3.1 ANTT Agência Nacional de Transporte Terrestre, do Ministério dos Transportes.
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- Bernadete Beppler Antas
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1 POP L44 Página 1 de 6 1. Objetivo Qualificar o transporte das amostras provenientes dos diferentes locais de coleta vinculados ao Laboratório Central HNSC: sejam as unidades internas, localizadas na mesma área física ou outras Unidades Coletoras, de áreas externas ao mesmo. Garantir a preservação da integridade do espécime biológico para obtenção de resultado confiável, com a máxima segurança no processo de deslocamento envolvido, cumprindo os requisitos legais estabelecidos pelas normas vigentes (sendo que tais exigências, gerais ou particulares, não esgotam o assunto, nem limitam ou eximem os agentes envolvidos nas operações de transporte e manuseio das respectivas responsabilidades estabelecidas na legislação pertinente). 2. Aplicabilidade Supervisora e Auxiliares Administrativos, coletadores e Enfermeiras Supervisoras da Colheita do LAC-HNSC; Gestores e funcionários da UPA, HCR e SSC; todos os envolvidos com o preparo e transporte das amostras biológicas encaminhadas ao LAC. 3. Definição de termos 3.1 ANTT Agência Nacional de Transporte Terrestre, do Ministério dos Transportes. 3.2 Espécimes para diagnóstico São quaisquer materiais de origem humana ou animal, incluindo, mas não se limitando a dejetos, secreções, sangue e seus componentes, tecidos ou fluídos expedidos para fins de diagnóstico, mas excluindo animais vivos infectados. Sendo assim, as amostras para exames laboratoriais incluem-se nesta classificação. Integram a Subclasse 6.2 Substâncias infectantes (descrita na resolução ANTT 420/2004 e também claramente definidas na RDC 20/2014) ou também Substância Biológica da Categoria B (conforme descrito no Manual de Transporte de Material Biológico da ANVISA) Código UN Código UN para produtos químicos é o número de série de 4 dígitos, dado ao artigo ou substância química, de acordo com o sistema das Nações Unidas. Na legislação brasileira eventualmente é referido como ONU. 3.4 UN 3373 (ou ONU 3373) É o número específico de identificação dos espécimes para diagnóstico 3.6 Material absorvente
2 POP L44 Página 2 de 6 Qualquer material que tenha a propriedade de absorver, sorver ou sugar substâncias líquidas livres, como algodão, papel, tecido, espumas e outros. 3.5 Transporte interno Será assim classificado quando o transporte do material biológico ocorrer apenas dentro do próprio estabelecimento em que está localizada a Unidade Coletora, não envolvendo vias públicas. 3.6 Transporte externo Será assim classificado quando o transporte do material biológico ocorrer fora do estabelecimento da Unidade Coletora, envolvendo vias públicas. 3.7 Embalagem primária É o próprio recipiente que entra em contato com o material biológico. Ex: tubos de coleta, frascos coletores, etc 3.8 Embalagem secundária Pode ser constituída por saco plástico, caixa de PVC, metal e outros. Tem a finalidade de envolver a embalagem primária, sendo opcional o material rígido ou flexível. 3.9 Embalagem externa Recipiente com rigidez adequada, podendo ser papelão, PVC, metal, ou outro. No transporte terrestre (transporte externo ) há a opção de que, sendo usado material rígido na embalagem secundária, a terciária seja flexível ( não sendo permitido no transporte aéreo). 4. Descrição Espécimes para diagnóstico devem ser transportados em recipiente de boa qualidade (maleta, caixa térmica), que seja higienizável, impermeável e resistente a impactos Materiais necessários maleta simples ou caixa isotérmica (no transporte externo, somente a segunda opção)com tampa provida de trancamento, com a identificação descrita no item 4.2; estantes para tubos (ou outro sistema que permita mantê-los de pé) sacos plásticos (para o isolamento dos swabs e/ou requisições no transporte interno; no externo também para uso como embalagem secundária) material absorvente (para o transporte externo) materiais para descontaminação ( ver ítem 4.4 Biossegurança) 4.2. Preparo das amostras para o transporte - Instruções gerais A maleta ou caixa térmica deve ter rótulo contendo:
3 POP L44 Página 3 de 6 os dizeres Espécimes para diagnóstico a identificação da Unidade Coletora (LAC, ICD, PAD, HCR, SSC, etc.) a) Conferir o rótulo de cada recipiente, que deve conter: nome completo do paciente, especificação de qual material biológico contém (ex: sangue, urina, líquor, etc.). Amostras não claramente identificadas, ou com dados incompletos, serão rejeitadas. b) Garantir que estejam todos hermeticamente fechados para evitar vazamento do material. c) Os tubos de sangue devem ser acomodados de pé em estante, ou outra forma que os mantenha na posição vertical (exceção às seringas de gasometria, que exigem a posição horizontal). d) Swabs devem ser acondicionados em saco plástico separado de outros materiais. e) Fechar a caixa, verificando o trancamento adequado. f) Em todas as circunstâncias as requisições devem ser transportadas em separado do material biológico,ou deles isoladas em saco plástico. 4.3 Exigências específicas para o transporte externo No transporte externo, pela característica do percurso por vias públicas e conseqüente aumento de riscos e possível prejuízo das amostras, a legislação é mais rigorosa quanto a vários itens. Envolve tanto exigências no aspecto da biossegurança, para garantia de proteção ao condutor do veículo, ao meio-ambiente e à população exposta na área envolvida no trajeto, quanto a busca da máxima preservação possível das características originais das amostras, já que além de um maior tempo entre coleta e análise, serão submetidas à trepidação natural inerente ao deslocamento. Seguem descritas as normativas legais: Dentro da caixa térmica de transporte é imprescindível: que os frascos/potes com outros materiais como fezes, urina, etc. sejam acomodados no fundo da mesma uso de embalagem secundária em todos os recipientes. Ex: saco plástico. Manter materiais biológicos distintos em embalagens separadas, ou seja: não embalar urina com fezes, sangue com escarro, etc. uso do material absorvente nos espaços livres para redução da trepidação dos recipientes e contenção do material líquido em caso de derramamento por acidente. No exterior da caixa térmica, além dos dizeres Espécimes para diagnóstico e da identificação da Unidade Coletora remetente, deve haver também: a marca UN 3373 inscrita dentro de um losango ; a legislação exige que cada lado do mesmo tenha no mínimo 50mm, as linhas que o definem não menos de 2mm, e as letras e números da inscrição pelo menos 6cm. Até o momento não há símbolo de risco definido em lei para espécimes diagnósticos. dados que identifiquem o veículo ou modo de transporte a ser utilizado, e a data de sua realização
4 POP L44 Página 4 de 6 endereço completo do destinatário e nome e número de telefone de um responsável pelas informações técnicas do material biológico idem para remetente Em virtude do maior tempo envolvido entre coleta e entrega das amostras no LAC, é imprescindível que o transporte seja sob refrigeração. Para isso, além dos materiais gerais descritos é necessário gelo reciclável e termômetro digital. Os recipientes com espécime biológico devem ir sendo acomodados na caixa térmica já contendo o gelo reciclável no fundo, à medida que são coletados - muito em especial as urinas, que requerem temperatura mais baixa de conservação para preservação de suas características originais. Os tubos de sangue não devem ter contato direto com o gelo, para evitar hemólise; aceitam temperaturas mais elevadas (até 22ºC). O tempo de chegada do material ao laboratório, idealmente, não deve ultrapassar 2h. Seguir o passo-a-passo: a) Cobrir o fundo da caixa com gelo reciclável b) Acomodar primeiramente os recipientes com materiais biológicos distintos de sangue, como urina, fezes, etc., acondicionados em sacos plásticos, ou caixa plástica com divisórias, caso a Unidade Coletora disponha... c) Recobrir novamente com gelo reciclável d) Isolar com o material absorvente; e)revestir as paredes internas da caixa com gelo reciclável f) Os tubos de sangue devem ser transportados de pé - utilizar estantes ou outro meio que os mantenha firmes na posição vertical, envolvendo em saco plástico. Para impedir o contato direto com o gelo pode ser utilizado o material absorvente; g) Garantir que os recipientes estejam hermeticamente fechados, evitando vazamento do material; Efetuar a medição da temperatura conforme orientação abaixo: a) De posse do termômetro, abrir a caixa por breve instante e direcionar o feixe de luz do laser ao corpo de um recipiente contendo material biológico (preferencialmente dos primeiros ali colocados, que refletirá a temperatura interna real). Jamais medir com o raio do laser dirigido às paredes da caixa, ao gelo ou à tampa do recipiente. b) Registrar na coluna própria a temperatura lida e preencher os outros dados: posto de origem, data, horário e rubrica do responsável pela efetivação da leitura. Em caso de equívoco no momento de qualquer anotação, proceder conforme orientação ao pé da folha do formulário. A temperatura deve estar entre 2ºC e 22ºC.
5 POP L44 Página 5 de 6 Finalização do preparo da caixa: Após a medição da temperatura, preencher completamente os espaços livres com o material absorvente, de forma a garantir amortecimento, fixação, e também absorção de todo o conteúdo em caso de eventual acidente. Fechar a caixa, conferindo o trancamento. Obs: à chegada da caixa térmica um funcionário do LAC repete o procedimento de medição da temperatura, preenchendo os dados do formulário na coluna própria Unidades do Serviço de Saúde Comunitária Utilizar o formulário que consta em GHC Sistemas/Repositório de Documentos/Gerências GHC/ SSC/SAD/ Formulário-Controle de Temperatura de Transporte_1, que deve ser entregue junto com a caixa de transporte Unidade de Pronto Atendimento Moacyr Scliar O transporte das amostras da UPA atualmente é realizado por empresa terceirizada pelo HNSC, através de motoboy, nas 24h do dia em qualquer horário. Seguir as orientações gerais do item 4.2 e específicas para o transporte externo, ítem 4.3. Utilizar o formulário que consta em GHC Sistemas/Repositório de Documentos/ Protocolos/Laboratório de Análises /Formulários Gerais do Laboratório/FORM T01, que deve ser preenchido e entregue com a caixa de transporte Hospital Cristo Redentor Da mesma forma que os materiais da UPA, o transporte dos materiais do HCR é realizado por empresa terceirizada, através de motoboy, nas 24h do dia em qualquer horário. Seguir as orientações gerais do item 4.2 e específicas para o transporte externo, ítem 4.3. Utilizar o formulário que consta em GHC Sistemas/Repositório de Documentos/ Protocolos/Laboratório de Análises/Posto de Colheita HCR/ FORM T 02, que deve ser preenchido e entregue com a caixa de transporte. 4.4 Biossegurança - Precauções e ação em caso de acidente O manuseio do material biológico deve ser feito, obrigatoriamente, com uso de equipamento de proteção individual. Em caso de derramamento de material, absorver o excesso com papel toalha e dispensar hipoclorito de sódio 1 % com gaze, pano ou papel toalha sobre o local do derramamento. Retirar o papel com a pinça, usando luvas, e descartar em saco de lixo branco. As caixas de transporte (caixas isotérmicas e maletas plásticas)devem ser lavados com água e detergente neutro líquido e desinfetadas com álcool 70%, semanalmente, e sempre que houver contaminação proveniente de derramamentos. Nestas situações usar sempre hipoclorito de sódio 1% previamente sobre o material biológico.
6 POP L44 Página 6 de Transporte externo: Os veículos obrigatoriamente devem ter kit próprio para ação imediata em caso de acidente, contendo: hipoclorito 1 %, álcool 70º, saco branco próprio para resíduo biológico, álcool-gel, pinça. Em caso de acidente com o veículo, notificar o remetente e o destinatário. Caso o acidente envolva derramamento de material biológico, com possível contato com alguém sem a proteção adequada (transeunte), devem ser informadas as autoridades locais (policiamento, ou corpo de bombeiros, etc.) e de saúde pública apropriadas (vigilância sanitária ou epidemiológica, etc..), fornecendo informações sobre pessoas que possam ter sido expostas ao risco de contaminação. 5.0 Bibliografia Resolução ANTT 420 / 2004 Resolução ANTT 4081 de 11 de abril de Resolução ANTT 3887 de 06/09/2012 RDC 320/ ANVISA RDC 20/ ANVISA Recomendações da SBPC/ML Coleta e Preparo da Amostra Biológica MANUAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA SOBRE O TRANSPORTE DE MATERIAL HUMANO PARA FINS DE DIAGNÓSTICO CLÍNICO ANVISA / 2015
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