UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO DE RIBEIRÃO PRETO

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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO DE RIBEIRÃO PRETO TERCEIRIZAÇÃO LÍCITA E ILÍCITA Autor: Marco Felipe de Paula Alencar da Silva Orientador: Prof. Dr. Jair Aparecido Cardoso RIBEIRÃO PRETO 2014

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3 MARCO FELIPE DE PAULA ALENCAR DA SILVA TERCEIRIZAÇÃO LÍCITA E ILÍCITA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Direito Privado e de Processo Civil da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo para a obtenção do título de bacharel em Direito. Orientador: Prof. Dr. Jair Aparecido Cardoso RIBEIRÃO PRETO 2014

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5 Nome: SILVA, Marco Felipe de Paula Alencar da. Título: Terceirização lícita e ilícita Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Bacharel em Direito. Aprovado em: Banca Examinadora Prof. Dr. Instituição: Julgamento: Assinatura: Prof. Dr. Instituição: Julgamento: Assinatura: Prof. Dr. Instituição: Julgamento: Assinatura:

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7 À Foster...

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9 RESUMO O presente trabalho tem o intuito de analisar a terceirização, buscando critérios científicos para a distinção entre terceirização lícita e ilícita. Atualmente, essa distinção é feita pela Súmula nº 331 do TST, porém, ela tem um critério de diferenciação impreciso. Nesse cenário de insegurança jurídica e precarização do trabalho, é necessária a edição de uma lei que regule o tema. A regulamentação e a limitação da terceirização devem ser feitas por meio de um controle civilizatório, ou seja, devem ser adotados mecanismos de controle. Além disso, a lei deve distinguir a licitude e a ilicitude da terceirização de forma clara e objetiva.

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11 ABSTRACT This study aims to analyze outsourcing, seeking scientific criteria for the distinction between lawful and unlawful outsourcing. Currently, this distinction is made by TST Precedent n. 331, however, it has an imprecise differentiation. In this legal uncertainty and job insecurity scenario, the issue of a law regulating the subject is required. The regulation and limitation of outsourcing should be made through a civilizing control, i.e., control mechanisms must be adopted. In addition, the law should distinguish the legality and illegality of outsourcing clearly and objectively.

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13 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...13 CAPÍTULO 1 HISTÓRIA HISTÓRIA NO MUNDO HISTÓRIA NO BRASIL Histórico Normativo Artigo 455 da CLT Decreto-Lei nº 200/ Leis nºs 5.764/1971 e /2012 e parágrafo único do artigo 442 da CLT Lei nº 6.019/ Lei nº 7.102/ Súmula nº 239 do TST Súmula nº 256 do TST Súmula nº 257 do TST Súmula nº 331 do TST Lei nº 8.955/ Artigos 25, 1º da Lei nº 8.987/1995 e 94, II da Lei nº 9.472/ IN nº 3/1997 do Ministério do Trabalho...28 CAPÍTULO 2 CONCEITO CONCEITO CLASSIFICAÇÃO...32 CAPÍTULO 3 DENOMINAÇÃO...34 CAPÍTULO 4 TERCEIRIZAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA...35

14 4.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA HIPÓTESES DE CONTRATAÇÃO DE TERCEIROS Licitações e Contratos Contratação Temporária de Servidores Concessão e Permissão Outras Hipóteses RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO CONCLUSÃO...40 CAPÍTULO 5 TERCEIRIZAÇÃO LÍCITA E ILÍCITA DENOMINAÇÃO OS ATUAIS CRITÉRIOS DE DIFERENCIAÇÃO A DIFERENCIAÇÃO ENTRE ATIVIDADE-FIM E ATIVIDADE-MEIO NA JURISPRUDÊNCIA AS CONSEQUÊNCIAS DA IMPRECISÃO DA DIFERENCIAÇÃO E A NECESSIDADE DE UM MARCO LEGAL PROPOSTAS DE NORMATIZAÇÃO Projeto de Lei nº 4.330/ Projeto de Lei nº 1.627/ IN nº 3/1997 do Ministério do Trabalho O PRINCIPAL OBJETIVO A SER PERSEGUIDO: O COMBATE À PRECARIZAÇÃO...80 CONCLUSÃO...97 REFERÊNCIAS...99

15 13 INTRODUÇÃO A terceirização consiste na contratação de terceiro para a realização de atividades da empresa. Ela é essencial para a manutenção e competitividade de várias atividades econômicas porque permite que os serviços sejam realizados por profissionais especializados e reduz custos. Porém, ela pode ser prejudicial aos trabalhadores, pois muitas vezes é utilizada para fraudar relações de emprego e, constantemente, leva à precarização do trabalho. Entretanto, apesar de ter enorme relevância econômica e grande impacto social, a terceirização até hoje não tem previsão legal. Isso leva a uma grande divergência na jurisprudência e a um cenário de insegurança jurídica. Este trabalho analisará a licitude e a ilicitude da terceirização no Brasil. No capítulo 1, será descrita a evolução histórica da terceirização no mundo e no nosso país. Também será examinado o histórico normativo da terceirização no Brasil, o que inclui leis, normas administrativas e Súmulas, iniciando na CLT e terminando na Súmula nº 331 do TST e na IN nº 3/1997 do Ministério do Trabalho. O capítulo 2 trata do conceito de terceirização. Em primeiro lugar, será dado o conceito amplo de terceirização e, logo após, será trazido o sentido estrito de terceirização utilizado pelo Direito do Trabalho. Esse capítulo também descreverá as várias formas de classificação da terceirização. O capítulo 3 fala sobre a denominação. Será abordada a origem do termo terceirização e serão listados os vários termos que são utilizados como sinônimos de terceirização. O capítulo 4 analisa a terceirização no âmbito da Administração Pública. Inicialmente, será descrita a evolução histórica, passando pelos diplomas legais que trataram da terceirização na esfera pública. Depois, serão abordadas as hipóteses de contratação de terceiros que são atualmente permitidas por lei. Ao final, será discutida a responsabilidade da Administração, analisando a recente decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o tema e a Súmula nº 331 do TST. Por último, o capítulo 5 abordará o tema principal desse trabalho, qual seja a licitude e a ilicitude da terceirização. Para começar, será justificada a utilização das expressões lícita e ilícita. Em seguida, serão vistos os atuais critérios de diferenciação entre terceirização lícita e ilícita. Posteriormente, será examinada a diferenciação entre atividade-fim e atividade-meio na jurisprudência e serão trazidas as consequências dessa diferenciação. Também serão

16 14 estudados os dois principais projetos de lei que tratam da terceirização, o PL nº 4.330/2004 e o PL nº 1.621/2007. Finalmente, será debatida a precarização do trabalho terceirizado, sendo listados mecanismos de controle para combater essa precarização. O presente trabalho tenta dar uma contribuição ao tema, buscando critérios científicos para a distinção entre terceirização lícita e ilícita.

17 15 CAPÍTULO 1 HISTÓRIA 1.1 HISTÓRIA NO MUNDO A terceirização não é uma novidade no mundo empresarial. Segundo alguns autores, ela nasce durante a Revolução Industrial inglesa, no século XVIII, por meio do chamado sistema putting out. Nesse sistema, os mercadores entregavam as matérias-primas aos artesãos e estes, com o seu próprio trabalho ou com a ajuda de auxiliares iniciantes, produziam artigos têxteis, vestuários e calçados. Tais produtos eram devolvidos aos mercadores que os comercializavam 1. Mas a terceirização, como a conhecemos hoje, surge durante a Segunda Guerra Mundial. Nessa época, as empresas produtoras de armas estavam sobrecarregadas com a demanda. Com isso, elas delegaram serviços a terceiros, que foram contratados para ajudar a aumentar a produção de armas. As empresas de trabalho temporário surgiram nos Estados Unidos em 1948, a partir de uma necessidade do advogado Winters. Esse advogado tinha de apresentar um recurso de 120 laudas datilografadas, porém, sua secretária adoeceu. Um colega, então, indicou Mary, uma antiga secretária. Mary datilografou o recurso, que foi apresentado ao tribunal tempestivamente. Winters começou a imaginar que muitas pessoas poderiam ter o mesmo problema. Assim, resolveu fundar uma empresa de trabalho temporário para atender a trabalhos inesperados e de curta duração 2. Num mundo marcado pelas inovações tecnológicas e pela competitividade no mercado internacional, há necessidade de especialização e aperfeiçoamento das atividades produtivas. Nesse contexto, a terceirização aparece como opção de organização da atividade empresarial e como oportunidade de sobrevivência para muitas empresas. Isso fez com que a terceirização se expandisse ao longo dos anos, estando presente em quase todos os países. Atualmente, o fenômeno da terceirização tem maior presença nos países asiáticos. 1 CONCEIÇÃO, Jefferson José da; LIMA, Claudia Rejane de. Empresários e trabalhadores diante da regulamentação da terceirização: é possível um acordo mínimo? In: DAU, Denise Motta; RODRIGUES, Iram Jácome; CONCEIÇÃO, Jefferson José da (Orgs.). Terceirização no Brasil: do discurso da inovação à precarização do trabalho (atualização do debate e perspectivas). São Paulo: Annablume; CUT, 2009, p MARTINS, Sergio Pinto. A terceirização e o direito do trabalho. 12. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2012, p. 2-3.

18 16 A terceirização é regulamentada de forma diferente em cada país. Há países que proíbem o trabalho temporário, como a Suécia e a Itália. Outros países o permitem, sendo o tema tratado por lei, como é o exemplo dos Países Baixos, do Japão e da França. E, ainda, há países que permitem a terceirização sem qualquer legislação sobre o assunto, tais como a Grã- Bretanha e a Suíça. 1.2 HISTÓRIA NO BRASIL A terceirização aparece no Brasil por volta de 1950, trazida por multinacionais. O objetivo das multinacionais era que pudessem concentrar esforços na essência dos seus negócios. A terceirização foi implantada, principalmente, na indústria automobilística. As primeiras empresas de trabalho temporário e de serviços terceirizáveis surgiram no país na década de Contudo, apenas nos anos 1970 que essas empresas começaram a ganhar força em virtude, especialmente, do momento de crise econômica. Até o início da década de 1990, a terceirização se concentrava em atividades básicas e de menor custo, tais como limpeza, segurança, manutenção e transporte. A partir do final dessa década, com a vigência de políticas de desregulamentação e flexibilização das relações de trabalho, a terceirização se expandiu para outras atividades, mais relacionadas às atividades principais do processo produtivo. Essa mudança no padrão de terceirização é chamada por Márcio Pochmann de superterceirização do trabalho. Analisa o autor 3 : Percebe-se, portanto, que a partir do novo ambiente econômico de liberalização comercial e financeira aprofundado pelo Plano Real, houve importante constrangimento interno à expansão produtiva. Naquela oportunidade, as empresas de terceirização de mão-de-obra apresentaram-se como mais uma possibilidade de redução de custos do trabalho. Com esse objetivo, ganhou dimensão crescente a superterceirização. Ou seja, a terceirização da mão-de-obra cada vez mais vinculada ao exercício de atividade-fim nos setores de atividade e negócios da economia nacional. Por força disso, as atividades terceirizadas de destaque passaram a ser as de supervisão, inspeção de qualidade, vendas, analistas, gerentes, técnicos, entre outras. terceirização. Desse modo, verificamos no Brasil, hoje em dia, uma expansão e diversificação da 3 POCHMANN, Márcio. Debates contemporâneos, economia social e do trabalho, 2: a superterceirização do trabalho. São Paulo: Ltr, 2008, p. 63.

19 Histórico Normativo Agora passemos a examinar o histórico normativo da terceirização no Brasil, incluindo leis, normas administrativas e Súmulas Artigo 455 da CLT A Consolidação das Leis do Trabalho, desde sua publicação em 1943, já previa uma hipótese de subcontratação de mão de obra. Prescreve o artigo 455: Art Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro. Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos termos da lei civil, ação regressiva contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a este devidas, para a garantia das obrigações previstas neste artigo. A empreitada é o contrato em que uma das partes (empreiteiro) se compromete a realizar um trabalho para a outra parte (dono da obra). Quando o empreiteiro contrata um terceiro para realizar um serviço especializado ou transitório na obra, ocorre a chamada subempreitada. O artigo 455 da CLT descreve uma hipótese de responsabilidade subsidiária, isto é, caso o subempreiteiro deixe de pagar o empregado, este pode cobrar as obrigações trabalhistas do empreiteiro principal. E havendo o pagamento das obrigações trabalhistas, o parágrafo único do artigo prevê que o empreiteiro principal tem direito de regresso contra o subempreiteiro. A subempreitada foi, durante muito tempo, a única hipótese de terceirização prevista no ordenamento Decreto-Lei nº 200/1967 O Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, trata da organização da Administração Pública Federal e estabelece diretrizes para a reforma administrativa. Dispõe o artigo 10:

20 18 Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente descentralizada. [...] 7º Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação, supervisão e controle e com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa, a Administração procurará desobrigar-se da realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre que possível, à execução indireta, mediante contrato, desde que exista, na área, iniciativa privada suficientemente desenvolvida e capacitada a desempenhar os encargos de execução. O Decreto-Lei estabelece como uma das diretrizes a descentralização da Administração Federal e induz a Administração a desobrigar-se da realização de tarefas executivas ou instrumentais, recorrendo, quando possível, à execução indireta. Tal norma foi a primeira a abordar a terceirização, entretanto, sua aplicação se restringe à Administração Pública. Esse diploma legal será melhor abordado no quarto capítulo, que trata da terceirização no âmbito da Administração Pública Leis nºs 5.764/1971 e /2012 e parágrafo único do artigo 442 da CLT A Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, define a Política Nacional de Cooperativismo, instituindo o regime jurídico das sociedades cooperativas. As cooperativas são sociedades de pessoas que têm por objetivo a organização de esforços em comum para a consecução de determinado fim 4. As cooperativas, em geral, são constituídas para prestar serviços aos associados (art. 4º da Lei nº 5.764/1971). É o que a doutrina chama de princípio da dupla qualidade, ou seja, o cooperado é, ao mesmo tempo, sócio e destinatário dos serviços da cooperativa. As cooperativas suprimem a figura do intermediário, uma vez que os serviços são realizados ou prestados pelos próprios sócios. Elas têm como finalidade, normalmente, a diminuição de despesas e custos, que os associados sozinhos não poderiam suportar. A cooperativa pode ser uma forma de terceirização quando uma empresa contrata os serviços ou bens produzidos pela sociedade cooperativa. O problema é que a terceirização por meio de cooperativas tem sido muito utilizada como instrumento de fraude. Isso ocorreu a partir da inclusão, pela Lei nº 8.949/94, do parágrafo único do artigo 442 da CLT. Afirma o dispositivo: Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade 4 MARTINS, Sergio Pinto. A terceirização e o direito do trabalho. 12. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2012, p. 89.

21 19 cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. O artigo 90 da Lei nº 5.764/1971 já dispunha que, independentemente do tipo de cooperativa, não há vínculo empregatício entre ela e seus associados. Todavia, o parágrafo único do artigo 442 da CLT acrescentou que também não existe vínculo de emprego entre os associados e os tomadores de serviços da cooperativa. Esse dispositivo serviu como incentivo para muitas empresas cometerem fraudes. Algumas empresas, para não ter vínculo empregatício e arcar com as obrigações trabalhistas, obrigaram seus empregados a constituir cooperativas de fachada, sendo que esses trabalhadores continuavam a prestar serviços para a empresa. Vale ressaltar que a jurisprudência tem definido que, verificada a fraude e preenchidos os requisitos dos artigos 2º e 3º da CLT, deve ser declarada a existência de vínculo de emprego entre o associado da cooperativa e o tomador de serviços. Por ter causado tantos efeitos deletérios, muitos autores, como Vólia Cassar 5, defendem a revogação do parágrafo único do artigo 442 da CLT. Grande parte dessas fraudes envolveu cooperativas de trabalho, que são aquelas constituídas por trabalhadores e que têm por objetivo a venda de bens e serviços para o mercado. Isso fez com que fosse editada uma lei específica para esse tipo de cooperativa, visando, entre outras coisas, coibir as fraudes à legislação trabalhista. A Lei nº , de 19 de julho de 2012, então, dispõe sobre a organização e o funcionamento das cooperativas de trabalho. Destacaremos alguns dispositivos dessa lei. O artigo 5º estabelece expressamente que a cooperativa de trabalho não pode ser utilizada para intermediação de mão de obra subordinada, quer dizer, a norma determina que a cooperativa não pode ser utilizada como instrumento de fraude. O artigo 7º garante direitos sociais mínimos aos sócios, tais como retiradas não inferiores ao salário mínimo, duração do trabalho não superior a oito horas diárias e repouso semanal remunerado. E o 6º do artigo 7º prevê a eleição de uma coordenação para as cooperativas de trabalho da modalidade serviços, cujos associados realizem suas atividades fora do estabelecimento da cooperativa. Essa coordenação será o elo do relacionamento do contratante com a cooperativa. Inferimos desses dispositivos que a lei tenta estabelecer uma relação de trabalho e renda decente, combatendo a precarização do trabalho e as fraudes. A lei busca reafirmar alguns princípios do cooperativismo, como a cooperação e a independência, visando que as 5 CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do trabalho. 5. ed. rev., ampl. e atual. Niterói: Impetus, 2011, p. 536.

22 20 cooperativas de trabalho representem uma forma de organização da produção que garanta aos trabalhadores maior autonomia e democratização das relações de trabalho. Devemos aguardar e analisar nos próximos anos se essa nova legislação conseguirá diminuir o número de fraudes e combater a precarização do trabalho Lei nº 6.019/1974 A Lei nº 6.019, de 03 de janeiro de 1974, dispõe sobre o trabalho temporário. Esta é a primeira norma sobre terceirização que teve aplicação irrestrita, incluindo a iniciativa privada. Essa lei foi inspirada na Lei francesa nº 72-1, de 3 de janeiro de 1972, que trata do trabalho temporário. Trabalho temporário, segundo o artigo 2º da Lei nº 6.019/74, é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços. E a empresa de trabalho temporário é definida como a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos (artigo 3º). Em regra, a intermediação de mão de obra é proibida. No entanto, a Lei nº 6.019/74 é uma exceção a essa regra, pois permite a intermediação de mão de obra para atender necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente, bem como no caso de acréscimo extraordinário de serviços. No caso do trabalho temporário, o trabalhador exerce suas atividades na empresa tomadora ou cliente, estando sujeito ao poder diretivo e técnico da empresa tomadora. Contudo, o vínculo de emprego é formado com a empresa de trabalho temporário, que remunera o trabalhador. As empresas de trabalho temporário só podem funcionar com o registro no Departamento Nacional de Mão-de-Obra do Ministério do Trabalho e Emprego (artigo 5º). O contrato de trabalho temporário deve ser obrigatoriamente escrito entre o empregador e o trabalhador, bem como entre a empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços (artigos 9º e 11). O prazo máximo de duração do contrato de trabalho temporário é de 3 (três) meses, salvo autorização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para prorrogar por mais tempo (artigo 10). Atualmente, as regras para prorrogação do contrato de trabalho temporário estão previstas na Portaria nº 789/2014 do MTE.

23 21 De acordo com tal Portaria, na hipótese legal de substituição transitória de pessoal regular e permanente, o contrato pode ser prorrogado mais de uma vez, sendo que a duração não pode ultrapassar um período total de 9 (nove) meses (artigo 2º). Já na hipótese legal de acréscimo extraordinário de serviços, o contrato pode ser prorrogado uma única vez, por até 3 (três) meses, totalizando 6 (seis) meses. Finalmente, vale salientar o artigo 12 da Lei nº 6.019/74, o qual garante vários direitos ao trabalhador temporário. Entre os direitos previstos, está a remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente (artigo 12, a ). O objetivo desse dispositivo é impedir a discriminação entre os trabalhadores efetivos e os temporários. Destacando que remuneração equivalente não significa remuneração idêntica ao do empregado substituído, visto que este pode ter incorporado certos benefícios e ter antiguidade na empresa, o que justifica um salário superior ao salário-base da categoria Lei nº 7.102/1983 A Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros e estabelece normas para as empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores. Essa lei decorre de pressão dos empresários, em especial dos estabelecimentos bancários, que precisavam ter vigilância especializada. A lei cria um sistema de segurança privada, havendo controle do Estado por meio do Ministério da Justiça e da Polícia Federal. As instituições financeiras não podem funcionar sem serviço de vigilância (artigo 1º), sendo que o serviço deve ser prestado por pessoas adequadamente preparadas, os chamados vigilantes (artigo 2º). A vigilância ostensiva e o transporte de valores são executados por empresa especializada (artigo 3º, I). Por consequência, a contratação de vigilantes, via de regra, só pode ser feita por intermédio de empresas especializadas. Isto é, a Lei nº 7.102/83 prevê uma hipótese de terceirização obrigatória. Mas a vigilância ostensiva e o transporte de valores também podem ser executados, excepcionalmente, pela própria instituição financeira, utilizando pessoal do quadro funcional próprio (artigos 3º, II e 10, 4º). Todavia, para poderem exercer a vigilância ostensiva e o transporte de valores, as instituições financeiras são obrigadas o cumprir o disposto nessa lei, devendo organizar e preparar seu pessoal para a execução desses serviços.

24 22 As empresas especializadas em serviços de segurança, além dos serviços de vigilância ostensiva e de transporte de valores, poderão exercer as atividades de segurança privada a pessoas, estabelecimentos, residências, órgãos e empresas públicas (artigo 10, 2º). E, para poderem funcionar, as empresas especializadas em serviços de segurança devem ter autorização do Ministério da Justiça, o qual é responsável pela fiscalização das empresas, dos cursos de formação de vigilantes e do armamento e da munição utilizados (artigo 20). A lei, da mesma maneira, regulamenta a categoria profissional dos vigilantes. Conforme o artigo 15, vigilante é o empregado contratado para a execução das atividades definidas nos incisos I e II do caput e 2º, 3º e 4º do art. 10, quais sejam a vigilância ostensiva, o transporte de valores e a segurança privada. Para o exercício da profissão, o vigilante deverá, dentre outros requisitos, ter sido aprovado em curso de formação de vigilante (artigo 16). Deve, igualmente, ter prévio registro na Polícia Federal (artigo 17). O vigilante, em serviço, pode portar revólver e utilizar cassetete de madeira ou de borracha (artigo 22). Porém, ele deve ser contratado desarmado, pois as armas são de propriedade e responsabilidade da empresa de segurança (artigo 21) Súmula nº 239 do TST A Súmula nº 239 do TST foi publicada no Diário da Justiça da União de 9 de dezembro de Sua redação original era a seguinte: É bancário o empregado de empresa de processamento de dados que presta serviço a banco integrante do mesmo grupo econômico. A referida súmula foi editada para coibir as fraudes que estavam ocorrendo no sistema bancário. Entretanto, da forma como foi redigida, ela determina que há presunção de fraude em todos os casos envolvendo empresas de processamento de dados e bancos. É fundamental lembrar que a fraude não pode ser presumida e deve ser provada. A fraude trabalhista (art. 9º da CLT) não pode ser declarada sem antes examinar-se as provas do caso concreto. Caso contrário, toda empresa que prestar serviços a bancos terá seus empregados considerados bancários, o que é equivocado. Por esses motivos, o TST já vinha moderando a aplicação da Súmula 239. Após certo tempo, a súmula foi alterada para corrigir esses problemas. Foi publicada no Diário da Justiça da União de 20 de abril de 2005 a nova redação da Súmula:

25 23 É bancário o empregado de empresa de processamento de dados que presta serviço a banco integrante do mesmo grupo econômico, exceto quando a empresa de processamento de dados presta serviços a banco e a empresas não bancárias do mesmo grupo econômico ou a terceiros. Desta forma, se a empresa de processamento de dados prestar serviços ao grupo econômico e não só ao banco, e, principalmente, se ela prestar serviços a terceiros, a terceirização será considerada lícita Súmula nº 256 do TST A Súmula nº 256 do TST foi publicada no Diário da Justiça da União de 30 de setembro de Tinha a seguinte redação: Salvo os casos de trabalho temporário e de serviço de vigilância, previstos nas Leis nºs 6.019, de , e 7.102, de , é ilegal a contratação de trabalhadores por empresa interposta, formando-se o vínculo empregatício diretamente com o tomador dos serviços. Por essa súmula, era proibida a intermediação de mão de obra tanto nas atividades-fim quanto nas atividades-meio, exceto nas hipóteses de trabalho temporário e de serviço de vigilância. Se aplicada literalmente, a súmula impediria que as empresas prestadoras de serviços continuassem a exercer esse ramo de atividade. O TST, com o tempo, passou a atenuar a aplicação dessa súmula, sendo firmado o entendimento de que o citado verbete só seria seguido em casos de fraude trabalhista (art. 9º da CLT). Devido às várias críticas recebidas, houve a necessidade de se rever a Súmula nº 256. O TST, então, decidiu cancelar a súmula, conforme a Resolução nº 121 do TST, de 19 de novembro de Súmula nº 257 do TST A Súmula nº 257 do TST foi publicada no Diário da Justiça da União de 4 de novembro de Tem a seguinte redação: O vigilante, contratado diretamente por banco ou por intermédio de empresas especializadas, não é bancário.

26 24 Como visto anteriormente, a profissão de vigilante é regulamentada pela Lei nº 7.102/83. A Súmula nº 257 está em conformidade com essa lei, uma vez que esta permite a terceirização de serviços de vigilância e transporte de valores. O fato de o vigilante trabalhar no banco e não na empresa de segurança não torna a terceirização ilícita. Isso porque o vigilante é subordinado à empresa de segurança, e não ao banco Súmula nº 331 do TST A Súmula nº 331 do TST foi publicada no Diário da Justiça da União de 21 de dezembro de Originalmente, foi assim redigida: I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de ). II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de ) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica na responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, desde que hajam participado da relação processual e constem também do título executivo judicial. A Resolução TST nº 96, de 11 de setembro de 2000, deu nova redação ao inciso IV da Súmula nº 331: IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista, desde que hajam participado da relação processual e constem também do título executivo judicial (art. 71 da Lei nº 8.666, de ). Depois, a Resolução TST nº 174, de 24 de maio de 2011, alterou mais uma vez a redação do inciso IV e acrescentou os incisos V e VI à súmula: IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta

27 25 culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de , especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. VI - A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral. A Súmula nº 331 do TST fez uma revisão da Súmula nº 256 e incluiu novos assuntos que não foram tratados nessa antiga súmula. Analisaremos, a seguir, cada um dos incisos da Súmula nº 331. O inciso I manteve o que estava previsto na Súmula nº 256. A contratação de trabalhadores por empresa interposta, ou seja, a intermediação de mão de obra é ilegal, exceto no caso de trabalho temporário, em que a intermediação é permitida de acordo com a Lei nº 6.019/74. Havendo contratação de trabalhadores por empresa interposta, o vínculo empregatício será formado diretamente com o tomador dos serviços. O inciso II trouxe uma novidade ao tratar da prestação de serviços à Administração Pública. O inciso afirma que a contratação irregular de trabalhador não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública, segundo o artigo 37, II da CF. A terceirização na Administração Pública será abordada no capítulo 4. O inciso III fez uma revisão no conteúdo da Súmula nº 256. Não há vínculo empregatício com o tomador de serviços quando se contratam serviços de vigilância (Lei nº 7.102/83), de conservação e limpeza, bem como de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador. Mas, para isso, não pode haver pessoalidade e subordinação direta. A Súmula nº 256 proibia a intermediação de mão de obra tanto nas atividades-fim quanto nas atividades-meio das empresas. Já o inciso III da Súmula nº 331 permite a terceirização nas atividades-meio. No entanto, ocorrendo pessoalidade e subordinação direta, será formado o vínculo de emprego com a tomadora de serviços. Lembrando que a pessoalidade e a subordinação direta são requisitos da relação empregatícia e estão previstos no artigo 3º da CLT. Portanto, sendo preenchidos todos os requisitos da relação empregatícia, deve ser reconhecido o vínculo de emprego com a empresa tomadora. Os conceitos de atividade-meio e atividade-fim e suas implicações na jurisprudência e na economia serão tratados no último capítulo. O inciso IV dispõe que, em caso de inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do empregador, o tomador de serviços responderá subsidiariamente por essas obrigações.

28 26 A responsabilidade subsidiária é a que vem em reforço de outra. Não pagando o devedor principal (prestadora de serviços), paga o devedor subsidiário (tomadora de serviços). A responsabilidade subsidiária só existe se o devedor principal não adimplir a obrigação. Desta maneira, o tomador de serviços apenas responderá caso o prestador não pague a dívida trabalhista ou caso o patrimônio do prestador seja insuficiente para o pagamento da dívida. O inciso IV pacificou o entendimento dos Tribunais sobre o tema. Antes da edição dessa súmula, a jurisprudência se dividia entre os que aplicavam a responsabilidade solidária e os que aplicavam a responsabilidade subsidiária. O TST entendeu que deveria ser estabelecida a responsabilidade subsidiária porque a solidariedade resulta de lei ou da vontade das partes, e não pode ser presumida. O inciso V também versa sobre a prestação de serviços à Administração Pública. A terceirização na Administração Pública será abordada em capítulo próprio. Por fim, o inciso VI prescreve que a responsabilidade subsidiária abrange todas as verbas decorrentes da condenação, quer dizer, inclui todas as obrigações trabalhistas não cumpridas pelo empregador e as multas normativas. Ainda, a responsabilidade subsidiária deve ficar limitada ao período em que o empregado prestou serviços para a tomadora Lei nº 8.955/1994 A Lei nº 8.955, de 15 de dezembro de 1994, dispõe sobre o contrato de franquia empresarial (franchising). O artigo 2º assim conceitua a franquia comercial: Art. 2º Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício. São partes no contrato de franquia o franqueador, que cede o direito de uso da marca ou dos produtos, e o franqueado, que se compromete a usar a marca, a vender os produtos ou a prestar os serviços. Como dispõe o artigo 2º, não existe vínculo de emprego entre o franqueador e o franqueado.

29 27 O franchising é uma forma de terceirização, pois é uma maneira de terceiros prestarem serviços que poderiam ser prestados pelo próprio franqueador. Por ter previsão em lei, trata-se de uma terceirização lícita. Essa forma de terceirização somente será considerada ilícita quando for utilizada para mascarar uma relação de emprego, isto é, quando houver fraude. Se o franqueado não tiver autonomia e for subordinado ao franqueador, pode ser caracterizada a relação de emprego e ser declarada ilícita a terceirização Artigos 25, 1º da Lei nº 8.987/1995 e 94, II da Lei nº 9.472/1997 A Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos. Prevê o seu artigo 25, 1º: Art. 25. Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade. 1º Sem prejuízo da responsabilidade a que se refere este artigo, a concessionária poderá contratar com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço concedido, bem como a implementação de projetos associados. Por sua vez, a Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, dispõe sobre a organização dos serviços de telecomunicações. Prescreve o artigo 94, II: Art. 94. No cumprimento de seus deveres, a concessionária poderá, observadas as condições e limites estabelecidos pela Agência: [...] II - contratar com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço, bem como a implementação de projetos associados. As duas leis tratam de concessões de serviços públicos, ou seja, são normas de Direito Administrativo. E nessas duas leis foram inseridos artigos dispondo sobre a transferência de atividades próprias da concessão a terceiros. Ambas as leis permitem a contratação de terceiros para o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço concedido. Inerentes seriam as atividades que são ligadas de modo íntimo e necessário ao serviço concedido, quer dizer, seriam as atividades-fim. Destarte, as duas leis, em tese, permitiram a contratação de terceiros nas atividades-fim, o que contraria a Súmula nº 331 do TST.

30 28 A partir da entrada em vigor dessas duas leis, muito se discutiu na doutrina e na jurisprudência sobre a interpretação e a aplicabilidade dos dispositivos citados. Parte da doutrina e da jurisprudência entende que não se pode interpretar literalmente esses artigos. Para essa corrente, as duas leis são de Direito Administrativo e não poderiam regular instituto próprio do Direito do Trabalho. Além disso, tais artigos afrontam normas e princípios do Direito do Trabalho, tais como as regras de caracterização da relação de emprego (arts. 2º e 3º da CLT) e o princípio protetor. Por conseguinte, não seria permitida a terceirização nas atividades-fim dos serviços concedidos. Outra parte da doutrina e da jurisprudência dá interpretação ampla e literal a esses artigos. Para essa outra corrente, a lei expressamente permite a contratação de terceiros para a execução de atividades-fim, não podendo o intérprete se distanciar da vontade do legislador. Apenas a declaração de inconstitucionalidade poderia afastar a aplicação desses artigos. A jurisprudência, como se verá no último capítulo, se divide sobre o tema. A questão será enfrentada pelo Supremo Tribunal Federal Instrução Normativa nº 3/1997 do Ministério do Trabalho A Instrução Normativa nº 3, de 1º de setembro de 1997, do Ministério do Trabalho dispõe sobre a fiscalização do trabalho nas empresas de prestação de serviços a terceiros e empresas de trabalho temporário. Essa IN foi editada para uniformizar o procedimento de Fiscalização do Trabalho nas empresas mencionadas. No que concerne às empresas de prestação de serviços a terceiros, a Instrução estabelece que: Art. 2º Para os efeitos desta Instrução Normativa, considerando-se empresa de prestação de serviços a terceiros a pessoa jurídica de direito privado, de natureza comercial, legalmente constituída, que se destina a realizar determinado e específico serviço a outra empresa fora do âmbito das atividades-fim e normais para que se constitui essa última. 1º As relações entre a empresa de prestação de serviços a terceiros e a empresa contratante são regidas pela lei civil. 2º As relações de trabalho entre a empresa de prestação de serviços a terceiros e seus empregados são disciplinados pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. 3º Em se tratando de empresa de vigilância e de transportes de valores, as relações de trabalho estão reguladas pela Lei nº 7.102/83 e, subsidiariamente, pela CLT. 4º Dependendo da natureza dos serviços contratados, a prestação dos mesmos poderá se desenvolver nas instalações físicas da empresa contratante ou em outro local por ela determinado. 5º A empresa de prestação de serviços a terceiros contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus empregados.

31 29 6º Os empregados da empresa de prestação de serviços a terceiros não estão subordinadas ao poder diretivo, técnico e disciplinar da empresa contratante. Art. 3º Para os efeitos desta Instrução Normativa, considera-se contratante a pessoa física ou jurídica de direito público ou privado que celebrar contrato com empresas de prestação de serviços a terceiros com a finalidade de contratar serviços. 1º A contratante e a empresa prestadora de serviços a terceiros devem desenvolver atividades diferentes e ter finalidades distintas. 2º A contratante não pode manter trabalhador em atividade diversa daquela para o qual o mesmo fora contratado pela empresa de prestação de serviços a terceiros. 3º Em se tratando de empresas do mesmo grupo econômico, onde a prestação de serviços se dê junto a uma delas, o vínculo empregatício se estabelece entre a contratante e o trabalhador colocado a sua disposição, nos termos do art. 2º da CLT. 4º O contrato de prestação de serviços a terceiros pode abranger o fornecimento de serviços, materiais e equipamentos. [...] Art. 5º [...] Parágrafo único. Presentes os requisitos configuradores da relação de emprego entre a contratante e os empregados da empresa de prestação de serviços a terceiros ou desvio da função destes, lavrar-se-á, em desfavor da contratante, o competente auto de infração, pela caracterização do vínculo empregatício. Essa Instrução Normativa foi editada com base na Súmula nº 331 do TST e, por isso, determina que a empresa de prestação de serviços a terceiros só pode atuar fora do âmbito das atividades-fim da contratante. O artigo 2º prescreve que a empresa de prestação de serviços a terceiros remunera e dirige seus empregados, os quais não estão subordinados ao poder diretivo, técnico e disciplinar da contratante. Com isso, o dispositivo quis reafirmar que o vínculo empregatício se forma entre os trabalhadores e a empresa de prestação de serviços a terceiros. O artigo 3º, 1º estabelece que a contratante e a prestadora de serviços devem desenvolver atividades diferentes e ter finalidades distintas. A IN impõe que a Fiscalização do Trabalho examine o contrato ou estatuto social das empresas para constatar se a prestadora de serviços atua nas atividades-fim da contratante. O critério de análise do contrato ou estatuto social será melhor abordado no capítulo 5. Ao final, o paragrafo único do artigo 5º estipula que, se estiverem presentes os requisitos configuradores da relação de emprego entre a contratante e os empregados da prestadora de serviços, ou se houver desvio de função dos empregados, será lavrado auto de infração em desfavor da contratante pela caracterização do vínculo empregatício. Há discussão doutrinária sobre a possibilidade de o Auditor-Fiscal do Trabalho declarar a relação de emprego. Para alguns autores, como Sergio Pinto Martins 6, só a Justiça do Trabalho tem competência para declarar a existência da relação de emprego (art. 114, I da CF), sendo o paragrafo único do artigo 5º inconstitucional. Outros autores, entre eles Rodrigo 6 MARTINS, Sergio Pinto. A terceirização e o direito do trabalho. 12. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2012, p. 170.

32 30 de Lacerda Carelli 7, entendem que, ao declarar a relação de emprego, a Fiscalização do Trabalho não está substituindo o Poder Judiciário. Ela está apenas exercendo a autoridade administrativa e o poder de polícia conferidos por lei, sendo que o auto de infração lavrado não é definitivo e pode ser anulado pela via administrativa ou judicial. Com base nesse dispositivo, foram lavrados diversos autos de infração em desfavor de empresas, em razão do grande número de irregularidades encontradas nas empresas de prestação de serviços a terceiros. 7 CARELLI, Rodrigo de Lacerda. Formas atípicas de trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr, 2010, p. 48.

33 31 CAPÍTULO 2 CONCEITO 2.1 CONCEITO A terceirização não está definida em lei e não há norma no ordenamento jurídico que trate do tema. Assim, o conceito é trazido pelos estudiosos do assunto. Terceirizar, num sentido amplo, significa transferir a terceiro. O Dicionário Aurélio traz esse significado: Terceirizar: V. t. d. Econ. Transferir a terceiros (atividade ou departamento que não faz parte de sua linha principal de atuação) 8. Esse sentido amplo do conceito de terceirização advém da Ciência da Administração. No campo da Administração de Empresas, a terceirização é entendida como a transferência de atividades para empresas especializadas, liberando a tomadora para concentrar seus esforços no seu negócio principal. Por essa definição, notamos que a terceirização está ligada à ideia de parceria, pois há a conjugação de esforços de duas empresas objetivando alcançar-se uma finalidade convergente 9. A terceirização implica ajuda mútua e complementariedade. Contudo, no Direito do Trabalho, o conceito de terceirização tem um sentido mais estrito, incluindo algumas particularidades. A doutrina trabalhista conceitua a terceirização do ponto de vista jurídico. Vejamos algumas conceituações. Mauricio Godinho Delgado define da seguinte forma 10 : Para o Direito do Trabalho terceirização é o fenômeno pelo qual se dissocia a relação econômica de trabalho da relação justrabalhista que lhe seria correspondente. Por tal fenômeno insere-se o trabalhador no processo produtivo do tomador de serviços sem que se estendam a este os laços justrabalhistas, que se preservam fixados com uma entidade interveniente. A terceirização provoca uma relação trilateral em face da contratação de força de trabalho no mercado capitalista: o obreiro, prestador de serviços, que realiza suas atividades materiais e intelectuais junto à empresa tomadora de serviços; a empresa terceirizante, que contrata este obreiro, firmando com ele os vínculos jurídicos trabalhistas pertinentes; a empresa 8 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 3. ed. rev. e atual. Curitiba: Positivo, 2004, p VERÇOSA, Haroldo Malheiros Duclerc. O direito e a terceirização da economia. In: CARDONE, Marly A.; SILVA, Floriano Corrêa Vaz da (Coord.). Terceirização no direito do trabalho e na economia. São Paulo: LTr, 1993, p DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 10. ed. São Paulo: LTr, 2011, p. 426, grifo do autor.

34 32 tomadora de serviços, que recebe a prestação de labor, mas não assume a posição clássica de empregadora desse trabalhador envolvido. Por seu turno, Vólia Cassar traz a seguinte definição 11 : Terceirização é a relação trilateral formada entre trabalhador, intermediador de mão de obra (empregador aparente, formal ou dissimulado) e o tomador de serviços (empregador real ou natural), caracterizada pela não coincidência do empregador real com o formal. [...] É o mecanismo jurídico que permite a um sujeito de direito tomar serviços no mercado de trabalho sem responder, diretamente, pela relação empregatícia estabelecida com o respectivo trabalhador. Inferimos dessas definições que, para o Direito do Trabalho, a terceirização pode ser conceituada como o mecanismo em que uma empresa contrata mão de obra por intermédio de outra empresa, sem que se forme o vínculo empregatício entre os trabalhadores e a empresa tomadora. A terceirização, deste jeito, compreende uma relação trilateral envolvendo o obreiro, a empresa prestadora de serviços e a empresa tomadora de serviços. Ressalte-se que a relação trilateral é a principal característica da terceirização, que a diferencia de outros institutos. Enquanto a relação empregatícia clássica é bilateral, envolvendo somente empregado e empregador, a terceirização é uma relação trilateral. Esse sentido estrito de terceirização do Direito Trabalhista será utilizado neste trabalho. 2.2 CLASSIFICAÇÃO Existem várias formas de classificar a terceirização. Ela pode ser dividida em estágios: inicial, quando são repassadas atividades secundárias; intermediária, quando as atividades terceirizadas são indiretamente ligadas à atividade principal; ou avançada, quando são repassadas atividades diretamente ligadas à atividade principal. A terceirização também pode ser externa ou interna. Será externa quando as atividades repassadas forem feitas fora da empresa. E será interna quando as atividades terceirizadas forem realizadas dentro da empresa. Quanto à atividade, a terceirização pode ser na atividade-meio ou na atividade-fim. Quanto à duração, pode ser temporária, que é o caso da Lei nº 6.019/74, ou de prazo indeterminado, nos demais casos. 11 CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do trabalho. 5. ed. rev., ampl. e atual. Niterói: Impetus, 2011, p. 510, grifo do autor.

35 33 privada. Quanto à natureza da atividade, pode ocorrer na atividade pública ou na atividade E quanto aos efeitos, pode ser lícita ou ilícita. Este é o tema do presente trabalho.

36 34 CAPÍTULO 3 DENOMINAÇÃO O termo terceirização surgiu no âmbito da Administração de Empresas e é um neologismo advindo da palavra terceiro, entendido como intermediário ou interveniente. Vários autores criticam o termo terceirização porque, nessa relação, não haveria um terceiro. Há, para esses autores, apenas duas partes: prestador de serviços e tomador de serviços. Alguns autores utilizam o termo terciarização, pois esse mecanismo ocorrer predominantemente no setor terciário da economia, ou seja, no setor de serviços. Outros empregam o vocábulo subcontratação, no sentido de que os trabalhadores são subcontratados por uma empresa para executarem o serviço em outra empresa. A expressão exteriorização do emprego também é usada, no sentido de transferência do posto de trabalho para outra empresa, com o trabalhador perdendo o emprego em relação ao antigo empregador. Na Administração de Empresas também é utilizado o vocábulo horizontalização ou desverticalização, pois as empresas teriam uma estrutura vertical e, ao transferirem parte de suas atividades para outras empresas, elas desverticalizariam essa estrutura. Outro termo usado na Administração de Empresas é focalização, para demonstrar que a empresa dedica-se apenas ao foco de seu negócio, isto é, à sua atividade-fim, delegando a terceiros suas demais atividades. Nos Estados Unidos, o descarte da atividade-meio, principalmente do setor de serviços, é denominado outsourcing. Essa expressão vem do inglês out (fora) e source (fonte). Ainda, surgiu o termo quarteirização para definir um outro mecanismo. Quarteirização é a contratação de uma empresa terceirizada para gerenciar os serviços executados por uma outra empresa. O termo terceirização, por ser tradicionalmente empregado no Brasil, será o utilizado no presente trabalho.

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