EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO CAPITAL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO CAPITAL"

Transcrição

1 PROCURADORIA REGIONAL DOS DIREITOS DO CIDADÃO(SP) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO CAPITAL O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, pelo Procurador da República que esta subscreve, no exercício das suas atribuições constitucionais e legais, com fulcro nos arts. 127, caput, 129, incisos II e III, da Constituição Federal, no art. 6º, inciso VII, alíneas a e d, da Lei Complementar nº 75/93 e art. 3º da Lei nº 7.853/89, propor a presente em face da AÇÃO CIVIL PÚBLICA com pedido liminar, ANATEL, Agência Nacional de Telecomunicações, situada no Setor de Autarquias Sul, Quadra 06, Blocos C, E, F e H, em Brasília DF. pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos.

2 DO OBJETO DA PRESENTE AÇÃO A presente Ação Civil Pública tem por objetivo resguardar o direito de acessibilidade das pessoas com deficiência visual ao Serviço Móvel Pessoal, impondo à ré a obrigação de fazer consistente em promover a regulamentação de requisitos para certificação de aparelhos celulares, no tocante ao hardware que os compõe e aos softwares que lhes são destinados, visando o atendimento das condições de acessibilidade no Serviço Móvel Pessoal de acordo com as normas técnicas atinentes à questão e o ordenamento jurídico brasileiro. DOS FATOS No dia 16 de maio de 2011 foram instauradas na Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão as Peças de Informação nº / , convertidas em Inquérito Civil Público por meio da Portaria nº 425/2011 (que segue anexo), para apurar notícia de dificuldades na aquisição de aparelho celular acessível aos deficientes visuais (fls. 03/04). Oficiou-se à ANATEL requisitando informações sobre as medidas adotadas pela autarquia visando à acessibilidade dos serviços de telefonia móvel para as pessoas com deficiência visual (fl. 17). Em resposta, a Agência informou que muitos dispositivos móveis já possuem facilidades que propiciam a interação por intermédio da fala (fls. 21/22). Em complementação, encaminhou uma lista de aparelhos celulares que possuem o software denominado leitor de mensagens (fl. 37). Visando obter maiores esclarecimentos, o representante foi consultado sobre a resposta apresentada pela ANATEL (fl. 30). Em suma, ele informou que somente alguns dos modelos foram encontrados no mercado, e que a maioria dos aparelhos disponíveis possuem tela sensível ao toque, o que torna sua navegação praticamente impossível aos deficientes visuais. Ainda, elucidou que o software leitor de mensagens, que acompanha os aparelhos, restringe-se a leitura de mensagens, que é realizada somente nos idiomas inglês e finlandês. Demonstrou-se evidente que os recursos disponíveis nos modelos listados não permitem o acesso às funcionalidades essenciais do aparelho comum, como o envio de mensagens e as informações sobre as ligações recebidas e realizadas (fls. 33 e 43/45). 2

3 Diante de tais esclarecimentos, expediu-se Recomendação nº 27/2011 PRDC, recomendando à ANATEL que, no prazo de 90 (noventa) dias, procedesse à regulamentação de requisitos para certificação de aparelhos celulares, no tocante ao hardware que os compõe e aos softwares que lhes são destinados, visando o atendimento das condições de acessibilidade no Serviço Móvel Pessoal de acordo com as normas técnicas atinentes à questão e o ordenamento jurídico brasileiro (fl. 40). Foi expedido ofício à Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual LARAMARA, solicitando informações sobre as condições de acessibilidade nos aparelhos listados pela ANATEL (fl. 48). A referida associação informou que o software leitor de mensagens, disponível nos aparelhos listados pela ANATEL, não atende às necessidades da pessoa com deficiência visual, já que não possui recursos que indiquem, de forma sonora, todas as operações e funções disponíveis no visor. Para obter tal acesso o deficiente visual teria que adquirir o software TALKS, de custo aproximado de R$ 700,00 (setecentos reais), para instalação em aparelho celular compatível (fls. 50/52). A ANATEL informou que as regras formuladas pela Gerência de Certificação e Engenharia de Espectro se dirigem somente à indústria de equipamentos de telecomunicações, para que a produção atenda a quesitos de segurança, neutralidade de redes e respeito à vida do consumidor. Também encaminhou compilação de diplomas que já se encontram em vigor, indicando vasto conjunto de normas visando a acessibilidade dos deficientes (fls. 57/91). Contudo, não foi constatado nenhum regulamento em atenção ao recomendado, persistindo os problemas de acessibilidade de deficientes visuais ao Serviço Móvel Pessoal. Diante de todo o exposto, resta claro que a ANATEL não atende às condições legalmente exigidas referentes à acessibilidade de pessoas com deficiência, sendo omissa no tocante ao pleno gozo dos direitos fundamentais por tais pessoas. Sendo assim, não resta outra alternativa senão a propositura da presente ação. Ainda, a ANATEL não demonstrou nenhuma preocupação com os atuais problemas enfrentados pelas pessoas com deficiência visual, cabendo ao Ministério Público Federal e ao Poder Judiciário adotarem as medidas necessárias para que a Constituição e as leis sejam cumpridas. 3

4 DA LEGITIMIDADE ATIVA O Ministério Público tem como funções precípuas a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, bem como dos interesses sociais e individuais indisponíveis, tal como disposto no art. 127 da Constituição Federal. O art. 129, incisos II e III, da Carta Magna de 1988, atribui ao Ministério Público, como função institucional, zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia, bem como a promoção da ação civil pública para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. De acordo com o que preceitua o art. 81, parágrafo único, inciso II, da Lei nº 8.078/90, os direitos das pessoas com deficiência constituem interesses coletivos. O mesmo diploma dispõe, de maneira expressa, em seu art. 82, inciso I, a legitimidade do Ministério Público para a defesa dos interesses coletivos. Acrescente-se, ainda, que As ações civis públicas destinadas à proteção de interesses coletivos ou difusos das pessoas portadoras de deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal; por associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção das pessoas portadoras de deficiência, tal como determinado no art. 3º da Lei nº 7.853/89. No presente caso, a ação visa garantir a acessibilidade ampla e irrestrita das pessoas portadoras de deficiência visual aos serviços de telefonia móvel pessoal. Desta forma, revela-se a plena legitimidade do Ministério Público Federal para, em seu próprio nome, no exercício das funções institucionais que lhe foram atribuídas pela Constituição, buscar judicialmente a tutela dos direitos objetos desta ação. DA LEGITIMIDADE PASSIVA DA RÉ A ANATEL, autarquia especial, administrativamente independente e autônoma, cujas decisões podem ser contestadas apenas judicialmente, foi criada pela Lei nº 9.472, de 16 de julho de

5 Verifica-se a atribuição da ré para a expedição de normas e regulamentos de certificação de aparelhos de comunicação móvel pelo art. 19, incisos XII e XIII da sua norma criadora: Art. 19. À Agência compete adotar as medidas necessárias para o atendimento do interesse público e para o desenvolvimento das telecomunicações brasileiras, atuando com independência, imparcialidade, legalidade, impessoalidade e publicidade, e especialmente:... XII - expedir normas e padrões a serem cumpridos pelas prestadoras de serviços de telecomunicações quanto aos equipamentos que utilizarem; XIII - expedir ou reconhecer a certificação de produtos, observados os padrões e normas por ela estabelecidos; (grifo nosso) Ainda, o Decreto nº 5.296/2004, ao dispor sobre os deveres das empresas prestadoras de serviços de telecomunicações, no que tange à acessibilidade, deixa claro, em seu art. 50 que A Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL regulamentará, no prazo de seis meses a contar da data de publicação deste Decreto, os procedimentos a serem observados para implementação do disposto no art. 49. Dessa forma, resta evidente a atribuição da ANATEL para proceder à regulamentação necessária à plena fruição dos serviços de comunicação pelos deficientes visuais, como também, figurar no polo passivo da presente ação. DO DIREITO O objetivo desta ação é tutelar os interesses das pessoas com deficiência visual, para que elas possam ter pleno acesso ao Serviço Móvel Pessoal. Num primeiro momento, poder-se-ia imaginar que se está diante de uma situação em que não existe instrumento legal a tutelar os interesses de tais pessoas, razão pela qual permanece a omissão da ANATEL. A realidade, porém, é outra, existindo instrumentos legais não só de âmbito nacional, como também de âmbito internacional que amparam os direitos de tais pessoas. 5

6 Primeiro, serão apresentados os de âmbito internacional e, depois, os de âmbito nacional. A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York em 30 de março de 2007, e promulgada pelo Decreto nº 6.949/2009, estabeleceu em seu art. 4, 1, que os Estados Partes se comprometem a assegurar e promover o pleno exercício de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência, sem qualquer tipo de discriminação por causa de sua deficiência, inclusive, a alínea b do mesmo artigo dispõe que, para isso, comprometem-se a Adotar todas as medidas necessárias, inclusive legislativas, para modificar ou revogar leis, regulamentos, costumes e práticas vigentes, que constituírem discriminação contra pessoas com deficiência. à comunicação: Ainda, preceitua em seu art. 9, especialmente sobre o direito Artigo 9 1. A fim de possibilitar às pessoas com deficiência viver de forma independente e participar plenamente de todos os aspectos da vida, os Estados Partes tomarão as medidas apropriadas para assegurar às pessoas com deficiência o acesso, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, ao meio físico, ao transporte, à informação e comunicação, inclusive aos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, bem como a outros serviços e instalações abertos ao público ou de uso público, tanto na zona urbana como na rural. Essas medidas, que incluirão a identificação e a eliminação de obstáculos e barreiras à acessibilidade, serão aplicadas, entre outros, a: b) informações, comunicações e outros serviços, inclusive eletrônicos e serviços de emergência. 2. Os Estados Partes também tomarão medidas apropriadas para: h) Promover, desde a fase inicial, a concepção, o desenvolvimento, a produção e a disseminação de sistemas e tecnologias de informação e comunicação, a fim de que esses sistemas e tecnologias se tornem acessíveis a custo mínimo. (grifo nosso) 6

7 Merecem destaque também alguns dispositivos da Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência aprovada em 08 de junho de 1999 e inserida no ordenamento jurídico brasileiro por meio do Decreto nº 3.956/2001, que em seu art. 1º determina que ela...será executada e cumprida tão inteiramente como nela se contém. Vejamos. Artigo III Para alcançar os objetivos desta Convenção, os Estados Partes comprometem-se a: 1. Tomar as medidas de caráter legislativo, social, educacional, trabalhista, ou de qualquer outra natureza, que sejam necessárias para eliminar a discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência e proporcionar a sua plena integração à sociedade, entre as quais as medidas abaixo enumeradas, que não devem ser consideradas exclusivas: a) medidas das autoridades governamentais e/ou entidades privadas para eliminar progressivamente a discriminação e promover a integração na prestação ou fornecimento de bens, serviços, instalações, programas e atividades, tais como o emprego, o transporte, as comunicações, a habitação, o lazer, a educação, o esporte, o acesso à justiça e aos serviços policiais e as atividades políticas e de administração; (grifamos) Assim, caberia ao Brasil, com relação às pessoas com deficiência, garantir o pleno acesso aos serviços de telefonia móvel, o que, no presente caso, não tem ocorrido. Na ordem jurídica nacional, a Constituição Federal, além de adotar os princípios da não-discriminação em seu art. 3º, inciso IV, ao estabelecer que será papel do Estado promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, trouxe preceitos específicos com relação às pessoas com deficiência, ao prever que: Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:... II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; (destacamos) 7

8 No mesmo sentido, o art. 17 da Lei nº , de 19 de dezembro de 2000 assim dispõe: Art. 17. O Poder Público promoverá a eliminação de barreiras na comunicação e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicas que tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinalização às pessoas portadoras de deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso à informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à cultura, ao esporte e ao lazer. (destacamos) Cumpre ressaltar ainda o disposto no art. 51 do Decreto nº 5.296, de 02 de dezembro de 2004: Art. 51. Caberá ao Poder Público incentivar a oferta de aparelhos de telefonia celular que indiquem, de forma sonora, todas as operações e funções neles disponíveis no visor. (destacamos) Destaca-se ainda, que o usuário de serviços de telecomunicações tem direito de não ser discriminado quanto às condições de acesso e fruição do serviço, conforme expresso no art. 3º, inciso III da Lei nº 9.472, de 16 de julho de Como se vê, sobram preceitos no ordenamento jurídico a tutelar o direito à comunicação das pessoas com deficiência visual. Mas, se existem os preceitos, porque continuam a ser violados? Porque as pessoas com deficiência não têm acesso aos serviços básicos de telefonia móvel, imprescindíveis nas relações interpessoais do mundo moderno, como o simples envio de mensagens e o recebimento de ligações? A resposta, infelizmente, é a que falta vontade política para cumprir tais preceitos, flagrantemente desrespeitados, realidade que se pretende alterar com a propositura desta ação. Afinal, se para os que usufruem dos serviços de telecomunicação normalmente as condições de acessibilidade podem parecer irrelevantes, para outros representam limites intransponíveis para o exercício de seus direitos. Com efeito, os serviços de telecomunicações constituem direitos mediatos para o pleno acesso ao direito à comunicação, inerente a todas as pessoas sem discriminação, independente de qualquer deficiência, conforme vasta legislação nacional e internacional. 8

9 Por conseguinte, a ANATEL, responsável pela expedição de requisitos para certificação dos aparelhos celulares, tem obrigação legal de proceder à tal regulamentação, visando ao pleno acesso dos serviços de telecomunicações por todos, indistintamente. Vale lembrar que o ato normativo apresentado pela Agência (art. 10, inciso XVII da Resolução nº 477, de 07 de agosto de 2007), que define como dever da prestadora garantir que seu usuário possa enviar e/ou receber mensagens de/para qualquer outra prestadora de SMP, é muito limitado, amplo e vago, mais voltado às condições gerais de prestação de serviços do que às condições de acessibilidade do caso em tela. É importante destacar que a expedição de tais regulamentos pela Agência não está amparada pela discricionariedade administrativa, sendo salutar o entendimento do Superior Tribunal de Justiça em julgamento de Recurso Especial nº PR, em que também resta evidente a legitimidade ativa do Ministério Público Federal: ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL PRETENSÃO RESISTIDA INTERESSE DE AGIR CONTRATO DE TELEVISÃO POR ASSINATURA (TV A CABO) LESÃO A DIREITOS DOS USUÁRIOS AUSÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO INEXISTÊNCIA DE DISCRICIONARIEDADE VINCULAÇÃO À FINALIDADE LEGAL RESERVA DO POSSÍVEL NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO. 1. Os fatos consignados pelo acórdão recorrido, noticiam que a ré resistiu à pretensão do autor da ação civil pública, motivo pelo qual, não há que se falar em ausência do interesse de agir do Ministério Público. 2. Nos termos do art. 19 da Lei. n /97, compete à Anatel a obrigação de fiscalizar os serviços públicos concedidos, bem como, de reprimir as infrações aos direitos dos usuários. Com efeito, não há discricionariedade para o administrador público em realizar, ou não, a fiscalização. 3. A discricionariedade, porventura existente, circunscreverse-ia na escolha do meio pelo qual a fiscalização será exercida. Todavia, ainda assim, o administrador está vinculado à finalidade legal, de modo que, o meio escolhido deve ser necessariamente o mais eficiente no desempenho da atribuição fiscalizadora. 4. Isto ocorre porque a discricionariedade administrativa é, antes de mais nada, um dever posto à Administração para 9

10 que, diante do caso concreto, encontre dentre as diversas soluções possíveis, a que melhor atenda à finalidade legal. 5. A reserva do possível não pode ser apresentada como alegação genérica, destituída de provas da inexistência de recursos financeiros. Requer, ademais, considerações sobre a situação orçamentária do ente público envolvido, o que esbarra na súmula 7 desta Corte Superior. Recurso especial improvido. (Resp. nº PR. Rel. Min. Humberto Martins. Julgamento em: 01/12/2009, disponível em registro= &dt_publicacao=10/12/2009) Por fim, importante destacar que a procedência da presente ação garantirá o respeito à dignidade humana, se a adotarmos como o acesso igualitário e não previamente hierarquizado aos bens necessários para uma vida digna, conforme leciona Joaquín Herrera Flores 1, pois, no presente caso, a garantia dos direitos constitucionais, que são imprescindíveis para uma vida digna de ser vivida, estão previamente hierarquizados, uma vez que, atualmente, o aceso ao Serviço Móvel Pessoal não é plenamente acessível às pessoas portadoras de deficiência. DA TUTELA ANTECIPADA O objeto da presente ação é resguardar o direito de comunicação às pessoas com deficiência visual, por meio do pleno acesso aos serviços de telefonia móvel, impondo à ré a obrigação de fazer consistente em promover a regulamentação de requisitos para certificação de aparelhos celulares, no tocante ao hardware que os compõe e aos softwares que lhes são destinados. Porém, para que o provimento jurisdicional possua utilidade e efetividade, presentes o fumus boni iuris e o periculum in mora, além da verossimilhança da alegação e o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, necessária a concessão de tutela antecipada, nos termos do que dispõe o art. 273 do Código de Processo Civil. 1 Entenda-se por dignidade não o simples acesso aos bens, mas que tal acesso seja igualitário e não esteja hierarquizado a priori por processos de divisão do fazer que coloquem alguns, na hora de ter acesso aos bens, em posições privilegiadas, e outros em situação de opressão e subordinação. Mas, cuidado! Falar de dignidade humana não implica fazê-lo a partir de um conceito ideal ou abstrato. A dignidade é um fi m material. Trata-se de um objetivo que se concretiza no acesso igualitário e generalizado aos bens que fazem com que a vida seja digna de ser vivida. HERRERA FLORES, Joaquín. A (re)invenção dos direitos humanos. Trad. Carlos Roberto Diogo Garcia et al. Florianópolis: Fundação Boiteux; Garopaba: IDHID, 2009, p

11 O instituto da tutela antecipada trata da realização imediata do direito, já que dá ao autor o bem por ele pleiteado. Dessa forma, desde que presentes a prova inequívoca e a verossimilhança da alegação, a prestação jurisdicional será adiantada sempre que haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação. No caso em tela, os requisitos exigidos pelo diploma processual para o deferimento da tutela antecipada encontram-se devidamente preenchidos. Além disto, a existência do fumus boni iuris mostra-se clara, patenteado na fundamentação supra, em que se demonstra o evidente descumprimento de normas internacionais, constitucionais e infraconstitucionais. A urgência, ou periculum in mora salta aos olhos, pois para as inúmeras pessoas com deficiência visual são indispensáveis os serviços de telecomunicações móvel para suprirem as necessidades básicas do cotidiano comuns à qualquer cidadão, ressaltando a sua imprescindibilidade para situações emergenciais e casos extraordinários ou imprevistos, que atingem as pessoas sem qualquer distinção, fato que evidencia ser necessária atuação imediata do Poder Judiciário para assegurar o amplo acesso a essas pessoas. Assim, presentes os requisitos necessários à concessão da tutela antecipada, requer o Ministério Público Federal, com espeque no art. 12 da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, o seu deferimento, inaudita altera parte, para o fim de determinar que a ANATEL, como responsável pela expedição de requisitos de certificação, apresente, no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, projeto contemplando as adaptações normativas que suprimam as barreiras existentes na prestação do Serviço Móvel Pessoal, o qual deverá ser implantado no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, a fim de permitir o amplo acesso das pessoas com deficiência visual. No caso de descumprimento de obrigação imposta por decisão, nesta ação, requer que seja fixada multa no valor de R$ ,00 (dez mil reais) por dia, a ser revertida em favor do Fundo Federal de Direitos Difusos, nos termos do art. 13 da Lei nº 7.347/85, sem prejuízo da prática de crime de desobediência, previsto no art. 330 do Código Penal. 11

12 DO PEDIDO Após apreciada e se espera concedida a tutela antecipada requerida, ao final, requer o Ministério Público Federal seja julgado procedente o pedido da presente ação, para o fim de condenar a ré na obrigação de fazer consistente em promover a regulamentação de requisitos para certificação de aparelhos celulares, no tocante ao hardware que os compõe e aos softwares que lhes são destinados, visando o atendimento das condições de acessibilidade às pessoas com deficiência visual no Serviço Móvel Pessoal, de acordo com as normas técnicas atinentes à questão e o ordenamento jurídico brasileiro. No caso de descumprimento de obrigação imposta por decisão, nesta ação, requer que seja fixada multa no valor de R$ ,00 (dez mil reais) por dia, a ser revertida em favor do Fundo Federal de Direitos Difusos, nos termos do art. 13 da Lei nº 7.347/85, sem prejuízo da prática de crime de desobediência, previsto no art. 330 do Código Penal. Requer ainda: a) seja citada a ré e intimada da inicial e da concessão da tutela antecipada, no endereço constante desta petição para, querendo, oferecer resposta, sob pena de revelia; b) seja deferida a produção de provas por quaisquer meios juridicamente admitidos. fins fiscais. Dá-se à causa o valor de R$ ,00 ( dez mil reais), para Termos em que, pede deferimento. São Paulo, 16 de maio de JEFFERSON APARECIDO DIAS Procurador da República 12

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO CAPITAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO CAPITAL PROCURADORIA REGIONAL DOS DIREITOS DO CIDADÃO(SP) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO CAPITAL Processo nº 0016971-88.2011.4.03.6100, distribuído à 5ª Vara

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DE SÃO PAULO

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DE SÃO PAULO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, pela Procuradora da República infra-assinada, com fundamento no art. 129, inc. II e inc.

Leia mais

Modelo esquemático de ação direta de inconstitucionalidade genérica EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Modelo esquemático de ação direta de inconstitucionalidade genérica EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Modelo esquemático de ação direta de inconstitucionalidade genérica EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Legitimidade ativa (Pessoas relacionadas no art. 103 da

Leia mais

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988 TÍTULO VIII DA ORDEM SOCIAL CAPÍTULO II DA SEGURIDADE SOCIAL Seção II Da Saúde Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO DISTRITO FEDERAL 2º OFÍCIO DE CIDADANIA

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO DISTRITO FEDERAL 2º OFÍCIO DE CIDADANIA MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO DISTRITO FEDERAL 2º OFÍCIO DE CIDADANIA A Sua Excelência o Senhor Embaixador Gonçalo de Barros Carvalho e Mello Mourão Diretor Geral do Instituto

Leia mais

OAB 2ª FASE DE DIREITO EMPRESARIAL Profª. Elisabete Vido PEÇA 01

OAB 2ª FASE DE DIREITO EMPRESARIAL Profª. Elisabete Vido PEÇA 01 OAB 2ª FASE DE DIREITO EMPRESARIAL Profª. Elisabete Vido PEÇA 01 (OAB/LFG 2009/02). A sociedade Souza e Silva Ltda., empresa que tem como objeto social a fabricação e comercialização de roupas esportivas,

Leia mais

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Estado de São Paulo EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO O Ministério Público Federal, pelo Procurador Regional

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 (Do Sr. Arthur Oliveira Maia) Altera a redação do art. 3º da Lei nº 8.650, de 20 de abril de 1993, para suprimir qualquer restrição ou preferência legal na contratação de treinador

Leia mais

RECOMENDAÇÃO N. 029/2015

RECOMENDAÇÃO N. 029/2015 IC 1.14.006.000151/2015-51 RECOMENDAÇÃO N. 029/2015 Ementa: Necessidade de condições mínimas para funcionamento do CAE; necessidade de publicidade quanto às verbas recebidas pelo PNAE; necessidade de fornecimento

Leia mais

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ª VARA DA JUSTIÇA FEDERAL DE MARÍLIA (SP)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ª VARA DA JUSTIÇA FEDERAL DE MARÍLIA (SP) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ª VARA DA JUSTIÇA FEDERAL DE MARÍLIA (SP) O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, pelo Procurador da República que esta subscreve, no exercício das suas atribuições constitucionais

Leia mais

REGIMENTO DA UNIDADE DE AUDITORIA INTERNA DO IF SUDESTE DE MINAS GERAIS CAPÍTULO I

REGIMENTO DA UNIDADE DE AUDITORIA INTERNA DO IF SUDESTE DE MINAS GERAIS CAPÍTULO I REGIMENTO DA UNIDADE DE AUDITORIA INTERNA DO IF SUDESTE DE MINAS GERAIS CAPÍTULO I Disposições Preliminares Art. 1º A Auditoria Interna do IF Sudeste de Minas Gerais, está vinculada ao Conselho Superior,

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE 2001. Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. R E C O M E N D A Ç Ã O nº 52/2009

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. R E C O M E N D A Ç Ã O nº 52/2009 R E C O M E N D A Ç Ã O nº 52/2009 O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, pelo Procurador da República signatário, no exercício de suas funções constitucionais e legais, em especial o artigo 6º, inciso VII, b e

Leia mais

Considerando que as Faculdades Integradas Sévigné estão em plena reforma acadêmica que será implementada a partir de 2009 e;

Considerando que as Faculdades Integradas Sévigné estão em plena reforma acadêmica que será implementada a partir de 2009 e; RESOLUÇÃO CSA 02/2009 REFERENDA A PORTARIA DG 02/2008 QUE APROVOU A INSERÇÃO DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS NÃO OBRIGATÓRIOS NOS PROJETOS PEDAGÓGICOS DOS CURSOS OFERTADOS PELAS FACULDADES INTEGRADAS SÉVIGNÉ.

Leia mais

EDITAL nº 001/2013. Convocação de Audiência Pública

EDITAL nº 001/2013. Convocação de Audiência Pública EDITAL nº 001/2013 Convocação de Audiência Pública O Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), no exercício da competência fixada no artigo 130-A, parágrafo 2º, inciso II, da Constituição

Leia mais

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA EM MARÍLIA (SP).

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA EM MARÍLIA (SP). EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA EM MARÍLIA (SP). O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, pelo Procurador da República signatário, no uso de suas atribuições constitucionais

Leia mais

REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO FACULDADE SUMARÉ

REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO FACULDADE SUMARÉ REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO FACULDADE SUMARÉ 2008 CAPÍTULO I DA CONCEPÇÃO E FINALIDADE Art. 1º. Respeitada a legislação vigente, as normas específicas aplicáveis a cada curso e, em

Leia mais

DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE

DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE Convenção da Organização dos Estados Americanos 08/10/2001 - Decreto 3956 promulga a Convenção Interamericana para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência

Leia mais

Portaria n.º 510, de 13 de outubro de 2015.

Portaria n.º 510, de 13 de outubro de 2015. Serviço Público Federal MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA-INMETRO Portaria n.º 510, de 13 de outubro de 2015. O PRESIDENTE

Leia mais

http://www.receita.fazenda.gov.br/prepararimpressao/imprimepagina.asp

http://www.receita.fazenda.gov.br/prepararimpressao/imprimepagina.asp Page 1 of 5 Decreto nº 6.260, de 20 de novembro de 2007 DOU de 20.11.2007 Dispõe sobre a exclusão do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre

Leia mais

a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência 2007 e o decreto n o 6.949, de 25 de agosto de 2009. 1

a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência 2007 e o decreto n o 6.949, de 25 de agosto de 2009. 1 a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência 2007 e o decreto n o 6.949, de 25 de agosto de 2009. 1 Depois de concluídas todas as etapas, podemos inferir que a Convenção sobre os Direitos

Leia mais

Assunto: RECOMENDAÇÃO CONJUNTA MPC/MPE/MPF Portais da Transparência.

Assunto: RECOMENDAÇÃO CONJUNTA MPC/MPE/MPF Portais da Transparência. Ofício PG N.º /2014 Maceió, 22 de julho de 2014. Assunto: RECOMENDAÇÃO CONJUNTA MPC/MPE/MPF Portais da Transparência. Senhor Gestor, 1. O Ministério Público de Contas, o Ministério Público Estadual e o

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

Nº 108771/2015 ASJCIV/SAJ/PGR

Nº 108771/2015 ASJCIV/SAJ/PGR Nº 108771/2015 ASJCIV/SAJ/PGR Relatora: Ministra Rosa Weber Impetrante: Airton Galvão Impetrados: Presidente da República e outros MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPE- CIAL. SERVIDOR PÚBLICO COM DEFICIÊNCIA.

Leia mais

ANÁLISE DO EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SDM Nº 15/2011 BM&FBOVESPA

ANÁLISE DO EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SDM Nº 15/2011 BM&FBOVESPA ANÁLISE DO EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SDM Nº 15/2011 MINUTA PROPOSTA CVM Art. 1º As pessoas habilitadas a atuar como integrantes do sistema de distribuição, os analistas, os consultores e os administradores

Leia mais

CIRCULAR SUSEP N o 265, de 16 de agosto de 2004.

CIRCULAR SUSEP N o 265, de 16 de agosto de 2004. CIRCULAR SUSEP N o 265, de 16 de agosto de 2004. Disciplina os procedimentos relativos à adoção, pelas sociedades seguradoras, das condições contratuais e das respectivas disposições tarifárias e notas

Leia mais

N o 8683/2014-AsJConst/SAJ/PGR

N o 8683/2014-AsJConst/SAJ/PGR N o 8683/2014-AsJConst/SAJ/PGR Relator: Ministro Marco Aurélio Requerente: Procurador-Geral da República Interessados: Governador do Estado de Sergipe Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe O PROCURADOR-GERAL

Leia mais

Agravante : COMERCIAL LONDRINENSE DE EXPLOSIVOS E MINERAÇÃO LTDA EMENTA

Agravante : COMERCIAL LONDRINENSE DE EXPLOSIVOS E MINERAÇÃO LTDA EMENTA AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº. 876860-7, DA 12ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DE LONDRINA Agravante : COMERCIAL LONDRINENSE DE EXPLOSIVOS E MINERAÇÃO LTDA Agravado Relator : MUNICÍPIO DE LONDRINA : Des. LEONEL CUNHA

Leia mais

Perguntas F requentes Relacionadas à Inscrição de Entidades de Assistência Social nos Conselhos Municipais de Assistência Social e do Distrito Federal

Perguntas F requentes Relacionadas à Inscrição de Entidades de Assistência Social nos Conselhos Municipais de Assistência Social e do Distrito Federal Perguntas F requentes Relacionadas à Inscrição de Entidades de Assistência Social nos Conselhos Municipais de Assistência Social e do Distrito Federal 1. Onde localizar os procedimentos para inscrição

Leia mais

DECRETO nº 53.464 de 21-01-1964

DECRETO nº 53.464 de 21-01-1964 DECRETO nº 53.464 de 21-01-1964 Regulamenta a Lei nº 4.119, de agosto de 1962, que dispõe sobre a Profissão de Psicólogo. O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o art.87, item

Leia mais

TERMO DE COMPROMISSO DE AJ USTE DE CONDUTA Nº013/2003

TERMO DE COMPROMISSO DE AJ USTE DE CONDUTA Nº013/2003 TERMO DE COMPROMISSO DE AJ USTE DE CONDUTA Nº013/2003 Pelo presente instrumento, por um lado a Agência Nacional de Saúde Suplementar, pessoa jurídica de direito público, autarquia especial vinculada ao

Leia mais

LEI Nº 8.977, DE 6 DE JANEIRO DE 1995

LEI Nº 8.977, DE 6 DE JANEIRO DE 1995 LEI Nº 8.977, DE 6 DE JANEIRO DE 1995 Dispõe sobre o Serviço de TV a Cabo e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 215, DE 2015 (EM APENSO OS PLS NºS 1.547 E 1.589, DE 2015)

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 215, DE 2015 (EM APENSO OS PLS NºS 1.547 E 1.589, DE 2015) COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 215, DE 2015 (EM APENSO OS PLS NºS 1.547 E 1.589, DE 2015) Acrescenta inciso V ao art. 141 do Decreto- Lei nº 2.848, de 7 de dezembro

Leia mais

Estado de Mato Grosso Poder Judiciário Comarca de Barra do Bugres 2º Vara

Estado de Mato Grosso Poder Judiciário Comarca de Barra do Bugres 2º Vara Referência: Autos 50595 (1678-63.2011.811.0008) Tratam-se os presentes autos de ação civil pública proposta pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO em desfavor do ESTADO DE MATO GROSSO e do MUNICÍPIO

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado 13/11/2013 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Legislação... 3 4. Conclusão... 5 5. Informações

Leia mais

MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS. RESOLUÇÃO CNSP N o 279, DE 2013.

MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS. RESOLUÇÃO CNSP N o 279, DE 2013. MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS RESOLUÇÃO CNSP N o 279, DE 2013. Dispõe sobre a instituição de ouvidoria pelas sociedades seguradoras, entidades abertas de previdência complementar

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010.

RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010. RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010. Dispõe sobre a divulgação de dados processuais eletrônicos na rede mundial de computadores, expedição de certidões judiciais e dá outras providências. O PRESIDENTE DO CONSELHO

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de RECURSO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de RECURSO ACÓRDÃO ^SSS^ AC TGISTRADO(A)SOBN -- iriümpiii *00727314* Vistos, relatados e discutidos estes autos de RECURSO EX-OFICIO n 114.385-0/2-00, da Comarca de ITAPETININGA, em que é recorrente JUÍZO "EX OFFICIO",

Leia mais

Marco Civil da Internet

Marco Civil da Internet Marco Civil da Internet Tendências em Privacidade e Responsabilidade Carlos Affonso Pereira de Souza Professor da Faculdade de Direito da UERJ Diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) @caffsouza

Leia mais

DECRETO N.º 418/XII. Cria o Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde

DECRETO N.º 418/XII. Cria o Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde DECRETO N.º 418/XII Cria o Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.º Objeto 1 - A

Leia mais

RECOMENDAÇÃO PRDC/PR/PA nº /2014

RECOMENDAÇÃO PRDC/PR/PA nº /2014 RECOMENDAÇÃO PRDC/PR/PA nº /2014 PR-PA-00032907/2013 Inquérito Civil Público n. 1.23.000.001476/2013-31 O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, por meio do Procurador da República e Procurador Regional dos Direitos

Leia mais

A propositura da ação vincula apenas o autor e o juiz, pois somente com a citação é que o réu passa a integrar a relação jurídica processual.

A propositura da ação vincula apenas o autor e o juiz, pois somente com a citação é que o réu passa a integrar a relação jurídica processual. PROCESSO FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO FORMAÇÃO DO PROCESSO- ocorre com a propositura da ação. Se houver uma só vara, considera-se proposta a ação quando o juiz despacha a petição inicial; se houver

Leia mais

Interessado: Conselho e Administração do Condomínio. Data: 17 de Agosto de 2007. Processo: 01/2007

Interessado: Conselho e Administração do Condomínio. Data: 17 de Agosto de 2007. Processo: 01/2007 Interessado: Conselho e Administração do Condomínio. Data: 17 de Agosto de 2007. Processo: 01/2007 Atribuição de multa aos condôminos infratores. Modo de aplicação. Eficácia da multa. O Senhor Síndico,

Leia mais

2/5 Art. 16 XI Art.55 - Parágrafo único Art. 57 - III VII VIII

2/5 Art. 16 XI Art.55 - Parágrafo único Art. 57 - III VII VIII 1/5 Alterações de dispositivos do Estatuto Social aprovadas pelo Conselho Deliberativo em 10 de novembro de 2014 visando atender à Portaria nº 224, de 18/09/2014, do Ministério do Esporte, de forma a ser

Leia mais

PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE Nº DE 2014 (Do Sr. Luiz Fernando Machado)

PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE Nº DE 2014 (Do Sr. Luiz Fernando Machado) PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE Nº DE 2014 (Do Sr. Luiz Fernando Machado) Propõe que a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle com o auxílio do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público

Leia mais

TERMO DE COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA nº 02/2012

TERMO DE COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA nº 02/2012 TERMO DE COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA nº 02/2012 O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF), representado pelo procurador da República DARLAN AIRTON DIAS, titular do 1º Ofício da Procuradoria da República

Leia mais

Considerando o disposto no artigo 12, inciso V; artigo 13, inciso IV, e artigo 24, inciso V, alínea e, da Lei Federal 9394/96;

Considerando o disposto no artigo 12, inciso V; artigo 13, inciso IV, e artigo 24, inciso V, alínea e, da Lei Federal 9394/96; ATO NORMATIVO da Secretaria Municipal da Educação Resolução SME nº4, de 05 de março de 2015. Dispõe sobre a Recuperação da Aprendizagem, de maneira Contínua e/ou Paralela, no Ensino Fundamental da Rede

Leia mais

Orientações Jurídicas

Orientações Jurídicas São Paulo, 13 de agosto de 2015. OJ-GER/030/15 Orientações Jurídicas Legitimidade da cobrança da taxa de adesão nos planos de saúde. Devido a inúmeros questionamentos acerca da licitude da cobrança da

Leia mais

ESCOLA DE FORMAÇÃO 2007 ESTUDO DIRIGIDO. Liberdade de profissão

ESCOLA DE FORMAÇÃO 2007 ESTUDO DIRIGIDO. Liberdade de profissão ESCOLA DE FORMAÇÃO 2007 ESTUDO DIRIGIDO Liberdade de profissão Preparado por Carolina Cutrupi Ferreira (Escola de Formação, 2007) MATERIAL DE LEITURA PRÉVIA: 1) Opinião Consultiva n. 5/85 da Corte Interamericana

Leia mais

AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL RESOLUÇÃO Nº, DE DE DE.

AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL RESOLUÇÃO Nº, DE DE DE. AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL RESOLUÇÃO Nº, DE DE DE. Dispõe sobre a regulamentação do serviço de atendimento ao passageiro prestado pelas empresas de transporte aéreo regular. A DIRETORIA DA AGÊNCIA

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA REGISTRADO(A) SOB N ACÓRDÃO I MUI mil mu mu uni um um imi mi 111 *03043864* Vistos, relatados e discutidos

Leia mais

REGULAMENTO. Página 1 de 5

REGULAMENTO. Página 1 de 5 Promoção Ilimitado Fixo Local Economia Esta promoção é realizada pela VIVO nas seguintes condições: 1. Definições 1.1 Promoção: Oferta de condições especiais para a fruição do STFC na realização de chamadas

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 5.707, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2006. Institui a Política e as Diretrizes para o Desenvolvimento de Pessoal da administração

Leia mais

CAPÍTULO I DA NATUREZA E DOS OBJETIVOS

CAPÍTULO I DA NATUREZA E DOS OBJETIVOS REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NÃO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE ARTHUR THOMAS CAPÍTULO I DA NATUREZA E DOS OBJETIVOS Art. 1º. O presente Regulamento estabelece as políticas

Leia mais

RADIODIFUSÃO EDUCATIVA ORIENTAÇÕES PARA NOVAS OUTORGAS DE RÁDIO E TV

RADIODIFUSÃO EDUCATIVA ORIENTAÇÕES PARA NOVAS OUTORGAS DE RÁDIO E TV RADIODIFUSÃO EDUCATIVA ORIENTAÇÕES PARA NOVAS OUTORGAS DE RÁDIO E TV 1. O QUE É A RADIODIFUSÃO EDUCATIVA? É o serviço de radiodifusão, tanto em frequência modulada (FM) quanto de sons e imagens (TV), que

Leia mais

PARECER Nº, DE 2011. RELATOR: Senador LUIZ HENRIQUE

PARECER Nº, DE 2011. RELATOR: Senador LUIZ HENRIQUE PARECER Nº, DE 2011 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 244, de 2011, do Senador Armando Monteiro, que acrescenta os arts. 15-A, 15-B e 15-C à Lei nº 6.830, de 22 de

Leia mais

http://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa.html?tipo=dec&num...

http://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa.html?tipo=dec&num... Página 1 de 9 DECRETO 44945, DE 13/11/2008 - TEXTO ORIGINAL Altera o Decreto nº 44.046, de 13 de junho de 2005, que regulamenta a cobrança pelo uso de recursos hídricos de domínio do Estado, e o Decreto

Leia mais

CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CMAS RESOLUÇÃO CMAS Nº 16, DE 26 DE SETEMBRO DE 2011

CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CMAS RESOLUÇÃO CMAS Nº 16, DE 26 DE SETEMBRO DE 2011 CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CMAS RESOLUÇÃO CMAS Nº 16, DE 26 DE SETEMBRO DE 2011 Resolução CMAS nº 16, 26 de setembro de 2011, revoga a Resolução CMAS nº 01/2002 e define os parâmetros para

Leia mais

MENSAGEM 055/2015. Senhor Presidente, Senhores Vereadores,

MENSAGEM 055/2015. Senhor Presidente, Senhores Vereadores, MENSAGEM 055/2015 Senhor Presidente, Senhores Vereadores, É com elevada honra que submeto à apreciação de Vossas Excelências e à superior deliberação do Plenário dessa Augusta Casa Legislativa, o Projeto

Leia mais

Requeridos: INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL SÃO LUCAS IDESAL e FACULDADE REUNIDA - FAR

Requeridos: INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL SÃO LUCAS IDESAL e FACULDADE REUNIDA - FAR Requeridos: INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL SÃO LUCAS IDESAL e FACULDADE REUNIDA - FAR Assunto: Não autorização do MEC para ofertar cursos de graduação, pós-graduação e formação docente. RECOMENDAÇÃO

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 175, DE 2011. Relator: Deputado Paulo Abi-Ackel.

PROJETO DE LEI N.º 175, DE 2011. Relator: Deputado Paulo Abi-Ackel. CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA PROJETO DE LEI N.º 175, DE 2011. Determina a adoção de número único para emergências e segurança pública. Autor: Deputado

Leia mais

OS CARTÓRIOS VÃO ACABAR

OS CARTÓRIOS VÃO ACABAR VOCÊ SEMPRE OUVIU DIZER QUE... OS CARTÓRIOS VÃO ACABAR O QUE VOCÊ VAI FAZER A RESPEITO? QUAL O FUTURO DOS REGISTROS PÚBLICOS O QUE QUEREMOS? A QUEM INTERESSA? COMO FAZER? CRISE OPORTUNIDADE Lei nº 11.977,

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº. INSTRUÇÃO Nº 112 - CLASSE 12ª - DISTRITO FEDERAL (Brasília).

RESOLUÇÃO Nº. INSTRUÇÃO Nº 112 - CLASSE 12ª - DISTRITO FEDERAL (Brasília). RESOLUÇÃO Nº INSTRUÇÃO Nº 112 - CLASSE 12ª - DISTRITO FEDERAL (Brasília). Relator: Ministro Ari Pargendler. Dispõe sobre pesquisas eleitorais. O TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, usando das atribuições que

Leia mais

AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES ATO Nº 62.817, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2006

AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES ATO Nº 62.817, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2006 AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES ATO Nº 62.817, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2006 O SUPERINTENDENTE DE SERVIÇOS PÚBLICOS DA AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES - ANATEL, no uso da atribuição que lhe foi conferida

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 021/2007 DO CONSELHO SUPERIOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG

RESOLUÇÃO Nº 021/2007 DO CONSELHO SUPERIOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG Comissão Permanente de Propriedade Intelectual RESOLUÇÃO Nº 021/2007 DO CONSELHO SUPERIOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG

Leia mais

Ressarcimento de danos elétricos em equipamentos

Ressarcimento de danos elétricos em equipamentos AO SENHOR NELSON JOSÉ HUBNER MOREIRA DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL SGAN 603, MÓDULO J, CEP: 70830-030 BRASÍLIA/DF RECOMENDAÇÃO 1. CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição

Leia mais

RESOLVEU: I - probidade na condução das atividades no melhor interesse de seus clientes e na integridade do mercado;

RESOLVEU: I - probidade na condução das atividades no melhor interesse de seus clientes e na integridade do mercado; Estabelece normas e procedimentos a serem observados nas operações em bolsas de valores e dá outras providências. O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS torna público que o Colegiado, em sessão

Leia mais

Saneamento Básico: direito a um mínimo existencial para uma vida digna. Denise Muniz de Tarin Procurador de Justiça

Saneamento Básico: direito a um mínimo existencial para uma vida digna. Denise Muniz de Tarin Procurador de Justiça Saneamento Básico: direito a um mínimo existencial para uma vida digna. Denise Muniz de Tarin Procurador de Justiça O verdadeiro ministério do Ministério Público Origens Alguns historiadores remontam o

Leia mais

QUINTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

QUINTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO QUINTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGRAVO DE INSTRUMENTO nº 0042576-57.2010.8.19.0000 AGRAVANTE: CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO GENERAL ALBERTO DIAS SANTOS AGRAVADO: XXXXX XX

Leia mais

Marcel Brasil F. Capiberibe. Subprocurador do Ministério Público Especial Junto ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul

Marcel Brasil F. Capiberibe. Subprocurador do Ministério Público Especial Junto ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul Critérios institucionais diferençados entre as funções do Ministério Público junto à justiça ordinária e as atribuições funcionais do Ministério Público especial junto ao Tribunal de Contas Marcel Brasil

Leia mais

PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL.

PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL. PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL. A PROVA FOI MUITO BEM ELABORADA EXIGINDO DO CANDIDATO UM CONHECIMENTO APURADO

Leia mais

Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios Órgão 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal Processo N. Apelação Cível do Juizado Especial 20120111781267ACJ

Leia mais

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT]

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] 1. Os Tribunais de Contas somente podem realizar suas tarefas quando são independentes da entidade auditada e são protegidos

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 105, DE 2008

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 105, DE 2008 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 105, DE 2008 Altera o art. 2º da Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, que dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiência, para prever incentivo ao empreendedorismo. O SENADO

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. R E C O M E N D A Ç Ã O nº 77/2008

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. R E C O M E N D A Ç Ã O nº 77/2008 R E C O M E N D A Ç Ã O nº 77/2008 O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, pelo Procurador da República signatário, no exercício de suas funções constitucionais e legais, em especial o artigo 6º, inciso VII, b e

Leia mais

REQUERIMENTO Nº, DE 2007. (Do Senhor Wellington Fagundes e outros)

REQUERIMENTO Nº, DE 2007. (Do Senhor Wellington Fagundes e outros) REQUERIMENTO Nº, DE 2007. (Do Senhor Wellington Fagundes e outros) Requer a instituição de Comissão Parlamentar de Inquérito com a finalidade de investigar os contratos celebrados entre a ANATEL Agência

Leia mais

CURSO DE DIREITO DA INFORMÁTICA LUIZ MÁRIO MOUTINHO

CURSO DE DIREITO DA INFORMÁTICA LUIZ MÁRIO MOUTINHO 1 CURSO DE DIREITO DA INFORMÁTICA LUIZ MÁRIO MOUTINHO 03/09/2013 2 PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR NO COMÉRCIO ELETRÔNICO E AS LIMITAÇÕES DO DECRETO 7.962/2013 3 Conclusões O CDC é mais do que suficiente para a

Leia mais

NORMATIZAÇÃO DE ESTÁGIO PARA OS CURSOS TÉCNICOS E SUPERIORES DO IFSULDEMINAS

NORMATIZAÇÃO DE ESTÁGIO PARA OS CURSOS TÉCNICOS E SUPERIORES DO IFSULDEMINAS MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUL DE MINAS GERAIS NORMATIZAÇÃO DE ESTÁGIO PARA OS CURSOS TÉCNICOS E SUPERIORES

Leia mais

REGULAMENTO. Promoção Fale e Navegue à Vontade

REGULAMENTO. Promoção Fale e Navegue à Vontade REGULAMENTO Promoção Fale e Navegue à Vontade Esta Promoção é realizada pela Telecomunicações de São Paulo S/A Telesp, com sede na Rua Martiniano de Carvalho, 851 - São Paulo - SP, inscrita no CNPJ sob

Leia mais

PORTARIA MPS N 170/2012 DE 25 DE ABRIL DE 2012 IMPLEMENTAÇÃO DE COMITÊ DE INVESTIMENTOS E OUTROS CONTROLES

PORTARIA MPS N 170/2012 DE 25 DE ABRIL DE 2012 IMPLEMENTAÇÃO DE COMITÊ DE INVESTIMENTOS E OUTROS CONTROLES NOTA TÉCNICA N.º 008/2012 PORTARIA MPS N 170/2012 DE 25 DE ABRIL DE 2012 IMPLEMENTAÇÃO DE COMITÊ DE INVESTIMENTOS E OUTROS CONTROLES O assunto tratado na presente Nota Jurídica é de fundamental importância

Leia mais

RECOMENDAÇÃO MPF nº 08/2015. Assunto: Inscrição no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior -FIES

RECOMENDAÇÃO MPF nº 08/2015. Assunto: Inscrição no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior -FIES RECOMENDAÇÃO MPF nº 08/2015 Assunto: Inscrição no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior -FIES Interessadas: UNAMA Universidade da Amazônia; Faculdade Maurício de Nassau; ESAMAZ -Escola

Leia mais

MINAS GERAIS 12/04/2008. Diário do Judiciário. Portaria 2.176/2008

MINAS GERAIS 12/04/2008. Diário do Judiciário. Portaria 2.176/2008 MINAS GERAIS 12/04/2008 Diário do Judiciário Chefe de Gabinete: Dalmar Morais Duarte 11/04/2008 PRESIDÊNCIA Portaria 2.176/2008 Institucionaliza o Programa Conhecendo o Judiciário do Tribunal de Justiça.

Leia mais

Conselho Administrativo DE DEFESA ECONÔMICA

Conselho Administrativo DE DEFESA ECONÔMICA Conselho Administrativo DE DEFESA ECONÔMICA 135 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Conselho Administrativo DE DEFESA ECONÔMICA Horário de funcionamento: de segunda a

Leia mais

Seção I Das disposições preliminares

Seção I Das disposições preliminares INSTRUÇÃO NORMATIVA N o 6, DE 14 DE MARÇO DE 2014. Dispõe sobre a suspensão da publicidade dos órgãos e entidades do Poder Executivo federal, no período eleitoral de 2014, e dá outras providências. O MINISTRO

Leia mais

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO COMISSÃO TÉCNICA NACIONAL DE BIOSSEGURANÇA RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 9, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2011

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO COMISSÃO TÉCNICA NACIONAL DE BIOSSEGURANÇA RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 9, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2011 Nº 232 05/12/11 Seção 1 - p.47 MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO COMISSÃO TÉCNICA NACIONAL DE BIOSSEGURANÇA RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 9, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2011 Dispõe sobre as normas de monitoramento

Leia mais

Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina

Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina Prezada Sra. Pregoeira Dilene, Concordamos com relação as atividades de monitoramento a distância não caracteriza serviços de segurança, porém o edital em sei item 12.1.4.5 menciona que a empresa deve

Leia mais

Quanto ao órgão controlador

Quanto ao órgão controlador Prof. Ms. Cristian Wittmann Aborda os instrumentos jurídicos de fiscalização sobre a atuação dos Agentes públicos; Órgãos públicos; Entidades integradas na Administração Pública; Tem como objetivos fundamentais

Leia mais

PROVIMENTO CONJUNTO Nº 2/2015

PROVIMENTO CONJUNTO Nº 2/2015 PROVIMENTO CONJUNTO Nº 2/2015 Regulamenta os critérios para operacionalização do Sistema de Investigações Bancárias Simba no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região. O PRESIDENTE E O CORREGEDOR

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DE RORAIMA

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DE RORAIMA PRDC P.I. 010/2007 MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL ASSUNTO: Vestibular 2007 da UFRR. Curso pré-vestibular oferecido pela IFES exclusivamente para seus servidores. Representação ante a possível inobservância

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO JOÃO DE MERITI

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO JOÃO DE MERITI PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO JOÃO DE MERITI PROCESSO: 0007733-93.2015.4.02.5110 (2015.51.10.007733-0) AUTOR: MINISTERIO PUBLICO FEDERAL REU: MUNICIPIO DE BELFORD ROXO Fls

Leia mais

PARECER Nº, DE 2015. RELATOR: Senador CRISTOVAM BUARQUE

PARECER Nº, DE 2015. RELATOR: Senador CRISTOVAM BUARQUE PARECER Nº, DE 2015 Da COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 333, de 2014, do Senador Pedro Taques, que altera a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de

Leia mais

QUESTIONÁRIO Formas de discriminação que limitam o exercício pleno dos direitos econômicos, sociais e culturais das mulheres

QUESTIONÁRIO Formas de discriminação que limitam o exercício pleno dos direitos econômicos, sociais e culturais das mulheres QUESTIONÁRIO Formas de discriminação que limitam o exercício pleno dos direitos econômicos, sociais e culturais das mulheres Este questionário foi preparado como parte do plano de trabalho da Relatoria

Leia mais

NORMA SOBRE REGISTRO DE INTENÇÃO DE DOAÇÃO A INSTITUIÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA, UTILIZANDO SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES

NORMA SOBRE REGISTRO DE INTENÇÃO DE DOAÇÃO A INSTITUIÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA, UTILIZANDO SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES NORMA SOBRE REGISTRO DE INTENÇÃO DE DOAÇÃO A INSTITUIÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA, UTILIZANDO SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES 1 - DO OBJETIVO 1.1. Esta Norma tem por objetivo estabelecer condições para prestação

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ CENTRO DE APOIO OPERACIONAL ÀS PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DA EDUCAÇÃO (Área da Educação) PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PROTEÇÃO À EDUCAÇÃO NO

Leia mais