A PROTEÇÃO SOCIOASSISTENCIAL PARA USUÁRIOS DE CRACK E SUAS FAMÍLIAS: OS DESAFIOS DA INTERSETORIALIDADE
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- Ana Vitória Duarte de Figueiredo
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1 A PROTEÇÃO SOCIOASSISTENCIAL PARA USUÁRIOS DE CRACK E SUAS FAMÍLIAS: OS DESAFIOS DA INTERSETORIALIDADE
2 Título: A Proteção Socioassistencial para Usuários de Crack e suas Famílias: Os Desafios da Intersetorialidade Linha Temática: Assistência Social - A Política de Assistência Social no Contexto do CRACK - Potencialidades de Resposta, Desafios e Limites Proponente: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará IFCE/Campus Iguatu Endereço: Rodovia Iguatu - Várzea Alegre, Km 05, Iguatu/CE, Brasil. CEP: Telefones: (88) PABX: (88)
3 Coordenadora: Profa. Ms. Cynthia Studart Albuquerque Assistente Social (UECE), Mestre em Sociologia (UFC), Docente do Curso de Serviço Social (IFCE) e Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Núcleo de Educação, Políticas Públicas e Serviço Social - NEPSS, linha temática Estado, Direitos Sociais e Políticas Públicas. Assistente de Pesquisa: Prof. Ms. André de Menezes Gonçalves Assistente Social (UECE), Mestre em Planejamento e Políticas Públicas (UECE), Docente do Curso de Serviço Social (IFCE) e membro do Núcleo de Educação, Políticas Públicas e Serviço Social - NEPSS, linha temática Estado, Direitos Sociais e Políticas Públicas. Bolsistas (Acadêmicos(as) de Serviço Social): Sandy Andreza Kamila Silva Leandro Lima Andressa Gregório Ailton Alves Italo Leonardo
4 As análises da sociedade sobre a pobreza, historicamente, são carregadas de mitos e preconceitos, principalmente, quando relacionamos à outras questões também impregnadas de estigmas e classificações morais como o consumo de drogas. Se não buscarmos entender as reais determinações que envolvem essa prática social, pouca mudança será possível para que efetivamente possamos construir um novo referencial na luta por direitos e nas políticas públicas.
5 Na sociedade moderno-contemporânea a questão das drogas se materializa como uma das expressões da questão social, aqui entendida como a expressão politizada das desigualdades sociais produzidas pela sociabilidade capitalista (MOTA, 2009). E as respostas à questão das drogas, hegemonicamente, defendidas e praticadas pelos Estados no mundo todo, têm sido enredadas com base no proibicionismo e na guerra contra as drogas, portanto, ações de punição e de criminalização dos usuários.
6 A ASSISTÊNCIA SOCIAL NO PROGRAMA CRACK É POSSÍVEL VENCER A Assistência Social historicamente tem atendido esta população, quando também vivenciam situações de vulnerabilidade ou risco social. Para além da questão de saúde, uso de crack e outras drogas impacta na dimensão individual, familiar e social dos sujeitos.
7 A associação entre uso de drogas e vulnerabilidade social ou risco social pode levar a agravamentos na condição de saúde e das vulnerabilidade ou risco social. O usuário deve ser atendido sob a perspectiva da integralidade: com atenção aos aspectos de saúde e o fortalecimento de outros campos de sua vida social.
8 Os serviços da rede de Assistência Social, de Proteção Básica e Especial, tornam-se dispositivos estratégicos nas ações de prevenção, acolhimento e atenção aos usuários de crack e outras drogas e seus familiares, uma vez que o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários se configura como importante objetivo a ser perseguido pelos serviços de proteção básica, mas também em virtude da função protetiva do Estado, no sentido de que possa dar apoio aos familiares no enfrentamento da questão.
9 No entanto, há necessidade de avanços no entendimento e trato da temática para consolidar as políticas públicas na perspectiva da prevenção, atendimento e acompanhamento socioassistencial dos usuários e/ou seus familiares. A qualificação dos técnicos e profissionais que atendem esta população é fundamental, já que o desconhecimento, o temor e o preconceito muitas vezes acabam por impedir que as pessoas que mais necessitam de cuidados socioassistenciais e atenção psicossocial não sejam atendidas, agravando-se o quadro.
10 A pesquisa pretende traçar um diagnóstico situacional do Município, tanto no que se refere às demandas apresentadas pela população ao poder público, ou seja, da vigilância socioassistencial de riscos e vulnerabilidades no município, como da estrutura e da capacidade atual de atendimento da rede de proteção social. Ainda, busca mapear as estratégias e diretrizes teóricas, políticas e práticas na construção das respostas institucionais do município às demandas relacionadas ao abuso e dependência de crack no âmbito da política de assistência social e das suas articulações intersetorial para garantia dos direitos e da proteção social.
11 Diante deste desafio, ao re etirmos sobre a realidade do Município de Iguatu, surgem-nos algumas questões relevantes a serem desveladas no intuito de contribuir com a superação desta problemática no município, o aprimoramento técnico da rede socioassistencial e o fortalecimento da intersetorialidade: Como se opera a vigilância socioassistencial em Iguatu relacionada a questão do crack? Quais são as incidências de risco e vulnerabilidades sociais relacionadas e/ou motivadoras da situação de abuso e dependência de crack e outras drogas nos territórios do CRAS e CREAS?
12 A metodologia, técnicas, procedimentos e instrumentos técnicosoperacionais de acompanhamento familiar eespecializado aos usuários na Política de Assistência Social (CRAS e CREAS) incorporam/problematizam o impacto do abuso e dependência de crack e outras drogas nas relações familiares e comunitárias, e de violações de direitos? A partir de quais perspectivas (políticas e teóricas) os operadores da política de assistência social compreendem a problemática da drogadição? Em consequência disso, há situações de preconceito e discriminação dos usuários e suas famílias na rede socioassistencial? Por fim, no que se refere a intersetorialidade e a integralidade na proteção social na perspectiva de garantia dos direitos sociais dos usuários, como são viabilizados, sobretudo, entre as redes SUAS e SUS? Há uxos e protocolos de atendimento pactuados entres os serviços da Rede Municipal de Proteção Social? E com o Sistema de Garantia de Direitos?
13 METODOLOGIA É uma pesquisa quali-quanti, portanto, os dados quantitativos se referem as incidências de risco e vulnerabilidade, além dos dados de atendimento dos serviços socioassistenciais e da rede de proteção social, portanto serão coletados através da coleta de dados secundários, bem como de fontes institucionais como o Cadastro Único, o Relatório de Gestão, as informações do SINCON/SIGPBF e dos instrumentais de atendimento e acompanhamento familiar e especializado, dentre outros.
14 METODOLOGIA Já os dados qualitativos se referem a compreensão, significados e representações dos sujeitos envolvidos na rede de serviços socioassistenciais em relação a questão do abuso/dependência de crack e outras drogas, assim como sobre suas demandas apresentadas ao poder público, portanto, a amostra será intencional.
15 METODOLOGIA Visa explorar os dados estatísticos e institucionais de incidências de risco e vulnerabilidades nos território dos serviços socioassistenciais de Iguatu, assim como informações relacionadas ao tipo, cobertura e padrão de qualidade dos serviços. Serão utilizados a pesquisa documental e de dados secundários por meio das ferramentas de gestão da Saúde e Assistência Social, bem como a observação com registro em diário de campo, aplicação de questionário e entrevistas semi-estruturadas.
16 METODOLOGIA Indicadores serão construídos no sentido de mensurar como se realiza o processo de prevenção, atendimento e acompahamento integrado de usuários e/ou familiares. Para se construir indicadores de desempenho de políticas e programas, deve-se medir o grau em que seus objetivos foram alcançados (eficácia), o nível de utilização de recursos (eficiência) ou as mudanças operadas no estado social da população-alvo (impacto):
17 No âmbito da Proteção Social Básica: Percentual de famílias com problemas com crack e outras drogas em acompanhamento familiar pelo PAIF; Taxa de acesso dos usuários de crack e outras drogas à rede socioassistencial; Taxa de acesso dos usuários de crack e outras drogas às políticas setoriais; Percentual de famílias com registro no SICON/SIGPBF; Taxa de famílias acompanhadas com membros inseridos nos SCFV.
18 No que se refere à Proteção Social Especial: Percentual de famílias/indivíduos em situação de drogadição em acompanhamento pelo PAEFI; Percentual de famílias que superaram as situações de violações de direitos identificadas; Percentual de famílias que reincidiram nas situações de violação de direitos; Percentual de famílias com registro no SICON/SIGPBF; Taxa de famílias e/ou indivíduos que acessam as políticas públicas.
19 Etapas do Plano de Pesquisa: 1º Momento: - Seleção dos bolsistas; - Realização de pesquisa bibliográfica; - Mapeamento da rede de Proteção Social; - Definição da amostra; - Articulação institucional; - Realização de parcerias.
20 Etapas do Plano de Pesquisa: 2º Momento: - Pesquisa documental e de dados secundários por meio das ferramentas de gestão da saúde e assistência social; - Observação com registro em diário de campo, aplicação de questionário e entrevistas semiestruturadas; - Aplicação de questionário; - Entrevistas semiestruturadas; - Mensuração dos dados para composição dos indicadores de análise (taxas e percentuais).
21 Etapas do Plano de Pesquisa: 3º Momento: - Organização e análise dos dados; - Sistematização e tratamento dos dados coletados; - Revisão da literatura; - Elaboração do relatório final.
22 Parcerias: - Governo Federal - MDS - IFCE / Curso de Serviço Social - Núcleo de Educação, Políticas Públicas e Serviço Social - NEPSS - Prefeitura de Iguatu - Escola de Saúde Pública de Iguatu - Entidades e organizações locais A pesquisa será realizada em 12 meses.
23 Muito Obrigada! Cynthia Studart Albuquerque (85) / cynthiastudart@yahoo.com.br
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