Mesa Redonda: Indicadores de Extrema Pobreza: tendências passadas e limites da sua validade e precisão estatística SAGI/MDS
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- Luís Soares Campelo
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1 Mesa Redonda: Indicadores de Extrema Pobreza: tendências passadas e limites da sua validade e precisão estatística Extrema pobreza no Brasil segundo diferentes fontes e instituições: tendências, convergências e divergências conceituais e metodológicas Paulo Jannuzzi Marconi Sousa SAGI/MDS
2 MATERIAL DE DISTRIBUÍDO MATERIAL COMPLEMENTAR DISPONÍVEL EM
3 As Políticas e programas de Desenvolvimento Social e o Plano Brasil Sem Miséria sempre entenderam a Pobreza como fenômeno Multi-determinado, Multifacefato e Mutidimensional, requerendo soluções programáticas Multissetoriais para sua superação
4 O monitoramento e avaliação de diferentes estratégias de superação da pobreza transferência de renda, acesso ao alimento, acesso a serviços públicosrequerem indicadores específicos que possam captar os efeitos ou falta de efeitos- dos esforços governamentais
5 As taxas de extrema pobreza computadas para o Brasil por diferentes instituições e metodologias apresentam tendência de queda semelhante e vêm convergindo para patamares mais próximos 30,0 25,0 8,3 p.p. 20,0 15,0 10,0 1,9 p.p. 5,0 0, Ipeadata Cepal BIRD Sônia Rocha REL ODM SAGI
6 Em 2012, as taxas de extrema pobreza situam-se no intervalo entre 3,5 % ( Relatório ODM) e 5,4% (Cepal), com estimativas em número absoluto de 6,7 a 10,3 milhões de pessoas
7 Essas diferenças nas estimativas de população em extrema pobreza decorrem da curvatura e assimetria da distribuição de renda domiciliar per capita, além do valor da linha de extrema pobreza utilizada
8 Sensibilidade da estimativa de extrema pobreza em relação à linha adotada: em 2012, cada 1 real além de 70 reais significaria 102 mil pessoas a mais na condição de extrema pobreza Distribuição acumulada de pessoas por renda domiciliar pela capita - de 0 a 100 reais Linha de Extrema Pobreza
9 Em síntese, as diferenças entre as taxas de extrema pobreza decorrem de definições e escolhas metodológicas cruciais, não triviais, nem sempre consensuais, com relação a dois fatores: Patamar da linha, definida por alguma cesta de alimentos de referência e forma de atualização da mesma ao longo do tempo etc. Renda disponível para cada indivíduo - definido pela unidade de análise - domicilio ou família - e forma de tratamento dos microdados das pesquisas domiciliares com respeito a possível imputação de rendimentos não declarados etc.
10 Em relação à Linha de Pobreza, as principais decisões se referem: Consumo basal para requerimentos calóricos atendidos (Kcal/dia) - Composição demográfica e ocupacional - Padrão de consumo de alimentos: consumo fora do domicílio e prod.industrializados A pesquisa de referência utilizada para cesta de alimentos (nacional?) - Investigação de ingestão efetiva (ENDEF 1974/75) - Registro de alimentos adquiridos (POFs ) - Registro de alimentos consumidos (Inq.Nutricional POF 2008/09) Composição da cesta de alimentos - Cesta habitual ou cesta normativa (refrigerante? ) - Cesta nacional ou regionais - Grupo de referência (2º - 5º quintil de renda?) - Cesta simplificada ou cesta mais ampla Atualização do valor monetário da Linha - Índice dos alimentos das cesta, - Índice geral de Alimentos, - Índice de Preços Nacional ou Regional - Fatores de conversão PPP, PPPP ou Indice preços nacionais para linha 1,25 dolar
11 Comparando as linhas de extrema pobreza para a região Nordeste em setembro de 2012, identificamos diferenças relevantes que impactam os resultados das estimativas Cepal SR
12 Em relação à computação da renda disponível por pessoa: Consideração do domicílio ou família como unidade de consumo para cômputo da renda disponível por pessoa(ex:filha e neta morando com mãe e pai = 2 fam, 1 dom) A completude teórica na captação de rendimentos da pesquisa - Pesquisa sobre Mercado de Trabalho (PNAD) - Pesquisa sobre Despesas e Orçamentos Familiares (POF completa/simplificada) Cobertura populacional/territorial da pesquisa: Brasil vs. Argentina Imputação ou correção de rendimentos segundo - posse de imóvel (BIRD e Cepal ) - compatibilização com Contas Nacionais - ajustes na renda dos domicílios rurais em função do custo de vida mais baixo - subdeclaração de recebimento de benefícios de programas de transferência Tratamento de situações específicas, em geral excluídos no cálculo das taxas - Domicílios sem declaração de rendimentos - Pessoas em domicílios coletivos, abrigos e domicílios improvisados - Empregados domésticos e seus parentes residentes, assim como pensionistas
13 Constatação da dificuldade crescente de coleta de informação sobre rendimentos em Pesquisas Domiciliares (ETEC SAGI 24/2012)
14 Constatação de subregistro na captação de benefícios do Programa Bolsa Família em Pesquisas Domiciliares (ETEC SAGI 10/2012)
15 Exercícios de computação de taxas de extrema pobreza considerando: SAGI*: pessoas sem declaração de rendimentos, domicílios coletivos, improv. etc SAGI**: idem + imputação de Benefícios do Bolsa Família (inclusive BSP 0 a 6 anos)
16 Por fim, considerar o erro amostral das taxas começa a ser cada vez mais importante, seja pelo desenho complexo da amostra, seja pelo valor das mesmas
17 Obrigado!! Portal SAGI:
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