COMISSÃO NACIONAL DA SAÚDE MATERNO-NEONATAL Pontos de reflexão presentes a S. Ex.ª. o Sr. Ministro da Saúde em 27/10/2004

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "COMISSÃO NACIONAL DA SAÚDE MATERNO-NEONATAL Pontos de reflexão presentes a S. Ex.ª. o Sr. Ministro da Saúde em 27/10/2004"

Transcrição

1 COMISSÃO NACIONAL DA SAÚDE MATERNO-NEONATAL Pontos de reflexão presentes a S. Ex.ª. o Sr. Ministro da Saúde em 27/10/ FACTOS 1- A prioridade atribuída à Saúde Materno-infantil e a implementação em Portugal do Programa Nacional da Saúde Materno Infantil (PNSMI), desde 1989, transformou esta área assistencial numa das de maior sucesso, sobretudo se tivermos em conta a relação entre o investimento financeiro e os resultados obtidos. 2- A evolução dos indicadores de mortalidade infantil, neonatal e perinatal, permitiram-nos não apenas deixar a cauda da Europa mas também ultrapassar a média Europeia. 3- Em época de profundas alterações nos modelos de gestão dos hospitais e centros de saúde, compete-nos informar sobre as bases do sucesso e impedir que, por falta de informação, se adoptem medidas que ponham em causa este património nacional. A consolidação e reforço deste património parece-nos exequível, independentemente dos modelos de gestão a adoptar. 4- A reflexão sobre as bases do sucesso e a recente identificação dos problemas estruturais da assistência materno infantil, efectuada pela Comissão Nacional da Saúde Materna e Neonatal (CNSMN), levam-nos a sugerir as seguintes propostas: PROPOSTAS/POSSÍVEIS SOLUÇÕES 1 - Recursos Humanos: a) - Promover a carreira de Medicina Familiar. b) - Manter as competências em Saúde Materna e Saúde Infantil dos médicos de família. c) - Potenciar o trabalho comunitário dos enfermeiros de família. 1

2 d) Rentabilizar as competências dos enfermeiros especialistas de Saúde Materna e Obstétrica nos centros de saúde. d) - Evitar a dispersão e subaproveitamento de Pediatras e Neonatologistas. e) - Iniciar de imediato a formação de Neonatologistas em todos os Hospitais de Apoio Perinatal Diferenciado (HAPD) para substituir os que ultrapassem os 55 anos. f) - Regularizar a formação de Pediatras com competência em Neonatologia. Solução a ser equacionada a nível Regional dentro das Redes de Referenciação Materno Infantis (RRMI) g) - Implementar rapidamente a formação de Obstetras, ampliando o número de vagas, já que os internos em formação não permitem compensar as saídas por aposentação. A solução no curto prazo só é possível com a concentração desejável dos partos. h) - Promover o desbloqueamento urgente da aprovação dos cursos de especialização em Enfermagem de Saúde materna e obstétrica e em Enfermagem de Saúde infantil e pediátrica, no Ministério da Ciência e Ensino Superior (onde aguardam cursos já aprovados pela Ordem dos Enfermeiros). 2 - Redes de Referenciação Materno Infantis (RRMI): a) Propostas exequíveis de concentração dos partos onde há benefícios claros para a população e profissionais: Chaves Vila Real quando IP3 concluída Mirandela Bragança Barcelos Braga. Amarante Vale do Sousa Póvoa de Varzim Matosinhos Oliveira de Azeméis V da Feira Figueira da Foz Coimbra Guarda C. Branco Covilhã Lamego Vila Real e Viseu Cascais S. Francisco Xavier Santo Tirso Famalicão b) Não permitir abertura de novas Maternidades (por exemplo Santiago do Cacém) a não ser para substituir as existentes. Os futuros projectos devem ser antecipadamente sujeitos a estudo de viabilização incluindo a posição da CNSMN. c) Não permitir a abertura de mais HAPD. d) Integrar os novos HAPD nas RRMI, exigindo o cumprimento das responsabilidades assistenciais definidas; satisfazendo os princípios da cooperação e complementaridade. 2

3 e) A concentração do movimento Neonatal Intensivo é desejável, mas a fusão da Maternidade Júlio Dinis, Hospital Maria Pia e S. João no mesmo edifício é excessiva. f) Equacionar formas de rentabilização dos HAPD cuja eficiência é discutível: Matosinhos, Feira, Viana, Évora, Guimarães, Estefânia, Faro, H. S. Francisco Xavier: Abdicar de Cuidados Intensivos em alguns ou, com recursos humanos melhor dimensionados, alargar a assistência ao sector Pediátrico Intensivo (exemplos: os modelos das Unidades Polivalentes existentes no Hospital S. António, Hospital Maria Pia, H. de Faro, Hospital Pediátrico de Coimbra e Hospital Garcia de Orta). g) É desejável o redimensionamento de algumas Unidades: Maternidade Bissaya Barreto (MBB), Maternidade Daniel de Matos (MDM), Estefânia e S. Francisco Xavier. h) Garantir as Consultas de Referência Obstétrica e Pediátrica, conforme protocolos nacionais, e o cumprimento do Programa das UCF, concretizando a vigilância partilhada da Grávida e RN a nível nacional. Independentemente dos modelos de gestão a adoptar nos diferentes hospitais, deve ser assegurado nos Contratos Programa, o cumprimento das responsabilidades definidas para garantir esta vigilância. i) Existem neste momento cerca de 350 Pediatras e Obstetras com mais de 55 anos, que já não fazem Urgências. Estes poderiam ter um importante papel na articulação entre Hospitais e Centros de Saúde, avaliação e formação dos Médicos de Família. 3 - Nomear Comissões Regionais e reconduzir as UCF. a) As Comissões Regionais devem promover a avaliação da articulação entre os HAPD e HAP de cada RRMI e melhorar a eficiência das áreas de maior diferenciação. b) Devem coordenar, tornar exequível e avaliar toda a actividade das UCF no sentido de concretizar a articulação entre os Hospitais e Centros de Saúde, garantindo a vigilância partilhada da Grávida e do RN. 4 Nomear uma equipa técnica que garanta supervisão dessa índole na renovação e aquisição dos novos equipamentos. A centralização nacional das aquisições permitirá, por economias de escala, a poupança de muitos milhares de Euros. 3

4 5 Organizar uma Base de dados e Circulação de informação. - Informatizar a Notícia de Nascimento/Alta que deve ser rectificada de modo a cumprir os seguintes objectivos: - Comunicação HAP/HAPD Centros de Saúde; - Sinalização e orientação do RN de Risco; - Organização de uma base de dados para controlo demográfico e monitorização contínua de variáveis para avaliar a qualidade. 6 - Promover a Qualidade - Articular as equipas responsáveis pela avaliação e promoção da Qualidade nas Comissões Regionais e UCF. - Realizar estudos nas áreas da satisfação de clientes e qualidade de vida relacionada com a saúde (ex: prematuros), recorrendo a protocolo entre a CNSMN e o Centro de Estudos e Investigação em Saúde da FEUC UC ou outras a designar. - Elaborar e implementar normas de boas práticas para orientação dos cuidados médicos e de enfermagem, podendo ser utilizadas para a criação de checklist destinada a auditorias da qualidade (a desenvolver em conjunto com o IQS). 4

5 BASES DO SUCESSO PERINATAL NOS ÚLTIMOS 15 ANOS 1- Nomeação de uma Comissão Técnica com base na competência, motivação, disponibilidade, independentemente da filiação político-partidária, para identificar os problemas desta área e com poder para executar soluções. 2- Aproveitamento do Investimento prévio na Distribuição Nacional dos Centros de Saúde. 3- Aproveitamento da Carreira de Medicina Familiar e das Competências em Saúde Materno-Infantil. 4- Aproveitamento dos enfermeiros de família, potenciando a sua acção no domínio da educação para a saúde e na interrupção da lei dos cuidados inversos. 5- Garantia da qualidade do Nascimento em Portugal, encerrando-se cerca de 200 locais onde se nascia mal, para se poder garantir vigilância Obstétrica a todas as parturientes e Reanimação por Pediatras, quando tal fosse necessário. 6- Criação Rede de Referenciação Materno Infantil (RRMI), que veio a ser oficializada em 2000 pela DGS, tendo permitido recorrer rapidamente às verbas do III Quadro Comunitário de Apoio. De forma original os Hospitais foram classificados em Hospital de Apoio Perinatal (HAP) e Hospitais de Apoio Perinatal Diferenciado (HAPD). A grande diferença é que nos HAPD existem Cuidados Intensivos Neonatais exigindo uma equipa de Pediatras- Neonatologistas autónoma, com escala de urgência para cumprir exclusivamente este papel. No mínimo são necessários 8 Neonatologistas, exigindo-se-lhes apoio na formação dos profissionais dos HAP, com quem funcionam em complementaridade. Nos HAP não há Neonatologistas, mas Pediatras com competência em Neonatologia que executam todas as funções Pediátricas e não só actividade neonatal. 7- Com a RRMI foi possível Rentabilizar os Recursos Obstétricos e Pediátricos, sem deixar de garantir igual assistência a toda a população. 8- Iniciou-se um programa de formação de Obstetras e Pediatras com competência em Neonatologia e distribuição racional pelos HAP e HAPD, para cumprir as responsabilidades definidas no documento das RRMI. 5

6 9- A distribuição de Equipamentos processou-se com supervisão da Comissão Nacional da Saúde Materno-Infantil, garantindo, por esta via, uniformidade, renovação, equilíbrio, justiça, adequabilidade técnica, evitando desperdícios, e conseguindo condições favoráveis dos fornecedores, geradoras de poupança económica significativa. 10- Distribuição nacional de enfermeiros especialistas tanto na área obstétrica como pediátrica/neonatal. 11- Transporte medicalizado para RN à escala nacional. 12- Nomeação das Unidades Coordenadoras Funcionais (UCF), para garantir a avaliação, formação, articulação, cooperação e complementaridade entre Hospitais e Centros de Saúde e entre Médicos de Família e Pediatras/ Obstetras. Têm garantido a avaliação e as medidas necessárias para o cumprimento da Vigilância Partilhada da Grávida e RN a nível nacional. 13- Implementação das Consultas de Referência Obstétrica e Pediátrica a nível Nacional, garantindo a complementaridade entre Médicos de Família e as Especialidades referidas. 14- O papel das Sociedades Científicas, nomeadamente da Secção de Neonatologia, que aceitando desde o início o PNSMI, sempre orientou as suas acções de formação no sentido de colmatar as necessidades da população e dos neonatologistas. Destaca-se dentro das suas iniciativas a manutenção de um Registo Nacional dos Recém-Nascidos de Muito Baixo Peso (<1500g) aglutinando todas as Unidades Nacionais, o qual, além de disponibilizar dados fundamentais, gerou um espírito de cooperação entre todos os Profissionais e Unidades, decisivo para, juntamente com a disponibilidade da informação, fomentar a investigação clínica, a monitorização dos resultados neonatais e a melhoria da qualidade. 15- Com o mesmo espírito destacam-se as Comissões Regionais e as Organizações perinatais do Norte e Centro e o Registo nacional das malformações. 16- Desenvovimento dos Centros de diagnóstico prénatal e intervenção fetal. 17- A motivação, o profissionalismo e a adesão a este PNSMI, por parte dos profissionais, especialmente daqueles que foram formados para preencher esta RRMI, tem sido fundamental. 6

7 18- Com estas intervenções Portugal desenvolveu a NÍVEL NACIONAL um sistema de VIGILÂNCIA PARTILHADA DA GRÁVIDA E RN, que tem dado óptimos resultados e que propomos seja consolidado e aperfeiçoado. 7

8 PRINCIPAIS PROBLEMAS ESTRUTURAIS ACTUAIS (2004) 1. Recursos Humanos a. Os Médicos de Família, para cumprir a sua parte no sistema de vigilância partilhada, não são suficientes. b. O número actual de Obstetras está em equilíbrio instável nos HAP/HAPD, pois o número de internos em formação não permite substituir os que se vão aposentar em breve. c. Metade dos HAP não dispõe de Obstetras suficientes para garantir a Equipa Obstétrica tipo, sugerida pelo Colégio da Especialidade de Ginecologia e Obstetrícia. d. O número de Pediatras a nível nacional só satisfaz as necessidades da assistência hospitalar. e. O número actual de Neonatologistas seria suficiente se o número de HAPD não fosse excessivo. Neste momento não há nenhum plano estruturado de formação de Neonatologistas que vise substituir os que actualmente têm mais de 55 anos, nem de aquisição de Competência em Neonatologia para os Pediatras dos HAP (Reanimação do RN, estabilização até concretizar o seu transporte). f. O número de enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica e em saúde infantil e pediátrica tem vindo a diminuir drasticamente nos últimos 4 anos, por ausência de cursos de especialização (não aprovados no Ministério da Ciência e do Ensino Superior) e continuidade do acréscimo das necessidades e aposentações. A situação não é dramática apenas por mais de 30% dos partos serem realizados por estes enfermeiros, mas também por falta destes gestores diferenciados de cuidados de enfermagem nas diversas unidades, de que se destacam Salas de partos, unidades de Medicina Materno-fetal e de Neonatologia. 8

9 2. Rede de Referenciação Materno-Infantil a. Os hospitais que se instalaram desde 1990 fora do âmbito dos objectivos das RRMI tiveram dificuldades em adoptar/viabilizar o espírito de cooperação e complementaridade. A não aglutinação dos pequenos hospitais da área de influência tem causado duplicação de serviços e valências diferenciadas, não garantindo eficácia e muito menos eficiência. Habitualmente criaram problemas nas instituições onde recrutaram profissionais. b. Se os novos hospitais que se anunciam mantiverem este mesmo espírito, vão gerar problemas semelhantes, mas com consequências mais graves, atendendo ao equilíbrio instável na distribuição dos recursos humanos. c. Tem havido dificuldade em concretizar os objectivos das UCF e criar a desejável e imprescindível articulação com os CS e Médicos de Família. Nem sempre os objectivos previstos no regulamento das RRMI são cumpridos. d. Tem havido liberdade para desenvolver áreas diferenciadas (Ex: Cuidados Intensivos) altamente dispendiosas, sem respeitar as reais necessidades. e. O investimento nas Consultas de Referência, fundamentais para compensar a natural lacuna formativa dos médicos de família, e garantir a vigilância partilhada da grávida e RN, tem sido subestimado. A situação actual da RRMI permite-nos algumas conclusões: a) Há um número significativo de HAP com menos de 2 partos por dia, a não poder garantir equipa perinatal tipo e consequentemente segurança no parto e qualidade no nascimento. Este problema afecta 1/3 dos hospitais e cerca de 10% da população. b) Os únicos hospitais onde não é desejável qualquer concentração de nascimentos, por excesso de partos, são: MAC, F. Fonseca, J. Dinis. 9

10 c) O número de Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais é exagerado. Algumas não têm movimento que garanta eficiência: Feira, Viana, Matosinhos, Évora. Há Unidades que podem/devem admitir mais doentes: Guimarães, Faro, Gaia, Estefânia, H. S. João, H. S. António, S. Francisco Xavier, H. S. Maria, MBB, MDM. Unidades com movimento que garante eficiência: Garcia da Orta e F. Fonseca. Por outro lado, excedem o desejável: MAC e Júlio Dinis. Unidades com esta dimensão (quase 20% do movimento neonatal intensivo) não podem entrar em rotura. Há que prevenir o risco estrutural antes do acidente. d) O número de camas de Cuidados Intensivos Neonatais é insuficiente. e) O défice em enfermeiros especialistas em Saúde Infantil e Pediátrica tem sido um obstáculo para aumentar o número de camas de CI e para a garantia da qualidade de cuidados de enfermagem neonatais. O grave défice em enfermeiros especialistas em Saúde Materna e Obstétrica compromete a qualidade da vigilância do trabalho de parto e dos cuidados às grávidas e puérperas de risco e não permite proporcionar apoio à situação de carência de obstetras. f) As UCI dispõem de 25% do equipamento com mais de 12 anos de vida, a necessitar de renovação. Tal é fundamental para garantir a qualidade dos cuidados que dele depende e prevenir incidentes. 10

11 Dos resultados do Inquérito Estrutural efectuado no âmbito da CNSMNN e dos dados do Registo Nacional do RN de Muito Baixo Peso, mantido sem interrupção desde 1994, integrando actualmente 40 Unidades, fez-se a seguinte reflexão sobre a situação da prematuridade em Portugal (estes resultados não chegaram a ser entregues no Ministério). Foram apresentados no Congresso Nacional de Pediatria em Novembro de

12 NASCER PREMATURO EM PORTUGAL Introdução O Plano Nacional de Saúde Materno Infantil (PNSMI), elaborado em 1989 pela então nomeada Comissão Nacional de Saúde Materno Infantil (CNSMI), permitiu estruturar a assistência materno-infantil de tal forma que esta área até aí altamente carenciada passou a ter indicadores que nos colocam ao nível dos países mais desenvolvidos. Atendendo à desproporção entre o parco investimento financeiro e os resultados obtidos, foi considerada a área de maior sucesso em Portugal nos últimos anos, contribuindo para a classificar o nosso SNS em 12.º lugar, pela OMS, entre mais de 300 países. Com o PNSMI, a estruturação da vigilância da grávida, assistência ao parto e ao RN ficaram perfeitamente definidas a nível nacional. Os elementos estruturais mais importantes foram: - Concentração do nascimento nos hospitais que conseguissem garantir qualidade. Encerraram-se mais de 200 locais que não ofereciam tais condições. - Definição da Carta Hospitalar integrando Hospitais de Apoio Perinatal (HAP) e de Apoio Perinatal Diferenciado (HAPD), com definição das respectivas funções e regras de cooperação e complementaridade. - Dotação de equipamento adequado às responsabilidades assistenciais definidas. - Implementação da Rede de Referenciação Materno-Infantil, articulando os Hospitais entre si e com os respectivos Centros de Saúde. - Implementação do sistema de Vigilância Partilhada da Grávida, contando com a Consulta de Vigilância Obstétrica nos Centros de Saúde, efectuada pelos Especialistas em Medicina Familiar, com competência em saúde materna e infantil, em estreita articulação com a Consulta de Referência Obstétrica, efectuada pelos Obstetras nos HAP ou HAPD. 12

13 - Unidades Coordenadoras Funcionais (UCF) nomeadas em todo o país, responsáveis pela distribuição das Normas de Vigilância, elaboração e avaliação de Protocolos Assistenciais entre os HAP/HAPD e os respectivos Centros de Saúde. - Distribuição dos Centros de Diagnóstico Pré-Natal e Terapêutica Fetal. - Implementação de Critérios de Transferência Antenatal entre HAPD e HAP nas respectivas Redes de Referenciação, antecipando-se o local de parto mais adequado às necessidades do RN. - Definição de Equipa Perinatal tipo para os HAP e HAPD, distribuindo Anestesistas, Obstetras, Pediatras com competência em Neonatalogia para os HAP e Neonatologistas para os HAPD, para garantir reanimação de qualidade e continuidade de cuidados ao RN. - Sistema Nacional de Transporte Medicalizado para os RN que escapem ao Transporte in útero. - Criação de Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais nos HAPD. - Pelo menos 1 Centro de Cirurgia Neonatal e Cardíaca no Norte, Centro e Sul. O Nascimento Prematuro em Portugal beneficiou deste investimento estrutural, mas também do empenho e motivação dos profissionais, do espírito de colaboração, cooperação e complementaridade instituída entre os profissionais e Instituições. A adesão das sociedades científicas ao PNSMI e o planeamento das acções de formação de acordo com as necessidades do País e dos profissionais foram factores importantes para a formação e melhoria da qualidade assistencial. De entre as múltiplas iniciativas organizativas implicadas neste sucesso destacamse a manutenção de um Registo Nacional dos RN de Muito Baixo Peso (RNMBP) desde 1994, levado a efeito pela Secção de Neonatologia (SNN) da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP), englobando actualmente 36 Unidades Nacionais, integrando todos os HAPD e os HAP mais representativos, com taxa de cobertura nacional superior a 95%. A Prematuridade (IG < 37 semanas) representa 6,4% dos nascimentos em Portugal e os RN de Muito Baixo Peso (Peso de Nascimento <1500 g) correspondem a pouco mais de 1% mas são uma amostra representativa da assistência materno-infantil de qualquer país. 13

14 A partir dos resultados nacionais deste Registo e analisando os elementos estruturais actuais pretende-se identificar e divulgar os factores responsáveis pelo sucesso perinatal nacional e identificar algumas fraquezas estruturais actuais. Em época de mudança nos modelos de gestão dos serviços do SNS, pretende-se que medidas com 15 anos de êxito, mesmo que involuntariamente, não sejam postas em causa e apresentar soluções para melhorar ainda mais o sistema de vigilância à grávida e ao RN particularmente ao prematuro. Os Objectivos deste Grupo de trabalho contínuo têm sido: - Estimular a investigação, cooperação e diálogo inter-instituicional. - Consolidar uma Rede de Estudos Multicêntricos Neonatais. - Determinar a Prevalência do MBP em Portugal. - Determinar a Influência do MBP na mortalidade neonatal nacional. - Analisar a mortalidade e morbilidade. - Avaliar a eficácia da regionalização dos cuidados neonatais. - Monitorizar práticas assistenciais que possam servir de padrão para desenvolver o processo de auto-avaliação das Unidades. - Registar a população sobrevivente para seguimento e determinar o limite da viabilidade em Portugal. Metodologia: - Em cada Unidade há pelo menos um coordenador. - O Registo é contínuo, em ficha de avaliação que integra o processo do doente e é do conhecimento de todos os elementos das Unidades. - O Registo termina com a informação da primeira consulta após a alta ou aos 3 meses de idade cronológica. - Existe pelo menos uma Reunião anual de avaliação, balanço e redefinição de Objectivos. Persegue-se desde o início o Objectivo de auto-avaliação, partindo do padrão nacional para avaliar diferenças, reflexão local para identificação das causas do insucesso e implementação de medidas que visem melhorias processuais. 14

15 Resultados Globais Nacionais (INE e Inquérito aos Hospitais de Apoio Perinatal): - Em 2003, nasceram em Portugal RN, dos quais 7343 (6,45%) com < 37 semanas e 1069 (0,94%) com < 1500 gr. - Nasceram nos 18 HAPD e nos 31 HAP. Destes nasceram nos 22 HAP com < 1500 partos e 7103 nos 11 HAP com < de 1000 partos. - Em Instituições fora do SNS nasceram 9967 RN. - Nasceram em Instituições de Saúde 99,4% e 0,6% no domicílio ou acidentalmente fora das Instituições. - Tiveram assistência médica 69,7% e 29,9% foram assistidos por Enfermeira parteira. Menos de 0,5 % tiveram outra assistência e muito poucos não foram assistidos. - Nasceram (30,4%) por cesariana e 1336 (1,2%) foram gemelares. - Fizeram-se 828 (0,73%) interrupções voluntárias da gravidez. - Dos 247 óbitos neonatais nos 49 hospitais, 227 ocorreram nos 18 HAPD e 22 nos 31 HAP. - Necessitaram de ventilação 2036/94950 (2,1%) RN dos quais 1823/54244 (3,3%) nos HAPD e 215/40706 (0,5%) nos HAP. - Existem em Portugal 160 postos de ventilação, 119 dos quais se encontram nos 20 HAPD e 41 postos nos HAP, para estabilização das funções vitais até concretizar o transporte neonatal. - Existem 181 ventiladores, dos quais 61 a permitir ventilação de alta frequência. - Há 383 incubadoras Centros de Saúde Hospitais HAPD 19+2?? HAP 31 >250 HAP com < 1500 partos 22 Postos de Ventilação HAPD

16 Especialistas Medicina Familiar 4665 Pediatras (Ordem Médicos) 1354 " Nos 31 HAP 212 " Nos 18+2 HAPD 195 Ginecologistas/Obstetras (OM) 1372 " Nos 31 HAP 304 " Nos 18 HAPD 405 >350 60a >380 60a Resultados principais do Registo Nacional do RN de Muito Baixo Peso - A análise dos resultados de 5 anos de Registo, compilados por grupos de trabalho constituídos para o efeito, numa obra intitulada Nascer Prematuro em Portugal mereceu as honras do 1.º Prémio Bial de Medicina Clínica em Integram neste momento o Grupo de Registo 19 HAPD e 17 HAP. O número de Registos nos HAPD ao longo dos anos permite concluir que o número de UCI Neonatais em Portugal é suficiente. Começa a haver já dispersão excessiva com 3 a não terem movimento que permita garantir eficácia/eficiência. Apenas uma ultrapassa o limite máximo considerado aceitável para não pôr em causa a garantia de qualidade. Mais do que mais Unidades, é necessário redimensionar algumas já que possuem um número de postos de ventilação insuficiente para as necessidades. - Desde 1994 a prevalência foi aumentando, situando-se actualmente em 0,94%, coincidindo com uma diminuição da mortalidade fetal tardia. - À medida que a mortalidade perinatal e infantil vai diminuindo, a influência desta pequena amostra vai aumentando, constituindo, em 2002, 45% da mortalidade neonatal. A maioria destes óbitos ocorre no primeiro dia de vida. 16

17 - O nascimento nos HAPD destes RN tem aumentado progressivamente, atingindo cerca de 90%, constituindo um dos factores que mais tem contribuído para a melhoria da mortalidade. Para este objectivo tem contribuído o aumento das transferências in útero dos HAP para os HAPD, atingindo 37% em 2002, revelando uma articulação saudável entre os Obstetras dos HAP e HAPD. A redução da necessidade de transporte neonatal, de 15 para 11%, o aumento da administração de corticóides pré-natais de 63 para 84%, o aumento do parto por cesariana de 54 para 65%, a redução dos RN de MBP com Indíce de Apgar (IA) <5 ao 1.º minuto de 35 para 26%, a diminuição dos RN com IA < 5 ao 5.º minuto para menos de 5%, o aumento da vigilância pré-natal para 89%, foram outros factores que contribuíram para a redução da mortalidade e reveladores de bons cuidados perinatais. - As situações que contribuíram para maior morbilidade nos 5 anos foram: Doença das membranas hialinas (DMH) (55%), Sépsis (37%), Hemorragia intraventricular (HIV) (27%), Persistência do canal arterial (21%), Enterocolite necrosante (10%), Retinopatia da prematuridade (9%) e Leucomalácia periventricular (6%). - Verifica-se desde o início do Registo grande dispersão na frequência destas patologias pelas diferentes Unidades assim como na mortalidade. Os colaboradores do Registo têm orientações para intervir no Processo das Unidades, partindo da análise dos seus resultados, comparando-os com o padrão nacional, investigar a causa dos insucessos, aplicando as listagens das Potenciais Boas Práticas e ou Consensos (PBP) para cada patologia, distribuídas a todas as Unidades pela Coordenação Nacional. Em breve aguardamos divulgação dos resultados desta investigação. Unidades com este processo mais desenvolvido estão neste momento a criar condições para aplicar estas PBP e testar se com elas melhoram a morbilidade referente a situações específicas. - A sobrevida aos 3 meses situa-se em 80%, variando de 60% se nascem com PN < 1000g até >91% se nascem com PN >1000g. A partir das 26 semanas há uma sobrevida > 50%. - As principais causas de morte foram: DMH (13,2%), HIV (15,3%), Infecção (19,7%), Anomalias congénitas (11%), Imaturidade extrema (9,7%). - O tempo de internamento médio destes RN é cerca de 45 dias, mas dos sobreviventes com PN abaixo dos 1000 g é superior a 3 meses. 17

18 - Na Alta, 46-55% vão para o domicílio, são transferidos para outros hospitais e a mortalidade baixou de 25 para 18%. Nos últimos anos tem-se assistido a uma estagnação da mortalidade devido à não melhoria dos RN com PN< 1000g. - Na avaliação aos 3 meses, 51% da amostra global estava normal, 19% havia falecido, 20% apresentava problemas. 9% não dispõem de dados da consulta de 3 meses o que deixa antever problemas na avaliação do seguimento desta população. Das crianças com problemas, cerca de 52% tem sequelas graves sendo situações neurológicas em 56%, oftalmológicas em 31,1%, respiratórias em 28,5%, digestivas em 7,8%. FACTORES RESPONSÁVEIS PELO SUCESSO, A CONSOLIDAR: - Vigilância Pré-natal. Há necessidade de garantir a competência em Saúde Materna e Infantil aos Médicos de Família. Garantir as Consultas de Referência Obstétrica. Reconhecer e dar visibilidade ao papel das UCF na articulação entre HAP-CS, formação dos médicos de família e garantia do acesso universal. - Divulgar as normas aos médicos de família e informação às grávidas, tendo em vista a prevenção da prematuridade. - Concentração do Nascimento de Risco nos HAPD (> 90% dos RN MBP e 227/249 óbitos neonatais nacionais). Exigem garantia estrutural, não se descurando a renovação do equipamento e garantia de recursos humanos em número e formação adequada às exigências. - Qualidade de Reanimação. Necessário apetrechar as Salas de Parto com equipamento e equipa perinatal tipo. O número de Obstetras e Pediatras com competência em Neonatologia está em risco de não assegurar a segurança no parto e qualidade no nascimento. Há necessidade de garantir a competência em Neonatologia e concentrar ainda mais o nascimento nos locais onde hajam benefícios para a população sem prejuízo para os profissionais. 18

19 - Aperfeiçoamento do Diagnóstico Pré-natal e antecipação do melhor local do parto continuando a garantir a transferência antenatal, definição da via de parto mais apropriada, administração de corticóides e prevenção da infecção. O número de UCI é suficiente, mas a limitação no número de postos de ventilação põe em risco este objectivo. - O Transporte dos RN de Alto Risco é um elo importante para garantir o transporte dos RN que escapam ao Transporte in útero. Contribuem para a articulação entre HAP e HAPD e podem também evitar a pulverização de UCI em número já exagerado. - Necessidade de manter a articulação dos HAP-HAPD na continuidade de cuidados após a fase aguda, permite rentabilizar os recursos e mais rapidamente a aproximação à área de residência. - Necessidade de garantir o seguimento destes RN. Cerca de 8% ficam com problemas graves e múltiplos e exigem abordagem multidisciplinar, apoio social e domiciliário. Há necessidade de integrar os serviços que conseguem oferecer estes apoios em simultâneo para evitar duplicação das consultas e aperfeiçoar a assistência a estas crianças. - Promoção da avaliação e a melhoria contínua da qualidade, o redimensionamento das Unidades, a melhoria da formação, o desenvolvimento do processo de auto-avaliação, a criação de condições para implementar as potenciais boas práticas são exigências para vencer o difícil desafio de aperfeiçoar a assistência aos micronatos. - É necessário continuar a reconhecer o papel das sociedades científicas no cumprimento deste papel, apoiar as suas iniciativas e não dispensar o seu contributo na organização da assistência materno-infantil nacional. 19

20 POTENCIAIS FRAQUEZAS ESTRUTURAIS: - Criação de novas UCI ou novas Maternidades não inseridas na Rede de Referenciação desfaz um equilíbrio já instável na distribuição dos Recursos Humanos. - Não integrar nos Objectivos dos Hospitais SA (Reuniões de Contratualização) a necessidade de garantir a actividade das UCF e garantir ligação aos cuidados primários. - Possibilidade eventual de se desfazer o espírito das Redes de Referenciação nos novos Hospitais SA, impedir a referenciação pré-natal inter-hospitalar, com consequente pulverização de serviços diferenciados, perdendo eficácia à partida e consumindo muito mais recursos. - O número de Pediatras e Obstetras encontra-se num equilíbrio muito instável. Nos pequenos hospitais é já difícil garantir uma equipa perinatal tipo e garantir segurança no parto e qualidade no nascimento. A concentração do nascimento nos locais onde tal traz benefício para a população é solução para o duplo problema: qualidade do nascimento em risco e escassez de recursos humanos. - Grave carência de enfermeiros especialistas em enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica e Saúde infantil e Pediátrica, por não formação. - Número de camas de Cuidados Intensivos existente deverá ser resolvido com redimensionamento das Unidades e não com aumento de UCI. - A criação de um espírito de colaboração, cooperação e complementaridade entre os profissionais e instituições, o reconhecimento e integração dos profissionais e das sociedades científicas nas soluções dos problemas, a valorização das medidas que visem o aumento da formação e implementação da qualidade foram e terão que continuar a ser os elementos fulcrais para continuarmos a vencer os desafios da Perinatologia em geral e da Prematuridade em particular. José Carlos Cabral Peixoto 20

TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR PEDIÁTRICO DA REGIÃO NORTE NORMAS DE ACTIVAÇÃO E CRITÉRIOS DE TRANSPORTE

TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR PEDIÁTRICO DA REGIÃO NORTE NORMAS DE ACTIVAÇÃO E CRITÉRIOS DE TRANSPORTE TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR PEDIÁTRICO DA REGIÃO NORTE NORMAS DE ACTIVAÇÃO E CRITÉRIOS DE TRANSPORTE O sistema de Transporte Inter-hospitalar Pediátrico (TIP) foi formalmente criado por protocolo entre

Leia mais

Comissão Regional da Saúde da Mulher da Criança e Adolescente

Comissão Regional da Saúde da Mulher da Criança e Adolescente Comissão Regional da Saúde da Mulher da Criança e Adolescente Janeiro 2012 [Relatório de Actividades e Plano de acção para 2012] [ARS Centro] Comissão Regional da Saúde da Mulher, Criança e Adolescente

Leia mais

Médicos da idoneidade e da capacidade formativa para ministrar o Ciclo de Estudos Especiais de Neonatologia.

Médicos da idoneidade e da capacidade formativa para ministrar o Ciclo de Estudos Especiais de Neonatologia. Regulamento do Colégio de Subespecialidade de Neonatologia da Ordem dos Médicos para reconhecimento de Idoneidade e Capacidade Formativa para ministrar o Ciclo de Estudos Especiais de Neonatologia - Versão

Leia mais

Programa Nacional de Diagnóstico Pré-Natal Contratualização Processo de Monitorização e Acompanhamento

Programa Nacional de Diagnóstico Pré-Natal Contratualização Processo de Monitorização e Acompanhamento Introdução A saúde materna e infantil em Portugal tem vindo a registar melhorias significativas nos últimos anos, verificando-se expressiva diminuição das taxas de mortalidade perinatal e infantil por

Leia mais

AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE

AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE UNIDADE DE SAÚDE PUBLICA Ao nível de cada Agrupamento de Centros de Saúde (ACES), as Unidades de Saúde Pública (USP) vão funcionar como observatório de saúde da população

Leia mais

Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa

Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa Ministério da Saúde Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa Assunto: Planeamento da Alta do Doente com AVC Intervenção dos Assistentes Sociais Nº: 7/DSPCS DATA: 28/04/04 Para: Contacto na DGS: Assistentes

Leia mais

REDE DE REFERENCIAÇÃO DE OFTALMOLOGIA - SERVIÇO DE URGÊNCIA ANO DE 2008

REDE DE REFERENCIAÇÃO DE OFTALMOLOGIA - SERVIÇO DE URGÊNCIA ANO DE 2008 REDE DE REFERENCIAÇÃO DE OFTALMOLOGIA - SERVIÇO DE URGÊNCIA ANO DE 2008 A. No âmbito da política de requalificação dos Serviços de Urgência, no sentido de racionalizar recursos humanos disponíveis, tentando

Leia mais

Avaliação do Encerramento dos Blocos de Partos

Avaliação do Encerramento dos Blocos de Partos Por iniciativa da Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN), foram avaliados, a 9 de Outubro passado os primeiros três meses do processo de encerramento dos Blocos de Partos do Hospital Santa Maria

Leia mais

Na comemoração anual do Dia Mundial da Criança cumpre recordar que o bem estar das crianças se realiza, ou não, no seio das famílias e que as

Na comemoração anual do Dia Mundial da Criança cumpre recordar que o bem estar das crianças se realiza, ou não, no seio das famílias e que as Na comemoração anual do Dia Mundial da Criança cumpre recordar que o bem estar das crianças se realiza, ou não, no seio das famílias e que as condições socioeoconomicoculturais destas são determinantes

Leia mais

PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 310/XII/1.ª

PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 310/XII/1.ª Grupo Parlamentar PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 310/XII/1.ª RECOMENDA AO GOVERNO A MANUTENÇÃO EM FUNCIONAMENTO DA MATERNIDADE ALFREDO DA COSTA NAS INSTALAÇÕES ATUAIS, A SALVAGUARDA DA ESTABILIDADE E INTEGRIDADE

Leia mais

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso 64 ÁREA DE INTERVENÇÃO IV: QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO 1 Síntese do Problemas Prioritários Antes de serem apresentadas as estratégias e objectivos para

Leia mais

para promover a Equidade, Efectividade e Eficiência

para promover a Equidade, Efectividade e Eficiência Beja,22 e 23 de Outubro 2009 Doença Crónica na Criança reorganizar para promover a Equidade, Efectividade e Eficiência - Experiência do Centro de Desenvolvimento Torrado da Silva - Mª José Fonseca Doença

Leia mais

- Critérios- 1. Introdução. 2. Procedimentos da Prova de Discussão Curricular

- Critérios- 1. Introdução. 2. Procedimentos da Prova de Discussão Curricular Avaliação Final do Internato Médico de Medicina Geral e Familiar - Critérios- 1. Introdução O presente documento tem como finalidade dotar os júris constituídos para a Avaliação Final do Internato Médico

Leia mais

PLANO DE ACÇÃO E ORÇAMENTO PARA 2008

PLANO DE ACÇÃO E ORÇAMENTO PARA 2008 PLANO DE ACÇÃO E ORÇAMENTO PARA 2008 O ano de 2008 é marcado, em termos internacionais, pela comemoração dos vinte anos do Movimento Internacional de Cidades Saudáveis. Esta efeméride terá lugar em Zagreb,

Leia mais

PLANO DE ATIVIDADES A DESENVOLVER EM 2012 APROVADO EM ASSEMBLEIA DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE ENFERMAGEM DE SAÚDE MATERNA E OBSTÉTRICA

PLANO DE ATIVIDADES A DESENVOLVER EM 2012 APROVADO EM ASSEMBLEIA DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE ENFERMAGEM DE SAÚDE MATERNA E OBSTÉTRICA APROVADO EM ASSEMBLEIA DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE ENFERMAGEM DE SAÚDE MATERNA E OBSTÉTRICA 03 DE MARÇO DE 2012 Nota Introdutória No início do mandato 2012-2015, a Mesa do Colégio de Especialidade de

Leia mais

A visão Social da Previdência Complementar. Palestrante: Henda Mondlane F. da Silva

A visão Social da Previdência Complementar. Palestrante: Henda Mondlane F. da Silva A visão Social da Previdência Complementar Palestrante: Henda Mondlane F. da Silva Protecção Social Obrigatória vs Protecção Social Complementar As alterações efectuadas nos últimos anos ao Regime da Segurança

Leia mais

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário.

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário. PROGRAMA ULBRASOL Irmo Wagner RESUMO Com a intenção e o propósito de cada vez mais fomentar e solidificar a inserção da Universidade na Comunidade em que encontra-se inserida, aprimorando a construção

Leia mais

Projecto de Lei n.º 408/ X

Projecto de Lei n.º 408/ X Grupo Parlamentar Projecto de Lei n.º 408/ X Consagra o processo eleitoral como regra para a nomeação do director-clínico e enfermeiro-director dos Hospitais do Sector Público Administrativo e dos Hospitais,

Leia mais

PROPOSTA DE REGULAMENTO INTERNO

PROPOSTA DE REGULAMENTO INTERNO PROPOSTA DE REGULAMENTO INTERNO VOLUNTARIOS SOCIAIS DO CONCELHO DE ALBERGARIA-A-VELHA - PROGRAMA ALBERGARIA SOLIDÁRIA NOTA JUSTIFICATIVA No âmbito de uma política social que se vem orientando para potenciar

Leia mais

NCE/11/01851 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/11/01851 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos NCE/11/01851 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos Caracterização do pedido Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Fedrave - Fundação Para O Estudo E

Leia mais

Auditoria Sistemática

Auditoria Sistemática ISAL Instituto Superior de Administração e Línguas Auditoria Sistemática Resumo do Relatório da Inspecção Geral do MCTES 18.Novembro.2010 Índice INTRODUÇÃO... 3 CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DOS PROCEDIMENTOS...

Leia mais

ESTRUTURA EMPRESARIAL NACIONAL 1995/98

ESTRUTURA EMPRESARIAL NACIONAL 1995/98 ESTRUTURA EMPRESARIAL NACIONAL 1995/98 NOTA METODOLÓGICA De acordo com a definição nacional, são pequenas e médias empresas aquelas que empregam menos de 500 trabalhadores, que apresentam um volume de

Leia mais

DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR

DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR As páginas que se seguem constituem as Declarações Europeias da Farmácia Hospitalar. As declarações expressam os objetivos comuns definidos para cada sistema

Leia mais

PARECER N.º 2 / 2012

PARECER N.º 2 / 2012 PARECER N.º 2 / 2012 DOTAÇÃO DE PESSOAL NO SERVIÇO DE PEDIATRIA ONCOLÓGICA 1. A questão colocada Solicitar o parecer da Ordem acerca da dotação de pessoal no serviço de Pediatria Oncológica, dado que não

Leia mais

República de Angola DNME/MINSA/ ANGOLA

República de Angola DNME/MINSA/ ANGOLA DNME/MINSA/ ANGOLA 1 CONCEITO E ENQUADRAMENTO DA FARMÁCIA HOSPITALAR O Hospital é o local onde as intervenções mais diferenciadas, invasivas e salvadoras de vida devem ter lugar, constituindo-se, por isso

Leia mais

Relatório de Integração VMER & SIV 11/2012

Relatório de Integração VMER & SIV 11/2012 11/2012 Despacho n.º 14898/2011, de d 3 de novembro Pontoo 7: O INEM,, I. P., apresentar um relatório anual ao membro do Governo responsável pela área da saúde que permita a análise interna e a melhoria

Leia mais

REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE MIRANDELA. Preâmbulo

REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE MIRANDELA. Preâmbulo REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE MIRANDELA Preâmbulo O voluntariado é definido como um conjunto de acções e interesses sociais e comunitários, realizadas de forma desinteressada no âmbito

Leia mais

Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 1 Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Nome fantasia: Projeto de volta prá casa Instituições: Núcleo de Epidemiologia do Serviço de Saúde Comunitária da Gerência de saúde Comunitária

Leia mais

República de Moçambique Ministério da Saúde Direcção Nacional de Saúde Pública

República de Moçambique Ministério da Saúde Direcção Nacional de Saúde Pública República de Moçambique Ministério da Saúde Direcção Nacional de Saúde Pública Processo para o Reconhecimento do Desempenho dos Serviços de Saúde Materna e Neonatal, de Planeamento Familiar e de Prevenção

Leia mais

GESTÃO de PROJECTOS. Gestor de Projectos Informáticos. Luís Manuel Borges Gouveia 1

GESTÃO de PROJECTOS. Gestor de Projectos Informáticos. Luís Manuel Borges Gouveia 1 GESTÃO de PROJECTOS Gestor de Projectos Informáticos Luís Manuel Borges Gouveia 1 Iniciar o projecto estabelecer objectivos definir alvos estabelecer a estratégia conceber a estrutura de base do trabalho

Leia mais

O CHCB emprega mais de 1400 colaboradores;

O CHCB emprega mais de 1400 colaboradores; Inaugurado em 17 Janeiro de 2000, o CHCB foi construído segundo padrões de alta qualidade, sujeito às mais rigorosas exigências tecnológicas. É a maior e mais sofisticada Unidade de Saúde de toda a Região

Leia mais

CARTÃO DA PESSOA COM DOENÇA RARA Relatório de Acompanhamento 2014. Departamento da Qualidade na Saúde

CARTÃO DA PESSOA COM DOENÇA RARA Relatório de Acompanhamento 2014. Departamento da Qualidade na Saúde CARTÃO DA PESSOA COM DOENÇA RARA Relatório de Acompanhamento 2014 Departamento da Qualidade na Saúde Índice Introdução... 3 Implementação do Cartão da Pessoa com Doença Rara... 4 Atividades Desenvolvidas...

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Decreto-Lei n.º 99/2001 de 28 Março

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Decreto-Lei n.º 99/2001 de 28 Março MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Decreto-Lei n.º 99/2001 de 28 Março As escolas superiores de enfermagem e de tecnologia da saúde são estabelecimentos de ensino politécnico dotados de personalidade jurídica e de

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO CENTRO COMUNITÁRIO

REGULAMENTO INTERNO CENTRO COMUNITÁRIO REGULAMENTO INTERNO CENTRO COMUNITÁRIO INTRODUÇÃO A cultura Comunitária é a expressão concreta de tentar proporcionar aqueles que mais precisam a ajuda necessária para começar de novo a viver. O Centro

Leia mais

Filosofia de trabalho e missões

Filosofia de trabalho e missões Filosofia de trabalho e missões As atividades de ensino e assistência na UTI Neonatal do Hospital São Paulo, Hospital Universitário da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (HPS-EPM/Unifesp),

Leia mais

DIREITO À VIDA A GESTÃO DA QUALIDADE E DA INTEGRALIDADE DO CUIDADO EM SAÚDE PARA A MULHER E A CRIANÇA NO SUS-BH: a experiência da Comissão Perinatal

DIREITO À VIDA A GESTÃO DA QUALIDADE E DA INTEGRALIDADE DO CUIDADO EM SAÚDE PARA A MULHER E A CRIANÇA NO SUS-BH: a experiência da Comissão Perinatal DIREITO À VIDA A GESTÃO DA QUALIDADE E DA INTEGRALIDADE DO CUIDADO EM SAÚDE PARA A MULHER E A CRIANÇA NO SUS-BH: a experiência da Comissão Perinatal Grupo temático: Direito à vida, à saúde e a condições

Leia mais

Grupo de Trabalho para as Questões da Pessoa Idosa, Dependente ou Deficiente de Grândola REGULAMENTO INTERNO

Grupo de Trabalho para as Questões da Pessoa Idosa, Dependente ou Deficiente de Grândola REGULAMENTO INTERNO Grupo de Trabalho para as Questões da Pessoa Idosa, Dependente ou Deficiente de Grândola REGULAMENTO INTERNO Maio de 2011 Preâmbulo As alterações demográficas que se têm verificado na população portuguesa

Leia mais

Gestão dos Níveis de Serviço

Gestão dos Níveis de Serviço A Gestão dos Níveis de Serviço (SLM) Os sistemas e tecnologias de informação e comunicação têm nas empresas um papel cada vez mais importante evoluindo, hoje em dia, para níveis mais elevados de funcionamento

Leia mais

Centro de Saúde da Figueira da Foz

Centro de Saúde da Figueira da Foz Centro de Saúde da Figueira da Foz PT Prime e HIS implementam Solução integrada de Processo Clínico Electrónico, Gestão de Atendimento, Portal e Mobilidade. a experiência da utilização do sistema VITA

Leia mais

UNIDADE MÓVEL DE APOIO DOMICILIÁRIO UMAD

UNIDADE MÓVEL DE APOIO DOMICILIÁRIO UMAD IMPLEMENTAÇÃO DO PROJECTO DE APOIO DOMICILIÁRIO IMPLEMENTAÇÃO DO PROJECTO DE APOIO DOMICILIÁRIO Definir os responsáveis e suas competências; Aquisição de equipamento e material clínico; Dotação de Recursos

Leia mais

BALANÇO FINAL PLANO DE FORMAÇÃO 2014 Anexo R&C 2014

BALANÇO FINAL PLANO DE FORMAÇÃO 2014 Anexo R&C 2014 BALANÇO FINAL PLANO DE FORMAÇÃO 2014 Anexo R&C 2014 INTRODUÇÃO A Sociedade Portuguesa para a Qualidade na Saúde (SPQS) executou, em 2014, um Plano de Formação dirigido aos seus associados e outros profissionais

Leia mais

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000 ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário Gestão da Qualidade 2005 1 As Normas da família ISO 9000 ISO 9000 descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e especifica

Leia mais

ARTIGO TÉCNICO. Os objectivos do Projecto passam por:

ARTIGO TÉCNICO. Os objectivos do Projecto passam por: A metodologia do Projecto SMART MED PARKS ARTIGO TÉCNICO O Projecto SMART MED PARKS teve o seu início em Fevereiro de 2013, com o objetivo de facultar uma ferramenta analítica de confiança para apoiar

Leia mais

Nos termos da alínea a) do nº 2 do artigo 2º do Decreto Regulamentar nº 14/2012, de 26 de janeiro, emite-se a Norma seguinte:

Nos termos da alínea a) do nº 2 do artigo 2º do Decreto Regulamentar nº 14/2012, de 26 de janeiro, emite-se a Norma seguinte: NÚMERO: 013/2015 DATA: 01/07/2015 ASSUNTO: PALAVRAS-CHAVE: PARA: CONTACTOS: Notícia de Nascimento Digital (NN) Notícia de Nascimento, Saúde Infantil, Saúde Materna, Boletim Saúde Infantil e Juvenil, Nascer

Leia mais

XI Mestrado em Gestão do Desporto

XI Mestrado em Gestão do Desporto 2 7 Recursos Humanos XI Mestrado em Gestão do Desporto Gestão das Organizações Desportivas Módulo de Gestão de Recursos Rui Claudino FEVEREIRO, 28 2 8 INDÍCE DOCUMENTO ORIENTADOR Âmbito Objectivos Organização

Leia mais

Apresentação. Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares. Oliveira de Azeméis Novembro 2007

Apresentação. Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares. Oliveira de Azeméis Novembro 2007 Apresentação Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares Oliveira de Azeméis Novembro 2007 Apresentação SABE 12-11-2007 2 Apresentação O conceito de Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares (SABE) que se

Leia mais

CARTA DE PRAGA. Apela se aos governantes para aliviarem o sofrimento e assegurarem o direito e acesso aos cuidados paliativos

CARTA DE PRAGA. Apela se aos governantes para aliviarem o sofrimento e assegurarem o direito e acesso aos cuidados paliativos CARTA DE PRAGA Apela se aos governantes para aliviarem o sofrimento e assegurarem o direito e acesso aos cuidados paliativos A Associação Europeia de Cuidados Paliativos (EAPC), a Associação Internacional

Leia mais

1. INTRODUÇÃO 2. ANÁLISE ESTRATÉGICA

1. INTRODUÇÃO 2. ANÁLISE ESTRATÉGICA CADERNO FICHA 11. RECUPERAÇÃO 11.4. OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS O presente documento constitui uma Ficha que é parte integrante de um Caderno temático, de âmbito mais alargado, não podendo, por isso, ser interpretado

Leia mais

Acreditação de Unidades de Saúde nos CSP. A experiência de Valongo

Acreditação de Unidades de Saúde nos CSP. A experiência de Valongo Acreditação de Unidades de Saúde nos CSP A experiência de Valongo Direcção-Geral da Saúde Ministério da Saúde Filipa Homem Christo Departamento da Qualidade em Saúde Direcção Geral da Saúde Da Auto-avaliação

Leia mais

1. Objectivos do Observatório da Inclusão Financeira

1. Objectivos do Observatório da Inclusão Financeira Inclusão Financeira Inclusão Financeira Ao longo da última década, Angola tem dado importantes passos na construção dos pilares que hoje sustentam o caminho do desenvolvimento económico, melhoria das

Leia mais

FREGUESIA DE ARRUDA DOS VINHOS

FREGUESIA DE ARRUDA DOS VINHOS FREGUESIA DE ARRUDA DOS VINHOS lano de Activida e es Orçamento PPI 2012 À INTRODUCÃO Para cumprimento do disposto na alínea a) do n 2 do artigo 34 da lei n 169/99 de 18 de Setembro, na redacção que lhe

Leia mais

Universidade Nova de Lisboa ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA

Universidade Nova de Lisboa ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA REGULAMENTO O Regulamento do Curso de Especialização em Medicina do Trabalho (CEMT) visa enquadrar, do ponto de vista normativo, o desenvolvimento das actividades inerentes ao funcionamento do curso, tendo

Leia mais

CEF/0910/28031 Relatório preliminar da CAE (Poli) - Ciclo de estudos em funcionamento

CEF/0910/28031 Relatório preliminar da CAE (Poli) - Ciclo de estudos em funcionamento CEF/0910/28031 Relatório preliminar da CAE (Poli) - Ciclo de estudos em funcionamento Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.9 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora:

Leia mais

Criatividade e Inovação Organizacional: A liderança de equipas na resolução de problemas complexos

Criatividade e Inovação Organizacional: A liderança de equipas na resolução de problemas complexos Criatividade e Inovação Organizacional: A liderança de equipas na resolução de problemas complexos Dizer que o grande segredo do sucesso das empresas, especialmente em tempos conturbados, é a sua adaptabilidade

Leia mais

CENTRO DE AMBULATÓRIO PEDIÁTRICO

CENTRO DE AMBULATÓRIO PEDIÁTRICO PROJECTO CENTRO DE AMBULATÓRIO PEDIÁTRICO do Hospital de Santa Maria CENTRO DE AMBULATÓRIO PEDIÁTRICO MARIA RAPOSA Todos os anos, um número crescente de crianças, dos 0 aos 18 anos de idade, são assistidas

Leia mais

Campanha Nacional de Higiene das MãosMinistério Resultados Nacionais

Campanha Nacional de Higiene das MãosMinistério Resultados Nacionais Campanha Nacional de Higiene das MãosMinistério da Saúde Resultados Nacionais Dia 5 de Maio, Compromisso Mundial de Higienização das mãos Direcção-Geral da Saúde Campanha Nacional de Higiene das mãos Situação

Leia mais

NCE/10/01121 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/10/01121 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos NCE/10/01121 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos Caracterização do pedido Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Universitas, Crl A.1.a. Descrição

Leia mais

Partido Popular. CDS-PP Grupo Parlamentar. Projecto de Lei nº 195/X. Inclusão dos Médicos Dentistas na carreira dos Técnicos Superiores de Saúde

Partido Popular. CDS-PP Grupo Parlamentar. Projecto de Lei nº 195/X. Inclusão dos Médicos Dentistas na carreira dos Técnicos Superiores de Saúde Partido Popular CDS-PP Grupo Parlamentar Projecto de Lei nº 195/X Inclusão dos Médicos Dentistas na carreira dos Técnicos Superiores de Saúde A situação da saúde oral em Portugal é preocupante, encontrando-se

Leia mais

O modelo de balanced scorecard

O modelo de balanced scorecard O modelo de balanced scorecard Existe um modelo chamado balanced scorecard que pode ser útil para medir o grau de cumprimento da nossa missão. Trata-se de um conjunto de medidas quantificáveis, cuidadosamente

Leia mais

Questionário do Pessoal Docente do Pré-escolar

Questionário do Pessoal Docente do Pré-escolar Questionário do Pessoal Docente do Pré-escolar Liderança 1.1 1.2 1.3 1.4 1. As decisões tomadas pelo Conselho Pedagógico, pela Direção e pelo Conselho Geral são disponibilizadas atempadamente. 2. Os vários

Leia mais

PROGRAMA DE ACÇÃO COMUNITÁRIO RELATIVO À VIGILÂNCIA DA SAÚDE. PROGRAMA DE TRABALHO PARA 2000 (Nº 2, alínea b), do artigo 5º da Decisão nº 1400/97/CE)

PROGRAMA DE ACÇÃO COMUNITÁRIO RELATIVO À VIGILÂNCIA DA SAÚDE. PROGRAMA DE TRABALHO PARA 2000 (Nº 2, alínea b), do artigo 5º da Decisão nº 1400/97/CE) PROGRAMA DE ACÇÃO COMUNITÁRIO RELATIVO À VIGILÂNCIA DA SAÚDE VERSION FINALE PROGRAMA DE TRABALHO PARA 2000 (Nº 2, alínea b), do artigo 5º da Decisão nº 1400/97/CE) 1. INTRODUÇÃO As actividades da União

Leia mais

CEF/0910/26436 Relatório final da CAE (Univ) - Ciclo de estudos em funcionamento

CEF/0910/26436 Relatório final da CAE (Univ) - Ciclo de estudos em funcionamento CEF/0910/26436 Relatório final da CAE (Univ) - Ciclo de estudos em funcionamento Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.9 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Universidade

Leia mais

Programa de Parcerias e Submissão de Propostas 2014/15

Programa de Parcerias e Submissão de Propostas 2014/15 DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA Programa de Parcerias e Submissão de Propostas 2014/15 O Departamento de Informática (DI) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) procura criar e estreitar

Leia mais

PROTOCOLO ENTRE O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E O MINISTÉRIO DA SAÚDE

PROTOCOLO ENTRE O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E O MINISTÉRIO DA SAÚDE PROTOCOLO ENTRE O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E O MINISTÉRIO DA SAÚDE A promoção da educação para a saúde em meio escolar é um processo em permanente desenvolvimento para o qual concorrem os sectores da Educação

Leia mais

O Ministério da Justiça da República Portuguesa e o Ministério da Justiça da República democrática de Timor - Leste:

O Ministério da Justiça da República Portuguesa e o Ministério da Justiça da República democrática de Timor - Leste: Protocolo de Cooperação Relativo ao Desenvolvimento do Centro de Formação do Ministério da Justiça de Timor-Leste entre os Ministérios da Justiça da República Democrática de Timor-Leste e da República

Leia mais

Plano Local de Saúde Amadora 2014 2016

Plano Local de Saúde Amadora 2014 2016 Plano Local de Saúde Amadora 2014 2016 Lisboa, 19 de Novembro de 2014 António Carlos SILVA Médico de Saúde Pública Coordenador da Unidade de Saúde Pública antonio.silva.usp@csreboleira.min-saude.pt André

Leia mais

Técnico Auxiliar de Saúde

Técnico Auxiliar de Saúde Técnico Auxiliar de Saúde Trabalho elaborado por: Luís Damas Índice Introdução... 3 Técnico Auxiliar de Saúde... 4 O que faz o Técnico Auxiliar de Saúde?... 4 As atividades principais a desempenhar por

Leia mais

Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Regulamento de Atribuição de Bolsa de Apoio Social

Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Regulamento de Atribuição de Bolsa de Apoio Social Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Viana do Castelo Regulamento de Atribuição de Bolsa de Apoio Social O Conselho de Ação Social do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, atento à

Leia mais

TERMOS DE REFERÊNCIA PARA O POSTO DE CONSELHEIRO EM GESTÃO DE FINANÇAS PUBLICAS

TERMOS DE REFERÊNCIA PARA O POSTO DE CONSELHEIRO EM GESTÃO DE FINANÇAS PUBLICAS I. Introdução TERMOS DE REFERÊNCIA PARA O POSTO DE CONSELHEIRO EM GESTÃO DE FINANÇAS PUBLICAS O melhoramento da prestação de serviços públicos constitui uma das principais prioridades do Governo da Província

Leia mais

Índice. 1. Nota Introdutória... 1. 2. Actividades a desenvolver...2. 3. Notas Finais...5

Índice. 1. Nota Introdutória... 1. 2. Actividades a desenvolver...2. 3. Notas Finais...5 Índice Pág. 1. Nota Introdutória... 1 2. Actividades a desenvolver...2 3. Notas Finais...5 1 1. Nota Introdutória O presente documento consiste no Plano de Acção para o ano de 2011 da Rede Social do concelho

Leia mais

REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA

REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA Bruxelas, 7 de ovembro de 2008 REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA 1. A unidade dos Chefes de Estado e de Governo da União Europeia para coordenar as respostas

Leia mais

PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA

PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA Coordenação do Internato Médico de Saúde Pública PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA (Aprovado pela Portaria 47/2011, de 26 de Janeiro) Internato 2012/2016 ÍNDICE GERAL INTRODUÇÃO 1 1. DURAÇÃO

Leia mais

COMISSÃO EXECUTIVA DA ESPECIALIZAÇÃO EM SEGURANÇA NO TRABALHO DA CONSTRUÇÃO PROCEDIMENTOS PARA ATRIBUIÇÃO DO TÍTULO DE ENGENHEIRO ESPECIALISTA EM

COMISSÃO EXECUTIVA DA ESPECIALIZAÇÃO EM SEGURANÇA NO TRABALHO DA CONSTRUÇÃO PROCEDIMENTOS PARA ATRIBUIÇÃO DO TÍTULO DE ENGENHEIRO ESPECIALISTA EM PROCEDIMENTOS PARA ATRIBUIÇÃO DO TÍTULO DE ENGENHEIRO ESPECIALISTA EM Procedimentos para a atribuição do título de Engenheiro Especialista em Segurança no Trabalho da Construção 1 Introdução...2 2 Definições...4

Leia mais

Princípios de Bom Governo

Princípios de Bom Governo Princípios de Bom Governo Regulamentos internos e externos a que a empresa está sujeita O CHC, E.P.E. rege-se pelo regime jurídico aplicável às entidades públicas empresariais, com as especificidades previstas

Leia mais

MISSÃO, VISÃO, VALORES E POLÍTICA

MISSÃO, VISÃO, VALORES E POLÍTICA MISSÃO, VISÃO, VALORES E POLÍTICA VISÃO Ser a empresa líder e o fornecedor de referência do mercado nacional (na área da transmissão de potência e controlo de movimento) de sistemas de accionamento electromecânicos

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO PARA A EMISSÃO DE PARECERES DO CLAS

REGULAMENTO INTERNO PARA A EMISSÃO DE PARECERES DO CLAS REGULAMENTO INTERNO PARA A EMISSÃO DE PARECERES DO CLAS (Enquadramento) Conforme o disposto na Resolução do Conselho de Ministros nº. 197/97, de 18 de Novembro e no Despacho Normativo nº. 8/2, de 12 de

Leia mais

Serviços de Apoio Domiciliário

Serviços de Apoio Domiciliário Direcção-Geral da Acção Social Núcleo de Documentação Técnica e Divulgação Catarina de Jesus Bonfim Sofia Mercês Veiga Serviços de Apoio Domiciliário (Condições de implantação, localização, instalação

Leia mais

- Unidade de Saúde Familiar Vimaranes

- Unidade de Saúde Familiar Vimaranes CARTA DE COMPROMISSO - Unidade de Saúde Familiar Vimaranes Modelo A A Administração Regional de Saúde (ARS), IP do Norte, representada pelo seu Presidente, Dr. Alcindo Maciel Barbosa e a Unidade de Saúde

Leia mais

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO CUIDADOS PALIATIVOS - REGIÃO DE SAÚDE DO NORTE -

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO CUIDADOS PALIATIVOS - REGIÃO DE SAÚDE DO NORTE - PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO CUIDADOS PALIATIVOS - REGIÃO DE SAÚDE DO NORTE - Considerando que o aumento da sobrevida e o inerente acréscimo de doenças crónicas e progressivas, bem como, as alterações na rede

Leia mais

COLINA DE SANTANA. Hospitais Civis de Lisboa Acesso da população ao SNS Assembleia Municipal de Lisboa Janeiro 2014 Pilar Vicente

COLINA DE SANTANA. Hospitais Civis de Lisboa Acesso da população ao SNS Assembleia Municipal de Lisboa Janeiro 2014 Pilar Vicente Hospitais Civis de Lisboa Acesso da população ao SNS Assembleia Municipal de Lisboa Janeiro 2014 Pilar Vicente População de Lisboa e Acesso ao S.N.S: Nº de utentes Caracterização da População Necessidades

Leia mais

Regulamento de Formação Inicial, Especializada, Contínua e Pós-Graduada

Regulamento de Formação Inicial, Especializada, Contínua e Pós-Graduada 1. Missão, Política e Estratégia da Entidade Num mundo em permanente mutação onde a investigação científica e o desenvolvimento das ciências ocupa um lugar determinante, a formação contínua ao longo da

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Mortalidade Infantil. Epidemiologia dos Serviços de Saúde. Causas de Morte.

PALAVRAS-CHAVE: Mortalidade Infantil. Epidemiologia dos Serviços de Saúde. Causas de Morte. ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA Jessica Neves Pereira (latiifa@hotmail.com)

Leia mais

O Que São os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO)?

O Que São os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO)? O Que São os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO)? São unidades especializadas de apoio educativo multidisciplinares que asseguram o acompanhamento do aluno, individualmente ou em grupo, ao longo

Leia mais

Introdução. Procura, oferta e intervenção. Cuidados continuados - uma visão económica

Introdução. Procura, oferta e intervenção. Cuidados continuados - uma visão económica Cuidados continuados - uma visão económica Pedro Pita Barros Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa Introdução Área geralmente menos considerada que cuidados primários e cuidados diferenciados

Leia mais

Proposta de Alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo

Proposta de Alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo Proposta de Alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo Parecer da Federação Académica do Porto A participação de Portugal na subscrição da Declaração de Bolonha em Junho de 1999 gerou para o Estado

Leia mais

A certificação de Qualidade para a Reparação Automóvel.

A certificação de Qualidade para a Reparação Automóvel. A certificação de Qualidade para a Reparação Automóvel. Projecto A Oficina+ ANECRA é uma iniciativa criada em 1996, no âmbito da Padronização de Oficinas ANECRA. Este projecto visa reconhecer a qualidade

Leia mais

Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado do Cadaval. Capitulo I Disposições Gerais

Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado do Cadaval. Capitulo I Disposições Gerais Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado do Cadaval Capitulo I Disposições Gerais Artigo 1º (Âmbito) 1. O Banco Local de Voluntariado do Cadaval, adiante designado por BLVC, tem como entidade

Leia mais

Ministério da Ciência e Tecnologia

Ministério da Ciência e Tecnologia Ministério da Ciência e Tecnologia Decreto n.º4/01 De 19 de Janeiro Considerando que a investigação científica constitui um pressuposto importante para o aumento da produtividade do trabalho e consequentemente

Leia mais

Perguntas mais frequentes

Perguntas mais frequentes Estas informações, elaboradas conforme os documentos do Plano de Financiamento para Actividades Estudantis, servem de referência e como informações complementares. Para qualquer consulta, é favor contactar

Leia mais

PROGRAMA DE ACÇÃO COMUNITÁRIO RELATIVO À VIGILÂNCIA DA SAÚDE PROJECTO DE PROGRAMA DE TRABALHO 1998-1999 (Art. 5.2.b da Decisão Nº 1400/97/CE)

PROGRAMA DE ACÇÃO COMUNITÁRIO RELATIVO À VIGILÂNCIA DA SAÚDE PROJECTO DE PROGRAMA DE TRABALHO 1998-1999 (Art. 5.2.b da Decisão Nº 1400/97/CE) PROGRAMA DE ACÇÃO COMUNITÁRIO RELATIVO À VIGILÂNCIA DA SAÚDE PROJECTO DE PROGRAMA DE TRABALHO 1998-1999 (Art. 5.2.b da Decisão Nº 1400/97/CE) 1. INTRODUÇÃO As actividades da União Europeia no domínio da

Leia mais

GUIA PRÁTICO APOIOS SOCIAIS FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL

GUIA PRÁTICO APOIOS SOCIAIS FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL Manual de GUIA PRÁTICO APOIOS SOCIAIS FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P ISS, I.P. Departamento/Gabinete Pág. 1/9 FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia

Leia mais

driven by innovation first-global.com

driven by innovation first-global.com company profile driven by innovation Missão Contribuir para a melhoria dos processos e para o aumento de produtividade dos nossos clientes, adaptando as melhores tecnologias às necessidades reais do mercado.

Leia mais

. evolução do conceito. Inspecção 3. Controlo da qualidade 4. Controlo da Qualidade Aula 05. Gestão da qualidade:

. evolução do conceito. Inspecção 3. Controlo da qualidade 4. Controlo da Qualidade Aula 05. Gestão da qualidade: Evolução do conceito 2 Controlo da Qualidade Aula 05 Gestão da :. evolução do conceito. gestão pela total (tqm). introdução às normas iso 9000. norma iso 9000:2000 gestão pela total garantia da controlo

Leia mais