REGIMENTO INTERNO Da constituição, localização, finalidade e missão do Banco de Olhos capítulo III 1º.
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- Manuella Candal Alves
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1 REGIMENTO INTERNO Da constituição, localização, finalidade e missão do Banco de Olhos O Banco de Olhos da Santa Casa de Campo Grande é constituído de uma estrutura administrativa, conforme o capítulo III deste regimento, e estrutura física que compreende: I - Sala de processamento de Tecido Ocular Humano; II - Sala de Recepção de Tecido Ocular Humano; III - Sala Administrativa. 1º. O Banco de Olhos está localizado nas dependências da Santa Casa de Campo Grande; Banco de Olhos tem por finalidade captar e transportar tecidos oculares humanos, dentro da área de abrangência, estabelecida pela Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos - CNCDO, processar e armazenar tecidos oculares de procedência humana para fins terapêuticos, de pesquisa (laboratorial ou ensaio clínico, aprovados por comissões de ética) ou ensino. O Banco de Olhos da Santa Casa de Campo Grande tem como missão Retirar, processar e distribuir tecidos oculares humanos, prezando por um excelente padrão de qualidade, proporcionando aos receptores transplantados uma nova perspectiva de vida. Da Regulamentação do Banco de Olhos Fundamentado no item 3 do anexo da Resolução da Diretoria Colegiada 347 de 02/12/2003, fica aqui criado o Manual Técnico Operacional, contendo o regimento interno, todas as rotinas e os procedimentos referentes à doação, bem como os procedimentos administrativos do Banco de Olhos. Parágrafo Único Deverão constar no Manual Técnico Operacional do Banco de Olhos, os nomes dos componentes da equipe médica responsável, equipe técnica e administração, as atribuições concernentes a cada um, bem como um organograma do mesmo. O Manual Técnico Operacional, deverá ser aprovado pelo serviço de oftalmologia e pelo Conselho Técnico da Santa Casa de Campo Grande, pela Vigilância Sanitária e pelo SNT Sistema Nacional de Transplantes.
2 O Manual Técnico Operacional deverá ser reavaliado anualmente para que, em necessário sendo, passe por reformulações. Estrutura Administrativa e Organizacional e da Diretoria O Banco de Olhos faz parte do serviço de oftalmologia da Santa Casa, sendo toda sua equipe subordinada ao chefe do serviço da oftalmologia. O Banco de Olhos é composto de equipe médica, técnica e administrativa. O Banco de Olhos terá dois diretores, quais sejam: o diretor médico (responsável técnico) e o diretor médico substituto. As equipes técnica e administrativa serão subordinadas ao diretor médico do Banco de Olhos e ao diretor técnico da Santa Casa de Campo Grande. O organograma do Banco de Olhos apresenta-se com a seguinte formatação: Disposições Gerais É de responsabilidade do Banco de Olhos garantir a qualidade dos tecidos oculares distribuídos, sendo a responsabilidade final por sua utilização do cirurgião transplantador conforme portaria n 2.692GM em 23 de dezembro de 2004; Conforme portaria n 2.692GM em 23 de dezembro de 2004, art. 4 inciso XI, O Banco de Olhos deverá manter arquivo próprio com dados sobre os tecidos processados, seus doadores, receptores e os respectivos documentos de autorização de doação; Parágrafo Único Em caso de doação de múltiplos órgãos, o termo de autorização de doação será fornecido pela Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes - CIHDOTT. Será repassado à Central Estadual de Transplantes cópias dos protocolos que forem solicitados pela mesma. O Banco de Olhos deverá fornecer à equipe médica responsável pela realização do transplante ou enxerto todas as informações necessárias a respeito do tecido a ser utilizado, bem como sobre seu doador; O Banco de Olhos deverá promover, divulgar e esclarecer a população a respeito da importância da doação de órgãos, com o objetivo de incrementar o número de doações e captações, tendo a participação da Central Estadual de Transplantes. Este Regimento poderá ser modificado de acordo com as necessidades para o melhor funcionamento do Banco de Olhos da Santa Casa de Campo Grande. Os casos omissos e as situações especiais serão decididos pela diretoria do Banco de Olhos, que deverá dar ciência ao chefe do serviço de oftalmologia e à diretoria da
3 Santa Casa. Este Regimento entra em vigor após a aprovação do serviço de oftalmologia e do conselho técnico da Santa Casa de Campo Grande, da Vigilância Sanitária e do SNT Sistema Nacional de Transplantes. Dos horários de funcionamento: 24 horas por dia Todos os dias incluindo sábado, domingo e feriado Atividades executadas no banco de olhos: Por diretores médicos (responsável técnico) Este profissional deve ser capacitado para coordenar as atividades a serem executadas pelo Banco (seleção, captação, processamento, distribuição e controles de qualidade de tecidos), sendo responsável por estabelecer e supervisionar a atuação do Banco, o treinamento de pessoal e por exercer a supervisão das equipes técnicas de atuação externa, que devem ser compostas por: 1 (um) médico especialista em oftalmologia com experiência comprovada na área de córnea e doenças externas oculares, autorizado pelo CGSNT e que se mostre qualificado para a execução das atividades decorrentes desta função, descritas acima; e 1 (um) responsável técnico substituto, com as mesmas qualificações. Acompanhar o funcionamento diário do Banco de Olhos; Estruturar, organizar e dirigir as normas e procedimentos técnico/médico; Responsabilizar-se pelos procedimentos técnicos; Avaliar tecidos oculares doados; Orientar, revisar e modificar manual técnico quando necessário; Convocar e presidir reuniões com a equipe médica; Manter-se sempre atualizado. Liberar ou descartar tecidos impróprios para utilização.
4 Atividades executadas no banco de olhos: Por enfermeiras Preparar o transporte dos tecidos oculares humanos para disponibilizar para outros estados; Supervisionar rotinas e procedimentos do Banco de Olhos; Encaminhar documentos para faturamento. Encaminhar relatório mensal à Central Estadual de Transplantes; Organizar escala de trabalho; Realizar avaliação prática para contratação de funcionários. Orientar os técnicos quanto à limpeza da capela de fluxo laminar. Orientar a limpeza de móveis, caixas térmicas e outros instrumentos; Delegar funções aos técnicos de enucleação; Realizar treinamentos com técnicos de enucleação sob supervisão do diretor médico. Acompanhar o desempenho dos técnicos de enucleação do Banco de Olhos; Analisar e avaliar os tecidos oculares humanos que devem ser captados; Acompanhar o controle de qualidade da preservação dos tecidos; Observar resultado de exames sorológicos; Zelar pela utilização dos instrumentos e equipamentos do Banco de Olhos. Verificar o prazo de esterilização dos instrumentos; Observar e manter a validação dos equipamentos (capela de fluxo laminar e ar condicionado da sala de processamento). Registrar e arquivar todos os serviços de manutenção dos equipamentos. Manter-se informado sobre a existência de líquido de preservação das córneas e materiais para processamento de Tecido Ocular Humano. Convocar e ministrar palestras informativas sobre doação de órgãos. Atividades executadas no banco de olhos: Por técnicos de enfermagem: Realizar entrevista familiar tanto no âmbito hospitalar quanto em localidades externas de Campo Grande (hospitais, IML, SVO, residência familiar, funerárias); Avaliar limite de idade do potencial doador; Avaliar as contra indicações médicas; Avaliar história da causa morte; Avaliar informações em atestado de óbito;
5 Observar o intervalo entre a morte e a enucleação que deverá ser no máximo de até 6 horas após o óbito e, se estiver sob refrigeração, até 24 horas. Realizar a irrigação da córnea com Soro Fisiológico 0,9%. Manter as pálpebras fechadas, cobertas com gaze estéreis. Colocar bolsas de gelo, envolvidas em compressas em cima dos olhos. Avaliar o corpo do doador cadáver em busca de tatuagens entre outras observações; Coletar sangue do doador cadáver para realização de exames sorológicos (punção femural, subclávia, jugular ou intracardíaca). Realizar o transporte do sangue para o banco de sangue; Realizar a enucleação (retirada do globo ocular humano) através de procedimento cirúrgico; Realizar estancamento de sangue da cavidade orbitária; Recompor cavidade orbitária com prótese; Realizar a reconstituição da face do doador através de sutura; Realizar o transporte dos globos oculares humanos para o banco de olhos; Realizar o armazenamento dos globos oculares humanos, em geladeira; Realizar preservação das córneas em capela de fluxo laminar; Realizar preservação das escleras em capela de fluxo laminar; Realizar o armazenamento dos restos de tecidos oculares humanos no expurgo; Realizar a lavagem de bandejas de enucleação e preservação; Realizar a conferência de peças das bandejas; Realizar a entrega de bandejas na central de materiais estéreis; Realizar a identificação e registros das peças humanas, com patologias ou não; Preparar e encaminhar peças humanas para o laboratório externo (LAC); Realizar a identificação e registro de tecidos oculares liberados para transplante Realizar a entrega de tecidos oculares para médico transplantador; Realizar o registro de entrada de tecidos oculares humanos no banco de olhos; Realizar o registro de saída de tecidos oculares humanos no banco de olhos; Realizar o registro de reingresso de tecidos oculares humanos no banco de olhos; Preparar o transporte dos tecidos oculares humanos para disponibilizar para outros estados; Realizar o arquivo de documentos do doador; Registrar as atividades diárias em livro específico para este fim.
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