O Texto de Lucrécio e os Princípios da Natureza das Coisas

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1 3 O Texto de Lucrécio e os Princípios da Natureza das Coisas 3.1 Introdução Toda filosofia, em maior ou menor grau, é programática. Também a filosofia epicurista contempla sua tarefa de pensar as questões que elabora de acordo com certos interesses, não por gosto ou por diletantismo mas por necessidade. Na época de Epicuro o discurso filosófico já havia alcançado uma forma normatizada, repartida em três grandes campos: a física, a ética e a canônica. Mesmo hoje em dia muitos manuais de filosofia adotam essa disposição quando tratam de apresentar a filosofia epicurista. À canônica compete a determinação das regras que regem o discurso e que possibilitam uma correta percepção da realidade (a física). O conhecimento da natureza permite ao homem situar-se no mundo e alcançar a realização plena de sua condição humana. Só o homem sábio conhece a natureza última das coisas e a felicidade (eudaimonia) é prerrogativa deste tipo de homem. A rigor o que acabamos de afirmar não compromete em nada a compreensão geral que podemos ter da programática epicurista; mas desde que não suponhamos que o filosofar esteja dominado por uma cronologia, por um método que defina uma longa preparação prévia até que, finalmente, o estudante esteja em condições de filosofar. No entanto a idéia subjacente segundo a qual os manuais são elaborados é a de que o epicurismo propõe uma canônica autônoma, uma lógica ou algo como que uma propedêutica que anteceda o estudo da física e da ética. Não há nenhuma palavra nos textos do próprio Epicuro, ou no poema de Lucrécio, que sustente essa

2 interpretação A principal fonte de atribuição aos epicuristas de uma canônica que servisse como introdução a um sistema doutrinário é um texto de Diógenes Laércio 1. A esse respeito o estudo do pensamento epicurista coloca problemas bastante singulares. Filosofia dogmática, o epicurismo estabelece um conjunto bastante claro de princípios a partir dos quais cria sua imagem de mundo. A exposição sumária de princípios, de máximas e preceitos pertence ao espírito da doutrina, e Epicuro trata de no-lo lembrar em vários momentos, seja nas três epístolas, seja na própria elaboração de fórmulas e máximas breves de fácil retenção. Aqui a crueza epicurista mostra-se em toda sua transparência: o que pode ser dito pode ser dito claramente e de modo expresso; tudo o mais é deriva. Uma vez estabelecida a verdade do atomismo, nada mais resta a acrescentar ou subtrair. A partir de então a tarefa do pensamento passa a ser um esforço constante de orientação nessa verdade, nesse aspecto essencial já e de uma vez por todas revelado. Resumimos a seguir as teses que nos pareceram as mais relevantes para estabelecer essa imagem essencial que os epicuristas criam para falar do mundo sobre o mundo: Nenhuma exterioridade racional atua na natureza. Isto significa dizer que a natureza não obedece a nenhum projeto e não abriga nenhuma finalidade. Apenas o que é tangível matéria pode agir e padecer. Existe o movimento Existe o vazio (condição necessária e suficiente para que haja movimento) A matéria é ingênita e imperecível. O vazio é infinito. A matéria também o é. O universo, o Todo, é o conjunto infinito (soma não totalizável) da matéria descontínua no vazio contínuo. 1 D.L. X 29 30: A filosofia se divide em três partes: a canônica, a física e a ética. 73

3 A variedade das formas da matéria, em seu estado fundamental, varia segundo um número finito. A matéria, em seu estado último, está sempre movimento. A velocidade do movimento da matéria, em seu estado último, é uniforme. As três qualidades fundamentais da matéria são: peso, forma e tamanho. A matéria, em seu estado fundamental, é capaz de desviar da trajetória retilínea, não mais que o mínimo, em tempo e lugar indeterminados. A partir desse conjunto restrito de princípios dir-se-ia uma física, não fosse a tese aparentemente metafísica que abre a série os epicuristas tratam de pensar uma filosofia cujo sentido é o de determinar o lugar do homem no mundo e suas possibilidades de alcançar o prazer mais alto, princípio e fim da vida feliz. No estudo introdutório que fizemos do pensamento democriteano procuramos salientar que o desenvolvimento do pensamento atomista obedeceu a um kanon rigorosamente comprometido com o pensamento eleata: tratava-se de oferecer uma resposta satisfatória ao problema do devir sem, contudo, deixar de adequar esta resposta ao rigoroso encadeamento exigido pela dinâmica do discurso. Se aquilo que se move é em alguma medida, é preciso saber dizer o que é obedecendo a uma lógica discursiva que tenha no ser o seu solo. Quando se procura desbravar o pensamento abderiano através das dificuldades que o cercam aridez filosófica, estado fragmentado dos textos, doxografia hostil percebe-se que a discussão filosófica fica retida nas cercanias do ser, que o logos é capturado dentro dos limites de uma ontologia (metafísica) severa. É perceptível que um empirismo resvala continuamente o pensamento abderiano sem jamais conseguir se manifestar como imagem nítida, sem jamais aparecer, sem se tornar fenômeno 2. Demócrito, pensador poderoso, 2 A leitura feita por Hegel do atomismo eleata que afirma o átomo como determinação do um abstrato parece exemplar: O princípio do um é totalmente ideal, pertence inteiramente ao pensamento, mesmo se se quisesse dizer que os átomos existem. O átomo pode ser tomado de modo material, mas ele é não-sensível, puramente intelectual. [...] O princípio do um é, portanto, inteiramente ideal, não, porém, como se estivesse apenas na mente, na cabeça, mas assim que o 74

4 criou para si uma imagem sutil e eficaz quando afirmou que a verdade jaz no abismo. O momento ontológico democriteano antecipa Epicuro, mas não se confunde com Epicuro nem com aquilo que ele se propõe pensar. O epicurismo Lucrécio o atesta é já uma física. Ele pensa não mais o pensamento; ele pensa a natureza ou, o que é ainda mais forte, ele pensa a natureza das coisas, dos fenômenos, das singularidades. No entanto, mesmo aqui é preciso ter cuidado; pois é bem possível que a distância que separa Epicuro e Lucrécio do pensador de Abdera não seja nada se comparada com aquela que os separa daquilo que, hoje em dia, nomeamos como Física. O texto de Lucrécio é uma exposição de física, diz Michel Serres 3 ; mas trata-se de uma física em um outro sentido, pensada e sentida sem o estranhamento e o distanciamento do corpo, sem a consagração desse divórcio entre o corpo e o pensamento que se tornou tão comum ao pensar filosófico. Daqui, conforme teremos ocasião de ver deriva o prazer de Vênus como índice da vida em sua plenitude. Ver-se-á como os epicuristas pensam o corpo não como um mero portador da alma, mas como o lugar no qual o pensamento se realiza, esse composto entre os compostos. Os critérios virão do corpo o que é tangível, sensível, perceptível e pensável, o que afeta o equilíbrio do corpo e da alma material (o pathos, a afecção): o corpo é o bastante para sentir, para pensar, para ser. E se é o corpo que sente o que está em evidência, trata-se de uma física que tem algo a dizer sobre o prazer e a dor, uma física que tem algo a dizer sobre o homem no mundo. Uma física estranha para nós. E no entanto ainda uma física. Vê-se que no pensamento de Epicuro e Lucrécio a ênfase metafísica é posta alhures. Não se trata de romper o jugo imposto pelo ser parmenídico, seja no que diz pensamento é a verdadeira essência das coisas. Leucipo também o entendeu assim, e sua filosofia não é, de maneira alguma, empírica. in, Leçons sur l histoire de la philosophie. Essa leitura, no entanto, abandona furtivamente o drama dos abderianos que viemos de estudar: a impossibilidade de navegar fora das águas restritas ao regime ontológico, mesmo partindo de uma evidência empírica, isto é, a realidade do movimento. Segundo nos parece, Nietzsche chegou a formular a questão de modo mais transparente: Demócrito e Leucipo partem do eleatismo. Mas o ponto de partida de Demócrito é acreditar na realidade do movimento porque o pensamento é um movimento., in O nascimento da filosofia na época da tragédia grega. 3 Serres, M. O nascimento da física no texto de Lucrécio, pág

5 respeito à realidade do movimento, seja no que diz respeito às possibilidades mínimas de constituição de um discurso. Isto seria pensar o que já foi pensado, o que seria o mesmo que não pensar. 3.2 Os Princípios da Matéria e o Vazio A afirmação segundo a qual nada pode ser criado a partir do nada [...] inaugura, propriamente, os temas da física epicurista. Mas Lucrécio acrescenta [...] a partir de um poder divino. 4 Aqui começa e termina aquilo que os epicuristas definirão como um naturalismo: opõem-se a toda e qualquer concepção que ponha o valor de existência do mundo fora do mundo ele mesmo. Não há nenhuma necessidade em distinguir uma causa do mundo, um princípio exterior capaz de criar e conservar a ordem de distribuição dos seres. Ao argumentar que nada pode ser criado a partir do nada caso em que seria forçoso admitir uma intervenção divina Lucrécio pretende cerrar definitivamente as portas da natureza para uma sobrenatureza. Ora se não há, efetivamente, criação a partir tão somente de uma potência divina, isto é, a partir do nada, tampouco será possível justificar que o divino interceda junto ao mundo para ordená-lo e dirigi-lo. A compreensão deste princípio em sua radicalidade traz consigo a visibilidade daquilo que, em última análise, será a imagem da natureza em seu estado global: algo que existe tal como é desde sempre (visto não ter sido criada em um momento zero) e que não está submetida ao governo de uma potência transcendente. Assim, tão logo tenhamos determinado que nada pode ser criado a partir do nada seremos capazes de ver mais claramente o objeto de nossa investigação e de que elementos cada coisa pode ser criada e como tudo se realiza sem a intervenção dos deuses. 5 4 De rerum natura I, De rerum natura I,

6 Nestes versos Lucrécio sintetiza todo o projeto filosófico a se constituir através do poema. Para os epicuristas admitir a criação a partir da intervenção de forças exteriores ao mundo seria o mesmo que admitir uma criação a partir do nada. Buscar em uma exterioridade as causas que engendram o mundo significa nada explicar. Admitir a intervenção das forças divinas como uma explicação plausível significa, em última análise, renunciar a uma explicação filosófica e naturalista para capitular ao impulso religioso, o que em nada difere na admissão de que todas as coisas possam ter surgido a partir de um nada. De outra parte, a argumentação de Lucrécio reduz ao absurdo a tese oposta: se tudo o que existe pudesse ser criado a partir do nada, teríamos de admitir que tudo poderia nascer de tudo. A própria observação da ordem e regularidade através da qual a natureza opera em suas transformações interdita a proposição tudo pode vir de tudo. A apreensão dessa ordem implica o veto ao princípio de anarquia explicitado na proposição "tudo pode ser criado a partir de tudo" e seu duplo, "tudo pode ser criado a partir do nada". Cada ser existente na natureza possui suas próprias possibilidades, sendo estas determinadas pela matéria que o constitui. 6 De modo inverso, assim como tudo não pode ser criado a partir do nada, o que existe não pode ser reduzido a nada. 7 Admitir o contrário dessa afirmação seria propor que qualquer coisa existente pudesse ser aniquilada subitamente diante de nossa vista. A observação da natureza torna evidente uma outra proposição: tudo o que existe desfaz-se através da corrupção, ou seja, do desagregamento de seus elementos. Esses elementos são os corpos simples, partículas eternas que subjazem à fenomenalidade e que, através dos seus movimentos (choques e composições), dão forma às transformações naturais. Nos versos seguintes Lucrécio procura provar a existência destas partículas elementares 8. São enumerados fenômenos que nos são perceptíveis mas dos quais não podemos ter uma apreensão visível, tais como os 6 De rerum natura I, De rerum natura I,

7 ventos, o calor, o frio. Notadamente é a natureza material de todas as coisas que as torna perceptíveis, mesmo que não possamos captá-las visualmente. É da natureza da matéria impressionar os sentidos 9. São estes os primeiros passos dados por Lucrécio para estabelecer a natureza da matéria. A matéria percebida, a despeito de seu movimento perpétuo de geração e corrupção, é composta por partículas indestrutíveis, eternas e invisíveis. Mas para que esse fluxo contínuo de vir-a-ser composição e decomposição seja efetivamente inteligível, torna-se necessário pensar a existência do vazio. É através da noção de vazio, como bem já notamos em nosso estudo sobre Demócrito, que as noções de multiplicidade e movimento, solidárias uma em relação à outra, tornar-se-ão plausíveis. No entanto, nem toda as coisas são, por natureza, plenas de matéria: o vazio existe nas coisas. 10 Inicialmente o vazio aparece como condição necessária para a existência do movimento. Lucrécio argumenta que se por toda parte houvesse apenas oposição e resistência propriedade fundamental da matéria 11 o movimento não poderia nem mesmo ser iniciado. 12 Assim, desde que o movimento é percebido, conclui-se imediatamente pela existência do vazio. De maneira mais esquemática: a) Se o vazio não existe, também o movimento não poderia existir; b) No entanto, a observação das coisas me faz notar que o movimento existe. 8 De rerum natura I, De rerum natura I, De rerum natura I, De rerum natura I, De rerum natura, I, Ver também Epicuro Carta a Heródoto

8 c) Logo, é preciso admitir a existência do vazio. Conhecemos este argumento: ele reproduz na íntegra a inversão feita pelos abderianos no argumento de Melisso. Mas, segundo nos parece, esse não se seria o passo fundamental para compreendermos a importância da noção de vazio no pensamento epicurista, coisa que veremos logo a seguir. De todo modo, Lucrécio retoma nos versos seguintes uma polêmica comum na Antigüidade, ou seja, a possibilidade do movimento em um espaço cheio. O exemplo dos peixes movendo-se na água do mar seria o mais clássico: ao se moverem, os peixes deixam atrás de si um espaço para o qual, instantaneamente as águas confluem, possibilitando o movimento na direção oposta. Lucrécio diz que essa argumentação assenta-se sobre um raciocínio falso, ou seja, caso não haja o vazio que os possibilite moverem-se e, simultaneamente, a confluência da massa de água, o movimento não pode nem mesmo ser iniciado 13. Se a argumentação feita por Lucrécio acerca da existência do vazio obedece inicialmente a um padrão de dedução racional, a seqüência do poema nos indica que as provas empíricas jogam um papel importante na confirmação da tese. Lucrécio reúne uma série de evidências sensíveis e inferências provenientes de procedimentos indutivos que indicam a existência do vazio. 14 Ele insiste que, ao contrário do que uma observação superficial pudesse sugerir, os corpos não poderiam possuir uma natureza compacta. Uma característica comum a todos os compostos é guardar, em maior ou menor proporção, espaços vazios em seu interior. Esta regra é inferida a partir de certas propriedades, como a porosidade de algumas rochas através das quais as águas conseguem fluir, a assimilação dos alimentos que permite o crescimento dos seres vivos, a passagem do som através de paredes e as diferentes densidades de corpos cuja dimensão é a mesma Em Aristóteles encontramos uma argumentação favorável ao movimento no interior de um espaço pleno, no qual o tema do movimento dos peixes é retomado: Física a-b. 14 De rerum natura I, O desenvolvimento do argumento relativo às diferenças de densidade remonta a Demócrito. Ver Aristóteles, De caelo, 309 a; 310 a. 79

9 A insistência com que são dispostos os argumentos empíricos na determinação das realidades fundamentais da natureza revela o distanciamento instaurado entre, de um lado, Leucipo e Demócrito e, de outro lado, os epicuristas. Estes últimos já não se limitam ao argumento dos primeiros atomistas que privilegia a racionalidade pura dos eleatas. Os epicuristas não se restringem à máxima eleata que afirma a identidade entre ser e pensar, máxima da qual os atomistas se apropriaram oportunamente para afirmar que o não-ser, em alguma medida, é (como espaço). Como podemos inferir deste particular, os epicuristas não admitem, tout court, a identidade entre ser e pensamento; não, ao menos, tal como o fizeram os abderianos. As partículas elementares e o vazio são aquilo a que a natureza pode ser reduzida em seu nível mais essencial. Mas, para continuar com o que dizia, toda natureza é constituída por duas coisas: existem os corpos e existe o vazio no qual os corpos tomam seu lugar e no qual se movem em todas as direções. 16 Não é possível, argumenta Lucrécio, uma terceira realidade fora da dimensão espacial e da materialidade. De um ponto de vista estritamente epistemológico não haveria mecanismos fora da sensação e do pensamento para estabelecê-la. Se admitíssemos hipoteticamente a existência de uma terceira realidade ela seria em alguma medida tangível o que nos forçaria a determiná-la como matéria ou não caso em que seria de uma natureza idêntica a do vazio. Decreto inexorável, a redução de todas as coisas a átomos e vazio não nos impede de creditar aos atributos gerados a partir da associação de ambos um caráter de realidade. Tais atributos podem ser: a) associados (coniuncta), os quais não podem ser abstraídos das coisas, como por exemplo o calor do fogo, o peso da terra, a natureza tangível e intangível da matéria e do vazio, respectivamente; b) acidentais 16 De rerum natura I,

10 (eventa), ou seja, atributos que, estando ou não presente nos corpos, não lhes modifica a natureza. Exemplos desta categoria seriam a pobreza, a riqueza, a paz, a guerra 17. Um desenvolvimento importante deste argumento revela a natureza do tempo para os epicuristas. Este, com efeito, não passa de um atributo acidental, subordinado ontologicamente às noções de matéria e vazio. A noção do tempo jamais poderia ser sustentada fora das condições impostas pela natureza, ou seja, sem que a reconhecêssemos como sucessão de movimentos das coisas no espaço. 18 Outro aspecto importante refere-se inevitavelmente ao papel desempenhado pelo sujeito na percepção do tempo, alguém capaz de determinar um antes e um depois na sucessão de eventos. Eliminado este sujeito, a noção de tempo fica absolutamente carente de significação, restando apenas o movimento dos átomos no vazio. Há aqui um claro indicativo do nivelamento com que os epicuristas procuram operar no que se refere às produções da natureza. Esta é essencialmente, átomos e vazio. O mundo, o homem, a história 19 e tudo o mais que é produto desta natureza essencial não passam de acidentes, na medida em que não escapam à noção de temporalidade. Opõe-se a isto a natureza em seu estado fundamental que não poderia ser outra coisa senão um substrato eterno, idêntico a si mesmo 20. Os versos que se seguem no De rerum natura apresentam uma elaboração mais ampla e detalhada da noção de matéria. Tudo quanto existe de tangível isto é os corpos é ou de natureza elementar, ou composta. A característica fundamental destes elementos é sua indestrutibilidade, ou seja, não podem ser fragmentados por qualquer força. Não obstante, a precariedade da manutenção das estruturas características do mundo é garantida através da renovação cíclica de suas partes. Teatro de incessantes transformações, o testemunho da natureza parece obstar a idéia 17 De rerum natura I, Em Epicuro há notadamente um desenvolvimento mais amplo. Ver, Carta a Heródoto, 40; De rerum natura I, Ver particularmente De rerum natura I, Cf. Conche, M. Lucrèce et l experiénce, pág

11 de que haja elementos indestrutíveis. Ao retomar a argumentação sobre a eternidade daquilo que resiste às transformações, Lucrécio tem como objetivo mostrar que esta noção, longe de opor-se à preeminência do papel desempenhado pela observação na compreensão do funcionamento das coisas, é decisiva para que se possa indicar a existência de uma natureza. 21 Remontando às origens eleatas do atomismo, vemos que a matéria mantém as mesmas características do ser. Assim, cada partícula de matéria é uma unidade fundamental ingênita, imperecível, homogênea e imutável. A discrepância fundamental da noção de átomo em relação ao ser de Parmênides refere-se ao caráter múltiplo da realidade. Já o vazio é, como vimos, identificado ao não-ser. A esse respeito não apenas os primeiros atomistas em que pese terem desobedecido a Parmênides e conferido ao não-ser um certo tipo de existência como, mais tarde, Epicuro e Lucrecio, manterão fidelidade ao princípio de que uma coisa não pode ser e não ser, ou seja: identificando o ser à matéria e o não ser ao vazio, os atomistas estabelecem uma noção de totalidade que comporta dois princípios que se excluem mutuamente. Ambos coexistem em alguma medida, embora não se possa afirmar que o estatuto desse existir possua o mesmo significado. Desse modo, aquilo que é da ordem da matéria não pode conter vazio e, inversamente aquilo que é da ordem do vazio exclui toda materialidade. Primeiramente, já que descobrimos ser dupla e diferente a natureza dos dois elementos a matéria e o vazio no qual tudo se realiza segue-se necessariamente que cada um deles existe por si só.[...]. Portanto, os corpos primeiros são plenos e sem vazio. 22 A matéria em seu estado fundamental deve ser definida de tal modo a vetar qualquer alternativa de divisibilidade, o que exclui a possibilidade de um vazio 21 De rerum natura I, De rerum natura, I, ; 510). 82

12 intersticial agregado em sua intimidade. Já os processos de produção e degenerescência podem ser explicados a partir dos movimentos de composição e decomposição. Os átomos, ao se reunirem para a formação de um composto, acabam necessariamente por encerrar espaços vazios nessa nova estrutura, razão pela qual mesmo sendo eterna a matéria isto é, reduzida em sua intimidade a partículas indecomponíveis o produto de suas combinações é perecível. Quanto menos cerrada for uma determinada estrutura, quanto maior o vazio nela contido, maior será sua precariedade na sucessão do tempo, mais ela estará vulnerável a um rápido desagregamento. Em sentido inverso, na medida em que alguma materialidade deve subsistir eternamente aos fenômenos, sua definição deve sublinhar marcadamente o caráter dessa unidade. A matéria deve ser maciça ou indestrutível. De um ponto de vista de sua etimologia o termo "átomo" designa a não divisibilidade dos elementos primordiais. No entanto, a compreensão filosófica deste conceito entre os antigos exige uma ampliação desta mera não-divisibilidade, a partir do que o átomo poderá ser caracterizado como fundamento último da realidade. Seguindo ainda a interpretação de M. Conche, há três caracteres que definem a atomicidade das partículas elementares. São eles a solidez, a eternidade e a simplicidade (unidade). 23 Em virtude de sua solidez, ou seja, por se tratar de um fragmento espacial, o átomo deve ser dotado de forma e grandeza, limite de tudo aquilo que é em relação ao que não é corpo, isto é, o vazio. Resta saber se, na medida em que possui uma forma qualquer (cúbica, esférica, triangular, etc.) o átomo perde seu caráter de estrutura simples, fundadora. Ao ser concebido como dotado de uma figura qualquer não ganha o átomo partes distribuídas espacialmente? 23 Conche, M. Lucrèce et l experiénce, pág

13 São, por conseguinte, os corpos elementares de uma simplicidade impenetrável, ligados estreitamente entre si através de partículas mínimas; não são formados através de uma simples reunião de partes mas, ao contrário, valem-se de uma eterna simplicidade que a natureza não permite suprimir nem diminuir, reservando-os como sementes das coisas. 24 Dotados de grandeza e forma, inevitavelmente os átomos deverão constituirse de partes através das quais poderão unir-se para a formação de compostos. Estas partes do átomo (partes minimae), embora distribuídas ao longo de sua espacialidade mesma, estão integradas no todo compacto que o caracterizam como princípio de todas as coisas. Estas partes jamais poderiam ser concebidas como uma entidade física particular o que inviabilizaria totalmente a noção de elemento; sua existência permanece condicionada à integração em uma totalidade. 3.3 Um esboço de totalidade Os epicuristas insistem acerca da inexistência de uma exterioridade que pudesse intervir na formação e governo do mundo. De outra parte, a determinação dos princípios "nada pode vir do nada" e "nada pode ser inteiramente aniquilado" asseguram a imutabilidade do universo epicurista. Estes desenvolvimentos garantem aos pensadores epicuristas a possibilidade de esboçar uma noção de todo 25. De certo modo esse todo dos epicuristas não pode ser senão esboçado. Ele se mantém como instância derradeira, mas jamais pode ultrapassar o status de um devir. Se o todo não possui exterioridade, ele de outra parte, jamais pode ser completado: trata-se de um fluído, um fluxo perpétuo que jamais se detém e que está em processo de permanente de atualização. Esta noção, para os epicuristas não indica uma 24 De rerum natura I, Ao contrário dos estóicos, que distinguiam o Todo (to pan) do Universo (to olon), os epicuristas utilizavam indistintamente os dois vocábulos. Cf. Duvernoy, J-F. O epicurismo e sua tradição antiga, nota da página

14 instancia unificadora, superior à soma de suas partes. Um todo superior à soma de suas partes seria já uma exterioridade em relação às partes elas mesmas o que, conforme já vimos, é categoricamente recusado pelos epicuristas 26. Epicuro faz duas proposições acerca desse todo: a) em primeiro lugar ele é composto por átomos e vazio 27 e; b) o todo é infinito 28. Lucrécio retoma a argumentação a respeito das noções de vazio e matéria já ao fim do livro I do De rerum natura 29, mas o faz de forma diferenciada: ele estabelece a impossibilidade de se pensar um espaço finito, cuja fronteira funcionasse como limite de um interior em relação ao exterior; o problema apresentado por Lucrécio seria da seguinte ordem: qual seria a natureza desse exterior que envolve o cosmo, senão aquela mesma do vazio postulado pela doutrina atomista? 30 Indo mais além, Lucrécio argumenta que a existência de um espaço finito impossibilitaria mesmo o surgimento de qualquer tipo de composto. Isto significa dizer que em um espaço, tal como apresentado no De rerum natura, dentro do qual a fenomenalidade surge a partir do movimento dos átomos (choques, combinações, desagregações), a finitude funcionaria como impeditivo para o surgimento dos fenômenos, já que por força dos movimentos próprios à matéria, esta logo acabaria por jazer inerte no fundo do espaço. Deste modo, é necessário admitir um espaço infinito a partir do qual e para onde os átomos possam mover-se livremente, sem que haja risco desse movimento cessar. A evidência racional de um espaço infinito é suficiente pois, para que seja necessário admitir a infinidade numérica dos elementos 31 ; uma quantidade de matéria 26 Nos versos do canto I Lucrécio deixa implícita uma certa idéia de Todo ao afirmar que o estado da totalidade das coisas (omnia) é intermediário entre o pleno e o vazio. 27 Carta a Heródoto, Carta a Heródoto, De rerum natura I, Cf. Duvernoy, J-F. O epicurismo e sua tradição antiga, pág De rerum natura I,

15 finita contida em um espaço infinito acarretaria uma dispersão total cuja implicação seria a impossibilidade de constituição dos mundos. Duvernoy estabelece uma distinção entre estes dois infinitos simultâneos (vazio, matéria) subjacentes ao todo atomista: infinidade (geométrica) do espaço e infinidade (aritmética) dos elementos materiais, respectivamente. Vale dizer, em outras palavras, que o estatuto filosófico destes dois infinitos não é o mesmo. A evidência racional de um espaço infinito (geométrico) antecede a infinidade (aritmética) do número de átomos 32. Temos então estabelecidos, segundos os termos do De rerum natura, duas ordens distintas que compõem a totalidade das coisas: a) um espaço tal cujas propriedades intrínsecas correspondem, em princípio, ao espaço pensado pela geometria; b) uma matéria dispersa que relativiza e subverte as propriedades do espaço, na medida em que insere nele um princípio de descontinuidade, contrário ao estatuto do espaço concebido pela geometria. Vimos que o espaço para Leucipo e Demócrito possui um significado bastante diferente 33 : nele os átomos são concebidos segundo uma infinidade de grandezas e formas, possíveis e reais. Fica, neste caso, estabelecida uma correspondência entre espaço e matéria, pois a divisibilidade de ambos pode ser sobreposta indefinidamente. Desta forma, não seria demais afirmar que grandeza e forma são pensadas como quantidades, ou melhor, são pensadas geometricamente 34. A grandeza dos átomos estende-se, em ambos os sentidos, através de um contínuo, do infinitesimal ao infinitamente grande. Já no De rerum natura o átomo é estabelecido como o elemento que limita duplamente o espaço geometrizado: neste espaço ele representa a descontinuidade, a 32 Cf. Duvernoy. J-F. O epicurismo e sua tradição antiga, pág. 36.,: "É porque o vazio é necessariamente infinito que nele se encontra uma infinidade numérica dos entes (átomos, compostos, mundos). Já que ocorre que existe alguma coisa, a quantidade-número dessa coisa só pode ser infinita. 33 Wolff, F. Dois destinos possíveis da ontologia: a via categorial e a via física, pág

16 negação ou contrário do vazio; em outro sentido, o átomo é a fronteira onde a divisibilidade é interrompida. É por suas qualidades (forma, grandeza e peso), aquilo que o caracteriza como matéria, que o átomo distingui-se do ponto geométrico. O estado intermediário entre o cheio e o vazio, ou seja, o excedente que o vazio apresenta em relação ao cheio faz com que o espaço pensado pelos epicuristas seja um espaço da dispersão e da descontinuidade. Evidentemente o estado infinito e fragmentado do todo atomista acarreta conseqüências bastante graves para uma percepção formada nesse hábito que vê no todo uma exterioridade que subsume as partes: o todo é maior que a soma de suas partes diz a fórmula transformada em clichê. Mas as condições a partir das quais os epicuristas pensam a natureza não lhes permite fazê-lo corresponder a uma instância que unifica e responde pela diversidade: ele segue como uma soma de partes, mas a infinidade dos elementos impede que uma tal soma se totalize. A unificação totalizadora metafísica, e também lógica é substituída pelo atomismo, pela fragmentação. [...] Porque não há unificação, também não há discurso apto a unificar. A canônica geral, como lógica que reproduzisse a ordem do Ser, é impossível, porque não há Ser (a totalidade não tem status de Ser) mas seres elementares As formas dos corpos elementares Vimos que para os fundadores do atomismo, a determinação das formas possíveis dos átomos resta condicionada ao princípio de indiferença, ou lei de isonomia determinada pelo pressuposto de correspondência entre o ser e o pensamento, garantia que confere às formas pensáveis igual direito à existência. Esta discussão marca um novo distanciamento dos epicuristas em relação aos fundadores do atomismo: o problema das formas dos átomos é pensado tendo em 34 Cf. Duvernoy, O epicurismo e sua tradição antiga, pág Duernoy, J. F. O epicurismo e sua tradição antiga., pág

17 vista oferecer a resposta mais justa em relação àquilo que a realidade empírica permite determinar. As formas dos átomos, ainda que inumeráveis, devem variar de maneira finita 36. A necessidade de se reconhecer limites à variação da forma dos átomos advém da constatação de duas evidências: a) os átomos são imperceptíveis; assim, é preciso recusar que as formas dos átomos variem infinitamente já que uma variação infinita de formas abriria o precedente para a existência de átomos de quaisquer tamanhos, incluindo aqueles que pudessem ser percebidos pelos sentidos; b) de outra parte, se as formas dos átomos variassem segundo uma ordem infinita, as sensações, de modo análogo, teriam de variar infinitamente, o que significaria que a própria possibilidade de se perceber algo seria da ordem do impossível 37. A equação entre o que pertence à ordem do infinito e aquilo que pertence ao campo do limite permite aos epicuristas estabelecem uma primeira imagem da natureza. São infinitos o vazio e o número de átomos. Quanto às formas, a variação tem de estar necessariamente restrita a um número finito. Finitas são as possibilidades de composição, a variação das sensações, a produção de formas e seres, sejam eles inanimados ou vivos. Infinita é a fluidez da natureza em seu trabalho constante de atualização das formas visíveis. Sem a potência infinita de matéria em movimento a natureza não seria nem ao menos pensável. Sem o limite das formas a própria idéia de forma e, com ela, a natureza seria impensável. Antecipamos aqui que pensável e perceptível fazem um. A natureza pensada, ou pensável, não pode ser outra senão aquela percebida, ou perceptível. O que é a natureza, em primeira análise? Um conjunto finito de formas viáveis que vem-a-ser em fluxo perpétuo. Assim, uma vez estabelecidos os princípios dos elementos constituintes do universo, cabe imediatamente uma pergunta: quais forças presidem esses elementos nos processos de gênese e corrupção dos vários corpos? 36 De rerum natura II, Confrontar com Epicuro, Carta a Heródoto, De rerum natura II,

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