UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM CENTRO DE TECNOLOGIA CT GRUPO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA E CONTROLE - GEPOC SEPOC 2010

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM CENTRO DE TECNOLOGIA CT GRUPO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA E CONTROLE - GEPOC SEPOC 2010"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA UFSM CENTRO DE TECNOLOGIA CT GRUPO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA E CONTROLE GEPOC SEPOC 21 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA APRESENTADOR: MATHEUS IENSEN DESCONZI, ENG. ORIENTADOR: PROF. HÉLIO LEÃES HEY, DR. ENG. COORIENTADOR: PROF. CASSIANO RECH, DR. ENG COLABORADOR: FABRÍCIO EMMANUEL CAZAKEVICIUS Santa Maria, Agosto de 21.

2 SEMINÁRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA E CONTROLE SEPOC 21 2 Conteúdo Panorama energético mundial; O efeito fotovoltaico; Características operacionais de módulos fotovoltaicos; Sistemas fotovoltaicos; Estudo do rastreamento do ponto de máxima potência; Protótipo implementado. Panorama energético mundial O crescente aumento no desenvolvimento do setor industrial mundial e a utilização de equipamentos eletroeletrônicos nas mais diversas atividades desenvolvidas pelo homem, fez com que a demanda por energia elétrica sofresse aumentos exponenciais nas últimas décadas. A exemplo do exposto, a Figura 1 apresenta o crescimento da demanda energética, com uma projeção para os próximos anos, até 23 [1]. 15 * x1 BTU Crescimento médio de 1,2% ao ano entre 25 e *1 BTU =,293 kwh Figura 1 Demanda energética mundial [1]. Para suprir esta crescente demanda, muito tem se discutido a respeito da matriz energética mundial e o que esta representa no contexto ambiental. A Figura 2 apresenta o gráfico, com dados referentes ao ano de 27, da distribuição percentual das principais fontes primárias de energia que suprem a demanda energética mundial [2]. Observase que aproximadamente 13% desta energia é provida por fontes renováveis. Observase também que a maior parte da energia mundial é obtida através de fontes não renováveis, como o petróleo (34%) e o carvão (26,5%). A utilização de fontes não renováveis derivadas do petróleo apresenta um impacto ambiental bastante negativo. A emissão de gases tóxicos na atmosfera, resultantes da queima do petróleo, provocam o aquecimento global, afetando o clima e o ecossistema de uma forma geral, podendo resultar em conseqüências catastróficas em longo prazo. A preocupação da sociedade com estes problemas ambientais e a escassez de combustíveis fósseis fez com que governantes desenvolvessem medidas para tentar barrar o aumento indiscriminado do uso de combustíveis fosseis poluentes, reduzir a emissão de gases que provocam o efeito estufa, principal causa do aquecimento global, e incentivar o uso de fontes alternativas renováveis. Um exemplo é o protocolo de Kyoto, que propõe um calendário pelo qual os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a quantidade de gases poluentes em, pelo menos, 5,2% até 212, em relação aos níveis de 199.

3 SEMINÁRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA E CONTROLE SEPOC 21 3 Petróleo Carvão/Turfa Gás Biomassa Nuclear Hidro 34% 26,5% 2,9% 9,8% 5,9% 2,2%,7% Outros* * Inclui geotérmica, solar, eólica e marés. Figura 2 Matriz energética mundial [2]. Além disso, há um grande esforço da comunidade científica na busca de formas alternativas e ecologicamente corretas para resolver o problema da falta de energia elétrica mundial [3]. A energia solar fotovoltaica além de ser uma das fontes primárias menos poluentes, também se destaca por ser uma fonte silenciosa, modular, necessitar de baixa manutenção, possuir curtos prazos de instalação e operação [3], [4], provocar baixo impacto na fauna e flora local. Ainda, esta pode ser facilmente integrada às construções, gerando eletricidade localmente, sem a necessidade de linhas de transmissão que acarretam perdas e alto impacto ambiental. Entretanto, os altos custos dos sistemas fotovoltaicos sempre foram uma barreira para a disseminação desta tecnologia. Até a década de 7 sua utilização era restrita a aplicações muito específicas, como por exemplo, em satélites espaciais [4] onde altos orçamentos eram empregados. Porém, com a crise do petróleo na década de 7 a energia fotovoltaica recebeu grandes investimentos [3], [4], tanto do setor público, através de programas de incentivos governamentais, como de empresas privadas, que vislumbraram na energia solar fotovoltaica um grande nicho para investimentos. Como conseqüência desta política de investimentos na pesquisa e no desenvolvimento dos painéis fotovoltaicos, a sua produção mundial e a sua utilização cresceu expressivamente, fazendo com que os custos da geração fotovoltaica de energia elétrica apresentassem um decréscimo significativo. Na Figura 3 são observados os custos da energia solar fotovoltaica em comparação aos custos da energia disponível na rede de distribuição atual em momentos de alta e baixa demanda [5]. Observase, portanto, que a partir de 22 os custos da energia solar fotovoltaica serão competitivos com as taxas atuais. Até o presente momento os sistemas fotovoltaicos são amplamente empregados em alguns países que desenvolveram os incentivos fiscais. Estes incentivos, também chamados de tarifaprêmio, são uma maneira de impulsionar a utilização desta tecnologia por parte da população em geral. O princípio básico das políticas de apoio implantadas por cada governo propõe que o indivíduo que conectar seu sistema fotovoltaico (residencial, por exemplo) a rede poderá vender energia elétrica para a rede de distribuição [5], de acordo com a tarifa estipulada pelo programa. A Alemanha, Espanha, Estados Unidos e Japão compõem um grupo que lidera a produção de energia solar fotovoltaica, representando cerca de 9% de toda potência fotovoltaica instalada no mundo, que ao final de 28 chegou a 15GW.[6] O desenvolvimento desta tecnologia nestes países (cada vez mais crescente) deuse em grande parte devido às leis de incentivos citadas anteriormente.

4 SEMINÁRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA E CONTROLE SEPOC ,,8,6,4 /kwh 9 h/a*,44 /kwh 18 h/a*,22 /kwh Fotovoltaica Rede pico de demanda Rede baixa demanda, *h/a: horas de sol por ano 9h/a corresponde a países ao norte da Europa 18h/a corresponde a países ao sul da Europa Fonte: EPIA, 28. Figura 3 Custos da energia solar fotovoltaica e da energia consumida atualmente ao longo dos anos [5]. O Brasil conta com um potencial fotovoltaico instalado de 2MW [7]. Porém o emprego desta tecnologia é predominantemente em sistemas autônomos; para aplicações em telecomunicações, eletrificação rural e para alimentação de bombas d água. Os sistemas conectados a rede são raros, sendo a maior parte para fornecimento de energia a prédios e laboratórios, para estudos de comportamento deste sistema. Como por exemplo, o sistema conectado a rede de 16kW instalado no CEPEL em 22 [8]. Este sistema supre parte do consumo energético do edifício. A implantação de sistemas conectados a rede no Brasil é barrada por não haver uma legislação que permita esta execução. Até o presente momento, há apenas um projeto de lei em discussão. O Programa de Incentivo as Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA) foi um exemplo da tentativa do governo em incentivar a produção de energia elétrica através de fontes alternativas. No entanto, após uma revisão deste programa, os sistemas a serem implementados deveriam atender um índice mínimo de nacionalização de serviços e equipamentos, e, ainda, a energia solar fotovoltaica não estava contemplada pelo programa [9]. Embora o pequeno avanço com esta tecnologia, o potencial brasileiro de produção de energia solar fotovoltaica é muito vasto. A Tabela 1 compara o potencial disponível e o instalado no Brasil, na Alemanha e na Espanha. Observase, portanto, a potencialidade pouco aproveitada no país. Tabela 1 Capacidade solar fotovoltaica instalada e potencial disponível na Alemanha, Espanha e Brasil [7]. Alemanha Espanha Brasil Capacidade instalada (MW) ,145* Potencial (kw h/m² ano) Fonte: Zilles, 28 *Sistemas conectados a rede.

5 SEMINÁRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA E CONTROLE SEPOC 21 5 O efeito fotovoltaico O aproveitamento da energia gerada pelo Sol, inesgotável na escala terrestre de tempo, tanto como fonte de calor quanto de luz, é hoje, sem sombra de dúvidas, uma das alternativas energéticas mais promissoras para se enfrentar os desafios do novo milênio [1], [11]. A Energia Solar Fotovoltaica é a energia obtida através da conversão direta da luz em eletricidade. O dispositivo base para a conversão da luz em energia elétrica é a célula fotovoltaica que, através do efeito fotovoltaico, converte diretamente energia solar em elétrica [11]. O efeito fotovoltaico definido por Edmond Becquerel, em 1839, é o aparecimento de uma diferença de potencial, produzida pela absorção da luz, nos extremos de uma estrutura de material semicondutor [1]. As células fotovoltaicas são constituídas por um material semicondutor ao qual são adicionadas substâncias, ditas dopantes, de modo a criar um meio adequado para o estabelecimento do efeito fotovoltaico, isto é, conversão direta da potência associada à radiação solar em potência elétrica. Se em um pedaço de silício puro, material mais utilizado para a construção de células fotovoltaicas, forem introduzidos átomos de boro em uma metade e de fósforo na outra, será formado o que se chama de junção pn, Figura 4. Nesta junção, elétrons livres do lado n passam para o lado p até ocorrer um equilíbrio de cargas, fazendo assim, com que o lado p se torne negativamente carregado e o lado n eletricamente positivo. p n a) Silício com boro E E Silício com fósforo b) x Figura 4 Junção pn. Se uma junção pn for exposta à radiação solar onde os fótons possuam energia maior que o gap, próximo de 1eV (elétronvolt), ocorrerá a geração de pares elétronlacuna. Se isto acontecer na região onde o campo elétrico é diferente de zero, Figura 4, as cargas elétricas serão aceleradas, gerando uma corrente através da junção pn, dando origem a uma diferença de potencial. Se as duas extremidades do "pedaço" de silício forem conectadas por um fio, haverá uma circulação de corrente elétrica [11]. Modelo elétrico da célula fotovoltaica Uma célula fotovoltaica, fabricada a partir do silício e dopada com impurezas do tipo p e do tipo n, tem o princípio de funcionamento e as propriedades elétricas semelhantes a de um diodo comum, também de silício e do ponto de vista elétrico pode ser representada através de um circuito elétrico equivalente [11]. O diagrama equivalente e a curva característica de funcionamento de uma célula fotovoltaica não iluminada são representados, nesta situação, por um diodo e sua curva característica, Figura 5 [11].

6 SEMINÁRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA E CONTROLE SEPOC 21 6 Para uma célula solar monocristalina, a tensão limiar de condução é de aproximadamente,5v e a tensão de bloqueio de 125V (dependendo da qualidade e do material da célula). i(t) I II I v(t) 2 V,5 V V Figura 5 Diagrama do circuito elétrico equivalente e curva característica da célula sem radiação solar. Quando a luz incide na célula solar, gerando o efeito fotovoltaico, o circuito equivalente que representa a célula fotovoltaica é formado por uma fonte de corrente em paralelo com um diodo, Figura 6 [11]. A fonte de corrente produz uma corrente fotoelétrica I PV proporcional a radiação solar incidente. Nesta situação, a curva característica da célula fotovoltaica é representada pela curva no terceiro e quarto quadrante de um diodo. Esta curva é desviada pela magnitude da corrente gerada na direção da polarização inversa, Figura 6. I i(t) II III I IV 2 V,5 V V v(t) I PV III IV Figura 6 Diagrama do circuito elétrico equivalente e curva característica da célula irradiada. Na literatura técnica é encontrada com freqüência apenas a parte da curva de corrente e de tensão na qual a célula fotovoltaica produz corrente, quarto quadrante da curva característica na Figura 6. Nesta representação comercial, para facilitar a visualização dos pontos de operação da célula, a curva do quarto quadrante é refletida segundo o eixo da tensão e é então denominada curva característica da célula fotovoltaica, Figura ,1,2,3,4,5,6,7 Tensão (V) Figura 7 Curva característica de uma célula fotovoltaica. O circuito equivalente da célula fotovoltaica apresentada na Figura 5 e na Figura 6 é denominado circuito equivalente simplificado. Outro circuito comumente utilizado para representar com mais precisão o funcionamento de uma célula fotovoltaica é o apresentado na Figura 8 [11], que adiciona uma resistência em série e outra em paralelo ao circuito simplificado, representando a queda de tensão, quando os portadores de carga migram do semicondutor para os contatos elétricos, e a corrente de fuga inversa do diodo, respectivamente.

7 SEMINÁRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA E CONTROLE SEPOC 21 7 R sm i(t) R pm Z v(t) Figura 8 Circuito equivalente detalhado de uma célula fotovoltaica alimentando uma carga Z. Características operacionais de módulos fotovoltaicos A curva característica corrente versus tensão para um painel nas condições padrão de testes dos painéis fotovoltaicos, definida para uma radiação de 1W/m 2 e temperatura de 25ºC na célula, é apresentada na Figura 9. 6 Caracteristicas I x V 5 4 Icc Imax Ponto de Máxima Potência Corrente (A) Vmax Vca Tensao (V) Figura 9 Curva característica IxV de um painel fotovoltaico. Três pontos de operação do módulo fotovoltaico merecem atenção particular: a) Corrente de Curto Circuito (I SC ): é o valor máximo da corrente de carga, igual, portanto, à corrente gerada por efeito fotovoltaico. O seu valor é uma característica da célula, sendo um dado fornecido pelo fabricante para determinadas condições de radiação incidente e temperatura. b) Tensão de Circuito Aberto (V OC ): é o máximo valor da tensão nos terminais do módulo fotovoltaico, quando nenhuma carga está conectada a ele. O seu valor é fornecido pelo fabricante para determinadas condições de radiação incidente e temperatura. c) Ponto de Máxima Potência (MPP): Para cada ponto na curva IxV, o produto corrente vs. tensão representa a potência gerada para aquela condição de operação. Em um módulo fotovoltaico, para uma dada condição climática, só existe um ponto na curva IxV onde a potência máxima pode ser alcançada. Este ponto corresponde ao produto da tensão de potência máxima e corrente de potência máxima. Influência das condições meteorológicas As características elétricas de uma célula fotovoltaica e, portanto, de um painel fotovoltaico, são influenciadas diretamente por dois fatores climáticos: intensidade da radiação solar e temperatura das células.

8 SEMINÁRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA E CONTROLE SEPOC 21 8 Radiação solar Com a variação da intensidade da radiação solar incidente em um painel fotovoltaico ocorre uma variação proporcional na corrente gerada por este painel, Figura 1 a). A tensão de circuito aberto (V OC ) sofre poucas alterações com a variação da intensidade luminosa, exceto para os casos quando a radiação solar é muito baixa e V OC decresce rapidamente até zero, nas condições de escuridão. Temperatura Ao contrário do caso anterior, a corrente gerada pelo módulo fotovoltaico apresenta poucas variações com a alteração da temperatura da célula fotovoltaica. Porém, com o aumento da temperatura da célula, a tensão de circuito aberto do módulo fotovoltaico apresenta uma diminuição em seus valores. A Figura 1 b) apresenta as curvas características de um módulo fotovoltaico sob intensidade de radiação solar constante (1W/m 2 ) a diferentes temperaturas. 5 Característica I x V 5 Característica I x V ºC ºC Corrente (A) Corrente (A) ºC Tensão (V) a) b) Figura 1 Efeitos da variação da a) radiação solar e b) temperatura na curva IxV de um painel fotovoltaico. Na Figura 11 é apresentada a curva característica P vs V e o deslocamento do ponto de máxima potência para a variação da temperatura, considerando a radiação solar constante a 1W/m Ponto de Máxima Potência Curva Potência x Tensão Tensão (V) 7 6 Potência (W) Tensão (V) Figura 11 Curva característica P vs V para variação de temperatura e radiação solar.

9 SEMINÁRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA E CONTROLE SEPOC 21 9 Sistemas fotovoltaicos Os sistemas fotovoltaicos podem ser divididos em três principais categorias, apresentadas a seguir [11]: Sistemas conectados à rede (Grid Connection) Estes sistemas geralmente utilizam um número elevado de painéis fotovoltaicos, e não utilizam armazenamento de energia, pois toda a geração é entregue diretamente à rede. Representa uma fonte complementar ao sistema elétrico de grande porte ao qual esta conectada. O arranjo de painéis fotovoltaicos é conectado diretamente a inversores e logo em seguida à na rede elétrica. Estes sistemas exigem certa complexidade no projeto dos inversores, uma vez que devem satisfazer as exigências de qualidade e segurança para que a rede não seja afetada. Sistemas híbridos (Hybrid System) Os sistemas híbridos apresentam mais de uma fonte de geração de energia como, por exemplo: turbinas eólicas, geração diesel, células de combustível, módulos fotovoltaicos entre outras. Com a utilização de várias formas de geração de energia elétrica o tamanho do arranjo fotovoltaico pode ser reduzido, juntamente com a capacidade do banco de baterias, pois a outra forma de geração (ou outras) garante o fornecimento de energia elétrica para a carga durante a noite ou em períodos de pouca insolação. Sistemas isolados (Stand Alone) Nesta configuração a carga é suprida apenas pelos painéis fotovoltaicos. É comumente empregada em situações em que a extensão da rede elétrica ou o emprego de outra forma de geração de energia se torna muito oneroso. Como visto na literatura técnica, (em [12], [13]) para pequenas localidades distantes mais de 3km da rede convencional de energia elétrica, a geração através de painéis fotovoltaicos é a opção mais vantajosa. Topologias de sistemas fotovoltaicos Uma outra classificação que é realizada nos sistemas fotovoltaicos é de acordo com o configuração (disposição) do(s) arranjo(s) de painéis fotovoltaicos e estágios de conversão que compõem o sistema de geração de energia elétrica. Esta classificação pode ser representada basicamente por quatro famílias topológicas [11]: Inversor central (Central Inverter), String Inverters, Multistring Inverters e Módulo CA (AC Module), apresentadas na Figura 12. Inversor central Foi o primeiro arranjo topológico a ser utilizado em sistemas fotovoltaicos, e continua até hoje sendo utilizada em grande escala. Esta configuração se caracteriza por possuir apenas um único inversor, responsável pela inversão da corrente. Todos os painéis do sistema são ligados em série, criando uma fonte de tensão elevada e, posteriormente ligada via conexão ao inversor. Esta topologia possui como grande desvantagem a utilização de apenas um sistema de busca do ponto de máxima potência (MPPT). Isto resulta em baixa eficiência em sistemas de grande potência, onde a área utilizada pelos painéis fotovoltaicos é elevada e o sombreamento de alguns painéis pode influenciar na eficiência do sistema como um todo.

10 SEMINÁRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA E CONTROLE SEPOC 21 1 String inverters A topologia string inverters é muito semelhante ao inversor central, porém, a diferença fundamental é a inserção de um inversor para cada string. Com o aumento do número de conversores, o rendimento é penalizado e o custo tornase mais elevado. No entanto, esta modificação possibilita o rastreamento do ponto de máxima potência em cada string, otimizando o rendimento de cada painel. Multistring inverters Esta topologia apresenta conversores de baixa potência diretamente conectados a pequenos arranjos de painéis fotovoltaicos. Estes conversores são conectados em série e posteriormente ligados a um único inversor. Cada arranjo possui seu próprio sistema de busca do ponto de máxima potência (MPPT), maximizando a energia entregue a carga e possibilitando a instalação dos painéis fotovoltaicos em diferentes orientações, facilitando a sua instalação em fachada de prédios. Como os conversores são de baixa potência, semicondutores de baixa potência largamente utilizados na indústria podem ser aplicados, reduzindo os custos das chaves. Módulo CA Nesta topologia o sistema é conectado diretamente a apenas um painel fotovoltaico ou a um pequeno grupo de painéis, formando um arranjo de até 5W. Posteriormente todos os inversores são ligados em paralelo e colocados junto à carga/rede. A baixa tensão de entrada do sistema exige a utilização de um transformador ou conversor elevador para o ajuste da tensão de saída de acordo com as exigências da carga, elevando os custos do sistema. A vantagem desta topologia em relação a sua precursora é a possibilidade de utilização de um sistema MPPT para cada painel ou pequeno grupo de painéis fotovoltaicos, maximizando a potência entregue à carga. Esta padronização do sistema leva também a uma redução dos custos do sistema, pois os conversores podem ser produzidos em larga escala. Inversor central String Inverters Multistring Inverters Módulo CA PV PV string 1 string 2 PV string n PV string 1 PV string 2 PV PV string 1 string PV string n... PV module 1 PV module 2 PV module n CA CA CA CA CA CA CA Barramento da rede de distribuição Figura 12 Principais topologias de sistemas fotovoltaicos.

11 SEMINÁRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA E CONTROLE SEPOC Estudo do rastreamento do ponto de máxima potência A baixa eficiência de conversão das células solares e o alto custo de instalação são os maiores obstáculos da geração de energia elétrica através de painéis fotovoltaicos. Com vistas a isto, é de fundamental importância extrair a máxima potência gerada pelos painéis fotovoltaicos para, desta forma, aumentar a eficiência do sistema e reduzir os custos da energia gerada. Para que este aproveitamento ocorra, fazse necessário garantir que o sistema opere o maior tempo possível sobre o ponto de máxima potência. Porém, como visto anteriormente, devido às características dos painéis fotovoltaicos este ponto é variável e fortemente dependente da temperatura e radiação solar incidente. Para garantir o funcionamento do sistema sobre o ponto de máxima potência, mesmo com variações meteorológicas, a utilização de uma técnica que busque continuamente o ponto de máxima potência deve ser utilizada. Assim, é possível gerar mais energia com o mesmo número de painéis, podendose obter um incremento na geração da ordem de 15 a 3 %. Nas últimas décadas, diversos métodos para busca do ponto de máxima potência foram desenvolvidos. Os métodos online de busca do ponto de máxima potência podem ser classificados como: Tensão Constante (CV), Perturbação e Observação (P&O) e Condutância Incremental (IncCond). Estas técnicas são diferenciadas pela forma com que o ponto de máxima potência é rastreado, resultando em diferenças significativas no aproveitamento da energia gerada pelos painéis fotovoltaicos. Para a implementação destas técnicas são empregados conversores estáticos, tais como buck, boost e buckboost. Atuando através da razão cíclica, a operação destes conversores irá determinar o ponto de operação dos painéis de modo a extrair a máxima potência. Abaixo (Figura 13 a)) é mostrada uma simulação de um sistema composto por um painel fotovoltaico e um conversor elevador boost. O painel fotovoltaico é representado pelo circuito equivalente mostrado nas seções anteriores, com potência máxima de 8 W, a uma radiação de 1 W/m² e a 25 C. O rastreador do ponto de máxima potência (MPPT Maximum Power Point Tracker) escolhido para esta simulação foi o P&O. Para empregar esta técnica, é necessário ter medidas anteriores e atuais da potência gerada pelo painel PV e da razão cíclica do conversor. A partir de uma lógica simples, o algoritmo incrementa ou decrementa a razão cíclica até que seja drenada a máxima potência do painel PV. A Figura 13 b) apresenta o comportamento da potência gerada pelo painel fotovoltaico ao longo do tempo. Observase inicialmente um transitório devido às dinâmicas do conversor estático, e posteriormente notase que a potência gerada ainda não corresponde aos 8 W do painel PV. Após as primeiras leituras, o MPPT incrementa a razão cíclica, que no início do rastreamento é prédefinida 5%. À medida que o MPPT atua, a potência gerada cresce até convergir para os 8 W do painel PV. A Figura 13 c) mostra como a razão cíclica é modificada pelo MPPT empregado.

12 SEMINÁRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA E CONTROLE SEPOC P PV (W) a) 1,5,1,15,2,25,3,35,4,45,5 Tempo (s) Razão Cíclica (%) 3 b) ,5,1,15,2,25,3,35,4,45,5 Tempo (s) c) Figura 13 a) Simulação de um painel fotovoltaico empregando o rastreamento do ponto de máxima potência, b) potência gerada pelo painel e c) variação da razão cíclica dada pelo MPPT.

13 SEMINÁRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA E CONTROLE SEPOC Protótipo implementado Com o objetivo de tornar mais didática a técnica de rastreamento do ponto de máxima potência, o Grupo de Eletrônica de Potência e Controle (GEPOC) desenvolveu um protótipo utilizando iluminação artificial, um painel fotovoltaico e um conversor boost. A iluminação artificial é fornecida através de um painel de lâmpadas incandescentes, excitando o painel fotovoltaico, que por sua vez gera energia elétrica (Figura 14). Painel Fotovoltaico Lâmpadas Suportes Figura 14 Estrutura do protótipo implementado. O conversor boost conectado ao painel fotovoltaico é responsável por rastrear o ponto de máxima potência. De maneira interativa, o usuário poderá rastrear o MPP alterando a razão cíclica do conversor boost através de um potenciômetro, e, ao mesmo tempo, visualizar a potência gerada. Para realizar estas tarefas foi utilizado um microcontrolador e um display LCD (Figura 15). Painel Fotovoltaico Boost Carga drive gate V PV I PV µc display P(W),5 1 Razão cíclica Figura 15 Esquema do circuito de sensoriamento e controle do protótipo implementado.

14 SEMINÁRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA E CONTROLE SEPOC Referências Bibliográficas [1] EXXON MOBIL CORPORATION, Outlook for Energy: A View to [2] INTERNATIONAL ENERGY AGENCY (IEA), Key World Energy Statistics [3] D. C. Martins, Conversores Estáticos de Potência Utilizados no Processamento da Energia Solar Fotovoltaica, in Conferência Internacional de Aplicações Industriais, vol 2, 2, pp [4] M. S. C. Dias, Energia Solar Fotovoltaica para Linhas de Transmissão, in XV Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica, [5] EUROPEAN PHOTOVOLTAIC INDUSTRY ASSOCIATION (EPIA), Solar Generation V [6] EUROPEAN PHOTOVOLTAIC INDUSTRY ASSOCIATION (EPIA), Global Market Outlook for Photovoltaics until [7] R. Zilles, Geração Distribuída com Sistemas Fotovoltaicos, in 1ª Reunião do Grupo de Trabalho GTGDSF, 15 Dezembro, 28. [8] M. A. Galdino, Maior sistema fotovoltaico do País conectado à rede é instalado no CEPEL, CRESESB Informe, Rio de Janeiro, ano 8, n. 8, p. 3, 23. [9] F. K. O. M. Varella, Estimativa do Índice de Nacionalização dos Sistemas Fotovoltaicos no Brasil, in Comissão de PósGraduação em Engenharia Mecânica. Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, p. (Tese de Doutorado). [1] A. P. C. Guimarães, C. M. Ribeiro, L. E. G. Bastos, L. C. G. Valente, P. C. d. Silva, R. X. d. Oliveira, Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos, CEPEL CRESESB, Rio de Janeiro 24. [11] J. Imhoff, Desenvolvimento de Conversores Estáticos para Sistemas Fotovoltaicos Autônomos, in Programa de PósGraduação em Engenharia Elétrica (PPGEE), Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, p. (Dissertação de Mestrado). [12] G. F. Rodrigues, J. Imhoff, H. Tomas, H. L. Hey, Análise Comparativa entre os Custos de Extensão da Rede Elétrica e Instalação de Sistemas Fotovoltaicos para Localidades Isoladas, in XIX CRICTE, 24. [13] M. R. Patel, Wind and Solar Power Systems, 1ª ed. New York: CRC Press, 1999.

FICHA TÉCNICA Energia Solar Painéis Fotovoltaicos

FICHA TÉCNICA Energia Solar Painéis Fotovoltaicos FICHA TÉCNICA Energia Solar Painéis Fotovoltaicos Nº Pág.s: 6 nº 04 20. Novembro. 2006 Painéis Fotovoltaicos 01 Uma das tecnologias renováveis mais promissoras e recentes de geração de energia eléctrica

Leia mais

Condicionamento da Energia Solar Fotovoltaica para Sistemas Interligados à Rede Elétrica

Condicionamento da Energia Solar Fotovoltaica para Sistemas Interligados à Rede Elétrica Condicionamento da Energia Solar Fotovoltaica para Sistemas Interligados à Rede Elétrica Autor: Pedro Machado de Almeida O aproveitamento da energia gerada pelo sol, considerada inesgotável na escala de

Leia mais

Energia Solar Fotovoltaica

Energia Solar Fotovoltaica Universidade Federal de Santa Catarina Instituto de Eletrônica de Potência Energia Solar Fotovoltaica Prof. Denizar Cruz Martins, Dr. Tecnologia Fotovoltaica Revisão Histórica 1839 Placas metálicas mergulhadas

Leia mais

DIMENSIONAMENTO DE UMA UNIDADE EXPERIMENTAL DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO ISOLADO

DIMENSIONAMENTO DE UMA UNIDADE EXPERIMENTAL DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO ISOLADO DIMENSIONAMENTO DE UMA UNIDADE EXPERIMENTAL DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO ISOLADO Whelton Brito dos SANTOS 1, Carlos Antônio Pereira de LIMA 2 1 Aluno do Curso de Eng. Sanitária e Ambiental, Departamento

Leia mais

Energia Solar Fotovoltaica: Oportunidades e Desafios

Energia Solar Fotovoltaica: Oportunidades e Desafios Energia Solar Fotovoltaica: Oportunidades e Desafios Prof. Dr. Luciano Schuch Schuch.prof@gmail.com Sumário Potencial energético Previsões Sistemas fotovoltaicos Cenário Nacional Legislação ANEEL Projeto

Leia mais

WEG Depto Negócios em Energia Solar. Eng. Casiano Rodrigo Lehmert (47) 3276 4707 casianorl@weg.net

WEG Depto Negócios em Energia Solar. Eng. Casiano Rodrigo Lehmert (47) 3276 4707 casianorl@weg.net WEG Depto Negócios em Energia Solar Eng. Casiano Rodrigo Lehmert (47) 3276 4707 casianorl@weg.net Autoprodução Solar: Vale a pena? Visão mundial Visão Brasil Evolução Mercado Energia Solar Europa Potencial

Leia mais

Disciplina: Fontes Alternativas de Energia

Disciplina: Fontes Alternativas de Energia Disciplina: Fontes Alternativas de Parte 1 Fontes Renováveis de 1 Cronograma 1. Fontes renováveis 2. Fontes limpas 3. Fontes alternativas de energia 4. Exemplos de fontes renováveis 1. hidrelétrica 2.

Leia mais

CONCEITOS INICIAIS PARA DIMENSIONAMENTO SISTEMA FOTOVOLTAICO EM RESIDÊNCIAS

CONCEITOS INICIAIS PARA DIMENSIONAMENTO SISTEMA FOTOVOLTAICO EM RESIDÊNCIAS CONCEITOS INICIAIS PARA DIMENSIONAMENTO SISTEMA FOTOVOLTAICO EM RESIDÊNCIAS Introdução a Engenharia Professores: Márcio Zamboti Fortes e Vitor Hugo Ferreira (UFF) Bruno Henriques Dias e Flávio Gomes (UFJF)

Leia mais

Diodos. TE214 Fundamentos da Eletrônica Engenharia Elétrica

Diodos. TE214 Fundamentos da Eletrônica Engenharia Elétrica Diodos TE214 Fundamentos da Eletrônica Engenharia Elétrica Sumário Circuitos Retificadores Circuitos Limitadores e Grampeadores Operação Física dos Diodos Circuitos Retificadores O diodo retificador converte

Leia mais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais LEI DE OHM Conceitos fundamentais Ao adquirir energia cinética suficiente, um elétron se transforma em um elétron livre e se desloca até colidir com um átomo. Com a colisão, ele perde parte ou toda energia

Leia mais

Geração de energia elétrica

Geração de energia elétrica Geração de energia elétrica Capítulo 4 Sistemas solares para geração de eletricidade Lineu Belico dos Reis Os sistemas baseados no uso da energia transmitida à Terra pelo Sol para geração de eletricidade

Leia mais

RESULTADOS PARCIAIS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE CONVERSOR CC-CC PARA APLICAÇÃO EM PAINÉIS FOTOVOLTAICOS

RESULTADOS PARCIAIS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE CONVERSOR CC-CC PARA APLICAÇÃO EM PAINÉIS FOTOVOLTAICOS RESULTADOS PARCIAIS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE CONVERSOR CC-CC PARA APLICAÇÃO EM PAINÉIS FOTOVOLTAICOS Autores: Felipe JUNG, Tiago DEQUIGIOVANI, Jessé de PELEGRIN, Marcos FIORIN Identificação autores:

Leia mais

Os combustíveis fósseis e as energias alternativas

Os combustíveis fósseis e as energias alternativas Os combustíveis fósseis e as energias alternativas O que são combustíveis fósseis: Os combustíveis fósseis são compostos por hidrocarbonetos e são usados por exemplo como combustível. São alguns exemplos

Leia mais

Atividade experimental Gerando energia elétrica com a luz do Sol

Atividade experimental Gerando energia elétrica com a luz do Sol Atividade experimental Gerando energia elétrica com a luz do Sol É impossível imaginar o mundo atual sem energia elétrica. Pense em todas as atividades que você realiza em um dia na sua casa; em várias

Leia mais

ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil. EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates

ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil. EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1 2 Qual o padrão atual da oferta de eletricidade no Brasil? Qual o padrão

Leia mais

Geração Elétrica Total. Cenário de Referência (2007)

Geração Elétrica Total. Cenário de Referência (2007) Geração Elétrica Total Cenário de Referência (2007) Greenpeace Brasil Somos uma organização global e independente que atua para defender o meio ambiente e promover a paz, inspirando as pessoas a mudarem

Leia mais

Energia solar Fotovoltaica e as iniciativas para uma nova indústria nacional

Energia solar Fotovoltaica e as iniciativas para uma nova indústria nacional Workshop Embaixada Verde - Uma contribuição original ao debate sobre energias renováveis no Brasil Brasília 09/02/2011 Energia solar Fotovoltaica e as iniciativas para uma nova indústria nacional Prof.

Leia mais

Universidade Eduardo Mondlane FACULDADE DE ENGENHARIA Departamento de Engª Mecânica

Universidade Eduardo Mondlane FACULDADE DE ENGENHARIA Departamento de Engª Mecânica Universidade Eduardo Mondlane FACULDADE DE ENGENHARIA Departamento de Engª Mecânica Tema: Dimensionamento de uma instalação combinada de energia solar e eólica Autor: Quintino, Bernardo Supervisor: Dr.

Leia mais

ENERGIA RENOVÁVEIS & EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

ENERGIA RENOVÁVEIS & EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ENERGIA RENOVÁVEIS & EFICIÊNCIA ENERGÉTICA SUPERINTENDÊNCIA DE PROJETOS DE GERAÇÃO (SPG) CHESF 1 TEMAS ABORDADOS PERFIL DA CHESF MATRIZ ENERGÉTICA FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS & NUCLEAR ASPECTOS ECONÔMICOS

Leia mais

Apresentação CEI. Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica

Apresentação CEI. Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica Apresentação CEI Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica A CEI é produtora independente de energia em MG, com 9 usinas em operação, 15 empreendimentos hidrelétricos em desenvolvimento (130MW) e

Leia mais

Energias Renováveis Tecnologias Integradas com o Sistema Nacional

Energias Renováveis Tecnologias Integradas com o Sistema Nacional Energias Renováveis Tecnologias Integradas com o Sistema Nacional Fimai/Simai/ Câmara Ítalo - Brasileira Elaborada por: Eng. Marcio Takata Novembro/ 2010 Contexto Fonte: Apresentação Solvis Energia - Tendências

Leia mais

ECONOMIZAR DINHEIRO USANDO ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA.

ECONOMIZAR DINHEIRO USANDO ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA. ECONOMIZAR DINHEIRO USANDO ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA. 1 Quase todas as fontes de energia hidráulica, biomassa, eólica, combustíveis fósseis e energia dos oceanos são formas indiretas de energia solar.

Leia mais

Relativamente ao tipo de inversor utilizado, estes sistemas, Figura 1, podem ser classificados em quatro grupos:

Relativamente ao tipo de inversor utilizado, estes sistemas, Figura 1, podem ser classificados em quatro grupos: Artigo Técnico: Análise de configurações de Sistemas Híbridos Fotovoltaicos. O progressivo aumento da factura de electricidade e dos combustíveis colocou novamente na actualidade o uso de Sistemas Fotovoltaicos

Leia mais

Eletrônica Diodo 01 CIN-UPPE

Eletrônica Diodo 01 CIN-UPPE Eletrônica Diodo 01 CIN-UPPE Diodo A natureza de uma junção p-n é que a corrente elétrica será conduzida em apenas uma direção (direção direta) no sentido da seta e não na direção contrária (reversa).

Leia mais

Há clareza no futuro da micro e minigeração fotovoltaica? Bruno Moreno, FGV Energia Rafael Nogueira, FGV Energia

Há clareza no futuro da micro e minigeração fotovoltaica? Bruno Moreno, FGV Energia Rafael Nogueira, FGV Energia Há clareza no futuro da micro e minigeração fotovoltaica? Bruno Moreno, FGV Energia Rafael Nogueira, FGV Energia 1 MOTIVAÇÃO Geração Descentralizada é uma realidade em muitos países; É apontada como o

Leia mais

Eletrônica Industrial Apostila sobre Modulação PWM página 1 de 6 INTRODUÇÃO

Eletrônica Industrial Apostila sobre Modulação PWM página 1 de 6 INTRODUÇÃO Eletrônica Industrial Apostila sobre Modulação PWM página 1 de 6 Curso Técnico em Eletrônica Eletrônica Industrial Apostila sobre Modulação PWM Prof. Ariovaldo Ghirardello INTRODUÇÃO Os controles de potência,

Leia mais

Energia Solar Fotovoltaica

Energia Solar Fotovoltaica Energia Solar Fotovoltaica A perceção dos problemas da energia nunca foi tão grande como nos nossos dias. Atualmente, é ponto assente que o crescimento do consumo de energia, verificado durante muitos

Leia mais

Exploração sustentada de recursos geológicos Recursos energéticos

Exploração sustentada de recursos geológicos Recursos energéticos Exploração sustentada de recursos geológicos Recursos energéticos Aula nº85 22 Maio 09 Prof. Ana Reis Recursos energéticos Vivemos numa época em que os recursos energéticos afectam a vida de todas as pessoas.

Leia mais

Disciplina: Eletrificação Rural. Unidade 3 Geração, transmissão e distribuição da energia elétrica.

Disciplina: Eletrificação Rural. Unidade 3 Geração, transmissão e distribuição da energia elétrica. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE SOLOS E ENGENHARIA AGRÍCOLA Disciplina: Eletrificação Rural Unidade 3 Geração, transmissão e distribuição da energia elétrica.

Leia mais

Prof. Rogério Eletrônica Geral 1

Prof. Rogério Eletrônica Geral 1 Prof. Rogério Eletrônica Geral 1 Apostila 2 Diodos 2 COMPONENTES SEMICONDUTORES 1-Diodos Um diodo semicondutor é uma estrutura P-N que, dentro de seus limites de tensão e de corrente, permite a passagem

Leia mais

DIODO SEMICONDUTOR. Conceitos Básicos. Prof. Marcelo Wendling Ago/2011

DIODO SEMICONDUTOR. Conceitos Básicos. Prof. Marcelo Wendling Ago/2011 DIODO SEMICONDUTOR Prof. Marcelo Wendling Ago/2011 Conceitos Básicos O diodo semicondutor é um componente que pode comportar-se como condutor ou isolante elétrico, dependendo da forma como a tensão é aplicada

Leia mais

Física e Química A. Relatório da actividade prático laboratorial. Relatório realizado por: Adriana Botelho/10ºA Professora: Alcinda Anacleto APL 1.

Física e Química A. Relatório da actividade prático laboratorial. Relatório realizado por: Adriana Botelho/10ºA Professora: Alcinda Anacleto APL 1. Física e Química A Relatório da actividade prático laboratorial Relatório realizado por: Adriana Botelho/10ºA Professora: Alcinda Anacleto APL 1.2 Vila real, 26 de Abril de 2009 Índice Sumário...3 Introdução

Leia mais

Gabarito. Construindo no presente um futuro melhor. Unidade 2

Gabarito. Construindo no presente um futuro melhor. Unidade 2 Gabarito Construindo no presente um futuro melhor Unidade 2 Curso: Ensino Médio Disciplina: Física Capítulo Página 81 1. a) Petróleo, quase 0% da produção mundial. b) Hidoelétrica, quase %. c) Como o Brasil

Leia mais

Células de combustível

Células de combustível Células de combustível A procura de energia no Mundo está a aumentar a um ritmo alarmante. A organização WETO (World Energy Technology and Climate Policy Outlook) prevê um crescimento anual de 1,8 % do

Leia mais

Protótipos: Conversão Fotovoltaica de Energia Solar

Protótipos: Conversão Fotovoltaica de Energia Solar Protótipos: Conversão Fotovoltaica de Energia Solar Susana Viana LNEG Laboratório Nacional de Energia e Geologia Estrada do Paço do Lumiar, 1649-038 Lisboa, PORTUGAL susana.viana@lneg.pt 1 O Recurso Solar

Leia mais

Prof. Dr. Luiz Antonio Rossi UNICAMP - Brasil. GEFES Grupo de Estudos em Fontes Eólica e Solar. São Carlos, 22 de Maio de 2015.

Prof. Dr. Luiz Antonio Rossi UNICAMP - Brasil. GEFES Grupo de Estudos em Fontes Eólica e Solar. São Carlos, 22 de Maio de 2015. Geração de Energia Elétrica por Meio de Fonte Eólica: Simulação do desempenho de dois aerogeradores de pequeno porte com perfis aerodinâmicos diferentes Prof. Dr. Luiz Antonio Rossi UNICAMP - Brasil São

Leia mais

ACIONAMENTOS ELETRÔNICOS (INVERSOR DE FREQUÊNCIA)

ACIONAMENTOS ELETRÔNICOS (INVERSOR DE FREQUÊNCIA) ACIONAMENTOS ELETRÔNICOS (INVERSOR DE FREQUÊNCIA) 1. Introdução 1.1 Inversor de Frequência A necessidade de aumento de produção e diminuição de custos faz surgir uma grande infinidade de equipamentos desenvolvidos

Leia mais

Uso da Energia Solar na Industria. Prof. Zaqueu Ernesto da Silva LES/DEER/CEAR

Uso da Energia Solar na Industria. Prof. Zaqueu Ernesto da Silva LES/DEER/CEAR Uso da Energia Solar na Industria Prof. Zaqueu Ernesto da Silva LES/DEER/CEAR Fontes de Energia no Brasil Quem usou energia no Brasil - 2012 Consumo de Energia no Setor Industria Setor Industrial % Setor

Leia mais

ETENE. Energias Renováveis

ETENE. Energias Renováveis Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste ETENE Fonte: http://www.noticiasagronegocios.com.br/portal/outros/1390-america-latina-reforca-lideranca-mundial-em-energias-renovaveis- 1. Conceito

Leia mais

ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais. Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes

ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais. Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes Disciplina: - 2014 A energia esta envolvida em todas as ações que ocorrem no UNIVERSO FONTES DE ENERGIA FONTES

Leia mais

Boletim Te cnico. Tema: BT002 Fontes para lâmpadas UV

Boletim Te cnico. Tema: BT002 Fontes para lâmpadas UV Boletim Te cnico Tema: BT002 Fontes para lâmpadas UV As fontes para lâmpadas ultravioleta são os circuitos de potência responsáveis pela alimentação das lâmpadas de média pressão. São também conhecidas

Leia mais

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA SOBRE A POTÊNCIA DE SAÍDA DE UM PAINEL DE SILÍCIO POLICRISTALINO NA REGIÃO OESTE PARANAENSE

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA SOBRE A POTÊNCIA DE SAÍDA DE UM PAINEL DE SILÍCIO POLICRISTALINO NA REGIÃO OESTE PARANAENSE INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA SOBRE A POTÊNCIA DE SAÍDA DE UM PAINEL DE SILÍCIO POLICRISTALINO NA REGIÃO OESTE PARANAENSE ROGER NABEYAMA MICHELS JOSÉ AIRTON AZEVEDO DOS SANTOS ESTOR GNOATTO EDWARD KAWANAGH

Leia mais

Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Informática

Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Informática Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Informática Francisco Erberto de Sousa 11111971 Saulo Bezerra Alves - 11111958 Relatório: Capacitor, Resistor, Diodo

Leia mais

DIODOS. Professor João Luiz Cesarino Ferreira

DIODOS. Professor João Luiz Cesarino Ferreira DIODOS A união de um cristal tipo p e um cristal tipo n, obtém-se uma junção pn, que é um dispositivo de estado sólido simples: o diodo semicondutor de junção. Figura 1 Devido a repulsão mútua os elétrons

Leia mais

MOTORES ELÉTRICOS Princípios e fundamentos

MOTORES ELÉTRICOS Princípios e fundamentos MOTORES ELÉTRICOS Princípios e fundamentos 1 Classificação 2 3 Estator O estator do motor e também constituido por um núcleo ferromagnético laminado, nas cavas do qual são colocados os enrolamentos alimentados

Leia mais

PORTFOLIO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS INSTALADOS/PROJETADOS PELA BLUE SOL ENERGIA SOLAR

PORTFOLIO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS INSTALADOS/PROJETADOS PELA BLUE SOL ENERGIA SOLAR PORTFOLIO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS INSTALADOS/PROJETADOS PELA BLUE SOL ENERGIA SOLAR B l u e S o l E n e r g i a S o l a r A v e n i d a A n t ô n i o D i e d e r i c s h e n, 4 0 0 S a l a 8 0 8 J a

Leia mais

ESTUDO DE INSTALAÇÃO FOTOVOLTAICAS ISOLADAS E CONECTADAS À REDE ELÉTRICA. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

ESTUDO DE INSTALAÇÃO FOTOVOLTAICAS ISOLADAS E CONECTADAS À REDE ELÉTRICA. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. ESTUDO DE INSTALAÇÃO FOTOVOLTAICAS ISOLADAS E CONECTADAS À REDE ELÉTRICA Bolsista Apresentador: Diego Leonardo Bertol Moraes. Coordenador: Airton Cabral de Andrade Pontifícia Universidade Católica do Rio

Leia mais

ESTA PROVA É FORMADA POR 20 QUESTÕES EM 10 PÁGINAS. CONFIRA ANTES DE COMEÇAR E AVISE AO FISCAL SE NOTAR ALGUM ERRO.

ESTA PROVA É FORMADA POR 20 QUESTÕES EM 10 PÁGINAS. CONFIRA ANTES DE COMEÇAR E AVISE AO FISCAL SE NOTAR ALGUM ERRO. Nome: Assinatura: P2 de CTM 2012.2 Matrícula: Turma: ESTA PROVA É FORMADA POR 20 QUESTÕES EM 10 PÁGINAS. CONFIRA ANTES DE COMEÇAR E AVISE AO FISCAL SE NOTAR ALGUM ERRO. NÃO SERÃO ACEITAS RECLAMAÇÕES POSTERIORES..

Leia mais

Aula 5_2. Corrente Elétrica Circuitos CC Simples. Física Geral e Experimental III Prof. Cláudio Graça Capítulo 5

Aula 5_2. Corrente Elétrica Circuitos CC Simples. Física Geral e Experimental III Prof. Cláudio Graça Capítulo 5 Aula 5_2 Corrente Elétrica Circuitos CC Simples Física Geral e Experimental III Prof. Cláudio Graça Capítulo 5 Conteúdo Corrente elétrica e energia dissipada Fem real e receptor Potência elétrica Acoplamento

Leia mais

Introdução ao Sistema Elétrico

Introdução ao Sistema Elétrico Fundação Universidade INTRODUÇÃO Federal de Mato AO Grosso SISTEMA do Sul ELÉTRICO 1 Princípios de Eletricidade e Eletrônica Introdução ao Sistema Elétrico Universidade Federal de Mato Grosso do Sul FAENG

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DEE

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DEE UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DEE FELIPE GUILHERME STEIN APLICAÇÃO INDUSTRIAL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ESTUDO DE

Leia mais

Uma visão geral do sector das energias renováveis na Roménia

Uma visão geral do sector das energias renováveis na Roménia Uma visão geral do sector das energias renováveis na Roménia A Roménia localiza-se geograficamente no centro da Europa (parte sudeste da Europa Central). O país tem,5 milhões de habitantes e abrange uma

Leia mais

Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Energia Solar)

Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Energia Solar) Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Energia Solar) Aymoré de Castro Alvim Filho Eng. Eletricista, Dr. Especialista em Regulação, SRG/ANEEL 10/02/2009 Cartagena de Indias, Colombia Energia

Leia mais

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ. Câmpus Ponta Grossa Coordenação do Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ. Câmpus Ponta Grossa Coordenação do Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Ponta Grossa Coordenação do Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial Jhonathan Junio de Souza Motores de Passo Trabalho apresentado à disciplina

Leia mais

Energia e Meio Ambiente

Energia e Meio Ambiente INSTITUTO BRASIL SOLIDÁRIO Energia e Meio Ambiente Rodrigo Valle Cezar O que é Energia INSTITUTO BRASIL SOLIDÁRIO Tudo o que existe no mundo é energia. A luz O calor A matéria Os Átomos As estrelas A

Leia mais

Exercícios Leis de Kirchhoff

Exercícios Leis de Kirchhoff Exercícios Leis de Kirchhoff 1-Sobre o esquema a seguir, sabe-se que i 1 = 2A;U AB = 6V; R 2 = 2 Ω e R 3 = 10 Ω. Então, a tensão entre C e D, em volts, vale: a) 10 b) 20 c) 30 d) 40 e) 50 Os valores medidos

Leia mais

Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE

Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE Cenário de referência O estudo WETO apresenta um cenário de referência que descreve a futura situação energética

Leia mais

ção Profissional na Cogeraçã EDUCOGEN

ção Profissional na Cogeraçã EDUCOGEN Conhecimento e Capacitaçã ção Profissional na Cogeraçã ção EDUCOGEN José R. Simões-Moreira SISEA Laboratório de Sistemas Energéticos Alternativos Depto. Engenharia Mecânica Escola Politécnica da Universidade

Leia mais

Reatores Eletrônicos para LEDs de Potência

Reatores Eletrônicos para LEDs de Potência Universidade Federal do Ceará PET Engenharia Elétrica Fortaleza CE, Brasil, Abril, 2013 Universidade Federal do Ceará Departamento de Engenharia Elétrica PET Engenharia Elétrica UFC Reatores Eletrônicos

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015 (Do Sr. Fabio Faria)

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015 (Do Sr. Fabio Faria) PROJETO DE LEI Nº, DE 2015 (Do Sr. Fabio Faria) Institui o Programa de Incentivo à Geração Distribuída de Energia Elétrica a partir de Fonte Solar - PIGDES e altera a Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002.

Leia mais

O MÓDULO FOTOVOLTAICO PARA GERADOR SOLAR DE ELETRICIDADE. Autor: Eng. Carlos Alberto Alvarenga solenerg@solenerg.com.br www.solenerg.com.

O MÓDULO FOTOVOLTAICO PARA GERADOR SOLAR DE ELETRICIDADE. Autor: Eng. Carlos Alberto Alvarenga solenerg@solenerg.com.br www.solenerg.com. 1 O MÓDULO FOTOVOLTAICO PARA GERADOR SOLAR DE ELETRICIDADE Autor: Eng. Carlos Alberto Alvarenga solenerg@solenerg.com.br www.solenerg.com.br 1. O MÓDULO FOTOVOLTAICO A célula fotovoltaica é o elemento

Leia mais

AUTOCONSUMO FOTOVOLTAICO. Crie a sua Energia!

AUTOCONSUMO FOTOVOLTAICO. Crie a sua Energia! AUTOCONSUMO FOTOVOLTAICO Crie a sua Energia! 2015 Energia para todas as necessidades! Habitação Piscina Jardim Produção Agrícola Campismo/Caravanismo Embarcações INTRODUÇÃO Energia Solar é a designação

Leia mais

Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo

Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo A Energia e suas Fontes Fontes de Energia Renováveis Fontes de Energia Não-Renováveis Conclusões Energia: Capacidade de realizar trabalho Primeira Lei da Termodinâmica: No

Leia mais

Sistema para Optimização da Extracção de Energia de Painéis Solares Fotovoltaicos

Sistema para Optimização da Extracção de Energia de Painéis Solares Fotovoltaicos ENER 05 Conferência sobre Energias Renováveis e Ambiente em Portugal Figueira da Foz, Portugal, 5-7 de Maio de 2005, ISBN: 972-8822-02-02, pp. 1.165-1.170 Sistema para Optimização da Extracção de Energia

Leia mais

Fontes Alternativas de Energia (3 créditos/45 aulas) Ementa

Fontes Alternativas de Energia (3 créditos/45 aulas) Ementa Prof. Augusto C. Pavão Fontes Alternativas de Energia (3 créditos/45 aulas) Ementa O problema energético global. Aproveitamento das energias solar, eólica, hidráulica e da biomassa. Energia solar e as

Leia mais

Perspectivas da Energia Solar e o Apoio do BNDES ao Setor

Perspectivas da Energia Solar e o Apoio do BNDES ao Setor Perspectivas da Energia Solar e o Apoio do BNDES ao Setor Seminário de Micro e Minigeração Distribuída ANEEL - Abril de 2014 - Potencial da Energia Solar Fonte: SOLARWORLD 2 Perspectivas da Energia Solar

Leia mais

Conversão de Veículos Convencionais em Veículos Eléctricos

Conversão de Veículos Convencionais em Veículos Eléctricos Seminário: Mobilidade Eléctrica: O Veículo Viabilidade da transformação de Veículos Conversão de Veículos Convencionais em Veículos Eléctricos (Experiência adquirida na ESTGV) Vasco Santos (vasco@estv.ipv.pt)

Leia mais

Energia Fotovoltaica. Hélvio Neves Guerra. Brasília 28 de maio de 2015. Superintendente de Concessões e Autorizações de Geração

Energia Fotovoltaica. Hélvio Neves Guerra. Brasília 28 de maio de 2015. Superintendente de Concessões e Autorizações de Geração Energia Fotovoltaica Hélvio Neves Guerra Superintendente de Concessões e Autorizações de Geração Brasília 28 de maio de 2015 Sumário i. Evolução da fonte solar fotovoltaica ii. Panorama Geral dessa fonte

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS TÉCNICO EM ELETRÔNICA

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS TÉCNICO EM ELETRÔNICA CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS TÉCNICO EM ELETRÔNICA 26. Com relação aos materiais semicondutores, utilizados na fabricação de componentes eletrônicos, analise as afirmativas abaixo. I. Os materiais semicondutores

Leia mais

ELABORAÇÃO: DIRETORIA DE ENGENHARIA GERÊNCIA DE NORMATIZAÇÃO E TECNOLOGIA GRNT FEVEREIRO DE 2011

ELABORAÇÃO: DIRETORIA DE ENGENHARIA GERÊNCIA DE NORMATIZAÇÃO E TECNOLOGIA GRNT FEVEREIRO DE 2011 ELABORAÇÃO: DIRETORIA DE ENGENHARIA GERÊNCIA DE NORMATIZAÇÃO E TECNOLOGIA GRNT FEVEREIRO DE 2011 INTRODUÇÃO: Trata-se de um projeto piloto de geração distribuída com energia solar, no qual a CEB Distribuição

Leia mais

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA COMO FONTE DE GERAÇÃO DE ENERGIA COMPLEMENTAR NA INDÚSTRIA PARAIBANA: UM ESTUDO DE CASO

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA COMO FONTE DE GERAÇÃO DE ENERGIA COMPLEMENTAR NA INDÚSTRIA PARAIBANA: UM ESTUDO DE CASO ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA COMO FONTE DE GERAÇÃO DE ENERGIA COMPLEMENTAR NA INDÚSTRIA PARAIBANA: UM ESTUDO DE CASO DA COSTA 1, Cinthya Borges Lopes DA SILVA 2, Michele Gomes FERREIRA 3, João Marcelo Dias

Leia mais

INSTALAÇÕES FOTOVOLTAICAS

INSTALAÇÕES FOTOVOLTAICAS INSTALAÇÕES FOTOVOLTAICAS Instalações fotovoltaicas CERTIEL 2012 P 2 Objetivos: a abordagem de conceitos considerados necessários para o projeto e execução das instalações em regime de MP e MN; acrescentar

Leia mais

As Principais Fontes De Energia Presentes No Mundo

As Principais Fontes De Energia Presentes No Mundo As Principais Fontes De Energia Presentes No Mundo INTRODUÇÃO: Desde a pré-história o homem vem se utilizando de diversas fortes e formas de energia, para suprir suas necessidades energéticas, por isso,

Leia mais

PANORAMA ENERGÉTICO INTERNACIONAL

PANORAMA ENERGÉTICO INTERNACIONAL SENADO FEDERAL COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL AGENDA RUMOS DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA 2011-2012 PANORAMA ENERGÉTICO INTERNACIONAL Prof. Dr. Rex Nazaré Alves 19 de setembro de 2011

Leia mais

Performance Ratio. Conteúdo. Factor de qualidade para o sistema fotovoltaico

Performance Ratio. Conteúdo. Factor de qualidade para o sistema fotovoltaico Performance Ratio Factor de qualidade para o sistema fotovoltaico Conteúdo A Performance Ratio é uma das unidades de medida mais importantes para a avaliação da eficiência de um sistema fotovoltaico. Mais

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UFRPE UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS UAG CURSO DE GRADUAÇÃO DE AGRONOMIA

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UFRPE UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS UAG CURSO DE GRADUAÇÃO DE AGRONOMIA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UFRPE UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS UAG CURSO DE GRADUAÇÃO DE AGRONOMIA ENERGIA NA AGRICULTURA GARANHUNS, JUNHO DE 2009. 1 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

Leia mais

Energias Renováveis em Portugal

Energias Renováveis em Portugal Energias Renováveis em Portugal António Joyce Departamento de Energias Renováveis INETI - Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação Estrada do Paço do Lumiar, 1649-038 Lisboa, PORTUGAL Antonio.Joyce@ineti.pt

Leia mais

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS DE CURITIBA. Lucas Teruo Andrade. Renan Yokogawa. Ryan Seiyu Yamaguchi Kimura

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS DE CURITIBA. Lucas Teruo Andrade. Renan Yokogawa. Ryan Seiyu Yamaguchi Kimura UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS DE CURITIBA Lucas Teruo Andrade Renan Yokogawa Ryan Seiyu Yamaguchi Kimura UM ESTUDO SOBRE A UTILIZAÇÃO DA ENERGIA SOLAR NO ESTADO DO PARANÁ TRABALHO DE

Leia mais

Energia Eólica. História

Energia Eólica. História Energia Eólica História Com o avanço da agricultura, o homem necessitava cada vez mais de ferramentas que o auxiliassem nas diversas etapas do trabalho. Isso levou ao desenvolvimento de uma forma primitiva

Leia mais

Seja um Profissional em Energia Solar

Seja um Profissional em Energia Solar Seja um Profissional em Energia Solar Nós, da Blue Sol, acreditamos no empoderamento de todos os consumidores de energia elétrica no Brasil através da possibilidade de geração própria da energia consumida.

Leia mais

Otimização técnico-econômica de sistemas fotovoltaicos com baterias para armazenamento

Otimização técnico-econômica de sistemas fotovoltaicos com baterias para armazenamento Otimização técnico-econômica de sistemas fotovoltaicos com baterias para armazenamento Aluno: Maria Samara Nascimento Amorim Orientador: Álvaro de Lima Veiga Filho 1. Introdução Geral Energia fotovoltaica

Leia mais

A AMAZÔNIA E O NUCLEAR

A AMAZÔNIA E O NUCLEAR A AMAZÔNIA E O NUCLEAR Witold Lepecki * 1. AMAZÔNIA: CASA DE FORÇA DO BRASIL Segundo o Plano Nacional de Energia até 2030, elaborado pela Empresa de Planejamento Energético (EPE) do MME No cenário de referência,

Leia mais

GABARITO OTM 09 [ ] [ ] ( ) [ ] O que mostra que e, logo o sistema não possui solução. [ ]

GABARITO OTM 09 [ ] [ ] ( ) [ ] O que mostra que e, logo o sistema não possui solução. [ ] GABARITO OTM 09 Questão 1 a) Observe que o, deste modo o sistema não possui única solução ou não possui solução. Como [ ] [ ] [ ] [ ] O que mostra que e, logo o sistema não possui solução. b) Sim. Basta

Leia mais

GREENLOAD CARGA ELETRÔNICA REGENERATIVA TRIFÁSICA

GREENLOAD CARGA ELETRÔNICA REGENERATIVA TRIFÁSICA Informações Técnicas GREENLOAD CARGA ELETRÔNICA REGENERATIVA TRIFÁSICA Informações Gerais A Carga Eletrônica Regenerativa Trifásica da Schneider permite a injeção de energia na rede elétrica proveniente

Leia mais

Aplicações com OpAmp. 1) Amplificadores básicos. Amplificador Inversor

Aplicações com OpAmp. 1) Amplificadores básicos. Amplificador Inversor 225 Aplicações com OpAmp A quantidade de circuitos que podem ser implementados com opamps é ilimitada. Selecionamos aqueles circuitos mais comuns na prática e agrupamos por categorias. A A seguir passaremos

Leia mais

11. Dado o circuito abaixo, determine a capacitância equivalente do circuito, sabendo que:

11. Dado o circuito abaixo, determine a capacitância equivalente do circuito, sabendo que: TÉCNICO EM ELETRICIDADE 4 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÕES DE 11 A 25 11. Dado o circuito abaixo, determine a capacitância equivalente do circuito, sabendo que: C1 = 300µF C2 = C3 = 300µF C4 = C5 = C6

Leia mais

Autor. O que você vai encontrar no manual

Autor. O que você vai encontrar no manual O que você vai encontrar no manual 1. Conceitos Fundamentais 2. Como identificar o recurso solar local 3. Como fazer o levantamento do consumo 4. Como escolher o módulo fotovoltaico 5. Produção de energia

Leia mais

Instituto Educacional São João da Escócia Colégio Pelicano Curso Técnico de Eletrônica. FET - Transistor de Efeito de Campo

Instituto Educacional São João da Escócia Colégio Pelicano Curso Técnico de Eletrônica. FET - Transistor de Efeito de Campo 1 FET - Transistor de Efeito de Campo Introdução Uma importante classe de transistor são os dispositivos FET (Field Effect Transistor). Transistor de Efeito de Campo. Como nos Transistores de Junção Bipolar

Leia mais

3 Modelo Evolucionário para Sustentabilidade Inteligente

3 Modelo Evolucionário para Sustentabilidade Inteligente 3 Modelo Evolucionário para Sustentabilidade Inteligente Este capítulo introduz um modelo evolucionário para a otimização dos parâmetros de uma construção de modo a minimizar o impacto da mesma sobre os

Leia mais

Capítulo 02. Resistores. 1. Conceito. 2. Resistência Elétrica

Capítulo 02. Resistores. 1. Conceito. 2. Resistência Elétrica 1. Conceito Resistor é todo dispositivo elétrico que transforma exclusivamente energia elétrica em energia térmica. Simbolicamente é representado por: Assim, podemos classificar: 1. Condutor ideal Os portadores

Leia mais

USO DE DIODOS DE BYPASS E DE BLOQUEIO NA PROTEÇÃO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

USO DE DIODOS DE BYPASS E DE BLOQUEIO NA PROTEÇÃO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS USO DE DIODOS DE BYPASS E DE BLOQUEIO NA PROTEÇÃO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS Lúcio Almeida Hecktheuer Arno Krenzinger Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de PósGraduação em Engenharia Mecânica,

Leia mais

Unidade 13: Paralelismo:

Unidade 13: Paralelismo: Arquitetura e Organização de Computadores 1 Unidade 13: Paralelismo: SMP e Processamento Vetorial Prof. Daniel Caetano Objetivo: Apresentar os conceitos fundamentais da arquitetura SMP e alguns detalhes

Leia mais

Consumo e geração de energia equilibrados

Consumo e geração de energia equilibrados Consumo e geração de energia equilibrados Consumo e geração de energia equilibrados Em Portugal, a rede de transporte de energia foi concebida tendo em conta a produção maciça e contínua de energia proveniente

Leia mais

Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias Competência de área 1 Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis

Leia mais

ENERGIA SOLAR NO AQUECIMENTO DA ÁGUA

ENERGIA SOLAR NO AQUECIMENTO DA ÁGUA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRARIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA DISCIPLINA: SEMINÁRIOS I ENERGIA SOLAR NO AQUECIMENTO DA ÁGUA Francisco Ronaldo Belém Fernandes Orientador:

Leia mais

Acumuladores de Calor

Acumuladores de Calor Acumuladores de Calor Em virtude da atividade de muitas pessoas se desenvolver, diariamente, no interior de edifícios, tal obriga a que as condições de conforto, principalmente as relacionadas com a qualidade

Leia mais

Projeto de Ensino. Ensino de Física: Placas Fotovoltaicas

Projeto de Ensino. Ensino de Física: Placas Fotovoltaicas UNICENTRO-CEDETEG Departamento de Física Projeto de Ensino Ensino de Física: Placas Fotovoltaicas Petiano: Allison Klosowski Tutor: Eduardo Vicentini Guarapuava 2011. SUMÁRIO I. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA...

Leia mais

Seja dono. da sua ENERGIA

Seja dono. da sua ENERGIA Seja dono AV Afonso Vaz De melo 677 Sala 301 CEP: 30.640-070 Belo Horizonte (MG) Tel. +55 31 3689-7452 info@solarfast.it www.solarfast.it da sua ENERGIA Energia solar Fontes renováveis, economia de energia,

Leia mais

Corrente elétrica corrente elétrica.

Corrente elétrica corrente elétrica. Corrente elétrica Vimos que os elétrons se deslocam com facilidade em corpos condutores. O deslocamento dessas cargas elétricas é chamado de corrente elétrica. A corrente elétrica é responsável pelo funcionamento

Leia mais