UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ André Paulo Chandelier Neto HIPÓTESES DE DISPENSA DO DEVER DE COLACIONAR CONFORME O CÓDIGO CIVIL DE 2002

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ André Paulo Chandelier Neto HIPÓTESES DE DISPENSA DO DEVER DE COLACIONAR CONFORME O CÓDIGO CIVIL DE 2002 CURITIBA 2011

2 HIPÓTESES DE DISPENSA DO DEVER DE COLACIONAR CONFORME O CÓDIGO CIVIL DE 2002 CURITIBA 2011

3 André Paulo Chandelier Neto HIPÓTESES DE DISPENSA DO DEVER DE COLACIONAR CONFORME O CÓDIGO CIVIL DE 2002 Monografia apresentada ao Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Direito. Orientadora: Profª. Juliana Silvia Tavares CURITIBA 2011

4 TERMO DE APROVAÇÃO André Paulo Chandelier Neto HIPÓTESES DE DISPENSA DO DEVER DE COLACIONAR CONFORME O CÓDIGO CIVIL DE 2002 Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do titulo de Bacharel no curso de Direito da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, de de Bacharel em Direito Universidade Tuiuti do Paraná Orientadora: Profª. Juliana Silvia Tavares Prof. Prof.

5 Dedico este trabalho a meus pais André Paulo Chandelier Filho e Iara Maria Chandelier pela força que me deram ao longo desses anos e pelos amigos que foram. Ao Dr. Luiz Fernando Martins Bonette, pela compreensão do tempo despendido e não trabalhado. E ainda, à Professora Juliana Silvia Tavares pelo esforço em orientar-me.

6 RESUMO Com o presente trabalho buscou-se demonstrar o instituto da colação, que se encontra dentro do livro das Sucessões no Código Civil, e tem forte aplicação prática. Todavia, mesmo com a reformulação do Código Civil de 1916, o Código Civil de 2002 contém muitas contradições e normas abrangentes, as quais se buscará analisar neste trabalho. Dá-se aqui especial atenção às hipóteses de dispensa do instituto da colação, e quais as diferenças havidas entre o Código antigo e o Novo código civil. Palavras chaves: Sucessões, Doação, Colação, Descendentes, Herdeiros, Adiantamento de Legitima.

7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CONCEITO DE COLAÇÃO E SUA ABORDAGEM HISTÓRICA CONCEITO DE COLAÇÃO ABORDAGEM HISTÓRICA OS LEGITIMADOS E AQUELES QUEM DEVEM COLACIONAR OS LEGITIMADOS PESSOAS OBRIGADAS A COLACIONAR Descendentes - filhos: Cônjuge sobrevivente: Netos: HIPÓTESES DE DISPENSA DA COLAÇÃO HIPÓTESE DE DISPENSA CONFORME O ARTIGO DO CC/ HIPÓTESE DE DISPENSA CONFORME O ARTIGO DO CC/ HIPÓTESE DE DISPENSA CONFORME O ARTIGO DO CC/ HIPÓTESE DE DISPENSA DE COLAÇÃO O ARTIGO DO CC/ CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 39

8 7 INTRODUÇÃO O presente trabalho de conclusão de curso irá trazer uma pesquisa sobre as dispensas legais expressas do instituto da colação, previstas nos artigos e 2006 do Código Civil de Para tanto, é necessário uma abordagem de praticamente todo o instituto da colação, que se encontra prevista nos artigos a da nova codificação, para entendermos o que é colação. De onde veio, como chegou ao nosso direito pátrio, e o motivo para tal instituto constar no livro das Sucessões, para se chegar ao motivo pelo qual são necessárias as hipóteses de dispensa da colação. O Código Civil de 2002 revogou o Código Civil de 1916, primeiro instituído no Brasil, que também versava sobre a colação, resalta-se que o instituto da colação teve origem no direito romano, passou para o direito françes, e através do direito português, chegou ao nosso direito pátrio. Entretanto as modificações necessárias das normas refletem o pensamento jurídico da época pós-redemocratização. E foi feito para oferecer uma legislação mais moderna adequada ao País do século XXI. Portanto, objetiva-se o estudo para demonstrar, através de uma análise teórica, que a nova modificação trazida pela nova codificação deixou muitas lacunas e divergências normativas dentro deste instituto. Com este objetivo o estudo está dividido em três partes, sempre fazendo um comparativo entre a codificação de 1916 e a nova codificação de O primeiro tema apresenta o conceito do instituto da colação e porque tratase deste tema dentro do direito das sucessões, seguido pela sua evolução histórica até chegar ao ordenamento jurídico pátrio.

9 8 Em seguida, traz as pessoas legitimadas a colacionar. Para este tema inúmeras são as indagações quanto aos herdeiros que devem colacionar em virtude dessa nova codificação, uma vez que no artigo que trata dos herdeiros sujeitos a colação, não consta o cônjuge sobrevivente, que em determinadas situações concomitantemente com os descendentes do falecido, sendo indicado pela lei como possível beneficiário de adiantamento de legítima. A isto, acrescenta-se as hipóteses em que os filhos e os netos devam ou não colacionar. Na terceira abordagem, as hipóteses de dispensa da colação por expressa previsão legal, abordando os artigos específicos de excludente de colação, assim como mais duas normas, quais sejam, artigos e 2.010, por serem complementares aos artigos que são o foco do presente estudo.

10 9 1. CONCEITO DE COLAÇÃO E SUA ABORDAGEM HISTÓRICA 1.1. CONCEITO DE COLAÇÃO Colação é o procedimento através do qual os herdeiros necessários restituem à herança os bens que receberam em vida do de cujus. Para demonstrar isso, tal instituto encontra-se amparado pelo direito sucessório, no livro V, do Código Civil Brasileiro, o qual regulamenta a transmissão de bens deixados pelo falecido aos herdeiros. A definição etimológica da palavra colação segundo Eduardo de Oliveira Leite (2010, p. 901) é (rapport, dos franceses; collazione, dos italianos; colación, dos espanhóis; Ausgleichung, dos alemães) vem do latim collatio, que significa em português conferir, ajuntar, reunir, trazer juntamente. (LEITE, 2010, p. 901) E conceituou da seguinte forma a colação: conferir os bens e valores recebidos antes da abertura da sucessão de forma a garantir a igualdade da legitima. (LEITE, 2004, p. 343) Já Silvio Rodrigues (2007, p. 307) por sua vez descreve colação como ato de retorno ao monte partível das liberalidades feitas pelo de cujos, antes de sua morte a seus descendentes. Seu fim é de igualar a legitima desses herdeiros e do cônjuge sobrevivente. Paulo Naeder (2009, p. 474) conceitua, ainda, que colação significa o ato de informar ao juízo do inventário ou, em inventário extrajudicial, aos demais sucessores, as doações recebidas do auctor hereditatis 1, de natureza nãoremuneratória, visando a igualar as legítimas. 1 Autor da Herança, (tradução Livre);

11 10 Quando um ascendente beneficia um descendente, por meio de uma doação, esta deixando de cumprir a natureza do princípio da igualdade na distribuição do patrimônio, pois, em um primeiro momento todos os herdeiros possuem o mesmo direito. (RIZZARDO, 2008, p. 671) Encontra-se normatizada no capítulo IV deste livro, a colação, e traz no artigo 2.002, a disposição legal da seguinte forma: Os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum são obrigados, para igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que dele em vida receberam, sob pena de sonegação. Parágrafo único. Para cálculo da legítima, o valor dos bens conferidos será computado na parte indisponível, sem aumentar a disponível. O legislador com isso obrigou não só o descendente que concorria à sucessão do ascendente a conferir o valor das doações, mas ainda invoca a hipótese de sonegação, quando incorrer a colação, diferentemente do que estava contido no artigo da codificação civilista de 1916, onde simplesmente informava que os descendentes deveriam conferir (colacionar) as doações e/ou dotes que em vida receberam. (LEITE, 2010, p. 908) No parágrafo único o legislador buscou respeitar a metade indisponível (legítima), fazendo com que esta não se ultrapassa para a parte disponível (cota disponível), valendo-se da lição de Pontes (1968, p.316 citado por LEITE, 2004, p.343) o que se colaciona não é o bem. É o lucro, o valor. (...) Tem-se de disntiguir da operação ou das operações aritméticas da colação pelo herdeiro legítimo descendente o que ele, ou outrem, recebeu acima do que perfaz a metade necessária, ou acima da própria metade disponível. Neste sentido, Venosa (2010, p.389) demonstra um exemplo elucidativo: 2 Artigo CC/16 - Os descendentes, que concorrerem à sucessão do ascendente comum, são obrigados a conferir as doações e os dotes, que dele em vida receberam.

12 11 Consideremos o exemplo no qual existem dois filhos. A doação foi feita quando o patrimônio do doador era de o valor da doação foi de há uma parte inoficiosa. Isto porque, quando da doação, o titular do patrimônio tinha como sua parte disponível o valor de (metade do acervo). A outra metade de constituía a legitima dos filhos, cabendo 500 para cada um. A doação avançou em 100 da legitima do filho não donatário, porque o valor da mesma não poderia ultrapassar a inoficiosidade refere-se, portanto, ao valor de 100, que deve ser reposto pelo herdeiro-donatário, em espécie ou em valor. Assim, resta demonstrado pelo exemplo citado, que a colação deve ser feita em valor ou em substância, embasados nos artigos do Código Civil de 2002 e no parágrafo único do artigo do Código de Processo Civil, determinado que o valor seja o do momento da liberalidade, devendo ser certo ou estimado. (VENOSA, 2010, p.389) Caso não seja certo ou estimado o valor feito a época, os bens conferidos na partilha terão que ser calculados com que valessem ao tempo da liberalidade, 1 do 2.004, não sendo computados os valores das benfeitorias acrescidas. E caberá ao donatário os rendimentos ou lucros da coisa, assim como as perdas e danos que o bem sofreu, hipótese do 2 da mesma normatização. (id., 2010, p. 390) Portanto as benfeitorias assim como os lucros e perdas são valores que não integram o valor original colacionado, devido a sua origem ser posterior ao negócio da doação. 3 Artigo CC/02 - O valor de colação dos bens doados será aquele, certo ou estimativo, que lhes atribuir o ato de liberalidade. 1o Se do ato de doação não constar valor certo, nem houver estimação feita naquela época, os bens serão conferidos na partilha pelo que então se calcular valessem ao tempo da liberalidade. 2o Só o valor dos bens doados entrará em colação; não assim o das benfeitorias acrescidas, as quais pertencerão ao herdeiro donatário, correndo também à conta deste os rendimentos ou lucros, assim como os danos e perdas que eles sofrerem. 4 Artigo CPC - No prazo estabelecido no art , o herdeiro obrigado à colação conferirá por termo nos autos os bens que recebeu ou, se já os não possuir, trar-lhes-á o valor. Parágrafo único. Os bens que devem ser conferidos na partilha, assim como as acessões e benfeitorias que o donatário fez, calcular-se-ão pelo valor que tiverem ao tempo da abertura da sucessão.

13 12 Ainda, outros dispositivos legais referentes à colação, devem ser levados em consideração, como por exemplo, as normas contidas nos artigos e do Código Civil, referentes ao direito obrigacional que estabelecem limites às doações ABORDAGEM HISTÓRICA O instituto da colação é derivado do direito romano, denominado em Roma, originariamente, de collatio bonorum vel emancipati 7. No que se refere ao surgimento da colação Maximiliano (1964, p. 393) elucida que no direito romano havia os filhos que ficavam sob o pátrio poder, denominados de in manus, e os que se emancipavam, eram designados como sui júris ou emancipati. Os emancipados formavam desde cedo seus patrimônios particulares, em geral contavam com a ajuda dos ascendentes, enquanto que os in manus com seu esforço aumentavam o patrimônio paterno. Neste mesmo sentido a lição de Rodrigues (2007, p. 308), que ao analisar o surgimento da colação no direito romano, preleciona: A colação foi introduzida pelo pretor, quando permitiu que filhos emancipados participarem da sucessão de seus pais. Entretanto, os filhos que continuavam sob a pátria potestas não tinham patrimônio, pois tudo que adquiriram incorporava-se ao patrimônio paterno, os filhos emancipados, em virtude de sua condição de sui juris, eram titulares de um patrimônio próprio. Ora, era injusto, por desigual, permitir aos emancipados concorrerem em igualdade de condições, na herança paterna, com os seus outros irmão; por essa razão, o pretor obrigou-os a conferir, naquela sucessão, os bens que tinham adquiridos por si próprios, após sua emancipação, e que teriam incorporado ao patrimônio paterno, não fosse a emancipação. 5 Artigo 544 CC/02 A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe na herança; 6 Artigo 549 CC/02 - Nula é também a doação quando à parte que exceder à de que o doador, no momento da liberalidade 7 Colação de bens dos emancipados, (tradução livre);

14 13 Silvio Rodrigues (2007, p. 309), destaca ainda, que com o tempo, e à medida que se permitiu também aos filhos sob o pátrio poder terem um patrimônio, a colação mudou de objeto, pois, por seu intermédio, impôs-se a todos os filhos o dever de conferirem, na sucessão paterna, os bens recebidos em vida. Para contornar esta hipótese concreta e resgatar o justo, o pretor corrigiu esta anomalia através da collatio bonorum vel emancipati, em virtude da qual o filho emancipado devia conferir (conferre) todos os bens que tivesse adquirido desde a sua emancipação ate a morte do patriarca, sempre que concorresse à herança com os herdeiros não emancipados. (LEITE, 2010, p. 902) Posteriormente, inicialmente restrita aos filhos emancipados, entendeu-se que as filhas que haviam recebido dote do progenitor, dando origem à collatio dotis 8, onde o dote recebido pela filha era incorporado ao patrimônio paterno, assim poderia ela pedir a restituição do dote, em certas condições, como a dissolução do casamento. No caso de ser casada, sine manu, poderia concorrer à sucessão paterna. (id. 2010, p. 903) Mas devido a uma lei promulgada em 472 pelo Imperador Leão, o princípio da collationes bonorum et dotis 9, começou a mudar a lei que substituiu a colação dos emancipados pela collatio descendentum 10, obrigando todos os filhos que tivessem recebido doações do pai em vida, fizessem a colação, independente de estarem emancipados ou não. (id. 2010, p.903) Justiniano, por fim, por intermédio da Novela 18, estendeu o dever de colacionar à própria sucessão testamentária, com uma única exceção, caso o progenitor expressamente liberasse o filho da obrigação. Ainda, limitou o acervo 8 Colação de dotes, (tradução livre); 9 Colação de bens recebidos de dotes, (tradução livre); 10 Colação dos descendentes, (tradução livre);

15 14 hereditário à aqueles recebidos pelo pai, os profetícios, excluindo da partilha os bens recebidos de terceiros, os dotes e aqueles adquiridos com o esforço do próprio filho. (MAXIMILIANO, 1964, p. 394) Isto posto, desapareceu a desigualdade entre os filhos emancipados e os filhos in potestate que existia na antiga collatio emancipati. O instituto da colação foi passando do direito romano, ao direito Frances, e por intermédio do direito português chegou ao nosso direito pátrio. (LEITE, 2010, p. 903) No direito Francês a colação, em regra, era aplicada somente na linha reta descendente. No mesmo sentido era adotado no direito português, onde a colação exigida aos filhos e demais descendentes, aplicando a liberalidade inter vivos e não testamentária. (id., 2010, 904) Já no Brasil, o dever de colacionar não é imposto a todos os sucessores necessários, somente aos filhos, e aos netos que representarem seus pais, perante a herança do avô. Aplicando a qualquer descendente que seja herdeiro legítimo, com isso, concorrem à sucessão de ascendente comum, com o único objetivo de igualar a legitima dos herdeiros.

16 15 2. OS LEGITIMADOS E AQUELES QUEM DEVEM COLACIONAR 2.1. OS LEGITIMADOS Quanto aos legitimados a solicitarem a colação, somente podem exigir a colação aqueles que se beneficiarem, isto é, aqueles que possam sofrer um decréscimo em sua legítima em face de um concorrente seu ter recebido a mais quando ainda em vida do autor da herança. Destaca Venosa (2010, p. 388) que o credor do espólio não tem legitimidade para exigir a colação, mesmo que o passivo seja maior que o ativo. Não podendo a atingir a liberalidade feita em vida pelo morto, salvo se, tiver ocorrido fraude contra credores. Assim, aquele que sentir-se lesado durante o processo de inventário, estão legitimado a solicitar a colação, conforme o artigo da codificação Civil, entretanto, o credor do espólio não tem legitimidades para requerer a colação aos herdeiros PESSOAS OBRIGADAS A COLACIONAR Não são todos os herdeiros obrigados a colacionar, de acordo com o artigo do Código Civil de 2002 (artigo do Código revogado), somente os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum são obrigados, para igualar a legítima, a conferir o valor das doações que dele em vida receberam. Este preceito aplica-se a quaisquer descendentes que sejam herdeiros legítimos e concorram à sucessão de ascendente comum e tem como escopo a

17 16 igualdade da legitima, assim restringindo aos filhos, netos, bisnetos e etc. (LEITE, 2010, p. 905) Para Silvio Venosa (2010, p. 386) o cônjuge também tem o dever de colacionar, se concorrer na herança com os descendentes. Somente estando livres da obrigação de colacionar os demais herdeiros necessários, os demais herdeiros da ordem de vocação legítima e os herdeiros testamentários, salvo se o testador dispuser em contrário. Portanto, mesmo o artigo somente mencionar o descendente, como único com obrigatoriedade de colacionar, há possibilidades de todos da linha sucessória terem esta necessidade abrangendo esse rol os filhos, netos, bisnetos e em algumas hipóteses ate mesmo os cônjuges sobreviventes Descendentes - filhos: A colação desde o direito romano, com a collatio bonorum, era direcionada aos descendentes do de cujus, com o intuito de equiparar a herança trazendo o princípio da equidade no tratamento dos filhos. Vemos no artigo da nova codificação que essa regra é aplicada, determinando a igualdade na sucessão do ascendente, entre os descendentes comuns. Segundo Leite, (2010, p. 906) quanto aos descendentes, vale lembrar que os filhos sempre terão dever de colacionar ( Os descendentes que concorrem à sucessão do ascendente comum são obrigados a conferir o valor das doações..., dispõe taxativamente o caput do art. 2002).

18 17 Tribunais: Embasando esse entendimento o doutrinador cita um julgado da Revista dos SUCESSÃO Colação Pedido formulado por herdeiro legítimo nascido posteriormente a doações que o de cujus formalizou a outros filhos como adiantamento da legitima Admissibilidade Conferência que está subordinada aos fatos presentes na abertura da sucessão inteligência dos artis. 4, 1.718, 1.721, e do CC. Ementa oficial: A colação que é obrigatória para igualar a legítima dos herdeiros está subordinada aos fatos presentes na abertura da sucessão, pouco importando que o herdeiro legítimo que requer a conferência tenha nascido posteriormente às doações que o de cujus formalizou a outros filhos como adiantamento (In: RT, 799: citado por LEITE, 2010, p. 906) O legislador deixou claro no artigo 2.002, que todos os filhos devem trazer a colação os bens recebidos em vida, com o intuito de igualar a legítima de todos os herdeiros, ate mesmo para aqueles que possam nascer posterior as doações que o falecido formalizou em vida. Assim, todos os filhos legítimos e conhecidos até o momento da doação devem colacionar, sempre importando o status ao momento da abertura da sucessão Cônjuge sobrevivente: O artigo normatiza que a colação tem por fim igualar as legítimas dos descendentes e do cônjuge sobrevivente, obrigando também os donatários que já não possuírem os bens doados, há época do falecimento. Para tanto o dispositivo trata de dois aspectos distintos, o primeiro refere-se a legítima dos herdeiros (descendentes e cônjuges sobreviventes) e o segundo 11 Artigo CC/02 - A colação tem por fim igualar, na proporção estabelecida neste Código, as legítimas dos descendentes e do cônjuge sobrevivente, obrigando também os donatários que, ao tempo do falecimento do doador, já não possuírem os bens doados;

19 18 confere também o dever de colacionar aos donatários, abrangendo assim a categoria invocada no artigo anterior. (LEITE, 2010, p. 912) O artigo do código anterior, somente igualava a legitima dos herdeiros, a nova codificação buscou igualar a legítima dos descendentes, do cônjuge sobrevivente, ainda, obrigando os donatários a colacionar. (LEITE, 2010, p. 913) Entretanto, como já visto no artigo da nova codificação, somente dispõem que os descendentes são obrigados a colacionar para igualar a legitima, já o artigo dispõe que os descendentes e o cônjuge sobrevivente tenham essa obrigação. Devido a esta incongruência referente ao cônjuge, trazida pelo Código, se este deve ou não colacionar, o artigo 544 do CC/02, positivou que as doações de ascendentes a descendentes ou cônjuges são considerados adiantamento de legítima, (artigo do código revogado). Neste sentido Rizzardo (2008, p. 674) comenta: No entanto, a uma grave incongruência do Código relativamente ao cônjuge, eis que, pelas varias normas que tratam da matéria, também ele deve colacionar. Ocorre que, pelo art. 544 do Código Civil, o que não previa o art do Código anterior, a doação ao cônjuge importa em adiantamento. Além disso, o art , diferentemente do equivalente art do Código de 1916, impõem que se igualem as legítimas dos descendentes e do cônjuge sobrevivente. Daí a imposição de se levar à colação a doação que favoreceu o cônjuge, malgrado a restrição do art (art do CC anterior) aos descendentes. Neste mesmo contexto Rodrigues (2007, p.311) descreve que: 12 Artigo CC/16 - A colação tem por fim igualar as legítimas dos herdeiros. Os bens conferidos não aumentam a metade disponível; 13 Artigo CC/16 - A doação dos pais aos filhos importa adiantamento da legítima.

20 19 Se a doação de um cônjuge a outro importa adiantamento de legítima, o donatário, logicamente, deve trazer o bem doado à colação. Pelo art. 544, então, estaria o cônjuge obrigado a conferir. Mas o art diz que só os descendentes têm essa obrigação. Evidentemente, esses dois artigos estão em franco conflito; a contradição entre as normas dos art. 544 e do Código Civil brasileiro. E para dar sentido ao disposto no art. 544, sendo a doação de um cônjuge a outro considerada adiantamento de legítima, não há como fugir da conclusão, numa interpretação sistemática, compreensiva, que o cônjuge deve trazer à colação o valor da doação que, em vida, recebeu do outro cônjuge. Ainda, Fachin e Pianovski (2007, p. 543 e 544), compartilham do mesmo entendimento de que o cônjuge sobrevivente deve colacionar quando concorrerem com o descendente, expondo da seguinte forma: A tradição do Direito Brasileiro, assim como a da maioria dos países, entretanto, é limitar a certos herdeiros o dever de colacionar, ao contrario da ampla disposição do Direito Francês. [...] Nota-se que o artigo ao definir as finalidades da colação, se refere a igualar as legítimas dos descendentes e do cônjuge sobrevivente, na proporção definida pelo Código Civil. Esse escopo somente poderá ser atendido caso se entenda que o cônjuge também tem o dever de colacionar. Esse entendimento é reforçado pelo disposto no artigo 544, que qualifica como adiantamento de herança, será a liberalidade objeto da colação. Impede ressaltar, entretanto que o cônjuge somente será chamado a colacionar quando concorrer com descendentes do de cujus. Trata-se da conclusão possível à luz de uma interpretação sistemática: quando concorrer com ascendentes não colacionará, uma vez que aos herdeiros da segunda classe na ordem de vocação sucessória não se atribui tal dever. E nas precisas e atuais palavras de Leite (2010, p. 913 a 915), elucidou da seguinte forma o conflito: A questão que se impõe aqui é a de saber se o cônjuge sobrevivente deverá colacionar os bens que lhe foram doados pelo de cujus, uma vez que o Código Civil silenciou sobre a questão de ser o cônjuge herdeiro obrigado ou não a colacionar, se recebeu alguma liberalidade do falecido. [...] Entretanto, se atentarmos ao disposto no já citado artigo 544 do Código Civil, a exegese pende, necessariamente, em direção oposta: se estão obrigados a conferir os que receberam adiantamento de legitima, tanto descendentes quanto o cônjuge sobrevivente, por força dos artigos 544, e 2.003, são obrigados a colacionar o valor da doação. [...] Entende, porém, parte da doutrina que, devido ao impasse gerado pelo texto dos artigos e 2.003, a obrigação de colacionar decorrente da vontade presumida do autor da herança de dispensar igual tratamento aos descendentes, cabe só a este, dispensando-se os ascendentes e o cônjuge

21 20 sobrevivente, que, para resguardar a sua legitima, poderão pleitear simples redução. E, se ao tempo da morte do doador os donatários não mais possuírem os bem doados, trarão a colação o seu valor (art , in fine). É que como afirmam alguns estudiosos da matéria o direito brasileiro adotou o sistema da colação em substância, pois o Código de Processo Civil, artigo 1.014, prescreve que o herdeiro obrigado à colação conferirá por termo nos autos os bens que recebeu, ou, se já os não possuir, trarlhes-á o valor. (2010, p. 913 a 915) Portanto, o consenso dos doutrinadores, solucionando o conflito entre as normas dos artigos 544 e 2.002, é no sentido de que quando houver concorrência do cônjuge com os descendentes, deve ser conferir os bens recebidos em vida como adiantamento de legítima, isto não ocorrendo quando o cônjuge concorrer com os ascendentes. Corroborando com os entendimentos doutrinários descritos, o Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento no sentido de que qualquer doação feita a descendente ou herdeiro necessário nada mais é que adiantamento de legítima, a saber: Recurso especial. Sucessões. Inventário. Partilha em vida. Negócio formal. Doação. Adiantamento de legítima. Dever de colação. Irrelevância da condição dos herdeiros. Dispensa. Expressa manifestação do doador. - Todo ato de liberalidade, inclusive doação, feito a descendente e/ou herdeiro necessário nada mais é que adiantamento de legítima, impondo, portanto, o dever de trazer à colação, sendo irrelevante a condição dos demais herdeiros: se supervenientes ao ato de liberalidade, se irmãos germanos ou unilaterais. É necessária a expressa aceitação de todos os herdeiros e a consideração de quinhão de herdeira necessária, de modo que a inexistência da formalidade que o negócio jurídico exige não o caracteriza como partilha em vida. (...) A doutrina se divide quanto à natureza jurídica da partilha em vida. Há quem entenda tratar-se de doação, denominando-a partilha-doação, e há quem entenda tratar-se de negócio sui generis. (...) Nos dizeres de João Alberto Leivas Job, "a partilha procede como se, por suposição implícita, se considerasse, no instante em que é feita, a morte do ascendente, visto que se subordina a todas as cláusulas fundamentais da composição distributiva de uma partilha". (Da nulidade da partilha, São Paulo, Saraiva, 1980, p. 732). Tomando os fatos tais como delineados no acórdão recorrido, tenho que a hipótese em comento não é de partilha em vida. Não foi considerado o quinhão de herdeira necessária, não houve expressa aceitação de todos os herdeiros, de modo que não há como considerar os negócios jurídicos ou as

22 21 liberalidades que envolveram os bens imóveis como partilha em vida, exatamente pela inexistência da formalidade que ela exige. Diante disso, seguindo ensinamento de Pontes de Miranda, "o que se doou, ou por outro ato de liberalidade se prestou ao sucessível, tem-se como adiantamento da legítima necessária. Aí, em vez de haver cláusula de adiantamento de legítima, que pode ser inserta no negócio jurídico gratuito, ou no testamento, há a regra jurídica implícita, de que o dever de colação é um dos efeitos da incidência. A lei estatui que tudo se passe, nos cálculos como se a liberalidade não tivesse ocorrido e haja de ser incluída no quinhão." (Pontes de Miranda, Tratado de Direito Privado, Parte Especial, tomo LV, p. 309, Direito das Sucessões: Sucessão em Geral. Sucessão legítima, 1972, 3ª Edição, Editor Borsoi, Rio de Janeiro). Tenho, portanto, que a liberalidade de transferência das fazendas aos herdeiros havidos do casamento, por escritura pública, não pode ser considerada partilha em vida. Se não foi doação, foi liberalidade do falecido e, assumindo tal natureza, estão os herdeiros sujeitos ao dever de colacionar. Nessa toada, também não se pode considerar o ato de liberalidade como condição escolhida pelos cônjuges para viabilizar o acordo da separação, porque essa prática poderia gerar fraudes em detrimento de outros eventuais direitos subjetivos, quer em relação aos filhos, quer em relação a credores. (STJ Resp /MG de relatoria da Ministra Nancy Andrighi - Terceira Turma, julgado em 20/06/2005) Este julgado demonstra o caso em concreto e a diferença entre uma doação ocorrida em vida e a partilha que pode também ocorrer em vida, entretanto a partilha deve seguir algumas formalidades, como a expressa aceitação de todos os herdeiros. Como não houve as formalidades exigidas, enquadrou-se em doção ou mera liberalidade do falecido perante seus herdeiros, assumindo assim a necessidade de colacionar os bens que foram transferidos em vida. O que também chama atenção neste julgado é a possibilidade dos cônjuges para viabilizarem a separação, utilizarse da partilha em vida, no entanto, isso poderia configurar a prática de fraude tanto em relação aos filhos, quanto em relação aos credores. Assim, a maioria da doutrina e o entendimento firmado do Superior Tribunal de Justiça dirimiram o conflito existente entre os artigos 544, e do CC/02, no sentido de haver a necessidade de o cônjuge colacionar. Ainda, para tentar minimizar tal dissonância foi apresentado pelo então deputado Ricardo Fiúza um projeto de Lei n 6960/2002, o qual prevê a alteração do

23 22 artigo do Código Civil, obrigando o cônjuge a colacionar os bens recebidos em vida, sob a justificativa que merece ser transcrita: Art : O artigo se omitiu quanto à necessidade de o cônjuge colacionar, embora o art. 544 enuncie que a doação de um cônjuge a outro importa adiantamento de legítima. Esta questão, no entanto, necessita ficar bem clara e explícita. Como sabemos, o cônjuge foi muito beneficiado no direito sucessório, e aparece, neste Código, numa posição realmente privilegiada. Não é razoável e justo que ele não fique obrigado a trazer à colação os valores de bens que recebeu em doação do de cujus, enquanto os descendentes têm este dever. Se forem chamados os descendentes e o cônjuge sobrevivente à herança do falecido, os descendentes precisam restituir o que receberam antes, como adiantamento de legítima, enquanto que as liberalidades feitas em vida pelo falecido ao cônjuge não estão sujeitas à colação. Ademais, se o doador quiser imputar na sua metade disponível a doação que fizer ao cônjuge, basta que mencione isto, expressamente, no ato de liberalidade ou em testamento (arts e 2.006). Assim, entendo que deve ser prevista a obrigação de o cônjuge sobrevivo conferir as doações recebidas do outro cônjuge, quando for chamado à herança, conjuntamente com os descendentes. Se concorrer com os ascendentes, não seria o caso, pois estes não estão sujeitos à colação. (FIUZA, Projeto de lei n 6960, 2002) Com esta proposta do projeto de lei, a redação do artigo do Código Civil passaria por uma sensível modificação, o qual sanaria os conflitos existentes entre as normas do artigo 544, e 2.003, positivado da seguinte forma: Art Os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum, e o cônjuge sobrevivente, quando concorrer com os descendentes, são obrigados, para igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que em vida receberam do falecido, sob pena de sonegação. (NR) (FIUZA, Projeto de lei n 6960, 2002) Esta nova redação acrescentando expressamente o cônjuge sobrevivente, quando concorrer com os descendentes, obrigando assim, ambos colacionarem, coloca fim aos conflitos existentes entre as normas em vigor no Código Civil. Haja vista que não é razoável ou justo que o cônjuge não fique obrigado a colacionar os bens ou valores que recebeu do falecido, uma vez que os descendentes têm este dever.

24 Netos: Quanto à obrigação de colacionar dos netos e bisnetos, o legislador normatizou no artigo da codificação de 2002, reeditando o artigo do Código revogado, e determinou que somente os netos que estivessem representando seus pais, na sucessão dos avós, teriam a obrigação de colacionar, mesmo que não tenham herdado. Tal normatização somente firmou o posicionamento já contido nos artigos e da codificação civilista atual. Logo, duvida nenhuma pode existir quanto a responsabilidade do herdeiro representante trazer à colação os bens herdados por representação. (LEITE, 2010, p. 937) Ainda, como bem cita Silvio Rodrigues (2007, p.309), se o neto ficasse dispensado de conferir as doações recebidas por seu pai apenas porque estas não lhes vieram a mãos, seu quinhão, na herança do avô, excederia ao cabente a seu pai, o que destoa do princípio acima proclamado, de que ao representante só cabe o que caberia ao representado. Cabe ressaltar também, que no artigo 1.852, o legislador positivou que a representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente, sendo assim, esta pode ser infinita, como bem explanado por Levenhagen (1983, p. 211 apud Rizzardo, 2008, p. 675) O direito de representação não se restringe aos bens, mas compreende, também as obrigações afetadas ao representado. Se, portanto, cabia ao pai ou a mãe pré-mortos a obrigação de fazer a colação, essa obrigação se 14 Artigo CC/02 - Quando os netos, representando os seus pais, sucederem aos avós, serão obrigados a trazer à colação, ainda que não o hajam herdado, o que os pais teriam de conferir. 15 Artigo CC/02 - Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse. 16 Artigo CC/02 - O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente.

25 24 transmite aos filhos que substituíram, ainda que os bens, ou parte deles, não mais existam. Se assim não fosse, prejudicados seriam os demais coherdeiros, pois iriam eles receber o excesso da liberalidade, que somente deixou de existir por ter sido dissipado pelo herdeiro pré-morto. O doutrinador deixou claro a necessidade do neto que substituí os pais, prémortos, na sucessão, a obrigação de colacionar, mesmo que não existam mais os bens, para não prejudicar os demais herdeiros. Para demonstrar melhor esta questão o egrégio Tribunal de Justiça do Paraná julgou recentemente sobre doação entre avó e netos dispondo em escritura pública sua vontade, e retirando de sua cota disponível a liberalidade: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ORDINÁRIA DE MODIFICAÇÃO DE DOAÇÃO. MEDIDA CAUTELAR DE SEQÜESTRO OU INDISPONIBILIDADE DE 1/3 DOS BENS DOADOS PELO AVÔ PATERNO AOS NETOS. RECONHECIMENTO DE UMA TERCEIRA NETA, ORA RECORRENTE, APÓS A DOAÇÃO. LIMINAR INDEFERIDA. DISPOSIÇÃO EXPRESSA NA ESCRITURA PÚBLICA DE DOAÇÃO DE QUE OS BENS DOADOS SAÍRAM DA PARTE DISPONÍVEL E QUE SERIAM DISPENSADOS DE COLAÇÃO, NÃO CORRESPONDENDO, ASSIM, A ADIANTAMENTO DE LEGÍTIMA. NÃO HÁ SEQUER INDÍCIOS DE QUE AS DOAÇÕES TENHAM ULTRAPASSADO A PARTE DISPONÍVEL E, AINDA QUE SE APURE EVENTUAL EXCESSO, TUDO LEVA A CRER QUE O PAI DA AGRAVANTE É QUEM DETÉM, NA CONDIÇÃO DE ÚNICO HERDEIRO NECESSÁRIO, DIREITO HEREDITÁRIO SOBRE A PARTE INDISPONÍVEL. MERA EXPECTATIVA DE DIREITO SUCESSÓRIO EM RELAÇÃO AO AVÔ PATERNO, CUJA VERIFICAÇÃO PARECE DEPENDER, EM UM JUÍZO DE COGNIÇÃO SUMÁRIA, DA ABERTURA DE INVENTÁRIO. AUSÊNCIA DE FUMUS BONI IURIS. DECISÃO MANTIDA. AGRAVODESPROVIDO. Com efeito, em 09 de novembro de 2006, Flávio José de Lacerda doou em vida cinco propriedades rurais a seus dois netos, Gabriel José Lacerda e Luiz Flávio Lacerda, com a anuência de seu filho, Dirceu Ribas Lacerda, mediante escritura pública de doação, com reserva de usufruto vitalício, na qual consta expressamente que: SÉTIMA - A presente doação destina-se a sair da parte disponível do DOADOR, que comporta essa liberdade, sem excedê-la, ficando os DONATÁRIOS isentos de colação, no inventário do DOADOR Nos termos do art do Código Civil, é válida a partilha feita por ascendente, por ato entre vivos ou de última vontade, contanto que não prejudique a legítima dos herdeiros necessários. Ou seja, o titular do patrimônio pode dar o que e quanto quiser a quem lhe aprouver, contanto que respeite a legítima dos herdeiros necessários, se os tiver, o que se denomina de partilha em vida. Quando feita em favor de herdeiros necessários, para que o bem não saia da parte indisponível e configure adiantamento de legítima, é preciso que o doador decline tal circunstância, dispensando os herdeiros da colação. Assim dispõe o art do Código Civil: são dispensadas da colação as doações que o doador determinar saiam da parte disponível, contanto que

26 25 não a excedam, computado o seu valor ao tempo da doação. O parágrafo único do referido dispositivo legal prevê, ainda, que presume-se imputada na parte disponível a liberalidade feita a descendente que, ao tempo do ato, não seria chamado à sucessão na qualidade de herdeiro necessário. Um exemplo dessa situação é justamente a doação feita ao neto quando o filho estava vivo. No presente caso, além dessa presunção legal, foi expressamente consignada na escritura pública de doação a dispensa de colação, de modo que, salvo prova em contrário, se acredita que o bem tenha saído da parte disponível e não configurou adiantamento de legítima. Assim sendo, a terceira neta do doador, que não foi contemplada, somente terá eventual direito sobre os bens doados, caso o seu pai, na condição de herdeiro necessário, tenha renunciado também a parte indisponível e, ainda, se comprove que a doação tenha ultrapassado a parte disponível. Em se tratando de decisão liminar, por meio da qual se pretende o seqüestro ou a indisponibilidade de 1/3 do patrimônio, bastaria uma mera plausibilidade acerca dessas circunstâncias. Como observado anteriormente, além da presunção do parágrafo único, do art , do Código Civil, o doador fez constar expressamente na escritura pública de doação que os bens doados saíram da parte disponível e que seriam dispensados de colação, não correspondendo, assim, a adiantamento de legítima, como alega a agravante. Não há sequer indícios de que a doação tenha ultrapassado a parte disponível e de que o pai da agravante tenha renunciado, também, em favor dos filhos à parte indisponível a justificar a concessão da liminar pleiteada. (TJPR, Agravo de Instrumento n , Relator Desembargador Augusto Lopes Cortes da 11ª Câmara Cível, julgado em 02/02/2011) Demonstra assim, que a possibilidade de doação entre avós e netos é possível, mesmo em vida, e sem a necessidade de colacionar, para tanto a doação não pode ultrapassar a cota disponível, bastando somente contar a doação em testamento ou no título da liberalidade, informando que a doação saía da sua parte disponível. Isto posto, demonstra que os netos somente necessitam colacionar quando representarem seus pais falecidos, na sucessão, mesmo que os bens não mais existam, ainda, que a doação feita entre avós e netos ou bisnetos podem ser feitas desde que saiam da parte disponível, constando sempre em testamento ou título de liberalidade.

27 26 3. HIPÓTESES DE DISPENSA DA COLAÇÃO A previsão para dispensa da colação já estava prevista no direito romano, quando por meio da Novela 18 de Justiniano, já se previa que haveria integral conferre 17, exceto quando o doador expressamente declarar que a desnecessidade de colacionar: Cessat collatio si parens hoc in ducti expressium 18. Levando em consideração a regra geral, que as doações sejam levadas a colação pelos descendentes e em alguns casos pelo cônjuge sobrevivente, existem casos expressos no Código Civil de 2002 admitindo à dispensa de colacionar. (LEITE, 2010, p. 925) Estes casos já estavam previstos no Código Civil de 1916, e foram modificados e modernizados com a entrada em vigor do novo Código HIPÓTESE DE DISPENSA CONFORME O ARTIGO DO CC/02 Para o artigo as doações dispensadas de colacionar são aquelas em que o doador determine que saia da sua cota disponível, contanto que não a excedam. Esta dispensa não pode ser presumida, deve estar expressa através de título constitutivo de liberalidade ou testamento. Em caso de ser feito por título constitutivo de liberalidade, o ato torna-se irrevogável, uma vez que se integra ao 17 Conferir, (tradução Livre); 18 Cessa a colação quando o pai assim decidir expressamente, (tradução livre); 19 Artigo CC/02 - São dispensadas da colação as doações que o doador determinar saiam da parte disponível, contanto que não a excedam, computado o seu valor ao tempo da doação. Parágrafo único. Presume-se imputada na parte disponível a liberalidade feita a descendente que, ao tempo do ato, não seria chamado à sucessão na qualidade de herdeiro necessário.

28 27 conteúdo do ato jurídico, ao contrario do testamento que tem uma característica de ato revogável. (RODRIGUES, 2007, p. 313) Diferentemente do disposto no artigo da antiga codificação, o qual dispunha que eram dispensados da colação os dotes e as doações que saiam da sua metade. Neste artigo, a exemplo do artigo do novo Código de 2002, o legislador silenciou sobre os dotes, por se tratar de hipótese não mais compatível com a realidade brasileira atual, e inseriu o parágrafo único, alargando o campo de aplicação da presunção de dispensa da colação. (LEITE, 2010, p. 925) Ainda, atualizou algumas partes da nova codificação trocando sua metade, como fazia no Código de 1916, por parte disponível, no novo Código, deixando subentendida a idéia de cota disponível, em oposição à legítima. (id. 2010, p. 925) Portanto, a liberalidade dispensada de colacionar, é aquela destinada livremente pelo autor da herança, na proporção que quiser, contanto que não exceda sua cota parte, que por estar fora da legitima, não compromete a parte indisponível da legítima. (RODRIGUES, 2007, p. 313) Mas caso ocorra a hipótese de a doação ultrapassar a metade disponível do falecido, o excesso deverá ser colacionado, conforme o artigo da nova codificação, evitando assim a desigualdade da legítima entre os herdeiros. (RIZZARDO, 2010, p. 679) Neste mesmo contexto o egrégio Tribunal de Justiça do Paraná, firmou o entendimento: 20 Artigo CC/16 - São dispensados da colação os dotes ou as doações que o doador determinar que saiam de sua metade, contanto que não a excedam, computado o seu valor ao tempo da doação.

29 28 AGRAVO DE INSTRUMENTO - SUCESSÃO - BENS DOADOS EM VIDA A FILHO - ESCRITURA PÚBLICA DE DOAÇÃO DEMONSTRANDO QUE OS BENS FORAM DOADOS COM CLAÚSULA DE EXCLUSÃO DE FUTURA COLAÇÃO - VALOR DA DOAÇÃO QUE NÃO EXCEDEU A PARTE DISPONIVEL NO MOMENTO DA LIBERALIDADE - RECURSO NÃO PROVIDO. A Requerente pretende seja anulada a decisão monocrática, por entender que a doação realizada em vida pela inventariada MARIA RITA SIQUEIRA MARTINS ao Requerido deveria ser levada a colação, ao fundamento de que ultrapassara o limite da parte disponível. Em um exame apurado dos autos, nota-se que a escritura pública de doação colacionada aos autos, diz expressamente "... que a presente doação destina-se a sair da metade disponível de seus bens, que comporta essa liberalidade, sem excedê-la, ficando o donatário isento de colação em futuro inventário dela doadora" (fl.29/30-tj). Dessa forma, tem-se que os bens doados ao requerido não devem fazer parte da colação, sob pena de se infringir a vontade da de cujus, regra esta que encontra amparo legal no art do Código Civil. Quanto ao cômputo do valor dos bens doados, novamente a escritura pública de doação transcreve "... que os bens aqui doados por esta escritura, tomados como parâmetros os valores atribuídos aos bens que a doadora recebeu como meeira no inventário de seu finado esposo, antes retratado nesta, correspondem a 48% (quarenta e oito por cento) do seu patrimônio atual" (fl. 30-TJ). Assim, oportuno salientar que é de se considerar inoficiosa e, portanto, nula, a doação de genitor a seu descendente quando exceder à parte disponível da totalidade de seus bens no momento da liberalidade, o que não ocorrera de fato no caso em tela. Nos termos do art , 1º, do Código Civil, o excesso da parte disponível do doador deve ser apurado no momento da liberalidade, e não no momento da abertura da sucessão. O que se pode concluir que com base na escritura pública de doação o valor doado não veio exceder a parte disponível da inventariada no momento da liberalidade. Sendo assim, além de a requerente não ter produzido qualquer prova no sentido de demonstrar que foi excedida a parte disponível, existem elementos nos autos que comprovam o contrário, que a doação realizada não ultrapassara a parte disponível dos bens da doadora no momento da liberalidade. Portanto, a decisão ora atacada deve ser confirmada, mantendo os bens doados ao requerido fora da colação. Destarte, voto pelo não provimento do recurso. (TJPR. Agravo de Instrumento n , Relator Desembargador Mendonça de Anunciação, julgado em 18/02/2009) Restou demonstrado no julgado acima, que o legislador no artigo (caput) da nova codificação, acertou quando da reformulação da norma, imputando a dispensada colação, quando a doação sair da parte disponível do doador, assim como citado no caso concreto acima, que além de determinar que a doação saiu da parte disponível, deixou claro que ao tempo da liberalidade a doação comportava 48% (quarenta e oito por cento) do valor atribuído aos bens que a doadora recebeu como meeira no inventário do falecido esposo.

30 29 O legislador com o intuito de complementar o artigo normatizou no parágrafo único que sairia da parte disponível a liberalidade feita a descendente que, ao tempo do ato, não seria chamado à sucessão na qualidade de herdeiro necessário. Assim como no ensinamento de Gonçalves (2010, p. 541) onde chama atenção para a doação ao filho adotivo é sujeita a ser conferida. Mas a doação feita antes do ato de doação não esta sujeita a colacionar, porque na data da liberalidade ele não seria chamado a suceder na qualidade de herdeiro necessário. No mesmo sentido, o filho natural, que tiver recebido doação antes do reconhecimento, seja espontâneo ou judicial, não é obrigado a trazê-la à colação, pois somente o reconhecimento lhe confere o status que qualifica na condição de herdeiro necessário. Pois o negócio jurídico de doação somente será tido como perfeito e acabado, na passagem do bem, na hipótese de irmão posteriores, o valor do bem doado deve ser colacionado, inserido na parte indisponível do patrimônio do doador, descontando assim da legítima dos filhos já beneficiados. Caso venha este valor ultrapassar a parte disponível. (GONÇALVES, 2010, p. 541) Rizzardo (2008, p.679) simplificou o entendimento do parágrafo único do artigo 2005 com o seguinte exemplo: se contemplado, pelo avô, o neto cujo pai ainda está vivo quando se deu a liberalidade. A doação ao neto, pois, presume-se imputada na parte disponível. Não se afere o respectivo montante no monte indisponível. Não se pode impor que o neto que traga à colação essa doação, e nem o filho precisa trazer, na sucessão do pai, aquilo que se doou ao neto. Neste sentido, o neto não trará a colação os bens a ele doados pelo mesmo motivo do parágrafo único do artigo do CC/02, pois o neto não seria chamado

31 30 a sucessão quando ao tempo de liberalidade, pelo fato de seu pai, que seria o descendente, ainda estar vivo. Para abordar ainda melhor o tema o julgado do egrégio Tribunal de Justiça do Paraná, que levantou o tema contido no parágrafo único do artigo da nova codificação civilista: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ORDINÁRIA DE MODIFICAÇÃO DE DOAÇÃO. MEDIDA CAUTELAR DE SEQÜESTRO OU INDISPONIBILIDADE DE 1/3 DOS BENS DOADOS PELO AVÔ PATERNO AOS NETOS. RECONHECIMENTO DE UMA TERCEIRA NETA, ORA RECORRENTE, APÓS A DOAÇÃO. LIMINAR INDEFERIDA. DISPOSIÇÃO EXPRESSA NA ESCRITURA PÚBLICA DE DOAÇÃO DE QUE OS BENS DOADOS SAÍRAM DA PARTE DISPONÍVEL E QUE SERIAM DISPENSADOS DE COLAÇÃO, NÃO CORRESPONDENDO, ASSIM, A ADIANTAMENTO DE LEGÍTIMA. NÃO HÁ SEQUER INDÍCIOS DE QUE AS DOAÇÕES TENHAM ULTRAPASSADO A PARTE DISPONÍVEL E, AINDA QUE SE APURE EVENTUAL EXCESSO, TUDO LEVA A CRER QUE O PAI DA AGRAVANTE É QUEM DETÉM, NA CONDIÇÃO DE ÚNICO HERDEIRO NECESSÁRIO, DIREITO HEREDITÁRIO SOBRE A PARTE INDISPONÍVEL. MERA EXPECTATIVA DE DIREITO SUCESSÓRIO EM RELAÇÃO AO AVÔ PATERNO, CUJA VERIFICAÇÃO PARECE DEPENDER, EM UM JUÍZO DE COGNIÇÃO SUMÁRIA, DA ABERTURA DE INVENTÁRIO. AUSÊNCIA DE FUMUS BONI IURIS. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO DESPROVIDO. Como observado anteriormente, além da presunção do parágrafo único, do art , do Código Civil, o doador fez constar expressamente na escritura pública de doação que os bens doados saíram da parte disponível e que seriam dispensados de colação, não correspondendo, assim, a adiantamento de legítima, como alega a agravante. Não há sequer indícios de que a doação tenha ultrapassado a parte disponível e de que o pai da agravante tenha renunciado, também, em favor dos filhos à parte indisponível a justificar a concessão da liminar pleiteada. (TJPR, Agravo de Instrumento n , Relator Desembargador Augusto Lopes Cortes da 11ª Câmara Cível, julgado em 02/02/2011) Para este julgado, o entendimento segue o mesmo norte já levantado, pois ficou reconhecido que a doação saiu da parte disponível, não tendo indícios de que ultrapassou o valor a parte indisponível, mesmo a neta sendo reconhecia a posterior não pode influenciar, pois como descrito no parágrafo único do artigo 2005, os netos não seriam chamados a sucessão no momento da liberalidade dos avós.

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