GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA EM PERNAMBUCO E O DIREITO DE ACESSO À JUSTIÇA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA EM PERNAMBUCO E O DIREITO DE ACESSO À JUSTIÇA"

Transcrição

1 GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA EM PERNAMBUCO E O DIREITO DE ACESSO À JUSTIÇA Antônio Fernandes Oliveira Matos Junior 37º Promotor de Justiça criminal da capital Membro do GT Racismo/MPPE I SÍNTESE DOGMÁTICA A desproporção detectada, à nível nacional, na evolução das taxas de homicídios nas diferentes categorias de raça/cor utilizadas pelo IBGE, quando se observa no período de 2002 a 2012 uma enorme queda no número de homicídios da população branca (-24,8%) e de aumento no número de vítimas na população negra (38,7%), tem sido replicada no Estado de de forma ainda mais perniciosa. Foi o Estado com menor taxa de homicídios no Brasil em 2012 (5,6), mas quando se impõe o filtro da cor, posiciona-se na 7ª pior marca entre os Estados brasileiros (56,7), acima da taxa brasileira (41,4), sendo a pior marca do Estado de Alagoas (92,6), enquanto a melhor taxa do Estado de Santa Catarina (17,0). No ano de 2013, o percentual de mortes da população negra chega a 92,8% do total, enquanto o de branco ficou em 7%, valores estes que não acompanham o número do Brasil, em que o número de mortes da população negra é de 72,8% do total, enquanto o de branco fica em 26,7%. Já no último ano de 2014, apresentou um aumento de 9,5% no número de homicídios, chegando à taxa de 37,36 mortes violentas a cada 100 mil habitantes, dado preocupante, porque reverte a tendência sucessiva de queda dos índices. Embora possua números consistentes de redução de homicídios, especialmente após a implantação do Programa Pacto pela Vida, não consegue impactar decisivamente as taxas em relação à população negra. A este fenômeno convencionou-se denominar Genocídio da Juventude Negra. Neste contexto se impõe a atuação do Ministério Público de como verdadeiro ombudsman, visando construir, em conjunto com sociedade civil, especialmente o movimento negro, as suas demandas específicas e, por consequência, dialogar com as autoridades federais, estaduais e municipais alternativas para implementá-las, visando cumprir seu papel constitucional de transformar a realidade social da população jovem negra brasileira. Passa não só pela adoção de simples medidas administrativas para obtenção de dados estatísticos com o quesito raça/cor, como também por um posicionamento institucional perante o Comitê Gestor do Pacto Pela Vida, seja para para propor critérios objetivos para distribuição de recursos e estrutura física, tecnológica e de pessoal nas áreas com números díspares, seja para intermediar o restabelecimento do diálogo entre governo e sociedade civil, garantindo a esta mecanismos diretos de participação no monitoramento e na avaliação do projeto, mas principalmente como agente político fomentador das políticas públicas necessárias à ampliação direitos e prevenção da violência que atinge à juventude negra, especialmente através do Plano Juventude Viva. II - EXPOSIÇÃO A idealização deste artigo decorreu da necessidade de instrumentalizar o GT Racismo/MPPE (Grupo de Trabalho de combate ao Racismo Institucional), por ocasião da audiência pública que se realizou em Recife/PE, com o tema GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA E O DIREITO DE ACESSO À JUSTIÇA, consequência do esforço empreendido pelo Ministério Público de em fazer cumprir as deliberações constantes da Audiência Pública sobre As Barreiras de Acesso à Justiça aos Jovens s em Situação de Violência realizada pelo CNMP, em 17 de setembro de Decorre do protocolo de intenções celebrado entre o CNMP e outras instituições de governo, que tem por objetivo conjugar esforços para assegurar o enfrentamento ao racismo e a promoção de igualdade racial da juventude negra, mais especificamente enfrentar o que se convencionou chamar Genocídio da Juventude Negra, termo este utilizado pela própria Presidente da República, Dilma Rousseff, quando abriu a 3ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, no dia 05 de novembro de 2013, ao afirmar que A sociedade brasileira tem que arcar com as consequências do longo período escravocrata e quando disse que o governo apoiará o Plano Juventude Viva no sentido de combater o que vem sendo classificado de genocídio da juventude negra. A audiência pública, que contou com a presença massissa da sociedade civil, especialmente o movimento negro, além de representantes dos órgãos de justiça e segurança, para além de levantar informações a respeito do 5

2 extermínio da população jovem negra em, trouxe luzes quanto aos caminhos que podem ser percorridos para enfrentá-la, que foram analisados à guisa da conclusão, quando se apresenta os possíveis caminhos a serem adotados pelo Ministério Público brasileiro e, em especial, o Ministério Público de. Para tanto, necessário estabelecer como premisssa que, de fato, está em curso na sociedade brasileira e, em especialmente, na sociedade pernambucana, o GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA, o que se efetivará a partir de dados obtidos no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, que traz tais informações com enfoque no quesito cor/raça das vítimas, que foram estruturados nos trabalhos consultados. Algumas informações sobre os dados apresentados são relevantes: a) foram consideradas jovens as pessoas entre 15 e 29 anos de idade, em razão do que prevê o art. 1º, 1º da Lei nº , que institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens; b) o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde começou a incorporar o quesito raça/cor com a adoção, em 1996, do CID-10, utilizando o mesmo esquema classificatório do IBGE: branca, preta, amarela, parda e indígena. Mas, diante da constatação do subregistro da cor/raça das vítimas nos mapas da violência, foi considerada essa informação a partir do ano de 2002, quando já 92% dos registros tinham a informação de raça/cor; c) as categorias preto e pardo foram somadas para constituir a categoria negro; d) os dados consignados como ignorados foram abarcados, proporcionalmente, pelas demais categorias. III LEVANTAMENTO DOS HOMICÍDIOS NA POPULAÇÃO JOVEM COM ENFOQUE EM PERNAMBUCO O diagnóstico demonstra que os homicídios são hoje a principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos no Brasil, e atingem especialmente jovens negros do sexo masculino, moradores das periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos. Os dados apresentados mostram que mais da metade dos mortos por homicídios, em 2012, no Brasil, eram jovens (30.072, equivalente a 53,37%), dos quais 77,0% negros (pretos e pardos) e 93,30% do sexo masculino. Por essa razão, os homicídios de jovens representam uma questão nacional de saúde pública. Pesquisa Nacional sobre Perfil e Opinião dos Jovens Brasileiros 2013, realizada pela Secretaria Nacional de Juventude aponta que 51% dos jovens ouvidos, em todos os Estados, em cidades de pequeno, médio e grande porte, e em todos os estratos sociais, já perderam uma pessoa próxima de forma violenta. Para fins de análise no presente estudo serão especificados os dados relativos a, sua capital, Recife, além das cidades pernambucanas referidas no Mapa da Violência: Os Jovens do Brasil. Inicialmente, confrontamos os dados relativos aos números de homicídios e taxa de homicídios, seja da população total, seja da população jovem. Número de homicídios na População Total, em PE, no Nordeste e no Brasil. 2002/ ,2-4,4 Nordeste ,5 8,0 Brasil ,4 7,9 Taxas de homicídios (por 100 mil) na População Total, em PE, no Nordeste e no Brasil. 2002/ ,8 55,3 50,7 51,2 52,7 53,1 50,7 44,9 39,3 39,1 37,1-32,3-5,1 22,4 24,0 23,2 25,4 27,9 29,6 32,1 33,4 35,5 36,3 38,9 73,5 7,2 28,5 28,9 27,0 25,8 26,3 25,2 26,4 26,9 27,5 27,1 29,0 2,1 7,0 6

3 Número de homicídios na População Jovem, em PE, no Nordeste e no Brasil. 2002/ ,6-6, ,1 10, ,7 9,5 Taxas de homicídio (por 100 mil) na População Jovem, em PE, no Nordeste e no Brasil. 2002/ ,3 111,4 104,5 106,5 106,2 109,3 105,3 92,2 81,3 79,2 73,8-33,6-6,8 43,2 46,4 45,2 50,4 54,8 57,5 64,6 67,4 72,9 72,2 79,5 84,3 10,1 56,1 57,0 53,3 50,5 50,7 49,7 52,8 53,5 54,5 53,0 57,6 2,7 8,5 Tabela Número e taxas (por 100 mil) de homicídio nos municípios com mais de 10 mil HABITANTES de. População Total. Brasil. 2008/2012. Município Popul Homicídios Taxa 2012 Posição Nac Est. Cabo de Santo Agostinho ,5 29º 1º Itamaracá ,1 32º 2º Itapissuma ,1 55º 3º Xexéu ,6 83º 4º Tabela Número e taxas (por 100 mil) de homicídio nos municípios com mais de 10 mil JOVENS de. População Jovem. Brasil. 2008/2012. Município Popul Homicídios Taxa 2012 Posição Nac Est. Cabo de Santo Agostinho ,2 19º 1º Brejo da Madre de Deus ,6 57º 2º Recife ,2 91º 3º Embora em tenha ocorrido em elevada queda no número de homicídios, tanto na população em geral (em 2002 taxa de 54,8 por 100 mil habitantes, enquanto em 2012 taxa de 37,1), como na população jovem (em 2002 taxa de 111,3 por 100 mil habitantes, enquanto em 2012 taxa de 73,8), redução no período de 32,3 e 33,6 respectivamente, ainda possuímos níveis extremamente pesados de assassinatos de jovens, sendo o 11º pior Estado da Federação, acima da média brasileira, que é de 57,6, sendo a maior taxa em Alagoas com 138,3 e a menor taxa em Santa Catarina com 23,8. IV LEVANTAMENTO DOS HOMICÍDIOS NA POPULAÇÃO JOVEM NEGRA COM ENFOQUE EM PERNAMBUCO A análise dos mesmos dados demonstra entretanto que, embora tenha diminuído o número de homicídios de em 2002 para em 2012, o que representa uma queda de 30,6%,fato é que, entre os negros, as vítimas diminuíram bem menos, de para nessas mesmas datas: queda de 25,9%. As tabelas apresentadas sintetizam a evolução dos homicídios nas diferentes categorias de raça/cor utilizadas pelo IBGE e delas se observa uma enorme queda no número de homicídios da população branca e de aumento no número de vítimas na população negra, tendência que se observa tanto para o conjunto da população quanto para a população jovem. Há que se concluir então da crescente seletividade social dos que vão ser assassinados. As tabelas detalham a evolução dos homicídios na população branca, entre 2002 e Observa-se que os números e as taxas tiveram uma significativa queda no período: em torno de 24%. Lideraram essas quedas nas taxas de homicídio brancos, no Nordeste, (-69,3%). 7

4 No início do período analisado, as taxas de homicídio dos brancos era de 21,7 por 100 mil brancos. A dos negros, de 37,5 por 100 mil negros. Em 2002, o índice de vitimização negra foi de 73: morreram proporcionalmente 73% mais negros que brancos. Em 2012, esse índice sobe para 146,5. A vitimização negra, no período de 2002 a 2012, cresceu significativamente: 100,7%, mais que duplicou. Informa Julio Jacobo Waiselfisz, em Mapa da Violência: Os Jovens do Brasil, que três fatos mostram-se evidentes: 1) Tanto o número quanto as taxas de homicídio brancos caem significativamente; 2) Tanto o número quanto as taxas de homicídio negros aumentam nesse período; 3) Se as quedas das taxas brancas são bem expressivas, os aumentos nas taxas negras são de moderadas para baixas. Entre os jovens, a evolução foi muito semelhante, mas a partir de taxas que duplicam as da população total e com manifestações bem mais intensas. A seguir quadro comparativo no número de homicídios e taxa de homicídio em, no Nordeste e no Brasil, seja para a população negra, seja para a população branca, no período de 2002 a Número de homicídios na População Total em PE, no Nordeste e no Brasil. 2002/ ,1-22, ,9 3, ,8 3, ,8-3, ,9 8, ,7 9,5 Taxas de homicídio (por 100 mil) na População Total em PE, no Nordeste e no Brasil. 2002/ ,4 19,1 15,0 15,2 12,6 9,0 13,6 11,8 8,2 7,3 5,6-69,3-22,5 9,8 10,3 8,7 9,5 9,1 9,0 10,1 9,9 10,0 10,9 11,2 13,5 2,5 21,7 21,5 19,6 17,9 18,0 16,4 16,8 16,9 16,1 15,9 16,5-23,8 3,5 78,6 78,8 73,7 75,1 79,1 81,9 75,6 67,1 58,9 59,2 56,7-27,9-4,2 28,1 30,3 29,8 33,2 37,1 39,7 43,4 45,3 47,5 48,1 51,7 83,7 7,5 38,6 39,3 37,2 37,1 37,8 37,0 38,3 38,7 39,4 38,6 41,4 7,1 7,0 A desproporção já detectada à nível nacional, mais se evidencia no Estado de, que embora possua números consistentes de redução de homicídios, não consegue impactar decisivamente as taxas em relação à população negra. É o Estado com menor taxa de homicídios no Brasil (5,6), mas quando se impõe o filtro da cor, posiciona-se na 7ª pior marca entre os Estados brasileiros (56,7), acima da taxa brasileira (41,4), sendo a pior marca do Estado de Alagoas (92,6), enquanto a melhor taxa do Estado de Santa Catarina (17,0). Repetem-se os dados, ainda que com alguma alteração irrisória, no conjunto da população jovem. 8

5 Número de homicídios na População jovem em PE, no Nordeste e no Brasil. 2002/ ,8-30, ,5 6, ,3 4, ,9-4, ,7 11, ,3 11,1 Taxas de homicídio (por 100 mil) na População jovem em PE, no Nordeste e no Brasil. 2002/ ,0 36,8 27,5 30,3 22,1 16,3 24,5 21,3 16,0 13,4 9,3-71,0-30,5 15,9 18,3 13,4 17,0 15,4 16,6 17,2 18,6 19,1 20,2 21,4 34,4 6,1 41,9 42,1 37,3 33,7 33,5 30,6 30,8 31,1 29,2 28,5 29,9-28,6 4,9 161,6 160,2 154,8 158,8 163,8 171,4 159,7 139,0 119,8 118,4 112,2-30,6-5,2 54,8 58,9 59,4 66,6 74,0 79,5 89,8 92,8 96,3 95,1 105,2 92,1 10,6 77,7 79,3 76,3 75,4 76,1 74,4 78,0 77,6 78,3 75,6 82,3 6,0 8,9 O que mais impressiona, entretanto, é a taxa de vitimização negra na cidade do Recife, que reflete no posicionamento da capital pernambucana entre as capitais brasileiras. No ordenamento das capitais por Taxa Negra - População Total, figura na sexta posição, com taxa de 84,5, superior à brasileira (de 60,1), no ranking liderado por João Pessoa (138,1), tendo São Paulo com melhor taxa (22,5). Já tomando por base a população jovem, estamos na sétima posição (185,0), superior à brasileira (de 126,5), no ranking liderado por Maceió (327,6), tendo São Paulo com melhor taxa(42,8). Número e taxas de homicídio (por 100 mil) brancos e negros e vitimização negra em Recife e no Brasil. População total. 2010/2012. Região Homicídios s Homicídios s Taxas Brancas Taxas Negras Vitim. % Recife ,2 8,5 7,4 93,8 92,5 84, (CAPITAIS) ,9 16,9 16,3 56,5 55,5 60,1 268 Número e taxas de homicídio (por 100 mil) brancos e negros e vitimização negra em Recife e no Brasil. População Jovem. 2010/2012. Região Homicídios s Homicídios s Taxas Brancas Taxas Negras Vitim. % Recife PE ,1 23,3 13,8 209,7 213,5 185, (CAPITAIS) ,5 32,3 32,0 120,1 115,0 126,

6 Entre os 100 (cem) municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes que possuem as maiores taxas de vitimização, o Estado de possui na lista oito municípios. Tabela municípios com mais de 50 mil habitantes com as maiores taxas. Município Número de Homicídios Taxas (por 100 mil) 2012 Cabo de Santo Agostinho Total Total Vitimização ,2 269, Bezerros ,0 194,6 *** Recife ,8 185, Caruaru ,2 173, Paulista ,4 162,1 592 Goiana ,0 154,3 *** Jaboatão Guararapes dos ,5 149, Vitória de Santo Antão ,7 139,2 788 Dessa forma, se os índices de homicídio do país nesse período estagnaram ou mudaram pouco, e em, em especial, reduziram sensivelmente, a violência homicida tem se concentrado na população negra e, de forma muito específica, nos jovens negros, decorrente da associação crescente entre homicídios e cor da pele das vítimas. V LEVANTAMENTO DOS HOMICÍDIOS NA POPULAÇÃO JOVEM NEGRA COM ENFOQUE EM PERNAMBUCO DADOS RECENTES O Estado de, através do Pacto Pela Vida (PPV), programa do Governo do Estado de que tem como finalidade reduzir a criminalidade e controlar a violência, conforme dados estatísticos de 2013, obtidos no Mapa da Violência 2014, ainda mantinha uma trajetória descendente. Tendo por base o número de homicídios, a redução de 6,5% no número de homicídios, enquanto na população negra este decréscimo foi de 8,1%. Curiosamente, embora em números absolutos tenha pouca relevância, em números relativos houve acréscimo de 21% no número de homicídios na população branca. Da mesma forma comportam-se os índices em relação a taxa de homicídio por 100 mil habitantes. Redução de 9,4% no número de homicídios, enquanto na população negra este decréscimo foi de 8,1% e acréscimo de 21% no número de homicídios na população branca. Número de homicídios na População Total em PE e no Brasil. 2011/2012/2013. REGIÃO Δ% 11/12 12/ ,2 21, ,4-3, ,1-8, ,5-3,9 Geral ,4-6,5 Geral ,9-3,7 10

7 Taxas de homicídios (por 100 mil) na População Total em PE e no Brasil. 2011/2012/2013. REGIÃO Δ% 11/12 12/13 7,3 5,6 6,8-22,5 21,0 15,9 16,5 16,0 3,5-3,0 59,2 56,7 52,1-4,2-8,1 38,6 41,4 39,8 7,0-3,9 Geral 39,1 37,1 33,6-5,1-9,4 Geral 27,1 29,0 27,0 7,0-6,9 De qualquer forma, ainda persiste a vitimização da população negra no Estado de, desde quando o percentual de mortes da população negra chega a 92,8% do total, enquanto o de branco fica em 7%, valores estes que não acompanham o número do Brasil, em que o número de mortes da população negra é de 72,8% do total, enquanto o de branco fica em 26,7%. Já em 2014, em relação ao ano anterior, as informações colhidas informam que apresentou um aumento de 9,5% no número de homicídios, chegando à taxa de 37,36 mortes violentas a cada 100 mil habitantes, dado preocupante, porque reverte a tendência sucessiva de queda ocorrida desde o início do Programa Pacto pela Vida. VI CONCLUSÃO Os dados apresentados demonstram que, embora o Estado de tenha conseguido reduzir o número de homicídios no período histórico analisado de 2002 a 2013, fato é que atualmente esta trajetória tomou novo rumo, o que deve ser objeto de preocupação dos gestores do Pacto pela Vida. Por outro lado, esta redução não se deu de maneira uniforme entre as raças, o que exige a adoção de políticas públicas específicas para a população jovem negra, que corresponde a mais de 92% do número de homicídios no Estado. Conclui Julio Jacobo Waiselfisz, em Mapa da Violência: Os Jovens do Brasil, que três fatores devem ser mencionados para a compreensão dessa situação, quais sejam: a) crescente privatização do aparelho de segurança; b) influência partidária e eleitoral nos critérios de priorização da atuação policial; c) racismo institucional pelos órgãos de justiça e segurança. Quanto ao primeiro, declara o autor que como já ocorrido com outros serviços básicos, como a saúde, a educação e, mais recentemente, a previdência social, o Estado vai progressivamente se limitar a oferecer, para o conjunto da população, um mínimo e muitas vezes nem isso de acesso aos serviços e benefícios sociais considerados básicos. Para os setores com melhor condição financeira, emergem serviços privados de melhor qualidade (escolas, planos de saúde, planos previdenciários etc.). Com a segurança vem ocorrendo esse processo de forma acelerada nos últimos anos. Conclui que os setores e áreas mais abastadas, geralmente brancos, têm uma dupla segurança e os menos abastados, das periferias, preferencialmente negros, têm que se contentar com o mínimo de segurança que o Estado oferece. Quanto ao segundo, informa que as ações e a cobertura da segurança pública distribuem-se de forma extremamente desigual nas diversas áreas geográficas, priorizando espaços segundo sua visibilidade política, seu impacto na opinião pública e, principalmente, na mídia, que reage-se de forma bem diferenciada de acordo com o status social das vítimas. Como resultado, as áreas mais abastadas, de população predominantemente branca, ostentam os benefícios de uma dupla segurança, a pública e a privada, enquanto as áreas periféricas, de composição majoritariamente negra, nenhuma das duas. Quanto ao terceiro, um forte esquema de naturalização e aceitação social da violência que opera em vários níveis e mediante diversos mecanismos, mas fundamentalmente pela visão que uma determinada dose de violência, que varia de acordo com a época, o grupo social e o local, deve ser aceito e torna-se até necessário, inclusive por aquelas pessoas e instituições que teriam a obrigação e responsabilidade de proteger a sociedade da violência, ou seja, a prática do racismo institucional pelas instituições de justiça e segurança. Daí porque a audiência pública se constituiu em instrumento para, no âmbito do Estado de, lançar luzes sobre as estratégicas a serem perseguidas, visando garantir que as taxas de redução já obtidas sejam uniformes para toda a população, o que, para além de trazer como consequência retorno da trajetória decrescente do número de homicídios em geral no Estado, que se perdeu no último ano, garantirá a esta substancial parcela 11

8 da população igualdade de direitos às políticas públicas. Ao Ministério Público brasileiro, e em especial o Ministério Público de, móvel idealizador do presente artigo, caberá assumir este papel, de verdadeiro ombudsman, visando construir, em conjunto com sociedade civil, especialmente o movimento negro, as suas demandas específicas e, por consequência, dialogar com as autoridades federais, estaduais e municipais alternativas para implementá-las, visando cumprir seu papel constitucional de transformar a realidade social da população jovem negra brasileira. À título de sugestão, propõe-se: a) realizar audiências públicas, nos moldes já realizados pelo Conselho Nacional do Ministério Público e o Ministério Público de ; b) propor critérios objetivos no Pacto pela Vida para distribuição de recursos e estrutura física, tecnológica e de pessoal nas áreas com números díspares; c) intermediar o restabelecimento do diálogo entre governo e sociedade civil no âmbito do Pacto pela Vida, já que esta última teve participação ativa no momento de formulação do projeto e de disputa valorativa em torno do mesmo, mas no segundo momento foi alijada do processo, sem ter mecanismos diretos de participação no monitoramento e na avaliação do projeto; d) propor aos órgãos de justiça e segurança o combate ao racismo institucional, através da criação de Grupo de Trabalho na matéria, sensibilizando seus quadros; e) priorizar o ingresso dos municípios do Estado de no Plano Juventude Viva Plano de Prevenção à Violência Contra a Juventude Negra, iniciativa que busca ampliar direitos e prevenir a violência que atinge à juventude brasileira. O Plano constitui-se como oportunidade inédita de diálogo e articulação entre ministérios, municípios, estados e sociedade civil no enfrentamento da violência, em especial àquela exercida sobre os jovens negros, e na promoção de sua inclusão social em territórios atingidos pelos mais altos índices de vulnerabilidade; f) criar a obrigatoriedade do quesito raça/cor no sistema de gestão de Autos Arquimedes e propô-la aos demais órgãos de justiça e segurança do Estado de, pelas suas diversas instituições, a saber, Polícia Militar e Civil e Poder Judiciário, a exemplo do que já ocorre no sistema único de saúde, atualmente único mecanismo que permite a obtenção de dados com enfoque na raça/cor; g) propor ao CNMP a mudança da tabela de taxonomia, tal como autoriza o artigo 5º, 2º, da Resolução CNMP nº 63, de 1º de dezembro de 2010, para complementar a tabela unificada de assuntos a partir deste último nível de detalhamento injúria, com o fito de incluir o crime de injúria racial (art. 140, 3º, do Código Penal), diante da necessidade de sua validação com os dados atualmente remetidos pela autoridade policial, que já são encaminhados ao Ministério Público com este nível de detalhamento. VII - REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 1) WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da Violência: Os Jovens do Brasil, disponível em Acesso em 04/05/2015 2) Edição 2014 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, obtido em Acesso em 04/05/2015 3) RATTON, José Luiz, GALVÃO Clarissa e FERNANDEZ Michelle, O Pacto pela Vida e a Redução de Homicídios em, obtido em Acesso em 07/05/

Centro de Altos Estudos de Segurança (CAES) da Polícia Militar do Estado de São Paulo DOUTORADO DA PM. Frei David Santos, OFM - out de 2012

Centro de Altos Estudos de Segurança (CAES) da Polícia Militar do Estado de São Paulo DOUTORADO DA PM. Frei David Santos, OFM - out de 2012 Centro de Altos Estudos de Segurança (CAES) da Polícia Militar do Estado de São Paulo DOUTORADO DA PM Frei David Santos, OFM - out de 2012 Dados disponibilizados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego

Pesquisa Mensal de Emprego Pesquisa Mensal de Emprego EVOLUÇÃO DO EMPREGO COM CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA 2003-2012 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 2 Pesquisa Mensal de Emprego - PME I - Introdução A Pesquisa

Leia mais

Pacto Gaúcho pelo Fim do Racismo Institucional

Pacto Gaúcho pelo Fim do Racismo Institucional Pacto Gaúcho pelo Fim do Racismo Institucional Aos 21 de março de 2014, dia em que o mundo comemora o Dia Internacional contra a Discriminação Racial instituído pela ONU em 1966, adotamos o presente Pacto

Leia mais

SITUAÇÃO DOS ODM NOS MUNICÍPIOS

SITUAÇÃO DOS ODM NOS MUNICÍPIOS SITUAÇÃO DOS ODM NOS MUNICÍPIOS O presente levantamento mostra a situação dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) nos municípios brasileiros. Para realizar a comparação de forma mais precisa,

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego - PME

Pesquisa Mensal de Emprego - PME Pesquisa Mensal de Emprego - PME Dia Internacional da Mulher 08 de março de 2012 M U L H E R N O M E R C A D O D E T R A B A L H O: P E R G U N T A S E R E S P O S T A S A Pesquisa Mensal de Emprego PME,

Leia mais

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros 1 of 5 11/26/2010 2:57 PM Comunicação Social 26 de novembro de 2010 PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009 Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros O número de domicílios

Leia mais

Especificidades das mortes violentas no Brasil e suas lições. Maria Cecília de Souza Minayo

Especificidades das mortes violentas no Brasil e suas lições. Maria Cecília de Souza Minayo Especificidades das mortes violentas no Brasil e suas lições Maria Cecília de Souza Minayo 1ª. característica: elevadas e crescentes taxas de homicídios nos últimos 25 anos Persistência das causas externas

Leia mais

Pnad: Um em cada cinco brasileiros é analfabeto funcional

Pnad: Um em cada cinco brasileiros é analfabeto funcional 08/09/2010-10h00 Pesquisa visitou mais de 150 mil domicílios em 2009 Do UOL Notícias A edição 2009 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia

Leia mais

Desigualdade Racial e políticas públicas no Brasil

Desigualdade Racial e políticas públicas no Brasil Desigualdade Racial e políticas públicas no Brasil Documento para a Audiência Pública sobre as políticas de ação afirmativa de acesso ao ensino superior- STF Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Leia mais

Políticas Públicas no Brasil. Secretaria Nacional de Juventude

Políticas Públicas no Brasil. Secretaria Nacional de Juventude Políticas Públicas no Brasil Secretaria Nacional de Juventude Prioridades 2012 PPJ como política de Estado Articulação Intersetorial (Comitê, Avaliação do Projovem) Marcos Legais Estatuto da Juventude

Leia mais

Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil Entenda o cálculo do IDH Municipal (IDH-M) e saiba quais os indicadores usados O Índice de Desenvolvimento Humano foi criado originalmente para medir o nível de desenvolvimento humano dos países a partir

Leia mais

OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO

OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO DO DISTRITO FEDERAL Novembro de 2010 OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO E O ACESSO AO SISTEMA PÚBLICO DE EMPREGO, TRABALHO E RENDA Em comemoração ao Dia da Consciência Negra

Leia mais

Criminalidade. Luciano Nakabashi Juliano Condi

Criminalidade. Luciano Nakabashi Juliano Condi A Associação Comercial de (ACIRP) em parceria com a FUNDACE realiza uma pesquisa de qualidade de vida na cidade de desde 2009. Essa é uma pesquisa muito importante para se que se tenha uma base confiável

Leia mais

MAPA DA VIOLÊNCIA 2012 A COR DOS HOMICÍDIOS NO BRASIL

MAPA DA VIOLÊNCIA 2012 A COR DOS HOMICÍDIOS NO BRASIL MAPA DA VIOLÊNCIA 2012 A COR DOS HOMICÍDIOS NO BRASIL J ULIO JACOBO WAISELFISZ MAPA DA VIOLÊNCIA 2012 A COR DOS HOMICÍDIOS NO BRASIL 1 a EDIÇÃO BRASÍLIA 2012 1 PRODUÇÃO EDITORIAL Autor: Julio Jacobo Waiselfisz

Leia mais

Envelhecimento populacional e a composição etária de beneficiários de planos de saúde

Envelhecimento populacional e a composição etária de beneficiários de planos de saúde Envelhecimento populacional e a composição etária de beneficiários de planos de saúde Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo Francine Leite Apresentação Este trabalho introduz o tema Envelhecimento

Leia mais

CAUSAS DE MORTE NO ESTADO DE SÃO PAULO

CAUSAS DE MORTE NO ESTADO DE SÃO PAULO CAUSAS DE MORTE NO ESTADO DE SÃO PAULO Morrem mais brancos por causa naturais e negros por motivos externos. A s estatísticas de morbidade e mortalidade têm sido utilizadas por epidemiologistas, demógrafos

Leia mais

Análise do relatório ÍNDICE DE VULNERABILIDADE JUVENIL À VIOLENCIA E DESIGUALDADE 2014

Análise do relatório ÍNDICE DE VULNERABILIDADE JUVENIL À VIOLENCIA E DESIGUALDADE 2014 1 Análise do relatório ÍNDICE DE VULNERABILIDADE JUVENIL À VIOLENCIA E DESIGUALDADE 2014 ANALISTA: Dr. Vladimir Luís de Oliveira CURITIBA JANEIRO/2015 TR: VLO 2 ESTADO DO PARANÁ SESP-PR - SECRETARIA DE

Leia mais

Protagonismo Juvenil 120ª Reunião da CNAIDS. Diego Callisto RNAJVHA / Youth Coalition for Post-2015

Protagonismo Juvenil 120ª Reunião da CNAIDS. Diego Callisto RNAJVHA / Youth Coalition for Post-2015 Protagonismo Juvenil 120ª Reunião da CNAIDS Diego Callisto RNAJVHA / Youth Coalition for Post-2015 E como está a juventude HOJE aos olhos da sociedade? - 22% perderam a virgindade antes dos 15 anos - 18%

Leia mais

Relatório da Pessoa Idosa

Relatório da Pessoa Idosa Relatório da Pessoa Idosa 2012 O Relatório da Pessoa Idosa 2012, com base nos dados de 2011, se destina à divulgação dos dados de criminalidade contra a pessoa idosa (idade igual ou superior a 60 anos),

Leia mais

Ministério da Educação Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo da Educação Superior 2013

Ministério da Educação Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo da Educação Superior 2013 Ministério da Educação Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira Censo da Educação Superior 2013 Quadro Resumo- Estatísticas gerais da Educação Superior, por Categoria Administrativa-

Leia mais

AÇÃO AFIRMATIVA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: PASSADO E FUTURO

AÇÃO AFIRMATIVA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: PASSADO E FUTURO Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa AÇÃO AFIRMATIVA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: PASSADO E FUTURO João Feres Júnior IESP-UERJ Veronica Toste Daflon IESP-UERJ Passado A distribuição nacional

Leia mais

Redução de Homicídios no Brasil

Redução de Homicídios no Brasil Ministério da Saúde MS Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS Redução de Homicídios no Brasil SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 1 METODOLOGIA DE ANÁLISE... 1 RESULTADOS... 2 Homicídios no Brasil... 2 Óbitos por Arma

Leia mais

3Apesar dos direitos adquiridos pelas

3Apesar dos direitos adquiridos pelas objetivo. promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres mulheres ao longo do século 20, ainda há considerável desigualdade entre os gêneros no mundo. Em geral, as mulheres sofrem com a

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

O retrato do comportamento sexual do brasileiro

O retrato do comportamento sexual do brasileiro O retrato do comportamento sexual do brasileiro O Ministério da Saúde acaba de concluir a maior pesquisa já realizada sobre comportamento sexual do brasileiro. Entre os meses de setembro e novembro de

Leia mais

Nutrição. Indicadores das Graduações em Saúde Estação de Trabalho IMS/UERJ do ObservaRH

Nutrição. Indicadores das Graduações em Saúde Estação de Trabalho IMS/UERJ do ObservaRH Indicadores das Graduações em Saúde Estação de Trabalho IMS/UERJ do ObservaRH Nutrição A contextualização histórica da profissão de Nutricionista remete ao primeiro curso universitário de Dietista, realizado

Leia mais

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas.

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O que é o dever de Consulta Prévia? O dever de consulta prévia é a obrigação do Estado (tanto do Poder Executivo, como do Poder Legislativo)

Leia mais

Mapa do Encarceramento: os jovens do Brasil

Mapa do Encarceramento: os jovens do Brasil Mapa do Encarceramento: os jovens do Brasil O Mapa do Encarceramento: os jovens do Brasil é mais uma publicação do Plano Juventude Viva, que reúne ações de prevenção para reduzir a vulnerabilidade de jovens

Leia mais

ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NO CONTEXTO DA LEI DE COTAS PARA O ENSINO SUPERIOR (LEI Nº 12.711/12).

ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NO CONTEXTO DA LEI DE COTAS PARA O ENSINO SUPERIOR (LEI Nº 12.711/12). ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NO CONTEXTO DA LEI DE COTAS PARA O ENSINO SUPERIOR (LEI Nº 12.711/12). Geórgia Dantas Macedo Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) georgiacg@gmail.com INTRODUÇÃO Este

Leia mais

Ministério da Educação Censo da Educação Superior 2012

Ministério da Educação Censo da Educação Superior 2012 Ministério da Educação Censo da Educação Superior 2012 Aloizio Mercadante Ministro de Estado da Educação Quadro Resumo- Estatísticas Gerais da Educação Superior por Categoria Administrativa - - 2012 Categoria

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego PME. Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada

Pesquisa Mensal de Emprego PME. Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada Pesquisa Mensal de Emprego PME Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Algumas das principais

Leia mais

SEGURANÇA MUNICIPAL EM GUARULHOS DIAGNÓSTICO E PROJETOS

SEGURANÇA MUNICIPAL EM GUARULHOS DIAGNÓSTICO E PROJETOS SEGURANÇA MUNICIPAL EM GUARULHOS DIAGNÓSTICO E PROJETOS INTRODUÇÃO PROPOSTA ELABORAÇÃO DE UM DIAGNÓSTICO REALISTA. MATERIAL ESTATÍSTICAS, MAPEAMENTO DO CRIME MAPEAMENTO DA CONDIÇÃO SOCIAL ENTREVISTAS COM

Leia mais

SEGURANÇA ALTERNATIVAS PARA TRATAR O TEMA DA (IN) SEGURANÇA

SEGURANÇA ALTERNATIVAS PARA TRATAR O TEMA DA (IN) SEGURANÇA Segurança SEGURANÇA ALTERNATIVAS PARA TRATAR O TEMA DA (IN) SEGURANÇA A falta de segurança é uma questão que influencia significativamente a qualidade de vida de toda a sociedade devendo ser tratada pelos

Leia mais

JUVENTUDE E TRABALHO: DESAFIOS PARA AS POLITICAS PÚBLICAS NO MARANHÃO

JUVENTUDE E TRABALHO: DESAFIOS PARA AS POLITICAS PÚBLICAS NO MARANHÃO JUVENTUDE E TRABALHO: DESAFIOS PARA AS POLITICAS PÚBLICAS NO MARANHÃO JONATHAN ROCHA GUIMARÃES Avaliar a Política de Trabalho e juventude torna-se de extrema importância na medida em que representa um

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 73, DE 1.999 (DA SRA. NICE LOBÃO)

PROJETO DE LEI N.º 73, DE 1.999 (DA SRA. NICE LOBÃO) PROJETO DE LEI N.º 73, DE 1.999 (DA SRA. NICE LOBÃO) Autor: DEPUTADA NICE LOBÃO Relator:DEPUTADO CARLOS ABICALIL Dispõe dobre o ingresso nas universidades federais e dá outras providências. RELATÓRIO Dispõe

Leia mais

Santa Catarina. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Santa Catarina (1991, 2000 e 2010)

Santa Catarina. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Santa Catarina (1991, 2000 e 2010) Santa Catarina Em 21, no estado de Santa Catarina (SC), moravam 6,3 milhões de pessoas, onde parcela relevante (6,9%, 43,7 mil) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 293 municípios,

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL

CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL ÍNDICE 1. Introdução... 2. Definição do programa de gestão de saúde populacional... 3. Princípios do programa... 4. Recursos do programa... 5. Estrutura

Leia mais

SEGURANÇA ALTERNATIVAS PARA TRATAR O TEMA DA (IN) SEGURANÇA

SEGURANÇA ALTERNATIVAS PARA TRATAR O TEMA DA (IN) SEGURANÇA Segurança SEGURANÇA ALTERNATIVAS PARA TRATAR O TEMA DA (IN) SEGURANÇA A sensação de segurança é uma questão que influencia significativamente a qualidade de vida de toda a sociedade devendo ser tratada

Leia mais

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO 2007 O MERCADO DE TRABALHO SOB A ÓPTICA DA RAÇA/COR Os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego permitem diversos tipos de detalhamento

Leia mais

Um país menos desigual: pobreza extrema cai a 2,8% da população Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) foram divulgados pelo IBGE

Um país menos desigual: pobreza extrema cai a 2,8% da população Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) foram divulgados pelo IBGE Um país menos desigual: pobreza extrema cai a 2,8% da população Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) foram divulgados pelo IBGE Brasília, 7 A pobreza extrema no país caiu a 2,8%

Leia mais

Morte brasileira: a trajetória de um país

Morte brasileira: a trajetória de um país Retratos da violência Morte brasileira: a trajetória de um país A morte é um grande personagem. De capuz e foice na mão, comove plateias no mundo todo. Mas será esse mesmo o perfil da morte brasileira?

Leia mais

na região metropolitana do Rio de Janeiro

na região metropolitana do Rio de Janeiro O PERFIL DOS JOVENS EMPREENDEDORES na região metropolitana do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL MARÇO DE 2013 Nº21 PANORAMA GERAL Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 2011,

Leia mais

NOTA TÉCNICA 11/2014. Cálculo e forma de divulgação da variável idade nos resultados dos censos educacionais realizados pelo Inep

NOTA TÉCNICA 11/2014. Cálculo e forma de divulgação da variável idade nos resultados dos censos educacionais realizados pelo Inep INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA - INEP DIRETORIA DE ESTATÍSTICAS EDUCACIONAIS COORDENAÇÃO-GERAL DE CONTROLE DE QUALIDADE E DE TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO COORDENAÇÃO-GERAL

Leia mais

Indicadores Anefac dos países do G-20

Indicadores Anefac dos países do G-20 Indicadores Anefac dos países do G-20 O Indicador Anefac dos países do G-20 é um conjunto de resultantes de indicadores da ONU publicados pelos países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina,

Leia mais

Resgate histórico do processo de construção da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA)

Resgate histórico do processo de construção da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) Resgate histórico do processo de construção da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) Mário Lopes Amorim 1 Roberto Antonio Deitos 2 O presente

Leia mais

Briefing. Boletim Epidemiológico 2010

Briefing. Boletim Epidemiológico 2010 Briefing Boletim Epidemiológico 2010 1. HIV Estimativa de infectados pelo HIV (2006): 630.000 Prevalência da infecção (15 a 49 anos): 0,61 % Fem. 0,41% Masc. 0,82% 2. Números gerais da aids * Casos acumulados

Leia mais

Perguntas e respostas sobre a criação do Funpresp (Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos)

Perguntas e respostas sobre a criação do Funpresp (Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos) O que muda Perguntas e respostas sobre a criação do Funpresp (Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos) 1. Por que é necessário criar a Fundação de Previdência Complementar do Servidor

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

A POSIÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) EM RELAÇÃO AO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) E AO ÍNDICE DE GINI

A POSIÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) EM RELAÇÃO AO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) E AO ÍNDICE DE GINI A POSIÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) EM RELAÇÃO AO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) E AO ÍNDICE DE GINI Roland Anton Zottele 1, Friedhilde M. K. Manulescu 2 1, 2 Faculdade de Ciências

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ CENTRO DE APOIO OPERACIONAL ÀS PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DA EDUCAÇÃO (Área da Educação) PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PROTEÇÃO À EDUCAÇÃO NO

Leia mais

PLANEJAMENTO URBANO E DE TRANSPORTES BASEADO EM CENÁRIO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL O CASO DE UBERLÂNDIA, MG, BRASIL

PLANEJAMENTO URBANO E DE TRANSPORTES BASEADO EM CENÁRIO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL O CASO DE UBERLÂNDIA, MG, BRASIL PLANEJAMENTO URBANO E DE TRANSPORTES BASEADO EM CENÁRIO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL O CASO DE UBERLÂNDIA, MG, BRASIL Thiago Silva Pereira José Aparecido Sorratini PLANEJAMENTO URBANO E DE TRANSPORTES BASEADO

Leia mais

O impacto do INCLUSP no ingresso de estudantes da escola pública na USP

O impacto do INCLUSP no ingresso de estudantes da escola pública na USP VERSÃO: 03-04-2008 2 O impacto do INCLUSP no ingresso de estudantes da escola pública na USP 1. Apresentação do Programa O Programa de Inclusão Social da USP (INCLUSP) foi concebido a partir da preocupação

Leia mais

SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA Comissão de Constituição e Justiça - SENADO FEDERAL PLANO DE TRABALHO

SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA Comissão de Constituição e Justiça - SENADO FEDERAL PLANO DE TRABALHO SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA Comissão de Constituição e Justiça - SENADO FEDERAL PLANO DE TRABALHO 1. Contextualização e finalidades A violência, a falta de segurança e o medo da criminalidade

Leia mais

Políticas de saúde: o Programa de Saúde da Família na Baixada Fluminense *

Políticas de saúde: o Programa de Saúde da Família na Baixada Fluminense * Políticas de saúde: o Programa de Saúde da Família na Baixada Fluminense * ALINE DE MOURA SOUZA 1 SUZANA MARTA CAVENAGHI 2 Introdução Este trabalho tem por objetivo apresentar informações referentes à

Leia mais

OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO. Em alusão ao Dia da Consciência Negra

OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO. Em alusão ao Dia da Consciência Negra OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE Novembro de 2010 OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO E O ACESSO AO SISTEMA PÚBLICO DE EMPREGO, TRABALHO E RENDA Em alusão ao Dia da

Leia mais

Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia.

Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia. Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia. Luiz Felipe de Oliveira Pinheiro * RESUMO O presente mini-ensaio, apresenta os desvios que envolvem o conceito de micro e pequena empresa

Leia mais

Presidência da República Federativa do Brasil. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

Presidência da República Federativa do Brasil. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial Presidência da República Federativa do Brasil Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial A SEPPIR CRIAÇÃO A Seppir (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)

Leia mais

BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR. Colégio Anglo de Sete Lagoas Prof.: Ronaldo Tel.: (31) 2106 1750

BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR. Colégio Anglo de Sete Lagoas Prof.: Ronaldo Tel.: (31) 2106 1750 BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR As crises econômicas que se sucederam no Brasil interromperam a política desenvolvimentista. Ocorre que o modelo de desenvolvimento aqui implantado (modernização conservadora

Leia mais

e construção do conhecimento em educação popular e o processo de participação em ações coletivas, tendo a cidadania como objetivo principal.

e construção do conhecimento em educação popular e o processo de participação em ações coletivas, tendo a cidadania como objetivo principal. Educação Não-Formal Todos os cidadãos estão em permanente processo de reflexão e aprendizado. Este ocorre durante toda a vida, pois a aquisição de conhecimento não acontece somente nas escolas e universidades,

Leia mais

DIÁLOGOS PARA A SUPERAÇÃO DA POBREZA

DIÁLOGOS PARA A SUPERAÇÃO DA POBREZA PARTE III DIÁLOGOS PARA A SUPERAÇÃO DA POBREZA Gilberto Carvalho Crescer distribuindo renda, reduzindo desigualdades e promovendo a inclusão social. Esse foi o desafio assumido pela presidente Dilma Rousseff

Leia mais

Patrocínio Institucional Parceria Apoio

Patrocínio Institucional Parceria Apoio Patrocínio Institucional Parceria Apoio InfoReggae - Edição 82 Desemprego 22 de maio de 2015 O Grupo AfroReggae é uma organização que luta pela transformação social e, através da cultura e da arte, desperta

Leia mais

Diminui a mortalidade por Aids no Estado de São Paulo

Diminui a mortalidade por Aids no Estado de São Paulo Diminui a mortalidade por Aids no Estado de São Paulo Em 2012, ocorreram 2.767 óbitos por Aids no Estado de São Paulo, o que representa importante queda em relação ao pico observado em 1995 (7.739). A

Leia mais

Expectativa de vida do brasileiro cresce mais de três anos na última década

Expectativa de vida do brasileiro cresce mais de três anos na última década 1 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO PROFESSOR BAHIA TEXTO DE CULTURA GERAL FONTE: UOL COTIDIANO 24/09/2008 Expectativa de vida do brasileiro cresce mais de três anos na última década Fabiana Uchinaka Do UOL Notícias

Leia mais

CARTA DO COMITÊ BRASILEIRO DE DEFENSORAS/ES DOS DIREITOS HUMANOS À MINISTRA DA SECRETARIA DOS DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CARTA DO COMITÊ BRASILEIRO DE DEFENSORAS/ES DOS DIREITOS HUMANOS À MINISTRA DA SECRETARIA DOS DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CARTA DO COMITÊ BRASILEIRO DE DEFENSORAS/ES DOS DIREITOS HUMANOS À MINISTRA DA SECRETARIA DOS DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Brasília,12 de Dezembro de 2012. O Comitê Brasileiro de Defensoras/es

Leia mais

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fúlvia Rosemberg: analisa ações de inclusão e apresenta programa voltado para a formação de novas lideranças

Leia mais

ANEXO II CONDIÇÕES E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA APOIO E/ OU IMPLANTAÇÃO DE ÓRGÃOS COLEGIADOS E APOIO A FÓRUNS E REDES

ANEXO II CONDIÇÕES E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA APOIO E/ OU IMPLANTAÇÃO DE ÓRGÃOS COLEGIADOS E APOIO A FÓRUNS E REDES ANEXO II CONDIÇÕES E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA APOIO E/ OU IMPLANTAÇÃO DE ÓRGÃOS COLEGIADOS E APOIO A FÓRUNS E REDES I ÁREAS DE INTERESSE Criança e Adolescente Apoio aos Fóruns, Comitês, Associações

Leia mais

EDITAL Nº 02/2012 TERMO DE REFERÊNCIA N 013 PROJETO PNUD BRA/05/021

EDITAL Nº 02/2012 TERMO DE REFERÊNCIA N 013 PROJETO PNUD BRA/05/021 EDITAL Nº 02/2012 TERMO DE REFERÊNCIA N 013 PROJETO PNUD BRA/05/021 1. Função no Projeto Consultoria especializada para propor e subsidiar junto ao GT Temático - Juventude e Meio Ambiente, - Grupo de Trabalho

Leia mais

3 O Panorama Social Brasileiro

3 O Panorama Social Brasileiro 3 O Panorama Social Brasileiro 3.1 A Estrutura Social Brasileira O Brasil é um país caracterizado por uma distribuição desigual de renda. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios

Leia mais

Realização: Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da UFSC, em convênio com a Federação Nacional dos Jornalistas FENAJ

Realização: Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da UFSC, em convênio com a Federação Nacional dos Jornalistas FENAJ Realização: Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da UFSC, em convênio com a Federação Nacional dos Jornalistas FENAJ Apoio: Fórum Nacional de Professores de Jornalismo FNPJ Associação Brasileira

Leia mais

Senhor Presidente: JUSTIFICAÇÃO

Senhor Presidente: JUSTIFICAÇÃO Senhor Presidente: REQUERIMENTO Nº, 2015 Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do 3o do art. 58 da Constituição Federal e na forma dos artigos 35 e seguintes do Regimento Interno da Câmara dos Deputados,

Leia mais

Plano Municipal de Educação

Plano Municipal de Educação Plano Municipal de Educação Denise Carreira I Encontro Educação para uma Outra São Paulo 30 de novembro de 2007 O Plano Municipal de Educação e as reivindicações dos movimentos e organizações da cidade

Leia mais

Regiões Metropolitanas do Brasil

Regiões Metropolitanas do Brasil Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia IPPUR/UFRJ CNPQ FAPERJ Regiões Metropolitanas do Brasil Equipe responsável Sol Garson Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro Juciano Martins Rodrigues Regiões Metropolitanas

Leia mais

Nº 07 / 13 TEMA: As Crianças em Goiás

Nº 07 / 13 TEMA: As Crianças em Goiás TEMA: As Crianças em Goiás O dia das crianças foi instituído em 1924 pelo então presidente Arthur Bernardes, mas a data passou várias anos desprezada e apenas ganhou notoriedade na década de 1960. Infelizmente

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006

DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006 DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006 Conteúdo 1. O Sistema SEBRAE; 2. Brasil Caracterização da MPE; 3. MPE

Leia mais

SEDE NACIONAL DA CAMPANHA

SEDE NACIONAL DA CAMPANHA Campanha Ponto Final na Violência contra as Mulheres e Meninas SEDE NACIONAL DA CAMPANHA REDE NACIONAL FEMINSTA DE SAÚDE, DIREITOS SEXUAIS E DIREITOS REPRODUTIVOS Avenida Salgado Filho, 28, cj 601. Porto

Leia mais

Presente em 20 estados Unidades próprias em Curitiba Sede Administrativa em Curitiba Parque Gráfico em Pinhais - Pr

Presente em 20 estados Unidades próprias em Curitiba Sede Administrativa em Curitiba Parque Gráfico em Pinhais - Pr Presente em 20 estados Unidades próprias em Curitiba Sede Administrativa em Curitiba Parque Gráfico em Pinhais - Pr A violência na escola e o mundo onde fica? EMENTA Causa da Violência e Relacionamento

Leia mais

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Realização: Ágere Cooperação em Advocacy Apoio: Secretaria Especial dos Direitos Humanos/PR Módulo III: Conselhos dos Direitos no

Leia mais

DataSenado. Secretaria de Transparência DataSenado. Março de 2013

DataSenado. Secretaria de Transparência DataSenado. Março de 2013 Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher DataSenado Março de 2013 Mulheres conhecem a Lei Maria da Penha, mas 700 mil ainda sofrem agressões no Brasil Passados quase 7 desde sua sanção, a Lei 11.340

Leia mais

JOVEM ÍNDIO E JOVEM AFRODESCENDENTE/JOVEM CIGANO E OUTRAS ETNIAS OBJETIVOS E METAS

JOVEM ÍNDIO E JOVEM AFRODESCENDENTE/JOVEM CIGANO E OUTRAS ETNIAS OBJETIVOS E METAS JOVEM ÍNDIO E JOVEM AFRODESCENDENTE/JOVEM CIGANO E OUTRAS ETNIAS OBJETIVOS E METAS 1. Assegurar com políticas públicas e programas de financiamento o direito dos jovens índios, afrodescendentes, camponeses

Leia mais

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade C.9 Taxa de mortalidade por causas externas O indicador mede o número de óbitos por causas externas (conjunto de acidentes e violências) por 1. habitantes, estimando o risco de morrer por essas causas.

Leia mais

Política Nacional de Participação Social

Política Nacional de Participação Social Política Nacional de Participação Social Apresentação Esta cartilha é uma iniciativa da Secretaria-Geral da Presidência da República para difundir os conceitos e diretrizes da participação social estabelecidos

Leia mais

ANÁLISE DA MORTE VIOLENTA SEGUNDO RAÇA /COR

ANÁLISE DA MORTE VIOLENTA SEGUNDO RAÇA /COR 8 ANÁLISE DA MORTE VIOLENTA SEGUNDO RAÇA /COR Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 435 ANÁLISE DA MORTE VIOLENTA SEGUNDO RAÇA/COR MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS Evolução da mortalidade por causas externas

Leia mais

Andréa Bolzon Escritório da OIT no Brasil. Salvador, 08 de abril de 2013

Andréa Bolzon Escritório da OIT no Brasil. Salvador, 08 de abril de 2013 Andréa Bolzon Escritório da OIT no Brasil Salvador, 08 de abril de 2013 Fundada em 1919 (Tratado de Versalhes) Mandato: promover a justiça social e o reconhecimento internacional dos direitos humanos e

Leia mais

Acidentes de transportes passam a ser a principal causa de morte não natural do Estado de São Paulo

Acidentes de transportes passam a ser a principal causa de morte não natural do Estado de São Paulo Resenha de Estatísticas Vitais do Estado de São Paulo Ano 10 nº 2 Março 2010 Acidentes de transportes passam a ser a principal causa de morte não natural do Estado de São Paulo Hoje, os acidentes de transporte

Leia mais

A Organização da Atenção Nutricional: enfrentando a obesidade

A Organização da Atenção Nutricional: enfrentando a obesidade A Organização da Atenção Nutricional: enfrentando a obesidade Introdução Há cerca de 20 anos, a Secretaria de Saúde de um grande município começou a desenvolver e implantar iniciativas relacionadas à Alimentação

Leia mais

ESPELHO DE EMENDAS AO TEXTO DA LEI

ESPELHO DE EMENDAS AO TEXTO DA LEI Página: 1 de 8 altera a redação da alínea b do Inciso IV do Art. 91 para incluir como prioridade do BNDES o financiamento de programas do PPA 2008-2011 que atuem na redução das desigualdades de gênero,

Leia mais

Número 24. Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no Brasil

Número 24. Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no Brasil Número 24 Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no 29 de julho de 2009 COMUNICADO DA PRESIDÊNCIA Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no 2 1. Apresentação Este

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS INEP

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS INEP MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS INEP Alunos apontam melhorias na graduação Aumenta grau de formação dos professores e estudantes mostram que cursos possibilitam

Leia mais

6 Conclusão. 6.1. Conclusão. 6.1.1. Resultados finais. 6.1.1.1. Resultados diretos

6 Conclusão. 6.1. Conclusão. 6.1.1. Resultados finais. 6.1.1.1. Resultados diretos 6 Conclusão Neste capitulo será feita conclusão do trabalho descrevendo os resultados diretos e indiretos da pesquisa. Adicionalmente, serão feitas sugestões para o aprofundamento no presente texto e a

Leia mais

Apresentação. Soluções para resolv. Legislação penal. Conclusão

Apresentação. Soluções para resolv. Legislação penal. Conclusão SUMÁRIO Apresentação Introdução Soluções para resolv esolver er a violência e a criminalidade Popularidade de possíveis soluções Políticas sociais x políticas de segurança Redução da maioridade penal Legislação

Leia mais

Rio Grande do Sul. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Rio Grande do Sul (1991, 2000 e 2010)

Rio Grande do Sul. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Rio Grande do Sul (1991, 2000 e 2010) Rio Grande do Sul Em 21, no estado do Rio Grande do Sul (RS), moravam 1,7 milhões de pessoas, onde parcela importante (9,3%, 989,9 mil) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 496 municípios,

Leia mais

MS divulga retrato do comportamento sexual do brasileiro

MS divulga retrato do comportamento sexual do brasileiro MS divulga retrato do comportamento sexual do brasileiro Notícias - 18/06/2009, às 13h08 Foram realizadas 8 mil entrevistas com homens e mulheres entre 15 e 64 anos. A análise das informações auxiliará

Leia mais

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es).

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). A QUALIDADE DE VIDA SOB A ÓTICA DAS DINÂMICAS DE MORADIA: A IDADE ENQUANTO UM FATOR DE ACÚMULO DE ATIVOS E CAPITAL PESSOAL DIFERENCIADO PARA O IDOSO TRADUZIDO NAS CONDIÇÕES DE MORADIA E MOBILIDADE SOCIAL

Leia mais

1. Garantir a educação de qualidade

1. Garantir a educação de qualidade 1 Histórico O Pacto pela Juventude é uma proposição das organizações da sociedade civil, que compõem o Conselho Nacional de Juventude, para que os governos federal, estaduais e municipais se comprometam

Leia mais

Minuta de Resolução Programa de Ações Afirmativas da Udesc

Minuta de Resolução Programa de Ações Afirmativas da Udesc Minuta de Resolução Programa de Ações Afirmativas da Udesc O Reitor da Universidade do Estado de Santa Catarina no uso de suas atribuições e considerando: - a autonomia didático-científica, administrativa

Leia mais

Perguntas Frequentes sobre o ICMS Ecológico

Perguntas Frequentes sobre o ICMS Ecológico Perguntas Frequentes sobre o ICMS Ecológico 1) O ICMS ecológico é um imposto adicional? O consumidor paga a mais por isso? R. Não. O ICMS Ecológico não é um imposto a mais, sendo apenas um critério de

Leia mais

Taxa de desocupação foi de 9,3% em janeiro

Taxa de desocupação foi de 9,3% em janeiro Taxa de desocupação foi de 9,3% em janeiro A taxa de desocupação registrada pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, nas seis principais Regiões Metropolitanas do país (Recife, Salvador, Belo Horizonte,

Leia mais

Plataforma dos Centros Urbanos

Plataforma dos Centros Urbanos Plataforma dos Centros Urbanos O que é a Plataforma dos Centros Urbanos? É uma iniciativa nacional de articulação, fortalecimento e desenvolvimento de políticas públicas, programas e ações voltados para

Leia mais

ÍNDICE INSTITUIÇÃO TÍPICA DO TERCEIRO SETOR DE BELO HORIZONTE...1. 1. A Instituição Típica do Terceiro Setor por Principal Área de Atividade...

ÍNDICE INSTITUIÇÃO TÍPICA DO TERCEIRO SETOR DE BELO HORIZONTE...1. 1. A Instituição Típica do Terceiro Setor por Principal Área de Atividade... ÍNDICE INSTITUIÇÃO TÍPICA DO TERCEIRO SETOR DE BELO HORIZONTE...1 1. A Instituição Típica do Terceiro Setor por Principal Área de Atividade...5 A Instituição Típica da Área de Cultura...5 A Instituição

Leia mais