POESIAS QUÂNTICAS E OUTRAS. Autor: Péricles Alves de Oliveira

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Rui Figueiredo Esteves
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1 POESIAS QUÂNTICAS E OUTRAS Autor: Péricles Alves de Oliveira

2 Olhai e contemplai o Cosmo em toda sua plenitude e possibilidades, e nele sentireis a verdadeira força e presença de Deus. (Péricles Alves de Oliveira) 3

3 O paradoxo entre a vida e a morte tornase horrendo nas mentes fracas. Não vos torneis reféns dogmáticos do pensamento humano, modulador e rotulador do Cosmo, em toda a sua natureza e do próprio Deus, não conhecido, mas tão ansiado como alívio à dor de um fim que pode ser eterno. 4

rotulador do Cosmo, em toda a sua natureza e do próprio Deus, não

4 AGRADECIMENTOS A DEUS em primeiro lugar e sempre, porque um niilista e quântico também, em seu cerne, nele crê e nele espera a salvação de todos em sua onisciência e bondade. A CÉLIA REGINA, minha esposa, pelo companheirismo de 20 anos. Sempre ao meu lado, incondicionalmente. Sabedoura de todo meu ser ilusões, desvarios e tresloucuras mantém o amor incondicional que me impele a continuar, num mundo de horizontes nublados. Aos meus filhos, MARÍA, JOÃO PAULO e ANABELLE, fontes de alegria no meu viver. 5

5 Copyright 2013 Péricles Alves de Oliveira O conteúdo dessa obra é de responsabilidade do autor,proprietário dos Direitos autorais. Dados internacionais de Catalogação na Publicação CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Oliveira, Péricles Alves de Poesias quânticas e outras / Péricles Alves de Oliveira São Paulo: Scortecci, ISBN: ISBN EBOOK: Texto e Ilustrações de Péricles Alves de Oliveira. Bom Despacho-MG. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico, mecânico, inclusive através de processos xerográficos, sem permissão do autor/ editor sob (lei nº 5.988, de 14/12/73). Site do autor: pericles1970@bol.com.br /Skype: thorpulsar 6

Scortecci, 2011. ISBN: 978-85-366-1989-7 ISBN EBOOK: 9788580455922 Texto e Ilustrações de Péricles Alves de Oliveira. Bom Despacho-MG.

6 SUMÁRIO 1 A chuva 9 2 A guerra do amor 13 3 A Lua cheia 15 4 Almas em contraste 17 5 Amor, meu grande amor 20 6 A partida 22 7 Almas amantes 25 8 Amor distante 28 9 Amor em nudez Amor, grande amor Amor incondicional Amo-te Despedida Dom quântico Homem: ser imperfeito Inspiração Medo de amar Morte A dama da noite Tresloucura Noite O poeta O tempo Por que partiste? Ilusão quântica 71 7

Amo-te 39 13 Despedida 42 14 Dom quântico 45 15 Homem: ser imperfeito 48 16 Inspiração 52 17 Medo de amar 54 18 Morte 56

7 26 Quando encontrei meu amor Saudade que me domina Saudade Possibilidades quânticas Sonho Teu eternamente Voo interrompido Escuridão Amor: desvario meu Existe o amor pleno? Fuga da realidade Luz guerreira Poema do amor universal Um amor de corpo, coração e alma Deixa-me Quantum Nebulosidade Soberba humana 120 8

8 A CHUVA Ininterruptamente, chove na pequena cidade. Há tempos não se vê o nascer ou o pôr-do-sol, O céu acinzentado apresenta-se constante Tal qual a melancolia dos desvairados. Fico à janela a olhar e a refletir... Será esta pequena cidade o início ou o fim do mundo? Na rua, não se vê quase nada A não ser as incessantes gotas d água que caem. Vez ou outra um movimento, um passar, Quase sempre rápido, como a fugir de algo tenebroso Que persegue, que aflige, que espanta. O tempo triste faz triste o semblante das pessoas... 9

Fico à janela a olhar e a refletir... Será esta pequena cidade o início ou o fim do mundo?

9 Uma bela mulher passa elevando-se o espírito... Para onde vai? Irá para casa ou se abrigará com alguém? Ah! Poxa vida! Flecha trespassada em meu peito! Que vontade de cair nos braços daquela mulher! Um casal passa, abrigados a um só guarda-chuvas. Abraçados, não parecem ligar para as gotas cadentes. Quem sabe o que dizem... Serão juras de amor?... E minha solidão torna-se ainda maior! Um menino passa... Pés no chão, calção desbotado pelo uso constante Camisa rasgada... Um maltrapilho! O cabelo está molhado como a terra em que pisa. Vai comprar bebida para o pai... Ele sempre passa à mesma hora todos os dias. Faltam-lhe roupas, carinho, compaixão, amor... 10

Quem sabe o que dizem... Serão juras de amor?... E minha solidão torna-se ainda maior! Um menino passa.

10 Falta-lhe tudo, até a paz que seu rosto implora. Entretanto, não falta ao pai a bebida que entorpece, E minha tristeza torna-se ainda maior. Neste momento, o dia está extremamente escuro, Como a alma deste poeta que aguarda a noite chegar Para nela se amparar e, num longo abraço, Deitar um sono bruto, esperando o próximo dia. Mas, no próximo dia, também haverá chuva! A mesma chuva incessante, bela, calma, Pálida, monótona e eterna, Trazendo a minh alma a loucura delirante... Não tenho a bela mulher que passa, Não tenho a companhia dos enamorados, Sequer tenho a força que impele o menino a continuar. 11

sono bruto, esperando o próximo dia. Mas, no próximo dia, também haverá chuva!

11 Não tenho nada, senão a chuva que cai... Não quero mais deixar de ouvir o pingar das gotas d água nas telhas. Minh alma, neste momento, está tomada de tristeza, E aguarda apenas a chegada da noite mais escura... Da noite ininterrupta... Para nela se abrigar eternamente. 12

Minh alma, neste momento, está tomada de tristeza, E aguarda apenas

12 A GUERRA DO AMOR Fui guerreiro com extrema fibra. Combati em nome do amor, E pelo amor entreguei meu corpo, Meu coração e minha alma. Durante a peleja, no calor da paixão, A arma de que eu dispunha era meu sentimento Forte, sincero, inequívoco e profundo como as águas do oceano. E com essa arma me entreguei à lida. Fiz poema, ofereci músicas, escrevi todo dia, Nunca nada cobrei, porque no amor não se cobra, Doa-se, por contentamento de amar, E quase nada recebi. Batalhas ganhei, mas a guerra perdi, Nosso amor teve de tudo o que se imagina... 13

oceano. E com essa arma me entreguei à lida.

13 A meu ver, só não foi moeda de troca entre mim e ti. Por isso, decidi. Desisti de te amar. 14

14 A LUA CHEIA A lua cheia brilha intensa na noite, Como o cetro mágico do Poder Divino. Quer dizer algo com seu esplendor, Mas somente aos que não estão dormindo. A luz viva da lua cheia não se apaga, Salienta-se em meio às estrelas do infinito. E o profundo silêncio impera noite afora, Trazendo a nostalgia dos momentos perdidos. Ó lua, que queres dizer assim tão alta e bela? Estarias pedindo ao homem que proteja as belezas da Criação? E por que és tão irradiante e silenciosa? Estarias tu, ó lua, querendo transmitir a paz aos que estão diante de ti? 15

A luz viva da lua cheia não se apaga, Salienta-se em meio às estrelas do infinito.

15 Mas eles não veem, Lua, não veem! Eles não veem nada! Senão a ganância do ter que ter mais, do dá que me dá, E não ouvem, Lua, não ouvem! Eles não ouvem nada, Com o coração insensível, eles não te ouvem, ó Lua. Ó Lua! Ó Grande Lua! Cheia! Abundante! Com seu grande e misterioso brilho Um dia... Próximo como a próxima lua cheia, Venha, silenciosamente, iluminar meu túmulo. 16

Eles não ouvem nada, Com o coração insensível, eles não te ouvem, ó Lua. Ó Lua! Ó Grande Lua!

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