Curso de Economia Aplicada Para Profissionais de Comunicação
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1 Curso de Economia Aplicada Para Profissionais de Comunicação
2 Tema: A Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional (Cobradi) João Brígido Bezerra Lima Pesquisador do Ipea Coordenador do estudo Fortaleza, 29 de agosto de 2013
3 Homenagem à memória do jornalista, panfletário, advogado, polígrafo e cronista histórico João Brígido (1989/1921).
4 O objetivo desta apresentação consiste em compartilhar dados, informações e conhecimentos sobre a cooperação brasileira para o desenvolvimento internacional a partir de levantamento junto aos órgãos federais que disponibilizam seu acervo de conhecimentos em parcerias internacionais.
5 O Ipea coordena o levantamento anual e publica o Relatório COBRADI com o objetivo de divulgar e dar maior transparência às ações da cooperação internacional brasileira. As informações desta apresentação constam no Relatório 2010.
6 A cooperação internacional do governo federal brasileiro se efetiva em bases não comerciais, mediante canais de negociação e articulação intergovernamentais e interinstitucionais e instrumentos jurídicos próprios.
7 A base legal que sustenta a COBRADI está inscrita no art. 4º da Constituição Federal que trata dos princípios que regem as relações internacionais da República Federativa do Brasil e estabelece em seu inciso IX, o princípio da cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.
8 O parágrafo único desse mesmo artigo estabelece que a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
9 No início de agosto, o Ipea publicou o Relatório COBRADI 2010 e até o final de 2013 divulgará os registros da cooperação nos anos de 2011 e 2012.
10 O Relatório apresenta os dispêndios dos órgãos da administração pública federal efetivamente realizados em 2010 com a cooperação para o desenvolvimento internacional. I
11 As despesas correspondem aos gastos públicos para a execução de compromissos internacionais assumidos em acordos, tratados, convenções, protocolos e atos institucionais.
12 Os gastos com a Cobradi são oriundos de fontes orçamentárias inscritas em lei cuja execução é divulgada no Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI), de livre acesso ao cidadão brasileiro.
13 As ações descritas constam em Relatórios de Gestão e os gastos com deslocamentos de servidores obtidos do sistema de passagens e diárias.
14 O texto do Relatório Cobradi 2010 está disponível no sítio do Ipea, estimando-se a divulgação de sua versão em inglês para os próximos dois meses.
15 A edição de 2010 encerra um primeiro ciclo de aproximação da cooperação internacional, acrescentando-se ao levantamento do quanto se gasta, a descrição das ações do que se faz e por conseguinte desenvolvendo-se uma métrica ajustada a esses novos registros.
16 Em R$ milhões Cooperação Técnica Ciência & Tecnologia 42,2 Educação (bolsas) 63,0 Cooperação Humanitária 284,0 Proteção de Refugiados 1,0 Operações de Paz 585,0 Contribuições com Ois 548,0 TOTAL 1.624,8
17 Modalidades /2010 R$ R$ % Técnica 97,8 101,7 4,0 Educacional 44,5 62,2 40,7 Científica e Tecnológica - 62,5 - Humanitária 87,0 284,2 227,7 Operações de Manutenção da Paz 125,4 585,1 366,5 Gastos com Organismos Internacionais 495,1 548,3 10,7 TOTAL 849, ,1 91,2
18 Região R$ América Latina e Caribe 194,9 África 64,6 Ásia e Oriente Médio 12,2 Europa 11,5 América do Norte 3,0 Oceania 0,2 TOTAL 286,5
19 HAITI R$ ,00 (47,4%) TEMAS Aperfeiçoamento de sistemas de produção de milho; feijão; arroz; mandioca; produção de hortaliças; agricultura familiar e segurança alimentar e nutricional; Aprimoramento em técnicas de tratamento e prevenção do cólera; prevenção e controle de doenças e agravos e de recursos recursos humanos para a gestão de trabalho e educação; Aprimoramento do programa haitiano de imunizações; Missões técnicas sobre produção de aves; recuperação agrícola e alimentação escolar;
20 Este tipo de estudo requer registros claros e precisos das AÇÕES executadas pelas instituições públicas brasileiras com a indicação de parceiros e programas de cooperação internacional que lhes dão suporte; países onde se realizaram as ações; gastos efetivamente realizados; beneficiários e instituições dos países parceiros, além dos organismos internacionais participantes..
21 COOPERAÇÃO TÉCNICA INTERNACIONAL Visa à capacitação de indivíduos e ao fortalecimento de organizações e instituições no exterior mediante a transferência e o compartilhamento de conhecimentos e tecnologias nacionais com potencial de adaptação, absorção e geração de impactos positivos no desenvolvimento autônomo de outros países.
22 Projetos coordenados e financiados pela ABC/MRE e decorrem de demandas de governos estrangeiros: Programa de Desenvolvimento Agrícola da Savana Tropical de Moçambique; Projeto Cotton-4 (Benin; Borkina Faso; Chade e Mali); Projeto Jovens Lideranças (Guiné Bissau) Projeto Banco de Leite Humano; Centros de Formação Profissional e muitos outros.
23 O Brasil integra um grupo de 12 países da América do Sul que patrocinam a Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul- Americana (IIRSA) com o objetivo de promover a integração sul-americana pela integração física desses países mediante ações conjuntas de modernização da infraestrutura de transporte, energia e telecomunicações.
24 A IIRSA se apresenta como uma iniciativa multinacional, multisetorial e multidisciplinar que contempla mecanismos de coordenação entre governos, instituições financeiras multilaterais e o setor privado. Projeto de Transformação e Modernização do Operador Postal Público da Bolívia (BOL-009-IIRSA) Empresa de Correios e Telégrafos (ECT)
25 OPERAÇÃO DE MANUTENÇÃO DA PAZ Essas operações são da responsabilidade do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) e o Brasil participa de 1948 a 2010 com mais de 32 mil militares. A participação brasileira é definida na estratégia nacional de defesa, com fundamento na Política de Defesa Nacional como um vetor de projeção das forças armadas do Brasil no mundo.
26 Em 2010, participaram pessoas (2.196 militares) em nove missões. Os gastos com a MINUSTAH totalizaram R$ 467 milhões em atividades militares. Em razão do terremoto; surto do cólera e a incidência de hepatite, as tropas também atuaram na recuperação de estradas, vias públicas, cisternas e apoio logístico e de segurança para a eleição presidencial.
27 COOPERAÇÃO HUMANITÁRIA Constitui a forma de apoiar países e populações em situações de crise e emergências. Inspira-se na estratégia Fome Zero, em particular: o Programa de Aquisição de Alimentos; o Programa Nacional de Alimentação Escolar e o Bolsa Família. Ocorre diretamente com o país parceiro ou mediante organismos internacionais do sistema das Nações Unidas e organizações não governamentais.
28 PROTEÇÃO E APOIO DE REFUGIADOS O Brasil abrigava em 2010, refugiados de 76 nacionalidades, dos quais reconhecidos por vias tradicionais de elegibilidade e 430 pelo programa de reassentamento da ONU. As ações de proteção e apoio viabilizam-se com a CASP; CARJ e IMDH. O reassentamento é implementado por três agências parceiras: ASAV; CDDH e CDHMP.
29 CONTRIBUIÇÕES PARA ORGANISMOS INTERNACIONAIS Sistema ONU 102,4 43,4 UNESCO 13,7 5,8 UNIDO 13,1 5,6 OPAS 12,7 5,4 CTBTO 12,2 5,2 OEA 11,1 4,7 FAO 7,4 3,2 OMS 7,2 3,1 IICA 6,0 2,5 OMM 5,0 2,2 Demais organismos 45,4 18,9 TOTAL 236,2 100,0
30 Considerações Finais
31 Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Tema: A Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional (Cobradi) Obrigado! João Brígido Bezerra Lima joao.brigido@ipea.gov.br Fortaleza-CE, 29 de agosto de 2013
32 Obrigado!
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