KACILÂNDIA CESÁRIO GOMES PEDROZA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: O DISCURSO E AS COMPREENSÕES DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "KACILÂNDIA CESÁRIO GOMES PEDROZA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: O DISCURSO E AS COMPREENSÕES DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL"

Transcrição

1 KACILÂNDIA CESÁRIO GOMES PEDROZA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: O DISCURSO E AS COMPREENSÕES DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL Orientadora: Maria das Graças Andrade Ataíde de Almeida Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Instituto de Educação Lisboa 2013

2 KACILÂNDIA CESÁRIO GOMES PEDROZA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: O DISCURSO E AS COMPREENSÕES DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL Orientadora: Maria das Graças Andrade Ataíde de Almeida Dissertação apresentada para obtenção do Grau de Mestre em Ciências da Educação no Curso de Mestrado em Ciências da Educação, conferido pela Universidade Lusófonas de Humanidades e Tecnologias. Orientadora: Prof Doutora Maria das Graças Andrade Ataíde de Almeida Co-orientador: Prof. Doutor Manuel Tavares Gomes Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Instituto de Educação Lisboa 2013

3 Kacilândia Pedroza - Alfabetização e Letramento: discurso e compreensões de professores da educação infantil. A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida. É preciso encontrar as coisas certas da vida, para que ela tenha o sentido que se deseja. Assim, a escolha de uma profissão também é arte de um encontro. Porque uma vida só adquire vida quando a gente empresta nossa vida, para o resto da vida. Vinícius de Moraes 1

4 Kacilândia Pedroza - Alfabetização e Letramento: discurso e compreensões de professores da educação infantil. Dedico esta dissertação ao meu Deus, Senhor e Salvador, que, por suas inumeráveis bênçãos, me faz ir além de tudo quanto poderia solicitar, pensar ou idealizar. A meu esposo e companheiro, Allyson Pedroza, pelo apoio, atenção, amor, paciência, estima e confiança demonstrados nos momentos de alegrias, tristezas, angústias e incertezas. A minha mãe Maria Odete, que ininterruptamente me mostrou a direção e valor da educação e da verdade, pelo incentivo e apoio constante e por ter cuidado do meu bem mais precioso, meu filho Samuel, junto a minha irmã Cirlândia, nos períodos que a dedicação ao mestrado tomava espaço da dedicação à família. 2

5 Kacilândia Pedroza - Alfabetização e Letramento: discurso e compreensões de professores da educação infantil. AGRADECIMENTOS Especialmente a Deus, detentor de toda sabedoria, por proteger e iluminar meu caminho. À querida Professora Doutora Maria das Graças Ataíde de Almeida, orientadora desta dissertação, pela orientação, segurança, disponibilidade, paciência, apoio e carinho demonstrados desde o momento em que nos conhecemos, além de ter me proporcionado com sua convivência, a oportunidade de comprovar que o humano e o profissional caminham, perfeitamente, juntos. Ao Professor Doutor Manuel Tavares Gomes, co-orientador desta investigação, pela disponibilidade e contribuições para a melhoria dessa dissertação. À Universidade Lusófona de Tecnologias e Humanidades, pela oportunidade de realização do curso de mestrado. Aos professores e todos envolvidos, pela seriedade, contribuição e pelos importantes momentos de construção de conhecimentos e saberes. A Secretaria Municipal de Educação de Garanhuns-PE, na pessoa da então secretária a professora Edlene Vilaça e atual secretário o senhor Marcelo Moura, como também a professora Luiza Carvalho, responsável pelo afastamento das minhas atividades no município, e a todos os colegas de trabalho que compreenderam e apoiaram nos diversos momentos. A Escola Municipal Governador Miguel Arraes de Alencar, nas pessoas dos até então gestores José Alfredo e Laudenice Nunes, e a Escola Instituto Presbiteriano de Heliópolis, nas pessoas da gestora Sirlande do Carmo, secretária Socorro Xavier e professoras Gláucia Tenório, Miriam Diniz, Talita Siqueira, Elce Leal e Elvira Leal, pelo incentivo, compreensão, contribuições valiosas e por acompanharem de forma carinhosa esta caminhada. Muito obrigada. As professoras que participaram com muita disposição e atenção deste trabalho, contribuindo com seus saberes e experiências, muito obrigada. Sem vocês não existiria essa pesquisa. As Escolas Municipais lócus dessa pesquisa, na pessoa dos gestores, pela acolhida e todo apoio dispensado. 3

6 Kacilândia Pedroza - Alfabetização e Letramento: discurso e compreensões de professores da educação infantil. As minhas colegas e companheiras de desafios Maria de Lourdes Pereira e Wilza Alexandra Vitorino pelo incentivo, apoio, conversas e trocas nas intermináveis horas de estudos e longas horas de viagens, muito obrigada. A minha grande amiga e futura comadre Daniela Dantas, pelo incentivo, carinho e por acreditar no meu potencial. A meus tios Lourdinha e Amauri, pelo acolhimento em sua casa nos finais de semana dos módulos, com todo carinho e dedicação, minha sincera gratidão. Ao meu esposo, Allyson Pedroza, pelo incentivo e tolerância, e ao pequeno e amado Samuel, que compartilhou comigo as minhas alegrias e aflições, desde o meu ventre. E porque não, meus agradecimentos àquelas pessoas que com gestos, palavras, atitudes e ações tentaram me desestimular ou prejudicar. Meu muito obrigada, pois vocês serviram de incentivo para a busca de forças. E por último e não menos importante, a minha mãe, Maria Odete, e meus familiares (pai, avós, irmãos, tios, primos e sogros), que estiveram presentes em grande parte dos momentos da minha vida, colaborando constantemente, incentivando e apoiando à minha vida pessoal e profissional. 4

7 Kacilândia Pedroza - Alfabetização e Letramento: discurso e compreensões de professores da educação infantil. RESUMO PEDROZA, Kacilândia Cesário Gomes. Alfabetização e Letramento: o discurso e as compreensões de professores da educação infantil. Lisboa, 187 fls. Dissertação (Mestrado em Ciências da Educação) - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Educação, ULHT, A inquietação fundamental desta investigação foi entender como as professoras da educação infantil se expressam e compreendem a alfabetização e letramento. As categorias eleitas foram alfabetização e letramento, educação infantil e discurso. O referencial teórico teve como principais autores: Ferreiro (1985, 1987, 1988, 1993, 2003), Kramer (1995, 2008, 2010), Soares (1998, 2001, 2002, 2003, 2004, 2006, 2008, 2010), Machado (2004), Oliveira (2005), Rosemberg (2002, 2003), Zabalza (1998), Fairclough (2001, 2008), Iñiguez (2004), Orlandi (1994, 2005), Dijk (2004) e Henry (1997). A investigação foi conduzida com cem professoras da educação infantil, e dez professoras que lecionam no Infantil II, última etapa da educação infantil, em seis instituições de ensino da cidade de Garanhuns, Pernambuco, Brasil. Procedeu-se à aplicação de um questionário adaptado e validado às professoras de todas as etapas da educação infantil e uma entrevista semiestruturada às professoras do Infantil II. A análise dos dados quantitativos foi realizada por meio do programa SPSS 18.0; enquanto a análise dos dados qualitativos foi orientada pela análise de discurso na linha francesa. Os resultados evidenciaram a relevância, dada pelas professoras, aos processos de alfabetização e letramento na educação infantil. Todavia emergiu da opinião e do discurso de algumas professoras, apesar dessas demonstrarem afinidades com os conceitos e aplicabilidade dos processos de alfabetização e letramento, insegurança, dificuldade e contradições ao refleti-los, ora como processos distintos ora como imbricados entre si. Palavras-Chave: alfabetização, letramento, discurso e educação infantil. 5

8 Kacilândia Pedroza - Alfabetização e Letramento: discurso e compreensões de professores da educação infantil. ABSTRACT PEDROZA, Kacilândia Cesário Gomes. Literacy and Literacy: the discourse and understandings of early childhood education teachers. Lisbon, 187 fls. Dissertation (Master's degree of Sciences in the Education) - Program of degree in Sciences of the Education, ULHT, The fundamental restlessness of this investigation was to understand how kindergarten teachers express themselves and understand literacy and literacy. The categories were chosen literacy and literacy, early childhood education and discourse. The theoretical had as main authors: Ferreiro (1985, 1987, 1988, 1993, 2003), Kramer (1995, 2008, 2010), Soares (1998, 2001, 2002, 2003, 2004, 2006, 2008, 2010), Machado (2004), Oliveira (2005), Rosemberg (2002, 2003), Zabalza (1998), Fairclough (2001, 2008), Iñiguez (2004), Orlandi (1994, 2005), Dijk (2004) and Henry (1997). The investigation was conducted with one hundred kindergarten teachers, and ten teachers who teach in Children II, the last stage of kindergarten, six educational institutions in the city of Garanhuns, Pernambuco, Brazil. Proceeded to a questionnaire adapted and validated the teachers of all the stages of early childhood education and a semistructured interview the teachers of Children II. The quantitative analysis was performed using SPSS 18.0, while the qualitative data analysis was guided by the analysis of discourse in French line. The results showed the importance given by the teachers, the processes of literacy and literacy in early childhood education. However emerged of opinion and speech of some teachers despite these affinities to demonstrate applicability of the concepts and processes of literacy and literacy, insecurity, difficulties and contradictions to reflect them either as separate processes or as interwoven with each other. Keywords: literacy, literacy, speech and education. 6

9 Kacilândia Pedroza - Alfabetização e Letramento: discurso e compreensões de professores da educação infantil. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AD Análise de Discurso CFE Conselho Federal de Educação ED Excertos de Depoimentos FD Formação Discursiva LDB Lei de Diretrizes e Base LDBEN Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional MEC Ministério da Educação e Cultura ONU Organização das Nações Unidas PCN Parâmetros Curriculares Nacionais PNE Plano Nacional de Educação PNEI Política Nacional de Educação Infantil RCNEI Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância 7

10 ÍNDICE INTRODUÇÃO CAPÍTULO I: ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO E EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA IMPORTANTE DISCUSSÃO ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: DOIS PROCESSOS, UMA FINALIDADE Educação: da alfabetização ao letramento Alfabetização e letramento: relação de interdependência e indissociabilidade EDUCAÇÃO INFANTIL: DIREITO E PRINCÍPIO DE UMA EDUCAÇÃO EFICIENTE E DE QUALIDADE DISCURSO: UMA PRÁTICA SOCIAL CAPÍTULO II: PROCESSOS METODOLÓGICOS: DESVELANDO O CAMINHO PERCORRIDO HIPÓTESE OBJETIVOS Geral Específicos TIPO DE ESTUDO LÓCUS DA INVESTIGAÇÃO Contextualizando a população de estudo SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS Questionário Adaptação do questionário Validação do questionário Entrevista Adaptação da entrevista PROCEDIMENTOS DA INVESTIGAÇÃO PROCEDIMENTOS DA ANÁLISE DOS DADOS Instrumentos de análise dos dados quantitativos

11 2.8.2 Instrumentos de análise dos dados qualitativos CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ALCANÇADOS ATRAVÉS DA ANÁLISE QUANTITATIVA Identificação pessoal e profissional dos docentes Gênero Estado civil Faixa etária Raça Titulação acadêmica Tempo de formação Tempo de docência Experiências profissionais Faixa etária dos estudantes Função da educação Infantil Conceito de alfabetização Conceito de letramento Papel da educação infantil em relação aos processos da alfabetização e letramento Relação alfabetização/letramento Forma de alfabetizar Suportes da prática pedagógica Alfabetização e letramento na proposta do município para a educação infantil APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS ATRAVÉS DA ANÁLISE QUALITATIVA Identificação pessoal e profissional dos professores (FD) Função da educação infantil (FD) Conceitos acerca da alfabetização (FD) Papel da educação infantil em relação à alfabetização (FD) Compreensão acerca do letramento (FD) Papel da educação infantil em relação ao letramento

12 3.2.7 (FD) Promoção de atividades que estimulem o desenvolvimento dos processos de alfabetização e letramento (FD) Planejamento das atividades na educação infantil CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS APÊNDICES... I APÊNDICE I... II APÊNDICE II... III APÊNDICE III... V APÊNDICE IV... VII APÊNDICE V... VIII APÊNDICE VI... X APÊNDICE VII... XI APÊNDICE VIII... XII APÊNDICE IX... XIII APÊNDICE X... XIV 10

13 LISTA DE QUADROS 1 Descrição das variáveis do questionário adaptado e aplicado aos docentes Descrição das variáveis da entrevista adaptada e aplicada aos docentes Distribuição dos docentes por gênero Distribuição dos docentes por estado civil Distribuição dos docentes por faixa etária Distribuição dos docentes por raça Distribuição dos docentes por titulação acadêmica Distribuição dos docentes por tempo de formação Distribuição dos docentes por tempo de docência Distribuição dos docentes por experiências profissionais Distribuição dos docentes por faixa etária dos estudantes Distribuição dos docentes por função da educação infantil Distribuição dos docentes por conceito de alfabetização Distribuição dos por conceito de letramento Distribuição dos docentes por papel da educação infantil em relação aos processos de alfabetização e letramento Distribuição dos docentes por relação alfabetização/letramento Distribuição dos docentes por forma de alfabetizar Distribuição dos docentes por suportes da prática pedagógica Distribuição dos docentes por alfabetização e letramento na proposta do município para a educação infantil Apresentação de ED das professoras, agrupadas na FD Função da educação infantil Apresentação de ED das professoras, agrupadas na FD Conceitos acerca da alfabetização Apresentação de ED das professoras, agrupadas na FD Papel da educação infantil em relação à alfabetização

14 23 Apresentação de ED das professoras, agrupadas na FD Compreensão acerca do letramento Apresentação de ED das professoras, agrupadas na FD Papel da educação infantil em relação ao letramento Apresentação de ED das professoras, agrupadas na FD Promoção de atividades que estimulem o desenvolvimento dos processos de alfabetização e letramento Apresentação de ED das professoras, agrupadas na FD Planejamento das atividades na educação infantil

15 LISTA DE TABELAS 1 Distribuição tabular da identificação pessoal e profissional das professoras das turmas de Infantil II, da Educação Infantil, da pesquisa

16 LISTA DE GRÁFICOS 1 Distribuição gráfica dos docentes por estado civil Distribuição gráfica dos docentes por faixa etária Distribuição gráfica dos docentes por raça Distribuição gráfica dos docentes por titulação acadêmica Distribuição gráfica dos docentes por tempo de formação Distribuição gráfica dos docentes por tempo de docência Distribuição gráfica dos docentes por experiências profissionais Distribuição gráfica dos docentes por faixa etária dos estudantes Distribuição gráfica dos docentes por função da educação infantil Distribuição gráfica dos docentes por conceito de alfabetização Distribuição gráfica dos por conceito de letramento Distribuição gráfica dos docentes por papel da educação infantil em relação aos processos de alfabetização e letramento Distribuição gráfica dos docentes por relação alfabetização/letramento Distribuição gráfica dos docentes por forma de alfabetizar Distribuição gráfica dos docentes por suportes da prática pedagógica Distribuição gráfica dos docentes por alfabetização e letramento na proposta do município para a educação infantil

17 LISTA DE MAPAS 1. Localização do estado de Pernambuco no mapa do Brasil Localização da cidade de Garanhuns no mapa de Pernambuco

18 INTRODUÇÃO As fases da vida do ser humano são influenciadas pelas descobertas e aprendizagens através da convivência com as outras pessoas e pelo conhecimento sobre o ambiente em que vive. Ele nasce para aprender, para descobrir e apropriarse dos saberes, tornando-se um indivíduo crítico, atuante e criativo para operar na sociedade, onde as trocas acontecem ligeiramente, seja através da leitura, da escrita ou da linguagem oral e visual (LÚRIA, 2006). É visível que a educação é a condição para o desenvolvimento humano e não se pode refletir o processo de humanização sem estabelecer relação direta com a maneira como acontece o repasse cultural em uma determinada sociedade. À escola, coube esta tarefa, instituição responsável por permitir a assimilação por parte dos estudantes dos bens culturais produzidos pela humanidade. A ação de procura, de correspondência, de influência mútua e de assimilação é o que se pode chamar de educação. Esta não se desenvolve sozinha, é um ato conjunto entre os indivíduos que colaboram, comunicam-se e acreditam no igual saber. É responsabilidade da escola buscar, conhecer e desenvolver na criança as competências da leitura e da escrita, influenciando de maneira positiva em seu processo escolar (BRANDÃO; LEAL, 2010). O Sistema Educacional hoje volta seu olhar para desenvolver uma educação de qualidade, principalmente na etapa inicial do desenvolvimento da leitura e da escrita. Ao longo dos anos a alfabetização escolar tem levantado muitos debates teóricos e metodológicos, requerendo do espaço escolar e principalmente dos profissionais que atuam como alfabetizadores um posicionamento em relação às mesmas, trazendo seguramente consequências para as práticas a serem desenvolvidas (SMOLKA, 2003; SOARES, 2008). O processo de apropriação da leitura e da escrita ocorre de forma indireta, dependendo, primordialmente, de uma organização, que compete ao professor. As ações dos docentes, sem dúvida, refletem claramente nas possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento de seus estudantes, uma vez que, ao proporcionar condições de aprendizagem, possibilitam um real desenvolvimento intelectual (KLEIMAM, 1995). Nas últimas décadas, as concepções da alfabetização sofreram grandes 16

19 mudanças. Ao se constatar que não bastava somente dominar o código escrito, era necessário saber fazer uso social dele, em situações distintas. O modelo tradicional de alfabetização tem sido analisado e avaliado. Segundo Smolka (2003, p. 16), a alfabetização constitui uma das questões sociais mais fundamentais por suas implicações político-econômicas e por se evidenciar instrumentos e veículo de uma política educacional que ultrapasse amplamente o âmbito meramente escolar e acadêmico. As ações relacionadas à leitura e escrita se tornaram mais difíceis, e seus significados se expandiram, passando a envolver, a partir da metade da década de 1980, principalmente, um novo termo: o letramento, capaz de transformar o dia a dia dos sujeitos em várias dimensões, dentre elas as dimensões social e educacional. O conceito de letramento lançou o desafio de se alfabetizar letrando. Isto é, ensinar aos estudantes o código escrito, mas simultaneamente torná-los capazes a utilização desse código. Para isso, o ensino da escrita deve ser contextualizado, conforme as reais práticas de leitura e escrita existentes na sociedade (DI NUCCI, 2008; SOARES, 2004a). Ler e escrever constitui um direito intransferível, que permite o acesso aos meios expressivos construídos historicamente pelos falantes e escritores da língua e extrapola a condição de decifrar oferecendo a possibilidade de ser capaz de ler e compreender todo e qualquer texto já escrito (NEVES, 2003, p. 35). Para Teberosky e Gallart (2004), o âmbito da alfabetização inicial expandiuse, incorporando outros agentes sociais no seu desenvolvimento: não somente a instituição escolar, mas também a família e o grupo social se estabeleceram em contexto de ato alfabetizador. As possibilidades e necessidades da alfabetização mudaram em consequência ao desenvolvimento e avanços da sociedade. Contudo não apenas mudou o âmbito de atuação, devido aos novos agentes, alunos, relações interdisciplinares e recursos tecnológicos, mas também as áreas de investigação, tanto em nível micro da dimensão psicológica e interpessoal, como em um nível macro da dimensão social e econômica, de modo que atualmente torne-se muito difícil para um pesquisador individual, ou para uma pequena equipe, abranger todo o seu conteúdo (TEBEROSKY; GALLART, 2004, p. 09). Assim, o objeto de estudo da nossa investigação é a alfabetização e o letramento, mais especificamente as compreensões, o desenvolvimento e a aplicação desses processos na educação infantil, visto que a educação está 17

20 vinculada às circunstâncias sociais e as finalidades econômicas. Deste modo, estima-se que o meio educacional influencia diretamente o crescimento econômico (TEBEROSKY; GALLART, 2004). Nesse sentido, a educação infantil destaca-se em relação às demais etapas da educação, devido às vantagens que lhe são atribuídas, quanto se avalia o êxito escolar posterior dos alunos, tanto com respeito à adaptação social como aos aspectos acadêmicos (TEBEROSKY; GALLART, 2004, p. 13). A inserção da Educação Infantil na definição de educação básica primeira etapa, afirma a Lei 9.394, de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no Art. 29) significa um progresso importante nas responsabilidades públicas sobre o ensino. Uma vez que, a LDB anterior, Lei de 1971, foi falha a tal questão. Ao longo deste século observa-se um crescente movimento pelo estudo da criança, bem como se percebe que a visão sobre a infância é social e historicamente construída. Os estudos teóricos nesta área e as lutas políticas em defesa das crianças têm apontado para a construção social dessas enquanto sujeitos sociais de plenos direitos. Contudo, as crianças são sujeitos marcados pelas contradições da sociedade em que estão inseridas. Smolka (2003, p. 29) pontua a alfabetização, processo de leitura e escrita, como momentos discursivos, pois o processo de aquisição se dá através de uma sucessão de ocasiões discursivas, de conversação e de influência mútua, que considera a interação social verbal em suas formas orais e escritas, [...] procurando situar essas formas em relação às condições concretas de vida, levando em conta o processo de evolução da língua, isto é, sua elaboração e transformação sóciohistórica. Na busca do entendimento do objeto estudado, percebemos a necessidade de um estudo crítico das orientações educacionais que norteiam os processos de alfabetização e letramento na educação infantil em suas dimensões, local e global, na direção de contribuírem com uma melhor compreensão das situações e contextos vivenciados nessa etapa de ensino. Nesse contexto, a questão de partida está voltada para a perspectiva de entender como as professoras da educação infantil se expressam e compreendem a alfabetização e o letramento. 18

21 É possível observar, que, atualmente, questões envolvendo a alfabetização, o letramento e a educação infantil, são relevantes, de modo a serem palco de fóruns acadêmicos e políticos e na produção de linhas de investigação de teses e dissertações. Em nível de mestrado destacam-se: Ferronatto (2005, UFGRS), Ler o mundo, compreender a palavra: ambiente alfabetizador como espaço de construções sociocognitivas ; Correia (2007, PUC/SP), Letramento, alfabetização e trabalho do professor representados nos PCNs ; Pinto (2009, UFMG), O trabalho docente na educação infantil pública em Belo Horizonte ; Stuepp (2010, FURB), Concepções de alfabetização e letramento: o que dizem os professores formadores ; e Andrade (2011, UNICAMP), Impactos de práticas pedagógicas centradas no letramento em crianças pré-escolares. E no nível de doutoramento apresentam-se: Lucas (2008, USP), Os processos de alfabetização e letramento na educação infantil: contribuições teóricas e concepções de professores ; e Piccoli (2009, UFRGS), Prática pedagógica nos processos de alfabetização e de letramento: análises a partir dos campos da sociologia da linguagem. 1 Na procura por referenciais teóricos que pudessem colaborar com a execução dessa investigação, recorremos às produções cujas discussões se aproximam da literatura específica do interesse da pesquisa, reconhecendo nesse momento do estudo, de acordo com Minayo (2001, p. 53) que: [...] a pesquisa bibliográfica coloca frente a frente os desejos do pesquisador e os autores envolvidos em seu horizonte de interesse. Assim, nesta investigação elegemos as seguintes categorias: alfabetização, letramento, educação infantil e discurso que darão suporte teórico a pesquisa empírica. No levantamento teórico, acerca da categoria alfabetização e letramento recorremos a Ferreiro (1985, 1987, 1988, 1993, 2003), Leite (2010) Ferreiro e Teberosky (1979, 1985), Kato (1986 ), Kleiman (1995), Kramer (1995, 2008, 2010 ), Mortatti (2000, 2004, 2007), Soares (1998, 2001, 2002, 2003, 2004, 2006, 2008, 2010), Teberosky e Colomer (2003), Teberosky e Gallart (2004); Tfouni (1988, 1995, 2010) e Silva (2007). O embasamento teórico sobre a categoria educação infantil foi traçado com base em trabalhos dos seguintes autores: Bujes (2001), Machado (2004), Oliveira (2005), Rosemberg (2002, 2003), Tiriba (2010), Veiga (2005) e Zabalza (1998). 1 No referencial teórico trabalharemos estas investigações. 19

22 A categoria discurso foi baseada na leitura de Fairclough (2001, 2008), Iñiguez (2004), Orlandi (1994, 2005), Dijk (2004) e Henry (1997). No caminho teórico metodológico foi desenvolvida uma pesquisa de caráter quali-quantitativa, descritiva, sob a forma de levantamento de dados, e organizada nas seguintes etapas: pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, obtenção e análise dos dados e produção de texto. A pesquisa de campo foi realizada em seis Escolas Municipais de Educação, que ofertam a primeira etapa de ensino da Educação Básica, a Educação Infantil, localizadas na cidade de Garanhuns-PE, no universo de cem docentes. Como também, de dez docentes que ministram aulas nestas mesmas instituições, que compuseram a amostra desta investigação, delimitando-se entre os docentes do Infantil II, visto que nessa, se configura o maior contato com leitura e escrita. Foram aplicados dois instrumentos de coletas de dados, um questionário adaptado, aplicados aos docentes da educação infantil e uma entrevista semiestruturada, também adaptada, com os professores das instituições. A coleta de dados foi realizada em dezembro de A presente investigação é de cunho teórico aliado à empiria e foi organizada em três capítulos, a introdução e as considerações finais. A norma de referência bibliográfica utilizada foi a APA (American Psychologial Association). No primeiro capítulo, Alfabetização, Letramento e Educação Infantil: uma importante discussão, discorre um diálogo teórico utilizando o quadro histórico e legal, e as definições acerca da alfabetização, do letramento e da educação infantil. Além disso, uma reflexão sobre os conceitos, importância e representatividade do discurso. No segundo capítulo, Processos Metodológicos: desvelando o caminho percorrido, explicita-se a metodologia utilizada na investigação, descrevendo: o tipo de estudo, os sujeitos investigados, o lócus da investigação e os instrumentos utilizados na coleta dos dados, além dos procedimentos de análises dos mesmos. No terceiro capítulo, Apresentação e discussão dos resultados, estão contempladas a exposição e análise dos dados obtidos na pesquisa de campo. Nesse momento, utilizamos para analisar os elementos quantitativos da investigação o Software aplicativo SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) e para os fatores qualitativos a Análise de Discurso através da visão de grandes estudiosos. 20

23 Finalizando, construímos nossas considerações finais a partir dos resultados obtidos em relação aos objetivos propostos, abordando questões relevantes da investigação e reflexões desenvolvidas acerca das relações entre alfabetização, letramento e educação infantil. 21

24 CAPÍTULO I ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO E EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA IMPORTANTE DISCUSSÃO 22

25 CAPÍTULO I: ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO E EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA IMPORTANTE DISCUSSÃO 1.1. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: DOIS PROCESSOS, UMA FINALIDADE Na contemporaneidade, saber utilizar a leitura e a escrita em distintas situações do cotidiano é necessidade indispensável para que qualquer membro da sociedade exerça sua cidadania e para que os níveis social, político e cultural dos indivíduos se desenvolvam. Visto que para Soares (2002, p. 3) [...] os indivíduos ou grupos sociais que dominam o uso da leitura e da escrita e, portanto, têm as habilidades e atitudes necessárias para uma participação ativa e competente em situações em que práticas de leitura e/ou de escrita têm uma função essencial, mantêm com os outros e com o mundo que o cerca formas de interação, atitudes, competências discursivas cognitivas que lhes conferem um determinado e diferenciado estado ou condição de inserção em uma sociedade letrada. A educação, através do ambiente escolar e do docente, em particular, é a principal propiciadora do direito de aprender a ler, escrever e usar-se da leitura e da escrita em diferentes contextos. Mas é importante lembrar segundo Costa (2004, p. 25) [...] frequentar uma escola não garante, por si só, o desenvolvimento ou a aquisição de competência em muitas ou em todas as práticas sociais de oralidade, leitura ou escrita. As discussões e conceitos em torno da alfabetização e do letramento fazem parte da história do processo ensino-aprendizagem da leitura e da escrita presentes na fase inicial de escolarização, principalmente através dos problemas e das dificuldades que as instituições escolares enfrentam para proporcionar um ensino da leitura e da escrita de qualidade aos seus estudantes, e para levá-los ao uso adequado dessas capacidades em práticas sociais. Observando a relevância e influência da alfabetização, do letramento e da educação infantil no desenvolvimento da sociedade, as investigações e produções acadêmicas passaram a se interessar pela temática e a produzirem pesquisas em nível de mestrado e doutorado. Nas quais podemos citar algumas periodizando de 2005 a 2011: Ferronatto (2005), Correia (2007), Lucas (2008), Piccoli (2009), Pinto (2009), Stuepp (2010) e Andrade (2011). 23

26 Ferronatto (2005) aborda o desenvolvimento de estruturas sociocognitivas de sujeitos ao decorrer do processo de alfabetização, aliando esta a tecnologia para evidenciá-las como desencadeadores de aprendizagem dos sujeitos. Fala também, sobre os conceitos de alfabetização e letramento como equivalentes, uma vez que buscou aproximar os indivíduos do mundo no qual estão introduzidos, podendo assim interagir numa sociedade letrada e permeada por tecnologia. Correia (2007) em sua pesquisa busca verificar como a questão do letramento e da alfabetização é abordada nos Parâmetros Curriculares Nacionais PCN e como se dá a representação da atividade do professor em relação a estes processos. Realça ainda, a importância de "alfabetizar letrando", uma vez que apesar dos estudantes serem considerados detentores da técnica da escrita e da leitura, grande parte não sabe utilizá-las nas distintas circunstâncias sociais em que elas se tornam imprescindíveis. Lucas (2008), em sua pesquisa de doutoramento, investiga a compreensão dos professores de educação infantil quanto às orientações teóricas e metodológicas produzidas pela produção bibliográfica sobre alfabetização e letramento, direcionadas para este nível de ensino e a dificuldade encontrada pelos docentes em legitimar suas práticas, no âmbito teórico e metodológico, voltadas para tais processos. Piccoli (2009) em seu estudo de doutoramento reitera, dentre outros aspectos, a necessidade de variadas metodologias para o ensino da leitura e da escrita, evidenciando a importância da intervenção pedagógica do professor, nos processos de alfabetização e de letramento para possibilitar a aprendizagem das crianças, tendo como ponto de partida os conhecimentos dos estudantes para se alcançar à forma convencional de leitura e escrita. Pinto (2009) apresenta como marco de investigação, em sua dissertação, a importância da educação infantil, a compreensão e a análise das condições em que se realiza o trabalho docente desta etapa da educação básica e o perfil profissional e sociodemográfico dos educadores, grandes responsáveis pelas condições reais de aprendizagem de seus educandos. Stuepp (2010) constrói seu estudo voltado para a compreensão dos conceitos de alfabetização e de letramento, que fazem parte das falas dos professores formadores e para entender os discursos que estão em volta desses temas na 24

27 formação inicial de professores que iram atuar na educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental. Andrade (2011, p. 5) aborda a escrita na educação infantil, segundo a perspectiva do letramento, utilizando-se de estudos da abordagem histórico-cultural e dos processos de alfabetização e letramento. Aponta também, as mudanças significativas nas concepções de escrita e de alfabetização, destacando a superação do modelo tradicional de alfabetização que defende a escrita como um código de transcrição da fala, uma vez que é imprescindível, também, fazer uso do mesmo de acordo com as necessidades individuais e da sociedade. Este autor afirma que [...] cabe à educação infantil possibilitar às crianças a participação no mundo da escrita, envolvendo-as em práticas sociais de leitura e escrita A escola segundo Kato (1986, p. 7), é a responsável direta pela introdução da criança no mundo da leitura e da escrita, na função de torná-la um cidadão funcionalmente letrado capaz de [...] fazer uso da linguagem escrita para sua necessidade individual de crescer cognitivamente e para atender às várias demandas de uma sociedade que prestigia esse tipo de linguagem como um dos instrumentos de comunicação. Assumir a temática da alfabetização, como aprendizagem inicial da leitura e da escrita, não é atual. Mesmo porque, no Brasil, este posicionamento está presente desde o surgimento das primeiras escolas. Contudo, considerar a alfabetização e refletir sobre ela no ponto de vista do letramento, para obter uma aprendizagem significativa, é atual no país. Há um avanço na discussão teórica sobre a aquisição da leitura e escrita. Hoje, a alfabetização é um tema que faz parte de estudos e reflexões de vários campos do conhecimento, como: psicologia, sociologia, história da educação, linguística, psicolinguística, entre outros. Existe também uma produção acadêmica sobre o assunto, tanto quantitativa quanto qualitativa, apontando direcionamentos, debates e conceitos, além de levantar e introduzir em discussão vários pontos da questão. Sobre a temática, são encontrados diversos autores que darão suporte teórico sobre as teorias e as práticas de leitura e escrita nos processos de alfabetização e letramento e da relevância da educação infantil no âmbito da abordagem do discurso. 25

28 Neste capítulo trabalharemos as categorias, eleitas para esta pesquisa, alfabetização e letramento, educação infantil e discurso. As leituras foram embasadas em estudiosos como: Ferreiro (1985, 1987, 1988, 1993, 2003), Leite (2010) Ferreiro e Teberosky (1979, 1985), Kato (1986 ), Kleiman (1995), Kramer (1995, 2008, 2010 ), Mortatti (2000, 2004, 2007), Soares (1998, 2001, 2002, 2003, 2004, 2006, 2008, 2010), Teberosky e Colomer (2003), Teberosky e Gallart (2004); Tfouni (1988, 1995, 2010), Silva (2007), Bujes (2001), Machado (2004), Oliveira (2005), Rosemberg (2002, 2003), Tiriba (2010), Veiga (2005), Zabalza (1998), Fairclough (2001, 2008), Iñiguez (2004), Orlandi (1994, 2005), Dijk (2004) e Henry (1997), entre outros Educação: da alfabetização ao letramento A alfabetização, ao longo da história, tem se firmado e apresentado como uma dificuldade social, um empecilho, uma barreira de complexa resolução, mas que ao mesmo tempo pode ser superada, dependendo da visão e importância dada. Kramer (2010, p.14) acredita: [...] na convicção que assegurar alfabetização, leitura e escrita precisa ser parte de um projeto de sociedade que vise à democracia e à justiça social. Isso requer, de um lado, um sólido projeto de desenvolvimento econômico e, de outro, uma política de emancipação cultural com alternativas desdobradas dentro e fora da escola. Uma política cultural efetiva é disso que necessitamos, para garantir o acesso de todos à ciência e a cultura, historicamente, produzidas por todos. (...) tal política exige a criação e a manutenção de espaços democráticos de produção de disseminação da arte, nas diversas manifestações, e do conhecimento científico nas várias áreas do saber. A origem da expressão alfabetização constitui a aquisição do sistema alfabético, ou seja, é adquirir as habilidades de escrever e ler, apoiando-se na aprendizagem do sistema de escrita ou da tecnologia da escrita. A alfabetização nessa definição está inserida no enfoque tradicional, que para Mizukami (apud MOLL, 2009, p. 83) apresenta como principais características: [...] - o homem é um ser passivo, receptor de informações prontas que lhe permitirão adaptar-se ao mundo em que vive; - a realidade é um dado objetivo e externo que será transmitido principalmente pelo processo de educação formal; - o conhecimento tem um caráter cumulativo, no qual a inteligência desempenha o papel de armazenar informações; 26

29 - a educação é entendida como instrução e caracterizada como transmissão de conhecimentos, restrita à ação da escola; - a escola é um ambiente físico austero, onde a sala de aula funciona como agência sistematizadora de uma cultura complexa; - a aprendizagem é instrução e fixação de conhecimentos, conteúdos e informações; - a relação professor-aluno é vertical, representando primeiro o poder decisório; - as relações sociais são praticamente suprimidas, acentuando-se o contato do aluno com os modelos culturais; - a metodologia é caracterizada pela transmissão do patrimônio cultural e efetiva-se em aulas expositivas; - a avaliação é a medida exata da reprodução, pelo aluno, das informações fornecidas pelo professor. [...] De forma restrita o vocábulo alfabetização, no pensamento tradicional, foi empregado e é por muitos como uma forma de distinção entre os grupos letrados e os não-letrados nas sociedades atuais. Assim o cidadão alfabetizado/letrado seria aquele que dominasse um conjunto de sinais gráficos e tivesse capacidade de reduzi-lo a um código, escrevendo-o em linguagem clara e comum. Isto é, [...] desenvolveu e usa uma capacidade metalinguística em relação à linguagem. É alfabetizado porque é capaz de distinguir palavras, sílabas, morfemas, grafemas, etc., numa visão cenêmica do processo (COSTA, 2004, p. 24). Dentro deste contexto, para Scribner e Cole (1981) e Tfouni (1988), seria alfabetizado o indivíduo que através de uma aptidão individual, simplesmente controlasse códigos como o alfabético e o numérico, estudados na escola, uma vez que: [...] demonstrando essa capacidade/competência, ele é promovido e obtém sucesso, tanto na escola como na sociedade, onde o domínio da escrita é condição básica para a ascensão social e acesso aos bens (emprego, salário, consumo) que a sociedade moderna oferece. Ser letrado seria, pois, possuir um instrumento de poder e controle: a escrita (COSTA, 2004, p. 24). O desenvolvimento da alfabetização depende, primordialmente, do modo como ela é concebida e estudada. Neste sentido Weiz (1999, p. 8) evidencia que: [...] a questão crucial da alfabetização inicial é de natureza conceitual. Isto é, a mão que escreve e o olho que lê estão sob o comando de um cérebro que pensa sobre a escrita que existe em seu meio social e com a qual toma contato através da sua própria participação em atos que envolvem o ler ou o escrever, em práticas sociais mediadas pela escrita. 27

30 Contribuindo Soares (2004a, p. 11) assegura ser a [...] alfabetização o processo de aquisição do sistema convencional de uma escrita alfabética e ortográfica. Esse processo, segundo a autora, organiza-se a partir de um conjunto de disposições naturais, propósitos e costumes que faz do processo um fenômeno difícil, que apresenta como componentes essenciais ao seu funcionamento: o vocabulário, a consciência fonêmica (relações fonema-grafema), a fluência na leitura e a compreensão. Na concepção de Ferreiro (1985), ao versar sobre o processo de obtenção da leitura e escrita, esclarece que a escrita pode ser explicitada de formas distintas, segundo o modo que a considera, influenciando os resultados pedagógicos. A escrita pode ser analisada como uma representação da linguagem ou como um código de transcrição gráfica dos sons das palavras. Esta autora acresce ainda que: [...] se a escrita é concebida como um código de transcrição, sua aprendizagem é concebida como a aquisição de uma técnica; se a escrita é concebida como um sistema de representação, compreensão de significados, sua aprendizagem se converte na apropriação de um novo objeto de conhecimento, ou seja, uma aprendizagem conceitual (FERREIRO, 1985, p. 9). Soares (2004a) evidencia em seus estudos, as relações entre alfabetização e letramento, demonstrando, historicamente, a restrição do conceito de alfabetização, isto é, apenas uma transcrição de fonemas em grafemas e grafemas em fonemas. Durante muito tempo, debateram-se quais métodos eram mais competentes: se os sintéticos que iniciam o estudo da letra, da ligação letra-som, ou da sílaba, para abordar à palavra, ou os analíticos, também intitulados globais que partem de partes maiores da língua, como o conto, a oração ou a frase. Em contribuição Braslavsky (1971) deu o nome de querela dos métodos a este conjunto de processos metodológicos, vivenciados com grande força nos anos de 1950 e 1960 e que se orientavam, sobretudo pelos resultados de pesquisas norte-americanos. Flesch (1995), ao contrário das ideias e julgamentos dos ambientes educacionais com maior grau de avanço, apontou o método fônico enquadrado no grupo dos sintéticos como o mais perfeito para ensinar a ler e a escrever, e os analíticos ou globais os responsáveis pelo fracasso, em leitura e escrita, das crianças. Com semelhante pensamento Chall (1967), autora de um extenso estudo comparativo sobre os efeitos dos métodos no período de 1910 a 1965, é favorável aos métodos fônicos por confiar que eles proporcionavam 28

31 positivos resultados com as crianças das famílias de baixo poder aquisitivo. Pois, ao tornar amplos esses métodos, [...] o professor dirige a atenção da criança para a dimensão sonora da língua, isto é, para o fato de que as palavras, além de terem um ou mais significados, são formadas por sons, denominados fonemas. Fonemas são unidades mínimas de sons da fala, representados na escrita pelas letras do alfabeto. Ensina-se o aluno a produzir oralmente os sons representados pelas letras e a uni-los (ou melhor dizendo, fundi-los) para formar as palavras. Parte-se de palavras curtas, formadas por apenas dois sons representados por duas letras, para depois estudar palavras de três letras ou mais. A ênfase é ensinar a decodificar os sons da língua, na leitura, e a codificá-los, na escrita (CARVALHO, 2010, p. 24). Os processos ecléticos ou mistos, chamados analítico-sintéticos, apareceram como forma de evolução e desenvolvimento dos métodos sintéticos e analíticos. Estes apostam na combinação dos aspectos de ambos os enfoques teóricos, ou seja, realçar a apreensão do escrito [...] desde a alfabetização inicial, como é próprio dos métodos analíticos ou globais, e paralelamente identificar os fonemas e explicitar sistematicamente as relações entre letras e sons, como ocorre nos métodos fônicos (CARVALHO, 2010, p. 24). Para Carvalho (2010, p. 18), em resumo, as atividades metodológicas sintáticas se apresentam em forma de soletração, silabação e métodos fônicos. A palavração, sentenciação e método de contos fazem parte da categoria dos métodos analíticos. Ainda segundo a autor, [...] ao longo do tempo, foram sendo criadas centenas de variações em torno de métodos tradicionais. Autores propõem que as letras, ou os sons que as letras representam, sejam associados a personagens de histórias, a cores, a desenhos, a gestos ou a canções. Cartilhas e pré-livros a cada ano lançam inovações em matéria de história, personagens, vocabulário e exercícios. Em diferentes contextos, muitos desses métodos foram experimentados e obtiveram desiguais resultados. De acordo com Smith (1999), todos os métodos, por mais estranhos que se mostrem, são eficientes com alguns estudantes, mas nenhum totalmente eficaz. Nas palavras do autor, são circunstâncias essenciais para a aprendizagem da leitura: [...] 1) a disponibilidade de material interessante que faça sentido para o aluno; 2) a orientação de um leitor mais experiente e compreensivo como um guia [...] (SMITH, 1999, p. 12). No Brasil, prevaleceu por um considerável período à discussão sobre a força dos métodos de alfabetização, que se mostravam incapazes de contornar qualquer 29

32 situação de fracasso, pois se pautavam apenas em uma aprendizagem ligada a associação e a memorização das correspondências fonográficas ignorando assim, a importância de a criança desenvolver a sua percepção do funcionamento do sistema alfabético e de saber utilizá-lo em situações reais de comunicação. Pois de acordo com Marcuschi (1996, p. 72) [...] a língua é uma atividade constitutiva com a qual podemos construir sentidos; é uma forma cognitiva com a qual podemos expressar nossos sentidos, ideias, ações e representar o mundo. O término dos anos de 1970 e início dos anos de 1980 foram marcados pelos grandes números de reprovações e pelas críticas aos métodos de alfabetização sintéticos e analíticos usados neste período. Mortatti (2000; 2007), relata que o sentido aferido à alfabetização está relacionado ao momento histórico que se vive. Sintetizando assim, três importantes momentos: [...] o primeiro momento (1876 a 1890) caracteriza-se pela disputa entre os partidários do novo método da palavração e os dos antigos métodos sintéticos (alfabético, fônico, silábico); o segundo momento (1890 a meados dos anos de 1920), pela disputa entre defensores do novo método analítico e dos antigos métodos sintéticos; o terceiro momento (meados da década de 1920 a final da de 1970), pelas disputas entre defensores dos antigos métodos de alfabetização e os novos testes ABC para verificação da maturidade necessária ao aprendizado da leitura e escrita, de que decorre a introdução dos novos métodos mistos (MORTATTI, 2007, p. 156). A alfabetização a partir de 1980 passou por inúmeros questionamentos, buscando-se novas compreensões, fundamentados em estudos no campo da psicologia cognitiva e da psicolinguística que apresentavam a importância de entender e usar o processo de alfabetização, prevenindo desde o seu início problemas com a ampliação do significado do aprender a ler e escrever. Evitando ainda, a inserção tanto da criança quanto do adulto no mundo da leitura e escrita de forma que venha a controlar e regular o exercício da cidadania. Assim, segundo Soares (2003, 59) procura-se camuflar: [...] sob o pretenso alfabetizado, aquele que, embora tenha aprendido a ler e escrever, não se apropriou verdadeiramente da leitura e da escrita como bem simbólico de uso político, social e cultural, não se integrou realmente na cultura letrada: ao povo tem-se permitido que aprenda a ler e escrever, não se lhe tem permitido que se torne leitor e produtor de textos. Ao contrário das práticas tradicionais de ensino, a autora menciona que o letramento alerta os educadores para a dimensão social dessa aprendizagem e para as capacidades de leitura e escrita, admitindo novas perspectivas para lidar com a 30

33 alfabetização e o analfabetismo no país. E ainda, proporciona oportunidades para os indivíduos cultivarem os hábitos de leitura e escrita e responder as exigências da cultura, inserindo-se criticamente na sociedade, passando a alfabetização a abranger além da questão pedagógica, o aspecto político (SOARES, 2003). Neste sentido, letramento visa um conjunto de práticas de leitura e escrita e está além do simples ler e escrever, pois implica saber utilizar a aprendizagem desenvolvida com frequência e capacidade, no âmbito individual e social. Para Soares (2003 apud SILVA, 2007, p. 8), [...] avançamos no próprio conceito. Inventamos a palavra e o conceito de letramento, desinventamos a alfabetização, reinventamos a alfabetização (...) O conceito de letramento imbrica-se no conceito de alfabetização e viceversa, são processos com dimensões, facetas, naturezas diversas, mas também interdependentes, indissociáveis. Colabora Tfouni (1988) ao evidenciar, também, as características da alfabetização e do letramento relata ser a alfabetização a aquisição da escrita pelo aprendiz, ou grupo de aprendizes e o letramento a aquisição de um sistema escrito por uma sociedade. Ao comparar alfabetização e letramento, enfatiza o individualismo da primeira e a atitude social do segundo, mesmo porque: [...] a alfabetização refere-se à aquisição da escrita enquanto aprendizagem de habilidades para leitura, escrita e as chamadas práticas de linguagem. Isto é levado a efeito, em geral, por meio do processo de escolarização e, portanto, da instrução formal. A alfabetização pertence, assim, ao âmbito do individual. O letramento, por sua vez, focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição da escrita. Entre outros casos, procura estudar e descrever o que ocorre nas sociedades quando adotam um sistema de escritura de maneira restrita ou generalizada; procura ainda saber quais psicossociais substituem as práticas letradas em sociedades ágrafas (TFOUNI, 1995, p. 9). Em evidência Soares (1998, p. 38) apresenta o letramento como decorrência do ato de "letrar-se", ou seja, é a situação ou qualidade que o ser humano ou grupo social "[...] desempenha as práticas de leitura e escrita, participa de acontecimentos que abrangem a leitura e a escrita e recebe as implicações das práticas e episódios de letramento ou letramentos". Esse nível ou condição daquele que [...] exerce as práticas sociais ou participa de eventos de leitura e de escrita é parte integrante da interação entre pessoas e do processo de interpretação dessa interação (COSTA, 2004, p. 27). Nessa acepção, um sujeito letrado é o [...] indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa 31

DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PIBID

DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PIBID DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PIBID BARROS, Raquel Pirangi. SANTOS, Ana Maria Felipe. SOUZA, Edilene Marinho de. MATA, Luana da Mata.. VALE, Elisabete Carlos do.

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID

UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID Michele Dalzotto Garcia Acadêmica do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Centro- Oeste/Irati bolsista do PIBID CAPES Rejane Klein Docente do

Leia mais

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Grupo Acadêmico Pedagógico - Agosto 2010 O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) expressa os fundamentos filosóficos,

Leia mais

Profa. Ma. Adriana Rosa

Profa. Ma. Adriana Rosa Unidade I ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Profa. Ma. Adriana Rosa Ementa A teoria construtivista: principais contribuições, possibilidades de trabalho pedagógico. Conceito de alfabetização: história e evolução.

Leia mais

CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA

CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias novembro/2011 página 1 CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA Elba Siqueira de Sá Barretto: Os cursos de Pedagogia costumam ser muito genéricos e falta-lhes um

Leia mais

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização Juliana Ferreira Universidade Estadual Paulista UNESP- Araraquara E-mail: juliana.ferreiraae@gmail.com Silvio Henrique

Leia mais

O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA UM DEBATE

O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA UM DEBATE 689 O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA UM DEBATE Ana Paula Reis de Morais 1 Kizzy Morejón 2 RESUMO: Este estudo traz os resultados de uma pesquisa de campo realizada em uma escola pública

Leia mais

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 0 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Renato da Guia Oliveira 2 FICHA CATALOGRÁFICA OLIVEIRA. Renato da Guia. O Papel da Contação

Leia mais

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM Resumo Gisele Gomes Avelar Bernardes- UEG 1 Compreendendo que a educação é o ponto chave

Leia mais

A EXPLORAÇÃO DE SITUAÇÕES -PROBLEMA NA INTRODUÇÃO DO ESTUDO DE FRAÇÕES. GT 01 - Educação Matemática nos Anos Iniciais e Ensino Fundamental

A EXPLORAÇÃO DE SITUAÇÕES -PROBLEMA NA INTRODUÇÃO DO ESTUDO DE FRAÇÕES. GT 01 - Educação Matemática nos Anos Iniciais e Ensino Fundamental A EXPLORAÇÃO DE SITUAÇÕES -PROBLEMA NA INTRODUÇÃO DO ESTUDO DE FRAÇÕES GT 01 - Educação Matemática nos Anos Iniciais e Ensino Fundamental Adriele Monteiro Ravalha, URI/Santiago-RS, adrieleravalha@yahoo.com.br

Leia mais

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula INTRODUÇÃO Josiane Faxina Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Câmpus Bauru e-mail: josi_unesp@hotmail.com

Leia mais

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO.

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014 Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. RESUMO Adriana Vieira de Lima Colégio Marista Arquidiocesano

Leia mais

AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO-CURRICULAR, ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E DOS PLANOS DE ENSINO 1

AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO-CURRICULAR, ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E DOS PLANOS DE ENSINO 1 AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO-CURRICULAR, ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E DOS PLANOS DE ENSINO 1 A avaliação da escola é um processo pelo qual os especialistas (diretor, coordenador pedagógico) e os professores

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

LURDINALVA PEDROSA MONTEIRO E DRª. KÁTIA APARECIDA DA SILVA AQUINO. Propor uma abordagem transversal para o ensino de Ciências requer um

LURDINALVA PEDROSA MONTEIRO E DRª. KÁTIA APARECIDA DA SILVA AQUINO. Propor uma abordagem transversal para o ensino de Ciências requer um 1 TURISMO E OS IMPACTOS AMBIENTAIS DERIVADOS DA I FESTA DA BANAUVA DE SÃO VICENTE FÉRRER COMO TEMA TRANSVERSAL PARA AS AULAS DE CIÊNCIAS NO PROJETO TRAVESSIA DA ESCOLA CREUSA DE FREITAS CAVALCANTI LURDINALVA

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES Regina Luzia Corio de Buriasco * UEL reginaburiasco@sercomtel.com.br Magna Natália Marin Pires* UEL magna@onda.com.br Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino*

Leia mais

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 CAMPUS CARAGUATUBA CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 PROFESSOR: ANDRESSA MATTOS SALGADO-SAMPAIO ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO

Leia mais

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA Maria Ignez de Souza Vieira Diniz ignez@mathema.com.br Cristiane Akemi Ishihara crisakemi@mathema.com.br Cristiane Henriques Rodrigues Chica crischica@mathema.com.br

Leia mais

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS RESUMO Juliana Candido QUEROZ (Bolsista) 1 ; Natália SILVA (Bolsista) 2, Leila BRUNO (Supervisora) 3 ; Sinval Martins S. FILHO (Coordenador)

Leia mais

DISCURSOS SOBRE ALFABETIZAÇÃO DENTRO DO CONTEXTO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA

DISCURSOS SOBRE ALFABETIZAÇÃO DENTRO DO CONTEXTO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA 1 DISCURSOS SOBRE ALFABETIZAÇÃO DENTRO DO CONTEXTO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA Lilian Simone Leal Machado URZEDO 1, Rosely Ribeiro LIMA 2 (UFG/CAJ) lilianmachadoinove@hotmail.com

Leia mais

REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DE ENSINO EM UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA A DISTÂNCIA

REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DE ENSINO EM UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA A DISTÂNCIA REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DE ENSINO EM UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA A DISTÂNCIA Telma Aparecida de Souza Gracias Faculdade de Tecnologia Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP telmag@ft.unicamp.br

Leia mais

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE Bruna Cardoso Cruz 1 RESUMO: O presente trabalho procura conhecer o desempenho profissional dos professores da faculdade

Leia mais

Currículo e tecnologias digitais da informação e comunicação: um diálogo necessário para a escola atual

Currículo e tecnologias digitais da informação e comunicação: um diálogo necessário para a escola atual Currículo e tecnologias digitais da informação e comunicação: um diálogo necessário para a escola atual Adriana Cristina Lázaro e-mail: adrianaclazaro@gmail.com Milena Aparecida Vendramini Sato e-mail:

Leia mais

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NUMA ESCOLA DO CAMPO

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NUMA ESCOLA DO CAMPO eliane.enaile@hotmail.com Introdução Nos últimos anos, as reflexões realizadas sobre a alfabetização têm mostrado que a aquisição da escrita é um processo complexo e multifacetado. Nesse processo, considera

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE ALMEIDA 1, Leonardo Rodrigues de SOUSA 2, Raniere Lima Menezes de PEREIRA

Leia mais

Centro de Estudos Avançados em Pós Graduação e Pesquisa

Centro de Estudos Avançados em Pós Graduação e Pesquisa EDUCAÇÃO INFANTIL JUSTIFICATIVA O momento social, econômico, político e histórico em que vivemos está exigindo um novo perfil de profissional, de cidadão: informado, bem qualificado, crítico, ágil, criativo,

Leia mais

A ARTE NA FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL: EM BUSCA DE UMA PRAXE TRANSFORMADORA

A ARTE NA FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL: EM BUSCA DE UMA PRAXE TRANSFORMADORA A ARTE NA FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL: EM BUSCA DE UMA PRAXE TRANSFORMADORA Sumaya Mattar Moraes Mestranda na Área de Linguagem e Educação da FEUSP Esta pesquisa coloca em pauta

Leia mais

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior INTRODUÇÃO O que é pesquisa? Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. INTRODUÇÃO Minayo (1993, p. 23), vendo por

Leia mais

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE Adriele Albertina da Silva Universidade Federal de Pernambuco, adrielealbertina18@gmail.com Nathali Gomes

Leia mais

PEDAGOGIA HOSPITALAR: as politícas públicas que norteiam à implementação das classes hospitalares.

PEDAGOGIA HOSPITALAR: as politícas públicas que norteiam à implementação das classes hospitalares. PEDAGOGIA HOSPITALAR: as politícas públicas que norteiam à implementação das classes hospitalares. Marianna Salgado Cavalcante de Vasconcelos mary_mscv16@hotmail.com Jadiel Djone Alves da Silva jadieldjone@hotmail.com

Leia mais

ISSN: 1981-3031 ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO E EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE GARANHUNS: Uma importante discussão

ISSN: 1981-3031 ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO E EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE GARANHUNS: Uma importante discussão ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO E EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE GARANHUNS: Uma importante discussão RESUMO Kacilândia Cesário Gomes Pedroza 1 Maria das Graças Andrade Ataíde de Almeida 2 Maria de Lourdes

Leia mais

PROFESSORES DE CIÊNCIAS E SUAS ATUAÇÕES PEDAGÓGICAS

PROFESSORES DE CIÊNCIAS E SUAS ATUAÇÕES PEDAGÓGICAS PROFESSORES DE CIÊNCIAS E SUAS ATUAÇÕES PEDAGÓGICAS PIAIA, Thaís; RICHTER, Luciana Iniciação Científica - Curso de Ciências Biológicas financiado pelo Programa PEIPSM/UFSM Universidade Federal de Santa

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações para a elaboração do projeto escolar

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações para a elaboração do projeto escolar MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MÉDIA E TECNOLÓGICA Coordenação-Geral de Ensino Médio Orientações para a elaboração do projeto escolar Questões norteadoras: Quais as etapas necessárias à

Leia mais

2.5 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

2.5 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 2.5 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Para que a Educação Infantil no município de Piraquara cumpra as orientações desta Proposta Curricular a avaliação do aprendizado e do desenvolvimento da criança, como

Leia mais

Como mediador o educador da primeira infância tem nas suas ações o motivador de sua conduta, para tanto ele deve:

Como mediador o educador da primeira infância tem nas suas ações o motivador de sua conduta, para tanto ele deve: 18. O papel do profissional na ação educativa da creche Segundo o RCNEI (1998), o profissional da educação infantil trabalha questões de naturezas diversas, abrangendo desde cuidados básicos essenciais

Leia mais

O ORIENTADOR FRENTE À INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIENCIA NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO

O ORIENTADOR FRENTE À INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIENCIA NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO O ORIENTADOR FRENTE À INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIENCIA NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO Flávia Fernanda Vasconcelos Alves Faculdades Integradas de Patos FIP flaviavasconcelos.edu@hotmail.com INTRODUÇÃO Observa-se

Leia mais

CURSO PREPARATÓRIO PARA PROFESSORES. Profa. M. Ana Paula Melim Profa. Milene Bartolomei Silva

CURSO PREPARATÓRIO PARA PROFESSORES. Profa. M. Ana Paula Melim Profa. Milene Bartolomei Silva CURSO PREPARATÓRIO PARA PROFESSORES Profa. M. Ana Paula Melim Profa. Milene Bartolomei Silva 1 Conteúdo: Concepções Pedagógicas Conceitos de Educação; Pedagogia; Abordagens Pedagógicas: psicomotora, construtivista,

Leia mais

111 ENSINO FUNDAMENTAL

111 ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO FUNDAMENTAL 111 A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS NO MUNICÍPIO 112 O Sistema Público Municipal de Ensino de Viana, acompanhando as mudanças educacionais de ordem político-pedagógica

Leia mais

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: relação de interdependência e indissociabilidade

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: relação de interdependência e indissociabilidade ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: relação de interdependência e indissociabilidade Kacilândia Cesário Gomes Pedroza¹, Joseane Fátima de Almeida Araújo, Maria de Lourdes Pereira do Amaral

Leia mais

DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PROFESSORES E ALUNOS DA EJA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA

DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PROFESSORES E ALUNOS DA EJA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA 27 a 30 de Agosto de 2014. DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PROFESSORES E ALUNOS DA EJA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA Resumo: MACHADO, Diana dos Santos 1 Ifes - Campus Cachoeiro de Itapemirim

Leia mais

CONSTITUINDO REFERENCIAIS TEÓRICO-METODOLÓGICOS: CONTRIBUIÇÕES DO PIBID PARA O TRABALHO COM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

CONSTITUINDO REFERENCIAIS TEÓRICO-METODOLÓGICOS: CONTRIBUIÇÕES DO PIBID PARA O TRABALHO COM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CONSTITUINDO REFERENCIAIS TEÓRICO-METODOLÓGICOS: CONTRIBUIÇÕES DO PIBID PARA O TRABALHO COM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Bruna Mendes Muniz 1 Gislaine Aparecida Puton Zortêa 2 Jéssica Taís de Oliveira Silva

Leia mais

A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA EDUCAÇÃO BIOLÓGICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA EDUCAÇÃO BIOLÓGICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA EDUCAÇÃO BIOLÓGICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Maria José Rodrigues de Farias Universidade Estadual da Paraíba lyarodriguesbio@gmail.com Introdução Atualmente os modelos

Leia mais

Pedagogia Estácio FAMAP

Pedagogia Estácio FAMAP Pedagogia Estácio FAMAP # Objetivos Gerais: O Curso de Graduação em Pedagogia da Estácio FAMAP tem por objetivo geral a formação de profissionais preparados para responder às diferenciadas demandas educativas

Leia mais

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias novembro/2011 página 1 UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Claudia Davis: É preciso valorizar e manter ativas equipes bem preparadas

Leia mais

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia Eixo temático 1: Fundamentos e práticas educacionais Telma Sara Q. Matos 1 Vilma L. Nista-Piccolo 2 Agências Financiadoras: Capes / Fapemig

Leia mais

ORGANIZAÇÃO DE ESPAÇO FÍSICO NA CRECHE ( os cantinhos ), que possibilitou entender o espaço como aliado do trabalho pedagógico, ou seja, aquele que

ORGANIZAÇÃO DE ESPAÇO FÍSICO NA CRECHE ( os cantinhos ), que possibilitou entender o espaço como aliado do trabalho pedagógico, ou seja, aquele que Introdução A formação continuada iniciou-se com um diagnóstico com os profissionais que atuam nos Centros de Educação Infantil do nosso município para saber o que pensavam a respeito de conceitos essenciais

Leia mais

TEMA: O LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA

TEMA: O LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA TEMA: O LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA RESUMO Os educadores têm se utilizado de uma metodologia Linear, que traz uma característica conteudista; É possível notar que o Lúdico não se limita

Leia mais

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA Bruna Tayane da Silva Lima; Eduardo Gomes Onofre 2 1 Universidade Estadual

Leia mais

A Educação Bilíngüe. » Objetivo do modelo bilíngüe, segundo Skliar:

A Educação Bilíngüe. » Objetivo do modelo bilíngüe, segundo Skliar: A Educação Bilíngüe Proposta de educação na qual o bilingüismo atua como possibilidade de integração do indivíduo ao meio sociocultural a que naturalmente pertence.(eulália Fernandes) 1 A Educação Bilíngüe»

Leia mais

Curso: Pedagogia ( 1 ª Licenciatura) I Bloco. Fundamentos Epistemológicos de Pedagogia 60 horas

Curso: Pedagogia ( 1 ª Licenciatura) I Bloco. Fundamentos Epistemológicos de Pedagogia 60 horas Curso: Pedagogia ( 1 ª Licenciatura) I Bloco Fundamentos Epistemológicos de Pedagogia 60 horas Metodologia Científica 60 horas História da Educação 60 horas Sociologia da Educação I 60 horas Filosofia

Leia mais

Faculdade de Alta Floresta - FAF REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE PEDAGOGIA DA FACULDADE DE ALTA FLORESTA - FAF

Faculdade de Alta Floresta - FAF REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE PEDAGOGIA DA FACULDADE DE ALTA FLORESTA - FAF REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE PEDAGOGIA DA FACULDADE DE ALTA FLORESTA - FAF Alta Floresta/2011 Sumário DA FINALIDADE E DA COORDENAÇÃO 03 DOS OBJETIVOS 04 DO CURRÍCULO E DA CARGA HORÁRIA

Leia mais

OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: 184 Parábola Editorial, 2010.

OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: 184 Parábola Editorial, 2010. Resenha OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: 184 Parábola Editorial, 2010. Leticia Macedo Kaeser * leletrasufjf@gmail.com * Aluna

Leia mais

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO ROSINALDO PANTOJA DE FREITAS rpfpantoja@hotmail.com DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO RESUMO: Este artigo aborda o Projeto político pedagógico e também

Leia mais

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA Autores: FIGUEIREDO 1, Maria do Amparo Caetano de LIMA 2, Luana Rodrigues de LIMA 3, Thalita Silva Centro de Educação/

Leia mais

Padrões de Competências para o Cargo de Professor Alfabetizador

Padrões de Competências para o Cargo de Professor Alfabetizador Padrões de Competências para o Cargo de Professor Alfabetizador Alfabetização de Crianças O Professor Alfabetizador é o profissional responsável por planejar e implementar ações pedagógicas que propiciem,

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS 1. EMENTA Paradigmas de Organização Escolar: pressupostos teóricos e práticos. Administração/gestão escolar: teorias e tendências atuais no Brasil. A escola concebida e organizada a partir das Diretrizes

Leia mais

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG).

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG). ANÁLISE DAS CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL E EDUCAÇÃO FÍSICA PRESENTES EM UMA INSTITUIÇÃO FILÁNTROPICA E MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA CIDADE DE GOIÂNIA/GO CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de

Leia mais

ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL DOS GRADUANDOS DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL DOS GRADUANDOS DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL DOS GRADUANDOS DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA Wanderlânyo de Lira Barboza * Emmanuel De Sousa Fernandes Falcão ** Resumo: O presente trabalho aborda reflexões

Leia mais

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Pensar na realidade é pensar em transformações sociais. Atualmente, temos observado os avanços com relação à

Leia mais

A PRÁTICA DE MONITORIA PARA PROFESSORES EM FORMAÇÃO INICIAL DE LÍNGUA INGLESA DO PIBID

A PRÁTICA DE MONITORIA PARA PROFESSORES EM FORMAÇÃO INICIAL DE LÍNGUA INGLESA DO PIBID A PRÁTICA DE MONITORIA PARA PROFESSORES EM FORMAÇÃO INICIAL DE LÍNGUA INGLESA DO PIBID Victor Silva de ARAÚJO Universidade Estadual da Paraiba sr.victorsa@gmail.com INTRODUÇÃO A monitoria é uma modalidade

Leia mais

Propostas de atividades para alfabetização e letramento (origem da escrita e do mundo letrado)

Propostas de atividades para alfabetização e letramento (origem da escrita e do mundo letrado) Propostas de atividades para alfabetização e letramento (origem da escrita e do mundo letrado) Viviane Martins Barbosa de Faria Propostas de atividades para alfabetização e letramento (origem da escrita

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

Aprendizagem da Matemática: um estudo sobre Representações Sociais no curso de Administração

Aprendizagem da Matemática: um estudo sobre Representações Sociais no curso de Administração Aprendizagem da Matemática: um estudo sobre Representações Sociais no curso de Administração Eixo temático 2: Formação de professores e cultura digital SALERNO, Daniela Prado 1 VIEIRA, Vania Maria de Oliveira

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

PLANO DE ENSINO PROJETO PEDAGÓCIO: 2010. Carga Horária Semestral: 80 Semestre do Curso: 6º

PLANO DE ENSINO PROJETO PEDAGÓCIO: 2010. Carga Horária Semestral: 80 Semestre do Curso: 6º PLANO DE ENSINO PROJETO PEDAGÓCIO: 2010 Curso: Pedagogia Disciplina: Conteúdos e Metodologia de Língua Portuguesa Carga Horária Semestral: 80 Semestre do Curso: 6º 1 - Ementa (sumário, resumo) Fundamentos

Leia mais

ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59. Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br. Apresentação

ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59. Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br. Apresentação ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59 Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br Graduada em pedagogia e fonoaudiologia, Pós-graduada em linguagem, Professora da Creche-Escola

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FISICA NAS SÉRIES INICIAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA LEILA REGINA VALOIS MOREIRA

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FISICA NAS SÉRIES INICIAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA LEILA REGINA VALOIS MOREIRA 1 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FISICA NAS SÉRIES INICIAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA LEILA REGINA VALOIS MOREIRA INTRODUÇÃO O tema a ser estudado tem como finalidade discutir a contribuição da Educação Física enquanto

Leia mais

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de Recomendada Por quê? A coleção apresenta eficiência e adequação metodológica, com os principais temas relacionados a Ciências adequados a cada faixa etária, além de conceitos em geral corretos. Constitui

Leia mais

PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS

PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS A língua é um sistema que se estrutura no uso e para o uso, escrito e falado, sempre contextualizado. (Autor desconhecido)

Leia mais

ALFABETIZAÇÃO DE ESTUDANTES SURDOS: UMA ANÁLISE DE ATIVIDADES DO ENSINO REGULAR

ALFABETIZAÇÃO DE ESTUDANTES SURDOS: UMA ANÁLISE DE ATIVIDADES DO ENSINO REGULAR ALFABETIZAÇÃO DE ESTUDANTES SURDOS: UMA ANÁLISE DE ATIVIDADES DO ENSINO REGULAR INTRODUÇÃO Raquel de Oliveira Nascimento Susana Gakyia Caliatto Universidade do Vale do Sapucaí (UNIVÁS). E-mail: raquel.libras@hotmail.com

Leia mais

TRABALHO PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DE UMA ESCOLA INCLUSIVA. Profa. Maria Antonia Ramos de Azevedo UNESP/Rio Claro. razevedo@rc.unesp.

TRABALHO PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DE UMA ESCOLA INCLUSIVA. Profa. Maria Antonia Ramos de Azevedo UNESP/Rio Claro. razevedo@rc.unesp. TRABALHO PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DE UMA ESCOLA INCLUSIVA Profa. Maria Antonia Ramos de Azevedo UNESP/Rio Claro. razevedo@rc.unesp.br O que é educação inclusiva? Inclusão é um processo de aprendizagem

Leia mais

ESTRATÉGIAS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Profa. Me. Michele Costa

ESTRATÉGIAS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Profa. Me. Michele Costa ESTRATÉGIAS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES Profa. Me. Michele Costa CONVERSAREMOS SOBRE Formação de Professores Continuação do diálogo sobre o professor de educação infantil.

Leia mais

LEITURA E ESCRITA: HABILIDADES SOCIAIS DE TRANSCREVER SENTIDOS

LEITURA E ESCRITA: HABILIDADES SOCIAIS DE TRANSCREVER SENTIDOS LEITURA E ESCRITA: HABILIDADES SOCIAIS DE TRANSCREVER SENTIDOS Driely Xavier de Holanda Kátia Fabiana Lopes de Goes Valmira Cavalcante Marques Regina Celi Mendes Pereira Universidade Federal da Paraíba

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS Marineusa Gazzetta *

DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS Marineusa Gazzetta * DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS Marineusa Gazzetta * RESUMO: Neste texto apresento algumas considerações sobre as competências e habilidades matemáticas a serem desenvolvidas no Ensino Fundamental,

Leia mais

Educação a distância: desafios e descobertas

Educação a distância: desafios e descobertas Educação a distância: desafios e descobertas Educação a distância: Desafios e descobertas Conteudista: Equipe Multidisciplinar Campus Virtual Cruzeiro do Sul Você na EAD Educação a distância: desafios

Leia mais

José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE

José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE Cabe a denominação de novas diretrizes? Qual o significado das DCNGEB nunca terem sido escritas? Educação como direito Fazer com que as

Leia mais

A educadora avalia a formação de nossos professores para o ensino da Matemática e os caminhos para trabalhar a disciplina na Educação Infantil.

A educadora avalia a formação de nossos professores para o ensino da Matemática e os caminhos para trabalhar a disciplina na Educação Infantil. Matemática na Educação Infantil: é possível A educadora avalia a formação de nossos professores para o ensino da Matemática e os caminhos para trabalhar a disciplina na Educação Infantil. Nas avaliações

Leia mais

24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano

24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano 24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano Mariana Tavares Colégio Camões, Rio Tinto João Pedro da Ponte Departamento de Educação e Centro de Investigação em Educação Faculdade de Ciências

Leia mais

No final desse período, o discurso por uma sociedade moderna leva a elite a simpatizar com os movimentos da escola nova.

No final desse período, o discurso por uma sociedade moderna leva a elite a simpatizar com os movimentos da escola nova. 12. As concepções de educação infantil Conforme OLIVEIRA, a educação infantil no Brasil, historicamente, foi semelhante a outros países. No Séc. XIX tiveram iniciativas isoladas de proteção à infância

Leia mais

Entrevista com Heloísa Lück

Entrevista com Heloísa Lück Entrevista com Heloísa Lück Heloísa Lück é doutora em Educação pela Columbia University em Nova York e tem pós-doutorado em Pesquisa e Ensino Superior pela George Washington D.C. É diretora educacional

Leia mais

PROJETOS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: DO PLANEJAMENTO À AÇÃO.

PROJETOS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: DO PLANEJAMENTO À AÇÃO. PROJETOS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: DO PLANEJAMENTO À AÇÃO. LETICIA VICENTE PINTO TEIXEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS). Resumo É sabido o quanto é grande o esforço das escolas em ensinar a leitura

Leia mais

JOGOS ELETRÔNICOS CONTRIBUINDO NO ENSINO APRENDIZAGEM DE CONCEITOS MATEMÁTICOS NAS SÉRIES INICIAIS

JOGOS ELETRÔNICOS CONTRIBUINDO NO ENSINO APRENDIZAGEM DE CONCEITOS MATEMÁTICOS NAS SÉRIES INICIAIS JOGOS ELETRÔNICOS CONTRIBUINDO NO ENSINO APRENDIZAGEM DE CONCEITOS MATEMÁTICOS NAS SÉRIES INICIAIS Educação Matemática na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (EMEIAIEF) GT 09 RESUMO

Leia mais

A PROPOSTA DE ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA DOS PCN E SUA TRANSPOSIÇÃO ENTRE OS PROFESSORES DE INGLÊS DE ARAPIRACA

A PROPOSTA DE ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA DOS PCN E SUA TRANSPOSIÇÃO ENTRE OS PROFESSORES DE INGLÊS DE ARAPIRACA Revista Eletrônica de Educação de Alagoas - REDUC ISSN 2317-1170 V. 01, N. 02 (2013) A PROPOSTA DE ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA DOS PCN E SUA TRANSPOSIÇÃO ENTRE OS PROFESSORES DE INGLÊS DE ARAPIRACA Patrícia

Leia mais

tido, articula a Cartografia, entendida como linguagem, com outra linguagem, a literatura infantil, que, sem dúvida, auxiliará as crianças a lerem e

tido, articula a Cartografia, entendida como linguagem, com outra linguagem, a literatura infantil, que, sem dúvida, auxiliará as crianças a lerem e Apresentação Este livro tem o objetivo de oferecer aos leitores de diversas áreas do conhecimento escolar, principalmente aos professores de educação infantil, uma leitura que ajudará a compreender o papel

Leia mais

Ementas aprovadas nos Departamentos (as disciplinas obrigatórias semestrais estão indicadas; as demais são anuais)

Ementas aprovadas nos Departamentos (as disciplinas obrigatórias semestrais estão indicadas; as demais são anuais) UFPR SETOR DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA EMENTAS DAS DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS Ementas aprovadas nos Departamentos (as disciplinas obrigatórias semestrais estão indicadas; as demais são anuais) 1º ANO

Leia mais

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO DO CURRICULO ANO 2 - APROFUNDAMENTO

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO DO CURRICULO ANO 2 - APROFUNDAMENTO ESTRUTURA GERAL DOS ROTEIROS DE ESTUDOS QUINZENAL Os roteiros de estudos, cujo foco está destacado nas palavras chaves, estão organizados em três momentos distintos: 1º MOMENTO - FUNDAMENTOS TEÓRICOS -

Leia mais

ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções)

ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) 13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( X ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE

Leia mais

As Tecnologias de Informação e Comunicação para Ensinar na Era do Conhecimento

As Tecnologias de Informação e Comunicação para Ensinar na Era do Conhecimento As Tecnologias de Informação e Comunicação para Ensinar na Era do Conhecimento Nirave Reigota Caram Universidade Sagrado Coração, Bauru/SP E-mail: nirave.caram@usc.br Comunicação Oral Pesquisa em Andamento

Leia mais

Projeto Político-Pedagógico Estudo técnico de seus pressupostos, paradigma e propostas

Projeto Político-Pedagógico Estudo técnico de seus pressupostos, paradigma e propostas Projeto Político-Pedagógico Estudo técnico de seus pressupostos, paradigma e propostas Introdução A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional afirma que cabe aos estabelecimentos de ensino definir

Leia mais

Dados do Ensino Médio

Dados do Ensino Médio Dados do Ensino Médio População de 15 a 17 anos (2010): 10.357.874 (Fonte: IBGE) Matrículas no ensino médio (2011): 8.400.689 (Fonte: MEC/INEP) Dados do Ensino Médio Dos 10,5 milhões de jovens na faixa

Leia mais

Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno

Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno A crise de representação e o espaço da mídia na política RESENHA Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno Rogéria Martins Socióloga e Professora do Departamento de Educação/UESC

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES NO CONTEXTO TECNOLÓGICO: DESAFIOS VINCULADOS À SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES NO CONTEXTO TECNOLÓGICO: DESAFIOS VINCULADOS À SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 1 FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES NO CONTEXTO TECNOLÓGICO: DESAFIOS VINCULADOS À SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO Márcia Corrêa Sotolani 1 Glaucineide Silva de Souza 2 EIXO TEMÁTICO: Formação Inicial e Continuada

Leia mais

JOGOS MATEMÁTICOS: EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS

JOGOS MATEMÁTICOS: EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS JOGOS MATEMÁTICOS: EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS Denise da Costa Gomes denisedacosta11@hotmail.com Dalila Regina da Silva Queiroz dalilazorieuq@hotmail.com Alzenira Oliveira de Carvalho oliveiraalzenira@hotmail.com

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1 FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1 A LDB, no Titulo VI, trata dos Profissionais da Educação, considerando sob essa categoria não só os professores, que são responsáveis pela gestão da sala de aula, mas

Leia mais