Ginecologia Bovina. Parto e puerpério. Méd. Vet. Dra. Mara Rubin Laboratório de Embriologia Animal Depto de Clinica de Grandes Animais
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- Alfredo Beltrão Campelo
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1 Ginecologia Bovina Parto e puerpério Méd. Vet. Dra. Mara Rubin Laboratório de Embriologia Animal Depto de Clinica de Grandes Animais
2 Parto Parto: processo de dar a luz que envolve o preparo para dar a luz, que envolve a ação de expulsão do feto maturo do ambiente uterino, para o meio ambiente. Fisiológico: Na vaca se denomina concluído quando o produto sadio está em estação ao lado da mãe. Inicio da Lactação ou lactogênese: adequado suprimento de nutrientes imediatamente após o parto. Controle: mecanismo endócrino, intimamente interligados num processo síncrone. Feto determina dia/ mãe a hora (epinefrina) 5%: natimortos ou mortalidade neo-natal
3 Sinais clínicos (72h que antecedem o parto ) Queda da borda caudal dos ligamentos pélvicos Liberação do tampão cervical Esguichamento do leite Queda da temperatura corporal 0,5 a 1 C Edema úbere Comportamento (avaliação anterior de 12h/12h)
4 Mudanças hormonais ao final da gestação Corpo lúteo, placenta e adrenal contribuem na Produção de progesterona Na vaca, a lise do corpo lúteo no terço final da gestação: continuidade da gestação; no entanto o Cl parece ser importante para que o parto ocorra fisiologicamente; a concentração de progesterona inicia a reduzir nos últimos 20 dias da gestação e reduz drasticamente 2-3 dias antes; Parto: na vaca depende da ativação o eixo hipotámo-hipófise-adrenal fetal (Liggins et al, 1973) similar à ovelha; Relaxina: hormônio proteíco secretado no terço final da gestação pelo ovário relaxamento cervical e controle da atividade miometrial antes e durante o parto
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6 Glândulas produtoras de hormônios
7 Via do controle endócrino do parto Ativação/maturação do hipotálamo Feto Fator liberador de corticotropina Pituitária (hipófise) ACTH CORTISOL Cortex Adrenal Placenta Progesterona Estrógenos Inibição da liberação PGF2 Útero Contrações Miométriais Compressão Abdominal Ocitocina (Hipófise Posterior) Pressão do Feto na cervix e vagina Reflexo de Ferguson
8 Parto: Mecanismos Possíveis Mecanismos para o Início do Parto em Animais Domésticos ESPÉCIE Suína MECANISMOS A PGF 2 é a luteolisina que induz a regressão do CL. A elevação de estrógeno reflete aumento no eixo hipófise-adrenal; estrógenos aumentam a liberação de ocitocina e PG. Ovina e Caprina O cortisol fetal atua na placenta induzindo a enzima 17 -hidroxilase a reduzir a P 4 plasmática, enquanto aumenta os níveis de estrógenos. O aumento da relação E:P aumenta a sensibilidade da PGF 2, e ocitocina. Bovina Eqüina O parto é iniciado pela luteólise induzida pela PGF 2. O cortisol fetal estimula a liberação de PGF 2 provavelmente do útero. As demais trocas endócrinas são similares àquelas de ovinos e caprinos. Ocitocina aumenta progressivamente próximo do parto, então uma liberação maciça acionada por um estímulo mecânica promove a síntese de PGF 2. A ação conjunta desses dois hormônios resulta na expulsão do feto Adaptado de Liggins GC, Thorbun GD, Initiation of Parturition. In: Laming GE, ed. Marshall s Physiology of Reproduction, 4th ed. London: Chapman & Hall, 1994;3:
9 Parto Estágios do parto... Mudanças físicas associadas ao parto Primeiro estágio: preparatório relaxamento dos ligamentos pélvicos e dilação da cérvix Segundo estágio: expulsão do feto através do canal pélvico Terceiro estágio: expulsão dos envoltórios fetais e involução uterina
10 Estágio dotrabalho de parto Forças Mecânicas Período Eventos Relacionados I. Dilatação da Cérvix Contrações uterinas regulares Início das contrações uterinas até que a cérvix esteja completamente dilatada e em continuidade com a vagina Agitação materna, freqüência respiratória e pulso elevado. Alteração na posição e postura do feto II.Expulsão do Feto Fortes contrações uterinas e abdominais Da completa dilatação cervical até a expulsão do feto A fêmea detai-se e faz esforços. Rompimento do alantocório com saída de líquido pela vulva. Rompimento do âmnio e expulsão do feto. III. Expulsão das membranas Fetais Contrações uterinas diminuem em amplitude Após o nascimento do feto até a expulsão das membranas fetais Terminam as contrações maternas. Desprendimento das vilosidades coriônicas das vilosidades das criptas maternas. Inversão da corioalantóide. Contração e expulsão das membranas fetais.
11 As contrações miometrias forçam o feto a cavidade abdominal em direção à cavidade pélvica causando as contrações abdominais. A pressão do feto contra a cervix e porção anterior da vagina estimula a liberação de ocitocina pela pituitária (hipófiseposterior) que por sua vez estimula as contrações miometriais. Este mecanismo é tipico, de origem neuro-endócrina e é denominado Reflexo de Ferguson.
12 Formas da bacia de diferentes espécies Vaca Égua Porca Cabra
13 Duração do parto Duração média dos 3 estágios de trabalho parto (h) Espécie I- dilatação da II- Expulsão do(s) III- expulsão das cérvix feto(s) membranas fetais Égua 1-4 0,2-0,5 1 Vaca, búfula 2-6 0, Ovelha 2-6 0,5-2,0 0,5-8 Porca ,5-3,0 1-4
14 Resposta ao nascimento Maturação pulmonar Produção glicose Aumento triiodotironina e catecoloaminas Fechamento ducto arterioso Fechamento forame oval (poucas horas no potro e final da 1ª semana em cordeiros) Imunidade
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18 Hannover, 01/2005 Continua...
19 Cordão umbilical do feto bovinos Veia do cordão umbilical (... ) Artéria umbilical (... ) Úraco (... )
20 Circulação do cordão umbilical e do úraco antes do rompimento 1. Fígado 2. Veia do cordão umbilical 3. Aorta 4. Artérias umbilicais (2) 5. Bexiga 6. Úraco 7. Pele do cordão umbilical 8. Parede abdominal 9. Anel umbilical
21 Circulação fetal bovina Circulação do bezerro após nascimento
22 Prognóstico de sobrevivência do bezerro 1. Avaliar: Tônus muscular; excitabilidade reflexa, respiração e coloração das mucosas 2. Ao efetuar assistência ao parto, avalie sempre o bezerro logo ao nascer, tome as medidas necessárias que promovam sua saúde e conforto e imediatamente após, avalie a mãe e medique-a se necessário (veja puerpério) Critério Reação cabeça ao se jogar água ausente diminuída espontânea, movimentos ativos Reflexos orbitário e interdigital ausentes um reflexo positivo ambos reflexos positivos Respiração ausente arrítmica rítmica Coloração das mucosas branco-azulada azul Rosa-avermelhada Avaliação: 8-7 : boa vitalidade 6-4: paciente de risco 3-0: sem vitalidade
23 Proxima etapa: Puerpério... em 04/05/2011 Isso é o Reflexo de Ferguson?
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