América Latina nos anos 90. Objetivos: Imagens de fim de século na América Latina 1. Democracia. Ajustes, crises e frustrações
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- Valentina Pinho Penha
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1 América Latina nos anos 90 Profª. Verónica Aravena Cortes Ajustes, crises e frustrações Objetivos: Apresentar os desafios da redemocratização no cone sul e discutir o neoliberalismo na América Latina. Imagens de fim de século na América Latina 1. Democracia Imagem 1 1
2 Vídeo Vídeo Chile Doações ao Museu da Memória 0qWpg Imagens de fim de século Globalização Para a maior parte do mundo, a Globalização, como tem sido conduzida, assemelha-se a um pacto com o demônio. Algumas pessoas nos países ficam mais ricas, as estatísticas do PIB - pelo valor que possam ter - aparentam melhoras, mas o modo de vida e os valores básicos da sociedade ficam ameaçados. Isto não é como deveria ser Joseph Stiglitz in O pacto com o demônio Entrevista a Beppe Grillo s Friends. Sistema Mundial Fim do séc. XX Acentua-se a transnacionalização da economia. Facilitada pelo avanço das tecnologias da informação. AA saída para enfrentar as novas condições de competitividade internacional passa a ser a ampliação dos mercados. Exemplos: o Mercosul, o Nafta, a Apec. Imagem 2 A Comunidade Européia foi construída ao longo da 2ª metade do século XX, a união culminou com a criação de uma moeda única, o Euro. 2
3 Sistema Mundial Fim do séc. XX - NAFTA - Tratado Norte-Americano de Livre Comércio. Criado a partir de um acordo comercial entre EUA e Canadá, em 1988, entrou em vigor em 1º de janeiro de APEC - Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico. Criada em América Latina Até o fim dos anos 1970 temos economias fechadas que foram se tornando ineficientes, de baixa produtividade e pouco competitivas. O Modelo de crescimento com endividamento externo. Empréstimos tomados com juros pósfixados. Anos 1980 Esgotamento do modelo substitutivo de importações que facilitou o desenvolvimento industrial durante os regimes militares, sob forte proteção econômica. Anos 80: a crise estrutural Após o choque do juros, vemos um aumento vertiginoso das dívidas externas. A partir de 1982, diferentes países decretam moratória: Argentina, Brasil, México. Receita para sair da crise: Programas de estabilização. Década perdida 3
4 Programas de estabilização Receitas tuteladas ou controladas pelo Fundo Monetário Internacional que desde 1982 monitora o pagamento da dívida externa. Foram políticas de ajuste que causaram estagnação e recessão. Brasil Imagem 3 A receita 1. Conquistar uma estabilidade macroeconômica; 2. liberalizar o comércio, ou seja, abertura das economias; 3. e desregular a atividade econômica. 4. Diminuição da presença do estado na economia. Agora tido como ineficiente. Privatizaram-se as empresas do estado. Os serviços deveriam passar para a iniciativa privada. Objetivo: Que as próprias forcas de mercado pudessem exercer uma auto-regulação. 4
5 A receita 5. A existência de Democracias eleitorais formais que fornecessem legitimação aos governos. 6. Cortes nos gastos públicos para diminuir os déficits dos governos: crescimento sustentável. Estratégia té que foi mantida a despeito dos elevados custos sociais constatados. 7. Duras exigências para reinserir as economias no mercado financeiro internacional. Ex.: o pagamento em dia dos custos da dívida externa anterior para obter novos empréstimos. 8. Flexibilidade do trabalho. Derrubada da legislação de proteção (Argentina, Chile). México Equador Argentina Brasil Chile Paraguai Uruguai Taxa de crescimento anual do PIB per capita e (5) ,6 54 5,4 1,7 6,3 n.d. 4,1 2,5 Fonte: informe sobre desenvolvimento Humano, 1998, PNUD, Nova York ,9-01 0,1-0,4-0,4 3,2 n.d. -0,6 Vídeo Vídeo 2 min. 5
6 O balanço Políticas neoliberais não conseguiram melhorar a inserção dos países da região na economia mundial nem contribuíram para o progresso econômico e social da maioria da população, ameaçando a convivência e a paz social na região. A diferença entre os pobres e ricos triplicou entre 1960 e o fim do século. Cenário pós-ajuste Desaceleração do incipiente crescimento econômico que se iniciara no começo dos anos 90. Aumento do desemprego, do setor informal e do emprego com pouca qualificação. Concentração da riqueza e aumento da pobreza. Forte impacto da volatilidade financeira internacional sobre as economias da região, particularmente, no Brasil, Argentina e no México. Perda de terreno no comércio internacional, mas fortalecimento do comércio intraregional (Mercosul). Uso dilapidatório dos recursos naturais. Surgimento de poderes paralelos l ao dos Estados: narcotráfico e forças paramilitares. Questionamento da legitimidade e da representatividade do poder político. 6
7 Pausa para dúvidas 5 min Percepções da Democracia anos 1990 Gerou exclusão social e altos índices de pobreza. Foi incapaz de promover a consolidação do estado de direitos, bom como de aumentar a cidadania. Aumento da corrupção sob governos democráticos. Em suma: A percepção de que a democracia não melhorou as condições de vida da maior parte da população. Democracia Déficits e Descrença A pouca confiabilidade do sistema eleitoral. Existência de fraudes e disparidades políticoeleitorais. Ex. Caso do México. A escassa representatividade dos partidos políticos. Falhas no sistema judiciário.inexistência de um aparelho de estado que assegure o cumprimento de direitos e deveres dos cidadãos. 7
8 Brasil Imagem 4 Imagem 5 15 de março de 1990 Fernando Collor 30 setembro 1992 México Imagem 6 Argentina Imagem 7 Imagem 8 Alfonsín entrega mandato a Menem Carlos Menem 8
9 Argentina É difícil crer que um país com índice de analfabetismo de apenas 2%, sendo considerada a sétima economia + rica do mundo no começo do séc. XX, possa ter chegado ao fundo do poço em apenas cem anos. Cristian Castillo, sociólogo, Universidad de Buenos Aires. Vídeo Vídeo 2 min. Raúl Alfonsín ( ) 1º presidente após o regime militar. Eleito com grandes expectativas. Procura reestruturar a economia, no entanto, sob seu governo o país experimenta uma hiperinflação: 5.000% ao ano. Renuncia antes do término do mandato. 9
10 Era Menem ( ) Do Partido Justicialista (herdeiro do peronismo), seu carisma e popularidade lembravam Juan Perón. Assume em meio a uma crise de hiperinflação. Para estabilizar a economia adota os princípios do Consenso de Washington. Introduziu reformas neoliberais: - Diminuiu os gastos públicos; - Privatizou estatais; -Internacionalizou a economia Plano Cavallo. -Instituiu a paridade cambial entre o peso argentino e o dólar. Carlos Menem ( e ) Marca a 1ª transmissão de faixa presidencial desde 1928 Após a aprovação da Lei de Reforma do Estado conseguiu autorização para privatizar quaisquer empresas do estado. Era Menem Entre 1991 e 1994, a economia cresceu 7,7% ao ano (média). A partir de 1995 (2º mandato de Menem) experimentou uma queda de 4,4% do PIB. Em 1998, o desemprego chega a 19% da PEA. O déficit público aumenta vertiginosamente e o país precisa recorrer a empréstimos internacionais para não quebrar. 10
11 Fernando de la Rúa 2000 Eleição de De la Rúa pela oposição. O seu governo dá continuidade às políticas econômicas, persistindo na paridade cambial. Contraiu empréstimos de U$40 bilhões junto ao FMI. Prometia: 2001 será um ano espetacular. Imagem 9 Argentina 2002 Imagem 10 Imagem 11 Argentina el apagón Fernando de la Rúa teve de fugir de helicóptero diante de uma multidão em fúria postada frente ao palácio da Casa Rosada. Ima agem12 Imagem 13 Piquete nas ruas de Buenos Aires (dez 2002) Fernando de la Rúa deixa a Casa Rosada 11
12 Fernando de la Rúa Dezembro de 2001 instituição do corralito. Para frear a retirada dos depósitos bancários pela população, acuada pela desvalorização iminente do peso, os saques foram limitados a U$250 por semana, visando preservar o sistema bancário. É decretado Estado de Sítio no dia 19 de dezembro. A população toma a Praça de Maio, em frente à sede de governo. Violenta recessão: nos 5 primeiros meses de 2002, a atividade comercial registra um declínio de quase 20%. Pausa para dúvidas 5 min Mercosul Proposta de integração entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Prevendo sua entrada em vigor a 31 de dezembro de Período de retorno à democracia. Expectativa de que dinâmica da cooperação/integração subordinasse a lógica da rivalidade/competição. 12
13 Parlatino Parlamento Latino-americano Imagens próprias Mercosul Metas Livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países. Estabelecimento de uma política comercial comum em relação a terceiros países. A coordenação das políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados-membros. Inícios 1985 começa o processo de integração no Cone Sul com um encontro entre os presidentes Raúl Alfonsín (Argentina) e José Sarney (Brasil) em Foz do Iguaçu. Imagem 14 Imagem 15 Nessa época, o comércio na região era muito fraco. O intercâmbio entre Argentina e Brasil correspondia a 50% do comércio sul-americano. 13
14 México Adere ao NAFTA - North Americam Free Trade Agreement. Prefere ser um parceiro preferencial dos EUA. Chile Aplica as menores tarifas alfandegárias da região. Optou por fazer acordos bilaterais com diversos países. Imagem 16 Resistências ao livre comércio Movimentos sociais Protestos e mobilizações que em alguns casos manifestaram grandes reivindicações sociais, chegando a provocar a crise e a derrubar alguns governos. Em Cochabamba, na Bolívia, conseguiram impedir a imposição do controle da corporação dos Eua (Bechtel) sobre a água. País onde derrubaram presidentes. No Peru, bloquearam a privatização dos serviços públicos. 14
15 Movimentos sociais História: México 1º de janeiro de 1994 Imagem 18 Imagem 17 Pós-neoliberalismo Eleição de governos de partidos ou frentes de centro-esquerda. Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Equador Uruguai, Nicarágua. Diversos agrupamentos da esquerda (que combateram as ditaduras) formam hoje os novos governos. Eleições: a aposta em novos projetos Contradições presentes: não é a mesma coisa, mas também não é diferente. Projetos mais radicalizados: a Bolívia e a Venezuela. 15
16 Movimentos sociais no poder - Bolívia Evo Morales - Eleito com mais de 50% dos votos, em 2006, tornouse o primeiro indígena e camponês cocalero a governar a Bolívia. Foi reeleito em Imagem 19 Chile Michele Bachelet. Torna-se a 1ª mulher a assumir a Presidência da República no Chile. Eleita pelo partido Socialista. Governou entre 2002 e Imagem 20 Paraguai Fernando Lugo Padre católico, expoente da Teologia da Libertação. Deixa a batina para concorrer a presidência, em Deposto em 22 de junho de Vence pela Alianza patriótica para el cambio, de esquerda. Imagem 21 16
17 Equador Rafael Correa - Vence o pleito eleitoral Em 2012 seu governo fica mundialmente conhecido por conceder asilo político ao fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange. Imagem 22 Boa semana Profª. Verónica Aravena Cortes Referências das imagens: Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 4 Disponível em: < Acesso em: 09 agosto Imagem 5http://veja.abril.com.br/busca/resultado-capas.shtml?Vyear=1992# Imagem 6 Imagem 7 Disponível em: < _1989.jpg>. Acesso em: 09 set Imagem 8 Disponível em: < Acesso em: 09 set Imagem 9 Disponível em: < Acesso em: 09 set Imagens 10 e 11 Disponível em: < Acesso em: 09 set Imagem 12 Disponível em: < Acesso em: 09 set Imagem 13 Disponível em: < Acesso em: 09 set Imagem 14 Disponível em: < / l ti / l0105/ ti >. Acesso em: 09 set Imagem 15 Disponível em: < Acesso em: 09 set 2008 Imagem 16 Imagem 17 Disponível em: < Acesso em: 09 set Imagem 18 >. Acesso em: 09 set Imagem 19 Disponível em: < Acesso em: 09 set Imagem 20 Imagem 21 Imagem 22 Todas as demais imagens são originárias de banco de imagens ou de acervo pessoal. 17
AVII 8º ANO Globalização Qual é a mais próxima da realidade? Como será o futuro? Escola do futuro de 1910 Cidade-prédio de 1895 A era das redes aumentou ou diminuiu o tamanho do mundo?
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