Coordenação: Márcia Lederman / GTZ Marcos Pinheiro / WWF-Brasil

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Coordenação: Márcia Lederman / GTZ Marcos Pinheiro / WWF-Brasil"

Transcrição

1 1 Coordenação: Márcia Lederman / GTZ Marcos Pinheiro / WWF-Brasil Transcrição: Maria Bernadete Ribeiro Chagas Memória: Ana Cíntia Guazzelli Colaboração: Yusseff Abrahim 2009

2 2 SUMÁRIO SIGLAS E ACRÔNIMOS... 4 APRESENTAÇÃO OBJETIVOS DO SEMINÁRIO ORGANIZAÇÃO DO SEMINÁRIO ANFITRIÕES Política Estadual de Conservação e Meio Ambiente no Estado do Amazonas. Nádia Ferreira D Ávila Secretária SDS-AM Resgate do I Seminário sobre Mosaicos de Áreas Protegidas na Amazônia e Avanços. Marcos Pinheiro WWF-Brasil MESAS REDONDAS I Visões institucionais sobre a constituição e gestão de mosaicos de áreas protegidas. 4.1 Domingos Macedo CEUC / SDS-AM João de Deus Medeiros DAP / SBD / MMA Luiz Joels SBF / MMA Tânia Ferreira FUNAI II - Oportunidades para a constituição e gestão de mosaicos O Corredor da Biodiversidade do Amapá como figura de gestão territorial Uma experiência de gestão integrada no Corredor Central da Mata Atlântica O Programa ARPA Fase II e os mosaicos. Anael Jacob ARPA/SBF/MMA III Possibilidades e limitantes legais para a constituição de mosaicos de áreas protegida Júlio Brandão Procuradoria Geral do Estado do Amazonas João de Deus Medeiros DAP / SBD / MMA CICLO DE PALESTRAS... 17

3 3 5.1 Aplicando os princípios do enfoque ecossistêmico à gestão de mosaicos de áreas protegidas. Stanley Arguedas Escola Latinoamericana de Áreas Protegidas/Universidade de Cooperação Internacional, da Costa Rica A diversidade de figuras para a gestão territorial de áreas protegidas. Cláudio C. Maretti WWF-Brasil Experiências de gestão integrada na Amazônia Experiência do Mosaico do Baixo Rio Negro/AM Experiência do Mosaico da Amazônia Meridional/AM-MT-RO Experiência da Gestão Integrada Cuniã-Jacundá/RO Experiência da Gestão Integrada do Mosaico do Amapá/AP Experiência da Gestão Integrada da Terra do Meio/PA A experiência do planejamento integrado na Calha Norte/PA Experiência de integração de gestão de duas UCs federais: Reserva Biológica do Rio Trombetas e Floresta Nacional Saracá Taquera APRESENTAÇÕES DOS TRABALHOS EM GRUPOS 6.1 Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Grupo V ANEXO Programação do seminário Lista de participantes... 36

4 4 SIGLAS E ACRÔNIMOS ADS APA APP ARPA Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas Área de proteção ambiental Área de proteção permanente Programa de Áreas Protegidas da Amazônia ASPECTUR Associação Pataxó de Ecoturismo CDB CECLIMA CEUC CGPIMA CI Convenção sobre Diversidade Biológica Centro Estadual de Mudanças Climáticas Centro de Unidades de Conservação - SDS/AM Coordenação Geral de Patrimônio Indígena e Meio Ambiente (FUNAI) Conservação Internacional COBRAMAB Comissão Brasileira do Programa Homem e Biosfera CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente CPPT Cuniã Centro de Pesquisa de Populações Tradicionais Cuniã DAP DIF DMGR DPMA DPT DP DTBC ECOPORÉ FAO FAS FAUC FEPI FLONA FUNAI FVA GECAM Departamento de Áreas Protegidas Departamento de Infraestrutura e Finanças (CEUC/SDS-AM) Departamento de Manejo e Geração de Renda (CEUC/SDS-AM) Departamento de Pesquisa e Monitoramento Ambiental (CEUC/SDS-AM) Departamento de Populações Tradicionais (CEUC/SDS-AM) Departamento de Proteção (CEUC/SDS-AM) Desenvolvimento Territorial com Base Conservacionista Ação Ecológica Guaporé Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação Fundação Amazônia Sustentável Ferramenta de Avaliação de Unidades de Conservação Fundação Estadual dos Povos Indígenas Floresta nacional Fundação Nacional do Índio Fundação Vitória Amazônica Grupo Estratégico de Combate a Crimes Ambientais GEF Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environment Facility ) GT GTZ ICMBio ICV IBGE IDAM Grupo de trabalho Agência Alemã de Cooperação Técnica Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Instituto Centro de Vida Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas

5 5 IDESAM IEF IDEFLOR IEPÉ IESB INCRA INPE IPAAM IPHAN IPI IPÊ ISA IUCN KfW MaB MMA NAPRA OEMA ONG PAC PAF PAOF PAS PGAI PNUMA POA ProBUC Pro-Foco RDS REBIO RESEX RPPN SBF SDS/AM SEMA/MT SEMMA SNUC UCs ZEE Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas Instituto Estadual de Floresta Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Instituto Piagaçu Instituto de Pesquisas Ecológicas Instituto Socioambiental União Internacional para a Conservação da Natureza Banco Alemão de Desenvolvimento Internacional Programa Homem e Biosfera (Man and Biosphere Programme) Ministério do Meio Ambiente Núcleo de Apoio à População Ribeirinha da Amazônia Órgão Estadual de Meio Ambiente Organização não governamental Plano de Aceleração do Crescimento Projeto de Assentamento Florestal Plano Anual de Outorga Florestal Plano Amazônia Sustentável Programa de Gestão Ambiental Integrada Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente Plano Operativo Anual Programa de Monitoramento da Biodiversidade e do Uso de Recursos Naturais em Unidades de Conservação Estaduais do Amazonas Programa de Fortalecimento em Gestão de Organizações Comunitárias nas Unidades de Conservação do Estado do Amazonas Reserva de desenvolvimento sustentável Reserva Biológica Reserva extrativista Reserva particular do patrimônio natural Secretaria de Biodiversidade e Florestas Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Mato Grosso Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Manaus Sistema Nacional de Unidades de Conservação Unidades de conservação Zoneamento Ecológico Econômico

6 6 II SEMINÁRIO MOSAICO DE ÁREAS PROTEGIDAS MEMÓRIA APRESENTAÇÃO Nos dias 26, 27 e 28 de novembro de 2008, o Centro de Unidades de Conservação (CEUC), da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS/AM) promoveu em Manaus o II Seminário de Áreas Protegidas. O evento, que teve apoio do WWF-Brasil, Cooperação Técnica Alemã (GTZ), KfW, Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) e seus doadores, contou com cerca de 150 participantes, entre técnicos de órgãos ambientais e entidades ambientalistas, representantes da FUNAI e do movimento social, envolvidos com a implementação de áreas protegidas na Amazônia. Estiveram presentes representantes dos Estados do Pará, Tocantins, Mato Grosso, Amapá, Acre, Distrito Federal e Amazonas. 1. OBJETIVOS DO SEMINÁRIO Os principais objetivos do seminário foram: Elaborar diretrizes para a gestão de mosaicos de áreas protegidas no âmbito do Programa ARPA; Estimular a troca de conhecimento sobre conceitos e marco legal para a gestão de mosaicos de áreas protegidas no bioma Amazônia a partir de experiências em curso e de novas referências; Estimular os grupos de trabalho de cada iniciativa em curso no bioma Amazônia. 2. ORGANIZAÇÃO DO SEMINÁRIO O encontro foi organizado em mesas redondas, palestras e trabalhos em grupo e moderado por Márcio Maia, do Projeto Corredores Ecológicos. Esta publicação traz de forma editada a síntese das contribuições destes três dias. A transcrição do evento foi o documento base para a elaboração deste trabalho. 3. ANFITRIÕES 3.1. Política Estadual de Conservação e Meio Ambiente no Estado do Amazonas. Nádia Ferreira D Ávila Secretária de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS/AM) A grande responsabilidade do governo do Amazonas é cuidar dos 1,5 milhões de km 2, com 98% da cobertura florestal intacta, um estoque estimado de 50% de carbono de toda Amazônia brasileira e 16% da reserva de água do planeta. Mais ou tão importante quanto a diversidade de plantas, insetos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos da Amazônia são os 3,3 milhões de habitantes (dados do IBGE/2007) que residem no Amazonas. O Brasil tem 584 terras indígenas e o Amazonas, 178 terras indígenas, com 64 etnias. O pólo industrial de Manaus congrega atualmente 550 empresas, a maioria de eletroeletrônicos e duas rodas. A arrecadação da Zona Franca de Manaus, em 2008, foi de 34 bilhões de reais, computando 105 mil empregos diretos. O grande paradigma mostra que é possível ter desenvolvimento econômico e ao mesmo tempo reduzir os índices de desmatamento no Estado.

7 7 Em junho de 2007, o governo criou a primeira Lei de Mudanças Climáticas, Conservação e Desenvolvimento Sustentável, com o anúncio da criação de uma fundação de apoio às ações de implementação nas unidades de conservação, visualizada na Fundação Amazonas Sustentável FAS. Quase 85 milhões de hectares estão protegidos por lei no Estado do Amazonas, o que significa 54% de área do Estado. O governo do Amazonas também criou, em maio de 2009, o Grupo Estratégico de Combate a Crimes Ambientais (GECAM). Para suscitar a discussão na área ambiental nas salas de aulas, foram produzidos materiais didáticos e capacitados professores nos 62 municípios do Estado Resgate do I Seminário sobre Mosaicos de Áreas Protegidas na Amazônia e avanços. Marcos Pinheiro WWF-Brasil Em 2006, a cooperação técnica iniciou um trabalho de apoio à gestão integrada no sul do Amazonas. O foco foi a região do Mosaico do Apuí e das unidades de conservação que se encontram no entorno, como Parna Campos Amazônicos e Parna Juruena. Neste momento, começaram a surgir alguns questionamentos: como envolver as terras indígenas? Como se dá um plano de manejo de uma área protegida e do mosaico dela? Até onde vai o conselho da unidade de conservação e o conselho do mosaico? Quais são as atribuições desses conselhos? Essas perguntas motivaram a realização do primeiro seminário, que ocorreu em outubro de 2007 e tinha o objetivo de definir diretrizes para a implementação dos mosaicos no âmbito do Programa ARPA, além de conhecer experiências, identificar potenciais, discutir conceitos, integrar diferentes instituições e ainda, integrar as terras indígenas ao debate. Um dos principais resultados desse primeiro seminário foi a identificação das vantagens e desvantagens de se trabalhar em mosaico, discutidos em seis grupos de trabalho. As vantagens de se trabalhar a gestão integrada em mosaicos são a possibilidade de elaboração de ações conjuntas, otimização de recursos e integração de infraestrutura. As primeiras ações compartilhadas acontecem de forma bilateral. A fiscalização é o tema que dá a primeira motivação para se promover a integração. A gestão integrada, ou seja, o nível mais estratégico, que não é só o operacional, mas compartilhar visões estratégicas de implementação e proteção da conservação de uma forma mais ampla, se dá no segundo momento, depois que as ações bilaterais começam a ser fortalecidas. A principal desvantagem observada no primeiro seminário é a dificuldade de relacionamento entre as instituições e pessoas, aqui chamada de vaidade institucional. As políticas, que às vezes não se comunicam, muitas vezes não se encontram. Sobrecarga de ações também é apontada como obstáculo. E ainda, existe a questão do recurso financeiro. Neste sentido, o trabalhar em mosaicos estava sendo visualizado como uma chance de repartir as migalhas que existem para a conservação. Também se discutiram outras questões importantes para direcionar a atuação em mosaico: requisitos para se formar um mosaico de áreas protegidas; interesse em compor o mosaico; vizinho como parceiro; instituições interessadas em fazer essa gestão integrada; equipe atuante no local/pessoas responsáveis pela unidade de conservação; processos de implementação das unidades existentes. Destacou-se como elemento importante para a formação de um mosaico a identidade regional e a existência de recursos humanos e financeiros. E também a existência de processos de cooperação técnica e processos de governos existentes na região. O SNUC traz de forma clara o reconhecimento do mosaico em escala nacional. Os Estados podem reconhecer seus mosaicos na escala que lhes cabe. Alguns passos importantes para

8 8 este processo: (i) definir uma proposta a partir da identidade territorial, identificando o território onde é possível fazer a gestão integrada; (ii) processo de mobilização, que se dá principalmente dentro do órgão público; (iii) formalização do grupo de trabalho; (iv) oficina de construção da proposta, com um plano de ação conjunto; (v) preparação dos documentos a serem encaminhados para o reconhecimento do mosaico e (vi) apresentação da proposta ao órgão responsável (MMA e OEMAs, considerando que os.estados têm autonomia para reconhecer mosaicos de unidades estaduais e municipais). Para se ter a apropriação institucional do mosaico ao longo prazo, foram previstas quatro iniciativas: (i) continuar mantendo o debate do conceito e estimular o planejamento compartilhado; (ii) implementar os processos formais, ou seja, os reconhecimentos do mosaico e o reconhecimento do conselho; (iii) estabelecer uma gestão integrada no campo; e, (iv) captar recursos de forma integrada. A questão de conselho é chave no mosaico. Com relação a conselho, o I seminário avançou na geração de dúvidas e reflexões a respeito. Qual é a atribuição desse conselho? O que ele difere de um conselho de unidade de conservação? E quais os assuntos que serão colocados na escala de conselho de mosaico? Como se dá a participação comunitária no conselho de mosaico? Qual é o nível da representação da sociedade civil nos conselhos? Como se dá essa representação? No conselho de unidade de conservação, chefe é o presidente desse conselho e no conselho do mosaico, quem seria o presidente? Quais são as competências e atribuições desse conselho? Quais são os assuntos que serão discutidos no âmbito do conselho? Mosaico, corredor ecológico e reserva da biosfera são três conceitos de ordenamento territorial explícitos no SNUC, mas que gera confusão técnica na sua aplicação. Existem diferenças importantes entre eles. O mosaico é um conjunto de unidades de conservação, que propõe uma gestão do conjunto em um contexto regional. É uma agenda principalmente de governo, onde o nível federal se entende com o nível estadual e/ou a questão da terra indígena com a questão da conservação da biodiversidade. O corredor ecológico tem um componente que é de manter esse fluxo gênico. O objetivo dele está mais relacionado à conectividade. A reserva da biosfera é um modelo de gestão integrada reconhecido internacionalmente e que tem como objetivos básicos a preservação, a pesquisa e a educação. Para a Amazônia, o desafio está na busca de mais eficiência, mais eficácia na gestão das áreas protegidas, com os recursos existentes e na promoção da integração para trabalhar grandes espaços, em nível federal, estadual e municipal. O II Seminário traz outras perguntas importantes: Que áreas fazem parte de um mosaico? Assentamento pode fazer parte de mosaico? E reserva legal? Como se dá essa integração das terras indígenas com as unidades de conservação, numa visão mais ampla? A FUNAI, no primeiro seminário, mostrou a dificuldade da abordagem nas terras indígenas, porque elas já estão organizadas com associações, já entraram no mundo da organização comunitária, já têm sua representação; mas tem índios que estão isolados... O gradiente de dificuldade de envolver a questão indígena na gestão de mosaico é enorme. Os objetivos destas discussões e eventos estão na linha de entender e debater melhor o conceito de mosaico e diferenciá-lo, por exemplo, de corredor ecológico. A cooperação técnica, com apoio do KFW, pretende em 2009 realizar o III seminário sobre mosaicos, em escala nacional. É intenção consolidar esses debates em publicações, estabelecer diretrizes do conceito e propor uma minuta de regulamentação desta figura, junto com o MMA.

9 9 4. MESAS REDONDAS Mesa redonda I: Visões institucionais sobre a constituição e gestão de mosaicos de áreas protegidas Moderador: Márcio Maia / Projeto Corredores Ecológicos Composição da Mesa: Domingos Macedo - Coordenador do Centro Estadual de Unidades de Conservação do Amazonas - CEUC/SDS-AM João de Deus Medeiros Diretor do Departamento de Áreas Protegidas DAP / Secretaria de Biodiversidade e Florestas SBD / Ministério do Meio Ambiente - MMA Luiz Joel - Representante do Serviço Florestal Brasileiro / Ministério do Meio Ambiente - MMA; Tânia Ferreira - Coordenadora de Meio Ambiente da FUNAI Domingos Macedo - Coordenador do Centro Estadual de Unidades de Conservação do Amazonas - CEUC/SDS-AM A Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Estado do Amazonas através do Centro Estadual de Unidades de Conservação é responsável pela gestão das unidades de conservação estaduais e divide algumas destas responsabilidades com instituições parceiras, como uma das estratégias adotadas para ampliar sua capacidade técnica e de captação de recursos, sendo mais efetivo na implementação destas áreas. Em 2004/2005, através do Programa de Gestão Ambiental Integrada PGAI, o governo estadual instituiu o processo de criação do mosaico do sul do Amazonas, conhecido como Mosaico do Apuí, que congrega nove unidades de conservação estaduais. Deu início a outra experiência, em parceria com a SEMA-MT, junto com o ICMBio e com apoio do WWF-Brasil, para a ampliação desse bloco de áreas protegidas, incluindo UCs estaduais e federais do Mato Grosso (Mosaico da Amazônia Meridional). Existe ainda a perspectiva de criar outro mosaico de UCs estaduais no extremo leste do Estado, entre o município de Parintins e Nhamundá, onde existe o Parque Estadual Nhamundá e a APA Nhamundá. Participa ainda da iniciativa do Mosaico do Rio Negro. Em maio de 2007 foi criado o Centro Estadual de Unidade de Conservação CEUC, passando a gestão das UCs do Estado do Amazonas para a Secretaria de Meio Ambiente, no processo de fortalecimento institucional e consolidação do Sistema Estadual de Unidades de Conservação. O CEUC está dividido em cinco departamentos: Departamento de Populações Tradicionais - DPT; Departamento de Pesquisa e Monitoramento Ambiental DPMA; Departamento de Proteção DP; Departamento de Infraestrutura e Finanças DIF e Departamento de Manejo e Geração de Renda - DMGR. Conta ainda com uma assessoria jurídica e uma assessoria técnica. É necessário ampliar a discussão da conservação para que atinja os conselhos gestores e os níveis municipais, dada a dimensão de cada município e do Estado do Amazonas. Manter intercâmbio de experiências é fundamental. Entretanto, é preciso divulgar mais, ter mais aliados, capacitar multiplicadores, para se pensar em gestão de mosaicos. 4.2 João de Deus Medeiros Chefe do Departamento de Áreas Protegidas DAP/SBF/MMA

10 10 A figura do mosaico é extremamente importante no âmbito da política de conservação da biodiversidade, no momento em que é entendida como um instrumento para se atingir a proteção mais ampla do que aquela conferida pelo espaço restrito de cada unidade de conservação. A perspectiva é fazer com que o próprio papel de cada uma das UCs seja cumprido com a maior eficácia, eficiência possível e desejável. No Artigo 26 do SNUC, está bastante clara a necessidade de se priorizar a gestão desse espaço de maneira participativa e integrada. A implementação dos mosaicos ainda é um processo que está sendo construído e que não deve estar atrelado somente a partir de um conjunto de UCs. É necessário que se utilize a amplitude das áreas protegidas na sua concepção. As áreas de preservação permanente e de reserva legal são figuras instituídas na legislação brasileira como áreas protegidas e devem ser consideradas no planejamento, na gestão de uma área reconhecida como mosaico. O MMA está trabalhando no âmbito do grupo de trabalho da CDB e com o avanço no GEF indígena, trabalha em conjunto com a FUNAI e com outros parceiros para aportar recursos que possam desenvolver trabalhos que potencializem o papel das terras indígenas na conservação da biodiversidade. COBRAMAB é o comitê brasileiro que faz o acompanhamento e orientação de toda política associada às reservas de biosferas no país. No âmbito dos corredores ecológicos, estes atuam em parceria com os comitês estaduais da reserva da biosfera. A figura do corredor se integrando ao mosaico é algo que também está previsto no decreto. O conselho de mosaico também está previsto na regulamentação e tem caráter consultivo e pode ser usado como uma instância de orientação que dê diretrizes para que os próprios conselhos de cada unidade possam atuar de maneira mais colaborativa e integrada. O mapeamento de áreas prioritárias para conservação da natureza, utilização sustentável e repartições dos benefícios é uma referência efetiva nas orientações das ações, tanto do governo federal como, também, dos governos estaduais, municipais, da iniciativa privada, no sentido de potencializar os investimentos e esforços na conservação. O Plano Amazonas Sustentável incorpora a figura do mosaico, principalmente em áreas de maior pressão antrópica, por meio de um mecanismo de gestão integrada e participativa, com o objetivo de conter a expansão desordenada. O Brasil tem hoje uma área bastante significativa de áreas protegidas, não só de UCs. Fazer com que a conservação da biodiversidade brasileira e suas áreas protegidas cumpram sua função, requer um grande esforço coletivo e a figura de mosaico pode ser fundamental para esta conquista. 4.3 Luiz Joels representante do Sistema Florestal Brasileiro Em março de 2006, a Lei de Gestão de Florestas Públicas oficializou o conceito de floresta pública como sendo florestas naturais ou plantadas localizadas nos diversos biomas brasileiros e sob domínio da União, dos Estados, municípios, Distrito Federal ou das entidades da administração direta e instituiu a responsabilidade dos governos em proteger essas áreas. As florestas públicas estão localizadas em UCs, terras indígenas, assentamento de uso sustentável, áreas militares e também em áreas não destinadas. A lei estabelece ainda que as florestas públicas devem ser conservadas e utilizadas de forma sustentável por meio de três formas de gestão: a criação de UC, a destinação para uso sustentável para as comunidades locais e os contratos de concessão florestal com empresas brasileiras por meio de processo de licitação.

11 11 Apesar da concessão florestal remeter à ideia de exploração madeireira, os contratos de concessão incluem também o manejo não madeireiro e os serviços relacionados. No processo histórico brasileiro, o recurso natural público é apropriado pelo privado e usado de maneira particular. Nesse processo há uma apropriação do território também: a terra passa de pública para privada no processo não legal, não transparente. A Lei de Gestão de Florestas Públicas propõe que isso acabe, já que as florestas públicas devem permanecer florestas e devem permanecer públicas. No Artigo 72, as florestas públicas não destinadas ao manejo florestal ficam impossibilitadas de conversão para uso alternativo do solo, até que sua classificação de acordo com o ZEE esteja oficializada e a conversão seja plenamente justificada. Hoje existem mais de 200 milhões de hectares cadastrados de florestas públicas. Incluem as terras indígenas, UCs, áreas militares e algumas áreas estaduais. Na Floresta Nacional do Jamari o processo de licitação já foi concluído. Para a FLONA Saracá Taquera foi proposta uma concessão florestal e em função das audiências públicas, foi modificada a fim de atender as aspirações locais e pleitos das populações regionais. O conjunto dos três tipos de assentamentos existentes hoje no Brasil (extrativista, florestais e desenvolvimento sustentável) soma hectares de florestas públicas. As terras não destinadas somam o valor expressivo de de hectares, que precisam de alguma maneira ser integrados ao sistema de proteção das florestas. No Estado do Amazonas há uma extensão territorial expressiva de terras estaduais públicas, não destinadas. O mosaico se destina, entre outras coisas, à conservação da biodiversidade, serviços ambientais e à promoção do desenvolvimento sustentável. A Lei de Gestão de Florestas Públicas propôs o manejo florestal como uma das formas de utilização dos recursos naturais nessas áreas. A única UC que pode ter um processo de concessão é a floresta nacional ou, no caso estadual, a floresta estadual. Para planejar o processo de concessão florestal de florestas nacionais e de florestas não destinadas, existe o PAOF, que é um documento público instituído pela Lei de Gestão de Florestas Públicas para informar quais florestas públicas podem ser submetidas ao processo de concessão, para exploração de recursos madeireiros, não madeireiros e serviços, com a finalidade de informar a governos locais, sociedade, setor empresarial e comunidades locais com antecedência sobre a possibilidade de exploração. O PAOF é um documento publicado a cada ano, do MMA, proposto pelo Serviço Florestal Brasileiro. A sociedade participa do PAOF em reuniões de consulta pública, que requer uma aprovação explícita de três órgãos antes de ser publicado, o Conselho de Defesa Nacional, no caso de áreas na faixa de fronteiras; a Secretaria de Patrimônio da União e o Instituto Chico Mendes. Por fim, ele é aprovado pelo Comitê de Gestão de Florestas Públicas, órgão consultivo do Serviço Florestal, com participação da sociedade civil, setor empresarial, governos estaduais e diversos órgãos do governo federal. O trabalho do SFB está organizado em função de cinco macrorregiões: Calha Norte, Leste Amazônia, BR-163, Purus/Madeira e Sul/Sudeste. O conceito de floresta pública pode ser relevante na questão dos mosaicos; a participação de assentamentos, não de projetos de assentamentos tradicionais, mas os de desenvolvimento sustentável, florestais e extrativistas, como elegíveis para participação de mosaicos e defender que o manejo florestal, nas áreas onde ele é apropriado e legal, pode contribuir para o desenvolvimento sustentável e trazer recursos para uma região, ajudando na organização territorial. 4.4 Tânia Ferreira Coordenadora de Meio Ambiente da Coordenação Geral de Patrimônio Indígena da Fundação Nacional do Índio - FUNAI

12 12 A FUNAI busca fazer parceria com os índios para uma gestão integrada de suas terras, visando a proteção e o desenvolvimento sustentável da região e o etnodesenvolvimento das comunidades indígenas de forma mais harmônica com seu entorno. A FUNAI vê a política de gestão integrada como forma de ampliação da capacidade de atendimento das demandas de proteção e de uso sustentável das terras indígenas, com a troca de experiência e a cooperação entre as UCs e essas terras. O importante para o sucesso da discussão dos mosaicos é que haja participação e articular, principalmente, as regionais, os movimentos indígenas regionais e as administrações regionais da FUNAI e não só a FUNAI Brasília. A garantia e a efetivação de propostas de mosaicos pressupõem fazer o reconhecimento de como esses povos indígenas, hoje, utilizam e se apropriam do seu meio e a gestão de suas terras, principalmente garantindo a preservação do meio ambiente e ampliando a conservação da biodiversidade. A FUNAI está aberta para buscar as articulações regionais e se dispõe a construir juntos uma proposta mais ampliada, onde os índios possam ser co-autores dessas propostas. Mesa Redonda II - Oportunidades para a constituição e gestão de mosaicos Moderador: Márcio Maia / Projeto Corredores Ecológicos Composição da mesa: Roberto Medeiros Gerente do Núcleo de Uso Sustentável do Amapá Oscar Artaza Flora Brasil Anael Jacob Coordenador do Programa ARPA/SBF/MMA 4.5 O Corredor da Biodiversidade do Amapá como figura de gestão territorial. Roberto Medeiros - Gerente do Núcleo de Uso Sustentável do Amapá Das terras naturais da Amazônia, km² estão no Amapá, que conta com uma população de cerca de 600 a 800 mil habitantes e com cerca de 96% das florestas intocadas. Para implementação dos corredores da biodiversidade no Estado, o governo do Amapá desenhou estratégias: (i) gestão integrada entre UCs e terras indígenas, com apoio dos parceiros GTZ, WWF-Brasil e outros; (ii) gestão territorial do projeto mosaico, com foco na região da RDS Iratapuru, que fica em Laranjal do Jari, norte do Pará e nas terras indígenas Waiãpi. Por meio destas estratégias, são trabalhados junto às comunidades os conselhos gestores e o plano de manejo, em oficinas e seminários. A atuação ativa e administração do patrimônio florestal do Amapá, através de concessões de uso, possibilitarão maior segurança para os investidores, menor custo na imobilização de capital, terras e impostos rurais, redução e eliminação de conflitos fundiários, facilidade de acesso ao mercado de produto certificado. A floresta estadual de produção integrará o corredor da biodiversidade do Amapá, destinando mais de 7,6% das áreas do Estado para ampliação de áreas de unidades de conservação, perfazendo um total 62% de áreas protegidas. O cenário de integração do corredor da biodiversidade, as florestas estaduais de produção e o plano de desenvolvimento integrado do Amapá demonstram a intenção do Amapá em trabalhar de maneira produtiva a floresta. As bases e diretrizes do desenvolvimento econômico estadual foram traçadas dentro do corredor da biodiversidade, a fim de desenvolver o Estado do Amapá de forma sustentável e economicamente viável.

13 Uma experiência de gestão integrada no Corredor Central da Mata Atlântica. Oscar Artaza Flora Brasil A Flora Brasil tem sede em Itamaraju e área de atuação no extremo sul da Bahia, entre os rios Jequitinhonha e Mucuri, na divisa com o Espírito Santo. É uma região extremamente bonita, porém de grandes conflitos. Em 2005, a Flora Brasil iniciou um trabalho de discussão de viabilidade de implementar um mosaico naquela região. A partir de uma série de oficinas organizadas pelo Ibama, GTZ, várias ONGs, Flora Brasil, IESB, buscava reunir atores da região e começar a discutir o conceito. Na metade de 2005 surgiu o edital do Fundo Nacional de Meio Ambiente para apoiar a criação de mosaicos no Brasil. No Corredor Central, duas propostas foram aprovadas: esta da Flora Brasil e a outra da Onda Azul, para trabalhar a porção mais ao norte deste Corredor Central. Uma série de oficinas definiu cinco grandes temas para compor o plano de ação do mosaico. A primeira diretriz é o envolvimento ativo da população. Há comunidades em terras indígenas, em áreas rurais e em assentamentos. O mosaico força o gestor da unidade a mudar seu olhar e seu comportamento, pois envolve um território bem maior que envolve as comunidades que estão de fora. A criação de uma unidade de proteção integral depende da participação e a adesão social para que resista em longo prazo. Conciliar desenvolvimento econômico com conservação é fundamental, para valorizar as pessoas que vivem no entorno das unidades, estendendo a atenção além dos limites da UC A partir do momento em que são trabalhados com a comunidade os seus interesses, o seu bem estar, gradativamente vai se ganhando confiança, apoio e adesão à proposta de conservação. Fortalecer internamente a gestão das UCs. Ter capacidade de captar recursos, bons planos de manejos e que de fato sejam discutidos com as comunidades; ter as unidades regularizadas do ponto de vista fundiário. Monitoramento e fiscalização. Como manter um papel efetivo de controle e de fiscalização na área do mosaico? Ferramentas de planejamentos. O mosaico está composto atualmente de 19 áreas protegidas do extremo sul da Bahia.. A adesão a uma área protegida é voluntária, mas certos critérios foram estabelecidos, por exemplo, uma APA que foi criada, mas que não tem um gestor, e nem infraestrutura não deve compor o mosaico, pois não garante operacionalização ao mosaico. O conselho do mosaico foi criado e se reuniu em duas oportunidades. A composição do conselho gestor atual é de 28 membros titulares, sendo 11 de governo e 17 da sociedade civil. Das terras indígenas, tem representantes de Barra Velha, Coroa Vermelha, Curumbauzinho e Aldeia Velha, as quais fazem parte do mosaico. Os índios pataxó e a Aldeia da Jaqueira participam com qualidade e atuam no segmento turístico. Fazem parte também o Parna Pau Brasil, Parna Descobrimento, Parna Monte Pascoal, RESEX do Corumbá, a APA Caraíva Trancoso e duas RPPNs. o Parque Nacional Marinho de Abrolhos e o Parque Municipal Marinho do Recife de Fora, as últimas duas unidades a solicitar sua inscrição no mosaico. Com isso, o mosaico abrange áreas terrestres e marinhas. Na região, para um hectare de eucalipto há um remanescente florestal e 10 de pastagem e agricultura de pequeno porte. A população é de 234 mil habitantes. Os municípios do mosaico (Cabrália, Porto Seguro, Itamaraju, Prada, Alcobaça e Caravelas) representam 70% dos remanescentes florestais, 48% da população, km², aproximadamente um terço do território do extremo sul. da Bahia. A integração das estratégias de mosaico com as de corredor na região apresenta-se como um fator importante. O mosaico está incorporado no Corredor Central da Mata Atlântica e as

14 14 políticas do corredor fazem parte das estratégias do mosaico. Na região do mosaico existem duas propostas de implementação de mini corredores: uma é numa região de 170 mil hectares e outra um pouco maior, ambas aprovadas no último edital do Projeto Corredores Ecológicos. Dentro das estratégias de fiscalização e monitoramento é utilizado um ultraleve, que por ser econômico, viabiliza três ou quatro operações de monitoramento aéreo por ano. O território do mosaico é dividido em três quadrantes e são os próprios gestores que fazem o monitoramento e assim tem mais noção de seu espaço. Também foi desenvolvida uma logomarca para que pudesse ser mais facilmente fixada e um jornal que é trabalhado nas escolas do mosaico. A Flora Brasil optou por adotar o conceito de capacitação permanente: a pessoa responsável pelo treinamento mora na comunidade e assim tem como participar de uma forma proativa. Um dos problemas enfrentado é a fabricação de peças de madeira com madeiras nativas, retirada dos parques nacionais e a estratégica encontrada no âmbito do mosaico é substituir esse recurso por madeira legal, madeira plantada e buscar o trabalho com associações que possam comercializar legalmente os seus produtos. Junto às comunidades, são trabalhadas a madeira de eucalipto, fibras, penas de galinha tingida, colar de sementes oriundas de plantações nos quintais dos comunitários. Dificuldades encontradas: (i) falta de entendimento entre as pessoas; (ii) falta de entendimento sobre o mosaico; (iii) falta de entrosamento dos gestores; (iv) dificuldades para mobilizar comunidades em áreas rurais com estradas em péssimo estado; (v) dificuldades para estabelecer programas de ações integradas; (vi) ausência do setor empresarial no planejamento e na execução e no financiamento. A principal dificuldade em trabalhar com gestão de mosaico é a relação entre as pessoas. 4.7 O programa ARPA - Fase II e os mosaicos. Anael Jacob - Coordenador do Programa ARPA/SBF/MMA Para o programa ARPA, o mosaico, como ferramenta de gestão de áreas protegidas, pode ter duas linhas: uma da eficiência na gestão e outra do desenvolvimento territorial. Ao realizar a gestão de áreas protegidas em grandes blocos é possível otimizar a utilização de recursos, aumentando a eficiência da gestão dessas áreas protegidas. Ao tratar de forma integrada as áreas protegidas de diferentes categorias, sobre diferentes esferas de governo, diferentes lógicas territoriais, é possível otimizar as potencialidades desses territórios em função e com o objetivo de promover um desenvolvimento territorial com bases conservacionistas. Com relação à eficiência na gestão de mosaicos, a combinação de diferentes categorias e esferas de gestão permite, na conservação de blocos maiores de áreas protegidas, ganhos de representatividade ecológica, que pode ser ampliada através da otimização de recursos em atividades de proteção, infraestrutura, produção de material de educação ambiental, divulgação, estímulo à participação social. Com relação ao desenvolvimento territorial, a formação dos mosaicos apresenta-se como uma oportunidade de construção de espaços de governança capaz de mobilizar capital social local e atrair recursos externos para uma implementação de estratégias de desenvolvimento aliada à conservação da natureza. O principal desafio identificado no âmbito do programa ARPA é a questão das vaidades institucionais, ou seja, as dificuldades de definir papéis, atribuições e momento que determinadas instituições tomam a frente para agir em áreas da gestão no mosaico. Outro desafio do programa é o desenvolvimento de indicadores que analisem essa efetividade dos mosaicos para além da gestão individual de cada UC.

15 15 Durante sua primeira fase, o programa ARPA apoiou a gestão de mosaico em situações específicas e basicamente restritas à experiência em uma única esfera governamental, como conjuntos de UCs federais ou conjuntos de UCs estaduais, mais na otimização de utilização dos recursos do que de gestão integrada. O ARPA, na sua segunda fase, pretende apoiar de forma mais sólida os mosaicos de UCs, porém ainda não tem definido de que forma deve ser o apoio dado pelo programa. Deve haver um esforço no sentido de capacitar os gestores para avaliar de forma adequada as potencialidades de implantar proposta de gestão por mosaico e que essas iniciativas surjam afinadas com as instâncias superiores, mas ancoradas nas equipes locais. O ARPA é composto por cinco componentes, divididos em vários subcomponentes: Criação e estabelecimento de UC; Consolidação das unidades, que prevê a implementação de áreas de proteção, planos de manejo, conselho, infraestrutura: a) Projetos de desenvolvimento sustentável junto à comunidade de entorno da UC; b) Capacitação; Desenvolvimento de mecanismos de sustentabilidade financeira em longo prazo para as UCs; Sistema de monitoramento da efetividade da gestão dessas unidades; Coordenação e gerenciamento do programa. Dentro dessa estrutura de componentes a gestão por mosaico poderia ser trabalhada através de subprojetos, no âmbito operativo de cada UC. Elas poderiam, no âmbito de seus POAs, desenvolver ações e atividades que fomentassem o processo de formação dos mosaicos ou alterar a estrutura de componentes do programa para dar um caráter mais estratégico à temática dentro da estrutura do programa como um todo. É importante fazer uma transição da abordagem de ações conjuntas para a abordagem de gestão integrada. Mesa Redonda III - Possibilidades e limites legais para a constituição e gestão de mosaico de áreas protegidas. Moderador: Márcio Maia / Projeto Corredores Ecológicos 4.8 Atuação da Procuradoria Geral do Estado do Amazonas na Avaliação e Assessoramento à SDS/AM na criação de áreas protegidas no Estado do Amazonas. Júlio Brandão Chefe da Procuradoria do Meio Ambiente/PGE/AM A Procuradoria Geral do Estado do Amazonas, através da Procuradoria do Meio Ambiente, trabalha próxima à SDS e ao Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas na criação dos espaços territoriais. Os processos são instruídos no âmbito da SDS e encaminhados à Procuradoria Geral do Estado, conforme determina a Lei do SNUC. Após a análise técnica jurídica a Procuradoria encaminha o processo para a SDS, de onde segue para a Casa Civil, para expedição dos atos, decretos ou proposta de lei específica, dependendo da transformação ou criação almejada. Para evitar ações contra o Estado, a Procuradoria Geral dispensa cuidado especial em relação à criação de áreas protegidas, no que tange à dominialidade da área. 4.9 João de Deus Medeiros Diretor do Departamento de Áreas Protegidas, do Ministério do Meio Ambiente - MMA

16 16 Uma das principais atribuições do Departamento de Áreas Protegidas (DAP) do MMA, vinculado à Secretaria de Biodiversidade e Floresta, é fazer o acompanhamento e o planejamento para a implementação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação SNUC. Junto ao ICMBio, o DAP trabalha para que os processos de criação de áreas protegidas sejam bem fundamentados tecnicamente; que tenham o envolvimento e a participação dos diferentes atores já no processo de criação, para quando chegar na fase de consulta pública os conflitos tenham sido mapeados, as alternativas apontadas, esclarecidas e debatidas de maneira transparente, clarificando para todos os atores envolvidos que a criação de espaços inicialmente protegidos é uma obrigação remetida ao poder público. Por força de determinação constitucional o poder público tem obrigação de prover os espaços protegidos. Nesse processo, é preciso cortejar interesses de outros grupos, não de uso desses espaços, mas dos que já estão consolidados. Também é importante frisar que proteção da natureza não é um obstáculo ao desenvolvimento. Nos últimos 10 anos, a maioria dos processos de criação de áreas protegidas foi questionada juridicamente. Existem processos que tentam impedir os estudos para criação de UCs e até a realização de consultas públicas, previstas em lei. No âmbito do MMA, é mantida a deliberação política de avançar na criação de novas áreas diante da necessidade de ampliar o espaço protegido nacional. Os mosaicos são figuras estabelecidas no sistema de UCs como uma forma de ampliar a gestão integrada e participativa sob o enfoque regional. A lógica do trabalho com mosaico é otimizar recursos de grupos envolvidos para que esses espaços cumpram as funções que justifiquem a sua criação. Na priorização de uma área para fins de conservação da natureza, o sistema pressupõe esforços nas três esferas do poder público: federal, estadual e municipais. Com relação aos mosaicos, o Artigo 5º da Lei do SNUC define como diretrizes dos sistemas a promoção da proteção de grandes áreas através da integração de unidades sendo que estes se apresentam como instrumentos de integração das unidades que compõem o sistema. Por ser composto por representações de todos os segmentos, os comitês estaduais de reserva da biosfera, mesmo tendo caráter consultivo, podem ser um local de discussões, críticas e orientação para gestão dos espaços. Um dos itens do decreto que regulamentou o SNUC estabelece como competências dos conselhos das unidades a busca da integração das UCs com as demais unidades, de espaços territoriais protegidos e integração com seu entorno. O reconhecimento dos mosaicos não é uma atribuição exclusiva da União. Não há nenhuma limitação para que os Estados, do ponto de vista legal, reconheçam os mosaicos, desde que tenha aprovada a Lei do Sistema Estadual de Unidades de Conservação. Isso não quer dizer que o Estado só poder reconhecer os mosaicos de unidades estaduais. Se o mosaico é desenhado e enviado com todas as anuências e envolvendo unidades municipais, estaduais e federais, mas no âmbito do território do Estado, esse reconhecimento poderia ser feito pelo Estado sem que gere conflito de competências. O SNUC especifica que o reconhecimento dos mosaicos entendidos como federais seja feito por ato do MMA.

17 17 5 CICLO DE PALESTRAS 5.1 Aplicando os princípios do enfoque ecossistêmico à gestão de mosaicos de áreas protegidas. Stanley Arguedas Escola Latino Americana de Áreas Protegidas/Costa Rica A origem do enfoque é a Convenção da Diversidade Biológica e foi aprovado pela COP5. O Brasil foi o primeiro signatário a ter a convenção e o primeiro a aplicar esse enfoque, que se apresenta num conjunto de 12 princípios, acompanhados de cinco orientações. O enfoque tem maior força em conservação na escala de paisagem. Pode ser aplicado em manejo de áreas protegidas, de bacias, da reserva da biosfera, de biomas, de corredores biológicos, em gestão de terras indígenas, em aplicação de ordenamento territorial e planejamento de uso de solo, na escala municipal, de um Estado, de um país e também em mosaicos. Quatro princípios do enfoque ecossistêmico falam de poder. Enfatizam que: (i) os atores e a sociedade decidem sobre o objetivo da gestão; (ii) que a gestão deve estar descentralizada; (iii) que as formas de conhecimentos devem ser consideradas; (iv) que todos os setores da sociedade devem participar da gestão. Outros quatro princípios estão relacionados com os atributos e características da gestão de um ecossistema. O enfoque ecossistêmico é antropocêntrico, entendendo-se o ser humano e todas as suas manifestações como parte do ecossistema. Quanto às recomendações aos mosaicos, para se garantir boa participação é preciso fazer um bom mapa de atores; construir com esses atores os objetivos de gestão do mosaico; estabelecer mecanismos efetivos para uma governança descentralizada, participativa e democrática em nível de mosaico; investir na capacidade das pessoas para que possam tomar decisões; estabelecer mecanismos que permitam que todos os atores, de diferentes setores, disciplinas, grupos sociais possam participar em equidade de poder. O ecossistema no contexto econômico deve ser questionado. Isto não significa atribuir um valor em dinheiro para os ecossistemas, mas entender como os ecossistemas impactam a economia de uma região, quais as contribuições econômicas que esses ecossistemas darão à sociedade, para buscar o equilíbrio entre a conservação e o uso da biodiversidade de uma maneira integral. Nesta mesma contextualização é preciso identificar os serviços ecossistêmicos que existem nos mosaicos; garantir que esses serviços cheguem de maneira justa e equitativa para as pessoas que mais necessitam, em tempo, quantidade e qualidade; investir em fortalecimento da organização produtiva local para democratizar os serviços ecossistêmicos. O enfoque ecossistêmico se propõe a fazer conservação solidária entre ecossistemas, focando na estrutura e funcionamento dos sistemas. O grande objetivo do enfoque é conservar a funcionalidade do ecossistema. Os mosaicos devem fazer um esforço para quantificar, valorar e cobrar os serviços ambientais. Uma de suas grandes metas é identificar e manter os serviços ecossistêmicos e devem trabalhar com os planos de ordenamento territorial ou ter relações de coordenação com todos os esforços de planejamento em nível regional. Os valores naturais, culturais ou especiais, como outros enforques de conservação, devem ser incorporados pelo enfoque principal de manter a estrutura em funcionamento dos ecossistemas. Planejar a conservação à luz do enfoque ecossistêmico significa aplicar escalas temporais e espaciais apropriadas e reconhecer que o objetivo de conservação vai atender um longo prazo. O grande desafio é como passar dos limites institucionais aos limites funcionais, limites que sirvam para os ecossistemas.

18 18 Estabelecer mecanismo de planejamento na escala de mosaico vê as áreas protegidas como parte de um sistema que está tentando alcançar objetivos comuns com base em uma coordenação interinstitucional. Como garantir, através dos mosaicos, limites institucionais e entrar nos limites ecossistêmicos que permita garantir a manutenção dos serviços no planeta e na região é a escala de trabalho e de desafio dos mosaicos A diversidade de figuras de gestão territorial de áreas protegidas. Cláudio C. Maretti - Superintendente de Conservação do WWF-Brasil Há mais de um século já se fazia proteção de áreas de mananciais de águas, como uma área protegida, embora embrionária na sua forma. Um novo paradigma se estabelece com a criação dos parques nacionais, sendo uma área mais fortemente estabelecida, com objetivos mais claros. Os objetivos dos parques nacionais dos Estados Unidos era para proteger paisagens marcantes, bonitas e ainda a definição do domínio territorial. Os Estados Unidos se identifica com essas características naturais e a formação da nação passa por essa definição territorial. No Velho Mundo, sem considerar a Índia e a China, as definições de fronteiras foram feitas de outras formas, através de séculos, de vai e vem de guerras e de características culturais. Hoje a rede de parques nacionais ou das reservas, ou das paisagens bonitas, foi definida com outros fins: serve ao objetivo de proteção da biodiversidade. Existe a definição de área protegida do SNUC que é nacional, embora as entidades da federação possam ter outras. A Convenção da Diversidade Biológica é o instrumento internacional mais importante que traz também uma definição a respeito. E normalmente, a da IUCN é a mais reconhecida. Existem definições na Convenção do Patrimônio Mundial. Deve-se pensar no objetivo maior de todos que é todo o planeta. São necessários mecanismos de entender as informações coletadas em nível mundial. Mas no banco de dados mundial de áreas protegidas existe cerca de um terço dos dados que não são aproveitados pelo PNUMA, pois não são completos ou confiáveis. No caso brasileiro, os objetivos de conservação também estão claramente definidos e reforçados com garantias adequadas para sua proteção. As UCs têm uma particularidade importante, são uma instituição, um departamento, um nível organizacional, o que pressupõe equipe, orçamento, funções, atividades, como um elemento ativo, que promove os objetivos. Isso implica que um conjunto de áreas protegidas, como é o mosaico, deve ter esses princípios na base principal da sua atividade, o que exige capacitação das equipes envolvidas e parcerias. A IUCN promoveu nos últimos anos as áreas de conservação comunitária. Cada peça do conjunto de opções tem que dar sua contribuição. Para resolver coisas como a conservação e desenvolvimento sustentável da Amazônia, é necessário inovação, com respeito à legislação e ao papel dos governos. Áreas comunitárias e privadas só são reconhecidas se forem RESEX ou RPPN oficialmente registrada. A RESEX é um caso interessante, porque quando foram oferecidas à sociedade, depois de reconhecidas e oficializadas pelo governo federal, representavam um pacto social entre a população local, que definia seus meios de vida, e os ecologistas, que buscavam um significando mais amplo, até global para isso. A lógica que nasce como pacto social é constantemente tensionada para um lado e para o outro e é nessa lógica que está a solução. A questão da efetividade traz novamente a lógica de gestão ativa, mas também a necessidade de avaliar se a conservação está sendo alcançada ou não, se tem foco e clareza no ciclo de

19 19 gestão completa, que implica em planejamento, implementação, avaliação, lições aprendidas, registradas, divulgadas e incorporadas a um novo planejamento. O objetivo é a conservação e o desenvolvimento sustentável do planeta Terra, da natureza que está e da natureza humana que está nele e por isso se estruturam convenções, como das mudanças climáticas e da diversidade biológica. Esse objetivo, na estrutura de hoje, está dividido por países, em função dos signatários das convenções. Se não tiver a sociedade participando de forma efetiva, essas decisões governamentais são pouco eficazes. Atualmente existe um esforço liderado pela Organização das Áreas Protegidas da América Latina, apoiada pela FAO, para fazer avaliação de efetividade de manejo das áreas protegidas no conjunto panamazônico. A idéia é que a conservação seja mantida em longo prazo, ou seja, com esse mundo em mudanças naturais e provocadas. No mundo da crise climática é fundamental proteger e ter garantias de uma população viável em um determinado espaço; pensar nas migrações que as mudanças climáticas vão causar. Isso é importante para a Amazônia brasileira. Quanto à questão da conservação, os ecossistemas, as populações, as definições clássicas, a definição da IUCN está um pouco mais restrita. No caso brasileiro é um padrão mais clássico que inclui a preservação, o uso sustentável, mas não fica claro como monitorar isso através das estruturas dos ecossistemas, da composição das espécies, da funcionalidade. A importância de se incluir os serviços ecológicos traz a noção que protegendo a natureza, supostamente já estaria fazendo isso. Traz essa noção de conexão com a sociedade de forma importante, além dos valores culturais associados. Exemplo no Parque Nacional da Tijuca, o Corcovado, tem um valor cultural para o Brasil. É na multiplicidade dos valores que se vai conseguir, de fato, proteger. A Convenção da Diversidade Biológica de certa forma deixa expressa que reconhece que áreas que foram criadas com outro fim e colaboram com a conservação devem ser consideradas como áreas protegidas. Além disso, existe na comunidade a discussão das áreas de conservação comunitária que não pressupõe o reconhecimento público por obrigação. Seria como uma comunidade indígena que tem o domínio territorial, mas que não tem a terra indígena oficialmente estabelecida ou outra comunidade qualquer que consiga sustentar e ter essa decisão que parte dela deve ser conservada. É essencial se pensar na questão da sustentabilidade a longo prazo e isso só vai estar garantido pela multiplicidade de valores se a gente tiver noção desses valores. O objetivo da classificação internacional é uma linguagem comum e não um reconhecimento e nem uma imposição. Tem uma série de objetivos gerais. São seis categorias com diferentes objetivos, estabelecidos pela IUCN. E na definição atual da IUCN diz claramente que uma área protegida só pode ser assim considerada se ela tiver um objetivo de conservação da natureza e se em caso de conflito isso prevalecer, sendo benéfico e possível, se ter a proteção da natureza e o seu uso sustentável em sinergia. Essas coisas ficam claras quando se vê em perspectiva, em sistemas, em grupos de áreas protegidas. Existem gestões por governo, privadas e por comunidades e gestões que são compartilhadas. Isso não predefine a categoria e seus objetivos, mas as duas coisas podem ser correlacionadas. A busca de efetividade de gestão tem que ser vista pelos grupos de gestão. No caso da Amazônia, um dos efeitos benéficos que se tem visto das áreas protegidas está em função da dominialidade, pois desvia a grilagem das terras. É necessário se pensar em trabalhar em conjunto e na busca de objetivos maiores. Os mosaicos são fundamentais para que se atinjam esses objetivos maiores e não ficar na visão dos objetivos muito limitados de cada área individual.

20 Experiências de Gestão Integrada na Amazônia Experiência do Mosaico do Baixo Rio Negro/AM - Apresentação: Thiago/IPÊ A experiência do mosaico de área protegidas do baixo rio Negro é uma proposta de gestão e desenvolvimento territorial com bases sustentáveis. A ideia de trabalhar gestão compartilhada surgiu em 2003 e seguiu até 2005 no âmbito das ações dos corredores ecológicos. Em 2005, o Fundo Nacional do Meio Ambiente lançou o edital e o IPÊ entrou como proponente junto com os parceiros ICMBio, SDS, SEMMA, Projeto Corredores Ecológicos, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Novo Airão, associações de artesãos e pescadores de Novo Airão, Fundação Vitória Amazônica e Fundação Almerinda Malaquias. O mosaico está localizado na Amazônia Central, entre Manaus e Barcelos, na calha do baixo rio Negro, com cerca de 9 milhões de hectares, incluindo a Terra Indígena Waimiri-Atroari. O mosaico é composto pelas seguintes UCs: RDS do Tupé, de 12 mil hectares (municipal); RDS Anamã, Parques Estaduais do Rio Negro Setor Norte e Sul, APA Tarumã e a APA Margens Esquerda e Direita do Rio Negro (estaduais); Reserva Extrativista do Unini, Parque Nacional do Jaú e Parque Nacional de Anavilhanas (federais), além das Terras Indígenas Waimiri Atroari. Essas unidades se articularão em um conselho, que se pretende que dialogue com o conselho da reserva da biosfera e corredores. O rio Negro é conhecido por sua agrobiodiversidade nos sistemas agrícolas, tem diversidade cultural e diversidade territorial, com indígenas e populações ribeirinhas. A exploração madeireira, conflito pesqueiro, a expansão urbana, patrimônio arqueológico ameaçado, conflitos fundiários, turismo desordenado e desvalorização dos territórios dos saberes locais são as principais ameaças socioambientais na região. O potencial de desenvolvimento territorial na região está nos serviços ambientais, uso dos recursos de fibras e cipós, sistemas agroflorestais, articulação interinstitucional, sociedade civil organizada e atuante. Para a primeira meta de formação do mosaico, foram realizadas reuniões e oficinas com o objetivo de mobilizar, informar e planejar as ações do mosaico e definir sua área de abrangência; formado um grupo de trabalho dos gestores e consultas nos conselhos consultivos e deliberativos existentes na área. A definição da área de abrangência levou em conta os critérios a partir de uma matriz identificando áreas que estavam próximas das UCs. As atribuições do mosaico são: (i) apreciar e acompanhar o plano de ação; (ii) propor ações conjuntas, captar recursos e divulgar ações; (iv) manifestar-se sobre empreendimentos no território; (v) elaborar o regimento interno; (vi) criar grupos de trabalho ou câmaras técnicas para discutir temas específicos; (vii) manifestar-se sobre assuntos de interesse para a gestão; (viii) definir prioridades de pesquisas e ações de educação ambiental; (ix) organização social nas áreas protegidas. Essas ações não deveriam interferir no funcionamento e objetivos legais das áreas protegidas. Para o plano de ação, foram definidos cinco eixos temáticos: (i) educação ambiental e organização social; (ii) usos de recursos naturais e alternativas econômicas; (iii) proteção; (iv) turismo e visitação educativa; (v) regularização fundiária. Desenvolvimento territorial é outra meta do mosaico, com formação de uma equipe técnica, reuniões de mobilização com parceiros e com as comunidades para construção de um diagnóstico do mosaico, principalmente das iniciativas com enfoque na sociobiodiversidade e na construção de bancos de dados. Como próximos passos para 2009, estão previstas a realização da oficina de planejamento e desenvolvimento territorial, elaboração e análise do plano de desenvolvimento pelo conselho do mosaico (quando instituído) e o desenvolvimento de um processo de certificação e uma marca para o mosaico.

Mosaicos de áreas protegidas. Gestão integrada - o desafio da articulação interinstitucional

Mosaicos de áreas protegidas. Gestão integrada - o desafio da articulação interinstitucional Mosaicos de áreas protegidas Gestão integrada - o desafio da articulação interinstitucional Curso Introdução a Gestão de UCs Rio Branco, junho 2008 SNUC Art. 26. Quando existir um conjunto de unidades

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

MOSAICO DE ÁREAS PROTEGIDAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA - MAPES

MOSAICO DE ÁREAS PROTEGIDAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA - MAPES MOSAICO DE ÁREAS PROTEGIDAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA - MAPES ACADEBIO Agosto de 2012 Suiane Benevides Marinho Brasil /RVS Rio dos Frades / Sec. Executiva do COMAPES EXTEMO SUL DA BAHIA CORREDOR CENTRAL

Leia mais

Projeto de Fortalecimento e Intercâmbio de Mosaicos de Áreas Protegidas na Mata Atlântica

Projeto de Fortalecimento e Intercâmbio de Mosaicos de Áreas Protegidas na Mata Atlântica Documento de referência RBMA: Subsídios para Marco Regulatório de Mosaicos de Áreas Protegidas versão 1.0 agosto 2009 I Definição e base conceitual: 1 Os mosaicos foram definidos no SNUC a partir de: LEI

Leia mais

Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Experiência em Gestão Territorial

Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Experiência em Gestão Territorial Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Experiência em Gestão Territorial João Albuquerque - Outubro/ 2009 Reservas da Biosfera-A escala dos Biomas Art. 41. A Reserva da Biosfera é um modelo, adotado internacionalmente,

Leia mais

PLANO DE GESTÃO DA TERRA INDIGENA SETE DE SETEMBRO EM CACOAL-RONDÔNIA-BRASIL. PAITER X PROJETO REDD+

PLANO DE GESTÃO DA TERRA INDIGENA SETE DE SETEMBRO EM CACOAL-RONDÔNIA-BRASIL. PAITER X PROJETO REDD+ PLANO DE GESTÃO DA TERRA INDIGENA SETE DE SETEMBRO EM CACOAL-RONDÔNIA-BRASIL. PAITER X PROJETO REDD+ GASODÁ SURUI TURISMOLOGO E COORDENADOR DE CULTURA PAITER NA ASSOCIAÇÃO METAREILA DO POVO INDIGENA SURUI.

Leia mais

Diretrizes i para formação e. mosaicos na Amazônia

Diretrizes i para formação e. mosaicos na Amazônia Diretrizes i para formação e implementação de mosaicos na Amazônia Márcia Lederman (GTZ): marcialederman@yahoo.com.br Marcos Pinheiro (WWF-Brasil): marcos@wwf.org.br Mosaico de Unidades de Conservação

Leia mais

O Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC) do Amazonas: momento atual e perspectivas futuras

O Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC) do Amazonas: momento atual e perspectivas futuras O Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC) do Amazonas: momento atual e perspectivas futuras Centro Estadual de Unidades de Conservação Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento

Leia mais

Planejamento Turístico para Promoção do Turismo de Base Comunitária: experiências no Amazonas e no Pará

Planejamento Turístico para Promoção do Turismo de Base Comunitária: experiências no Amazonas e no Pará Capítulo do Livro: Série Integração, Transformação e Desenvolvimento: Áreas Protegidas e Biodiversidade Fundo Vale para o Desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro. 2012. Planejamento Turístico para

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Reserva Extrativista Chico Mendes

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Reserva Extrativista Chico Mendes MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE Reserva Extrativista Chico Mendes Termo de Referência 2013.0729.00042-4 1 - Identificação Contratação de Serviço Pessoa

Leia mais

Identificação Contratação de consultoria pessoa física para desempenhar a função de Gerente de Projetos Pleno.

Identificação Contratação de consultoria pessoa física para desempenhar a função de Gerente de Projetos Pleno. TERMO DE REFERÊNCIA nº 030/2012 Responsável: Fábio Leite Setor: Unidade de Gestão de Programas Rio de Janeiro, 10 de julho de 2012. Identificação Contratação de consultoria pessoa física para desempenhar

Leia mais

CHAMADA DE PROPOSTAS Nº 1/2015

CHAMADA DE PROPOSTAS Nº 1/2015 Programa Áreas Protegidas da Amazônia Departamento de Áreas Protegidas Secretaria de Biodiversidade e Florestas Ministério do Meio Ambiente CHAMADA DE PROPOSTAS Nº 1/2015 APOIO FINANCEIRO AO PROCESSO DE

Leia mais

Reserva da Biosfera da Amazônia Central

Reserva da Biosfera da Amazônia Central Reserva da Biosfera da Amazônia Central Estudo de caso da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã Seminário Internacional sobre Mineração e Sustentabilidade Socioambiental em Reservas da Biosfera

Leia mais

Seminário de Atualização para Jornalistas sobre a COP 9 da Convenção sobre a Diversidade Biológica

Seminário de Atualização para Jornalistas sobre a COP 9 da Convenção sobre a Diversidade Biológica Seminário de Atualização para Jornalistas sobre a COP 9 da Convenção sobre a Diversidade Biológica Biodiversidade e Áreas Protegidas Anael Aymoré Jacob Coordenador do Bioma Amazônia - DIREP/ICMBIO Convenção

Leia mais

Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA)

Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) Trajano Quinhões Coordenador do Programa Departmento de Áreas Protegidas - DAP Secretaria de Biodiversidade e Florestas - SBF Outubro/ 2012 Programa Áreas Protegidas

Leia mais

RELATÓRIO DAS OFICINAS SOBRE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DOS PROJETOS DE ASSENTAMENTO DO PROGRAMA NACIONAL DE REFORMA AGRÁRIA

RELATÓRIO DAS OFICINAS SOBRE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DOS PROJETOS DE ASSENTAMENTO DO PROGRAMA NACIONAL DE REFORMA AGRÁRIA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO MDA INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA INCRA RELATÓRIO DAS OFICINAS SOBRE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DOS PROJETOS DE

Leia mais

Rede de Produção de Plantas Medicinais, Aromáticas e Fitoterápicos

Rede de Produção de Plantas Medicinais, Aromáticas e Fitoterápicos Rede de Produção de Plantas Medicinais, Aromáticas e Fitoterápicos Atores envolvidos Movimentos Sociais Agricultura Familiar Governos Universidades Comunidade Científica em Geral Parceiros Internacionais,

Leia mais

EMENDA AO PLDO/2003 - PL Nº 009/2002-CN ANEXO DE METAS E PRIORIDADES

EMENDA AO PLDO/2003 - PL Nº 009/2002-CN ANEXO DE METAS E PRIORIDADES Emenda Nº: 656 0468 CIENCIA E TECNOLOGIA PARA A GESTÃO DE ECOSSISTEMAS 4134 DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS SOBRE FRAGMENTAÇÃO NA MATA ATLANTICA PESQUISAS REALIZADAS 20 Para conservar biodiversidade precisamos,

Leia mais

1. Objetivos da Chamada de Projetos para esta Linha de Ação Temática

1. Objetivos da Chamada de Projetos para esta Linha de Ação Temática ANEXO TEMÁTICO 5: Tema Prioritário V - Projetos Comunitários Linha de Ação Temática 5.1 Projetos Comunitários (comunidades tradicionais e povos indígenas) 1. Objetivos da Chamada de Projetos para esta

Leia mais

Capacitação para o Desenvolvimento Sustentável na Amazônia

Capacitação para o Desenvolvimento Sustentável na Amazônia Programa 0502 Amazônia Sustentável Objetivo Promover o desenvolvimento da Amazônia, mediante o uso sustentável de seus recursos naturais. Indicador(es) Número de Ações 9 Taxa de participação de produtos

Leia mais

Proposta de Plano de Desenvolvimento Local para a região do AHE Jirau

Proposta de Plano de Desenvolvimento Local para a região do AHE Jirau Proposta de Plano de Desenvolvimento Local para a região do AHE Jirau Fundação Getulio Vargas, Abril de 2011 REGIÃO PODE TER LEGADO COMPATÍVEL COM DESENVOLVIMENTO INOVADOR E SUSTENTÁVEL Deixar um legado

Leia mais

Proteção e Uso Sustentável das Florestas Tropicais

Proteção e Uso Sustentável das Florestas Tropicais Proteção e Uso Sustentável das Florestas Tropicais Estado Atual e perspectivas Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável Contribuições para políticas públicas Seminário Nacional Diálogos sobre

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA nº 2014.0425.00020-0

TERMO DE REFERÊNCIA nº 2014.0425.00020-0 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DE BIODIVERSIDADE E FLORESTAS (SBF) DIRETORIA DE ÁREAS PROTEGIDAS (DAP) PROGRAMA ÁREAS PROTEGIDAS DA AMAZÔNIA (ARPA) TERMO DE REFERÊNCIA nº 2014.0425.00020-0 OBJETIVO:

Leia mais

CARTA DO PARANÁ DE GOVERNANÇA METROPOLITANA

CARTA DO PARANÁ DE GOVERNANÇA METROPOLITANA CARTA DO PARANÁ DE GOVERNANÇA METROPOLITANA Em 22 e 23 de outubro de 2015, organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano SEDU, por meio da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba COMEC,

Leia mais

NÚCLEOS DE EXTENSÃO EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL. PARCERIA MDA / CNPq. Brasília, 13 de maio de 2014

NÚCLEOS DE EXTENSÃO EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL. PARCERIA MDA / CNPq. Brasília, 13 de maio de 2014 NÚCLEOS DE EXTENSÃO EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL PARCERIA MDA / CNPq Brasília, 13 de maio de 2014 A política de desenvolvimento territorial Desde 2004 a SDT implementa a estratégia de desenvolvimento

Leia mais

Política Estadual de Governança Climática e Gestão da Produção Ecossistêmica

Política Estadual de Governança Climática e Gestão da Produção Ecossistêmica Política Estadual de Governança Climática e Gestão da Produção Ecossistêmica R E A L I Z A Ç Ã O : A P O I O : A Razão Diversos estados e municípios também estão avançando com suas políticas de mudanças

Leia mais

SERRA DO AMOLAR. A vida que bate no lado esquerdo do Pantanal

SERRA DO AMOLAR. A vida que bate no lado esquerdo do Pantanal SERRA DO AMOLAR A vida que bate no lado esquerdo do Pantanal 2015 O CAMINHO DAS ÁGUAS Quando adentram a planície, as águas diminuem de velocidade por conta da baixa declividade e dão origem a grandes

Leia mais

FICHA PROJETO - nº 075-MA

FICHA PROJETO - nº 075-MA FICHA PROJETO - nº 075-MA Mata Atlântica Grande Projeto 1) TÍTULO: CENTRO DE REFERÊNCIA EM BIODIVERSIDADE DA SERRA DOS ÓRGÃOS: UMA ALIANÇA ENTRE EDUCAÇÃO, TURISMO E CONSERVAÇÃO. 2) MUNICÍPIOS DE ATUAÇÃO

Leia mais

O Mercado como instrumento de conservação da Mata Atlântica. Consumo Responsável, Compromisso com a Vida!

O Mercado como instrumento de conservação da Mata Atlântica. Consumo Responsável, Compromisso com a Vida! Mercado Mata Atlântica Reserva da Biosfera da Mata Atlântica O Mercado como instrumento de conservação da Mata Atlântica Consumo Responsável, Compromisso com a Vida! Apresentação O Programa "Mercado Mata

Leia mais

Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Experiências e Aspectos Conceituais. Clayton F. Lino - Maio/ 2009

Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Experiências e Aspectos Conceituais. Clayton F. Lino - Maio/ 2009 Mosaicos de Áreas Protegidas na Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Experiências e Aspectos Conceituais Clayton F. Lino - Maio/ 2009 SNUC MOSAICOS LEI FEDERAL Nº 9.985-00 Art. 26. Quando existir um conjunto

Leia mais

ICKBio MMA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

ICKBio MMA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE ICKBio INSTRUÇÃO NORMATIVA No- 11, DE 8 DE JUNHO DE 2010 Disciplina as diretrizes, normas e procedimentos para a formação e funcionamento de Conselhos Consultivos em unidades de conservação federais. O

Leia mais

a Resolução CONAMA nº 422/2010 de 23 de março de 2010, que estabelece diretrizes para as campanhas, ações e projetos de educação ambiental;

a Resolução CONAMA nº 422/2010 de 23 de março de 2010, que estabelece diretrizes para as campanhas, ações e projetos de educação ambiental; Portaria Normativa FF/DE N 156/2011 Assunto: Estabelece roteiros para elaboração de Plano Emergencial de Educação Ambiental e de Plano de Ação de Educação Ambiental para as Unidades de Conservação de Proteção

Leia mais

Unidades de conservação valorizando o patrimônio natural brasileiro

Unidades de conservação valorizando o patrimônio natural brasileiro Unidades de conservação valorizando o patrimônio natural brasileiro Fábio França Silva Araújo Departamento de Áreas Protegidas Ministério do Meio Ambiente Unidades de conservação: Espaços territoriais

Leia mais

Escola de Políticas Públicas

Escola de Políticas Públicas Escola de Políticas Públicas Política pública na prática A construção de políticas públicas tem desafios em todas as suas etapas. Para resolver essas situações do dia a dia, é necessário ter conhecimentos

Leia mais

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA. TERMO DE REFERÊNCIA CONS - OPE 03 01 Vaga

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA. TERMO DE REFERÊNCIA CONS - OPE 03 01 Vaga INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA CONS - OPE 03 01 Vaga 1. IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Consultoria para promover estudos, formular proposições e apoiar as Unidades

Leia mais

Líderes da Conservação - Instituto de Desenvolvimento Sustentável

Líderes da Conservação - Instituto de Desenvolvimento Sustentável Líderes da Conservação - Instituto de Desenvolvimento Sustentável Considerada uma das mais avançadas do mundo. Sua estrutura começou a ser composta em 1981, a partir da Lei 6.938. Da Política Nacional

Leia mais

I Curso sobre Pagamentos por Serviços Ambientais Porto Seguro, 1 de junho de 2010. Chris Holvorcem Instituto BioAtlântica

I Curso sobre Pagamentos por Serviços Ambientais Porto Seguro, 1 de junho de 2010. Chris Holvorcem Instituto BioAtlântica I Curso sobre Pagamentos por Serviços Ambientais Porto Seguro, 1 de junho de 2010 Chris Holvorcem Instituto BioAtlântica Localização Corredor Central da Mata Atlântica Sítio do Patrimônio Mundial Natural

Leia mais

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Banco Cooperativo Sicredi S.A. Versão: Julho/2015 Página 1 de 1 1 INTRODUÇÃO O Sicredi é um sistema de crédito cooperativo que valoriza a

Leia mais

Seminário Intersetorial Empresas e Povos Indígenas 13/03/14

Seminário Intersetorial Empresas e Povos Indígenas 13/03/14 Seminário Intersetorial Empresas e Povos Indígenas 13/03/14 1 ANDAMENTOS DOS TRABALHOS GTAI/FMASE FMASE 2005 = Coordena ações de interesse do setor sobre aspectos socioambientais geração, transmissão,

Leia mais

I Oficina de Restauração de. Paisagens Florestais. Rio Branco Acre - Brasil. Articulação entre atores na ação e aprendizagem

I Oficina de Restauração de. Paisagens Florestais. Rio Branco Acre - Brasil. Articulação entre atores na ação e aprendizagem I Oficina de Restauração de Paisagens Florestais Rio Branco Acre - Brasil Articulação entre atores na ação e aprendizagem para a restauração de paisagens florestais A abordagem de paisagem não é algo novo...

Leia mais

Apoio a Programas de Conservação

Apoio a Programas de Conservação Apoio a Programas de Conservação OBJETIVOS Apoiar instituições para que desenvolvam ações de conservação em médio e longo prazo, na forma de programa, que resultem em medidas efetivas de conservação. As

Leia mais

PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE MATAS CILIARES GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE MATAS CILIARES GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE MATAS CILIARES GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Secretaria do Meio Ambiente Secretaria da Agricultura e Abastecimento Dezembro de 2005 COBERTURA FLORESTAL (Inventário Florestal,

Leia mais

TEXTO BASE PARA UM POLÍTICA NACIONAL NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

TEXTO BASE PARA UM POLÍTICA NACIONAL NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL TEXTO BASE PARA UM POLÍTICA NACIONAL NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL Eixos Temáticos, Diretrizes e Ações Documento final do II Encontro Nacional de Educação Patrimonial (Ouro Preto - MG, 17 a 21 de julho

Leia mais

RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA. Projeto : APOIO `A CRIACAO DE MOSAICOS

RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA. Projeto : APOIO `A CRIACAO DE MOSAICOS RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA Projeto : APOIO `A CRIACAO DE MOSAICOS NA SERRA DO MAR Contrato: IA-RBMA /CEPF 2005/2006 O MaB e as Reservas da Biosfera no Brasil 1991 (1992, 1993, 2000, 2002) RB

Leia mais

Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para Biodiversidade PROBIO II AÇÕES DO MMA

Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para Biodiversidade PROBIO II AÇÕES DO MMA Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para Biodiversidade PROBIO II AÇÕES DO MMA COMPONENTE 1: Priorização da Biodiversidade em Setores Governamentais Objetivo: Implementar a Política Nacional

Leia mais

REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS

REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS Er REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS Art 1º O Fórum da Agenda 21 Local Regional de Rio Bonito formulará propostas de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável local, através

Leia mais

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004 RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004 1. Palestras informativas O que é ser voluntário Objetivo: O voluntariado hoje, mais do que nunca, pressupõe responsabilidade e comprometimento e para que se alcancem os resultados

Leia mais

Políticas Públicas para Operacionalizar o CAR Câmara temática de Insumos Agropecuários Brasília, 27 de maio de 2014

Políticas Públicas para Operacionalizar o CAR Câmara temática de Insumos Agropecuários Brasília, 27 de maio de 2014 Políticas Públicas para Operacionalizar o CAR Câmara temática de Insumos Agropecuários Brasília, 27 de maio de 2014 O QUE É O CAR O Cadastro Ambiental Rural - CAR, é o registro público eletrônico de âmbito

Leia mais

Política Ambiental das Empresas Eletrobras

Política Ambiental das Empresas Eletrobras Política Ambiental das Empresas Eletrobras Versão 2.0 16/05/2013 Sumário 1 Objetivo... 3 2 Princípios... 3 3 Diretrizes... 3 3.1 Diretrizes Gerais... 3 3.1.1 Articulação Interna... 3 3.1.2 Articulação

Leia mais

Fortalecimento da Gestão Regional Conjunta para o Aproveitamento Sustentável da Biodiversidade Amazônica

Fortalecimento da Gestão Regional Conjunta para o Aproveitamento Sustentável da Biodiversidade Amazônica Fortalecimento da Gestão Regional Conjunta para o Aproveitamento Sustentável da Biodiversidade Amazônica PAULO KAGEYAMA. SBF Ministério do Meio Ambiente PRIMEIRA REUNIÃO DE COORDENADORES NACIONAIS DO PROJETO

Leia mais

ecoturismo ou turismo. As faixas de APP que o proprietário será obrigado a recompor serão definidas de acordo com o tamanho da propriedade.

ecoturismo ou turismo. As faixas de APP que o proprietário será obrigado a recompor serão definidas de acordo com o tamanho da propriedade. São as áreas protegidas da propriedade. Elas não podem ser desmatadas e por isso são consideradas Áreas de Preservação Permanente (APPs). São as faixas nas margens de rios, lagoas, nascentes, encostas

Leia mais

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente

Leia mais

O programa brasileiro de unidades de conservação

O programa brasileiro de unidades de conservação O programa brasileiro de unidades de conservação MARINA SILVA Ministério do Meio Ambiente, Esplanada dos Ministérios, Brasília, Distrito Federal, Brasil. e-mail: marina.silva@mma.gov.br INTRODUÇÃO A Convenção

Leia mais

Crescimento global da consciência socioambiental

Crescimento global da consciência socioambiental Programa de Sustentabilidade Bunge 1. Contextualização Crescimento global da consciência socioambiental Sociedade Importância do tema Estruturação e articulação das entidades civis Pressões comerciais

Leia mais

Unidades de Conservação da Natureza

Unidades de Conservação da Natureza Unidades de Conservação da Natureza Emerson A. de Oliveira, MSc., Doutorando em Ciências Florestais/Conservação da Natureza - UFPR Técnico Especializado - DAP/SBF/MMA Rio do Sul - SC Julho, 2009 DEFINIÇÕES

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA 1 IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Contratação de consultoria pessoa física para serviços de preparação

Leia mais

RESERVA DA BIOSFERA DO CINTURÃO VERDE DA CIDADE DE SÃO PAULO

RESERVA DA BIOSFERA DO CINTURÃO VERDE DA CIDADE DE SÃO PAULO RESERVA DA BIOSFERA DO CINTURÃO VERDE DA CIDADE DE SÃO PAULO O QUE SÃO Reservas da Biosfera? - Reservas da Biosfera são áreas de ecossistemas terrestres ou aquáticos estabelecidas para promoverem soluções

Leia mais

Termo de Referência INTRODUÇÃO E CONTEXTO

Termo de Referência INTRODUÇÃO E CONTEXTO Termo de Referência CONSULTORIA PARA AVALIAÇÃO DOS FINANCIAMENTOS DO BANCO DA AMAZÔNIA BASA, PARA FORTALECIMENTO DA AGENDA DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DA AMAZÔNIA BRASILEIRA, COM DESTAQUE PARA

Leia mais

gestão das Instâncias de Governança nas regiões turísticas prioritárias do país.

gestão das Instâncias de Governança nas regiões turísticas prioritárias do país. OBJETIVO GERAL Estabelecer cooperação técnica para desenvolver e implementar ações que visem a fortalecer o ciclo da gestão das Instâncias de Governança nas regiões turísticas prioritárias do país. IMPORTANTE:

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA EXECUTIVA DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS PARA O COMBATE AO DESMATAMENTO

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA EXECUTIVA DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS PARA O COMBATE AO DESMATAMENTO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA EXECUTIVA DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS PARA O COMBATE AO DESMATAMENTO Resposta ao Observatório do Clima sobre suas considerações ao Sumário de informações sobre como

Leia mais

Unidades de Conservação no âmbito da Lei Estadual 20.922/13 e a Mineração. Carlos Leite Santos Tales Peche Socio

Unidades de Conservação no âmbito da Lei Estadual 20.922/13 e a Mineração. Carlos Leite Santos Tales Peche Socio Unidades de Conservação no âmbito da Lei Estadual 20.922/13 e a Mineração. Carlos Leite Santos Tales Peche Socio 0 Junho/2013 Introdução A contribuição da Vale no processo de conservação e preservação

Leia mais

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades; POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVO Esta Política tem como objetivos: - Apresentar as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente as inovações

Leia mais

PROJETO DE LEI N o 1.847, DE 2003

PROJETO DE LEI N o 1.847, DE 2003 COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PROJETO DE LEI N o 1.847, DE 2003 Institui o Programa Nacional de Apoio aos Produtos Nativos do Cerrado e dá outras providências. Autor: Deputado

Leia mais

PARCERIA BRASILEIRA PELA ÁGUA

PARCERIA BRASILEIRA PELA ÁGUA PARCERIA BRASILEIRA PELA ÁGUA Considerando a importância de efetivar a gestão integrada de recursos hídricos conforme as diretrizes gerais de ação estabelecidas na Lei 9.433, de 8.01.1997, a qual institui

Leia mais

Estratégias para evitar o desmatamento na Amazônia brasileira. Antônio Carlos Hummel Diretor Geral Serviço Florestal Brasileiro

Estratégias para evitar o desmatamento na Amazônia brasileira. Antônio Carlos Hummel Diretor Geral Serviço Florestal Brasileiro Estratégias para evitar o desmatamento na Amazônia brasileira Antônio Carlos Hummel Diretor Geral Serviço Florestal Brasileiro Perfil - 2-1. Fatos sobre Brasil 2. Contexto Florestal 3. Estratégias para

Leia mais

Desafios e oportunidades associadas ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) 7ª CONSEGURO setembro 2015

Desafios e oportunidades associadas ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) 7ª CONSEGURO setembro 2015 Desafios e oportunidades associadas ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) 7ª CONSEGURO setembro 2015 Meta brasileira de redução das emissões até 2020 36,1% a 38,9% das 3.236 MM de tonco2eq de emissões projetadas

Leia mais

Planejamento estratégico 2016-2019

Planejamento estratégico 2016-2019 Planejamento estratégico 2016-2019 Fortalecer as instituições e a qualidade dos serviços públicos para fortalecer a democracia e a competitividade. www.agendapublica.org.br 2 GOVERNANÇA PARA UM FUTURO

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.346, DE 15 DE SETEMBRO DE 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional SISAN com vistas em assegurar

Leia mais

EMATER RS. Seminário. A Extensão Rural Pública e Seus Impactos no Desenvolvimento Municipal Sustentável

EMATER RS. Seminário. A Extensão Rural Pública e Seus Impactos no Desenvolvimento Municipal Sustentável Seminário A Extensão Rural Pública e Seus Impactos no Desenvolvimento Municipal Sustentável e Mário Augusto Ribas do Nascimento Presidente da EMATER/RS Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência

Leia mais

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS Junho, 2006 Anglo American Brasil 1. Responsabilidade Social na Anglo American Brasil e objetivos deste Manual Já em 1917, o Sr. Ernest Oppenheimer, fundador

Leia mais

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA CONS CUL 07-09 01 Vaga

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA CONS CUL 07-09 01 Vaga INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA CONS CUL 07-09 01 Vaga 1 IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Consultoria de pessoa física para realizar ações e organizar atividades

Leia mais

DIRETRIZES DE FUNCIONAMENTO DO MOVIMENTO NACIONAL PELA CIDADANIA E SOLIDARIEDADE/ NÓS PODEMOS

DIRETRIZES DE FUNCIONAMENTO DO MOVIMENTO NACIONAL PELA CIDADANIA E SOLIDARIEDADE/ NÓS PODEMOS 1 DIRETRIZES DE FUNCIONAMENTO DO MOVIMENTO NACIONAL PELA CIDADANIA E SOLIDARIEDADE/ NÓS PODEMOS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES E OBJETIVO DO MOVIMENTO 2 Artigo 1º O Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade/Nós

Leia mais

CARTA DO COMITÊ BRASILEIRO DE DEFENSORAS/ES DOS DIREITOS HUMANOS À MINISTRA DA SECRETARIA DOS DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CARTA DO COMITÊ BRASILEIRO DE DEFENSORAS/ES DOS DIREITOS HUMANOS À MINISTRA DA SECRETARIA DOS DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CARTA DO COMITÊ BRASILEIRO DE DEFENSORAS/ES DOS DIREITOS HUMANOS À MINISTRA DA SECRETARIA DOS DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Brasília,12 de Dezembro de 2012. O Comitê Brasileiro de Defensoras/es

Leia mais

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE SEMA DEPARTAMENTO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E GESTAO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DEMUC

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE SEMA DEPARTAMENTO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E GESTAO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DEMUC SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE SEMA DEPARTAMENTO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E GESTAO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DEMUC DOCUMENTO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DE PROPOSTA RELACIONADA NO ÂMBITO DOS TEMAS

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 6.047-D, DE 2005. O CONGRESSO NACIONAL decreta:

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 6.047-D, DE 2005. O CONGRESSO NACIONAL decreta: COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 6.047-D, DE 2005 Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN com vistas em assegurar o direito

Leia mais

Padrão de Príncipes, Critérios e Indicadores para Florestas Modelo. Rede Ibero-Americana de Florestas Modelo 2012

Padrão de Príncipes, Critérios e Indicadores para Florestas Modelo. Rede Ibero-Americana de Florestas Modelo 2012 Meta superior (RIABM 2011): A Floresta Modelo é um processo em que grupos que representam uma diversidade de atores trabalham juntos para uma visão comum de desenvolvimento sustentável em um território

Leia mais

A Natureza ilhada: concepção de Áreas Protegidas no Brasil, política de criação e implantação no Brasil

A Natureza ilhada: concepção de Áreas Protegidas no Brasil, política de criação e implantação no Brasil A Natureza ilhada: concepção de Áreas Protegidas no Brasil, política de criação e implantação no Brasil Dra. Sueli Angelo Furlan Laboratório Climatolofia e Biogeografia Departamento de Geografia Faculdade

Leia mais

CARGOS E FUNÇÕES APEAM

CARGOS E FUNÇÕES APEAM CARGOS E FUNÇÕES APEAM 1. PRESIDÊNCIA A Presidência possui por finalidades a representação oficial e legal da associação, coordenação e integração da Diretoria Executiva, e o acompanhamento, avaliação,

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

SHS-381 Gestão de Áreas Protegidas. Prof. Victor E. L. Ranieri. Aula 2

SHS-381 Gestão de Áreas Protegidas. Prof. Victor E. L. Ranieri. Aula 2 SHS-381 Gestão de Áreas Protegidas Prof. Victor E. L. Ranieri Aula 2 Aula passada... Perda da biodiversidade é um macro problema de âmbito global. Muitos instrumentos podem ser usados para atacar este

Leia mais

ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL PARA O FORTALECIMENTO DAS RPPNs

ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL PARA O FORTALECIMENTO DAS RPPNs ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL PARA O FORTALECIMENTO DAS RPPNs Laércio Machado de Sousa Associação de Proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural do Mato Grosso do Sul (REPAMS) e Confederação

Leia mais

Uma Estratégia Produtiva para Defesa da Biodiversidade Amazônica

Uma Estratégia Produtiva para Defesa da Biodiversidade Amazônica Uma Estratégia Produtiva para Defesa da Biodiversidade Amazônica Painel: Inovação e Exploração de Fontes Locais de Conhecimento Bertha K. Becker Laget/UFRJ BNDES 30/11/2010 Problemática: Reconhecimento

Leia mais

EDITAL DE SELEÇÃO DO CURSO DE GUARDA-PARQUES

EDITAL DE SELEÇÃO DO CURSO DE GUARDA-PARQUES EDITAL DE SELEÇÃO DO CURSO DE GUARDA-PARQUES A Equipe de Conservação da Amazônia- ECAM, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade -ICMBio, a Universidade Federal do Amapá- UNIFAP, e a Secretaria

Leia mais

Ministério da Cultura Secretaria de Articulação Institucional SAI

Ministério da Cultura Secretaria de Articulação Institucional SAI Secretaria de Articulação Institucional SAI Seminário Metas do Plano e dos Sistemas Municipal, Estadual e Nacional de Cultura Vitória-ES 05/Dez/2011 Secretaria de Articulação Institucional SAI A Construção

Leia mais

Relatório. Consulta à Agricultura Familiar para construção da Minuta Estadual de REDD+

Relatório. Consulta à Agricultura Familiar para construção da Minuta Estadual de REDD+ Relatório Consulta à Agricultura Familiar para construção da Minuta Estadual de REDD+ Cuiabá, 18 e 19 de Agosto de 2011 Grupo de Trabalho de REDD do Fórum Mato-grossense de Mudanças Climáticas (GT REDD

Leia mais

EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Meta e Estratégias. Meta

EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Meta e Estratégias. Meta EDUCAÇÃO AMBIENTAL Meta e Estratégias Meta Universalizar a educação socioambiental em todos os níveis e modalidades de ensino, como uma prática inter, multi e transdisciplinar, contínua e permanente nos

Leia mais

SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Previsão Legal Objetivos Categorias Finalidades Gestão do Sistema Quantitativos Outros Espaços Protegidos Distribuição Espacial Relevância O Brasil possui alguns

Leia mais

(Publicada no D.O.U em 30/07/2009)

(Publicada no D.O.U em 30/07/2009) MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS RESOLUÇÃO N o 98, DE 26 DE MARÇO DE 2009 (Publicada no D.O.U em 30/07/2009) Estabelece princípios, fundamentos e diretrizes para a educação,

Leia mais

PROGRAMA PETROBRAS SOCIOAMBIENTAL: Desenvolvimento Sustentável e Promoção de Direitos

PROGRAMA PETROBRAS SOCIOAMBIENTAL: Desenvolvimento Sustentável e Promoção de Direitos PROGRAMA PETROBRAS SOCIOAMBIENTAL: Desenvolvimento Sustentável e Promoção de Direitos Pra começo de conversa, um video... NOVO PROGRAMA Programa Petrobras SOCIOAMBIENTAL 2014-2018 3 ELABORAÇÃO DO NOVO

Leia mais

Povos Indígenas e Serviços Ambientais Considerações Gerais e Recomendações da Funai

Povos Indígenas e Serviços Ambientais Considerações Gerais e Recomendações da Funai Fundação Nacional do Índio Diretoria de Proteção Territorial Coordenação Geral de Monitoramento Territorial Povos Indígenas e Serviços Ambientais Considerações Gerais e Recomendações da Funai Mudanças

Leia mais

As Questões Ambientais do Brasil

As Questões Ambientais do Brasil As Questões Ambientais do Brasil Unidades de conservação de proteção integral Existem cinco tipos de unidades de conservação de proteção integral. As unidades de proteção integral não podem ser habitadas

Leia mais

Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública. Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008

Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública. Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008 Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008 Roteiro 1. Contexto 2. Por que é preciso desenvolvimento de capacidades no setor

Leia mais

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA. TERMO DE REFERÊNCIA CONS FIN 04 01 Vaga

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA. TERMO DE REFERÊNCIA CONS FIN 04 01 Vaga INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA CONS FIN 04 01 Vaga 1. IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Consultoria Financeira de conciliação das informações repassadas pelos

Leia mais

Padrões Sociais e Ambientais de REDD+ no Programa ISA Carbono do SISA : Ações e Resultados. Rio Branco, 10 de Maio de 2013

Padrões Sociais e Ambientais de REDD+ no Programa ISA Carbono do SISA : Ações e Resultados. Rio Branco, 10 de Maio de 2013 Padrões Sociais e Ambientais de REDD+ no Programa ISA Carbono do SISA : Ações e Resultados Rio Branco, 10 de Maio de 2013 Processo dos PSA REDD+ em nivel de país 10 etapas 1. Conscientização / Capacitação

Leia mais

PORTARIA MMA Nº 43, DE 31 DE JANEIRO DE 2014

PORTARIA MMA Nº 43, DE 31 DE JANEIRO DE 2014 PORTARIA MMA Nº 43, DE 31 DE JANEIRO DE 2014 A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto na Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, e no Decreto nº 6.101,

Leia mais

Informação sob embargo até dia 30/11 às 9hs... Cana-de-açúcar avança em áreas prioritárias. para a conservação e uso sustentável do Cerrado

Informação sob embargo até dia 30/11 às 9hs... Cana-de-açúcar avança em áreas prioritárias. para a conservação e uso sustentável do Cerrado Informação sob embargo até dia 30/11 às 9hs Instituto Sociedade, População e Natureza... Cana-de-açúcar avança em áreas prioritárias para a conservação e uso sustentável do Cerrado (Mapas elaborados pelo

Leia mais

Monitoramento de Biodiversidade. Por Paulo Henrique Bonavigo

Monitoramento de Biodiversidade. Por Paulo Henrique Bonavigo Monitoramento de Biodiversidade Por Paulo Henrique Bonavigo CDB Convenção da Diversidade Biológica (Eco 92). Metas de Aichi 2020. 5 objetivos estratégicos A. Tratar das causas fundamentais de perda de

Leia mais

Estratégia Nacional de Biodiversidade BRASIL. Braulio Dias DCBio/MMA

Estratégia Nacional de Biodiversidade BRASIL. Braulio Dias DCBio/MMA Estratégia Nacional de Biodiversidade BRASIL Braulio Dias DCBio/MMA 1. Realização de estudos estratégicos; 2. Definição de áreas e ações prioritárias para a conservação da biodiversidade brasileira; 3.

Leia mais

MMX - Controladas e Coligadas

MMX - Controladas e Coligadas POLITICA CORPORATIVA PC. 1.16.01 Política de Meio Ambiente Emissão: 02/10/06 1 Objetivo: Estabelecer diretrizes visando proteger os recursos naturais e o meio ambiente em todas das unidades operacionais.

Leia mais

Plano Municipal de Educação

Plano Municipal de Educação Plano Municipal de Educação Denise Carreira I Encontro Educação para uma Outra São Paulo 30 de novembro de 2007 O Plano Municipal de Educação e as reivindicações dos movimentos e organizações da cidade

Leia mais