ti 4.2 ft ams 07PeleOefieía'xio aia Calado gici rei& W4erea/JetOciii:ca,aótieeie e-ne6a7ador '9g-rem L. a r

Transcrição

1 ti 4.2 ft - O ams 07PeleOefieía'xio aia Calado gici rei& W4erea/JetOciii:ca,aótieeie e-ne6a7ador '9g-rem L. a r ACÓRDÃO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO N /001 RELATORA : De Maria das Neves do Egito de A. D. Fe eira, iza de Direito Convo cada, em substituição ao Des. Marcos ônio outo Maior EMBARGANTE: Telemar Norte Leste S/A ADVOGADOS : Caio César Vieira Rocha e outros EMBARGADA : Clécia Niedja Lima ADVOGADOS : Adriana Augusta de Aguiar Azevedo e oseno de Lima Sousa EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. CONTRADIÇÃO. INEXISTÊNCIA. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA APRECIADA. IMPOSSIBILIDADE. INICIATIVA DE CUNHO PRÉ-QUESTIONADOR REJEIÇÃO. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. EFEITO VINCULANTE QUANTO AOS DEMAIS JULGAMENTOS. INOCORRÊNCIA. ART. 479 DO CPC PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO. APLICAÇÃO. - Devem ser rejeitados embargos de declaração que visam rediscutir a matéria julgada, quando inexiste qualquer eiva de omissão, obscuridade ou contradição, porventura apontada. - Decisão prolatada como resultado de incidente de uniformização de jurisprudência não possui caráter vinculativo para o órgão julgador, quando da análise de outros feitos. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE. INOCORRÊNCIA. CARÁTER PROTELATÓRIO. CARACTERIZAÇÃO. REJEIÇÃO. MULTA. APLICAÇÃO. - - Quando os embargos declaratórios se revestem de caráter manifestamente protelatório, buscando discutir matéria estranha aos autos e rediscutir o que já restou decidido, devem ser rejeitados, e aplicada multa, ao embargante, de 1% (um por cento) sobre o valor da causa, na forma prevista pelo parágrafo único do art. 538 do CPC VISTOS, relatados e discutidos os autos acima referenciados.

2 f 5 2 ACORD A, a Colenda Primeira Gmara Cível do Egrépi ribunal Justiça da Paraíba, à unanimidade, rejeitar os embargos opostos e aplicar multa de (u.- por cento) sobre o valor da causa à embargante. TELEMAR NORTE LESTE S/A, devidamente qualificada nos autos, inconformada com o acórdão desta 1 a Câmara Cível, que, à unanimidade, rejeitou as preliminares e, no mérito, deu provimento parcial ao Recurso Apelatório contra si interposto por CLÉCIA NIEDJA LIMA, embarga de declaração, sob o pálio de 9corrência de omissão no julgado. Alega, a embargante (fls. 351/359), preliminarmente, a incompetência absoluta da Justiça Comum. No mérito, aduz a legalidade da cobrança da "assinatura básica" instituída pela ANATEL; o equilíbrio econômico-financeiro do contrato; a inexistência da repetição de indébito, e invoca a imposição da sucumbência recíproca e o incidente de uniformização de jurisprudência do IJPB. Mandei colocar os autos em mesa para julgamento. Em breve resumo, é o relatório. VOTO: Juíza MARIA DAS NEVES DO EGITO DE A. D. FERREIRA Relatora As alegações perpetradas pela embargante demonstram, de forma clara, que os vertentes embargos pretendem, na prática, rediscutir os fundamentos que embasaram a decisão editada nos autos, ensejando sua rejeição por se distanciarem das hipóteses previstas no art. 535 do CPC. Bem a propósito, ensina Nelson Nery Junior: "Os Edcl (Embargos Declaratórios) têm finalidade de completar a decisão omissa ou, ainda, de aclará-la, dissipando obscuridades ou contradições. Não têm caráter substitutivo da decisão embargada, mas sim integrativo ou aclaratório". (Código de processo civil comentado e legislação processual civil extravagante em vigor. 6 a ed, São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 902). seguinte forma: Vale ressaltar, ainda, que o Superior Tribunal de Justiça já decidiu da EMENTA: "PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE QUAISQUER DOS VÍCIOS DO ART. 535 DO CPC. REDISCUSSÃO DE QUESTÕES DE MÉRITO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Revelam-se improcedentes os embargos declaratórios em que as questões levantadas traduzem inconformismo com o teor da decisão embargada, pretendendo rediscutir matérias já decididas, sem demonstrar omissão, contradição ou obscuridade (art. 535 do CPC). 2. Embargos de declaração rejeitados." (STJ EEDAGA /RJ 1 a Turma Rel. Min. Teori Albino Zavascki DJ , p. 373).

3 3 Contudo, nos exatos termos que prescreve o art. 46 5dp nosso Ordenamento Processual Civil, "ao publicar a sentença de mérito, o juiz cumpre e. 1a o ofício jurisdicional, só podendo alterá-la: I - para lhe corrigir, de oficio ou a requerimento da, :rte, inexatidões materiais, ou lhe retificar erros de cálculo; II - por meio de embargos de declaração". Em primeiro plano, os embargos, nem de longe, apontam existência de inexatidão material ou erros no julgado, os quais permitam alterá-lo pelo mesmo Órgão julgador. E o art. 535 do CPC lirruta o cabimento de embargos declaratórios a quando houver, na sentença ou acórdão, obscuridade ou contradição, bem ainda quando for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal. Não é o caso dos autos, posto que a tese defendida pela embargante culminaria em rediscutir as provas e, assim, promover um novo julgamento do processo na mesma instância, o que não se pode aceitar. Outrossim, é cediço que a autoridade judiciária não está obrigada a se pronunciar expressamente sobre todos os argumentos apresentados pelas partes, bastando, para demonstrar o seu convencimento, aduzir aqueles que entendeu pertinentes à solução do conflito. : A propósito, destaco o seguinte precedente: "PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. FORNECIMENTO DE ÁGUA. EXCESSO DE CONSUMO. EMBARGOS DECLARATÓRIOS. QUESTÕES DISCUTIDAS. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC NÃO CARACTERIZADA. DESNECESSIDADE DE REFERÊNCIA EXPRESSA AOS DISPOSITIVOS LEGAIS (...) II - O julgador não é obrigado a discorrer sobre todos os regramentos legais ou todos os argumentos alavancados pelas partes, mas sim decidir a contenda nos limites da litis contestatio, fundamentando o seu proceder de acordo com o seu livre convencimento, baseado nos aspectos pertinentes à hipótese sub judice e com a legislação que entender aplicável ao caso concreto. III - Agravo regimental improvido.n (AgRg no REsp /RS, Rel. Ministro FRANQSCO FALCÃO, PRIMEIRA TURMA, julgado em , DJ , p. 136). - Assim, são imprestáveis os presentes Embargos Declaratórios, que visam impor rediscussão de matéria analisada e julgada por este Pretório. Essa conduta, por si só, representa manobra protelatória, posto que busca evitar o escoamento do prazo para a interposição do recurso, sem que se tenha motivo relevante ou a efetiva necessidade de reexame da matéria que fora alvo de análise pelo Tribunal.

4 41 Por estas razões, revestem-se de caráter manifestamente protel to "o, presentes embargos declaratórios, afinando-se à hipótese prevista no parágrafo único do 38 'do Ordenamento Processual Civil em vigor, impondo a aplicação da multa ali prevista. 4 O supracitado dispositivo legal prescreve que "quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente de 1% (um por cento) sobre o valor da causa", quando se trata de primeira oposição do presente recurso. Logo, outro caminho não há, senão proclamar nesses moldes a aplicação. Nesse sentindo, colho a seguinte jurisprudência: "RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. PRESTAÇÃO JURSDICIONAL DEVIDA. EMBARGOS DECLARATÕRJOS. ART. 538 DO CPC. MULTA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (...) 3. Tendo em vista o caráter manifestamente protelatório dos embargos declaratórios, mostra-se inviável o afastamento da multa aplicada no Tribunal de origem, nos termos do art. 538, parágrafo único, do Código de Processo Civil. _ 4. Recurso especial desprovido." (REsp / RJ, Rel. Min. DENISE ARRUDA, DJ p. 226) Vale ressaltar que o percentual da multa a ser aplicada é traçado pelo próprio dispositivo legal, que o fixa no máximo de 1% (um por cento) sobre o valor da causa; logo, outro caminho não há, senão proclamar nesses moldes a aplicação. No tocante ao incidente de uniformização jurisprudencial, suscitado pela 1' Câmara deste Tribunal em face da 2 a e 4' Câmara (proc. n /002), ter sido julgado pelo Tribunal Pleno desta Corte, declarando a legalidade da cobrança da denominada assinatura residencial básica, esta Julgadora não está vinculada a tal decisão, dispondo, então, da faculdade de decidir acerca da conveniência e da oportunidade para admitir o processamento do que restou decidido no referido Órgão. Os únicos instrumentos jurídicos previstos na legislação pátria que, excepcionalmente, têm o condão de vincular o entendimento dos magistrados são os previstos no art. 102, 2 da Carta Magna e a famosa Súmula Vinculante. Nesse sentido, o art. 479 do CPC é claro: "O julgamento, tomado pelo voto da maioria absoluta dos membros que integram o tribunal, será objeto de súmula e constituirá precedente na uniformização da jurisprudência" (destaquei) Dessa forma, o fato deste Tribunal ter decidido, em incidente de uniformização de jurisprudência, pela legalidade da cobrança da assinatura básica mensal, não traz 1 Art Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes. Parágrafo único - Quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente de 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Na reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a até 10% (dez por cento), ficando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo.

5 ,. qualquer obrigatoriedade aos membros desta Corte, de seguir o referido entendime ti inclusive, como afirmado pela própria embargante, tal posicionamento sequer foi sumulado. A jurisprudência já proclamou: EMENTA: "PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. FACULDADE DO RELATOR. PEDIDO EXTEMPORÂNEO. [...] 2. Nos termos do arl, 476, do CPC, a instauração de incidente de uniformização de jurisprudência é "ex-officio", não é vinculativa, mas meramente discricionária, facultativa, não contendo, portanto, caráter obrigatório, devendo ser instaurado diante dos critérios de conveniência e oportunidade. [...]". (AgRg no REsp /MG; Rel. Min. José Delgado, j. em ). Ante o exposto, rejeito os presentes embargos declaratórios e, por considerá-los manifestamente protelatórios, condeno a embargante a pagar à embargada 1% (um por cento) sobre o valor da causa, a título de multa, na forma estatuída no parágrafo único do art. 538 do Código de Processo Civil. É o meu voto. Presidiu os trabalhos o Excelentíssimo Desembargador MANOEL SOARES MONTEIRO, que participou do Julgamento com ESTA RELATORA (Juíza de Direito convocada para substituir o Inclito Desembargador MARCOS ANTÔNIO SOUTO MAIOR) e com o Excelentíssimo Desembargador JOSÉ DI LORENZO SERPA. Presente à Sessão, a Excelentíssima Doutora DINALBA ARARUNA GONÇALVES, Promotora de Justiça Convocada. Sala das Sessões da Colenda Primeira Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, em João Pessoa/PB, 18 de outubro de IP Juiza MARIA DAS N;,.50. r. GITO DE A. D. FERREIRA,

6 4: 'N. TRIBUNAL DE JUSTIÇA Coordwadoria Judiciária. Registrado en(276,1a2p0