Museu e Laboratório mineralógico e geológico; Centro de Estudos Geológicos

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1 O jazigo da Facuca (Serra do Marão) e os seus minerais Author(s: Published by: Persistent URL: Neiva, J. M. Cotelo Museu e Laboratório mineralógico e geológico; Centro de Estudos Geológicos Accessed : 26-Nov :12:39 The browsing of UC Digitalis, UC Pombalina and UC Impactum and the consultation and download of titles contained in them presumes full and unreserved acceptance of the Terms and Conditions of Use, available at As laid out in the Terms and Conditions of Use, the download of restricted-access titles requires a valid licence, and the document(s) should be accessed from the IP address of the licence-holding institution. Downloads are for personal use only. The use of downloaded titles for any another purpose, such as commercial, requires authorization from the author or publisher of the work. As all the works of UC Digitalis are protected by Copyright and Related Rights, and other applicable legislation, any copying, total or partial, of this document, where this is legally permitted, must contain or be accompanied by a notice to this effect. impactum.uc.pt digitalis.uc.pt

2 PUBLICAÇÕES DO MUSEU E LABORATÓRIO MINERALÓGICO E GEOLÓGICO E DO CENTRO DE ESTUDOS GEOLÓGICOS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA N. 30 Memórias e Notícias SUMÁRIO J. Custódio de Morais Balões pilotos em Coimbra. A. Barata Pereira Massas de ar e sua temperatura em Coimbra. J. M. Cotelo Neiva O jazido da Facuca (Serra do Marão) e os seus minerais

3 0 jazigo da Facuca (Serra do Marão) e os seus minerais por J. M. Cotelo Neiva Professor da Universidade de Coimbra O jazigo de sulfuretos da Facuca está situado na região do Cando. na Serra do Marão, e ligado por estrada à rodovia Vila-Real Porto-, Na região do Cando afloram xistos sericíticos, xistos sericítico- -cloríticos e xistos cloríticos, rochas da epizona, formações ante-siluricas situadas a Sul das formações silúricas de Vila Cova do Marão. Os xistos mostram-se dobrados e de orientação geral N. mg. 34 W. e inclinação 40 para SW. Estão bastante fracturados, sendo verticais os sistemas de fracturas N. mg. 70 E. e N. mg. 82 o W., inclinando 70 para WSW. o sistema N. mg 18 W. e 20 para W. o sistema N.S. mg. O xisto clorítico é verde escuro, sendo os minerais de granulado muito fino, embora variável conforme as camadas; notam-se por vezes alternância de camadas mais ricas em clorite, de textura lepidoblástica, com outras de maior percentagem de quartzo e textura grano-lepidoblástica. A clorite é de tipo penina, contendo raras inclusões de zircão; há alguns cristais de biotite, com passagem a clorite; magnetite ocorre era pequenos octaedros individualizados ou como pigmento. O quartzo, granoblástico, contém inclusões de clorite; a albite, granoblástica, mostra-se geralmente caulinizada; alguns cristais de zircão individualizados estão parcialmente alterados para malacon; e vêem-se raros cristais alotriomorfos de esfena. Este tipo de xisto faz passagem lateral a um xisto sericítico- -clorítico de cor cinzenta esverdeada escura, compacto, de granulado muito fino, de textura grano-nemato-lepidobiástica. Os granoblas-

4 22 tos de quartzo têm extinção ondulante e inclusões de micas e pigmentos ferríferos; a sericite encontra se em finas lamelas dispostas paralelamente umas às outras; a penina, lamelar, pleocróica, é muito abundante em certas zonas; ocorrem alguns cristais castanhos, pleocróicos, de turmalina, granoblastos de esfena e ídio e hipidioblastos de magnetite; é muito abundante um pigmento ferrífero que se encontra em camadas alternantes. Este tipo de xisto passa também lateralmente a um xisto sericítico, muito fissil, de grão finíssimo, de cor cinzenta esverdeada e com reflexos ligeiramente prateados, de textura grano nematoblástica a grano-lepidoblástica, havendo alternância de finas camadas ricas em quartzo com outras ricas em sericite. As palhetas de sericite dispõem-se paralolamente umas às outras; os granoblastos de quartzo têm extinção ondulante; grânulos muito finos de esfena estão parcialmente alterados para ilmenite; vêem se alguns grânulos de zircão; são frequentes os pigmentos ferríferos, geralmente de magnetite e raramente de ilmenite, frequentemente concentrados em camadas paralelas; de quando em vez observam se cubos de pirite e algumas palhetas de penina ; e são raros os cristais castanhos de turmalina. O afloramento mais próximo de rochas eruptivas é o do Alto de Vaqueiros, situado a cerca de 1200 m. da mina. E um granito de greto médio de duas micas. Mostra, ao microscópio, textura hipautomórfica-granular, havendo entre os minerais dominantes a relação: quartzo > ortoclase > oligoclase; das micas, a moscovite predomina sobre a biotite. O quartzo, alotriomorfo, mostra por vezes bastantes fracturas e inclusões de sericite facular e dos outros minerais da rocha; a ortoclase, alotriomorfa, está bastante sericitizada, um tanto caulinizada, com nítidos aspectos de albitização, e contém inclusões de rutilo acicular, de apatite e mais raras de quartzo; a oligoclase, um tanto caulinizada, vê-se mais sericitizada do que a ortoclase, e com inclusões de moscovite, biotite, rútilo, apatite e quartzo; a biotite, hipidiomorfa, fortemente pleocróica, contém inclusões de magnetite e de zircão; a moscovite, hipidiomorfa, com inclusões de zircão, mostra, por vezes, aspectos de intercrescimento com a biotite. Na dependência do granito há diversos filões de aplito e de pegmatito graníticos. Um destes filões ocorre longe do afloramento granítico do Alto de Vaqueiros, pois pode observar-se na mina da Facuca cortado pela galeria do piso 1, junto do poço. Trata-se de

5 23 pegmatito granítico, de grão muito grosseiro, com textura hípauíomórfica-granular. O quartzo, de extinção ondulante, contém inclusões dos outros minerais da rocha; a ortoclase mostra-se um tanto caulinizada e sericitizada, tendo sofrido nalguns pontos moscovitizaçâo; a oligoclase está mais sericitizada e menos caulinizada; a moscjvite, em cristais foliares, contém inclusões de apatite; a clorite, em grandes lamelas pleocróicas, quando inclusa no quartzo mostra-se semi-esferolítica; a apatite no geral apresenta cristais de hábito colunar; e a pirite, em pequena quantidade, mostra cristais de hábito cúbico. Na região da Facuca (Cando, Serra do Marão) há diversos filões liidrotermais que atravessam os xistos, mas só sobre um dos filões se fizeram importantes trabalhos de reconhecimento e de traçagem. Este filão, bastante extenso, sobre o qual foi demarcada a Mina da Facuca, tem orientação N. mg. 48. W. e inclina 68 para NE., mas na galeria de esgoto, aberta na base do Monte da Feiteira, frente a Vila Cova, a inclinação é um pouco maior, 80 o para NE. Próximo de Vila Cova há um outro filão do mesmo tipo, mas vertical, que tem orientação N. mg. 60 E. e cruza com o filão da Facuca. E a NE. desta mina há afloramentos de filões paralelos ao da Facuca e provavelmente com o mesmo tipo de mineralização. Uma falha é bem visível acima e junto ao poço principal de exploração da mina da Facuca; tem direcção N. mg. 60 W., inclinação 85 para SW. e uma caixa com enchimento argiloso de profunda trituração do xisto. Esta falha tem pràticamente a direcção NW.-SE., orientação de um dos sistemas de falhas que se observam na Serra do Marão. Nos trabalhos mineiros da Facuca (um poço principal inclinado e três extensas galerias em três pisos ligados entre si por poços verticais) é possível fazer numerosas observações da mineralização. A caixa do filão-fractura, de 0,40 a 0,60 m. de possança média, tem estrutura brechóide; apresenta numerosos fragmentos dos xistos das paredes do filão, cimentados por quartzo, geralmente leitoso, e mineralização de sulfuretos. Também as paredes do filão sofreram mineralização sulfurada, que se nota diminuir à medida que nos

6 24 afastamos do filão; predomina a pirite na mineralização das paredes, atingindo por vezes uma faixa de disseminação com dois metros de largura. A ganga do filão da Facuca é constituida por quartzo, clorite, sericite, moscovite e calhaus angulosos de xistos, dominando estes calhaus e o quartzo que os cimenta. Quartzo É no geral leitoso, alotriomorfo, com extinção ondulante e estrutura suturada, e bastante fracturado nas regiões de maior compressão. Contém muitas inclusões pontuais alinhadas indetermináveis, que não ocorrem junto dos locais onde houve substituição parcial do quartzo pelos sulfuretos, o que, por certo, originou a sua reabsorção. O quartzo cimenta calhaus de xisto da caixa do filão e foi a matriz da substituição dos sulfuretos. Pelas relações paragenéticas dos minerais metálicos e do quartzo vê-se que houve diversas gerações deste mineral, senão uma precipitação contínua. Observam-se fracturas no quartzo de primeira geração que foram penetiadas por vénulas deste mineral finamente granular. Vénulas de quartzo penetraram também por entre cristais de arsenopirite e fracturas deste mineral. Por vezes o quartzo é acompanhado de galena, mas há também cristais de galena com inclusões de quartzo, algumas alotriomorfas. Contudo há vénulas de quartzo posteriores à galena, visto que atravessam cristais deste mineral. Há também vénulas de quartzo que preencheram fracturas da blenda e originaram neste mineral, e junto do contacto, reabsorção das segregações de calcopirite I. Vénulas de quartzo penetraram estreitas fracturas da pirite, mas também se podem observar pequenas inclusões de quartzo neste mineral. Há inclusões de quartzo na pirrotite, mas também se observa quartzo cimentando cristais deste sulfureto. Aspectos semelhantes encontram-se em relação à arsenopirite. Clorite Hipídio e alotriomorfa, em cristais lamelares, pleo- cróica (y = β = verde; α = amarelo palha), com cor de polarização

7 25 Blenda Xenomorfa, mostra macias polissintéticas. Tem cor cinzenta de ferro-mate. É isotrópica, mas apresenta reflexos internos de colorações cinzenta-acastanhada e cinzenta-avermelhada-amarelada, típicos de blenda ferrífera (contém ferro em solução sólida). É possível que a blenda contenha também uma pequena quantidade de prata em solução sólida. Mostra segregações pontuais e vermiculares de calcopirite (estrutura «désalliage» de Schneiderazul-Berlim, é do tipo penina. Molda alguns cristais de sulfuretos e apresenta também estes minerais como inclusões. Clorite e arsenopirite penetraram contemporaneamente algumas fracturas do quartzo. Sericite Ocorre em finas e pequenas palhetas disseminadas na ganga quartzosa; por vezes numerosas palhetas de sericite formam, em certos locais, um conjunto que lembra o feltro. Ocorre também por entre cristais dos sulfuretos. Moscovite Encontra-se em pequena quantidade, em palhetas alotriomorfas, com raras inclusões microscópicas de cristais de zircão com auréolas pleocróicas. Calhaus de xisto Os calhaus de xisto, que se encontram na caixa do filão e estão cimentados por quartzo, são da mesma natureza dos xistos das, paredes, aos quais já me referi. Mas estes calhaus encontram-se mineralizados por sulfuretos; observam-se cristais idiomorfos de pirite, hipídio a idiomorfos de arsenopirite, em bem menor quantidade agregados cristalinos alotriomorfos de blenda e de galena e, muito raramente, cristais alotriomorfos de bismuto. Algumas das impregnações piritosas dispõem-se em agregados cristalinos alongados segundo os planos de xistosidade da rocha. Os minérios primários que se encontram no filão da Facuca são: blenda, galena, arsenopirite, pirite, pirrotite, calcopirite, tenantite e bismuto. A relação quantitativa entre os sulfuretos e sulfosais é: pirite > > arsenopirite > blenda> galena > calcopirite > pirrotite > tenantite.

8 26 hohn) que se dispõem paralelamente às linhas de clivagem da blenda (Est. I fig. 1). Este mineral tem a seguinte granulometria, determinada ao microscópio: A blenda penetrou e substituiu parcialmente o quartzo. Substituiu também parcial mente a arsenopirite, contendo raras inclusões alotriomorfas deste mineral. Penetrou por entre o quartzo e a pirite I e penetrou também fracturas deste mineral. Cristais idiomorfos de pirite vêem-se corroídos por blenda (Est. I fig. 2). Galena Ocorre geralmente em massas compactas de clivagem cúbica, mas também se observam cristais com {100}, por vezes com {111} e, mais raramente, {110}. Ao microscópio mostra cor branca, brilho metálico e as típicas cavidades triangulares, provocadas quando do polimento, devido às clivagens cúbicas. É isotrópica. Não mostra haver sofrido compressões Deve conter certa quantidade de prata em solução sólida, pois a análise química assim o indica. Apresenta a seguinte granulometria, estudada ao microscópio: Galena, acompanhada de quartzo, penetrou fracturas de cristais de arsenopirite e mostra inclusões alotriomorfas deste mineral. Penetrou também entre o quartzo e a blenda e insinuou-se por entre fracturas deste mineral (Est. II fig. 1), substituindo-o parcialmente e obrigando, no contacto, que as segregações de calcopirite, geralmente apresentadas pela blenda, fossem reabsorvidas.

9 27 A galena mostra inclusões de blenda (Est. II fig. 2), havendo também aspectos de substituição centrífuga deste mineral por aquele, pois vêem-se manchas de galena no seio da blenda e que a substituíram parcialmente (Est. m fig. 1), não apresentando a blenda, junto dessas manchas, as típicas segregações de calcopirite I e que foram reabsorvidas quando daquela substituição. Por uma observação óptica cuidada das vénulas de quartzo em que conjuntamente se observam galena e calcopirite II, verifica se que pelo menos parte da galena foi de génese ulterior à da calcopirite II, pois há inclusões deste mineral naquele; também no contacto da galena com a calcopirite vê-se que esta mostra geralmente bordos arredondados e côncavos e aquela convexidades aguçadas. A galena insinuou-se também entre o quartzo e a pirite I e por entre fracturas deste mineral (Est. III fig. 2, Est. IV fig. 1), provocando corrosões, observando-se bordos arredondados e côncavos na pirite e convexos na galena. A galena envolveu e moldou cristais de pirite I (Est. IV fig. 2). Encontram-se também aspectos de substituição centrífuga e parcial de cristais de pirite pela galena (Est. v fig. 1), vendo-se restos daquele mineral inclusos neste (Est. II fig. 2). Arsenopirite Ocorre em cristais ídio e hipidiomorfos, mas a alteração em muitos pontos para escorodite e farmacosiderite confere-lhe aspectos de alotriomorfismo. Nalguns locais do jazigo observam-se aspectos de textura cataclástica entre cristais de arsenopirite. O quartzo penetrou fracturas deste mineral (Est. V fig. 2). A granulometria da arsenopirite, determinada como para os outros minerais por meio do microscópio, é: Pirite Há duas gerações deste mineral: Na pirite I, idiomorfa (Est. iv fig. 2, Est. v fig. 1), predomina {100} com a simetria do dodecaedro pentagonal simétrico sendo raras as faces de {210}; mas há pontos no jazigo em que

10 28 esta pirite mostra aspecto cataclástico e as fracturas penetradas por quartzo. A pirite II, alotriomorfa (Est. vi), forma vénulas que penetraram fracturas da blenda, havendo, nos bordos de contacto deste mineral, reabsorção das segregações de calcopirite I (Est. vi fig. 1, Est. vii fig. 1). Penetrou também por entre o quartzo e a blenda e por entre este mineral e a galena (Est. vii fig. 2). Encontram-se alguns aspectos de substituição parcial da galena pela pirite II, apresentando este mineral inclusões daquele. A pirite (pirite I e pirite II) tem a seguinte granulometria: Calcopirite É alotriomorfa e ocorre em pequena quantidade. Tem cor amarela com ligeira tonalidade esverdeada. Apresenta-se em três gerações, que denominarei de calcopirite I, calcopirite II e calcopirite III. A calcopirite I é contemporânea da blenda; formou com este mineral uma mistura eutética, e deu origem por resfriamento a uma estrutura «désalliage» caracterizada por pequeninas pontuações ou vermículas de calcopirite no seio da blenda (Est. I fig. 1, Est. II fig. 1). A calcopirite II é ulterior à blenda, de que mostra restos inclusos arredondados com segregações de calcopirite I. Mas no contacto da calcopirite II com a blenda as segregações da calcopirite I não existem junto dos bordos da blenda, pois foram reabsorvidas quando da substituição (Est. VIII fig. 1). Há também substituição centrífuga da blenda por calcopirite II, pois vêem-se manchas irregulares da calcopirite que substituíram parcialmente aquele mineral (Est. viii fig. 2) As vénulas da calcopirite II, que penetraram fracturas do quartzo, têm aspecto de caprichoso rendilhado. A calcopirite II penetrou também entre o quartzo e a pirite e moldou cristais deste mineral (Est. IX fig. 1); além disso vêem-se inclusões arredondadas, e parcialmente digeridas, de pirite na calcopirite (Est. IX fig. 1). Deve ter havido certa contemporaneidade da calcopirite II e da galena, pois estes dois minerais conjuntamente envolveram e substituíram a pirite; e também há aspectos que demonstram que nal

11 29 guns locais a calcopirite II moldou e penetrou fracturas da galena, e noutros locais observam-se inclusões de calcopirite II na galena e vénulas deste mineral atravessando aquele. É possível observar vénulas de calcopirite (calcopirite III) que atravessam a galena e substituíram-na parcialmente (Est. IX fig. 2). A calcopirite III substituiu também em manchas a blenda, e atravessou e moldou a pirite II que penetrara entre a galena e a blenda. A calcopirite II e a calcopirite III mostram a seguinte granulometria determinada ópticamente: Tenantite Encontra-se em raros cristais alotriomorfos com o seguinte granulado: Mostra-se inclusa na blenda (Est. x fig. 1); e a calcopirite II, que em parte substituiu a blenda, molda também nalguns pontos a tenantite. Pirrotite Bastante rara, ocorre em agregados alotriomorfos, com macias imperfeitas. É ligeiramente pleocróica entre creme- -pálido e cinzento muito claro, e fortemente anisotrópica. Bismuto Muito raro, apresenta-se em cristais hipídio a alotriomorfos, que se observam no xisto clorítico encaixante mineralizado e nalguns calhaus de xisto da caixa do filão. Como minerais secundários, de alteração dos primários, encontram-se: escorodite, farmacosiderite, anglesite, cerussite, hematite e limonite.

12 30 Escorodite e farmacosiderite De aspecto coloidal, formam-se por alteração ao longo de fracturas e nos bordos dos cristais de arsenopirite. Anglesite e cerussite Encontram-se em certos locais como alteração da galena, alteração que se faz da periferia para o centro das massas deste mineral. Mostram aspecto concrecionado e coloidal. Hematite Ocorre em pseudomorfoses de pirite, e observam-se também aspectos parciais desta metasomatose supergénica (Est. x -fig. 2). Limonite De alteração dos minerais ferríferos, é bastante frequente. Das relações paragenéticas que observei, sou levado a admitir o seguinte esquema para a paragénese dos minerais primários do filão da Facuca:

13 31 Pela granulometria e pelas relações paragenéticas dos sulfuretos e sulfosais, especialmente havendo inclusões de sulfuretos uns nos outros e aspectos de substituição em pequenas manchas, tem de se concluir que o melhor processo de separação e concentração dos minérios sulfurados da Facuca é o da flutuação. Conclusões 1 As rochas que afloram na região são os xistos cloríticos, sericíticos e sericítico-cloríticos, de orientação N. mg. 34 E. e inclinação 40 o SW., recortados pelos sistemas de fracturas N. mg. 70 o E. e N. mg. 82 o W, verticais, e pelos sistemas N. mg. 18 W. e N.-S. mg. com inclinações 70 WSW. e 20 o W. respectivamente. Granito de grão médio de duas micas aflora no alto de Vaqueiros, e junto do jazigo há ura filão pegmatítico granítico. 2 Na região há diversos filões hidrotermais, de orientação N. mg. 48 W. e inclinação 68 o -80 NE., e próximo de Vila Cova um outro filão de orientação N. mg. 60 E. Aquele sistema pertence o filão da Facuca. 3 Uma falha, de direcção N. mg. 60 W. e inclinação 35 SW., orientação geral de um sistema de falhas NW.-SE na Serra do Marão, corta o filão da Facuca. 4 O filão da Facuca tem estrutura brechóide, pois a sua caixa, com 0,40 a 0,60 m. de possança, é constituída por calhaus de xistos, das paredes, cimentados por quartzo leitoso. Está mineralizado por sulfuretos, que se encontrara também disseminados nas paredes do filão. 5 A ganga do filão da Facuca é constituída por quartzo, clorite, sericite, moscovite e calhaus de xisto. 6 Os minérios que ocorrem no filão mostram entre si a seguinte relação quantitativa: pirite > arsenopirite > blenda > galena > calcopirite > pirrotite > tenantite > bismuto. 7 As relações paragenéticas entre os minérios, e entre os minerais gangas e aqueles, permitem estabelecer o esquema de paragénese desenhado na página anterior. 8 Como minerais secundários, de alteração dos minérios, ocorrem : escorodite, farmacosiderite, anglesite, cerussite, hematite, e limonite,

14 32 9 Pela granulometria e pelas relações paragenéticas entre os sulfuretos, que em grande parte se podem reconhecer pelas microfotografias (Estampas i a x), conclui-se que o processo a empregar para separação e concentração dos minérios da Facuca deve ser o da flutuação. Madrid, 1946 Coimbra, SUMMARY The Facuca deposit (Marão mountain) and its minerals In the region of Facuca (Marão mountain) chlorite schist, sericite schist, and sericite-chlorite schist outcrop with N. mg. 34 strike and 40 SW. dip. These are sectioned in the following fracture systems : vertically, N. mg. 70 E. and N. mg. 82 W. ; and N. mg. 18 W. and N.-S mg., with 70 WSW. and 20 W. dips respectively. Muscovite-biotite granite of medium grain outcrops at Alto de Vaqueiros, about m. from Facuca. There is a granite pegmatite vein near this deposit. There are several hydrothermal veins with N. mg. 48 W. strike and NE. dip in this region, among which that of Facuca is included. There is another vein with N. mg. 60 E strike near Vila Cova. The Facuca vein presents a brecciated structure with schist rudytes of the vein walls cemented With quartz. It is mainly mineralized with sulphides and sulpho-salts which are disseminated through the vein walls. The gangue of this vein is constituted of quartz, chlorite, sericite, moscovite. and rudytes of the vein walls. The ores that occur therein show the following quantitative relation: pyrite > arsenopyrite > sphalerite > galena > chalcopyrite > pyrrhotite > > tenantite bismuth. The paragenetic relations can be identified in the plates and the diagram in the text. Also found are the fallowing minerals derive! from the alteration of primary minerals : scorodite, pharmacosiderite, anglesite, cerussite, hematite and limonite. It must be admitted, following the grain size and the paragenetic relations of the minerals, that the fluctuation process is the best for their separation and concentration.

15 EST. I

16

17 EST. II

18

19 EST. III

20

21 EST. IV

22

23 EST. V

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25 EST. VI

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27 EST. VII

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29 EST. VIII

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31 EST. IX

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33 EST. X

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