A RÁDIO DA ESCOLA NA ESCOLA DA RÁDIO: A PESQUISA APLICADA NAVEGANDO NO CIPOAL ESCOLAR

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1 A RÁDIO DA ESCOLA NA ESCOLA DA RÁDIO: A PESQUISA APLICADA NAVEGANDO NO CIPOAL ESCOLAR Resumo Tarsis de Carvalho Santos 1 - UNEB Silvia Letícia Costa Pereira Correia 2 - UNEB Kátia Soane Santos Araújo 3 - UNEB Rosângela Patrícia de Sousa Moreira 4 - UNEB Icilma Pazos Dourado 5 - UNEB Grupo de Trabalho - Comunicação e Tecnologia Agência Financiadora: não contou com financiamento A pesquisa em educação apresenta-se em analises das problemáticas que ocorre no âmbito da escola, pautado na compreensão da experiência dos sujeitos escolares, ou pela escolha de metodologias em que o pesquisador desenvolve ações em colaboração com os participantes. Um dos desafios da Universidade é o diálogo direto com a educação básica, mobilizando as discussões sobre os pressupostos da pesquisa em educação e a função clássica da academia ao que corresponde o desenvolvimento da sociedade. Deste modo, este texto visa relatar a experiência do projeto A Rádio na Escola na Escola da Rádio e sua implicação nas instituições parceiras da Rede Pública de Ensino, correlacionando a educação ao caráter criativo e transformativo das Geotecnologias, mobilizando outros processos formativos que emerge da dinâmica entre os sujeitos no âmbito escolar e comunidade em que a escola está inserida.o projeto da rádio, tem como pressuposto utilizar as potencialidades das Tecnologias de Informação e Comunicação para o entendimento do lugar, dinamizado pela Educação 1 Licenciado em História. Mestrando do Programa de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade PPGEduC, da Universidade do Estado da Bahia UNEB. Integrante do Grupo Geotecnologias, Educação e Contemporaneidade GEOTEC, da Universidade do Estado da Bahia - UNEB. ths.carvalho@hotmail.com 2 Pedagoga. Mestranda do Programa de Pós-Graduação Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação GESTEC, da Universidade do Estado da Bahia UNEB. Coordenadora Pedagógica na Rede Municipal de Ensino de Salvador/BA. Pesquisadora Integrante dos Grupos de Pesquisa Geotecnologias, Educação e Contemporaneidade GEOTEC e do Grupo Interdisicplinar de Pesquisa e Representações em Educação - GIPRE. sil.lete@gmail.com 3 Pedagoga. Mestre em Educação em pelo Programa de Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação da Universidade do Estado da Bahia - UNEB. Integrante do Grupo Geotecnologias, Educação e Contemporaneidade - GEOTEC, da UNEB. katiasoane@gmail.com 4 Mestre em Educação pelo Programa de Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação da Universidade do Estado da Bahia - UNEB. Professora do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia IFBA. Grupo de Pesquisa Geotecnologias, Educação e Contemporaneidade - GEOTEC. geo.pmoreira@gmail.com 5 Administradora. Mestranda do Programa de Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação da Universidade do Estado da Bahia - UNEB. Integrante do grupo Geotecnologias, Educação e Contemporaneidade -GEOTEC, da UNEB. icilmapazos@yahoo.com.br ISSN

2 39094 Cientifica, conotando outras práticas pedagógicos. Para tanto, fundamenta suas ações a partir dos pressupostos teóricos e metodológicos da pesquisa colaborativa de engajamento, reelaborando as suas técnicas, procedimentos e abordagem no que corresponde a uma intervenção na rede escolar básica do Estado da Bahia. A metodologia para o desenvolvimento do projeto consiste na utilização dos pressupostos da Pesquisa Aplicada como base para a mobilização de uma rede de sociabilidade junto aos sujeitos, como preposição para o entrelaçamento entre comunidade, escola e Universidade e, como método a construção de outras práticas no ambiente escolar, favorecendo ações pontuais com alunos, professores e interessados para a melhoria do ensino público. Palavras-chave: Geotecnologias. Pesquisa Aplicada. Educação Básica. Rede Pública. Introdução A Universidade tem como função clássica o desenvolvimento de práticas e ações, para atender a demanda do cotidiano social. Apesar de possui como eixo norteador de suas atividades socioculturais a pesquisa, o ensino e a extensão, muitos dos resultados de suas analises e criações estão distantes ou não dialogam de forma efetiva/direta aos problemas estruturais que cada setor social possui. Ao voltarmos nossos olhares para a pesquisa em educação, observamos um verdadeiro cipoal, emaranhado de dificuldades em que a escola está inserida (estrutura física deteriorada, professores mal remunerados, poucos recursos didáticos, violência dentro das escolas, entre outros), mas não penetramos ao cerne do problema, fazendo desse esforço intelectual inócuo ao funcionamento qualitativo da instituição escolar. Desta forma, surge uma pergunta que desafia a compreensão e abre possibilidade para uma imersão teórico-metodológico, afinal, qual o propósito da pesquisa em educação quando esta não rompe os muros da academia e centros de excelência e não adentram as instituições escolares? Em grosso modo, uma pesquisa educacional, sem um retorno mínimo a escola, é o mesmo de ter um carro de luxo e não possui combustível para andar, ou seja, fica parado, belo, moderno, mas sem funcionalidade. Portanto esse trabalho tem como objetivo relatar a experiência de aproximação, dialogo, trabalho coletivo entre as unidades escolares parceiras do projeto A rádio da Escola na Escola da Rádio, desenvolvido pelo grupo de pesquisa Geotecnologias, a Educação e Contemporaneidade (GEOTEC), vinculado à Universidade do Estado da Bahia (UNEB), a partir dos programas de pós-graduação Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) e Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação (GESTEC), vem desenvolvendo projetos/ações nas escolas da Rede Pública do estado da Bahia. O GEOTEC, tem a função social de mobilizar a

3 39095 academia para auxiliar as escolas a desenvolver uma educação solidaria, humana, de qualidade, contextualizada com o lugar. A metodologia para o desenvolvimento do trabalho consiste na utilização dos pressupostos da Pesquisa Colaborativa Aplicada como base para a mobilização de uma rede de sociabilidade junto aos sujeitos, como preposição para o entrelaçamento entre comunidade, escola e Universidade e, como método a construção de outras práticas no ambiente escolar, favorecendo ações pontuais com os alunos, professores e interessados para a melhoria do ensino público, em prol de uma prática instituinte (HETKOWSKI, 2005). Portanto, o presente artigo, está dividido em três momentos: o primeiro, um dialogo conceitual entre as categorias de geotecnologias e pesquisa aplicada no desenvolvimento de outras práticas pedagógicas, tendo como eixo norteador o lugar. Em um segundo momento, visa uma contextualização ao que se refere ao projeto da Rádio, sua ação na educação básica. No terceiro momento, visa descrever os produtos oriundos da intervenção dos pesquisadores do GEOTEC na rede pública. Geotecnologias: o pensar e o agir para o entendimento do "Lugar" A Geotecnologia estão presente no cotidiano, auxiliando a humanidade a se localizar e conhecer os lugares que compõe o espaço geográfico, permitindo que lugares antes desconhecido, se torne acessível em qualquer parte do mundo. Esta característica se apresenta como potencialidade as práticas educativas contemporâneas, permitindo que o sujeito alie suas experiências, memórias nos caminhos trilhados que trilhou ao longo da vida em consonância as tecnologias digitais, remodelando a compreensão dos elementos que constituem o espaço, fortalecendo o sentimento de pertença. Mas, afinal, o que é geotecnologia? E por que ela apresenta enquanto novidade no que consiste a mediação pedagógica? Estes questionamentos desaguam na própria discussão sobre a educação, enquanto área do conhecimento que tem o processo de formação do sujeito como cerne de sua teoria. A busca pela compreensão do que seja o espaço, do mundo, mobiliza homens e mulheres a imergirem em seus lugares, (re) descobrindo os elementos que compõe e torna único o seu habit. No limiar da história da humanidade, vários instrumentos foram criados para a localização e entendimento dos percursos trilhados, fazendo que terras antes desconhecidas, fossem descobertas colocando em contato outros comportamentos, costumes, hábitos antagônicos subjugados pelo poder daqueles que possuíam a técnica. O entendimento das geotecnologias na contemporaneidade está envolto da praticidade

4 39096 instrumental em utilizar técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica e que vem influenciando, de maneira crescente, as áreas de cartografia, planejamento e gestão territorial urbana e regional, de recursos naturais, entre outras (BRITO, 2013,p. 22) Assim, qualquer ato inventivo que conote o entendimento do lugar, pode ser caracterizado como um produto geotecnológico, incrustado de significados do lugar em que ele está inserido. Deste modo, um mapa, uma bússola, um bilhete com endereço, uma fotografia ou um vídeo recebe e agrega elementos geotecnológicos, para além dos seus suportes materiais. Esse processo criativo e transformativo para o entendimento do lugar, é denominado Geotecnologias. Portanto as geotecnologias são, conforme Brito e Hetkowiski (2010, p. 65): [...] tecnologias são processos humanos criativos que envolvem elementos materiais (instrumentos e técnicas) e imateriais (simbólicos e cognitivos) e que se encarnam na linguagem do saber e do fazer dos homens. Assim, a geotecnologia representa a capacidade criativa dos homens, através de técnicas e de situações cognitivas, representar situações espaciais e de localização para melhor compreender a condição humana. Assim, potencializar as tecnologias, significa ampliar as possibilidades criativas do homem, bem como ampliar os olhares à exploração de situações cotidianas relacionadas ao espaço geográfico, ao lugar da política, a representação de instancias conhecidas e/ou desconhecidas, a ampliação das experiências e a condição de identificação com o espaço vivido (rua, bairro, cidade, estado, país). Deste modo as geotecnologias, abrem precedentes para a valorização da história do lugar, tendo em vista a construção de conhecimento pautado nos símbolos, marcas da trajetória humana a partir de si, constituindo uma postura autônoma, reflexiva e critica, contextualizada pela dinâmica do espaço geográfico e sua representação, pois, as interações entre os sujeitos e as tecnologias digitais irão permitir a construção de saberes estabelecidos no âmbito da escola para as vivências sociais, constituindo o cidadão pautado no compromisso ético e na convivência com a diversidade. A Pesquisa Aplicada e o cipoal escolar Porque pesquisar é avançar fronteiras, é transformar conhecimentos e não fabricar análises segundo determinados formatos. Balizas, sim, consistência, sim, plausibilidades, sim, aprisionamento do real em dogmas, não. (GATTI, 2010, p. 13) A pesquisa em educação, em todos os níveis (Graduação, Mestrado e Doutorado) se constitui em analises das problemáticas que ocorre no âmbito da escola, pautado na análise da

5 39097 experiência do próprio pesquisador, ou pela adoção de metodologias em que o pesquisador desenvolve os trabalhos em colaboração com os participantes. Nessa perspectiva, surgem os Mestrados Profissionais em Educação, com pesquisas, que naturalmente tendem à intervenção, à prática, à aplicabilidade. Acredita-se numa pesquisa viva, que se faz no ato de pesquisar, que utiliza o método como referência, como bússola norteadora. Toda pesquisa, realizada na Pós-graduação, é uma pesquisa acadêmica que deverá se pautar em um rigor científico compatível aos Programas stricto sensu e, que, portanto, não poderá ser realizada de forma distante da teoria. Assim, Gatti (2010, p. 13) afirma que: [...] A compreensão de que não há método sem algum tipo de teorização ou sem pelo menos uma perspectiva de hipóteses é fundamental. [...] Nem sempre se trabalha com uma teoria bem estruturada, mas trabalha-se a partir de um certo modo de encarar determinado fenômeno, ou contra uma determinada posição teórica, mas sempre estamos partindo de alguma ideia preliminar [...]. Cria-se na ambiência de uma tradição de pesquisa certos modos de olhar os eventos que interessam aos estudos em determinada área. [...] Sem reflexão e auto-reflexão sobre o ato de conhecer, as formas de ver e colocar problemas, a maneira de tentar abordá-los, sem crítica e auto-crítica não há pesquisa. Os Mestrados Profissionais são escolas de pós-graduação stricto sensu, responsáveis por aprimorar as práticas dos agentes profissionais, sendo, portanto, uma escola de intervenção, de caráter aplicado. Busca-se a compreensão do contexto específico, suas problemáticas, a dinâmica do sistema e dos participantes individualmente, as relações internas e externas existentes nesta problemática. Nesta perspectiva, os conhecimentos são ampliados, ressignificados, ressaltando que a pesquisa aplicada está diretamente relacionada a capacidade de adequação dos estudos ao contexto pesquisado e ao pesquisador. A pesquisa aplicada está em consonância com os princípios do mestrado profissional e para que esta aconteça, é necessária a imersão do pesquisador no contexto a ser estudado. Assim, tendo como base um referencial teórico, associado à uma demanda específica, o pesquisador, dialogicamente com os sujeitos da pesquisa, seus saberes e anseios, desenvolve, ao longo da trajetória do estudo, uma proposta de intervenção, de maneira autêntica e específica. A pesquisa aplicada envolve a imersão na problemática, no contexto específico e reflete o engajamento indispensável ao pesquisador. Engajar-se é imergir no lócus de pesquisa, atentando-se a problemática, ao grupo de sujeitos, aos saberes empíricos, às limitações do contexto. É vivenciar desde as angústias aos anseios dos atores sociais.

6 39098 A Rádio da Escola na Escola da Rádio Este Projeto (Figura 1) tem a finalidade de difundir as histórias dos lugares, tendo a educação cientifica e a pesquisa como elemento mobilizador e dialógico entre os conteúdos escolares da Educação Básica e a construção do conhecimento, alicerçado no desenvolvimento da autoria, criticidade, autonomia e reflexão dos estudantes. Para tanto, utiliza as potencialidades criativas e transformativas das Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), mobilizando os sujeitos aprendentes com os meios de comunicação, Escola e a Comunidade, pautados nos princípios que envolvem: a) o reconhecimento das histórias dos bairros da cidade de Salvador e sua importância para os que ali residem; b) o desenvolvimento de cursos e oficinas para os alunos, a fim redimensionar o uso da Rádio Convencional; c) mobilizar a Rádio e o Podcasting a partir dos registros coletados nos bairros da cidade. Figura 1- Identidade Visual do Projeto A Rádio da Escola na Escola da Rádio Fonte: Banco de Imagem GEOTEC Deste modo, o projeto da A rádio da escola na escola da rádio surgiu a partir dos movimentos construídos no desenvolvimento da proposta de pesquisa aplicada com alunos e professores da educação básica, discutindo e explorando as potencialidades das geotecnologias para o entendimento do espaço geográfico. Nessa dinâmica foram constituídas ações em parceria com algumas instituições, tais como Escola Municipal Governador Roberto Santos, Instituto Federal de Educação, entre outras. Escola Municipal Governador Roberto Santos Na Escola Municipal Governador Roberto Santos (EMGRS) a proposta é desenvolvida com um grupo de alunos do Ensino Fundamental II (Figura 2), através de uma perspectiva educacional de educar pela pesquisa, pautada na Educação Cientifica, desdobrando em ações

7 39099 que valorizam as diversas formas de produzir o conhecimento, considerando a individualidade, as interações grupais e culturais dos alunos a partir do entendimento do lugar. Neste movimento, foi construído uma estação de rádio física dentro da unidade escolar, ultrapassando e difundindo as informações para além dos muros da escola. Figura 2 - Participes do Projeto "A Rádio da Escola na Escola da Rádio" - EMGRS Fonte: Araújo, Escola Municipal Álvaro da Franca Rocha A proposta de intervenção, Processos Formativos e representações socioespaciais dos docentes da Escola Municipal Álvaro da Franca Rocha (EMAFR), sobre o bairro da Engomadeira, demandou oficinas formativas com o quadro docente da escola sobre TIC, Cartografia, Espaço, Lugar, História e Memória (Figura 3). O resultado dessa intervenção foi a construção de portfólio contendo o registro da história e memória do bairro, a partir das representações docentes, para utilização enquanto recurso didático, tendo a história do bairro como elemento mobilizador das praticas pedagógicas. Figura 3 - Participes do Projeto "A Rádio da Escola na Escola da Rádio" - EMAFR Fonte: Banco de Imagem GEOTEC, 2014.

8 39100 Colégio da Polícia Militar - CPM As ações desenvolvidas no projeto foram iniciadas em 2010 no Colégio da Polícia Militar da Bahia (CPM), Unidade Dendezeiros. No decorrer desse processo, essas ações foram estendidas a Unidade Lobato, onde se busca ampliar a percepção espacial dos pesquisadores juniores (Figura 4) através do uso das tecnologias digitais no que diz respeito a valorização e reconhecimento da história dos bairros da Cidade de Salvador-BA. Figura 4 - Participes do Projeto "A Rádio da Escola na Escola da Rádio" - CPM Fonte: Banco de Imagem GEOTEC, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia - IFBA O IFBA-Campus Valença localizado na região do baixo sul atende inúmeros municípios, sendo estes representados e percebidos subjetivamente pelos seus alunos (Figura 5). Em meio a essa diversidade, o projeto da Rádio ressalta e valoriza as concepções e percepções dos alunos do Ensino Médio Integrado ao entendimento do espaço vivido a partir do processo formativo, viés da Educação Científica. A partir dos olhares dos participes do projeto, foi construído uma revista de nome caleidoscópio para difundir o olhar sob o lugar em que os discentes residem. Figura 5 - Partícipes do projeto "A Rádioda Escola na Escola da Rádio" - IFBA/Valença Fonte: Moreira, 2015.

9 39101 Universidade Aberta à Terceira Idade - UATI No propósito da inserção e uso das TIC, a integração dos alunos para a educação continuada, a fim de transformar e valorizar a terceira idade, o projeto também é aplicado na UATI (Universidade Aberta à Terceira Idade) UNEB Campus I, com o intuito de resgatar a história e memória dos bairros de Salvador, através da cartografia autobiográfica com as práticas da Multimídia (Figura 6). Figura 6 - Participes do Projeto "A Rádio da Escola na Escola da Rádio" - UATI/UNEB Fonte: Chaves, Casulo O Casulo é um filme documentário que tem como temas centrais: o desenvolvimento da pesquisa científica na educação básica pública e os seus possíveis desdobramentos nas vidas e processos formativos dos alunos-pesquisadores (Figura 7). Produto de pesquisa aplicada do Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação (GESTEC) da UNEB, o estudo científico tem como objeto de pesquisa as experiências do Projeto A rádio da escola na escola da rádio. Figura 7 - Cenas do Filme Documentário CASULO Fonte: Mendes, 2015.

10 39102 Considerações Finais O Projeto da Rádio, pensado enquanto articulador dos processos formativo na rede pública de ensino, tem o compromisso social de potencializar as práticas educacionais e possibilitar que a educação avance não apenas para reduzir os baixos índices da educação básica, mas, permitir que os sujeitos se identifiquem como ser histórico e transformador da realidade, elemento central da educação de qualidade. Portanto, assume assim, um papel importante neste contexto, de aproximar as pesquisas educacionais aos problemas urgentes da rede pública, quebrando a pseudo hierarquia vertical e caminhando lado a lado, pois, se o problema é a escola ir até acadêmica, se renovar a escola vire academia e ensine aos pesquisadores os pressupostos teóricos e metodológicos materializados, in loco. REFERÊNCIAS ARAUJO.K.S.S. A Rádio da Escola na Escola da Rádio: uma proposta de educação científica desenvolvida com alunos da escola Municipal Roberto Santos/SSA-Ba. GESTEC/UNEB, Março de Disponível em: K%C3%81TIA-SOANE-ARA%C3%9AJO.pdf. Acesso em 15 jul BRITO, F. J. O.; Hetkowski, T.M.. Geotecnologias: Possibilidades de Inclusão Sócio- Espacial. In: HETKOWSKI, T. M.; BONETI, L. W.; ALMEIDA, N.P.. (Org.). Incusão Sociodigital: da teoria à prática. 1ed.Curitiba: Imprensa Oficial, 2010, v. 1500, p BRITO, F. J. O. Análise Crítica da Cartografia: potencialidades do uso de mapas na contemporaneidade. PPGEDUC/UNEB, Novembro de Disponível em: Acesso em 13 jun GATTI, Bernadete. Algumas considerações sobre procedimentos metodológicos nas pesquisas educacionais. Disponível em acessado em 16 de maio de GRUPO GEOTECNOLOGIAS, EDUCAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE. GEOTEC. Disponível em < Acesso em 29 de maio de HETKOWSKI, T. M. Prática Instituinte e Aprendizagem Colaborativa. In: Encontro Nacional sobre Hiperexto: desafios Linguisticos, Literários e Pedagógicos, 2005, Recife. Hipertexto UPFE. Recife: CDROM, CHAVES. D.A.R. História e Memória: A Cidade de Salvador contada pelos sujeitos da Universidade Aberta à Terceira Idade UNEB/Campus I. GESTEC/UNEB, MARÇO de Disponível em: Acesso em 07 abr 2015.

11 39103 MENDES.J.S. CASULO: uma experiência vídeo documentada com alunos da Rede Pública de ensino do Estado da Bahia UNEB/Campus I. GESTEC/UNEB, Abril de Disponível em: JORDAN-MENDES_GESTEC-UNEB_VERS%C3%83O-DIGITAL.compressed.pdf. Acesso em 24 jun MOREIRA, R.P.S. O lugar da pesquisa na educação geográfica: relatos de experiências dos alunos do ensino médio IFBA Campus Valença. Dissertação de Mestrado, Universidade do Estado da Bahia UNEB, Salvador, 2015, 110p