Traffic mantém direitos, e passa a negociar Libertadores com Fox

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO QUARTA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2015 NÚMERO DO DIA US$ 900 mil é a cota que cada clube recebe por jogo que faz na primeira fase da Copa Libertadores EDIÇÃO 388 Traffic mantém direitos, e passa a negociar Libertadores com Fox POR REDAÇÃO A mudança na comercialização dos direitos de transmissão da Copa Libertadores pela Conmebol fez com que três empresas tenham, hoje, os direitos de venda dos jogos da competição para o exterior. Na segunda-feira, a Fox e a Conmebol anunciaram acordo em que afirmavam ter passado à emissora o direito de vender o torneio sul-americano para emissoras de fora da América Latina. O negócio, porém, adicionou a Fox à venda, que já é feita por Traffic e Torneos Y Competencias. Em nota enviada à Máquina do Esporte, a Traffic afirmou que não deixou de ter os direitos sobre a competição sul-americana. A questão que se coloca é como transformar a posição contratual da TyC na dos Canais Fox Internacional, afirmou a agência. A Traffic também disse que, no momento, negocia com a Fox como será feita essa adequação. A agência diz que poderá haver a simples entrada da emissora no negócio ou até mesmo a saída da TyC para a entrada da Fox. Há várias maneiras de se fazer isso, entre elas uma simples novação dos contratos, onde a Traffic e a TyC concordam em substituir a última pela FIC ou a FIC comprar a parte contratual da Traffic que diz respeito aos terceiros, complementou a agência. A saída da TyC é um desejo de Juan Ángel Napout, presidente da entidade sul-americana. Ele tem feito uma grande mudança nos contratos da Conmebol desde que a entidade foi colocada no centro do escândalo da prisão de José Maria Marin e na delação premiada de J. Hawilla, dono da Traffic e que concordou em pagar US$ 151 milhões em acordo com a Justiça dos Estados Unidos. Segundo a Conmebol, a partir de 2019 haverá uma licitação internacional para a venda dos direitos de transmissão da Libertadores e das demais competições que são organizadas por ela. Pelos próximos dois anos, Traffic, Fox e TyC terão de chegar a um acordo para decidir quem poderá vender os direitos da Libertadores para o exterior. 1

2 Atletismo tem que tirar mais alguns esqueletos do armário POR ADALBERTO LEISTER FILHO diretor de da conteúdo da Máquina do Esporte Para muita gente, a punição que a Iaaf impôs à Rússia serve apenas para responder à maior crise de imagem que a entidade se viu envolvida após denúncias de corrupção contra o ex-presidente Lamine Diack e operação de busca e apreensão da polícia francesa na sede da entidade. É mais do que isso. Punir a Rússia irá atingir também atletas com reputação ilibada, como Yelena Isinbayeva, recordista mundial de salto com vara, que ficará sem pátria para defender naquela que deve ser a última Olimpíada de sua carreira. Mostra que um país que sistematicamente fez vistas grossas ao doping pode passar por essa humilhação. A Rússia não desarmou a bomba- -relógio do uso indiscriminado de drogas para melhoria de performance, feita durante a Guerra Fria, quando as glórias esportivas serviam para fazer propaganda do regime ao mundo. Colhe agora os frutos, com descredenciamento iminente de seu laboratório e fechamento da Rusada, sua agência antidoping. Outros países, comunistas ou não, fizeram uso de esquemas parecidos para atingir os mesmos objetivos. Aparentemente, EUA e Alemanha têm combatido melhor o doping. Efeitos disso são sentidos atualmente na tabela de recordes do atletismo feminino. Das 23 provas olímpicas das mulheres, 11 contam com recordes firmados nos anos 80. Se quiser recuperar mesmo a imagem do atletismo, Sebastian Coe deveria retirar mais esse esqueleto do armário. Seria também um incentivo para que as atletas limpas da atualidade pudessem ter o gostinho de conquistar um recorde mundial. Asics fecha acordo inédito no vôlei e terá uniforme de atletas no vôlei de praia POR PRISCILA BERTOZZI Focada no mercado de corrida de rua, a Asics desviou suas atenções ao vôlei. A marca japonesa é a nova fornecedora oficial da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), em contrato válido de janeiro de 2016 até 2020, ano dos Jogos de Tóquio. Em nota, a entidade informou que a parceria é válida para o top dos atletas no vôlei de praia, árbitros e profissionais que trabalhem em seus torneios. A Asics substitui a Mikasa na arbitragem. Juntos podemos ajudar a melhorar a reputação e popularidade do vôlei no mundo, com o objetivo de transformar o vôlei no esporte familiar de entretenimento número um do mundo, disse em comunicado Ary Graça, presidente da FIVB. A Asics é mais uma marca japonesa no rol de patrocinadoras da entidade que comanda o vôlei mundial, que tem entre suas parceiras Honda, Mikasa, Gerflor, Rosetta Stone e Schenker. Esperamos que nossos novos estilos de uniformes contribuam para a difusão do vôlei de quadra e de praia, e criem uma nova imagem para esses esportes, concluiu Motoi Oyama, presidente da fabricante esportiva japonesa, que aumentou seu faturamento em 13,4% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 1,6 bilhão. 2

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4 Piloto dribla falta de patrocínio com evento corporativo próprio POR DUDA LOPES Em 2011, em entrevista à Máquina do Esporte, o então piloto de teste da Lotus, Luiz Razia, lamentou a dificuldade de conseguir patrocinadores para se manter na Fórmula 1. O piloto, de fato, não ficou na principal categoria do automobilismo, mas, hoje, ele conseguiu uma maneira alternativa de faturar e de se manter próximo ao mercado. Razia se juntou à agência Rockset Produções para criar o Kart Power Team, um evento corporativo de corrida de kart. No próximo fim de semana, será realizada a terceira edição do evento neste ano, mais uma vez no kartódromo do Beto Carreiro, Santa Catarina. Razia não abriu diretamente o quanto fatura com o evento, mas deixou a questão em segundo plano. O modelo de negócio nem é tão enriquecedor assim, mas gera relacionamento. E tudo na vida é relacionamento, é o que abre portas, afirmou o piloto. Cada evento tem inscrições abertas para 28 pilotos. A preferência é para empresas que compram o direito de colocar funcionários e colaboradores em uma pista ao lado de um piloto profissional, com passagem pela Fórmula 1. Quando as inscrições não são completadas, elas são abertas ao público, a R$ 240. Além das inscrições, o evento ainda fatura com patrocínios. A Nissan, por exemplo, usa o evento para disponibilizar o carro esportivo GT-R a um público premium. Os interessados podem dar uma volta na pista com o veículo, como test-drive. Para o próximo ano, um dos objetivos é levar o Kart Power Team a São Paulo, onde há maior concentração de empresas. Os kartódromos de São Paulo são mais fechados para o evento que fazemos, com alterações de kart e outros carros na pista. Mas em 2016 deverá acontecer alguma etapa na cidade, completou. Contra sedentarismo, Coca-Cola fecha com Esporte O Ministério do Esporte assinou um termo de apoio institucional com a Coca-Cola que visa estimular a prática esportiva no Brasil aproveitando o fato de o país abrigar as Olimpíadas no Rio de Janeiro, em A cerimônia contou com a presença do ministro George Hilton e do vice-presidente da Coca-Cola para os Jogos, Flavio Camelier. Tenho procurado conscientizar que nós temos responsabilidade de não apenas fazer a melhor Olimpíada de todos os tempos. Mas também deixar um legado para os jovens de todo o país, afirmou George Hilton, referindo-se ao conceito de vida ativa promovido pela marca de refrigerante, que visa incentivar os jovens a praticar esporte e é o mote da Coca-Cola nas Olimpíadas. Segundo pesquisa do Ministério do Esporte, divulgada em junho, 45,9% da população brasileira se define como sedentária. Durante o evento foram anunciados o nome de 12 atletas dos programas Bolsa Atleta e Segundo Tempo escolhidos para carregar a tocha olímpica durante o revezamento do símbolo dos Jogos do Rio A jornada da tocha olímpica terá início em Olímpia, na Grécia, em 21 de abril de Ela vai desembarcar no Brasil em 27 de abril e, no dia 3 de maio, haverá o início do revezamento, em Brasília. 4

5 Cruzeiro passa a vender ingresso por aplicativo oficial do clube POR DUDA LOPES O Cruzeiro afirmou ser o 1º clube da América Latina a vender ingressos por aplicativo. A diretoria do time divulgou que, agora, o programa oficial do clube no celular irá comercializar entradas para as partidas da equipe. No entanto, essa não será a primeira vez que o cruzeirense poderá comprar ingressos pelo celular. Há exatamente um ano, a TIM, patrocinadora do clube, anunciou essa possibilidade por meio de um aplicativo da marca. Na época, foi lançada uma campanha chamada Ingresso na mão, em uma parceria da operadora de telefonia e a Futebol- Card. Com parceiros em comum, a venda dos tíquetes foi realizada. Palmeiras, Vasco e o Cruzeiro foram as cobaias do projeto. Há uma diferença agora, segundo explicou o diretor de marketing do Cruzeiro, Robson Pires, à Máquina do Esporte. A venda será feita no aplicativo oficial do clube, sem nenhuma outra parceria. Esse modelo é inédito na América Latina, afirmou. A TIM ainda é patrocinadora do Cruzeiro, mas, segundo o dirigente, todo o processo de venda de ingressos é feito internamente agora. Não há, portanto, a presença da FutebolCard na comercialização dos bilhetes. A estreia do sistema pelo celular aconteceu nesta semana, em jogo contra o Joinville. Neste primeiro momento, a venda está restrita a algumas categorias de sócio-torcedor. O aplicativo está fechado ao sistema Android. A compra pode ser feita até seis horas antes da partida. O cartão do sócio-torcedor permanece servindo como entrada para o estádio. Nos próximos jogos, o clube deverá se planejar para abrir a venda viaaplicatido a todas as categorias de sócios. A operação do sócio-torcedor, que conta com mais de 70 mil membros, é feita pelo clube. Após rusga, Crefisa faz ação na final da Copa do Brasil Após desavenças, Palmeiras e suas principais patrocinadoras parecem ter voltado às boas. Pelo menos para a final da Copa do Brasil. Crefisa e FAM (Faculdade das Américas) farão ação para o jogo de volta contra o Santos, dia 2. As empresas irão trazer 21 índios xavantes para assistir ao jogo. As empresas trarão palmeirenses vindos da aldeia Parabubu e Dzepa, de Nova Xavantina, no Mato Grosso. Todos os custos com eles serão arcados pelas empresas. Em maio, também pela Copa do Brasil, sete torcedores da etnia kariri- -xocó, de Alagoas, assistiram a jogo do Palmeiras. Há duas semanas, Leila Pereira, dona da Crefisa e da FAM, ameaçou romper com o clube paulista. 5