Número:

Transcrição

1 Conselho Nacional de Justiça PJe - Processo Judicial Eletrônico Consulta Processual 01/07/2015 Número: Classe: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS Órgão julgador colegiado: Plenário Órgão julgador: Gab. Cons. Emmanoel Campelo Última distribuição : 02/06/2015 Valor da causa: R$ 0.0 Assuntos: Providências Objeto do processo: TJPR - Providências - Descumprimento - Decreto Judiciário nº 2310/ Artigo 5º, inciso LXXVIII da Constituição Federal - Regime de Exceção - Foro Central da Comarca de Curitiba - Detrimento - Comarcas do Interior - Priorização - Demandas - Juízo de 1º Grau - Metas - Atendimentos - Ações Judicias - Designação - Juízes Substitutos Auxiliares - Comarcas do Interior - Melhoria - Prestação Jurisdicional - Resolução nº 194/CNJ. Segredo de justiça? NÃO Justiça gratuita? NÃO Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO Partes Tipo Nome ADVOGADO REQUERENTE REQUERIDO REQUERIDO CARLOS VANDERLEI MUHLSTEDT OAB SUBSEÇÃO DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ - TJPR Id Data da Assinatura Documento Documentos 30/06/ :50 portaria-tjpr Documento de comprovação 30/06/ :50 Resolução TJPR Documento de comprovação 30/06/ :50 Informacoes GCJ - TJPR Documento de comprovação 30/06/ :50 tjpr informacoes Informações 30/06/ :50 Informações Informações Tipo

2 Número do documento: Num Pág. 1

13 Pesquisa Única de Athos Detalhes do documento Número: 21/2007 Assunto: 1 Princípio da Eficiência 2 LOMAN 3 Designações Data: 10/03/2008 Diário: 7569 Ementa: Anexos: Referências: Não há referências Documento TRIBUNAL DE JUSTIÇA RESOLUÇÃO N. 21/2007 O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por seu Órgão Especial, no uso de suas atribuições, CONSIDERANDO: a) que o art. 37 da Constituição Federal de 1988 institui o princípio da eficiência a ser seguido por toda a Administração Pública; b) que a expressão própria do princípio da eficiência, na prestação do serviço judiciário, está corporificada no art. 5º, inc. LXXVIII, da Constituição Federal, que assegura a todos a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação; c) que há varas e comarcas no Estado do Paraná com grande acúmulo de processos sem solução, reclamando pronta e rápida intervenção da Administração com o objetivo de regularização do serviço judiciário, não se mostrando suficiente, para tanto, a atuação da Corregedoria-Geral da Justiça apenas no âmbito disciplinar; d) que a LOMAN atribui às Corregedorias da Justiça a fiscalização e o acompanhamento do trabalho de magistrados e serventias judiciais de primeiro grau, servindo como exemplo o seu art. 39, que impõe o controle da produtividade dos juízes, recentemente reafirmado na Resolução nº 30/2007 do Conselho Nacional de Justiça; e) que, por conseguinte, à Corregedoria é possível, com maior propriedade, também em decorrência de visitas correicionais em todo o Estado, identificar tanto os órgãos judiciais com maior acúmulo de serviço quanto os magistrados mais capacitados ou com menor volume de trabalho, aptos a contribuírem em projetos de equalização das quotas de serviço atribuídas a juízes do Estado; f) que, embora dotada de informações suficientes, à Corregedoria faltam meios adequados para dar resposta imediata aos jurisdicionados nos casos de atraso ou acúmulo de serviço; g) que já foi encaminhada proposta à Comissão de Regimento Interno do Tribunal de Justiça, na gestão anterior, no sentido de ser atribuída ao Corregedor a competência para designar juízes para proferir decisões em regime de mutirão; h) que algumas varas reclamam pronta e urgente intervenção do Tribunal para normalização do serviço judiciário, sempre em prol do jurisdicionado, a exemplo da 7ª Vara Cível da Comarca de Londrina, em que mais de 600 processos estão aptos a receber sentença; i) que as deficiências dos órgãos judiciários, não limitadas ao acúmulo de processos para sentença, por vezes demandam a reestruturação de serventias e a implementação de novas rotinas de trabalho, bem como a ordenação dos processos em tramitação e a orientação dos serventuários in loco, por servidores e magistrados experimentados; R E S O L V E : Art. 1º - O Presidente do Tribunal de Justiça poderá designar, no mínimo, seis (06) Juízes de Direito Substitutos da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba para atuarem com exclusividade e jurisdição plena - observados os termos desta Resolução -, nos feitos que lhes forem atribuídos pela Corregedoria-Geral de Justiça e que não estejam enquadrados no art. 132 do CPC. Parágrafo único. Poderão também ser designados, para atuação nos termos desta Resolução, servidores e titulares de Ofícios de Justiça indicados pelo Corregedor-Geral da Justiça. Art. 2º - As atribuições a que se referem o artigo anterior precederão o regime de exceção e serão estabelecidas por ordem de serviço do Corregedor-Geral da Justiça, que indicará as Comarcas, Varas ou processos, ou Ofícios de Justiça nos quais atuarão os magistrados e serventuários, bem como o período de atuação ou prazo para prolação de despachos ou 1 de 2 30/06/ :08 Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ANDRESSA DE JULIO MADEIRA Número do documento: Num Pág. 1

14 Pesquisa Única de Athos decisões, de até noventa (90) dias. Parágrafo único - Findo o referido prazo ou período, o Corregedor-Geral da Justiça relatará o resultado da atuação ao Conselho da Magistratura, que aferirá a necessidade de instauração de regime de exceção na Vara ou Comarca (CODJ, art. 227) ou de designação de outros magistrados (CODJ, arts. 36, 102 e 105) ou serventuários. Art. 3º - O Corregedor-Geral da Justiça regulamentará, mediante provimento, a forma de atuação dos magistrados e servidores designados. 1 - A participação dos magistrados e servidores nos regimes de mutirão disciplinados pela Corregedoria-Geral será anotada em seu histórico funcional. 2 - Os bacharéis em direito designados para auxílio aos juízes terão reconhecido o tempo de atuação para os fins do art. 93, inc. I, da Constituição Federal. Art. 4 - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Curitiba, 14 de dezembro de Des. J. VIDAL COELHO Presidente Estiveram presentes à sessão os Excelentíssimos Senhores Desembargadores: Oto Luiz Sponholz, Tadeu Costa, Carlos Hoffmann, Telmo Cherem, Ângelo Zattar, José Wanderlei Resende, Antonio Lopes de Noronha, Ruy Fernando de Oliveira, Leonardo Lustosa, Celso Rotoli de Macedo, Mendonça de Anunciação, Campos Marques (substituindo o Desembargador Jesus Sarrão), Mario Rau (substituindo o Desembargador Ivan Bortoleto), Eraclés Messias (substituindo o Desembargador Moacir Guimarães), Sergio Arenhart, Rogério Kanayama, Lauro Augusto Fabrício de Melo, Manassés de Albuquerque, Rogério Coelho, Miguel Thomaz Pessoa Filho, José Maurício Pinto de Almeida, Paulo Roberto Hapner (substituindo o Desembargador Tufi Maron Filho) e Luiz Mateus de Lima (substituindo o Desembargador Airvaldo Stela Alves). 2 de 2 30/06/ :08 Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ANDRESSA DE JULIO MADEIRA Número do documento: Num Pág. 2

15 30/06/2015 :: SEI / TJPR Decisão :: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ R Pref Rosaldo Gomes M Leitão, S/N Bairro CENTRO CÍVICO CEP Curitiba PR DECISÃO PROTOCOLO SEI N Assunto: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS N.º CNJ Requerente: OAB SUBSEÇÃO DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS Requerido: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ 1. Trata se de pedido de providências formulado pela Ordem dos Advogados do Brasil (Subseção de São José dos Pinhais), perante o Conselho Nacional de Justiça. 2. Alega a Requerente, em suma, que o Egrégio Tribunal de Justiça do Paraná (a) não tem priorizado o primeiro grau de jurisdição; (b) mantém irregularmente o regime de exceção no foro central de Curitiba, em detrimento dos demais foros; (c) descumpre a Constituição Federal (art.5º, inciso LXXVIII), bem como as Resoluções ns. 194 e 195 do Conselho Nacional de Justiça e o Decreto Judiciário n.º 2310/ Com base nestas alegações, requer: (a) a declaração de ilegalidade do regime de exceção no foro central de Curitiba; (b) seja implantado o regime de exceção no foro regional de São José dos Pinhais; (c) o cumprimento do Decreto Judiciário n.º 2310/14 de modo a haver uma melhor distribuição do número de juízes e servidores, com base na demanda aferida nas correições gerais; (d) seja cumprida a Resolução n.º 195 do CNJ com vistas a uma readequação orçamentária entre o 1º e 2º graus de jurisdição. 1/4 Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ANDRESSA DE JULIO MADEIRA Número do documento: Num Pág. 1

16 30/06/2015 :: SEI / TJPR Decisão :: 4. Primeiramente, cumpre ressaltar que este Egrégio Tribunal de Justiça do Paraná, seguindo a orientação estabelecida na Resolução n.º 194 do CNJ, que instituiu a Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de Jurisdição, editou o Decreto Judiciário nº 2310/ Referido Decreto tem por objetivo justamente combater as carências da primeira instância, mediante a definição de estrutura mínima de força de trabalho em cada unidade judicial, com base em critérios objetivos, tais como a demanda processual, taxa de congestionamento, informatização, especialidade, cumulação de matérias distintas e índice de produtividade do servidor. 6. Além disso, esta Corte de Justiça, por meio da Resolução n.º 138/15, aprovou o planejamento estratégico do Poder Judiciário do Estado do Paraná para o sexênio , incluindo dentre os seus objetivos a implantação da gestão por competências com vistas ao incremento da celeridade e efetividade da atividade jurisdicional, nos termos exigidos pela Constituição Federal (eficiência, acesso à justiça e duração razoável do processo), para o que é condição sine qua non a adequada alocação de força de trabalho junto às unidades judiciais de primeira instância. 7. Em cumprimento a tais orientações normativas, em especial ao disposto no 1º do art.2º do Decreto Judiciário n.º 2310/14, esta Corregedoria Geral de Justiça, no final deste mês de junho/2015, atualizou os dados relativos ao Anexo I deste Decreto, justamente para melhor readequar e redistribuir a força de trabalho nas unidades judiciárias de 1º grau, sendo que, com base nestes dados, será dado início ao procedimento de relotação de servidores no início do segundo semestre do ano em curso, nos termos do que estabelece o art.23 deste ato normativo. 8. Evidencia se, portanto, que o procedimento de redistribuição da força de trabalho nas unidades judiciárias de 1º grau de jurisdição está em pleno curso e tudo está sendo feito nos estritos termos do Decreto Judiciário n.º 2310/14, o qual, repita se, estabelece critérios objetivos para tal procedimento. 9. Para o caso específico do foro regional de São José dos Pinhais, vale frisar que, com a atualização do ANEXO I, já finalizada, há previsão de um aumento do número de servidores para o respectivo foro em aproximadamente 30% do efetivo atual. 10. Outrossim, relativamente à 1ª Vara Cível de São José dos Pinhais, no começo deste ano de 2015, a Corregedoria Geral da Justiça do Paraná determinou (vide pedido de providências n /000) a atuação da FORÇA TAREFA de Magistrados, tendo sido sentenciados feitos, proferidos 865 decisões interlocutórias e despachos, zerando se o estoque da respectiva unidade judicial. 2/4 Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ANDRESSA DE JULIO MADEIRA Número do documento: Num Pág. 2

17 30/06/2015 :: SEI / TJPR Decisão :: 11. Além disso, a Presidência desta Corte designou, por 3 meses, mais um Magistrado para atuar junto à referida 1ª Vara Cível, fato que, somado às demais medidas, contribuirá para restabelecer o regular funcionamento daquela unidade, com a tramitação dos processos dentro dos prazos legais, sem acúmulo. 12. Quanto ao pedido de decretação de regime de exceção, notadamente no que se refere à 1ª Vara Cível acima referida, há que se observar o disposto no art.32 do Provimento nº 258 desta Corregedoria Geral da Justiça, o qual dispõe que após a conclusão da atividade de força tarefa, competirá ao Núcleo de Estatística e Monitoramento desta Corregedoria Geral da Justiça (NEMOC), acompanhar a unidade judiciária saneada para fins de avaliação estatística e necessidade de decretação de tal regime ou outras medidas para propiciar o regular funcionamento da respectiva unidade, o que vem sendo feito pelo NEMOC. 13. Por fim, mencione se que, recentemente, por meio da Resolução n.º 139/15, foram regulamentadas as centrais de mandados no 1º grau de jurisdição, medida esta que irá contribuir para a melhoria e aperfeiçoamento dos serviços judiciários. 14. Ante todo o exposto, é possível constatar que este Egrégio Tribunal de Justiça do Paraná vem envidando ações concretas para combater os problemas enfrentados pela primeira instância, em perfeito alinhamento com a Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de Jurisdição instituída pela Resolução 194 do CNJ e com a Constituição Federal, não estando o foro regional de São José dos Pinhais excluído de tais ações. 15. Encaminhe se à Excelsa Presidência desta Corte, com nossas homenagens. de junho de Curitiba, 29 Des. EUGÊNIO ACHILLE GRANDINETTI Corregedor Geral da Justiça Documento assinado eletronicamente por Euge nio Achille Grandine tti, Corre ge dor Ge ral da Justiça, em 29/06/2015, às 18:17, conforme art. 1º, III, "b", da Lei / /4 Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ANDRESSA DE JULIO MADEIRA Número do documento: Num Pág. 3

18 30/06/2015 :: SEI / TJPR Decisão :: A autenticidade do documento pode ser conferida no site informando o código verificador e o código CRC 877B77BC v2 4/4 Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ANDRESSA DE JULIO MADEIRA Número do documento: Num Pág. 4

27 Por determinação do Excelentíssimo Senhor Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, Desembargador Paulo Roberto Vasconcelos, procedo ao encaminhamento de informações no presente procedimento. Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ANDRESSA DE JULIO MADEIRA Número do documento: Num Pág. 1