03/07/2012. Pneumonia Adquirida na Comunidade. Passos a Seguir Quando Ocorre Falha Terapêutica. Passos a Seguir Quando Ocorre Falha Terapêutica

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "03/07/2012. Pneumonia Adquirida na Comunidade. Passos a Seguir Quando Ocorre Falha Terapêutica. Passos a Seguir Quando Ocorre Falha Terapêutica"

Transcrição

1 Pneumonia Adquirida na Comunidade Passos a Seguir Quando Ocorre Falha Terapêutica Miguel Aidé UFF Goiana-2012 Pneumonia Adquirida na Comunidade Passos a Seguir Quando Ocorre Falha Terapêutica Miguel Aidé UFF 2012 PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO- Fang et al.,1990 Consolidação na radiografia do tórax apresentação aguda tosse/expectoração dor pleurítica dispnéia febre > 37,8 C alteração do estado mental consolidação ao exame físico do tórax leucocitose >

2 CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO SBPT-2009 Doença aguda: tosse + expectoração, falta de ar, dor torácica. Manifestações sitêmicas : febre > 37,8º, confusão, cefaléia, calafrios, sudorese. Sinais focais no exame físico + imagem nova na radiografia do tórax PAC Tratamento com antibióticos adequados: MACROLÍDEOS BETALACTÂMICOS FLUOROQUINILONAS RESPIRATÓRIAS SBPT-2009 IDSA-ATS ERS/ESCMID-2011 Feminina,32 anos: tosse, dor torácica, febre 2

3 30 dias 3

4 Tratamento com ATBs PAC? Sem melhora clínica e piora radiológica Tuberculose Pulmonar Tuberculose Pulmonar 4

5 Tratamento com ATBs PAC? Sem melhora clínica -radiológica Masculino, 68 anos: tosse, febre, prostração. Dois esquemas de ATB: Cefuroxima e Fluoroquinolona Evolução radiográfica: agôsto novembro dezembro 2007 Sem melhora clínica e radiológica PAC? 5

6 Caso Clínico: 1º dia na UTI 16 /11/ 2009 Caso Clínico: TCAR Instituída VM após várias tentativas de VNI 6

7 Caso Clínico: TCAR Hemograma/ perfil eletrolítico/ hepatograma/ HIV Testes sorológicos Caso Clínico: Histopatologia - HE PAC sem resposta Reavaliação clínica Reavaliar/solicitar Exames não invasivos Escarro Hemocultura Antígenos/Anticorpos Outras culturas Arancibia M et al. AJRCCM 2000; El-Sohl AJRCCL 2002; Menédez B Sem Respir Infect 2003;18:103 Broncoscopia Escovado protegido LBA Biópsia RX/ TCAR Troca do tratamento empírico Ajuste do tratamento com resultados microbiológicos 7

8 O que é falha terapêutica? PAC: falha terapêutica Definição: é a falta de resposta (inadequada) a terapia com antibiótico. Quando a resposta ao tratamento é inadequada, ocorre a persistência ou a progressão da infecção, resultando na piora dos sintomas e resolução lenta, que pode levar a disseminação do processo infeccioso, surgimento de complicações e mesmo a morte Rosario Menéndez, MD and Antoni Torres, MD Chest 2007; 132: Fracasso terapêutico - Prevalência Prevalência 10-24% em pacientes hospitalizados 7% em pacientes ambulatoriais Mortalidade 25-43% Arancibia et al. Am J Respir Crit Care Med 2000; 162: Menendez R et al. Thorax 2004; 59: Roson B et al. Arch Intern Med 2004; 164: Fantin et al. Chest 2001;120: Minogue MF et al. Ann Emerg Med 1998;31: Arancibia F et al. Am J Respir Crit Care Med 2000; 162: Menendez R et al. Thorax 2004; 59:

9 PAC: falha terapêutica A falta de resposta é baseada no período de tempo requerido para a resolução dos sintomas e/ou resolução da imagem radiográfica Rosario Menéndez, MD and Antoni Torres, MD Chest 2007; 132: PAC: falha terapêutica A avaliação recomendada para os doentes com PAC após início do ATB é crucial nas primeiras 72 horas quando se espera alcançar a estabilidade clínica. Se o paciente falha em alcançar a estabilidade, uma completa reavaliação deve ser feita para investigar as razões da não estabilidade Rosario Menéndez, MD and Antoni Torres, MD Chest 2007; 132: PAC: falha terapêutica Falha precoce: ausência de resposta ou piora do quadro clínico nas primeiras 48/72 horas de tratamento com ATB Falha tardia: ausência de resposta ou piora do quadro clínico quando ultrapassa 72 horas de tratamento com ATB Menéndez R, Torres A. Chest 2007; 132: Menéndez R et al. Thorax 2004;59: Guidelines for the management of adult lower respiratory tract infections. Clin Microbiol Infect 2011; 17(Suppl. 6): E1 E59 9

10 PAC: falha terapêutica IDSA/ATS Guidelines for CAP in Adults. CID 2007:44( suppl2) Diretrizes de PAC-SBPT,2009 Falha de resposta ao tratamento: I- Precoce : < 72 horas de internação falência respiratória e choque séptico, progressão Rx ; novos focos de infecção II- Tardia: Persistência ou reaparecimento da febre + sintomas ou à necessidade de VM e/ou evolução para choque séptico > 72 horas Arancibia F. et al. AJRCCM 2000;162:154:160 Menéndez R, Torres A et al. Thorax 2004; 59:960-5 Frequência de falha terapêutica 8% 85% 7% Response early failure Late failure Rosón et al: 6% falha Fracasso Terapêutico - Definições Manuela Cavalcanti- CNIR,2009 Falta de uniformidade nos diferentes estudos Arancibiaet etal. AJRCCM, 2000 Menendezet etal. Thorax,, 2004 Roson et al. Arch Inter Med, 2004 Genne et al. Eur J Clin Micr Inf Dis,2006 Menendezet etal. Thorax,, 2008 n Fracasso precoce Fracasso tardio n=444 VM, choque, febre + Tardio: 11% - sintomas após 72h n=1.424 VM, choque, morte, progressão VM, choque, febre + Global: 15,1% radiológica em 72h. sintomas após 72h Precoce: 9,2% n=1.383 Piora clínica/ radiológica 48-72h Precoce: 6% c/ mod ABT e/ou procedimentos - n=224 > 3d febre+ piorapao2/ piora leucograma. Pioraclínicac/ mod Global: 28% ATB porterapiadiscordanteouae. Morteapós48h ATB. n=453 VM, choque, morte em 72h. VM, choque, febre+ sintomas Global: 18% após72h Precoce: 8% 10

11 Fracasso Terapêutico - Definições Definições mais aceitas Ambulatoriais Necessidade de internação ou troca de antibióticos Hospitalizados Fracasso terapêutico precoce Fracasso terapêutico tardio < 72h de antibióticos; choque séptico e/ou VM. >72h de antibióticos; febre + sintomas respiratórios; choque séptico e/ou VM. 1ª questão: Qual seria o principal(s) critério(s) para avaliar a estabilidade clínica da PAC? 1- Temperatura corporal(axilar)? 2- Saturação da hemoglobina? 3- Freqüência cardíaca? 4- Freqüência respiratória? 5- Pressão arterial sistêmica? PAC: Falência de Tratamento Critérios para estabilidade clínica: IDSA/ATS 2007 TA 37,8ºC FC 100bpm Tempo de estabilidade = 3 dias FR 24irpm ¼ requer 6 dias PAS 90mmHg SpO2 90% ou PaO2 60mmHg 11

12 PAC: Falência de Tratamento Critérios para estabilidade clínica: IDSA/ATS 2007 TA 37,8ºC FC 100bpm Tempo de estabilidade = 3 dias FR 24irpm ¼ requer 6 dias PAS 90mmHg SpO2 90% ou PaO2 60mmHg Habilidade para comer Estado mental normal PAC: falência do tratamento JAMA1998;279: doentes com PAC(2287) do estudo PORT Objetivo: tempo de estabilidade para os sinais vitais + estado mental e habilidade para comer Sinais vitais x tempo para estabilidade TA < FC < FR < Sat. O2 JAMA1998;279:

13 Diferentes conceitos de Estabilidade versus Gravidade Inicial da Pneumonia- PSI A- TA 38,5º, SpO2 90, FR 24 PSI I-III 2 a 4 dias(3) B- PSI IV-V 2 a 9 dias(5) C- D- E- TA 37,2º, SpO2 94, FR 20 PSI I-III 4 a 15 dias(6) PSI IV-V 4 a 17 dias(7) JAMA1998;279: Diferentes conceitos de Estabilidade versus Gravidade Inicial da Pneumonia- PSI A- TA 38,5º, SpO2 90, FR 24 PSI I-III 2 a 4 dias(3) B- PSI IV-V 2 a 9 dias(5) C- D- E- TA 37,2º, SpO2 94, FR 20 PSI I-III 4 a 15 dias(6) PSI IV-V 4 a 17 dias(7) JAMA1998;279: Curso hospitalar maior Objetivo primário: Investigar resposta inflamatória sistêmica de TNFα, IL-1, IL-6, IL- 8, IL-10, PCR e PCT em pacientes admitidos por PAC e determinar sua relação com falha terapêutica, precoce e tardia Métodos Definição de fracasso Precoce: <72h Tardio: > 72h Citocinas e marcadores TNFα, IL-1, IL-6, IL-8, IL-10, PCR e PCT: 1º dia e 72h Torax 2008;63:

14 Medidas Preditores de Fracasso Terapêutico Analise Multivariada Fracasso Precoce Tardio OR (IC 95%) P OR (IC 95%) P OR (IC 95%) P Dia 1 IL ( ) ( ) 0.02 IL ( ) 3.9) ( ) PCR 2.6( ) ( ) ( ) PCT ( ) Fine IV-V 1.7( ) ( ) Dias 1 e 3 IL-6 D3 2.6 (1.3-5,3) ( ) PCR D3 3.4 ( ) ( ) 11.2) Fine IV-V 1.9 ( ) Thorax 2008;63: Sensibilidade, especificidade e valores preditivos de marcadores no 1º dia para predizer falha precoce Fracasso Precoce S E VPP VPN PCR 54% 72% 16% 94% PCR + Fine IV-V 45% 87% 23% 94% PCT 57% 75% 17% 95% PCT + Fine IV-V 45% 85% 22% 94% PCR + PCT 45% 89% 28% 95% PCP + PCT + Fine 37% 94% 38% 94% Thorax 2008;63: º dia - PCR(OR 2,6) PCT(OR 2,7) bons preditores de falha terapêutica precoce 3º dia - PCR IL-6 preditores de falha terapêutica tardia Quando CPR e PCT não excediam o nível de valores no 1º dia havia um forte VPN para falha terapêutica Thorax 2008;63:

15 Pacientes com FT mostram resposta sistêmica pró-inflamatória no 1º dia e após 72 horas de tratamento comparados com aqueles com boa resposta Níveis sanguíneos de CPR, PCT e IL-6 mensurados no 1º e 3ª dia podem ser úteis como preditores de falha terapêutica FT precoce é menos provável naqueles com baixo níveis de PCR e PCT no 1º dia, devido o alto valor preditivo negativo encontrado nesses marcadores Aumento dos níveis de IL-6 e CPR é melhor valor prediivo de falha terapêutica tardia Thorax 2008;63: Valor preditivo de estabilidade clinica e biomarcadores no 3º dia para ausência de complicações após 72 horas Thorax 2009;64: Valor preditivo de estabilidade clinica e biomarcadores no 3º dia para ausência de complicações após 72 horas Thorax 2009;64:

16 PAC: falência do tratamento 2ª questão: Quais os fatores relacionados com a não resolução/lenta da pneumonia? 1- Fatores ligados ao hospedeiro? 2- Fatores ligados ao microorganismo? 3- Gravidade da apresentação da PAC? 4- Antibiótico inadequado? Fatores relacionados a resolução das Pneumonias Resolução rápida Fatores do hospedeiro Gravidade da PAC Microrganismo Resolução lenta Fatores do hospedeiro Gravidade da PAC Microrganismo Características Jovem; não tabagista; fora do hospital sem gravidade Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae Idoso;comorbidades;alcoolistas;tabagistas PAC grave; multilobar; empiema; bacteremia Legionella spp; ; PAC polimicrobiana Menéndez R, Torres A. CHEST 2007;132: PAC: falência do tratamento Tipos e Etiologias da falha terapêutica IDSA/ATS-2007 Demora resposta/ Deterioração/ Progressão: Gravidade na apresentação - PSI Microorganismo resistente/ Patógeno não coberto ou insensível aos ATB Derrame pleural parapneumônico/ Empiema Exacerbação de comorbidades Pneumonia nosocomial Doença extra pulmonar ICC,BOOP, Vasculites, TEP, Drogas, Aspiração, SARA Arancibia F. et al. AJRCCM 2000;162:154:160 16

17 PAC: falência do tratamento Arch Intern Med 2004;164: Avaliados 1335 adultos hospitalizados com PAC, para falência de tratamento precoce Falta de resposta ou piora clínica e/ou radiográfica nas primeiras 48/72 horas 81(6%) doentes com falha precoce PAC: falência do tratamento PAC: falência do tratamento 16(32%)/52 17

18 PAC: falência do tratamento CONCLUSÕES: Falha no tratamento precose da PAC não é freqüente 6%, porém está associada com alta morbidade 58% e maior taxa de mortalidade 27% Muitos casos ocorrem devido a inadequada resposta patógeno hospedeiro Tratamento discordante é a menos freqüente causa de FTP que pode ser prevenida com aplicação correta das diretrizes de PAC Ortqvist A et al Chest,1990 a FTP foi de 15% Thorax 2004;59: Avaliados 1424 adultos hospitalizados com PAC, para identificar fatores de riscos associados a falha terapêutica empírica e determinar a incidência de falência de tratamento precoce <72horas e FT tardia >72 horas Falência de tratamento = 215 (15,1%) Falência de tratamento precoce 134(62,3%) e tardia 81(37,7%) 18

19 PAC: fatores de risco para falência do tratamento Fatores de alto risco 11x mortalidade PSI alto(iv-v) Homem, 56 anos, hepatite C em uso de Interferon γ - febre alta, tosse, dor no HTD em uso de levofloxacino internação Fatores de risco: PSI(IV-V); Empiema; Doença Hepática; SpO2-85% AA TC de tórax 1º dia de internação 19

20 1º dia pós-cirurgia video-assistida e drenagem pleural fechada 3ª questão:quais os fatores protetores para resposta ao tratamento? 1- Vacinação anti-influenza virus? 2- Portador de DPOC? 3- Iniciar o tratamento com Fluoroquinolona respiratória? 4- Classe de risco para gravidade de PAC? PAC: fatores protetores Fatores de proteção Thorax 2004;59:

21 PAC: falência do tratamento Conclusões: PSI(Fine) IV-V fator independente de mortalidade em FTP e FTT Doença Hepática, Cavitação, Multilobar, D. pleural, Leucopenia fatores de risco alto para FT DPOC, Vacinação anti-influenza, Quinilonas fatores protetores de FT FT aumenta quanto maior o número de fatores de risco Falência do tratamento em PAC Rosário Menéndez and Antony Torres CHEST 2007;132: Causas de Falência Terapêutica: Infecciosas 40% Não infecciosas 15,8% Indeterminada 44,2% (Arancibia, AJRCCM %) Menéndez R et al. Thorax 2004:59: Arancibia et al. AJRCCM 2000, El-Solh A et al. AJRCCM

22 Causas de Falência Terapêutica: I - INFECCIOSAS 1- Microorganismos resistentes: Em PAC: Streptococcus pneumoniae e S. aureus Em PAH: Acinetobacter; MRSA; Pseudomonas aeruginosa 2- Microorganismos não freqüentes: Mycobacterium tuberculosis, Nocardia spp, Fungos, P. jiroveci, Parasitos II NÃO INFECCIOSAS Neoplasias, Hemorragia pulmonar, Eosinofilia pulmonar, Edema pulmonar, SARA, BOOP, Vasculites, TEP, PH, Linfangite Menéndez R et al. Thorax 2004:59: ; CHEST 2007;132: Arancibia et al. AJRCCM 2000, El-Solh A et al. AJRCCM 2002 Preditores de não resposta Fatores relacionados Gravidade inicial Fatores relacionados ao hospedeiro Micoorganismo causador Tratamento - Antibiótico Menéndez R, Torres A et al. Thorax 2004; 59:960-5 PAC: falência do tratamento Arch Intern Med 2004;164: Avaliados 1335 adultos hospitalizados com PAC, para falência de tratamento precoce Falta de resposta ou piora clínica e/ou radiográfica nas primeiras 48/72 horas 81(6%) doentes com falha precoce 22

23 Thorax 2004;59: Avaliados 1424 adultos hospitalizados com PAC, para identificar fatores de riscos associados a falha terapêutica empírica e determinar a incidência de falência de tratamento precoce <72horas e FT tardia >72 horas Falência de tratamento = 215 (15,1%) Falência de tratamento precoce 134(62,3%) e tardia 81(37,7%) Perditores de Falha Terapêutica Precoce Menéndez R, Torres A et al. Thorax 2004; 59:960-5Menéndez R, Torres A et al. Thorax 2004; 59:960-5 Menéndez R, Torres A et al. Thorax :960-5; CHEST 2007;132: Multivariate predictors of nonresponding pneumonia 4,5 4 3,5 3 2,5 RR 2 1,5 1 0,5 0-0,5-1 Fine Liver dis. COPD Multil Pleural effusion Cavit Leuk FQ Vac Flu Menéndez R, Torres A et al. Thorax 2004; 59:

24 Fluoroquinolona 14 dias 30 dias TC do tórax pós- drenagem 24

25 Aderência e não resposta em PAC 80% patients adherent treat. 20% nonresponding death , ,9 10 OR:0.66 8,9 5 5,4 0 Adherent OR:0.5 nonadherent Desorientado FR, PASist, SpO2, FC PAC sem resposta vs prescritor em tratamento não adequado % Pneumologists Nonpneum resident death nonresponding Pneumo Resident Others Menéndez R, Torres A et al. AJRCCM 2005; 172:

26 Corticosteróides? Drotrecogin-α ativada? Citocina em pneumonia sem resposta em UTI pg/ml IL-6 resposta respuesta sem NR resposta dia 1 dia 3 Ioanas et al. Crit Care Med 2004; 32:

27 4ª questão: Diante da falha terapêutica como proceder? 1- Acrescentar outro antibiótico? 2- Trocar o antibiótico? 3- Rever anamnese, solicitar exames complementares e reiniciar outro esquema terapêutico? 4- Transferir o doente para uma unidade de cuidados intensivos? 27

28 PAC sem resposta Reavaliação clínica Reavaliar/solicitar Exames não invasivos Escarro Hemocultura Antígenos/Anticorpos Outras culturas Arancibia M et al. AJRCCM 2000; El-Sohl AJRCCL 2002; Menédez B Sem Respir Infect 2003;18:103 Broncoscopia Escovado protegido LBA Biópsia RX/ TCAR Troca do tratamento empírico Ajuste do tratamento com resultados microbiológicos AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA FALHA TERAPÊUTICA Anamnese Epidemiologia Exame físico Microorganismos relacionados com a história epidemiológica Leptospirosis e Hantavirus Nocardia spp e Aspergillus P jirovesi Coxiella burnetti Psitacosis Fungos dimórficos Anaeróbios Mycobacterium tuberculosis Menéndez R, Torres A. CHEST 2007;132: História epidemiológica 28

29 18/ 02/ / 02/ 2008 História clínica CRK, 66 anos, dor HTE e febre, sem tosse Cefuroxima Axetil - 3 dias sem resposta clínica/radiológica TA 38,2 C, FC 96bpm, FR 36irpm, SpO2 86%, PA 120/60 mmhg Desorientado... Internado Ceftriaxona+Claritromicina EV 21/ 02/ /02/2008 Evolução: prostrado, desorientado, FR 32irpm, FC 108bpm, SpO2 86% em ar ambiente, PA 120/60mmHg e TA 38.7 C, plaquetas 3º dia de hospital: Mesmos parâmetros vitais 7º dia: FR 20irpm, FC 86bpm, SpO2 94%, TA 36,5 C História clínica 14/04/08 23/02/08 29

30 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA FALHA TERAPÊUTICA Exame físico: inspeção Diagnóstico está na cara PAC : pneumococo Herpes simples 30

31 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA FALHA TERAPÊUTICA Escarro Broncofibroscopia Pleura Sangue Urina Estudo microbiológico do escarro 1- Coloração: Gram; Giemsa; Ziehl Neelsen; prata de Gomori/Grocott; DFA Legionella 2-Cultura quantitativa: 10³UFC e 10 4 UFC LBA Hemocultura Antígenos urinários: Legionella e S. pneumoniae Punção pleural Citologia do LBA Menéndez R, Torres A. CHEST 2007;132: AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA FALHA TERAPÊUTICA Escarro Ex. direto Estudo microbiológico Escarro 1- Coloração: Gram; Giemsa; Ziehl Neelsen; prata de Gomori; DFA Legionella 2-Cultura quantitativa: 10³UFC e 10 4 LBA Hemocultura Antígenos urinários: Legionella e S. pneumoniae Punção pleural Citologia do LBA Menéndez R, Torres A. CHEST 2007;132: AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA FALHA TERAPÊUTICA Escarro induzido Estudo microbiológico Escarro 1- Coloração: Gram; Giemsa; Ziehl Neelsen; prata de Gomori; DFA Legionella 2-Cultura quantitativa: 10³UFC e 10 4 LBA Hemocultura Antígenos urinários: Legionella e S. pneumoniae Sorologia: Micoplasma Punção pleural Citologia do LBA Menéndez R, Torres A. CHEST 2007;132:

32 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA FALHA TERAPÊUTICA Escarro Broncofibroscopia Sangue Urina IgM para Mycoplasma Sorologia 1- Coloração: Gram; Giemsa; Ziehl Neelsen; prata de Gomori/Grocott; DFA Legionella 2-Cultura quantitativa: 10³UFC e 10 4 UFC LBA Hemocultura Antígenos urinários: Legionella e S. pneumoniae Sorologia para Mycoplasma/Legionella Punção pleural Citologia do LBA Menéndez R, Torres A. CHEST 2007;132: Diagnóstico diferencial: LBA Leucócitos polimorfonucleares: InfecçãoBacteriana BOOP/COP Linfócitos Tuberculose Pneumoniade hipersensibilidade Sarcoidose Pneumonia intersticial idiopática Macrófagos com hemosiderina Eosinófilos Eosinofiliapulmonar Infecção por fungos/p. jirovesi Infiltrado pulmonar por drogas Doença sistêmica Jacobs et al. Respir Med 1999; 93:

33 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA FALHA TERAPÊUTICA BFC LBA Ex. direto Estudo microbiológico Broncofibroscopia 1- Coloração: Gram; Giemsa; Ziehl Neelsen; prata de Gomori; DFA Legionella 2-Cultura quantitativa: 10³UFC e 10 4 LBA Hemocultura Antígenos urinários: Legionella e S. pneumoniae Sorologia: Micoplasma Punção pleural Citologia do LBA Menéndez R, Torres A. CHEST 2007;132: Tuberculose Pulmonar Tuberculose Pulmonar 33

34 Feminina, 82 anos: febre, tosse, febre baixa, prostração havia 4 meses. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA FALHA TERAPÊUTICA Broncofibroscopia LBA Klebsiella pneumoniae Estudo microbiológico Escarro e BF 1- Coloração: Gram; Giemsa; Ziehl Neelsen; prata de Gomori; DFA Legionella 2-Cultura quantitativa: 10³UFC e 10 4 LBA Hemocultura Antígenos urinários: Legionella e S. pneumoniae Sorologia: Micoplasma Punção pleural Citologia do LBA Menéndez R, Torres A. CHEST 2007;132: /03/08 10/03/08 17/03/08 34

35 Lavado broncoalveolar Água de coco Lavado broncoalveolar Água de coco PAC Lipóide AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA FALHA TERAPÊUTICA BFC- LBA Citologia do LBA 1- Coloração: Gram; Giemsa; Ziehl Neelsen; prata de Gomori; DFA Legionella 2-Cultura quantitativa: 10³UFC e 10 4 LBA Hemocultura Antígenos urinários: Legionella e S. pneumoniae Punção pleural Citologia do LBA Menéndez R, Torres A. CHEST 2007;132:

36 Hemorragia pulmonar TC do tórax + LBA Sangue no LBA + > 20% de Macrófagos com hemossiderina J Bras Pneumol 2005;31(Supl 1):S36-S43 LBA eosinófilos Ferreira A. UFF 36

37 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA FALHA TERAPÊUTICA Biópsia de Pulmão CBA/Adenocarcinoma Caso Clínico: LFR, 41anos, Branco, Vendedor, residente em Niterói, RJ SE - tosse, sibilância, febre de 39ºC, dispnéia, mialgia havia 24 horas. Diagnóstico de Bronquite - Medicado com ATB e BD durante 4 dias. Transferido para UTI em IRA por PAC grave Tratado com Vancomicina, Moxifloxacino, Cefepime e BD sem melhora clínica. 14 novembro de 2009 Caso Clínico: 1º dia na UTI / 5º dia de internação 20 /11/

38 Caso Clínico: TCAR Instituída VM após várias tentativas de VNI Caso Clínico: TCAR Hemograma/ perfil eletrolítico/ hepatograma/ HIV Testes sorológicos Caso Clínico: Histopatologia - HE 38

39 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA FALHA TERAPÊUTICA Exames de Imagens 1 - Rever exames de imagem 2 - Solicitar outros exames de imagem: TC de Tórax; Cintilografia V/P Extensão da lesão Cavidades Derrame pleural Novo infiltrado Parênquima, interstício, pleura e mediastino Probabilidade etiológica AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA FALHA TERAPÊUTICA História clínica + História epidemiológica + Imagem Masculino, 48a, febre, tosse, prostração 39

40 Tosse, febre, dispnéia SE : diagnóstico de Pneumonia dupla, usou dois cursos de ATB sem resposta clínica-? Exame físico: sibilos bilaterais 40

41 Silicone bilateral associado a Bronquite Lembretes falha terapêutica da PAC não é freqüente tempo de estabilidade da PAC são 72 horas critérios para estabilidade são os sinais vitais FR, FC, PA, SpO2,TA idoso, derrame pleural, PSI, PAC multilobar, hepatopatia, tratamento discordante Legionella pneumonia e bacilos Gram negativos vacina anti-influenza virus, DPOC, fluoroquinolona são fatores protetores níveis sanguíneos de CPR, PCT e IL-6 mensurados no 1º e 3ª dia podem ser úteis como preditores de falha terapêutica 41

42 Piratininga-Niterói 42

43 OBRIGADO AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA FALHA TERAPÊUTICA Escarro induzido Estudo microbiológico Escarro e BF 1- Coloração: Gram; Giemsa; Ziehl Neelsen; prata de Gomori; DFA Legionella 2-Cultura quantitativa: 10³UFC e 10 4 LBA Hemocultura Antígenos urinários: Legionella e S. pneumoniae Sorologia: Micoplasma Punção pleural Citologia do LBA Menéndez R, Torres A. CHEST 2007;132:

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA DA PNEUMONIA DA COMUNIDADE

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA DA PNEUMONIA DA COMUNIDADE TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA DA PNEUMONIA DA COMUNIDADE Todos os indivíduos com suspeita de Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) devem realizar telerradiografia do tórax (2 incidências)(nível A). AVALIAÇÃO

Leia mais

Pneumonia Adquirida na Comunidade U F M A. Prof. EDSON GARRIDO

Pneumonia Adquirida na Comunidade U F M A. Prof. EDSON GARRIDO Pneumonia Adquirida na Comunidade U F M A Prof. EDSON GARRIDO Pneumonia Adquirida na Comunidade O QUE É PNEUMONIA? Pneumonia Adquirida na Comunidade Infecção aguda do parênquima pulmonar distal ao bronquíolo

Leia mais

Pneumonias como quando e porque referenciar? Cecilia Longo longo.cecilia@gmail.com

Pneumonias como quando e porque referenciar? Cecilia Longo longo.cecilia@gmail.com Pneumonias como quando e porque referenciar? Cecilia Longo longo.cecilia@gmail.com Visão global do problema 1 Mortalidade 2012 d. respiratórias 13.908 +4.012 neoplasia traqueia, brônquios e pulmão 50 portugueses/

Leia mais

PNEUMONIA. Internações por Pneumonia segundo regiões no Brasil, 2003

PNEUMONIA. Internações por Pneumonia segundo regiões no Brasil, 2003 PNEUMONIA Este termo refere-se à inflamação do parênquima pulmonar associada com enchimento alveolar por exudato. São infecções das vias respiratórias inferiores gerando um processo inflamatório que compromete

Leia mais

PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS

PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS A maior parte dos casos são as chamadas comunitárias ou não nosocomiais Típica Não relacionada à faixa etária. Causada por S. pneumoniae, H. influenzae e S. aureus. Sintomatologia

Leia mais

03/07/2012. Mauro Gomes. Mauro Gomes. Mauro Gomes

03/07/2012. Mauro Gomes. Mauro Gomes. Mauro Gomes Início agudo Febre alta Dor pleurítica Tosse com expectoração purulenta EF: consolidação pulmonar Leucocitose com desvio à esquerda 1 semana de antibiótico Início lento Síndrome consumptiva Febre vespertina

Leia mais

03/07/2012 PNEUMONIA POR INFLUENZA: PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO, ONDE ESTAMOS? Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose

03/07/2012 PNEUMONIA POR INFLUENZA: PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO, ONDE ESTAMOS? Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose PNEUMONIA POR INFLUENZA: PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO, ONDE ESTAMOS? Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose Goiânia

Leia mais

Pneumonia Adquirida na comunidade em Adultos (PAC)

Pneumonia Adquirida na comunidade em Adultos (PAC) Pneumonia Adquirida na comunidade em Adultos (PAC) Definição Infecção aguda do parênquima pulmonar, associada a um novo infiltrado ao Raio X de tórax. Quadro clínico habitual Febre, tosse com secreção,

Leia mais

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da 2 A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da inflamação, o que dificulta a realização das trocas gasosas.

Leia mais

Tema da Aula Teórica: Pneumonias Autor(es): Maria Inês Ribeiro Equipa Revisora:

Tema da Aula Teórica: Pneumonias Autor(es): Maria Inês Ribeiro Equipa Revisora: Anotadas do 5º Ano 2008/09 Data: 26 Novembro 2008 Disciplina: Medicina Prof.: Dr. Germano do Carmo Tema da Aula Teórica: Pneumonias Autor(es): Maria Inês Ribeiro Equipa Revisora: Nota 1: O professor incidiu

Leia mais

Pneumonia na Pediatria

Pneumonia na Pediatria Pneumonia na Pediatria Universidade Católica de Brasília Nome: Gabriela de Melo Souza da Silva Costa Matrícula: UC11045029 Orientadora: Drª Carmem Lívia Faria da Silva Martins Pneumonias São doenças inflamatórias

Leia mais

27/04/2016. Diferenças na exacerbação infecciosa na DPOC vs. DPOC com pneumonia. Mara Figueiredo

27/04/2016. Diferenças na exacerbação infecciosa na DPOC vs. DPOC com pneumonia. Mara Figueiredo Diferenças na exacerbação infecciosa na DPOC vs. DPOC com pneumonia Mara Figueiredo Conflitos de Interesse CFM nº 1.59/00 de 18/5/2000 e ANVISA nº 120/2000 de 30/11/2000 Nos últimos doze meses recebi apoio

Leia mais

P N E U M O N I A UNESC ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ADULTO PROFª: FLÁVIA NUNES 10/09/2015 CONCEITO

P N E U M O N I A UNESC ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ADULTO PROFª: FLÁVIA NUNES 10/09/2015 CONCEITO UNESC ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ADULTO PROFª: FLÁVIA NUNES P N E U M O N I A CONCEITO Processo inflamatório do parênquima pulmonar que, comumente, é causada por agentes infecciosos. 1 Uma

Leia mais

Caso Clínico Mariana Sponholz Araujo Grupo de Doenças Intersticiais Pulmonares Divisão de Pneumologia - InCor Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Caso Clínico Masculino, 59 anos Dispnéia

Leia mais

Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria

Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria 2012 Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria UNIPAC-Araguari Santa Casa de Araguari 2012 2 INTRODUÇÃO Pneumonia é uma inflamação ou infecção dos pulmões que afeta as unidades de troca

Leia mais

Actualizado em 28-09-2009* Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações

Actualizado em 28-09-2009* Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações 1. Introdução A evolução da epidemia causada pelo vírus da gripe pandémica (H1N1) 2009 implica que as medidas sejam adaptadas

Leia mais

Doenças Pleurais ESQUEMA ANATOMIA. Fisiologia. Imagem. Abordagem da Pleura. Diferencial Transudato x Exsudato. Principais Exsudatos.

Doenças Pleurais ESQUEMA ANATOMIA. Fisiologia. Imagem. Abordagem da Pleura. Diferencial Transudato x Exsudato. Principais Exsudatos. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA II Curso de Pneumologia na Graduação 11 e 12 de junho de 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Doenças Pleurais Evaldo Marchi Grupo de Pleura -

Leia mais

INFECÇÕES PULMONARES NO IMUNOCOMPROMETIDO NÃO SIDA PROTOCOLOS DE DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO. Importância do Tipo de Infiltrado.

INFECÇÕES PULMONARES NO IMUNOCOMPROMETIDO NÃO SIDA PROTOCOLOS DE DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO. Importância do Tipo de Infiltrado. INFECÇÕES PULMONARES NO IMUNOCOMPROMETIDO NÃO SIDA PROTOCOLOS DE DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO Rodney Frare e Silva Professor Adjunto Pneumologia UFPR COMPLICAÇÕES PULMONARES INFECCIOSAS APÓS O TCTH Importância

Leia mais

Vigilância Epidemiológica de Pneumonias no Brasil

Vigilância Epidemiológica de Pneumonias no Brasil Vigilância Epidemiológica de Pneumonias no Brasil COVER/CGDT/ DEVEP/SVS/MS São Paulo,, setembro de 2007 Classificações das Pneumonias Local de aquisição Tempo de evolução Tipo do comprometimento Comunitária

Leia mais

PROTOCOLO DE ABORDAGEM E TRATAMENTO DA SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO DAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)/ ISGH

PROTOCOLO DE ABORDAGEM E TRATAMENTO DA SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO DAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)/ ISGH PROTOCOLO DE ABORDAGEM E TRATAMENTO DA SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO DAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)/ ISGH 1. APRESENTAÇÃO A SEPSE TEM ALTA INCIDÊNCIA, ALTA LETALIDADE E CUSTO ELEVADO, SENDO A

Leia mais

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA EMPÍRICA DA FEBRE NEUTROPÉNICA

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA EMPÍRICA DA FEBRE NEUTROPÉNICA TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA EMPÍRICA DA FEBRE NEUTROPÉNICA DEFINIÇÕES Febre neutropénica: T. auricular > 38ºC mantida durante 1 h, em doente com contagem absoluta de neutrófilos (CAN) < 500/mm 3, ou < 1000/mm

Leia mais

ESTUDO DIRIGIDO - PNEUMONIA

ESTUDO DIRIGIDO - PNEUMONIA ESTUDO DIRIGIDO - PNEUMONIA Leia os dois casos clínicos abaixo e as perguntas que fizemos sobre eles. Mas não comece a responder ainda. Depois de analisar bem os dois casos, abra o texto Pneumonia Diretriz

Leia mais

Uso de antibióticos no tratamento das feridas. Dra Tâmea Pôssa

Uso de antibióticos no tratamento das feridas. Dra Tâmea Pôssa Uso de antibióticos no tratamento das feridas Dra Tâmea Pôssa Ferida infectada Ruptura da integridade da pele, quebra da barreira de proteção Início do processo inflamatório: Dor Hiperemia Edema Aumento

Leia mais

Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014. Fabio Kater

Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014. Fabio Kater Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014 Fabio Kater Multivitaminas na prevenção do câncer de mama, próstata e pulmão: caso fechado! Revisão da literatura para tipos específicos de câncer

Leia mais

Lílian Maria Lapa Montenegro Departamento de Imunologia Laboratório rio de Imunoepidemiologia

Lílian Maria Lapa Montenegro Departamento de Imunologia Laboratório rio de Imunoepidemiologia XVIII Congresso Mundial de Epidemiologia e VII Congresso Brasileiro de Epidemiologia Avaliação do desempenho da técnica de nested- PCR em amostras de sangue coletadas de pacientes pediátricos com suspeita

Leia mais

CONDUTAS: EDEMA AGUDO DE PULMÃO

CONDUTAS: EDEMA AGUDO DE PULMÃO Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Programa de Educação Tutorial PET Medicina CONDUTAS: EDEMA AGUDO DE PULMÃO Paulo Marcelo Pontes Gomes de Matos OBJETIVOS Conhecer o que é Edema Agudo

Leia mais

Passos para a prática de MBE Elaboração de uma pergunta clínica Passos para a prática de MBE

Passos para a prática de MBE Elaboração de uma pergunta clínica Passos para a prática de MBE Passos para a prática de MBE Elaboração de uma pergunta clínica Dr. André Deeke Sasse 1. Formação da pergunta 2. Busca de melhor evidência resposta 3. Avaliação crítica das evidências 4. Integração da

Leia mais

Manuseio do Nódulo Pulmonar Solitário

Manuseio do Nódulo Pulmonar Solitário VIII Congresso de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro Manuseio do Nódulo Pulmonar Solitário Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Ciências Médicas Hospital Universitário

Leia mais

Prof. Dr. Jorge Luiz Nobre Rodrigues Dpto de Saúde Comunitária da UFC Faculdade de Medicina

Prof. Dr. Jorge Luiz Nobre Rodrigues Dpto de Saúde Comunitária da UFC Faculdade de Medicina Prof. Dr. Jorge Luiz Nobre Rodrigues Dpto de Saúde Comunitária da UFC Faculdade de Medicina Caso Clínico Masc, 30 anos, apresentando febre após QT para LMA (3 o ciclo). Nos 2 ciclos anteriores apresentou

Leia mais

Pneumonia Comunitária

Pneumonia Comunitária Dr Alex Macedo Pneumonia Comunitária Pneumonias Conceito Processo patológico complexo que resulta na acumulação de fluído (edema) e células inflamatórias nos alvéolos, em resposta à proliferação de micro-organismos

Leia mais

Pneumonias Comunitárias

Pneumonias Comunitárias Pneumonias Comunitárias Diagnóstico e Tratamento Prof. Alex G. Macedo Mestre em Pneumologia UNIFESP-EPM Prof. de Pneumologia e Medicina de Urgência Faculdade de Medicina UNIMES - Santos Declaração sobre

Leia mais

(Richard Digite G. Wunderink, para introduzir MD, e Grant texto W. Waterer, MB, BS, Ph.D. )

(Richard Digite G. Wunderink, para introduzir MD, e Grant texto W. Waterer, MB, BS, Ph.D. ) Uma mulher de 67 anos de idade com doença de Alzheimer leve e história de 02 dias de tosse, febre e aumento de confusão mental, é transferida de uma casa de repouso para o serviço de emergência. De acordo

Leia mais

INFECÇÕES HOSPITALARES EM PACIENTES INFECTADOS COM HIV 9 a Jornada de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto Infecção pelo HIV Alterações de imunidade relacionadas ao HIV: Depleção de células c CD4 (< 250,

Leia mais

TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016. Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda

TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016. Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016 Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda DENGUE O Brasil têm registrado grandes epidemias de dengue nos últimos 10 anos com aumento

Leia mais

SÍNDROME DE LADY WINDERMERE. Identificação: 45 anos, feminina, branca, natural e procedente de São Paulo, representante comercial.

SÍNDROME DE LADY WINDERMERE. Identificação: 45 anos, feminina, branca, natural e procedente de São Paulo, representante comercial. SÍNDROME DE LADY WINDERMERE Identificação: 45 anos, feminina, branca, natural e procedente de São Paulo, representante comercial. Novembro de 2012: Tosse persistente, dispnéia e cefaléia, quando suspeitaram

Leia mais

IX Curso Nacional de Doenças Pulmonares Intersticiais. Tuberculose. Sumário. Patogenia da TB

IX Curso Nacional de Doenças Pulmonares Intersticiais. Tuberculose. Sumário. Patogenia da TB IX Curso Nacional de Doenças Pulmonares Intersticiais Tuberculose Marcus B. Conde marcusconde@hucff.ufrj.br marcusconde@fmpfase.edu.br Sumário Patogenia da TB Formas clínicas da TB miliar da TB miliar

Leia mais

PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE. ELABORAÇÃO DE UMA PERGUNTA CLÍNICA André Sasse sasse@cevon.com.br PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE ELABORAÇÃO DA PERGUNTA

PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE. ELABORAÇÃO DE UMA PERGUNTA CLÍNICA André Sasse sasse@cevon.com.br PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE ELABORAÇÃO DA PERGUNTA PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE Curso Avançado MBE ELABORAÇÃO DE UMA PERGUNTA CLÍNICA André Sasse sasse@cevon.com.br 1. Formação da pergunta 2. Busca de melhor evidência resposta 3. Avaliação crítica das

Leia mais

Quadro Clínico O idoso, ao oposto do paciente jovem, não apresenta o quadro clássico (febre, tosse e dispnéia), aparecendo em apenas 30,7%. Alteração status mental 44,6%. A ausculta não é específica e

Leia mais

Pneumonia Comunitária no Adulto Atualização Terapêutica

Pneumonia Comunitária no Adulto Atualização Terapêutica Pneumonia Comunitária no Adulto Carlos Alberto de Professor Titular de Pneumologia da Escola Médica de PósGraduação da PUC-Rio Membro Titular da Academia Nacional de Medicina Chefe do Serviço de Pneumologia,

Leia mais

PNEUMONITE ASPIRATIVA ASPIRAÇÃO PNEUMONITE ASPIRATIVA 09/07/2014. Pneumonite química (S. Mendelson) Pneumonia aspirativa (contaminação bacteriana)

PNEUMONITE ASPIRATIVA ASPIRAÇÃO PNEUMONITE ASPIRATIVA 09/07/2014. Pneumonite química (S. Mendelson) Pneumonia aspirativa (contaminação bacteriana) PNEUMONITE ASPIRATIVA Profa. Cláudia Henrique da Costa Universidade do Estado do Rio de Janeiro ASPIRAÇÃO Inalação de conteúdo gástrico ou da orofaringe para as vias aéreas Pode ocorrer tanto no âmbito

Leia mais

Meningite Bacteriana

Meningite Bacteriana Meningite Bacteriana Conceito Infecção aguda que acomete as leptomeninges (aracnóide e pia-máter), envolvendo o cérebro e a medula espinhal. Page 2 Epidemiologia Doença comum, de alta mortalidade e morbidade

Leia mais

As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função

As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função respiratória é prioritária em qualquer situação de intercorrência clínica. O paciente

Leia mais

b) indique os exames necessários para confirmar o diagnóstico e avaliar o grau de comprometimento da doença. (8,0 pontos)

b) indique os exames necessários para confirmar o diagnóstico e avaliar o grau de comprometimento da doença. (8,0 pontos) 01 Um homem de 30 anos de idade, que morou em área rural endêmica de doença de Chagas até os 20 anos de idade, procurou banco de sangue para fazer doação de sangue e foi rejeitado por apresentar sorologia

Leia mais

PNEUMONIAS. Maria João Rocha Brito. Unidade de Infecciologia Hospital Dona Estefânia CHLC EPE joao.rochabrito@netcabo.pt

PNEUMONIAS. Maria João Rocha Brito. Unidade de Infecciologia Hospital Dona Estefânia CHLC EPE joao.rochabrito@netcabo.pt PNEUMONIAS Maria João Rocha Brito Unidade de Infecciologia Hospital Dona Estefânia CHLC EPE joao.rochabrito@netcabo.pt PNEUMONIAS Pneumonia Incidência 36 40:1000 < 5 anos Europa 2,5 milhões casos/ano PNEUMONIAS

Leia mais

DIRETRIZES BRASILEIRAS DE PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE EM ADULTOS IMUNOCOMPETENTES 2008

DIRETRIZES BRASILEIRAS DE PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE EM ADULTOS IMUNOCOMPETENTES 2008 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA COMISSÃO DE INFECÇÕES

Leia mais

Tuberculose. Profa. Rosângela Cipriano de Souza

Tuberculose. Profa. Rosângela Cipriano de Souza Tuberculose Profa. Rosângela Cipriano de Souza Risco para tuberculose Pessoas em contato com doentes bacilíferos, especialmente crianças Pessoas vivendo com HIV/AIDS Presidiários População vivendo nas

Leia mais

PAC Pneumonia Adquirida na Comunidade

PAC Pneumonia Adquirida na Comunidade PAC Pneumonia Adquirida na Comunidade Definição O diagnóstico baseia-se na presença de sintomas de doença aguda do trato respiratório inferior: tosse e um mais dos seguintes sintomas expectoração, falta

Leia mais

Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL

Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL Versão eletrônica atualizada em fev/2012 O agente etiológico e seu habitat A doença estreptocócica neonatal é causada por uma bactéria,

Leia mais

Diagnóstico Diferencial de Nódulos Pulmonares

Diagnóstico Diferencial de Nódulos Pulmonares Diagnóstico Diferencial de Nódulos Pulmonares Letícia Kawano-Dourado Grupo de Doenças Intersticiais e Vasculites Divisão de Pneumologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP Nódulos

Leia mais

EVOLUTIVAS PANCREATITE AGUDA

EVOLUTIVAS PANCREATITE AGUDA Academia Nacional de Medicina PANCREATITE AGUDA TERAPÊUTICA José Galvão-Alves Rio de Janeiro 2009 PANCREATITE AGUDA FORMAS EVOLUTIVAS INÍCIO PANCREATITE AGUDA 1º - 4º Dia Intersticial Necrosante 6º - 21º

Leia mais

Antibioticoterapia NA UTI. Sammylle Gomes de Castro PERC 2015.2

Antibioticoterapia NA UTI. Sammylle Gomes de Castro PERC 2015.2 Antibioticoterapia NA UTI Sammylle Gomes de Castro PERC 2015.2 O uso racional de Antimicrobianos 1) Qual antibiótico devo escolher? 2) Antibióticos dão reações alérgicas? 3) Vírus fica bom com antibiótico?????????

Leia mais

PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIBIÓTICO)

PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIBIÓTICO) DADOS DO PACIENTE PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE PACIENTE COM CONDUTA PARA SEPSE (OPÇÃO 2 E 3 - COLETA DE EXAMES/ANTIBIÓTICO) Iniciais: Registro: Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino Data de nascimento: / /

Leia mais

Infecção Bacteriana Aguda do Trato Respiratório Inferior

Infecção Bacteriana Aguda do Trato Respiratório Inferior ESPECIALIZAÇÃO EM MICROBIOLOGIA APLICADA CASCAVEL - 2009 Infecção Bacteriana Aguda do Trato Respiratório Inferior Profa. Vera Lucia Dias Siqueira Bacteriologia Clínica DAC - UEM Sistema Respiratório Pneumonias

Leia mais

O QUE VOCÊ PRECISA SABER

O QUE VOCÊ PRECISA SABER DIAGNÓSTICO DE INFLUENZA E OUTROS VIRUS RESPIRATÓRIOS NO HIAE. O QUE VOCÊ PRECISA SABER Maio de 2013 Laboratório Clínico Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Apenas para lembrar alguns aspectos das

Leia mais

DENGUE. Médico. Treinamento Rápido em Serviços de Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac

DENGUE. Médico. Treinamento Rápido em Serviços de Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac DENGUE Treinamento Rápido em Serviços de Saúde Médico 2015 Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac O Brasil e o estado de São Paulo têm registrado grandes epidemias de dengue nos últimos

Leia mais

Fisioterapia aplicada a pneumologia e terapia intensiva DOENÇAS PULMONARES INFECCIOSAS

Fisioterapia aplicada a pneumologia e terapia intensiva DOENÇAS PULMONARES INFECCIOSAS Fisioterapia aplicada a pneumologia e terapia intensiva DOENÇAS PULMONARES INFECCIOSAS Pneumonia É uma inflamação ou infecção do parênquima pulmonar Agente etiológico: bactérias, vírus, fungos, helmintos,

Leia mais

Pneumonia adquirida na comunidade no adulto. Autor(es) Bruno do Valle Pinheiro 1 Júlio César Abreu de Oliveira 2 Jan-2010

Pneumonia adquirida na comunidade no adulto. Autor(es) Bruno do Valle Pinheiro 1 Júlio César Abreu de Oliveira 2 Jan-2010 Pneumonia adquirida na comunidade no adulto Autor(es) Bruno do Valle Pinheiro 1 Júlio César Abreu de Oliveira 2 Jan-2010 1 - Qual a definição de pneumonia adquirida na comunidade (PAC)? PAC é a infecção

Leia mais

Diretrizes Assistenciais

Diretrizes Assistenciais Diretrizes Assistenciais Manuseio da Meningite Bacteriana Aguda Versão eletrônica atualizada em Novembro 2008 Manuseio da Meningite Bacteriana Aguda Introdução A meningite bacteriana aguda é um processo

Leia mais

30/07/2013. Rudolf Krawczenko Feitoza de Oliveira Grupo de Circulação Pulmonar / UNIFESP - EPM. PIOPED (n=117) ICOPER (n=2.210)

30/07/2013. Rudolf Krawczenko Feitoza de Oliveira Grupo de Circulação Pulmonar / UNIFESP - EPM. PIOPED (n=117) ICOPER (n=2.210) Rudolf Krawczenko Feitoza de Oliveira Grupo de Circulação Pulmonar / UNIFESP - EPM * Kenneth. Chest 2002;2:877 905. PIOPED (n=7) ICOPER (n=2.20) RIETE (n=3.39) Dispneia 73% 82% 83% Taquicardia 70% ND ND

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOCIÊNCIAS APLICADAS À FARMÁCIA Perfil de Sensibilidade de Staphylococcus aureus e conduta terapêutica em UTI adulto de Hospital Universitário

Leia mais

Abordagem do paciente HIV/AIDS A visão do pneumologista

Abordagem do paciente HIV/AIDS A visão do pneumologista Abordagem do paciente HIV/AIDS A visão do pneumologista ACMLemos Prof. Adjunto da FAMED/UFBA Chefe Serviço Pneumologia HUPES?UFBA Coordenado do Núcleo de Pesquisa em penumologia (NUPEP)/HEOM/SESAB Abordagem

Leia mais

MIF IgG para clamídia

MIF IgG para clamídia Código do Produto:IF1250G Rev. J Características de desempenho Distribuição proibida nos Estados Unidos VALORES ESPERADOS População com pneumonia adquirida na comunidade Dois pesquisadores externos avaliaram

Leia mais

CONSULTA EM PNEUMOLOGIA CÓDIGO SIA/SUS: 03.01.01.007-2. Motivos para encaminhamento:

CONSULTA EM PNEUMOLOGIA CÓDIGO SIA/SUS: 03.01.01.007-2. Motivos para encaminhamento: CONSULTA EM PNEUMOLOGIA CÓDIGO SIA/SUS: 03.01.01.007-2 Motivos para encaminhamento: 1. Dor torácica 3. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica 4. Nódulo pulmonar 5. Pneumonia Adquirida na Comunidade 6. Tosse

Leia mais

Circulação sanguínea Intrapulmonar. V. Pulmonar leva sangue oxigenado do pulmão para o coração.

Circulação sanguínea Intrapulmonar. V. Pulmonar leva sangue oxigenado do pulmão para o coração. DOENÇAS PULMONARES Árvore Brônquica Circulação sanguínea Intrapulmonar V. Pulmonar leva sangue oxigenado do pulmão para o coração. A. Pulmonar traz sangue venoso do coração para o pulmão. Trocas Histologia

Leia mais

Condutas. Sarah Pontes de Barros Leal

Condutas. Sarah Pontes de Barros Leal Condutas Sarah Pontes de Barros Leal Caso 1 I: J.A.M., 32 anos, feminino, natural e procedente de Fortaleza, solteira, arquiteta. QP: febre, dor no tórax direito e tosse produtiva. HDA: sentia-se bem até

Leia mais

04/06/2012. Pneumonias Eosinofílicas. Definição de PE. Abordagem geral para o Pneumologista

04/06/2012. Pneumonias Eosinofílicas. Definição de PE. Abordagem geral para o Pneumologista Alexandre de Melo Kawassaki Médico do Grupo de Doenças Intersticiais Pulmonares - HCFMUSP Pneumonias Eosinofílicas Abordagem geral para o Pneumologista Definição de PE Presença de quaisquer desses critérios:

Leia mais

DENGUE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS

DENGUE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS DENGUE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE SINAIS/SINTOMAS SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS CLÁSSICOS MANIFESTAÇÕES MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS HEMORRÁGICAS SINAIS SINAIS DE DE ALERTA ALERTA SINAIS SINAIS DE DE CHOQUE CHOQUE

Leia mais

TOSSE CRÔNICA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL NO ADULTO. Dra. Adriana Vidal Schmidt

TOSSE CRÔNICA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL NO ADULTO. Dra. Adriana Vidal Schmidt DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL NO ADULTO Dra. Adriana Vidal Schmidt TOSSE Principal queixa respiratória Fumantes não reclamam! Porque vão ao médico por tosse? Prevalência de 3 a 40% Problema terapêutico Thorax

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Infecção do sítio cirúrgico. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Infecção do sítio cirúrgico. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA PROTOCOLO MÉDICO Assunto: Infecção do sítio cirúrgico Especialidade: Infectologia Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA Data de Realização: 29/04/2009 Data de Revisão: Data da Última Atualização:

Leia mais

30/07/2013. Patrícia Kittler Vitório Serviço de Doenças do Aparelho Respiratório - DAR Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo

30/07/2013. Patrícia Kittler Vitório Serviço de Doenças do Aparelho Respiratório - DAR Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo Patrícia Kittler Vitório Serviço de Doenças do Aparelho Respiratório - DAR Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo 4 x maior Razão incidência: 1 em 1000 gestações EP fatal: 1,1 morte/100000

Leia mais

16/04/2015. O que aprendemos nas pandemias virais? GRIPE ESPANHOLA(1918-1919): H1N1. Organização Mundial de Saúde

16/04/2015. O que aprendemos nas pandemias virais? GRIPE ESPANHOLA(1918-1919): H1N1. Organização Mundial de Saúde O que aprendemos nas pandemias virais? Ricardo Luiz de Melo Martins Pneumologia-HUB/UnB TE em Pneumologia SBPT Comissão de Infecções Respiratórias e Micoses/SBPT Organização Mundial de Saúde Junho de 2009

Leia mais

Resposta: Dilatação dos brônquios na tomografia (bronquiectasia) e nível hidro-aéreo na radiografia do tórax (abscesso).

Resposta: Dilatação dos brônquios na tomografia (bronquiectasia) e nível hidro-aéreo na radiografia do tórax (abscesso). 1 a Questão: (20 pontos) Um paciente de 35 anos, com história de sarampo na infância, complicada por pneumonia, informa que há mais de cinco anos apresenta tosse com expectoração matinal abundante e que

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Secretaria Municipal de Saúde de Janaúba - MG Edição Julho/ 2015 Volume 04 Sistema Único de Saúde TUBERCULOSE VIGILÂNCIA Notifica-se, apenas o caso confirmado de tuberculose (critério clinico-epidemiológico

Leia mais

Rotina para Prevenção de Transmissão de Tuberculose Nosocomial

Rotina para Prevenção de Transmissão de Tuberculose Nosocomial MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE HOSPITAL FEDERAL DE BONSUCESSO COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR ROTINA A13 elaborada em 09/12/2010 Rotina para Prevenção de Transmissão de Tuberculose

Leia mais

Ventilação não invasiva na IRA pósextubação?

Ventilação não invasiva na IRA pósextubação? III Curso Nacional de Ventilação Mecânica SBPT, São Paulo, 2008 Ventilação não invasiva na IRA pósextubação? Marcelo Alcantara Holanda Prof Adjunto, Medicina Intensiva/Pneumologia, Universidade Federal

Leia mais

PROTOCOLO CLÍNICO. Protocolo de Prevenção de Pneumonia Hospitalar

PROTOCOLO CLÍNICO. Protocolo de Prevenção de Pneumonia Hospitalar Código: PC.CIH.005 Data: 26/05/2010 Versão: 1 Página: 1 de 5 RESULTADO ESPERADO/OBJETIVO: Diminuir a transmissão de patógenos primários para o paciente, reduzir a colonização de reservatórios com patógenos

Leia mais

Abordagem do doente com DPOC Agudizada

Abordagem do doente com DPOC Agudizada 2010 Abordagem do doente com DPOC Agudizada Amélia Feliciano Centro Hospitalar Lisboa Norte Hospital Pulido Valente Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) Resposta inflamatória anómala dos pulmões a

Leia mais

GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA PARA O ANO DE 2011

GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA PARA O ANO DE 2011 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICA PARA O ANO DE 2011 INFECÇÕES S SITUAÇÃO CLÍNICA

Leia mais

Raniê Ralph Pneumo. 06 de Outubro de 2008. Professor Valdério.

Raniê Ralph Pneumo. 06 de Outubro de 2008. Professor Valdério. 06 de Outubro de 2008. Professor Valdério. Pneumonia hospitalar Infecção respiratória é a segunda infecção em freqüência. A mais freqüente é a ITU. A IR é a de maior letalidade. A mortalidade das PN hospitalar

Leia mais

Pneumonia em Pediatria. Abordagem etiológica e terapêutica

Pneumonia em Pediatria. Abordagem etiológica e terapêutica Pneumonia em Pediatria Abordagem etiológica e terapêutica 1 Definindo o diagnóstico: - O que tratar, Quem tratar, Como tratar, Onde tratar 2 Fatores de risco para pneumonia Maternos Educação materna Desmame

Leia mais

Resultados de estudos sobre pneumonia na infância

Resultados de estudos sobre pneumonia na infância Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina da Bahia Departamento de Pediatria Resultados de estudos sobre pneumonia na infância Métodos Específicos e Não Invivos em Crianç Brileir Hospitalizad

Leia mais

Sistema Respiratório. Afecções das vias aéreas inferiores. Profa. Dra. Rosângela de Oliveira Alves Carvalho

Sistema Respiratório. Afecções das vias aéreas inferiores. Profa. Dra. Rosângela de Oliveira Alves Carvalho Sistema Respiratório Afecções das vias aéreas inferiores Profa. Dra. Rosângela de Oliveira Alves Carvalho Pneumonia Bronquite Broncopneumonia Pneumonia Intersticial Pneumonia Lobar EBologia Agentes Infecciosos

Leia mais

Sessão De Pediatria. Discussão De Artigos

Sessão De Pediatria. Discussão De Artigos Sessão De Pediatria Discussão De Artigos Evaluation of children with recurrent pneumonia diagnosed by world health organization criteria. Pediatr Infect Dis J. 2002: 21: 108-12. James D. Heffelfinger,

Leia mais

Seminário Metástases Pulmonares

Seminário Metástases Pulmonares Seminário Metástases Pulmonares Tatiane Cardoso Motta 09/02/2011 CASO CLÍNICO Paciente do sexo feminino, 52 anos, refere que realizou RX de tórax de rotina que evidenciou nódulos pulmonares bilaterais.

Leia mais

Critérios rios Diagnósticos e Indicadores Infecção do Trato Urinário ITU Infecção Gastrointestinal IGI. Hospitais de Longa Permanência.

Critérios rios Diagnósticos e Indicadores Infecção do Trato Urinário ITU Infecção Gastrointestinal IGI. Hospitais de Longa Permanência. Critérios rios Diagnósticos e Indicadores Infecção do Trato Urinário ITU Infecção Gastrointestinal IGI Hospitais de Longa Permanência ncia 2011 Premissas 1.Todos os sintomas devem ser novos ou com piora

Leia mais

Precauções Padrão. Precaução Padrão

Precauções Padrão. Precaução Padrão Precauções Padrão Precaução Padrão Por todos os profissionais para todos os pacientes, na presença de risco de contato com sangue; fluidos corpóreos, secreções e excreções (exceção: suor); pele com solução

Leia mais

Definição. Fatores de Risco e Conduta na Tuberculose Multirresistente. Tuberculose Multirresistente

Definição. Fatores de Risco e Conduta na Tuberculose Multirresistente. Tuberculose Multirresistente Fatores de Risco e Conduta na Tuberculose Multirresistente Eliana Dias Matos Tuberculose Multirresistente Definição Resistência simultânea à Rifampicina e Isoniazida, associada ou não à resistência a outros

Leia mais

Doença falciforme: Infecções

Doença falciforme: Infecções Doença falciforme: Infecções Célia Maria Silva Médica Hematologista da Fundação Hemominas celia.cmaria@gmail.com Eventos infecciosos Importância Incidência Faixa etária mais acometida (6m - 5a) Internações

Leia mais

Alergia e Pneumologia Pediátrica Hospital Infantil João Paulo II Hospital Felício Rocho www.alergopneumoped.com.br. Wilson Rocha Filho

Alergia e Pneumologia Pediátrica Hospital Infantil João Paulo II Hospital Felício Rocho www.alergopneumoped.com.br. Wilson Rocha Filho Alergia e Pneumologia Pediátrica Hospital Infantil João Paulo II Hospital Felício Rocho www.alergopneumoped.com.br Wilson Rocha Filho De acordo com as normas n o 1.595/2000 do Conselho Federal de Medicina

Leia mais

PROFILAXIA CIRÚRGICA. Valquíria Alves

PROFILAXIA CIRÚRGICA. Valquíria Alves PROFILAXIA CIRÚRGICA Valquíria Alves INFECÇÃO DO LOCAL CIRÚRGICO (ILC) Placeholder for your own subheadline A infecção do local cirúrgico (ILC) é uma complicação comum da cirurgia, com taxas de incidência

Leia mais

Cancro do Pulmão. Serviço de Pneumologia Director: Dr. Fernando Rodrigues Orientador: Dr. José Pedro Boléo-Tomé

Cancro do Pulmão. Serviço de Pneumologia Director: Dr. Fernando Rodrigues Orientador: Dr. José Pedro Boléo-Tomé Cancro do Pulmão O DESAFIO CONSTANTE Serviço de Pneumologia Director: Dr. Fernando Rodrigues Orientador: Dr. José Pedro Boléo-Tomé Telma Sequeira Interna de Formação Complementar de Pneumologia Amadora,

Leia mais

TB - TUBERCULOSE. Prof. Eduardo Vicente

TB - TUBERCULOSE. Prof. Eduardo Vicente TB - TUBERCULOSE Prof. Eduardo Vicente A História do TB A tuberculose foi chamada antigamente de "peste cinzenta", e conhecida também em português como tísica pulmonar ou "doença do peito" - é uma das

Leia mais

Pneumonia adquirida na comunidade. Autores Bruno do Valle Pinheiro 1 Júlio César Abreu de Oliveira 2 Publicação: Jun-2006 Revisão: Fev-2007

Pneumonia adquirida na comunidade. Autores Bruno do Valle Pinheiro 1 Júlio César Abreu de Oliveira 2 Publicação: Jun-2006 Revisão: Fev-2007 Pneumonia adquirida na comunidade Autores Bruno do Valle Pinheiro 1 Júlio César Abreu de Oliveira 2 Publicação: Jun-2006 Revisão: Fev-2007 1 - Qual a definição de pneumonia adquirida na comunidade (PAC)?

Leia mais

Diretrizes brasileiras para pneumonia adquirida na comunidade em adultos imunocompetentes - 2009*

Diretrizes brasileiras para pneumonia adquirida na comunidade em adultos imunocompetentes - 2009* Diretrizes da SBPT Diretrizes brasileiras para pneumonia adquirida na comunidade em adultos imunocompetentes - 2009* Brazilian guidelines for community-acquired pneumonia in immunocompetent adults - 2009

Leia mais

Protocolos Não Gerenciados

Protocolos Não Gerenciados Protocolos Não Gerenciados Unidade de Pediatria FEBRE SEM SINAIS LOCALIZATÓRIOS EM CRIANÇAS ATÉ 3 ANOS Versão eletrônica atualizada em Dezembro 2005 SBIB Hospital Albert Einstein Page 1 of 7 Protocolo

Leia mais

Nome do cliente. Existe indicação para a realização de septostomia no tratamento da HAP?

Nome do cliente. Existe indicação para a realização de septostomia no tratamento da HAP? Frederico Thadeu A. F. Campos Hospital Madre Teresa Hospital Júlia Kubitschek Conflito de interesses: O serviço de pneumologia do Hospital Madre Teresa participa de ensaios clínicos com as seguintes empresas:.

Leia mais