UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA Desenvolvimento da flexibilidade em fibras oxidativas uma revisão bibliográfica Lucas Kruszynski de Assis Cunha Thais Caroline das Neves Amorim São José dos Campos/SP 2017

2 2 UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES TRABALHO DE GRADUAÇÃO DESENVOLVIMENTO DA FLEXIBILIDADE EM FIBRAS OXIDATIVAS UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA LUCAS KRUSZYNSKI DE ASSIS CUNHA THAIS CAROLINE DAS NEVES AMORIM Relatório final apresentado como parte das exigências da disciplina Trabalho de Graduação à Banca examinadora de TG do curso de Educação Física da Faculdade de Educação e Artes da Universidade do Vale do Paraíba. Orientadora: ProfªDra. Patrícia Mara Danella Zácaro São José dos Campos/SP 2017

3 3 Universidade do Vale do Paraíba Faculdade de Educação e Artes Curso de Educação Física Da Faculdade de Educação e Artes TRABALHO DE GRADUAÇÃO Título: Desenvolvimento da flexibilidade em fibras oxidativas uma revisão bibliográfica Aluno(s): Lucas Kruszynski de Assis Cunha Thais Caroline das Neves Amorim Orientador: ProfªDra. Patrícia Mara Danella Zácaro Banca Examinadora: ProfªDra Bruna Oneda ProfªDra. Patrícia Mara Danella Zácaro Nota do Trabalho: 10 (Dez) São José dos Campos - SP 2017

4 4 Dedicamos este trabalho aos nossos pais e mães que, com muito amor, permitiram que chegássemos a esta etapa de nossas vidas.

5 5 AGRADECIMENTOS Agrademos à nossa família por todo apoio e suporte quando mais precisamos. Aos amigos e companheiros que estiveram sempre presentes nesse ciclo. À ProfªDra. Patrícia Mara Danella Zácaro, pela orientação, disposição em nos ajudar com muito amor durante todo o processo e pelo fortalecimento da nossa amizade. E por fim, agradecemos um ao outro pela parceria, dedicação e pela nossa amizade.

6 6 Sumario RESUMO INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA OBJETIVO GERAL Objetivos específicos METODOLOGIA Tipo de estudo REVISÃO DE LITERATURA Flexibilidade muscular Componentes neurológicos Adaptação do número de sarcômeros Fatores que limitam a flexibilidade Tipagem de fibras musculares Fibras oxidativas Flexibilidade e as fibras oxidativas CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Referências eletrônicas... 25

7 7 RESUMO O presente estudo objetivou associar flexibilidade e fibras oxidativas. Até que ponto o perfil dessas fibras pode facilitar ou não o desenvolvimento de tal capacidade física. Para tanto, foi realizada uma revisão de literatura sobre o tema, e os resultados obtidos mostraram uma relação entre as características da flexibilidade os componentes neurológicos; adaptações dos sarcômeros em série para o músculo em posição de estiramento; fatores limitantes da flexibilidade, onde parâmetros como idade, componentes articulares (ligamentos, cartilagem, dentre outros) podem interferir nesse processo; e a tipagem de fibras musculares, onde observou-se que as características metabólicas das fibras podem ser determinantes na sua capacidade de alongamento. Na relação entre o tipo de fibra e sua capacidade de flexibilidade, a literatura mostrou adaptabilidade para fibras oxidativas com aumento no número de sarcômeros em série, quando colocados em posição de alongamento. Porém, essa mesma resposta pôde ser observada também em fibras do tipo IIa (metabolismo misto). Dessa forma, acredita-se que a predominância oxidativa, presente em ambas (I e IIa), possa ser o fator determinante dessa resposta. Palavras-chave: Flexibilidade. Fibras Oxidativas.

8 8 1. INTRODUÇÃO A Flexibilidade é um importante componente da aptidão física, expressa pela capacidade da unidade músculo-tendínea de ser alongada. Está diretamente relacionada à amplitude de movimento (ADM), o que caracteriza a mobilidade de uma articulação, a qual é afetada pelos tecidos circundantes (ARAUJO; MINATTO, 2010; HOUGLUM, 2015). Esta capacidade física é responsável pela ADM exercida por estruturas e tecidos como ligamentos, articulações, músculos, dentre outros. No caso de atletas, o nível ótimo de flexibilidade para cada indivíduo é definido pela exigência que a prática exercerá sobre o aparelho locomotor, e a estrutura dos seus componentes, citados anteriormente (ligamentos, articulações, músculos) (DANTAS; SOARES, 2001). Se tratando do sistema muscular, a flexibilidade é uma das características que promove melhor eficiência de movimento, melhora o desempenho muscular, influencia a postura do individuo e previne algumas patologias musculoesqueléticas (JOÃO; PENHA, 2008). As fibras musculares são classificadas de acordo com suas características fisiológicas, histoquímicas, metabolismo e limiar de fadiga. No corpo humano existem fibras com características metabólicas distintas e, por conta disso, pode haver diferença no resultado do trabalho de flexibilidade (MINAMOTO, 2005) Dessa forma, acredita-se que o entendimento das características das fibras oxidativas possa gerar informação suficiente para associar o bom ou mal desempenho de músculos nos quais estas fibras são predominantes, em relação à flexibilidade.

9 9 2. JUSTIFICATIVA A literatura mostra inúmeros efeitos que a capacidade física denominada flexibilidade apresenta, e com isso mostra os benefícios que pode proporcionar em diversas linhas de raciocínio. As fibras oxidativas, que caracterizam o trabalho muscular de baixa intensidade e longa duração, tem uma importância fundamental nas ações corporais que envolvem este sistema. Dessa forma, considerar que uma habilidade física possa promover seu desenvolvimento é inovador. Acredita-se com isso que é de grande relevância um estudo que crie uma associação entre a flexibilidade e o desenvolvimento das fibras oxidativas, contribuindo com o entendimento de mais uma ferramenta que possa ser utilizada para promover a melhoria do sistema muscular.

10 10 3. OBJETIVO GERAL oxidativas. O presente estudo objetiva associar os efeitos da flexibilidade em fibras 3.1. Objetivos específicos Caracterizar as fibras oxidativas Caracterizar os efeitos do trabalho de flexibilidade

11 11 4. METODOLOGIA 4.1. Tipo de estudo O presente estudo é de cunho teórico, baseado em artigos científicos e livros a respeito do tema proposto.

12 12 5. REVISÃO DE LITERATURA 5.1. Flexibilidade muscular A performance humana é composta por inúmeros fatores independentes. Um desses fatores é a flexibilidade que pode ser caracterizada como sendo os maiores arcos de movimentos possíveis nas articulações envolvidas. Alcançar esses movimentos sem um bom nível de flexibilidade nos segmentos musculares empenhados é quase impossível. Ou seja, para que haja uma boa amplitude de movimento os tecidos moles que circundam a articulação, como, por exemplo, os músculos, precisam ter mobilidade e elasticidade adequada (BADARO et al., 2007). Os músculos esqueléticos têm forma e tamanho variados, porém todos possuem as mesmas estruturas. A porção central de um músculo é chamada ventre, a qual contém compartimentos menores chamados fascículos. Cada fascículo é formado por várias fibras musculares separadas que variam em tamanho e quantidade de um músculo para outro. Cada fibra muscular constitui uma única célula muscular, que vista através de um microscópio, podem apresentar uma estrutura listrada ou estriada variando de acordo com a organização estrutural de cada miofibrila. Dentro da miofibrila encontra-se a Titina, estrutura que desempenha um importante papel na elasticidade muscular, aumentando o limite de alongamento de cada miofibrila, expandindo também a flexibilidade do músculo inteiro (ALTER, 2010). A disposição das fibras do tecido conjuntivo areolar, que são encontrados na fáscia da pele, músculos e nervos circundantes, proporciona força tênsil e flexibilidade à estrutura, pois seu arranjo é irregular e frouxo, com distâncias relativamente longas entre as ligações cruzadas, e sua rede aberta é composta principalmente de colágeno e fibras elásticas finas entrelaçadas em várias direções diferentes, permitindo o movimento em todas as direções. (HOUGLUM, 2015). Esse tecido conjuntivo areolar encontrado no músculo pode limitar a mecânica de movimento como o epimísio, perimísio e o endomísio que circundam, respectivamente, o músculo, o fascículo e cada fibra muscular. Podemos observar essa organização estrutural do tecido conjuntivo dentro e ao redor do músculo, conforme mostra a Figura 1 (ALTER, 2010).

13 13 Figura 1: Estrutura organizacional do músculo. Fonte: Além da própria estrutura muscular, há também os componentes neurológicos como o fuso muscular e Órgão Tendinoso de Golgi (OTG), que também afetam diretamente a capacidade do músculo em responder a uma força de alongamento. Abaixo, a descrição do mecanismo de ação desses receptores sensórios Componentes neurológicos Os fusos musculares são os primeiros receptores de alongamento do músculo (ALTER, 2010), se localizam paralelamente e entre as fibras musculares extrafusais funcionando como um mecanismo de proteção do músculo ao estiramento, por isso são extremamente sensíveis à tensão nessa estrutura, podendo afetar significativamente a resposta do músculo ao alongamento. Variam em comprimento e diâmetro e são compostos por fibras musculares intrafusais, fibras nervosas aferentes e do saco que envolve essas estruturas. As fibras musculares intrafusais são dividas em: fibras de saco nuclear e fibras de cadeia nuclear, ambos são sensíveis ao estiramento, mas as fibras de saco nuclear tem mais elasticidade, portanto são mais sensíveis à velocidade do estiramento. Já as fibras nervosas aferentes (ou sensoriais) se dividem em: Ia, Ib e II e são mais sensíveis à duração do estiramento, como no alongamento estático (HOUGLUM, 2015). O autor ainda acrescenta que, a quantidade de fusos musculares é proporcional à quantidade de fibras musculares em cada músculo, portanto quanto mais preciso for um

14 14 movimento exigido por um músculo, mais baixa a proporção de fibras musculares por fuso muscular. Os fusos musculares monitoram a velocidade e a duração do alongamento e detectam as alterações no comprimento do músculo respondendo ao alongamento rápido, desencadeando uma contração reflexa do músculo que está sendo alongado (BADARO et al., 2007). Podemos observar na Figura 2 a maneira como o fuso muscular protege o músculo de um estiramento, emitindo um sinal elétrico que é enviado ao Sistema Nervoso Periférico (SNP), que por sua vez responde com a contração do músculo, chamada de resposta autógena. Figura 2: Reflexo de estiramento e inibição autogênica. Arco reflexo de estiramento muscular simples: o estiramento do fuso muscular causa contração reflexa. Fonte: O OTG também funciona como um mecanismo de proteção, sendo muito sensível à contração e à tensão em um músculo. Localiza-se nas junções tendíneas proximal e distal do músculo, conectados em série com até vinte e cinco fibras extrafusais. São capsulas tubulares, longas e delicadas que, diferente do fuso, são compostos por apenas grupos de fibras nervosas Ib. Se um estiramento é mantido por um período suficientemente longo (de pelo menos seis segundos), o mecanismo protetor poderá ser anulado pela ação do OTG, que pode sobrepujar os impulsos provenientes do fuso muscular (BADARO et al., 2007; HOUGLUM, 2015).

15 15 Na Figura 3 pode-se observar o mecanismo de ação do OTG. Quando estimulado, ele emite um sinal elétrico que avisa o SNP do estiramento. Depois de avisado, o SNP emite um sinal que realiza inibição autógena, inibição da contração muscular. Figura 3: Arco reflexo de estiramento inverso simples. A figura mostra que o estiramento do OTG causa inibição reflexa (relaxamento do músculo). Fonte: Sendo assim, se um músculo se estende de forma rápida, vemos a ação do fuso muscular com resposta, promovendo uma contração da musculatura. E se o estiramento ocorre lentamente, o OTG é quem informa o SNP, o qual envia uma resposta que causa a inibição autógena, inibindo a contração muscular. Segundo Prentice (2012), essas respostas são possíveis porque tanto o Fuso muscular quanto o OTG possuem um limite nas mudanças de comprimento do músculo. Quando esse limite é atingido, chamamos de limiar de ativação, que é quando esses componentes neurológicos estimulam seus mecanorreceptores que informam ao sistema nervoso periférico o que está acontecendo naquele músculo. E o sistema nervoso periférico, por sua vez, responde com o comando da contração muscular ou sua inibição. O autor ainda coloca que, esse limiar de ativação pode ser modificado com o alongamento. Se um indivíduo alonga suas estruturas neuromusculoesqueléticas durante vários meses seguidos, teremos como resultado o relaxamento reflexo, o aumento do

16 16 comprimento do músculo que originará o aumento no limiar de ativação dos componentes neurológicos, já que os músculos agora se encontram naturalmente maiores. Porém, se o treinamento é interrompido, com o tempo ocorre uma regressão no tamanho do músculo, ou seja, ele encurta se não for estimulado, e por consequência o limiar de ativação dos componentes neurológicos volta a ser menor Adaptação do número de sarcômeros O sistema músculo-esquelético é formado por milhares de fibras musculares, cada fibra é composta por várias miofibrilas, e cada miofibrila é formada por vários sarcômeros (BADARO et al., 2007). Os sarcômeros, por sua vez, são compostos por miofilamentos: miosina, actina e titina (MOURA, 2003), responsáveis pelo processo contrátil. A contração muscular dada pelo encurtamento provém de diversos eventos moleculares, à partir do aumento do cálcio citosólico, gerando uma interação entre a actina e a miosina. Observa-se na Figura 4 que esta interação se dá pelo deslizamento das actinas sobre as miosinas (FERREIRA, 2005). Figura 4: Sobreposição dos miofilamentos de actina e miosina. Sarcômero em de relaxamento (A) e encurtado (B). Fonte: MOURA (2003) Os sarcômeros quando submetidos a diferentes graus de extensão apresentam adaptação ao seu novo comprimento funcional, que pode ser encurtado ou alongado. Essa adaptação ocorre pela adição ou diminuição do número de sarcômeros em série nas

17 17 duas regiões terminais das fibras musculares. De acordo com estudos experimentais um músculo imobilizado em posição de alongamento, após quatro semanas, apresenta aumento de 20% no número de sarcômeros em série, e um músculo imobilizado em posição de encurtamento pelo mesmo período, reduz de 40% o número de sarcômeros em série (MARQUES, 2000). O autor ainda conclui que a posição de imobilização está relacionada com o grau de atrofia muscular, no qual é maior no grupo encurtado. Por outro lado, a posição de alongamento ativa a síntese protéica e a adição de sarcômeros em série, e também impede o encurtamento e a atrofia muscular Fatores que limitam a flexibilidade A estrutura óssea pode restringir a extensão de um movimento em alguns casos, um deles é se houver um depósito excessivo de cálcio no espaço articular devido a alguma fratura ao longo dessa articulação. Outro caso é o dos desvios posturais, que muitas vezes são causados por posturas incorretas no dia a dia e podem resultar no enrijecimento ou encurtamento dos músculos, ou na rigidez do tecido neural (fibrose neural) que impede o movimento normal dos tecidos circundantes. Ambos os casos apresentam limitações na ADM, portanto também comprometem a flexibilidade (PRENTICE, 2012). O autor ainda acrescenta que, o excesso de gordura também pode limitar a utilização de toda a ADM, pois a gordura pode preencher o espaço que existe para a movimentação acontecer, restringindo o movimento em qualquer local onde se encontre. Sendo assim, uma grande quantidade de gordura visceral restringe a flexão de tronco no momento de se inclinar para frente e tocar os pés. A idade e o gênero também influenciam na flexibilidade. Quanto à idade, sabemos que as capacidades físicas das pessoas diminuem naturalmente com o aumento da idade cronológica, ou seja, crianças possuem um nível de flexibilidade natural maior do que quando se atinge a puberdade. Após a puberdade a flexibilidade se estabiliza e então decresce. E quanto ao gênero, os indivíduos do sexo feminino tendem a ter maior nível de flexibilidade que os do sexo masculino devido a diferenças anatômicas e

18 18 fisiológicas e até mesmo fatores como menor massa muscular, a geometria articular e a estrutura muscular colagenosa específica de cada sexo (ALTER, 2010). Segundo Prentice (2012), após reparos cirúrgicos de articulações instáveis que envolvam imobilização por um determinado período de tempo, geralmente resultam na perda da elasticidade e encurtamento dos ligamentos e das cápsulas articulares. Estudos feitos por Milne et al. (1976 apud ALTER, 2010) e Jones et al. (1986 apud ALTER, 2010), compararam crianças negras e brancas, e mostraram como resultado que as crianças brancas apresentaram maior flexibilidade em relação às negras. Fukashiro et al. (2002 apud ALTER, 2010) investigaram as propriedades viscoelásticas entre atletas universitários negros e brancos mostrou uma rigidez muscular maior para os negros. Foi sugerido que essa rigidez contribuísse para o melhor desempenho de velocistas negros. Esses estudos não são suficientes para extrair uma decisão conclusiva, porém levantam a questão de que talvez indivíduos de raça branca tenham um nível de flexibilidade maior do que na raça negra. E ainda temos a limitação que o tecido conjuntivo causa na flexibilidade. Segundo Houglum (2015),embora os músculos não sejam compostos principalmente por tecido conjuntivo, eles são cercados por uma extensa rede fascial que afeta sua flexibilidade e sua resposta ao alongamento, podendo limitar significativamente o movimento no caso de lesões, doenças ou inflamações desse tecido.

19 Tipagem de fibras musculares No sistema músculo-esquelético existem diversos tipos de fibras musculares com diferentes terminologias para caracterizá-las, existindo vários métodos para sua análise. Elas podem ser caracterizadas por seu metabolismo, limiar de fadiga e perfil histoquímico. Uma das características das fibras musculares é a capacidade adaptativa de alterar suas propriedades mediante o estímulo ao qual são submetidas. Essas alterações e predominância de um ou outro tipo de fibra são usadas como base fisiológica para compreender o estímulo ao qual é submetida, como: exercício físico, flexibilidade, imobilidade, inatividade, entre outros (BOFF, 2008). A caracterização por seu tipo metabólico é observado pela reação da enzima succinatodehidrogenase (SDH), diferenciando em fibras oxidativas e glicolíticas, pois a atividade da SDH se encontra na mitocôndria fazendo parte no ciclo de Krebs. É também observado na distribuição de enzimas oxidativas e glicolíticas em fibras dos tipos I e II, respectivamente. A distinção por limiar de fadiga é um método de depleção de glicogênio em uma unidade motora, mostrando que as fibras podem ser altamente ou moderadamente fatigáveis, ou de grande resistência à fadiga. O método histoquímico permite classificá-las nos tipos I, II, IIA, IIB e IIX, por conta das diferentes intensidades da sua coloração, devido a diferença na sensitividade ao ph. Sendo que as fibras do tipo I são mais ativas em meio ácido e as do tipo II em meio básico (MINAMOTO, 2005). O músculo é composto por tipos de fibras musculares heterogêneas, porém o que determina que a musculatura apresente predominantemente um tipo de fibra muscular é o estimulo funcional recebido, pois contribui para modificar a atividade contrátil do músculo desencadeando diversas adaptações, como: as enzimas, o número de mitocôndrias, o tipo de miofibrilas, o número de capilares, tipo e quantidade de nervos periféricos e quantidade de núcleos. Existindo assim alterações que ocorrem à partir da reorganização de eventos celulares envolvendo respostas das fibras e das estruturas associadas, de acordo com fatores metabólicos e contráteis. A transição de fibras de contração lenta (tipo I) para rápidas (tipo II), também são alterações decorrentes desses estímulos, com relação a sua transição de isoformas, como a IIA para a IIX e I para IIA. (BOFF, 2008).

20 Fibras oxidativas As fibras oxidativas são assim chamadas pelo seu metabolismo oxidativo, grande resistência à fadiga, coloração vermelha e de contração lenta. O metabolismo oxidativo é a via final do catabolismo de carboidratos, aminoácidos e lipídios, que entram no ciclo de Krebs sendo convertidos em dióxido de carbono e atómos de hidrogênio, substratos utilizados na fosforilação oxidativa (NAD+ e FAD). O ciclo ocorre na mitocôndria, próximo à cadeia transportadora de elétrons, onde são oxidadas as coenzimas reduzidas geradas pelo ciclo de Krebs (HARVEY; FERRIER, 2015), e também existe maior quantidade de mitocôndrias encontradas nessas fibras (SCHIAFFINO; REGGIANI, 2011). Os autores ainda colocam que a contração lenta e resistência à fadiga estão diretamente ligadas ao seu metabolismo e também à sua ativação nervosa. A transmissão sináptica entre motoneurônios e as fibras oxidativas tem uma ativação prolongada, de baixa frequência e também permanece estável com a estimulação repetitiva. Resultando em sua contínua resposta aos motoneurônios durante a transmissão nervosa Flexibilidade e as fibras oxidativas Sabe-se que o treino de flexibilidade atua da mesma maneira em todos os tipos de fibras musculares, porém a resposta pode não ser a mesma em cada uma. De acordo com Marques (2000), as fibras quando imobilizadas em posição de alongamento apresentam uma redução na sobreposição fisiológica entre os filamentos de actina e miosina, com isso há uma adição no número de sarcômeros em série permitindo restabelecer o comprimento funcional dos sarcômeros, independente do tipo de fibra. Apesar da adaptação fisiológica funcionar dessa maneira, estudos realizados por Silva et al. (2003), indivíduos com predomínio de fibras glicolíticas são mais flexíveis. Para obtenção desse resultado ele contou com 66 indivíduos praticantes de musculação, com idade entre 20 e 30 anos, que foram avaliados com o método Dermatoglífico para definição da predominância do tipo de fibra muscular em cada individuo, separando-os em dois grupos, glicolítico e oxidativo. Ambos os grupos foram submetidos ao mesmo

21 21 teste de flexibilidade que permitiu essa conclusão. Também seguindo essa linha de estudos, Cesar et al. (2006),aplicaram o mesmo protocolo em sua pesquisa, porém com 16 indivíduos, e apresentou como resultado que não há uma diferença significativa nos níveis de flexibilidade entre os grupos. Entretanto, foram observados valores percentualmente distintos na comparação dos índices, com nível de flexibilidade maior pela elasticidade muscular e menor índice percentual de movimentos limitados pela articulação no grupo glicolítico. Já Williams et al. (1986), realizaram estudos utilizando eletroestimulação e alongamento, investigando a diferença entre fibras predominantemente oxidativas (Tipo I) e fibras oxidativas-glicolíticas (Tipo IIa), quanto à adição de sarcômeros em série. Observou-se que houve um aumento significativo na adição de sarcômeros em série em ambos os tipos de fibras. Dessa forma, sugere-se que fibras que apresentem metabolismo oxidativo, mesmo que não seja em predominância, como é o caso das fibras do tipo IIa, podem apresentar resposta mais expressiva ao alongamento do que as fibras puramente glicolíticas (por exemplo, o tipo IIb). Baseado em diversas bibliografias pressupomos que as fibras oxidativas são naturalmente mais flexíveis, porém indivíduos que possuem predominância neste tipo de fibra realizam atividades que mantém a musculatura mais encurtada por um período de tempo mais prolongado. De acordo com Schiaffino e Reggiani (2011), as fibras oxidativas permanecem com uma estimulação nervosa de baixa frequência, repetitiva e prolongada. Por conta disso há um período de encurtamento muscular repetitivo. Como citado anteriormente por Marques (2000), uma fibra muscular quando colocada em uma posição de encurtamento por quatro semanas tem redução de 40% do número de sarcômeros em série. Brunieira (1998) afirma que quanto maior a velocidade de deslocamento, maior a amplitude da passada, menor o tempo de contato com o solo e menor o tempo de oscilação. Por estes estudos podemos deduzir que o nível de flexibilidade de velocistas é mais estimulado devido a amplitude de passada ser muito maior que a dos fundistas, que, por sua vez, apresentam uma maior repetição de movimento, em consequência de suas provas extensas, estimulando muito mais o encurtamento muscular, podendo ser, também, um fator de menor flexibilidade. Conforme já observado, os estudos apresentados não possuem uma comparação de quais fibras foram as mais flexíveis e sim apenas qual grupo de pessoas apresenta

22 22 maior flexibilidade, sem um treino de alongamento proposto, apenas na capacidade que cada indivíduo já possuía. Podemos pressupor que a flexibilidade seja por consequência da adaptabilidade, de acordo com a necessidade funcional de cada indivíduo.

23 23 6. CONCLUSÃO A literatura mostrou que fibras de metabolismo predominantemente oxidativo apresentam maior resposta em relação ao trabalho de flexibilidade através do aumento significativo no número de sarcômeros em série, quando colocadas em posição de alongamento. Mas, essa resposta também pode ser observada em fibras glicolíticas do tipo IIa. E, sabendo-se que as fibras do tipo IIa são fibras de metabolismo misto (glicolítico e oxidativo), acredita-se que a característica oxidativa, presente em ambas, possa ser o fator determinante dessa resposta. Mesmo assim, faz-se necessário que mais estudos envolvendo a comparação de fibras dos tipos I, IIa e IIb sejam realizados para que seja mais clara a relação do metabolismo da fibra com sua resposta à flexibilidade. Não se pode ainda afirmar que o mesmo não ocorre com fibras puramente glicolíticas (IIb), daí a necessidade de expansão nos estudos que investigam esses parâmetros.

24 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALTER, M. J. Ciência da flexibilidade. 3 ed. Porto Alegre, SP: Artmed, p. ARAÚJO, C.G.S. apud MINATTO, G. etal.idade, maturação sexual, variáveis antropométricas e composição corporal: influências na flexibilidade.rev. Bras. Cineantropom. Desenp. Hum. v. 12, n. 3, p , 2010.Disponível em: <: Acesso em: 10 mar BADARO et. al. Flexibilidade versus alongamento: esclarecendo as diferenças. Rev. Do centro de ciência da saúde. v. 33, n. 1, p , Disponível em: <: Acesso em: 24. Set BOFF, S. Artigo de revisão: a fibra muscular e fatores que interferem no seu fenótipo. Acta Fisiátrica. v. 15, n. 2, Disponível em: <: Acesso em: 10 mai BRUNIEIRA, C.A.V. Análise biomecânica da locomoção humana: andar e correr. Treinamento desportivo. v.3, n.3, p.54-61, Disponível em: <: Acesso em: 04 out CESAR,et al. Relação entre os níveis de flexibilidade e a predominância do tipo de fibra muscular. Fitness&PerformanceJournal. v.5, n.6, p ,2006.disponível em: <: >. Acesso em: 02 out DANTAS, E.H.M.; SOARES, J.S. Flexibilidade aplicada ao personal training. Fitness &PerformanceJournal. v.1, n.0, p.7-12, Disponível em: <: Acesso em: 10 mar FERREIRA, A. T. Fisiologia da contração muscular. Revista neurociências. v.13, n.3, p , Disponível em: <: %20from%20RN%2013%20SUPLEMENTO-15.pdf>. Acesso em: 27 out HARVEY, R.; FERRIER, D. Bioqímica ilustrada. 5. ed. Porto Alegre: artmed, 109 p HOUGLUM, P.A. Exercícios terapêuticos para lesões musculoesqueléticas. 3 ed. Barueri, SP: Manole, p

25 25 JOÃO, S.M.A.; PENHA,P.J.. Avaliação da flexibilidade muscular entre meninos e meninas de 7 e 8 ano. Fisioterapia e Pesquisa. v.15, n.4, p , out./dez Disponível em: <: Acesso em: 22 maio MARQUES, A.P. Cadeias musculares: Um programa para ensinar avaliação fisioterapeutica global. 1 ed. Barueri, SP: Manole p MINAMOTO, V. Classificação e adaptações das fibras musculares: uma revisão. Fisioterapia e Pesquisa. v.12, n. 3, p 50-55, Disponível em: <: Acesso em: 8 mar MOURA, N. A. Treinamento da força muscular. Lesões nos esportes Disponível em:<: Acesso em:5 out PRENTICE, W.E. Fisioterapia na prática esportiva: uma abordagem baseada em competências. 14ªed. Porto Alegre, RS p SHIAFFINO, S.; REGGIANI, C. Fiber Types in Mammalian Skeletal Muscles. Physiological Reviews. v. 91, n.4, p , Disponível em: <: Acesso em: 20 set SILVA, et al. Níveis de flexibilidade em função do tipo de fibra muscular. Fitness &PerformanceJournal. v.2, n.3, p , Disponível em: <: Acesso em: 17 ago WILIAMS, et al. Effect of stretch combined with electrical stimulation on the type of sarcomeres produced at the ends of muscle fibers. Experimental Neurology. v.93, n. 3 p , Disponível em: <: Acesso em: 06 out Referências eletrônicas MARTIN, M. Gtosandmusclespindlesexplained. Exercise Science.Acesso em 29/08/ SHIERLING, R. Muscle pain.destroy chronic pain.acessoem 20/09/2017.

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