico e porque os resulados reporados podem ser manipulados aravés dos vários Princípios de Conabilidade Geralmene Aceios (PCGA) selecionados pelos gesores na divulgação da informação financeira. 14 Lopes e Eliseu Marins (2005, p. 36) desacam que O lucro alvez seja, individualmene, o número mais imporane produzido pela conabilidade (...). No enano, o lucro, como odas as ouras medidas em conabilidade, possui aspeco subjeivo considerável. 13 he accrual componen of earnings ypically incorporaes esimaes of fuure cash flows, deferrals of pas cash flows, allocaions and valuaions, all of which involve higher subjeciviy han simply measuring periodic cash flows. 14 he accrual process is criicized because i is based on hisorical cos and because repored earnings may be manipulaed hrough he various Generally Acceped Accouning Principles (GAAP) seleced by managers for financial reporing.

32 23 Essa visão a respeio do regime de compeência é ambém com freqüência expressa na mídia comum: os lucros coninuam sendo susceíveis a manipulações, e o moivo é que as normas conábeis dão às empresas grande liberdade para usar esimaivas no cálculo de seus lucros (...). O problema com os vagos números de lucro de hoje não é o regime de compeência em si. É que invesidores, analisas e adminisradores de recursos esão endo cada vez mais dificuldades para descobrir quais julgamenos as empresas fazem para surgir com essas provisões, ou esimaivas. (VALOR ECONÔMICO, 2004). Nesse momeno, cabe o comenário de Eliseu Marins (1990, p. 4) ao raar de cálculos esimados como é o caso da depreciação: mesmo que as depreciações conábeis em cada ano sejam esimadas, é melhor ê-las já que é muio melhor uma esimaiva razoável do que o erro absoluo (em não se fazê-lo). Para miigar o problema da subjeividade quando se raa do regime de compeência, Dechow (1994, p. 5) relaa que alguns princípios conábeis 15 como: objeividade, verificabilidade, cuso hisórico como base de valor e consisência, podem dificular - mas não excluir compleamene as manipulações viesadas. Enreano, conforme desacado por Lopes e Eliseu Marins (2005, p. 143), não há evidências empíricas de que a regulação sirva como ferramena para prevenir fraudes e manipulações. Assim, sobre esse aspeco, os auores desacam que os insrumenos de governança corporaiva são mais eficazes para esse ipo conrole. Nesse senido, noe-se o recene movimeno em prol do reforço das esruuras de governança corporaiva 16 nas empresas, caracerizado pelo esabelecimeno de conselhos fiscais, políicas de remuneração, criação de níveis diferenciados de classificação e lisagem no mercado de capiais, ec. para foralecer os níveis de disclosure e a qualidade da informação conábil. 15 Cabe ressalar que o ermo princípios esá sendo raado de uma forma genérica. Não há o inuio, nese rabalho, de razer para discussão as diferenes visões exisenes em enidades ais como FASB, CVM e CFC (Conselho Federal de Conabilidade). 16 A discussão sobre aspecos de governança corporaiva não será esendida por não se raar do escopo dese esudo.

33 24 Assim, Dechow (1994, p. 5), apesar de admiir a possibilidade num menor nível de manipulação do caixa, saliena que o lucro se orna mais manipulável do que as medidas de fluxo de caixa. Tal manipulação ocorre jusamene em função da subjeividade que pode ser enconrada na discricionariedade (arbirariedade) dos gesores ao realizar julgamenos. Os accruals ambém possuem um ouro faor inerene à sua caracerísica: em função das esimaivas, há que se fazerem ajuses de correção fuuros quando se conhece o valor exao, no momeno da realização financeira dos valores. Dechow e Dichev (2001, p. 36) denominam ais ajuses de disúrbios, os quais acabam por refleir uma queda na qualidade desses accruals. Um exemplo disso são as provisões para crédios de liquidação duvidosa, que buscam corrigir valores aneriormene conabilizados como accruals para ajusá-los ao seu valor real de realização. Os valores exaos dessas provisões somene serão conhecidos quando do pagameno por pare do credor, ou seja, na realização financeira. 2.6 Reconciliação enre o fluxo de lucro e o fluxo de caixa Uma consideração inicial a se desacar é que a DRE e a DFC não cobrem os mesmo períodos. Segundo Dechow e Dichev (2001, p.5), o sisema conábil resolve o problema de alocação ineremporal nos fluxos de caixa adicionando os accruals. 17 Evidenemene, nem odas as vendas, compras, receias e despesas que esão conabilizadas no resulado do período são recebidas ou pagas denro do mesmo período de empo. Assim, ao ser analisados um período isoladamene, exisem diferenças emporais enre os fluxos de lucro e os de caixa. Tomando-se como base a cona de receia de vendas, a diferença enre lucro e caixa exise em função de: (i) vendas a prazo que esão conabilizadas no resulado mas que ainda não enraram no caixa; (ii) no caixa do período há recebimenos de vendas de períodos aneriores. 17 he accouning sysems resolves he mismaching in cash flows by adding accruals.

34 25 Exemplificando o caixa: uma empresa recebeu $ 100 mil de seus clienes, mas esse valor não é em sua oalidade referene a vendas processadas no período, já que uma pare dos recebimenos de clienes durane o ano é derivada de vendas efeuadas em período anerior. No que diz respeio aos pagamenos a fornecedores, o raciocínio é similar: esoques adquiridos em período anerior esão sendo pagos agora, bem como esão sendo pagos ambém nese exercício esoques a serem consumidos no período seguine. A parir dessa evidenciação, facilia-se a explicação de diferenças enre o lucro e o caixa (ELISEU MARTINS, 1988). Assim, é essencial que sejam divulgadas informações que viabilizem a reconciliação enre o resulado líquido do exercício (demonsrado na DRE) e o fluxo de caixa operacional (demonsrado na DFC), permiindo a ligação enre os regimes de compeência e de caixa. Dessa forma, comparações enre as receias de vendas (demonsradas no resulado) e os recebimenos de clienes (demonsrados no fluxo de caixa), o cuso das vendas (resulado) e os pagamenos a fornecedores (caixa), denre ouros elemenos, represenam informações úeis aos usuários na idenificação e avaliação das diferenças enre as duas demonsrações (BRAGA e MARQUES, 2001b, p. 49). Lopes e Eliseu Marins (2005, p. 141) ressalam que o fluxo de caixa fornece um conjuno informacional imporane, mas de uma oura naureza em relação ao lucro. Os auores exemplificam aravés dos recebíveis de uma empresa: o caixa informaria o nível de inadimplência enquano o lucro, por inermédio da provisão para crédios de liquidação duvidosa, raa da inadimplência dos valores auais, mas que somene erá reflexos nos caixas fuuros. Nesse senido, os auores concluem que a provisão é prospeciva enquano o caixa raa da realização dos evenos. Dechow (1994, p. 7) consaa que quano maior for o ciclo operacional da empresa, maior será a diferença enre o lucro e o caixa, fazendo com que o papel dos accruals seja aumenado. Ilusrando: uma empresa em que o ciclo operacional é baixo, os accruals seriam realizados rapidamene, reduzindo a diferença enre lucro e caixa.

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