OS INSTRUMENTOS LEGAIS DE PREVENÇÃO E ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTO-JUVENIL. Área: SERVIÇO SOCIAL. Categoria: PESQUISA

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1 OS INSTRUMENTOS LEGAIS DE PREVENÇÃO E ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTO-JUVENIL Área: SERVIÇO SOCIAL Categoria: PESQUISA Nome do Primeiro Autor Kelen Aparecida da Silva Bernardo Universidade Estadual de Ponta Grossa EUPG Campus Central - Praça Santos Andrade n 1- CEP Ponta Grossa - Paraná kelenbe@hotmail.com Nome do Segundo Autor Lenir Aparecida Mainardes da Silva Universidade Estadual de Ponta Grossa EUPG Campus Central - Praça Santos Andrade n 1- CEP Ponta Grossa - Paraná lenir@uepg.br Resumo O presente artigo apresenta a legislação brasileira de proteção e erradicação do trabalho infanto-juvenil, aprovada após a Constituição Federal de A metodologia utilizada foi a pesquisa documental e bibliográfica. Verificou-se no estudo que as legislações regulam a idade mínima para a inserção no mercado de trabalho, define as piores formas de trabalho e regulamenta a inserção do adolescente aprendiz no mercado de trabalho. A mais recente legislação é o Decreto Federal n , de 12 de junho de 2008, que trata das proibições das piores formas de trabalho entre elas o trabalho doméstico infanto-juvenil. O objetivo deste estudo é identificar a legislação brasileira de prevenção e erradicação do trabalho infantojuvenil. Percebeu-se que no Brasil existe um arcabouço de legislações que proíbe a inserção de crianças e adolescentes no trabalho precoce. Entretanto, não existe no país nenhuma legislação que define a exploração do trabalho infantil como crime. PALAVRAS-CHAVE: Crianças e adolescentes; Trabalho infantil Legislação Brasil.

2 OS INSTRUMENTOS LEGAIS DE PREVENÇÃO E ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTO-JUVENIL Área: SERVIÇO SOCIAL Categoria: PESQUISA 1 Kelen Aparecida da Silva Bernardo 2 Lenir Aparecida Mainardes da Silva RESUMO O presente artigo apresenta a legislação brasileira de proteção e erradicação do trabalho infanto-juvenil, aprovada após a Constituição Federal de A metodologia utilizada foi a pesquisa documental e bibliográfica. Verificou-se no estudo que as legislações regulam a idade mínima para a inserção no mercado de trabalho, define as piores formas de trabalho e regulamenta a inserção do adolescente aprendiz no mercado de trabalho. A mais recente legislação é o Decreto Federal n , de 12 de junho de 2008, que trata das proibições das piores formas de trabalho entre elas o trabalho doméstico infanto-juvenil. O objetivo deste estudo é identificar a legislação brasileira de prevenção e erradicação do trabalho infantojuvenil. Percebeu-se que no Brasil existe um arcabouço de legislações que proíbe a inserção de crianças e adolescentes no trabalho precoce. Entretanto, não existe no país nenhuma legislação que define a exploração do trabalho infantil como crime. PALAVRAS-CHAVE: Crianças e adolescentes; Trabalho infantil Legislação Brasil. 1. INTRODUÇÃO O presente estudo faz parte do projeto de iniciação científica, vinculado a linha de pesquisa Proteção Social e Cidadania 3, na qual pesquisamos As ações de enfrentamento e erradicação do trabalho infanto-juvenil no Estado do Paraná. Portanto, identificar a legislação de proteção e erradicação do trabalho infanto-juvenil é um dos objetivos do referido projeto de iniciação científica. Pesquisas revelam que é alto o numero de crianças e adolescentes em situação de trabalho no Brasil. De acordo com estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE (apud INSTITUTO, 2008), existiam cerca de 1,4 milhões de crianças entre 5 e 13 anos 1 Graduanda do 3 ano do curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa e pesquisadora do programa de iniciação cientifica. 2 Professora Doutora do Curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa 3 Estão na coordenação desta linha de pesquisa as Professoras: Drª. Solange Barbosa de Moraes Barros, Drª. Lenir Aparecida Mainardes da Silva e Ms. Liza Holzmann. Esta linha de pesquisa visa promover o intercâmbio dos pesquisadores referentes à área da cidadania e da proteção social.

3 de idade trabalhando no Brasil em Neste sentido, conhecer a legislação de combate e erradicação do trabalho infantil, bem como a de proteção do trabalhador adolescente se faz necessário, pois as ações de enfretamento deste fenômeno estão calcadas na legislação. Assim a elaboração deste artigo tem como objetivo identificar na legislação brasileira os instrumentos de prevenção e erradicação do trabalho infanto-juvenil. A metodologia utilizada foi a pesquisa documental que de acordo com Gil (1994) consiste na utilização de referências que até o momento da consulta não receberam tratamento analítico ou que podem sofrer alterações posteriores. A pesquisa bibliográfica também foi utilizada neste estudo, na qual, segundo o autor citado acima, consiste na consulta de materiais já existentes. Essa metodologia permite ao investigador analisar uma gama muito maior de fenômenos do que aquela analisada na pesquisa de campo. No processo de pesquisa documental verificou-se que os principais mecanismos jurídicos para a prevenção e erradicação do trabalho infanto-juvenil são: a Constituição Federal de 1988; o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT); as Convenções e Recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT); o Decreto Federal n ; e a Lei de Aprendizagem. Estes mecanismos estão vigentes nas três esferas da administração pública: Federal, Estadual e Municipal. Partindo da compreensão de que legislação é um conjunto de leis e buscando uma compreensão mais abrangente destas legislações, iremos trazer algumas definições de constituição, de convenção e de estatuto, instrumentos estes que fazem parte da atual conjuntura no enfrentamento e erradicação do trabalho infantil. 2. A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE PREVENÇÃO E ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTO-JUVENIL Para que seja possível compreender a legislação de prevenção e erradicação do trabalho infanto-juvenil, é importante termos claro o que significa esse fenômeno, o qual é considerado pelo Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente (2004, p.9) como sendo: [...] aquelas atividades econômicas e/ou atividades de sobrevivência, com ou sem finalidade de lucro, remuneradas ou não, realizadas por crianças ou adolescentes em idade inferior a 16 (dezesseis) anos, ressalvada a condição de aprendiz a partir dos 14 (quatorze) anos, independentemente da sua condição ocupacional. Outro ponto que merece ser esclarecido é que, quando utilizarmos a expressão proteção do trabalhador adolescente é no sentido de todo trabalho desempenhado por pessoa com idade entre 16 e 18 anos incompletos, assim como os adolescentes aprendizes a partir de 14 anos de idade. A legislação em vigência sobre a temática esta normatizada a partir da Constituição Federal de Porém, em alguns momentos de nossa pesquisa iremos fazer referência a algumas leis que antecederam a aprovação da referida Constituição, seja para situar o leitor na trajetória histórica, seja, pelo fato de que algumas leis sofreram alterações em seu texto para não ferir o princípio constitucional. Segundo registros históricos, a primeira lei brasileira relacionada à normatização do trabalho infanto-juvenil é de 1891, a qual se referia à idade mínima de 12 anos para a inserção

4 da criança/adolescente no trabalho, admitindo, porém, o trabalho a partir dos oito anos de idade na condição de aprendiz. No ano de 1927 foi aprovado o primeiro Código do Menor, o qual equiparava as crianças e adolescentes com os adultos. Desse modo, desconsiderava as peculiaridades dos mesmos. O Código do Menor de 1927 eleva a idade mínima para inserção no mercado de trabalho para 14 anos. No entanto, o trabalho entre os 12 e 14 anos de idade ainda era permitido. Em 1979 foi aprovado o segundo Código do Menor. Este, porém, não trouxe nenhuma inovação no que se refere à proteção ao trabalho e a profissionalização de criança e adolescentes Constituição Federal de 1988 A promulgação da Constituição brasileira de 1988, a qual no seu processo de elaboração contou com a participação dos movimentos sociais, define o Estado brasileiro como um Estado Democrático e de Direto. Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. (BRASIL, Constituição Federal, 2006, p.5) Neste sentido, a referida legislação abriu caminhos para a discussão da doutrina da proteção integral da criança e do adolescente que fundamentou a elaboração do (ECA), através da lei n 8.069, de 3 de julho de Diante deste processo, davam-se as condições legais e sociais necessárias para a construção de novas formas de entendimento deste fenômeno que é o trabalho infantil. Sendo assim, entendemos que a constituição de um país é a lei maior. Nenhuma outra lei pode ferir seus princípios. A definição de constituição que o dicionário da Fundação Getúlio Vargas (1986, p.251) traz é: constituição é o documento especial em cujo texto se encontra reunidas as normas superiores da ordenação jurídica do Estado. Deste modo, o conjunto de leis de um país deve seguir os preceitos constitucionais, ou seja, não podem ferir os princípios contidos no texto constitucional. É valido lembrar que a Constituição Federal de 1988 foi aprovada em um momento histórico no qual a participação da sociedade civil se fez presente, na tentativa de assegurar que suas reivindicações fossem incluídas no texto constitucional. O resultado deste processo foi a aprovação de uma constituição dita cidadã, onde estão assegurados os direitos e garantias fundamentais da pessoa humana como à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Portanto, foi com aprovação Constituição Federal de 1988 que os setores da sociedade civil juntamente com os movimentos sociais pela infância puderam ter mais embasamento legal para agir no combate ao trabalho infanto-juvenil. Sobre a proteção da criança e do adolescente a Constituição Federal de 1988 no capítulo VII que trata da família, da criança, do adolescente e do idoso no seu artigo 227 observa-se que:

5 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (BRASIL, Constituição Federal, 2006, p.159) Diante disso, concordamos com Liberati e Dias (2006, p. 66) quando apontam que as crianças e adolescentes devem ser colocados num patamar máximo de proteção, no que se refere à tutela dos direitos e garantias fundamentais, em vista da profunda carga ideológica que deu margem a elaboração da Constituição. Logo verificamos que no processo de elaboração da Constituição Federal, a criança e o adolescente tiveram seus direitos ampliados em relação ao antigo código de menores no qual o foco central era a punição ao invés da proteção. Com relação ao trabalho, a Constituição Federal de 1988 traz em seu capítulo II que trata dos direitos sociais no artigo 7º, são elencados 34 direitos dos trabalhadores com o objetivo de melhorar as condições socais, seja ele rural ou urbano. No que tange ao combate do trabalho infantil e a proteção dos adolescentes trabalhadores, a Constituição Federal de 1988 traz em seu capítulo VII, artigo 227, parágrafo 3 nos incisos I, II e III são estabelecido: a idade mínima para a inserção no mercado de trabalho, a garantia dos direitos previdenciários, bem como o acesso a escola. Portanto, é assegurado pela Constituição Federal: I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII (que antes era de quatorze anos, mas, foi alterada pela emenda constitucional 20/1998 para dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz); II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; III - garantia de acesso do trabalhador adolescente à escola; (BRASIL, Constituição Federal, 2006, p.160) O artigo VII, inciso XXXIII refere-se à proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre 4 para menores de 18 anos e também a proibição de trabalho, seja ele qual for, desenvolvido por menores de 14 anos, com exceção na condição de aprendiz. Em relação a Lei de Aprendizagem, esta será abordada mais adiante. Ao analisarmos o artigo 227 da constituição brasileira verificamos que o legislador buscou assegurar os direitos das crianças e dos adolescentes convocando a família, a sociedade e o Estado para juntos proporcionarem a proteção e as condições necessárias para o desenvolvimento integral dos mesmos. No caso do trabalho infanto-juvenil esse direito está sendo violado, visto que sua prática compromete o desenvolvimento dos infantes. Buscando evitar que os mesmos tenham seus direitos violados, entende-se aqui que a inserção no trabalho precoce é uma forma de violação desses direitos. A Constituição Federal vigente explicita a proibição do trabalho infantil, ao passo que traz também assegurado o direito à educação, à alimentação, à profissionalização, ao lazer, entre outros. Desse modo, 4 Segundo Sampaio (1968), trabalho noturno é aquele executado entre as 22 horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte (p.281). Trabalho perigoso é aquele que ao ser realizado faz o trabalhador ter contato permanente com inflamáveis. [...] são considerada como condições de periculosidade as ações a que estão expostos os trabalhadores (p.275). Trabalho insalubre é aquele [...] que por sua própria natureza, condições ou método de trabalho, expõe os empregados a agentes físicos, químicos ou biológicos nocivos [...] (p.32).

6 buscou-se não deixar nenhuma lacuna que desse espaço para que o trabalho infanto-juvenil fosse tomado como legal. Neste sentido, o legislador procurou dar embasamento legal para impedir que crianças e adolescentes fossem inseridos precocemente nas atividades laborais Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Seguindo no mesmo sentido da Constituição Federal brasileira de 1988, encontramos o (ECA) aprovado em Silva (2005, p.36) aponta que o Estatuto é processo e resultado porque é uma construção histórica de lutas sociais dos movimentos pela infância, dos setores progressistas da sociedade política e civil brasileira, da falência mundial do direito e da justiça menorista [...]. Assim sendo, o ECA vem trabalhar com uma nova visão da criança e do adolescente. A de cidadão em condição peculiar de desenvolvimento. Sua inovação principal vem pelo viés da doutrina de proteção integral da criança e do adolescente. A definição de estatuto que Cretella Neto (2002, p.185) apresenta é de uma Lei orgânica dos Estados, sociedade ou associação. Portanto, o ECA faz parte dos instrumentos legais de proteção à criança e ao adolescente no qual estão presentes, entre outros, os cincos direitos fundamentais da criança e do adolescente. São eles: direito à vida e à saúde; direito à liberdade, ao respeito e à dignidade; direito à convivência familiar e comunitária; direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer; direito à profissionalização e à proteção no trabalho. A proibição do trabalho infantil e a proteção do adolescente trabalhador estão asseguradas no último direito apresentado acima (direito à profissionalização). No ECA, em seu capítulo V que trata do direito à profissionalização e da proteção ao trabalho nos artigos 60 a 69, são elencadas as proibições, bem como os direitos na área do trabalho. Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei. Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor. Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios: I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular; II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente; III - horário especial para o exercício das atividades. Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem. Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários. Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido. Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho: I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte; II - perigoso, insalubre ou penoso; III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social;

7 IV - realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola. Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilidade de entidade governamental ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele participe condições de capacitação para o exercício de atividade regular remunerada. 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem sobre o aspecto produtivo. 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo. Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho, observados os seguintes aspectos, entre outros: I - respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento; II - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho. (BRASIL, Estatuto da Criança e do adolescente, 2006, p.20-22) Nos artigos 60 e 61 verifica-se que eles estabelecem a idade mínima para a inserção no mercado de trabalho e que este trabalho é protegido em lei. Nos artigos 62 ao 65, 67, 68 e 69 são colocados: a definição de aprendiz; as proibições de o adolescente trabalhador desenvolver atividades perigosas, insalubre e noturno bem como são definidas as condicionalidades do adolescente aprendiz. Merece destaque o artigo 66 que garante o trabalho protegido ao adolescente portador de deficiência. Percebemos a intensa busca, nesta legislação, de coibir a exploração do trabalho infanto-juvenil, pois, conforme diversos estudos, o trabalho precoce compromete a formação dos infantes e consequentemente ocorrendo essa violação de direito será violados outro direitos como educação, lazer, saúde entre outros, ou seja, o trabalho infanto-juvenil não é uma violação de direito isolada, mas traz com ele, conseqüências que acarretará na violação de outros direitos, comprometendo assim, o futuro desses sujeitos, seja tanto na formação profissional e educacional, quanto na sua saúde física e mental. Quanto à formação profissional dos adolescentes, o referido estatuto dispõe sobre as condicionalidades para sua inserção nas atividades de aprendizagem, bem como sua regulamentação se dá por lei específica, ou seja, está regulamentada pela Lei de Aprendizagem. Ainda sobre a formação dos futuros trabalhadores, Liberati e Dias (2006 p.74) defendem a questão de que: Faz-se necessário estimular programas tanto de iniciativa pública quanto particular para uma aprendizagem adequada, voltada para as crianças e adolescentes, com o propósito de instruí-los em uma formação técnico-profissional, que venha capacitálos para uma inserção no mercado de trabalho, respeitada a condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, a observância das normas relativas ao vínculo empregatício estabelecido, assim como o recolhimento das contribuições previdenciárias. É valido esclarecer que toda atividade que enfoque a formação técnico-profissional deve ser desenvolvida respeitando a condição peculiar do adolescente, sem prejuízo aos estudos e as atividades de esporte e lazer. Nesta questão estão assegurados também os

8 adolescentes portadores de deficiência. Outro quesito que deve ser respeitado é a garantia dos direitos trabalhistas e previdenciários assegurados em lei. No quadro abaixo verificamos as situações caracterizadas como violação dos direitos da criança e adolescente em relação à profissionalização e a proteção ao trabalho. QUADRO 1 - Situações Caracterizadas como Violações dos Direitos da Criança e Adolescente em relação à Profissionalização e a Proteção ao Trabalho VIOLAÇÕES 1 - Exploração do trabalho de Crianças e Adolescentes 2 - Condições adversas ao Trabalho 3 - Inobservância da Legislação Trabalhista 4 - Ausência de condições de formação e desenvolvimento CARACTERIZAÇÃO Expressa por ações como tirar proveito de atividades executadas por criança ou adolescente em regime familiar ou utilizá-lo como empregado comum na cidade ou no campo, sem que sejam respeitados os direitos trabalhistas e previdenciários assegurados por lei: exploração do trabalho doméstico; não remuneração; remuneração inadequada; apropriação indevida do resultado do trabalho; exploração do trabalho por entidades assistenciais; trabalho em regime de escravidão. Trata-se de situações em que a criança ou o adolescente, pessoa em processo peculiar de desenvolvimento, esteja submetido a condições de trabalho de modo tal que o trabalho prematuro acarrete prejuízos ao seu desenvolvimento físico e psíquico (art.67, incisos I,II,III do ECA): Exposição acidentes de trabalho; horário incompatível com a faixa etária ou desenvolvimento físico; trabalho desprotegido de deficientes. Ações de omissões que ferem os direitos trabalhistas garantidos por Lei: negação da carteira de trabalho assinada; violação dos direitos previdenciários e trabalhistas; trabalho perigoso, insalubre e penoso; coação a trabalho noturno; extensão da jornada de trabalho; trabalho em horário/local que impeçam a freqüência à escola; inadequação da atividade à idade. Ações ou omissões que impedem ou dificultam a formação profissional do aprendiz: Não acesso à capacitação/formação técnico-profissional do aprendiz; Ausência de encaminhamento a programas de capacitação de adolescentes sujeitos a medida de proteção especial; Ausência de encaminhamento a capacitação/profissionalização de adolescentes portadores de deficiência. Fonte: Paraná (2006) apud Valadão et al. (2008, p.53) 2.3. Lei de Aprendizagem A aprendizagem é entendida como um processo de formação técnico-profissional, ao qual deve ser desenvolvida com prazos específicos, como o objetivo de colaborar na formação do menor de 18 anos e maior de 14 anos de idade. Esse processo de aprendizagem não pode prejudicar o adolescente nas atividades escolar. Na Instrução Normativa n. 26, datada de 20 de dezembro de 2001, do Ministério do Trabalho e Emprego, o contrato de aprendizagem é entendido como:

9 Art. 1º. O contrato de aprendizagem, conforme conceituado no art. 428 da CLT, é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 anos e menor de 18 anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível com seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz a executar, com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação. Neste sentido, tem que ser respeitado o prazo de validade desse contrato, não podendo o mesmo durar mais que dois anos. Quanto ao conteúdo do contrato de trabalho, deve estar explícito a jornada de trabalho diária e semanal, o plano pedagógico e a remuneração mensal. O aprendiz tem seus direitos previdenciários assegurados e sua carga horária não poderá ser superior a seis horas diárias para os que ainda não completaram o ensino fundamental e poderá ser de oito horas para aqueles que já concluíram o ensino fundamental. O estabelecimento de todas essas condicionalidades busca evitar a evasão escolar bem como dificultar desvios dos objetivos da aprendizagem, ou seja, evitar que os adolescentes se tornem mão de obra barata e consequentemente abandonem os estudos Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) A CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n , de 1º de maio de 1943, sofreu alterações em seu texto após a aprovação da Constituição Federal de 1988 e consequentemente após a aprovação do ECA. Traz em seu capítulo IV, nos artigos 402 a 440 a proteção ao trabalho do menor. Segundo esta legislação, é entendida por menor toda pessoa com idade de 14 anos até os 18 anos: Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de quatorze até dezoito anos (BRASIL, Consolidação das Leis do Trabalho). No artigo 403 da referida legislação, está a proibição de manter em serviço o trabalhador com idade inferior a 16 nos de idade, salvo na condição de aprendiz, que é de 14 anos de idade. O artigo 404 estabelece a proibição de manter empregado com idade inferior a 18 anos trabalhando em horário noturno. No artigo 405 dispõe a proibição de se empregar menores de 18 anos de idade para desenvolver atividades em locais insalubres ou perigosos. Ainda no artigo 405 consta a proibição do adolescente desenvolver atividades em locais que possam prejudicar seu desenvolvimento moral. Os artigos 411 a 414 tratam da duração da jornada de trabalho que obedecerá às normas gerais, não ultrapassando 44 horas semanais. Já o artigo 424 aponta que é dever dos responsáveis (pais ou detentores da guarda) afastarem o adolescente de atividades que diminui o tempo para os estudos, repouso ou que o expõem as circunstâncias já referidas acima. No artigo 427 impõe que o empregador deve dispor para o adolescente trabalhador o tempo necessário para o mesmo freqüentar a escola. Dentre os artigos da CLT que tratam da normatização do trabalho do adolescente tem grande relevância, pois tratam da idade mínima para a inserção no mercado de trabalho, regulamenta os locais de desenvolvimento do trabalho, bem como os horários a serem desenvolvidos e obriga o empregado não vedar a freqüência escolar dos adolescentes.

10 2.5. Convenções e Recomendações A Organização Internacional do Trabalho foi criada em 1919 com o objetivo de regular as relações de trabalho no mundo. Desde então, ela vem realizando convenções e recomendações sobre o trabalho infanto-juvenil. Quanto ao termo convenção, o encontramos no dicionário da Fundação Getúlio Vargas (1986, p.267) como sendo: [...] uma prática, uso ou regra de conduta ou de comportamento quanto ao que pode ou não ser feito pelos membros de determinado grupo ou comunidade. Convenção quando empregada para designar um instrumento contratual internacional, pode ser definida como acordo escrito ou oral entre um ou mais Estados ou organizações governamentais, objetivando o reconhecimento de direitos e deveres legais que obriguem os signatários. Dentre as convenções ratificadas pelo Brasil que tratam do trabalho infantil, estão as de n. 138, que estabelece a idade mínima de inserção no mercado de trabalho em todos os setores, e a Convenção n. 182, que dispõe sobre as piores formas de trabalho infantil. A Convenção n. 138 foi aprovada pela OIT em Porém, só foi ratificada pelo Estado brasileiro em Vale ressaltar que a OIT considera sendo criança toda pessoa com idade inferior de 18 anos. Tanto a Convenção n. 138 como a Recomendação n. 146, tratam da idade mínima dos adolescentes para a inserção no mercado de trabalho. A Convenção traz em seu 2 artigo, parágrafos 1, 3 e 4 que: 1. Todo Estado-membro que ratificar esta Convenção especificará, em declaração anexa à sua ratificação, uma idade mínima para admissão a emprego ou trabalho em seu território e em meios de transporte registrados em seu território; [...] nenhuma pessoa com idade inferior a essa idade será admitida a emprego ou trabalho em qualquer ocupação. 3. A idade mínima fixada nos termos do parágrafo 1º deste artigo não será inferior à idade de conclusão da escolaridade compulsória ou, em qualquer hipótese, não inferior a 15 anos. 4. Não obstante o disposto no parágrafo 3º deste artigo, o Estado-membro, cuja economia e condições do ensino não estiverem suficientemente desenvolvidas, poderá, após consulta com as organizações de empregadores e de trabalhadores interessadas, se as houver, definir, inicialmente, uma idade mínima de 14 anos. (BRASIL, Convenção n. 138 da OIT, p.01) Com relação ao parágrafo 1º da Convenção n. 138, o Brasil estabeleceu a idade mínima de 16 anos para a inserção no mercado de trabalho, com ressalva na condição de aprendiz que é de 14 anos de idade. Deste modo, está em consonância com o parágrafo 3 o qual estabelece que a idade mínima de inserção no trabalho não pode ser inferior a 15 anos de idade. Observando ainda esta Convenção, verifica-se, em seu artigo 3, parágrafo 1, onde também dispõe sobre a idade mínima de 18 anos para desenvolver trabalho que possa prejudicar a formação física e moral do trabalhador: 1. Não será inferior a dezoito anos a idade mínima para admissão a qualquer tipo de emprego ou trabalho que, por sua natureza ou circunstância em que é executado, possa prejudicar a saúde, a segurança e a moral do jovem. (CONVENÇÃO n. 138, p. 02).

11 A Recomendação n. 146 da OIT buscou tornar eficaz os objetivos propostos na Convenção n. 138, já citada neste estudo. Ela recomenda que os Estados membros desenvolvam políticas nacionais que visem à redução da pobreza, a promoção do bem estar das famílias envolvidas, garantindo as condições necessárias para o desenvolvimento integral (saúde, educação, esporte e lazer) das crianças e adolescentes até que estes atinjam a idade ideal para o trabalho. Em relação aos tipos de trabalho tratado na Convenção n. 138, a Recomendação n. 146 coloca em seu décimo artigo que: 10. (1) Na definição dos tipos de emprego ou de trabalho objeto do artigo 3 da Convenção sobre a Idade Mínima de 1973, dever-se-ia levar em conta, de modo pleno, as normas internacionais de trabalho pertinentes, como, por exemplo, as que dizem respeito a substâncias, agentes ou processos perigosos (inclusive radiações ionizantes), a levantamento de cargas pesadas e trabalhos subterrâneos. (2) A lista dos tipos de emprego ou de trabalho e questão, deveria ser examinada periodicamente, e revisada de acordo com as necessidades, particularmente à luz dos progressos científicos e tecnológicos. (BRASIL, Recomendação n.146 da OIT, p.03) A Convenção n. 182 e a Recomendação n. 190 da OIT tratam da proibição das piores formas de trabalho infantil e ação imediata para sua eliminação. A Convenção n. 182 foi aprovada pela OIT em 1999 e ratificada pelo Brasil em Ela traz as especificações das piores formas de trabalho em seu 3 artigo: (a) todas as formas de escravidão ou práticas análogas à escravidão, como venda e tráfico de crianças, sujeição por dívida, servidão, trabalho forçado ou compulsório, inclusive recrutamento forçado ou compulsório de crianças para serem utilizadas em conflitos armados; (b) utilização, demanda e oferta de criança para fins de prostituição, produção de material pornográfico ou espetáculos pornográficos; (c) utilização, demanda e oferta de criança para atividades ilícitas, particularmente para a produção e tráfico de drogas conforme definidos nos tratados internacionais pertinentes; (d) trabalhos que, por sua natureza ou pelas circunstâncias em que são executados, são susceptíveis de prejudicar a saúde, a segurança e a moral da criança. (BRASIL, Convenção n.182 da OIT, p. 02). Ao pontuar essas atividades como as piores formas de trabalho infantil e objetivando a eliminação dessas formas de trabalho, a Convenção estabelece em seu artigo 7º que todos os países que a adotarem, tomem medidas para que se efetive o proposto na Convenção. Portanto, essas medidas deverão estar na lógica de proteção integral à criança e ao adolescente. No que se refere à Recomendação n. 190, ela vem reafirmar o proposto na Convenção n. 182 e sugerir que os países membros adotem medidas para o cumprimento dessa Convenção, ou seja, a Recomendação n. 190 propõe medida para eliminar as piores formas de trabalho infantil. Com relação ao trabalho perigoso, a Recomendação n. 190 apresenta que: Ao determinar os tipos de trabalhos a que se refere o Artigo 3º (d) da Convenção, e ao identificar sua localização, dever-se-ia, entre outras coisas, levar em conta: (a) os trabalhos que expõem as crianças a abusos físico, psicológico ou sexual;

12 (b) os trabalhos subterrâneos, debaixo d água, em alturas perigosas ou em espaços confinados; (c) os trabalhos com máquinas, equipamentos e instrumentos perigosos ou que envolvam manejo ou transporte manual de cargas pesadas; (d) os trabalhos em ambiente insalubre que possam, por exemplo, expor as crianças a substâncias, agentes ou processamentos perigosos, ou a temperaturas ou a níveis de barulho ou vibrações prejudiciais a sua saúde; e (e) os trabalhos em condições particularmente difíceis, como trabalho por longas horas ou noturno, ou trabalhos em que a criança é injustificadamente confinada às dependências do empregador. (BRASIL, Recomendação n.190 da OIT, p ) Desse modo, podemos verificar que tanto as convenções como as recomendações têm como objetivos proteger a criança de desenvolver atividades que venham a prejudicar seu desenvolvimento, seja, ele físico psicológico ou moral. As referidas convenções e recomendações também colocam como prioridade a educação fundamental e profissional para que, no futuro, essas crianças tenham condições de desenvolverem atividades qualificadas e, consequentemente, terem condições dignas de sobreviver Decreto n O Decreto Federal n , aprovado em 12 de junho de 2008, regulamenta o artigo 3º da Convenção n. 182 da OIT que trata da proibição das piores formas de trabalho infantil e ação imediata para sua eliminação. Neste decreto aprovou-se a lista das piores formas de trabalho infantil apresentada pela Convenção n Também trouxe a proibição do menor de dezoito anos trabalharem nas atividades descritas nesta Convenção. Na lista das piores formas de trabalho infantil, estão incluídas 89 formas de trabalho que são consideradas sendo as piores. A grande novidade desse decreto esta na inclusão do trabalho doméstico como sendo uma das piores formas de trabalho infantil, sendo a de número 76 dentre as 89 da lista. QUADRO 2 - Atividade: SERVIÇO DOMÉSTICO Item Descrição dos Trabalhos Prováveis Riscos Ocupacionais Prováveis Repercussões à Saúde 76. Domésticos Esforços físicos intensos; Afecções músculo-esqueléticas isolamento; abuso físico, (bursites, tendinites, dorsalgias, psicológico e sexual; longas sinovites, tenossinovites); jornadas de trabalho; trabalho contusões; fraturas; ferimentos; noturno; calor; exposição ao fogo, posições antiergonômicas queimaduras; ansiedade; alterações na vida familiar; transtornos do e movimentos repetitivos; ciclo vigília sono; DORT/LER; tracionamento da coluna deformidades da coluna vertebral vertebral; sobrecarga muscular e (lombalgias, lombociatalgias, queda de nível escolioses, cifoses, lordoses); síndrome do esgotamento profissional e neurose profissional; traumatismos; tonturas e fobias FONTE: Decreto Federal n (2008, p.8).

13 Podemos verificar, conforme demonstra o quadro acima, que o trabalho doméstico traz grandes conseqüências para os infantes. Este decreto traz um grande avanço no enfrentamento do trabalho infanto-juvenil. Entretanto, o trabalho infantil doméstico é uma das atividades com mais dificuldade de se diagnosticar. Esta dificuldade reside no fato de que os órgãos responsáveis pela fiscalização encontram barreiras para adentrarem nas residências e identificar a situação de trabalho infantil. 3. CONCLUSÕES Apresentamos neste estudo as principais legislações existentes no Brasil pertinente ao combate do trabalho infanto-juvenil. Percebe-se o cuidado dos legisladores em não deixar nenhuma lacuna que desse a oportunidade de violar seus preceitos, procurando assim, aumentar ao máximo a cobertura dos direitos da criança e do adolescente em relação à prevenção e erradicação do trabalho infantil. Verifica-se o esforço dos legisladores em manterem as crianças e adolescente nas escolas para que possam, no futuro, se profissionalizar e desse modo, atender as demandas do mercado, bem como ter condições dignas de sobrevivência. Ao realizar esta pesquisa, percebemos que há todo um arcabouço de leis e normas que proíbem o trabalho infantil. Porém, a não existência de punições para aqueles que exploram a mão de obra de crianças e adolescentes deixa uma sensação de impunidade na sociedade. Segundo o Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente de 2004, p.20: Não existe no País nenhum dispositivo legal que considere crime explorar o trabalho da criança. Na atualidade, a fiscalização tem o poder de lavrar autos de infração que podem resultar em uma imposição de multa, mas esta não é uma penalidade no sentido criminal. Não constitui uma criminalização. Diante da comprovação da existência de mão de obra infanto-juvenil, são aplicadas, quando possível, apenas sanções administrativas. Deste modo, não configura crime a prática da exploração do trabalho infantil. Com isso, ocorre a ineficiência no enfrentamento e erradicação do trabalho infanto-juvenil, pois a sensação de impunidade presente na sociedade, juntamente com a questão cultural, dificulta a efetivação do que conta na lei. Portanto, temos uma lacuna enorme entre o que a legislação prevê e o que ocorre de fato na realidade cotidiana brasileira. REFERÊNCIAS BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Decreto-lei n , de 1 de maio de Disponível em: < Acesso em: 07 maio 2009.

14 . Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 38. ed. São Paulo: Saraiva, (Coleção Saraiva de Legislação). Leis, Decretos, etc. Decreto n , de 12 de junho de Disponível em: < Acesso em: 22 abr Ministério do Trabalho e Emprego. Convenção n. 138 da OIT [de 1973]: sobre a idade mínima para admissão em emprego. Disponível em: < Acesso em: 11 maio Convenção n. 182 da OIT [de 1999]: sobre as piores formas de trabalho infantil. Disponível em: < Acesso em: 04 maio Instrução Normativa n. 26, de 20 de dezembro de Baixa instruções para orientar a fiscalização das condições de trabalho no âmbito dos programas de aprendizagem. Disponível em: < Acesso em: 14 abr Plano nacional de prevenção e erradicação do trabalho infantil e proteção ao trabalhador adolescente. Brasília: SIT, Recomendação n. 146 [da OIT]: recomendação relativa a idade mínima para admissão em emprego. Disponível em: < Acesso em: 11 maio de Recomendação n. 190 [da OIT]: recomendação sobre a proibição e ação imediata para a eliminação das piores formas de trabalho infantil. Disponível em: < >. Acesso em: 07 maio CRETELLA NETO, José. Dicionário de processo civil. Rio de Janeiro: Forense, ESTATUTO da criança e do adolescente. Curitiba: Imprensa Oficial do Estado, FUNDAÇÃO Getúlio Vargas. Instituto de Documentação. Dicionário de ciências sociais. Rio de Janeiro: FGV, GIL. Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1994.

15 INSTITUTO Observatório Social. Procuradores consideram insuficientes políticas públicas para evitar o trabalho infantil. [Publicado em 01 abr. 2008]. Disponível em: < &Itemid=116> Acesso em: 27 de maio LIBERATI, Wilson Donizeti; DIAS, Fábio Muller Dutra. Trabalho infantil. São Paulo: Malheiros, SAMPAIO, Aluyso. Dicionário de direito individual do trabalho. São Paulo: LTR,1968. SILVA, Maria Lucia de Oliveira e. O estatuto da criança e do adolescente e o código de menores. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, v. 83, p.30-48, VALADÃO, Adriano da Costa; BOURGUIGNON, Jussara Ayres; SILVA, Lenir Aparecida Mainardes da; BARROS, Solange Aparecida Barbosa de Moraes. Pesquisa estadual sobre violação de direitos para subsídio ao plano estadual de enfrentamento: a violência contra crianças e adolescentes macro região Ponta Grossa e União da Vitória: Relatório Ponta Grossa, [no prelo].

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