MAYRA PANIAGO HISTÓRIA GERAL

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1 MAYRA PANIAGO HISTÓRIA GERAL TEORIA 346 QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS E VESTIBULARES GABARITADAS Teoria e Seleção das Questões: Prof.ª Mayra Paniago Organização e Diagramação: Mariane dos Reis 1ª Edição DEZ 2012 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou processo. A violação de direitos autorais é punível como crime, com pena de prisão e multa (art. 184 e parágrafos do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19/02/98 Lei dos Direitos Autorais). contato@apostilasvirtual.com.br apostilasvirtual@hotmail.com

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3 SUMÁRIO 1. A ALTA IDADE MÉDIA Questões de Provas de Concursos e Vestibulares O FEUDALISMO: Sistema econômico, político, social e cultural Questões de Provas de Concursos e Vestibulares A BAIXA IDADE MÉDIA AS TRANSFORMAÇÕES ECONÔMICAS, POLÍTICAS, SOCIAIS E RELIGIOSAS Questões de Provas de Vestibulares CRISE DO FEUDALISMO Questões de Provas de Vestibulares A ÉPOCA MODERNA: A Formação dos Estados Nacionais O Estado Absolutista Questões de Provas de Concursos e Vestibulares A EXPANSÃO MERCANTIL EUROPEIA NOS SÉCULOS XV E XVI Questões de Provas de Concursos e Vestibulares O RENASCIMENTO Questões de Provas de Vestibulares AS REFORMAS RELIGIOSAS Questões de Provas de Vestibulares A REVOLUÇÃO INGLESA DO SÉCULO XVII Questões de Provas de Vestibulares O ILUMINISMO Questões de Provas de Vestibulares A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Questões de Provas de Concursos e Vestibulares A REVOLUÇÃO FRANCESA Questões de Provas de Concursos e Vestibulares MUNDO CONTEMPORÂNEO: A ação imperialista do século XIX sobre a África e a Ásia Questões de Provas de Concursos e Vestibulares AS UNIFICAÇÕES DA ITÁLIA E DA ALEMANHA Questões de Provas de Vestibulares OS MOVIMENTOS SOCIALISTAS Questões de Provas de Vestibulares A CIÊNCIA E CULTURA NO SÉCULO XIX Questões de Provas de Vestibulares... 82

4 17. A REVOLUÇÃO RUSSA DE Questões de Provas de Vestibulares O SISTEMA DE ALIANÇAS E A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL Questões de Provas de Concursos e Vestibulares O FASCISMO ITALIANO E O NAZISMO ALEMÃO Questões de Provas de Vestibulares AS DEMOCRACIAS LIBERAIS NO PERÍODO ENTRE-GUERRAS Questões de Provas de Vestibulares A CRISE DE 1929 E O NEW DEAL Questões de Provas de Vestibulares A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL Questões de Provas de Vestibulares A ONU Questões de Provas de Concursos e Vestibulares A CRIAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL E AS TENSÕES ENTRE ÁRABES E JUDEUS Questões de Provas de Vestibulares A EXPANSÃO CAPITALISTA DO JAPÃO Questões de Provas de Vestibulares A QUEDA DO MURO DE BERLIM E O SURGIMENTO DE UMA NOVA EUROPA Questões de Provas de Vestibulares EXTINÇÃO DA UNIÃO SOVIÉTICA Questões de Provas de Vestibulares ACELERAÇÃO TECNOLÓGICA, MUDANÇAS ECONÔMICAS E DESEQUILÍBRIOS (a era da informática, globalização e as grandes crises econômicas) Questões de Provas de Vestibulares A CIÊNCIA E CULTURA NO SÉCULO XX Questões de Provas de Vestibulares GABARITOS

5 HISTÓRIA GERAL 1 A ALTA IDADE MÉDIA Idade Média O longo período medieval iniciou-se com a queda do Império Romano, no século V e chegou ao fim durante o século XV, em função das grandes mudanças promovidas pelo chamado renascimento comercial e urbano e a crise do século XIV. Tradicionalmente a Idade Média está dividida em dois períodos: a Alta Idade Média dos séculos V ao X e a Baixa Idade Média que se estendeu dos séculos XI ao XV. O primeiro momento esteve marcado pela formação do sistema feudal a partir de uma fusão cultural entre romanos e germânicos. Já o segundo, caracterizouse pelo apogeu e crise do feudalismo. Do ponto de vista geográfico, o período medieval cobriu convencionalmente a Europa, o norte da África e áreas do Oriente Médio. Mas isso não quer dizer que existiam apenas essas regiões em todo o mundo! É óbvio que outras civilizações já viviam de forma também intensa em outros lugares do mundo. Na América, bem como em grandes áreas da Ásia, Oceania e regiões subsaarianas, sociedades inteiras possuíam suas particularidades históricas que trataremos em outros momentos. A diversidade geográfica definiu também uma variedade histórica. Enquanto o mundo europeu viveu imerso em uma estrutura econômica agrária, com base em uma agricultura de subsistência, as outras regiões conheceram o desenvolvimento das atividades comerciais de forma intensa. A aceitação desta diversidade implica em considerar que a história do mundo medieval não ocorreu de forma homogênea e que, portanto, devemos analisá-lo considerando as múltiplas características em cada lugar estudado. Alta Idade Média A Alta Idade Média teve seu início marcado pelas grandes migrações germânicas invasões bárbaras para dentro das fronteiras de um Império Romano já em crise desde o século III. Importante considerar que a á- rea mais afetada pelas ondas invasoras do século V, foram aquelas do Império Romano Ocidental, que viram a deposição do último imperador romano, Rômulo Augusto, por Odoacro, rei germânico. A fusão romano germânica e a formação do feudalismo Os povos germânicos É bastante comum ouvirmos falar dos germânicos como povos bárbaros. Por que isso acontece? Qual a origem dessa denominação? Os gregos costumavam chamar de bárbaro toda pessoa que era estrangeira e que por isso não possuía os mesmos valores culturais desta civilização. Essa palavra também teve o mesmo significado para os romanos, sendo considerado bárbaro aquele que não falava latim, não professava a religião cristã nem tinha os mesmos hábitos dos romanos. A designação passou então a ter um caráter pejorativo inferiorizando as culturas diferentes das culturas clássicas. Todos eles tem membros compactos e firmes, pescoços grossos, e são tão prodigiosamente disformes e feios que os poderíamos tomar por animais bípedes ou pelos toros desbastados em figuras que usavam nos lados das pontes. [...]Tendo porém o aspecto de homens, embora desagradáveis, são rudes no seu modo de vida, de tal maneira que não tem necessidade de fogo nem de comida saborosa; comem as raízes das plantas selvagens e a carne semicrua de qualquer espécie de animal que colocam entre as suas coxas e os dorsos dos cavalos para as aquecer um pouco. ESPINOSA, Fernanda. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da costa, In: BRAICK, Patrícia Ramos e MOTA, Myriam Becho. História; das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo: Moderna, 2005, p Os germânicos ocupavam as regiões do norte da Europa. Sua atividade econômica era caracterizada pela utilização coletiva da terra e da sua produção. Criavam animais e produziam um artesanato utilitário. Sua sociedade era constituída por camponeses e guerreiros e viviam em tribos seminômades que dependiam da natureza para sobreviver. Do ponto de vista político o governo era estruturado a partir do domínio de chefes guerreiros que se constituíam em uma aristocracia da guerra. A religião era marcadamente voltada para o culto de deuses que eram associados aos fenômenos da natureza, sendo politeístas. Eram eles: Odin deus do céu e da guerra; Thor era o deus do trovão; Mon deusa da lua; Sunna deusa do sol; Freia deusa do amor; Nerto deusa da fertilidade. Costumavam cremar os mortos e acreditavam em paraíso chamado de Walhala. Os contatos entre estes povos godos (visigodos, ostrogodos, anglo, saxões, jutos, alamanos, vikings, normandos, suevos, hérulos e os romanos já ocorriam há tempos. Desde o século IV, os germânicos ocupavam as fronteiras do Império Romano do Ocidente, realizando atividades agrícolas, e, em algumas ocasiões, em épocas de crise, se ofereciam para ingressar as fileiras do exército romano. Eram então considerados povos federados, isto é, aliados dos romanos. A grande onda invasora responsável pela desagregação do Império Romano Ocidental foi provocada por uma intensa migração germânica sob pressão dos hunos (povos que eram originários das estepes russas e que no século V entram violentamente nas regiões da Germânia). Veja o mapa seguinte. 5

6 As ondas invasoras do século V levaram à população um temor muito grande. Boa parte dos habitantes das cidades latinas teve que sair de suas casas e se refugiar nos campos. Paulatinamente ocorreu um processo de ruralização, provocando uma grande mudança nas relações de trabalho, na produção econômica e nas relações políticas também. O encontro entre os dois povos marcou a sociedade na Alta Idade Média. Nesta época, como em qualquer período de transição, era muito difícil distinguir o que era característica cultural romana das características culturais germânicas. De forma bem ampla, o feudalismo, sistema político econômico e social que marcou a Europa Ocidental, foi resultado desta fusão cultural. Do lado romano, o colonato foi uma das grandes contribuições deste povo para o mundo feudal. Caracterizava-se por ser uma relação de trabalho originária da crise do mundo romano, a partir do século III, em que o trabalho escravo em queda por causa da diminuição do número deste trabalhador, resultando no encarecimento da mão de obra -, foi sendo substituído por outro regime trabalhão livre, mas não escravo ou assalariado. Tratou-se de uma relação que se estabeleceu nas propriedades agrícola em Roma, onde os grandes latifundiários passaram a utilizar um trabalhador que passava a trabalhar na terra em troca de proteção e moradia. Este tipo de trabalhador deu origem ao trabalhador servil, na época do apogeu do Feudalismo. A religião cristã / católica foi outra grande contribuição romana para a sociedade medieval. Nos primeiros tempos medievais, muitos povos germânicos tiveram dificuldades em se adaptar a esta religião. A Igreja Católica, já em processo de expansão desde a crise romana acabou se tornando a única instituição que abrigou pobres, desvalidos e pessoas que fugiam dos tempos difíceis das invasões. Por isso houve muitas conversões ao cristianismo de muitas populações germânicas. Mas por muito tempo a mistura das duas religiões foi evidente. O que foi combatido severamente pela Igreja Católica que condenava as outras práticas religiosas associando-as a um certo paganismo herético. Isto é, orientação religiosa que fere a doutrina cristã. Dentre estas heresias, talvez a mais importante tenha sido o arianismo. De acordo com os seguidores desta doutrina, Jesus Cristo não era visto como uma figura divina. Dado que se chocava fortemente com os dogmas da Igreja Católica. Dogma: Preceito de natureza doutrinária e religiosa que não admite questionamentos. São valores adotados como verdades absolutas. Heresia: Doutrina que não segue os princípios católicos. Durante a época medieval muitas pessoas foram condenadas à morte na fogueira por serem consideradas hereges. De acordo com alguns estudos históricos relativos à época medieval, muitas dessas pessoas eram mulheres que eram consideradas bruxas. A imagem das mulheres, muitas vezes esteve associada à ideia demoníaca de perdição e do pecado. Muitas mulheres camponesas que tinham conhecimentos populares de cura de doenças utilizando ervas, foram consideradas bruxas porque associavam sua imagem com um curandeirismo relacionado ao paganismo. Vale lembrar que nesta época, todas as ações humanas eram vistas como desígnios de Deus. Atos de vida, nascimento, morte, traição, ferimentos em guerra, doenças, tudo isso estava dentro da vontade divina conforme a mentalidade daquela época. Por isso quando as mulheres curavam doenças, faziam partos ou salvavam algum homem da morte por causa de alguma infecção causada por um ferimento de batalha, elas estariam desviando a vontade divina. Daí sua associação com o demônio. Então, deveriam ser eliminadas. 6

7 Em relação às contribuições germânicas à nova estrutura social medieval, observamos a presença de duas características bem marcantes: o comitatus e o beneficium. O primeiro elemento era definido por uma tradição germânica associada à lealdade entre o chefe guerreiro e seus comandados. Essa tradição resultou no nascimento das relações de suserania e vassalagem, características da sociedade feudal. O segundo elemento define-se pela doação do direito de uso da terra e de seus benefícios produtivos a partir dos serviços prestados na guerra. Essa tradição pode ser vista na estrutura feudal dentro das relações na cavalaria e a doação de benefícios aos cavaleiros quando estes iam para a guerra. Os reinos germânicos Na medida em que os germânicos ocupavam as regiões dentro do Império Romano Ocidental foram sendo formados vários reinos que se constituíram em um misto de valores romanos e germânicos. Os mais importantes reinos estruturados nesta é- poca foram: Reino Ostrogodo, Reino Vândalo, Reino Visigodo, Reino Suevo, Reinos Anglo-saxões, Reino Franco. Reino Franco- O Reino Franco foi o de maior durabilidade. Sua área ocupou boa parte das regiões da atual França e, cronologicamente se estendeu do século V até meados do século IX. A história deste reino está dividida em duas dinastias: dinastia Merovíngia (nome relacionado à Meroveu, avô de Clóvis, o primeiro rei desta dinastia) e a dinastia Carolíngia (nome dado em homenagem a Carlos Magno, mais importante soberano desta sucessão). Dinastia Nome dado a uma série de governos em que os soberanos pertencem a uma mesma família ou linhagem. A Dinastia Merovíngia teve início em 481 com a coroação de Clóvis. Este governante ampliou o império deixado pelo seu pai, Childerico, sendo responsável também pela estruturação administrativa das regiões sob seu comando. Foram medidas importantes adotadas por ele: Instituiu a unificação política sob seu reinado; tornou-se forte aliado da Igreja Católica, sendo o primeiro rei franco a se converter; construiu grande aliança com senhores de terras a partir da sua política de doação de propriedades, garantindo apoio destes homens na consolidação do no governo. Os sucessores de Clóvis conseguiram estender o domínio franco sobre povos ainda não conquistados, como foi a caso dos turíngios, frisões, saxões e bávaros. Outro importante rei da dinastia Merovíngia foi Carlos Martel, que esteve no poder entre os anos de 714 e 740. Seu decisivo feito foi ter saído vitorioso da famosa Batalha de Poitiers (732). Essa batalha ocorreu no sudoeste da França e barrou o avanço muçulmano para dentro do território europeu. Nesta época toda a Península Ibérica, local que hoje se localiza Portugal e Espanha, estava dominada pelos árabes, e havia uma intenção clara de expansão do Império Muçulmano na área. Mais tarde, seu filho, Pepino III (mais conhecido como Pepino, o breve) fez uma estratégica aliança com o Papado. Temendo a ocupação dos bizantinos na Itália a Igreja deu apoio à Pepino nesta luta e em troca, recebeu do Imperador o direito sobre estas terras. Em compensação ao apoio de Pepino, O papa Zacarias sagrouo imperador, pela graça de Deus. Dando início à dinastia Carolíngia. 7

8 A Dinastia Carolíngia teve como o mais famoso de todos os imperadores, Carlos Magno. Seu reinado ficou marcado pela forte estruturação política e administrativa. Sendo importante considerar: Distribuiu terras para conseguir apoio, obrigações e compromisso entre seus guerreiros; Dividiu as províncias do Império em marcas (áreas na fronteira com a Península Ibérica que tinha uma forte defesa militar contra os árabes), condados e ducados; Criou as chamadas Capitulares, as primeiras leis escritas do período medieval. Instituiu a Escola Palatina, desenvolvendo os estudos das artes e das letras; Na Escola Palatina, o currículo era dividido em: quatrivium (estudos de geometria, aritmética, medicina e música); trivium (gramática, retórica e dialética). Por conta da sua preocupação com a cultura letrada, Carlos Magno ficou conhecido também por promover um renascimento carolíngio. Depois da sua morte, houve uma sucessão de quatro reis: Luís, o piedoso, Luís, o germânico, Carlos, o calvo e Lotário. Essa sucessão resultou em uma divisão do império através da assinatura do Tratado de Verdum (843), situação que proporcionou um enfraquecimento do poder resultando em uma paulatina fragmentação política. A sucessão de rei que seguiu a essa fragmentação tornou poder do soberano mais um diante de outros nobres. Essa característica viria, mais tarde, já no século X, a se constituir num dos grandes elementos da política feudal: o rei não teria poderes acima dos outros nobres, seria apenas mais um dentre os outros. Idade Média, idade das trevas? A divisão em períodos (Pré História, História Antiga, História Medieval e História Moderna) que conhecemos hoje na História foi feita durante o período renascentista, na Idade Moderna. Nesta época vivia-se momentos de explosão cultural em todos os níveis: na ciência e nas artes em geral. Foi aí que nasceu o termo Idade Média. Os homens deste período renascentista passaram a considerar os anos anteriores aqueles que estavam vivendo como anos de trevas. Vamos entender melhor. Como vimos a partir do século V a Europa Ocidental ficou marcada por muitas crises, como vimos. A chegada dos povos germânicos significou para alguns, um retrocesso cultural que interrompeu a grande cultura Greco romana. O processo de ruralização resultante das invasões bárbaras promoveu um clima de tensão entre as pessoas. Além disso, houve uma crescente dependência em relação à Igreja Católica, que passou a se constituir em uma instituição com uma solidez que não se viu em nenhuma outra. Isso porque o Estado, em geral sofreu uma forte crise, tornando a estrutura política fragmentada e dividida em reinos. Pois bem, diante de tantos problemas enfrentados na época, os pensadores renascentistas, que também eram humanistas criticavam a interferência da Igreja Católica nas questões mundanas, passaram a identificar a Idade Média como a Idade das Trevas. Para eles, esta época era vazia de produção cultural e artística. Era um momento de estagnação. Na realidade eles faziam uma comparação bastante desigual. Tanto a Idade Média quanto a Idade Moderna possuíam características muito peculiares. Mas para aquela época era praticamente natural considerar que o homem tenha dormido uma noite de mil anos durante a Idade Média. Mas hoje, fazendo uma reflexão sobre estas questões, os historiadores passaram a olhar criticamente a postura dos humanistas. Os estudos históricos atuais passaram também a considerar que tudo aquilo que uma sociedade produz é cultura. Portanto, não há sociedade sem cultura, muito menos sociedade com pouca cultura. Bem como não podemos medir cultura. As sociedades, assim como as épocas, possuem suas características, não podendo ser pior nem melhor que qualquer outra. Inclusive é bom lembrar que a Idade Média produziu um conhecimento bem particular. Afinal, as Universidades nasceram durante a Idade Média! Toda produção clássica Greco romana foi conservada e chegou até nós, graças ao papel importante exercido pelos monges copistas medievais. Então, o uso do termo trevas deve ser combatido e analisado de maneira crítica para que não se cometa injustiças históricas... QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS E VESTIBULARES 1. [História-(CG)-(T)-UFGD/2006].(Q.12) Durante a formação do feudalismo europeu, as principais transformações socioeconômicas nas estruturas das sociedades da época ocorreram devido a) ao renascimento urbano e à intensificação do comércio com o Oriente; b) ao aumento demográfico nos centros urbanos e à intensificação da atividade mercantil; c) à ruralização da sociedade ocidental e ao declínio das atividades mercantis e artesanais urbanas; d) ao aumento das transações mercantis e à ampliação do trabalho assalariado no meio rural; e) à constituição e fortalecimento dos reinos romanogermânicos e à manutenção da unidade imperial antiga. 2. (Unifor-CE) Reelaborando o patrimônio cultural dos povos com quem entraram em contato, os muçulmanos realizaram inúmeros progressos intelectuais, transmitidos para a Europa medieval. No que se refere a essa transmissão: a) foi grande a influência árabe na formação de vocabulário, principalmente nas línguas portuguesa e castelhana, já que dominaram a região por séculos; b) a expansão árabe pela Europa Ocidental, no século VIII, impediu a difusão do Cristianismo e promoveu o renascimento do comércio na região; c) a civilização árabe espalhou em torno de si a herança cultural grego-romana, responsabilizando-se pelo surgimento do helenismo; 8

9 d) o maior mérito da civilização árabe está na compilação, conservação e divulgação para o mundo das grandes obras gregas e romanas; e) a renascença italiana, que ocorreu a partir do século XIV, sofreu notável influência da arte e da filosofia dos eruditos árabes. 3. [Oficial-(NS)-PM-AP/2010-UNIFAP].(Q.32) A imagem que segue, uma gravura do século XVII, retrata o enforcamento de bruxas na Inglaterra. Fonte: MOTA, Myriam B.; BRAICK, Patrícia R. História: das cavernas ao Terceiro Milênio. São Paulo: Moderna, 2002,p Sobre a questão da mulher e sua relação com a bruxaria é CORRETO afirmar que: I. Estavam excluídas das acusações de bruxaria as mulheres cátaras, pois pregavam a castidade absoluta, mesmo entre marido e mulher. II. Mulheres suspeitas de heresia também foram perseguidas pela igreja como bruxas. III. O clima sexual perverso, implícito na ideia de feitiçaria, colaborou para dar as hereges uma imagem de depravação. IV. O clima de desconfiança em relação às mulheres era mais forte em relação a algumas profissões, tais como as curandeiras, as parteiras e as cozinheiras, que eram constantemente acusadas de bruxaria. Estão CORRETAS: a) apenas as afirmativas I e II. b) apenas as afirmativas I e III. c) apenas as afirmativas II e III. d) apenas as afirmativas III e IV. e) apenas as afirmativas II, III e IV. 4. (UnB-DF/PAS) Para os homens do Renascimento, a Idade Média foi um hiato no progresso da humanidade, uma longa noite de mil anos. Hoje, no entanto, a análise que se faz é bem diferente. Leia, por exemplo, o texto de Jacques Le Goff a seguir. Esta longa Idade Média é, para mim, o momento da criação da sociedade moderna, de uma civilização moribunda ou morta sob as formas camponesas tradicionais, no entanto viva pelo que criou de essencial nas nossas estruturas sociais e mentais. Criou a cidade, a nação, o Estado, a universidade, o moinho, a máquina, a hora e o relógio, o livro, o garfo, o vestuário, a pessoa, a consciência e, finalmente, a revolução. Entre o neolítico e as revoluções industriais e políticas dos últimos dois séculos, ela é, pelo menos para as sociedades ocidentais, não um vazio ou uma ponte, mas um grande impulso criador cortado por crises, graduado por deslocações no espaço e no tempo, segundo as regiões, as categorias sociais, os setores da a- tividade, diversificada nos seus processos. GOLF, Jacques Le. Para um novo conceito de Idade Média (com adaptações). Com o auxílio das informações do texto, julgue os itens seguintes, relativos à Europa medieval, colocando C para as certas e E para as erradas: ( ) Ruralizada ao extremo, tendo na agricultura de subsistência sua base econômica, a Europa feudal desconheceu qualquer manifestação de vida urbana e de atividade mercantil. ( ) Com baixa produtividade e reduzida produção, a agricultura feudal não foi capaz de criar e usar instrumentos e máquinas que pudessem torná-la mais avançada: o que se utilizava no campo eram os mesmos artefatos usados no período neolítico. ( ) Para Le Goff, nada de relevante foi produzido pela civilização ocidental no longo período que separa a era neolítica do mundo contemporâneo. ( ) Segundo o texto, o processo criativo protagonizado pela Idade Média foi homogêneo, estimulado pela inexistência de contrastes maiores entre as regiões europeias naquele momento. 5. (FUVEST-SP) A economia da Europa ocidental, durante o longo intervalo entre a crise do escravismo, no século III, e a cristalização do feudalismo, no século IX, foi marcada pela a) depressão, que atingiu todos os setores, provocando escassez permanente e fomes intermitentes. b) expansão, que ficou restrita à agricultura, por causa do desaparecimento das cidades e do comércio. c) estagnação, que só poupou a agricultura graças à existência de um numeroso campesinato livre. d) prosperidade, que ficou restrita ao comércio e ao artesanato, insuficientes para resolver a crise agrária. e) continuidade, que preservou os antigos sistemas de produção, impedindo as inovações tecnológicas. 6. (Cefet-PR) O século V, século das migrações, da formação do reino franco e dos primórdios da feudalização, marcou o início da Idade Média, período que se estendeu por mil anos da vida europeia. Criada pelos humanistas do século XVI, a designação Idade Média tinha de início um caráter nitidamente pejorativo, porém deve-se considerar que: I. nesse período, foram lançadas as bases para a formação dos Estados Nacionais; II. o período foi uma etapa importante na derrocada do decadente Império Romano, e decisivo para o fim do mundo antigo; III. os remanescentes da sociedade feudal coexistiram com a sociedade europeia moderna e contemporânea, como no Império Russo, até a revolução de Analisando o texto acima, assinale: 9

10 a) se apenas as proposições I e II forem corretas; b) se apenas as proposições II e III forem corretas; c) se apenas as proposições I e III forem corretas; d) se todas as proposições forem corretas; e) se todas as proposições forem incorretas. 7. (UFMS) Na Europa Ocidental, o período que vai do século V ao X, é denominado pela História como Alta Idade Média e a formação social respectiva, de feudalismo. Assinale a(s) alternativa(s) que apresenta(m) características dessa formação histórica. 01. A economia era ruralizada, sem preocupação com a produção de excedentes para o comércio. Em torno do feudo, desenrolavam-se as relações sociais básicas, mediadas pelo controle político sobre a terra e as várias o- brigações que pesavam sobre aqueles que exploravam. 02. A sociedade era estamental e estava rigidamente hierarquizada em ordens: o clero, a nobreza e os servos. A cada estamento cabia um importante ramo de atividades (as ideias, a guerra e o trabalho) e, em torno destas, reproduziam-se as relações sociais que davam sentido à formação histórica feudal. 04. O cristianismo medieval pregava que o reino da Terra fora concebido por Deus. Assim, a Igreja Católica, por quem passava a salvação dos cristãos, não apenas legitimava a hierarquia social vigente, como também permeava o imaginário das pessoas com imagens e símbolos através dos quais influenciava o cotidiano de todos os segmentos sociais existentes. 08. À nobreza cabia a arte da guerra, principalmente com esporte, viso tratar-se de uma época de muita paz, devido à concepção de mundo difundida pela Igreja. Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas. 8. (U. Católica-GO) Assim como a Idade Antiga foi exaltada pelos renascentistas, a Idade Média foi, conforme a expressão do historiador Roberto Lopes, a grande caluniada, pois foi chamada de idade das trevas, longa a noite de mil anos, dentre outros adjetivos pejorativos. Essa visão, hoje, é contestada por muitos historiadores que afirmam ser o feudalismo e outras instituições medievais a resposta mais adequada que a sociedade daquele período encontrou para enfrentar seus problemas. Sobre a Idade Antiga e Medieval, analise as alternativas abaixo: ( ) as guerras romanas não tinham apenas um caráter político-militar, mas também um caráter econômico, porque eram a principal fonte de fornecimento de escravos. No entanto, a busca incessante por colônias e escravos foi o motivo da fraqueza do Império Romano, pois tornou extremamente difícil o controle das fronteiras, que passaram a ser invadidas pelos bárbaros; ( ) na Idade Média, em razão da fraqueza do poder real, os laços de dependência (como os que uniam os suseranos aos vassalos e os senhores aos servos foram um importante cimento da sociedade europeia, que se contrapunha às várias forças desagregadoras, como a economia praticamente auto-suficiente, as guerras e a dificuldade de comunicações; ( ) assim como o pensamento de Platão e de Aristóteles são uma forte referência à filosofia política até os dias de hoje, a democracia grega representou a forma mais apurada de igualdade e de participação política das classes sociais, não conseguindo ser superada pela democracia moderna; ( ) o cristianismo, tão forte na Idade Média, teve sua origem no Império Romano. Nascido no período de Augusto, foi perseguido violentamente por Constantino, por meio do Edito de Milão, e por Teodósio, para ser posteriormente aceito e oficializado por Diocleciano; ( ) a perseguição aos cristãos decorria do fato de que estes se opunham à religião oficial de Roma, a várias instituições romanas e ao culto ao imperador. Séculos depois, a Igreja Católica recorria às mesmas práticas para enfrentar as heresias, as religiões nascentes ou mesmo pessoas que detinham conhecimentos que fugiam do saber oficial monopolizado pelo clero. Por isso, várias parteiras e curandeiras foram queimadas como bruxas. ( ) dentre as importantes contribuições culturais desses dois períodos, podemos citar: as instituições jurídicas e a arquitetura grandiosa e funcional de Roma; o teatrogrego (de onde se originaram termos como: personagem, tragédia e comédia); os estilos arquitetônicos romântico e gótico da Europa medieval e, na música, os cantos gregorianos; na literatura, obras grandiosas como A divina comédia, de Dante Alighieri. 9. (Unifor-CE) Considere os textos abaixo. I. Segundo Tácito, essa sociedade (...) desconhecia o Estado e a cidade como organismos político-administrativos. O poder político estava nas mãos de uma Assembleia de Guerreiros, que posteriormente deu origem à nobreza medieval. O elemento de maior prestígio era o guerreiro, o homem livre, e a vida social centrava-se na tribo ou clã, ou seja, nos laços de sangue. II. A base de toda a estrutura social residia no sippe comunidade de linhagem que assegurava a proteção do grupo sob sua autoridade. (...) O casamento era monogâmico (...) A mulher dividia com o marido as tarefas de proteção ao grupo familiar (...). III. A economia dessas tribos (...) estava baseada na a- gricultura e na pecuária (...): plantavam e colhiam em grupo. Além disso, praticavam a caça e a pesca e não excluíam a pilhagem como atividade complementar (...). IV. A metalurgia ocupou papel importante na sociedade (...). O grande desenvolvimento da atividade bélica foi responsável para fabricação de armas, carros de combate e barcos bastantes eficientes. Eles identificam os costumes dos povos: a) tártaros b) eslavos c) mongóis d) germânicos e) sarracenos 10

11 10. (UFPB) Sobre a transição da Antiguidade para a Idade Média Ocidental (séc. III-VII), é correto afirmar que se caracterizou pelo encontro cultural entre: a) o Império Romano em declínio e as comunidades primitivas germânicas em desagregação; b) o Islão em expansão e os cristãos descontentes com a perseguição do Império Romano; c) o Cristianismo em ascensão no Império Romano e os budistas hegemônicos no Oriente Médio; d) o Classicismo Ocidental Romano e as correntes localistas pré-históricas dos celtas; e) os bárbaros romanos e os civilizados eupátridas da Grécia. 11. (UFRN) Os estudos recentes sobre a Idade Média avaliam esse período da história como um(a): a) período de dez séculos durante o qual houve intensa atividade industrial e comercial, sendo a cultura intelectual exclusividade dos mosteiros e da Igreja; b) período de obscurantismo e atraso cultural a longa noite de mil anos em virtude do desprezo dado à herança intelectual grega e romana da época precedente; c) época que pode ser chamada de Idade das Trevas, em razão do predomínio da Igreja, que, com sua ideologia, contribuiu para a estagnação cultural, a o- pressão política e o fanatismo religioso; d) época que não se constitui uma unidade: em sua primeira fase, houve retrocesso cultural e econômico, porém, posteriormente, ressurgiu a vida econômica e houve grande florescimento cultural. 12. (UFRS) Analise as afirmações abaixo, relativas à formação da sociedade feudal. I. A origem da condição servil está relacionada com o sistema do colonato, que remonta ao século IV da era cristã. II. O processo de feudalização implicou enfraquecimento do poder real, já que cada feudo tinha autonomia e era governado pelo seu senhor. III. Neste processo, a cidade nunca deixou de cumprir seu papel, já que nela se concentravam os senhores feudais e os principais centros de produção. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas I e III. e) I, II e III. 13. (UFCE) Considere o texto: Aquilo que dominava a mentalidade e a sensibilidade dos homens da Idade Média, aquilo que determinava o essencial das suas atitudes, era o seu sentimento de insegurança. LE GOFF, Jacques. A Civilização do Ocidente Medieval. v. II. Lisboa: Estampa, 1984, p. 87. A partir do texto acima, podemos dizer, corretamente que: a) a insegurança dos homens da Idade Média era uma decorrência das invasões dos Bárbaros no Império Romano do Ocidente; b) a insegurança do homem medieval se explica pelo estatuto do servo, que estava preso à terra e por isso não podia se deslocar para cuidar do seu gado; c) a mentalidade e a sensibilidade do homem da Idade Média podem ser explicadas pelo forte sentimento de individualidade; d) o homem medieval tinha como resposta para a sua insegurança material e moral, conforme a Igreja, o a- poio na solidariedade do grupo a que pertencia; e) a insegurança do homem medieval restringia-se ao aspecto material, pois a salvação da alma estava assegurada pela conduta correta e pelas boas obras. 14. (UEFS) Carlos Magno dividiu [seus domínios] em circunscrições. As circunscrições fronteiriças chamavam-se marcas. [...] As marcas eram bem fortificadas e serviam para a proteção do Estado contra invasões posteriores. A frente de cada circunscrição estava um conde. O conde que chefiava uma marca chamava-se margrave. [...] Carlos Magno distribuía benefícios entre seus vassalos. Exigia deles não somente participação pessoal nas expedições militares, mas também a apresentação de homens armados. (KOMINSKY, [s.d.], p. 92). O reinado de Carlos Magno ( d.c.), na Gália, concretizou-se por desenvolver uma política que culminou com a) a decadência do Império Romano, ao agregar, no seu exército, elementos bárbaros, que se sublevaram e minaram o poder do exército romano. b) a formação do feudalismo, através da concessão de benefícios que fortaleciam o poder local, ao estabelecer uma rede de proteção e favores. c) a perda da influência política e social da Igreja Católica, ao estabelecer o cesaropapismo e submetê-la ao controle do Estado. d) o fortalecimento do Estado Moderno, submetendo a nobreza ao controle do poder real e contribuindo para desagregar a burguesia industrial. e) a expulsão dos muçulmanos da Península Ibérica e a consolidação do poder dos marqueses e dos condes, em detrimento do poder real. 15. (UNIP-SP) A importância da Batalha de Poitiers, em 732, no contexto da história da Europa, justifica-se em razão de que: a) com essa vitória, Carlos Martel se tornou imperador dos francos. b) a partir daí teve início a Guerra de Reconquista na Península Ibérica. c) esse evento assinalou o limite da expansão cristã no Mediterrâneo. d) os cristãos foram derrotados pelos árabes, consolidando o feudalismo europeu. e) a derrota árabe diante do reino Franco impediu a islamização do Ocidente. 11

12 16. (PUC-RS) Dentre os reinos bárbaros surgidos após as invasões germânicas e o fim do Império Romano, o reino franco foi o mais importante, porque: a) os rei francos se converteram ao cristianismo e defenderam o Ocidente contra o avanço dos muçulmanos. b) promoveu o desenvolvimento das atividades comerciais entre o Ocidente e o Oriente, por meio das Cruzadas. c) nesse período, a sociedade feudal atingiu sua conformação clássica e o apogeu econômico e cultural. d) houve uma centralização do poder e viveu-se um período de paz externa e interna, o que permitiu controlar o poder dos nobres sobre os servos. e) os reis francos conseguiram realizar uma síntese entre a cultura romana e a oriental, que servia de inspiração ao renascimento cultural dos tempos posteriores. 2 O FEUDALISMO: Sistema econômico, político, social e cultural. O historiador francês Jacques Le Goff conceituou o feudalismo como sendo Um sistema de organização econômica, social e política baseado nos vínculos de homem a homem, no qual uma classe de guerreiros especializados os senhores -, subordinados uns aos outros por uma hierarquia de laços de dependência, domina um grande contingente de camponeses que explora a terra e lhes fornece com que viver. (LE GOFF, Jacques. Para um novo conceito de Idade Média. Lisboa: Estampa, 1980.) A compreensão deste conceito implica no retorno da análise da conjuntura que deu origem à Idade Média. Um das causas mais importantes que inicia este período foram as invasões germânicas. Tal movimento acabou por provocar um intenso processo de ruralização da sociedade na época. O feudalismo conforme apresentaremos a seguir não ocorreu de forma única, muito menos de forma homogênea. Ou seja, cada localidade na Europa viveu sob uma estrutura feudal diversa e adaptada. No entanto, o feudalismo clássico aquele nos serve de modelo se desenvolveu basicamente nas regiões da atual França, Bélgica, Suíça e parte da Alemanha, além da Itália. Mas devemos registrar que no Japão final do século XIX e na Rússia até o começo do século XX, ainda se evidenciava algumas características feudais. A partir do século XI, com a última onda de invasões germânicas, as normandas, a Europa conheceu um início de uma fase de maior tranquilidade, o que proporcionou um certo desenvolvimento na economia feudal. Economia feudal A estrutura econômica feudal caracterizou-se por ser essencialmente agrária. Havia o desenvolvimento de uma agricultura de subsistência com poucas possibilidades de trocas monetárias. Aliás, a moeda, no sentido usual do termo passou a ter outra dinâmica. Algumas vezes, havia trocas interfeudais possibilitando que ocorresse a superação de certas carências dentro da unidade produtora. Em virtude das dificuldades de comunicação e contato entre os feudos, tais trocas, quando realizadas eram marcadas pelo câmbio de mercadorias de valores equivalentes. A produção agrícola era muito dependente da natureza. Longos períodos de estiagem ou épocas com chuvas abundantes, até mesmo quando as pragas assolavam as plantações resultavam em momentos de fome, penúria e miséria para todos. O feudo era a unidade produtora por excelência, sendo dividido em três partes. O manso senhorial correspondia a quase um terço de toda a propriedade. A produtividade desta área era destinada ao abastecimento das necessidades do senhor feudal e os camponeses eram obrigados a trabalhar nesta reserva para garantir o sustento da família dos nobres proprietários. Outra área era o manso servil, que eram faixas de terras divididas em lotes cultivados pelos servos camponeses -, de onde eles tiravam o seu sustento e também era através da produtividade desta área que eles pagavam os impostos devidos aos senhores feudais. O manso comunal se constituía em terras cujo cultivo era destinado a todos do feudo. Geralmente era formado por áreas de pântanos, rios e bosques ou florestas, cuja riqueza natural poderia cobrir parte da necessidade do feudo em épocas de carência. Vejamos a ilustração que segue. Observando com atenção a ilustração, localizaremos no alto da figura à esquerda um castelo. Este era o centro da unidade produtora, local de moradia do senhor feudal e sua família. Esta construção foi uma forte marca da época feudal, isto porque os tempos difíceis de lutas, guerras tornou o dia a dia muito inseguro. Por causa disso a residência do senhor feudal precisava ser sólida o suficiente para garantir a segurança das populações. Normalmente o castelo era circundado por muralhas que, em períodos de guerras, abrigavam quase todos os habitantes do feudo. 12

13 A próxima figura ilustra também como era um feudo. Notamos o castelo ao alto, à direita, uma capela ou igreja, a aldeia dos camponeses e as áreas agrícolas e de pastagens. Dentre os impostos que os camponeses eram obrigados a pagar ao senhor feudal, consideremos: Talha imposto pago pela produção no manso servil; Corveia obrigação que os servos tinham de trabalhar dois ou três dias da semana na reserva senhorial. Este serviço consistia no trabalho na agricultura propriamente, ou cuidado com os animais, limpeza do castelo e outros; Banalidades imposto pago pelos camponeses pelo uso do forno, forja, arado, moinho ou moenda; Mão-morta - imposto pago na ocasião do falecimento de chefe da família camponesa; Capitação taxa que era paga por cada componente da família camponesa; Outros impostos também eram cobrados aos camponeses, como na ocasião do casamento e havia também o dízimo taxa cobrada pela Igreja, referente ao rendimento de 10% de uma determinada família. Os camponeses pagavam este imposto ou com produtos resultados do seu trabalho na lida dentro do feudo ou mesmo com trabalho braçal, e os nobres poderiam pagar este imposto fazendo doações em terra. Isto possibilitou que ela acumulasse propriedades em toda Europa feudal tornando-a uma grande senhora feudal. Iluminura medieval retratando o trabalho servil. O trabalho servil distingue-se basicamente do trabalho escravo por causa da sua efetivação. O escravo é considerado um bem, uma mercadoria, podendo ser vendido, negociado, e até penhorado. Já o servo, é um indivíduo livre, mas estava preso à terra por conta da sua relação de dependência com o senhor feudal. A forte tendência à existência de uma agricultura autossuficiente não excluiu do mundo feudal as atividades comerciais, conforme dissemos anteriormente. Com frequência alguns relatos medievais nos informam sobre a existência de feiras temporárias. Elas aconteciam dentro dos feudos e, mediante o pagamento de tributos, e- ram autorizadas pelos senhores feudais a funcionar em suas propriedades. Os produtos que eram comercializados garantiam o abastecimento de gêneros importantes para a subsistência dos feudos. Outro elemento que não pode ser deixado de lado foi o crescimento demográfico proporcionado pelo período de estabilidade que se seguiu ao século XI. O aumento populacional gerou aumento da mão de obra, o que ocasionou crescimento das atividades agrícolas. Daí, entre os séculos XI e XIV ocorreu uma expansão do sistema feudal. O avanço do sistema feudal gerou avanço das técnicas de cultivo e a necessidade de expansão do uso da terra (houve a drenagem de pântanos e a derrubada de florestas inteiras para que servissem de pastagens ou áreas de cultivo agrícola). Importantes inovações técnicas como o uso do arado feito de ferro (a charrua), uma nova forma de atrelagem animal e o uso do sistema de rodízio dos campos, proporcionaram um excedente agrícola que passou a ser comercializado nas feiras. O fortalecimento das feiras ocasionou o desenvolvimento das atividades urbanas. Associado ao processo de fortalecimento urbano, novas formas de trabalho desenvolveram-se também, além do aparecimento de outras atividades, a exemplos dos bancos e de associações de mercadores. Com o passar do tempo essas mudanças acabaram por resultar em transformações na estrutura econômica feudal. Conforme veremos em outro momento. A estrutura política feudal - A característica política mais marcante da época feudal era a descentralização do poder. A formação dos reinos romano germânicos, ocorrida nos primeiros séculos de formação do feudalismo provocou uma grande fragmentação política. Pulverizada em vários micro-estados (os feudos), a política feudal estava dividida entre os senhores feudais. O acesso à terra era feito mediante, a doação, herança (o direito de primogenitura garantia que, naturalmente, a terra fosse herança do filho mais velho), casamento ou a guerra. Eram épocas de insegurança e a terra era um bem precioso, o que tornava as relações de poder marcadas pelos laços de dependência, mediante obrigações que eram mantidas diante da lealdade homem a homem. Neste caso, as relações de suserania e vassalagem possuíram um papel decisivo na manutenção da política medieval. Esta relação era exclusivamente firmada entre nobres e a cavalaria esteve presente como elemento firmador deste pacto. O suserano era o doador da terra que, em troca de proteção e lealdade, passava para um cavaleiro, o futuro senhor feudal, um lote de terra. O vassalo era aquele nobre menor que recebia a terra em troca de prestar favores militares e políticos ao suserano. Esta lealdade era feita com muita cerimônia e cir- 13

14 cunstância: era a cerimônia de investidura. Nela, durante alguns dias de festa, o suserano entregava ao seu novo cavaleiro, ou grupo de cavaleiros, o lote de terra. O novo vassalo prestava homenagens ao seu suserano mediante a um juramento de lealdade sob uma relíquia sagrada, ou a própria bíblia. Estava aí feito o laço que só poderia ser quebrado com a morte. Cavaleiro em posição de homenagem. Sociedade feudal Basicamente, a sociedade feudal estava hierarquizada em três estamentos: Clero, nobreza e povo. Definimos com estamental aquela estrutura social onde a posição do indivíduo era determinada pelo nascimento. A mobilidade era praticamente impossível por causa da rigidez social. Nascer servo era uma condição que definia sua vida inteira. A riqueza do clero e da nobreza ocorria em função da exploração do trabalho do camponês mediante a cobrança de inúmeros impostos, como vimos anteriormente. E a vida do camponês era de muita dificuldade. Além do mais, os valores morais e comportamentais que a Igreja Católica pregava tornava a ascensão social uma afronta à vontade divina. De acordo com a tradição da época, cada grupo social cumpria seu papel na sociedade. Ao clero, cabiam as orações para garantir a salvação das almas em constantes provações. À nobreza, cabia o combate, a luta, elementos que a tornava imersa numa aura de heroísmo e grandeza. Aos servos, era destinado o trabalho pesado, o sustento das outras duas camadas sociais. Daí é que se vem da ideia de que na sociedade feudal Uns rezam, outros combatem e outros trabalham. Uma sociedade de ordens. Qualquer ideia que viesse de encontro a esta organização social poderia fazer ruir os privilégios das camadas dominantes. Importante lembrar que, não apenas de camponeses constituía a base da sociedade feudal. Havia ainda, artesãos e comerciantes, que também ficavam submetidos às ordens dos senhores. A nobreza Guimarães. Laon. York. Villeneuve. Bragança. Os nomes das principais famílias medievais, de onde saíram guerreiros e clérigos, confundiam-se com a denominação dos seus territórios sob seu domínio. Como se os membros dessas famílias fossem feitos da própria terra que habitavam. Como o próprio Adão, o primeiro homem bíblico, que teria sido feito do barro. Aliás, Adamah, em hebraico, significa o que vem do solo. As mais importantes dignidades entre os guerreiros referiam-se ao domínio sobre determinadas áreas e eram definidas hierarquicamente. Na base da nobreza encontravam-se os castelãos, senhores feudais que fortificavam suas residências e que assumiam o governo e a administração da área em torno de seu castelo. A seguir vinham os barões, detentores de baronias ou baronatos. Tratava-se de pequenos territórios onde poderia haver um ou mais castelos de nobres. Acima destes encontravam-se os condes, senhores dos condados, territórios mais amplos que englobavam grandes extensões de terras e cidades. Os territórios de fronteira eram chamados marcas ou marquesados e suas tropas ficavam sob o comando de um marquês. O título mais elevado, abaixo dos príncipes, era o de duque, derivado da função de comando militar romana (dux), seu território, o ducado, possuía grandes extensões territoriais e seus detentores tinham completa autonomia em relação aos monarcas. O estabelecimento da hierarquia entre os guerreiros e a elaboração de histórias de famílias (as genealogias) deram origem à chamada nobreza, uma classe social guerreira que se apresentava como superior a todos os demais grupos sociais. CAMPOS, Flávio de e CLARO, Regina. A escrita da história. São Paulo: Escala Educacional, 2009, p A cultura feudal Definimos por cultura o conjunto de hábitos, costumes e produção artística e intelectual de uma dada sociedade. Por isso, a cultura feudal retratou muito bem os valores e costumes da sua época. Neste sentido, o pensamento medieval esteve voltado para os valores impostos pela Igreja Católica, predominando o chamado Teocentrismo, forma de ver o mundo e explicar suas questões a partir apenas da visão religiosa. Arte medieval - A arquitetura medieval foi uma das artes mais importantes da época, e tanto a pintura quanto a escultura complementavam a primeira. O estilo arquitetônico românico floresceu na Europa entre os séculos XI e XII e foi aplicado principalmente na construção de igrejas, catedrais e mosteiros. As características deste estilo eram as paredes grossas, janelas pequenas e a presença de arcos e colunas para dar sustentação aos telhados. Representação da estrutura social feudal. Catedral Saint-Pierre, em Angoulême, França. 14

15 O estilo gótico também ficou conhecido como estilo ogival, que são os arcos quebrados que ornavam janelas e portas das catedrais do século XIII. As construções são elegantemente altas e o interior das igrejas era ricamente decorado com vitrais. A importância deste estilo está na maneira como as construções expressaram a importância dos valores religiosos em detrimento dos valores mundanos. Havia muita teatralidade nos seus altares onde a presença de claraboias fazia refletir a luz sobre a imagem de um santo, dando um caráter extraterreno e místico. Catedral de Burgos, França. Na literatura da época feudal destacou-se a Poesia Épica que exaltava o espírito heroico e cavalheiresco do período. Dentre os mais famosos destacam-se O Poema do Cid, A Canção dos Nibelungos e A Canção de Rolando, respectivamente espanhol, alemão e francês. A Poesia Lírica louvava a mulher e o amor. Algumas chegavam a ser sensuais ou eróticas, mas com o passar do tempo foram se tornando mais polida fazendo com que o sentimento amoroso se tornasse mais espiritual do que carnal. Outro tipo de literatura da época feudal foi o Romance de aventuras, com destaque para aqueles relacionados aos Cavaleiros da Távola Redonda e o Rei Arthur e outros escritos para descrever a vida de Robin Hood. Havia também o Romance Idílico, como o clássico Tristão e Isolda. Em relação à Filosofia, a maior preocupação no imaginário feudal era a constante necessidade de afirmação da fé, o que garantia a salvação da alma. Por isso foi fundamental o desenvolvimento da Teologia. A Escolástica foi uma tentativa de equilibrar fé e razão muito defendida por São Tomás de Aquino, que se utilizou do pensamento aristotélico para compor suas ideias. Baseado na lógica dessa conciliação São Tomás afirmava que fé e razão não se contradiziam. Ao contrário, se complementavam. Para ele, a razão ajuda a aceitar a fé, e a fé ajuda a inteligência a penetrar na verdade das coisas. Um filósofo do pensamento medieval muito influente foi Santo Agostinho. Africano, nascido na Argélia, viveu na época do Império Romano, mas sua filosofia acompanhou o imaginário feudal. Ele procurou fazer uma síntese do pensamento de Platão (filósofo grego) com o pensamento da Igreja. Ele acreditava que o homem já nascia pecador e que a fé era a única forma de obter a salvação da sua alma. De acordo com o pensamento de Santo Agostinho, a Igreja conseguiu submeter o comportamento dos homens à vontade divina. Na música, houve a influência do papa Gregório Magno que criou o canto gregoriano, um estilo melódico simples e que era entoado nas cerimônias religiosas. A partir dos séculos X e XI, apareceu o estilo de música profana cantada pelos menetréis e trovadores que animavam as festas populares e da nobreza. A educação formal medieval era privilégio de poucos membros da nobreza, em especial aqueles que seguiam a vida religiosa. No século XII e XIII são fundadas as primeiras universidades europeias que seguiam certa orientação da Igreja Católica e eram coordenadas por ordens religiosas. As primeiras foram instaladas na: Bolonha (1119), Pádua (1222); Montpellier (1125), Paris (1215), Toulouse (1229), Oxford (1168), Cambridge (1209), Salamanca (1244) e Valência (1245). Os Tribunais do Santo Ofício foram criados em 1231 pela Igreja Católica com o objetivo de impedir o avanço de ideias contrárias às suas doutrinas, ou seja, combater as heresias. Estudos científicos e até atividades sociais estavam sob a vigilância da Igreja provocando o estabelecimento de um forte clima de tensão na população. Prisões, condenações e execuções eram praticadas em nome da fé e da defesa da cristandade. Vale ressaltar que a Igreja não executava, ela enviava o criminoso à justiça civil que cuidavam da execução do acusado. Ela não sujava as mãos... A vida de um camponês medieval era extremamente modesta. Sua moradia, obviamente, dependia dos seus recursos, que normalmente eram parcos e era construída de pedra, barro ou palha. Predominava a casa longa, que consistia em um local em que o camponês e sua família dividiam seu domicílio com animais e as ferramentas de trabalho. No geral, costumava ser uma casa de cômodo único, onde os moradores cozinhavam, vestiam-se, comiam e dormiam no mesmo local. A alimentação dos camponeses não era muito variada. Consumiam farinha de trigo que era utilizada na fabricação de pães, bolos e biscoitos. Alimentavam-se cotidianamente de sopas feitas com ervilha, ossos e legumes. Em raras ocasiões comiam carnes, ovos e queijos. Os utensílios domésticos não incluíam talheres mais elaborados e era costume comer usando as mãos ou colher feita de madeira. As vestimentas eram fabricadas por eles mesmos e utilizavam lã de ovelha. Os nobres vivam um pouco melhor, mas sem muito luxo. Na maioria das vezes os castelos eram residências úmidas, escuras com um mobiliário que não ultrapassava o necessário: mesas e bancos, fogões a lenha, prateleiras, camas e baús para guardar roupas de uso individual e de dormir, como lençóis, cobertas, mantas. Os colchões eram feitos de palha e quase sempre exalavam um odor horrível. As vestimentas dos nobres eram mais elaboradas do que as dos camponeses. Usavam seda, e linho para a fabricação de vestidos, túnicas, saias, coletes, vestes. Em relação à educação das crianças, os meninos aprendiam a arte da cavalaria, que consistia em aprender a montar e manusear uma lança, espada e outros armamentos da época. Aos 14 anos o menino se tornava um escudeiro e, aos 18 anos recebia uma espada e um elmo, além de uma lança símbolos da cavalaria medieval. A alimentação dos nobres era mais diversificada. Comiam muito pão, legumes, verduras, carnes de caça, porcos, carneiros. Consumiam açúcar, mel e o vinho era misturado com água morna e a- çúcar. 15

16 Os dias santos - Dentro do calendário festivo da Idade Média, as comemorações religiosas eram as mais frequentes. Naquela época, o registro temporal era feito com base nos dias santos ou nos grandes eventos do cristianismo. Nada a estranhar, portanto, que vários dias estivessem reservados à rememoração e à exaltação das coisas sagradas, e que os componentes da Igreja fossem os organizadores e promotores dessas festividades. [...] O movimento era grande sobretudo entre os meses de dezembro e abril que, na Europa, correspondem ao inverno e início da primavera. Nesse período, realizavam-se, como até hoje, o Natal e a Páscoa a primeira comemorada em dezembro e a última entre março e abril. [...] Cada cidade, por sua vez, adquiriu seu santo padroeiro, e comemorava alegremente sua data. Nesse dia, todos os fiéis preparavam-se para ir à missa, ouvir sermão e orar. Todavia, após a cerimônia, nada os impedia de realizar cantorias, dançar, brincar e comer. Em relação à cultura de forma geral, é importante considerar o papel primordial exercido pela Igreja Católica em todos os âmbitos da vida medieval. Ao clero era destinado transformar os medos do dia a dia em preocupações com a vida eterna. O medo do inferno revelou uma sociedade acuada pelo demônio que estaria à espreita. Procurou-se ressaltar a necessidade da crença em santos e anjos protetores dos homens e das mulheres. Muito importante também foi o papel dos monges copistas. Levando uma vida monástica, a eles cabiam a traduções e cópias de exemplares da Antiguidade. Graças a este trabalho temos o privilégio de conhecer a obra de Aristóteles, Cícero, Porfírio. MACEDO, José Rivair. Viver nas cidades medievais. São Paulo: Moderna, 1999, p Iluminura medieval mostrando trabalho de um monge copista QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS E VESTIBULARES 1. [História-(Pr. Obj.)-(TA)-(M)-UFGD/2011].(Q.32) Leia o texto a seguir. "O corpo está no centro de toda relação de poder. Mas o corpo das mulheres é o centro, de maneira imediata e específica. Sua aparência, sua beleza, suas formas, suas roupas, seus gestos, sua maneira de andar, de olhar, de falar e de rir (provocante, o riso não cai bem às mulheres, prefere-se que elas fiquem com as lágrimas) soa o objeto de uma perpétua suspeita. Suspeita que visa o seu sexo, vulcão da terra. Enclausurá-las seria a melhor solução: em um pesco fechado e controlado, ou no mínimo sob um véu que mascara sua chama incendiária. Toda a mulher em liberdade é um perigo e, ao mesmo tempo, está em perigo, um legitimando o outro. Se algo de mal lhe acontece, ela está recebendo apenas aquilo que merece." PERROT, Michele. As mulheres ou os silêncios da história. Bauru: EDUSC, p Michele Perrot faz referência à descrição das normas de controle impostas às mulheres na Idade Média. Em relação às mulheres europeias no período medieval, assinale a alternativa correta. a) As filhas possuíam direitos na sucessão; quando contraíam matrimônio recebiam um dote, constituído de bens que seriam administrados por elas e pelo marido. b) A linhagem beneficiava igualitariamente tanto o sexo masculino quanto o feminino. c) A principal virtude da mulher, dentro e fora do casamento, deveria ser a obediência e a submissão. O casamento era um pacto entre duas famílias e tinha por objetivo simplesmente a procriação. d) Aos homens, pais ou maridos, não cabia o direito de castigá-las quando elas infringiam alguma norma moral. e) Na prática do sexo, sempre com o objetivo único de procriação, a mulher deveria demonstrar sensação de prazer perante o esposo. 2. [História-(Inverno)-(1ª etapa)-(cg)-(pa)fms/2007].(q.6) A partir do século XII, em algumas regiões da Europa, nas cidades em crescimento, comerciantes, artesãos e bispos aliaram-se, para a construção de catedrais com grandes pórticos, vitrais e rosáceas, produzindo uma poética da luz, abóbadas e torres elevadas que dominavam os demais edifícios urbanos. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que corresponde ao estilo de arte da época. a) Renascentista b) Gótico c) Românico d) Bizantino e) Barroco 3. [História-(Verão)-(1ª etapa)-(cg)-(pa)-ufms/2006].(q.8) No que se refere à estrutura econômica da Europa feudal, é correto afirmar que a) a sociedade feudal era essencialmente agrária e a terra, sua principal fonte de riquezas. b) a produção econômica estava mais concentrada nas cidades e nos monastérios do que nos próprios feudos. c) a propriedade coletiva da terra era a base da economia feudal e ela assim foi mantida pelos camponeses até o término das Cruzadas. d) a indústria e o comércio foram as principais atividades econômicas durante a Idade Média. e) a concentração da produção econômica em terras pertencentes ao clero constituía a base do poder político e religioso da Igreja. 16

17 GABARITOS (346 QUESTÕES) 1 A ALTA IDADE MÉDIA C A E E E E E A D 07 C C E E C C D A D C D B E A 2 O FEUDALISMO: Sistema econômico, político, social e cultural C B A D B F V V F V V 20 V F F F A 20 A F V V V V V V V D D V V V F V V B V V F V B A B E D D 3 A BAIXA IDADE MÉDIA. AS TRANSFORMAÇÕES ECONÔMICAS, POLÍTICAS, SOCIAIS E RELIGIOSAS E C B E C 20 A C 27 E C C D E B B A D C 4 CRISE DO FEUDALISMO E D C A B D A E E A A ÉPOCA MODERNA: A Formação dos Estados Nacionais O Estado Absolutista A E V F V F F C 27 V V V F F V C C E E V F V F V C E E C C C D D D C D A A A EXPANSÃO MERCANTIL EUROPEIA NOS SÉCULOS XV E XVI A C D A B B D D V V F F C F V V V F A D D D 01 A E 126

18 7 O RENASCIMENTO B C D 05 C C C E C C D B F V F V F V C C B C F V F V D D C C C C E C 8 AS REFORMAS RELIGIOSAS B V V F F F V C C E C A B A B B B D 9 A REVOLUÇÃO INGLESA DO SÉCULO XVII D 19 D A 10 O ILUMINISMO A A C A E V V V V F F 21 A 26 D 11 A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL C C E E C C E B V V V F F B 60 C B D D B A 12 A REVOLUÇÃO FRANCESA E C A 25 B B A B C C E C 23 A E A 13 MUNDO CONTEMPORÂNEO: A ação imperialista do século XIX sobre a África e a Ásia C C C E E D B E E A C C A E B B E C 14 AS UNIFICAÇÕES DA ITÁLIA E DA ALEMANHA A C

19 15 OS MOVIMENTOS SOCIALISTAS A B E A B C 16 A CIÊNCIA E CULTURA NO SÉCULO XIX C B A A 17 A REVOLUÇÃO RUSSA DE C E C C C C A B C 18 O SISTEMA DE ALIANÇAS E A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL A A B B V F V V V D D A C V V V V F A B B 19 O FASCISMO ITALIANO E O NAZISMO ALEMÃO F V F V F D A 63 D A 23 E E 20 AS DEMOCRACIAS LIBERAIS NO PERÍODO ENTRE-GUERRAS E C D E 21 OS MOVIMENTOS SOCIALISTAS E B A A V V F V C A E 22 A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL C E E C C E V V V V F F V F V F D D 48 D B C A C 23 A ONU E E A D B B 128

20 24 A CRIAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL E AS TENSÕES ENTRE ÁRABES E JU- DEUS C C 15 E D C 25 A EXPANSÃO CAPITALISTA DO JAPÃO D C A QUEDA DO MURO DE BERLIM E O SURGIMENTO DE UMA NOVA EUROPA A 03 C V V V F V 02 A A B 27 EXTINÇÃO DA UNIÃO SOVIÉTICA A C D B 28 A CRIAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL E AS TENSÕES ENTRE ÁRABES E JU- DEUS D D B B B 29 A CIÊNCIA E CULTURA NO SÉCULO XX 1 2 C E 129

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