Professor da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Brasil)
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- Yan Ribeiro Padilha
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1 ATIVIDADES FÍSICAS E NATAÇÃO NA TERCEIRA IDADE: RELAÇÃO ENTRE A DOSAGEM E A RESPOSTA AO EXERCÍCIO, A PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADES FÍSICAS, CUIDADOS HIGIÊNICOS E COM O SISTEMA-APARELHO AUDITIVO, ENTRE OUTROS CUIDADOS ESPECIAIS ACTIVIDAD FÍSICA Y NATACIÓN EN EL ANCIANO: RELACIÓN ENTRE LA DOSIS Y LA RESPUESTA AL EJERCICIO, LA PRESCRIPCIÓN DE ACTIVIDAD FÍSICA, Y EL HIGIENE DE ATENCIÓN Y COM SISTEMA-EQUIPO AUDITIVO, ENTRE OTROS CUIDADOS ESPECIALES Professor da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Brasil) Ricardo Martins Porto Lussac ricardolussac@yahoo.com.br RESUMO O desenvolvimento do atleta e sua performance, assim como, o aperfeiçoamento das qualidades físicas e habilidades são devidos aos métodos de treino, e esses devem ser aperfeiçoados e portadores de alta tecnologia, pois os avanços científicos e tecnológicos são cruciais na corrida acelerada e constantemente atualizada e inovada na área de performance. Com a correta manipulação, acompanhamento e escolha das variáveis e tipos de treinos, ganhase vantagens fisiológicas e obtêm-se ótimos resultados no treinamento. Nos idosos, os efeitos benéficos da atividade física ocorrem de modo diferente do que em pessoas mais jovens. Na Terceira Idade, os cuidados higiênicos gerais e com a saúde também são importantes itens a serem considerados e constantemente observados e averiguados, incluindo uma alimentação nutritiva e saudável deve ser uma prática regular. Este artigo teve como objeto de estudo as Atividades Físicas e a Natação na Terceira Idade, abordando a relação entre a dosagem e a resposta ao exercício, a prescrição de atividades físicas, os cuidados higiênicos e
2 com o sistema-aparelho auditivo, e ainda outros cuidados especiais pertinentes a esta faixa etária. Unitermos: Terceira Idade; Natação; Treinamento, Exercício, Higiene. Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº Junio de 2010 Aspectos Gerais do Treinamento O desenvolvimento do atleta e sua performance, assim como, o aperfeiçoamento das qualidades físicas e habilidades são devidos aos métodos de treino, e esses devem ser aperfeiçoados e portadores de alta tecnologia, pois os avanços científicos e tecnológicos são cruciais na corrida acelerada e constantemente atualizada e inovada na área de performance. O método de treino escolhido deve estar de acordo com as necessidades do treinamento do atleta. Existem diversos métodos de treino: Fartlek, Interval Training, Intervalado, Hipóxico, Super-Máximo, Seriado, Fracionado, entre outros. Deve-se observar as variáveis do treinamento como tempo (média dos tempos), séries, distância (metros/série), nível, percentual do volume e intensidade, pausas e intervalos, seções, combustível energético utilizado, tempo de recuperação, velocidade, média de freqüência cardíaca, média do número de braçadas e/ou pernadas, potência anaeróbia, tolerância anaeróbia, resistência anaeróbia, VO2 máximo, limiar anaeróbio, médias de intensidade, resistência geral, aplicação de cargas, entre outras. Além de testes de aptidões físicas, reavaliações e avaliações das condições físicas (iniciais e periódicas) dos atletas deve-se propor atividades para controle e avaliação de nadadores como: speed test (velocidade máxima), correlação das médias da velocidade x pulso, teste preditivo (100 m), goal test (série objetivo), correlação entre as médias de velocidade e as médias do comprimento da braçada x a freqüência da braçada, limiar anaeróbio, VO2 máximo, natograma,
3 pulso máximo (velocidade lactato) e apnéia x desempenho, devem ser observados nas avaliações. Obtêm-se ótimos resultados em um treinamento com a correta manipulação, acompanhamento e escolha das variáveis e tipos de treinos, ganhando vantagens fisiológicas no treinamento como: melhorias nas capacidades aeróbias e anaeróbias melhoria na vascularização dos músculos, economia da distribuição sanguínea intramuscular, aumento da capacidade metabólica intracelular, obtenção de mais oxigênio por unidade de volume ventilada nos pulmões. Atividades Físicas na Terceira Idade: relação entre a Dosagem e a Resposta ao Exercício, e a Prescrição de Atividades Físicas A dosagem do exercício e/ou atividades físicas pode ser definida como as proporções de intensidade, freqüência e duração do exercício. É sabido que alguns efeitos benéficos (nas funções cardiovasculares, por exemplo) ocorrem com dosagens baixas de exercícios, e que os benefícios aumentam até atingirem um plateau em níveis mais elevados de atividades físicas. Também já é consenso que com baixas doses de exercícios, os riscos potenciais de danos são significantes (por exemplo: lesões musculares, complicações cardiovasculares, entre outros), sendo que a probabilidade de ocorrência destes danos aumenta paralelamente com aumento da dosagem da atividade. Nos idosos, os efeitos benéficos da atividade física ocorrem em doses menores do que em pessoas mais jovens. Os efeitos danosos também ocorrem em idosos com doses relativamente baixas, alterando a margem de segurança na prescrição das dosagens dos exercícios. O American College of Sports Medicine estabeleceu regras gerais para a prescrição de exercícios. Estas regras gerais também são válidas para indivíduos idosos saudáveis. Nos idosos com qualquer
4 tipo de limitação (médica, física, entre outras), a intensidade do exercício deve ser reduzida, ao passo que se aumenta a duração e a freqüência. Os idosos devem evitar exercícios de alto impacto e a progressão da carga deve ser mais lenta do que a aplicada em indivíduos mais jovens. Cuidados higiênicos e com o sistema-aparelho auditivo e outros cuidados especiais na natação Cuidados higiênicos gerais como a qualidade da água, limpeza do ambiente, vestimentas, objetos íntimos pessoais, além do cuidado geral com a saúde, principalmente da pele e do aparelho respiratório e sistemas auditivo e visual, são importantes itens serem considerados e constantemente observados e averiguados. A alimentação nutritiva e saudável deve ser uma prática regular. É necessário observar também os seguintes cuidados: - Deve-se manter os condutos auditivos livres do excesso de cera. Cuidados extras devem ser tomados com os métodos de limpeza, pois sabe-se que o cotonete, método mais utilizado popularmente, é condenado pelos especialistas. - Uma alta produção de cera pode indicar infecção ou outros distúrbios. Neste caso, é indicado procurar um médico otorrinolaringologista. - O uso de tampões de ouvido durante o nado deve-se seguir da recomendação do médico otorrinolaringologista, e os mesmos devem ser personalizados, possuir certificações e ser de boa qualidade. - O uso de touca de borracha ou similares ajustada à cabeça, aderida a pele e não aos cabelos, protegem relativamente bem o aparelho auditivo. - Após a prática da natação, assim como todo o corpo, os ouvidos devem ser limpos e secos.
5 - Com a cabeça do nadador inclinada e com uma leve manipulação dos dedos, ajuda-se a liberar a água do ouvido; - Outro método eficaz para remover a maior parte da água existente é enrolar a ponta de um lenço ou toalha e girá-la na parte externa do interior do ouvido. - Um acompanhamento constante, a aquisição das informações e a eliminação de dúvidas sobre o assunto deve ser realizado por um especialista. - Cuidados com a temperatura da água, com a temperatura ambiente, com o clima, a umidade relativa do ar, e com a pressão atmosférica devem ser observados, acompanhados e analisados, como variantes atuantes no efeito do treinamento. => O Sol pode proporcionar: Benefícios: retina-hipófise, ultravioleta-ergosterol, desintoxica e acalma. Malefícios: queimaduras, alergias específicas, desidratação insolação, intermação e câncer. => A Poluição pode ser dividida em: Poluidores vivos: bactérias, vírus, ovos de parasitas e alterações ambientais diversas como até o excesso de algas provocando mudanças na composição quanto ao O2, o CO2 e no PH da água. Poluidores Químicos: zinco, cádmio, mercúrio e outros que provêm de diversas fontes, desde de despejo de esgotos domésticos como os dejetos de indústrias químicas.
6 Considerações Finais Os métodos de treino são determinantes no desenvolvimento do atleta e respectivamente de sua performance, aperfeiçoando as suas qualidades físicas e habilidades. Atualização constante e tecnologia de ponta são fatores cruciais não só para resultados positivos em competições, mas também, para um treinamento eficaz e seguro. Destarte, o treinador continua sendo o principal responsável pela correta manipulação, acompanhamento e escolha das variáveis e tipos de treinos. As atividades físicas com idosos ocorrem de modo diferente em relação às outras faixas etárias devido as suas peculiaridades. Como já afirmado, na Terceira Idade, os cuidados higiênicos gerais e com a saúde também são importantes itens a serem considerados e constantemente observados e averiguados, incluindo uma alimentação nutritiva e saudável, que deve ser uma prática regular. Para isto, o profissional de Educação Física tem um papel extremamente importante na intervenção primária na área da saúde. Nota: este trabalho foi desenvolvido no primeiro semestre do ano de 1999, quando o autor ainda cursava a graduação em Educação Física. Referências ARAÚJO FILHO, Ney Pereira de. Musculação aplicada à ginástica localizada. 3º ed. Londrina: Midiograf, CABRAL, Fernando; CRISTIANINI, Sanderson; SOUZA, Wagner Alves de. Natação: 1000 exercícios. Rio de Janeiro: Sprint, FOX, Edward L.; BOWERS, Richard W.; FOSS, Merle L. Bases Fisiológicas da Educação Física e dos Desportos. 4ª edição Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.
7 GRACA, Winston de Castro. Biomecânica da natação: aspectos biomecânicos, cinesiológicos, e fisiológicos, da natação, fundamentos de flutuação e analise do estilo crawl. Fortaleza: UNIFOR, HAY, James G. Biomecânica das técnicas desportivas. Rio de Janeiro: Interamericana, KLINEN, Mauii; MANI, Alen. Medical Rehabilitation and physical exercise center. Laukka, Finlândia. MAGLISCHO, Ernest W. Nadando ainda mais rápido. São Paulo: Manole, PÁVEL, Roberto de Carvalho. Tese de Livre Docência. A Natação Representada no Universo dos Idosos Masters. Universidade Gama Filho, PÁVEL, Roberto de Carvalho. Matéria das aulas teóricas da Disciplina Desportos Aquáticos II. UNESA, 1 semestre de 1999.
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