PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

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1 2010/2011 AUTARQUIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE LONDRINA DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

2 GESTÃO MUNICIPAL GERSON ARAÚJO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE LONDRINA EDSON ANTONIO DE SOUZA SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE ADILSON CASTRO DIRETOR GERAL SANDRA REGINA CALDEIRA MELO DIRETORA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE LÉIA PEREIRA GERENTE DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA CLÁUDIA PRANDO COORDENAÇÃO DE AÇÕES EM VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA LUCIA HELENA DE LIMA COORDENAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA SÔNIA FERNANDES COORDENAÇÃO DE IMUNIZAÇÃO Prefeitura do Município de Londrina i

3 AUTORES ANA ELVIRA DE BARROS JÓIA CLAUDIA PRANDO CRISTINA MARIA KIYOTA LÚCIA HELENA DE LIMA ROSÂNGELA TOMIKO SAITO SIMONE GARANI NARCISO Prefeitura do Município de Londrina ii

4 COLABORADORES LÉIA PEREIRA MARIA ANGELINA ZEQUIM NEVES MARIA APARECIDA ANDRADE MARIA LUIZA HIROMI IWAKURA MARIA ISABEL SERRA MICHELE PATRICIA AMADEU NILZA SILVA SANTOS ROSELI VICTORIO VITOR SILVIA KARLA AZEVEDO VIEIRA ANDRADE Prefeitura do Município de Londrina iii

5 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO... 1 INTRODUÇÃO... 2 AIDS... 3 AIDS em Indivíduos com 13 anos ou mais de Idade (ADULTOS)... 4 AIDS em Indivíduos menores de 13 anos (CRIANÇAS) AIDS em Gestantes...13 ANIMAIS PEÇONHENTOS COQUELUCHE DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS - Violência Doméstica, sexual e/ou outras violências...35 DENGUE DIFTERIA DOENÇA DE CHAGAS ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA FEBRE AMARELA...48 HANSENÍASE HEPATITES VIRAIS Hepatite A Hepatite B Hepatite C INFLUENZA INTOXICAÇÕES...67 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA LEPTOSPIROSE Prefeitura do Município de Londrina iv

6 MALÁRIA...87 MENINGITES PARALISIA FLACIDA AGUDA - POLIOMIELITE...93 RAIVA RUBÉOLA SARAMPO SÍFILIS CONGÊNITA TÉTANO TUBERCULOSE Tuberculose todas as formas Tuberculose pulmonar Tuberculose extrapulmonar INFECÇÃO HOSPITALAR REFERÊNCIAS Prefeitura do Município de Londrina v

7 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AIDS... Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (do inglês, Acquired Immunodeficiency Syndrome) AIH... Autorização de Internação Hospitalar Anti-HBc... Anticorpo Contra o HBsAg APS... Atenção Primária em Saúde DATASUS... Banco de Dados do Sistema Único de Saúde DC... Dengue Clássico DCC... Dengue Com Complicação DENV... Dengue Vírus DPT... Vacina Contra a Difteria, Tétano e Coqueluche (do inglês, Diphtheria, Pertussis andtetanus Vaccine) DT... Vacina Contra Difteria e Tétano (do inglês, DiphtheriaandTetanusVaccine) DVS... Diretoria de Vigilância em Saúde FHD... Febre Hemorrágica do Dengue HIV... Vírus da Imunodeficiência Humana (do inglês, Human Immuno deficiency Virus) IBGE... Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IgM... Imunoglobulina da Classe M ITR... Índice de Tipos de Recipientes LACEN... Laboratório Central do Paraná LIRAa... Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti LTA... Leishmaniose Tegumentar Americana MDR... Multidrogaresistência MS... Ministério da Saúde OMS... Organização Mundial de Saúde PFA... Paralisia Flácida Aguda PML... Prefeitura do Município de Londrina/PR PNCH... Programa Nacional de Controle da Hanseníase PNI... Programa Nacional de Imunização S. mansoni... Schistosoma mansoni SCD... Síndrome do Choque do Dengue SESA... Secretaria de Saúde do Estado SICLOM... Sistema de Controle Logístico de Medicamentos SIM... Sistema de Informações em Mortalidade SINAN... Sistema de Informações de Agravos de Notificação SISCEL... Sistema de Controle de Exames Laboratoriais SNC... Sistema Nervoso Central SRC... Síndrome da Rubéola Congênita SUS... Sistema Único de Saúde VHB...Vírus de Hepatite B VHC...Vírus de Hepatite C VDRL... Veneral Diseases Research Laboratory Test Prefeitura do Município de Londrina vi

8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Número de casos de difteria em Londrina e no Paraná, por ano, 1997 a Figura 2 Número de Investigação Entomológica e identificação de triatomíneos, em Distritos Rurais de Londrina, Figura 3 Número de casos de violência notificados, por sexo, segundo faixa etária. Londrina, Figura 4 Número de casos de violência notificados, segundo ocorrência de violência sexual. Londrina, Figura 5 Número de casos de violência notificados, segundo ocorrência de violência física. Londrina, Figura 6 Número de casos de violência notificados, segundo ocorrência de violência psicológica/moral. Londrina, Figura 7 Número de casos de violência notificados, segundo ocorrência de ameaça. Londrina, Figura 8 Número de casos de Investigação de Violência Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências, por faixa etária, segundo local de ocorrência. Londrina, Figura 9 Localização geográfica dos casos de Violência Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências, ocorridos no espaço urbano de Londrina Figura 10 Número de casos de esquistossomose, segundo sexo Londrina, 2009 a Figura 11 Número de casos de esquistossomose, segundo origem da transmissão. Londrina, 2009 a Figura 12 Média percentual anual de notificação de casos de esquistossomose, segundo faixa etária. Londrina, 2006 a Figura 13 Número de casos de esquistossomose, segundo região de residência do município, por ano epidemiológico dos sintomas. Londrina, 2009 a Figura 14 Número e Coeficiente de Detecção dos Casos Novos de Hanseníase por habitantes. Londrina, 2004 a Figura 15 Número e índice de casos de Hanseníase segundo a classificação operacional na notificação e ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Figura 16 Casos confirmados de Hepatite B, segundo forma clínica. Londrina, 2010 e Figura 17 Número de casos diagnosticados de Hepatite C, por região. Londrina, Figura 18 Número de casos notificados de Intoxicação Exógena, segundo Agente Tóxico, por ano de apresentação dos sintomas. Londrina, 2007 a Figura 19 Percentual de casos de Intoxicação Exógena, segundo sexo, por ano. Londrina, 2010 e Figura 20 Número de casos notificados de Intoxicação Exógena por Agente Tóxico, ano Figura 21 Número de casos notificados de Intoxicação Exógena por Agente Tóxico, ano Figura 22 Número de casos notificados de Intoxicação Exógena relacionada ao trabalho, por faixa etária. Londrina, Figura 23 Número de casos notificados de Intoxicação Exógena, por Agente Tóxico, por Prefeitura do Município de Londrina vii

9 faixa etária. Londrina, Figura 24 Distribuição dos casos confirmados de Leishmaniose, por região. Londrina, 2007 a Figura 25 Distribuição dos casos confirmados de Leishmaniose, por faixa etária. Londrina, 2010 e Figura 26 Índice de casos diagnosticados de Leishmaniose, segundo sexo. Londrina, 2007 a Figura 27 Percentual de casos diagnosticados de Leishmaniose acumulado no período, por tipo de entrada. Londrina, 2007 a Figura 28 Número de casos investigados e confirmados de Leptospirose em Londrina, 2010 e Figura 29 Número de casos confirmados de Leptospirose em Londrina, por sexo, 2010 e Figura 30 Figura 31 Figura 32 Figura 33 Figura 34 Número de casos confirmados de leptospirose, por região do município. Londrina, 2010 e Número de casos confirmados de leptospirose, por faixa etária. Londrina, 2010 e Exposição a situações de risco nos casos de leptospirose. Londrina, 2010 e Número de manifestações clínicas mais evidentes em casos confirmados de leptospirose. Londrina, Número de manifestações clínicas mais evidentes em casos confirmados de leptospirose. Londrina, Figura 35 Número de casos de meningite segundo etiologia. Londrina, Figura 36 Distribuição de nº de casos das meningites bacterianas, segundo etiologia. Londrina, Figura 37 Figura 37 Distribuição do nº de casos de meningite viral, segundo região. Londrina, Figura 38 Número de atendimento antirrábico humano, segundo faixa etária, por ano de notificação. Londrina, 2009 a Figura 39 Número de atendimento antirrábico humano, por tipo de ferimento, segundo ano de notificação. Londrina, 2009 a Figura 40 Número de agressão animal, segundo possibilidade de observação, por ano de notificação. Londrina, 2009 a Figura 41 Número de atendimento antirrábico humano, segundo tratamento indicado, por ano de notificação. Londrina, 2009 a Figura 42 Taxa de incidência de Tuberculose (todas as formas). Londrina, 2004 a Figura 43 Índice de casos de Tuberculose (todas as formas) por fonte notificadora, segundo ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Figura 44 Taxa de incidência de Tuberculose Pulmonar. Londrina, 2004 a Figura 45 Taxa de incidência de casos novos de Tuberculose Pulmonar. Londrina, 2004 a Prefeitura do Município de Londrina viii

10 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Número de casos e taxa de incidência (por hab.) de AIDS em adultos, segundo o ano de diagnóstico. Londrina, Tabela 2 Número de casos de AIDS em adultos por ano de diagnóstico, segundo sexo e razão de sexo. Londrina, Tabela 3 Número de casos de AIDS em adultos por ano de diagnóstico, segundo a faixa etária de 13 a 59 anos. Londrina, Tabela 4 Número de casos de AIDS em indivíduos com 60 anos ou mais de idade por ano de diagnóstico, segundo sexo e razão de sexo (M:F). Londrina Tabela 5 Número de casos de AIDS em adultos por ano de diagnóstico, segundo a categoria de exposição. Londrina, Tabela 6 Número e índice de casos de AIDS em adultos por ano de diagnóstico, segundo a evolução. Londrina, Tabela 7 Número de casos de AIDS em crianças por ano de diagnóstico, segundo a faixa etária no momento do diagnóstico. Londrina, Tabela 8 Número de casos de AIDS em crianças por ano de diagnóstico, segundo a evolução. Londrina, Tabela 9 Número de casos de AIDS em crianças por ano de diagnóstico, segundo a categoria de exposição. Londrina, Tabela 10 Número de casos notificados de Gestante HIV positivo por ano de notificação, segundo evidencia laboratorial do HIV positivo. Londrina, Tabela 11 Número de casos de acidentes por animais peçonhentos, por sexo. Londrina, 2007 a Tabela 12 Número de casos de acidentes por animais peçonhentos, por faixa etária. Londrina, 2007 a Tabela 13 Número de casos de acidentes por animais peçonhentos, por tipo de acidente. Londrina, 2007 a Tabela 14 Número de casos notificados de acidentes por animais peçonhentos, por zona de ocorrência. Londrina, 2007 a Tabela 15 Número de acidentes por animais peçonhentos, por classificação do caso. Londrina, 2007 a Tabela 16 Número de acidentes por animais peçonhentos, por local do acidente. Londrina, 2007 a Tabela 17 Número de casos de coqueluche confirmados e coeficiente de incidência (por hab). Londrina, 1999 a Tabela 18 Número de casos suspeitos de coqueluche segundo idade e doses recebidas de vacina antipertussis. Londrina, Tabela 19 Número e índice de casos suspeitos de coqueluche por Unidade de Saúde e região dos moradores de Londrina. Londrina, 2010 e Tabela 20 Número de casos e incidência de dengue por localidade, 2001 a Tabela 21 Número e percentual de casos de dengue clássico (DC), febre hemorrágica da dengue (FHD) e dengue com complicações (DCC), por ano. Londrina, Tabela 22 Número de casos graves de dengue (FHD e DCC), óbitos e letalidade. Londrina, Tabela 23 Número de casos confirmados de dengue, segundo mês de ocorrência. Londrina, 2006 a Tabela 24 Número e incidência de casos confirmados de dengue, por faixa etária. Londrina, 25 Prefeitura do Município de Londrina ix

11 2010 e Tabela 25 - Casos de Dengue positivos, por regiões geográficas, do Município de Londrina a Tabela 26 Índice de Infestação Predial, obtido pelo LIRAa. Londrina, 2007 a Tabela 27 Índice de tipo de depósito, obtido pelo LIRAa. Londrina, 2007 a Tabela 28 Número de casos confirmados de Difteria em Londrina, no Paraná e no Brasil. Série histórica de 1997 a Tabela 29 Número de Investigação Entomológica e identificação de triatomíneos, em Distritos Rurais de Londrina, Tabela 30 Número de Investigação Entomológica e identificação de triatomíneos, em alguns Distritos Rurais de Londrina, Tabela 31 Número de casos de esquistossomose em Londrina, no Paraná e no Brasil. Série histórica de 1996 a Tabela 32 Número de casos de esquistossomose, segundo sexo, por ano. Londrina, 2009 a Tabela 33 Número de casos de esquistossomose, segundo Origem da transmissão. Londrina, 2009 a Tabela 34- Número de casos de esquistossomose, segundo faixa etária, por ano epidemiológico dos sintomas. Londrina, 2009 a Tabela 35 Número e índice anual de casos de esquistossomose, segundo faixa etária, média últimos 6 anos. Londrina, 2006 a Tabela 36 Número de casos de esquistossomose, segundo região de residência do município, por ano. Londrina, 2009 a Tabela 37 Número de casos de Hanseníase segundo a faixa etária e ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Tabela 38 Número e percentual de casos de Hanseníase segundo o sexo e ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Tabela 39 Número e percentual de casos de Hanseníase segundo a classificação operacional na notificação e ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Tabela 40 Número e percentual de casos de Hanseníase segundo o modo de entrada e ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Tabela 41 Número e percentual de casos de Hanseníase segunda a forma clínica notificada e ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Tabela 42 Número e percentual de casos de Hanseníase segundo o grau de incapacidade física no diagnóstico e ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Tabela 43 Número e índice dos contatos de Hanseníase registrados e examinados, segundo ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Tabela 44 Número e percentual de casos de Hanseníase segundo o tipo de alta e ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Tabela 45 - Distribuição de casos de hepatite A por sexo. Londrina, 2010 e Tabela 46 Distribuição de casos de Hepatite A por faixa etária. Londrina, 2010 e Tabela 47 Distribuição de casos de Hepatite B por faixa etária. Londrina, 2010 e Tabela 48 Distribuição de casos de Hepatite B por sexo. Londrina, 2010 e Tabela 49 Distribuição de casos de Hepatite C por sexo. Londrina, 2010 e Tabela 50 Distribuição de casos de Hepatite C, por faixa etária. Londrina, Tabela 51 Nº de casos de Influenza por ano, segundo diagnóstico etiológico. Londrina, 2010 e Tabela 52 Número de casos de Influenza A H1N1, por diagnóstico etiológico e por faixa etária. Londrina, Tabela 53 Número de casos de Influenza A H1N1, por diagnóstico etiológico e por faixa 65 Prefeitura do Município de Londrina x

12 etária. Londrina, Tabela 54 Número de casos de Influenza A H1N1, por critério de confirmação. Londrina, 2010 e Tabela 55 Número de casos de Influenza por sexo, segundo ano dos sintomas. Londrina, 2010 e Tabela 56 Número de casos notificados de Intoxicação Exógena, segundo Agente Tóxico, por ano de apresentação dos sintomas. Londrina, 2007 a Tabela 57 Número de casos de Intoxicação Exógena, segundo agente tóxico, por sexo.londrina,2010 e Tabela 58- Número de casos notificados de Intoxicação Exógena, por Agente Tóxico, por faixa etária. Londrina, Tabela 59 Número de casos notificados de Intoxicação Exógena relacionada ao trabalho, segundo ano de Apresentação dos Sintomas. Londrina, 2007 a Tabela 60 Número de casos notificados de Intoxicação Exógena, segundo cauda da contaminação em relação ao Agente Tóxico. Londrina, Tabela 61 Número de casos notificados de Intoxicação Exógena, segundo Contaminação em relação ao Agente Tóxico, por faixa etária. Londrina, Tabela 62 Distribuição dos casos confirmados de Leishmaniose, por região. Londrina, 2007 a Tabela 63 Distribuição dos casos confirmados de Leishmaniose, por faixa etária. Londrina, 2007 a Tabela 64 Número e índice de casos diagnosticados de Leishmaniose, segundo sexo. Londrina, 2007 a Tabela 65 Número e percentual de casos diagnosticados de Leishmaniose, por tipo de entrada. Londrina, 2007 a Tabela 66 Número e percentual de casos diagnosticados de Leishmaniose acumulado no período, por condição autóctone ou importado. Londrina, 2007 a Tabela 67 Número de casos notificados de malária em relação ao sexo de pacientes. Londrina, 2010 e Tabela 68 Número de casos confirmados de malária em relação à principal atividade exercida nos casos confirmados. Londrina, 2010 e Tabela 69 Número de casos em relação ao sexo de pacientes residentes em Londrina e outros municípios nos anos de 2010 e Tabela 70 Número de casos e incidência de Meningite (por hab), segundo tipo, Londrina 2010 a Tabela 71 Distribuição de n. º de casos, óbitos e sorogrupo da doença meningocóccica por faixa etária, Londrina, 2010 e Tabela 72 Número de casos de Agressão Animal, por sexo. Londrina, 2009 e Tabela 73 Número de atendimentos antirrábicos humanos, segundo faixa etária, por ano de notificação. Londrina, 2009 a Tabela 74 Número de atendimentos anti-rábicos humanos, segundo espécie animal, por ano de notificação. Londrina, 2009 a Tabela 75 Número de casos notificados de agressão animal, segundo possibilidade de observação, por ano de notificação. Londrina, 2009 a Tabela 76 Número de atendimento antirrábico humano, segundo tratamento indicado, por ano de notificação. Londrina, 2009 a Tabela 77 Número de casos notificados e confirmados de rubéola e incidência. Londrina, 1997 a Tabela 78 Número de casos confirmados de Rubéola em Londrina, no Paraná e no Brasil a Prefeitura do Município de Londrina xi

13 Tabela 79 Número de casos diagnosticados de sarampo. Londrina, Paraná e Brasil, 1997 a Tabela 80 Número de casos notificados e confirmados de sarampo. Londrina, 1997 a Tabela 81 Número de casos confirmados de Sífilis Congênita. Londrina, Paraná e Brasil, 1998 a Tabela 82 Número e índice de casos de Sífilis Congênita, segundo características maternas. Londrina, 2010 e Tabela 83 Número e índice de casos de Sífilis Congênita, segundo a região de residência e áreas de abrangência das Unidades de Atenção Primária em Saúde. Londrina, a Tabela 84 Número de casos confirmados de Tétano Acidental. Londrina, Paraná e Brasil, 1999 a Tabela 85 Série histórica dos casos de Tétano Acidental. Londrina, 1994 a Tabela 86 Número de casos confirmados de Tétano neonatal. Londrina, Paraná e Brasil, 1999 a Tabela 87 Número e índice de casos de Tuberculose (todas as formas), segundo ano de diagnóstico e faixa etária. Londrina, 2004 a Tabela 88 Número de e percentual de casos de Tuberculose (todas as formas), segundo ano de diagnóstico e sexo. Londrina, 2004 a Tabela 89 Número e índice de casos de Tuberculose (todas as formas), segundo ano de diagnóstico e tipo de entrada. Londrina, 2004 a Tabela 90 Número e índice de casos de Tuberculose (todas as formas), segundo ano de diagnóstico e forma de entrada. Londrina, 2004 a Tabela 91 Número de casos de Tuberculose (todas as formas), segundo ano de diagnóstico e agravos associados. Londrina, 2004 a Tabela 92 Número e índice de casos de Tuberculose (todas as formas), segundo ano de diagnóstico e resultado da sorologia de HIV. Londrina, 2004 a Tabela 93 Número e índice de casos de Tuberculose (todas as formas), segundo ano de diagnóstico e situação de encerramento. Londrina, 2004 a Tabela 92 Número de casos de Tuberculose (todas as formas) por fonte notificadora, segundo ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Tabela 93 Número e índice de casos de Tuberculose Pulmonar, segundo ano de diagnóstico e tipo de entrada. Londrina, 2004 a Tabela 94 Número de contatos de pacientes de Tuberculose Pulmonar Bacilífera registrados, Número e índice de contatos examinados, segundo ano de 129 diagnóstico. Londrina, 2007 a Tabela 95 Número e índice de casos de Tuberculose Pulmonar e Tuberculose Pulmonar+Extrapulmonar recidiva e reingresso após abandono, segundo ano 129 de diagnóstico e cultura de escarro. Londrina, 2004 a Tabela 96 Número e índice de casos de Tuberculose Pulmonar, segundo ano de diagnóstico e situação de encerramento. Londrina, 2004 a Tabela 97 Número e índice de casos de Tuberculose Extrapulmonar, segundo ano de diagnóstico e localização. Londrina, 2004 a Prefeitura do Município de Londrina xii

14 1 APRESENTAÇÃO O Perfil Epidemiológico elaborado pela Gerência de Vigilância Epidemiológica da Diretoria de Vigilância em Saúde do município de Londrina cumpre o papel de informar e atualizar os profissionais e dirigentes sobre as informações referentes às doenças e agravos de notificação compulsória no município. A publicação do Perfil Epidemiológico sistematiza as informações coletadas no Sistema Nacional de Agravos de Notificação SINAN, oferecendo subsídio aos gestores, profissionais e técnicos de saúde pública nas ações de planejamento, promoção, prevenção e enfrentamento aos agravos de saúde da população, para o fortalecimento das Redes de Atenção em Saúde. Esta rede contempla desde Unidades de Atenção Primária em Saúde, incluindo os pontos de Atenção Secundária ambulatorial e hospitalar, envolvendo os serviços de apoio diagnóstico e até as unidades de referência terciária em alta complexidade. Ressaltamos que as informações consolidadas neste documento são oriundas do contexto de saúde dos residentes no município, nos registros procedentes dos estabelecimentos de saúde, sejam eles vinculados ou não ao Sistema Único de Saúde, o que representa a totalidade dos casos notificados. Neste contexto, temos a grata satisfação de apresentar o Perfil Epidemiológico de Saúde do Município de Londrina anos 2010 e Espera-se que esse material contribua de modo significativo para a avaliação de saúde do município e oriente os profissionais e gestores para o alcance de uma política de saúde eficiente. Sandra Regina Caldeira Melo Diretoria de Vigilância em Saúde

15 2 INTRODUÇÃO Segundo a Lei o conceito de vigilância epidemiológica é o conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. Portanto a Informação em Saúde é um instrumento estratégico e o ponto de partida para muitas ações, assumindo um importante papel, o de servir de base para diagnóstico, planejamento visando a (re)organização de serviços, sejam assistenciais, preventivos ou de cura/reabilitação. O Perfil epidemiológico de Londrina de 2010, desta forma, torna possível conhecermos as diferentes situações dos agravos de notificação compulsória, possibilitando estabelecer metas, análises estratégicas e tomada de decisões.

16 3 AIDS Atualização: Lucia Helena de Lima A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença caracterizada por uma disfunção grave do sistema imunológico do indivíduo infectado pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Sua evolução é marcada por uma considerável destruição de linfócitos T CD4+. A transmissão ocorre pela via sexual, sanguínea (parenteral, da mãe para o filho, no curso da gravidez ou durante ou após o parto) e pelo leite materno. O período de latência, compreendido entre a infecção pelo HIV e os sinais e sintomas que caracterizam a doença por ele causada - AIDS, atualmente está entre 05 e 10 anos, dependendo da via de infecção. Desde o ano de 1986 a notificação de casos de AIDS é obrigatória a médicos e outros profissionais de saúde no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde em conformidade com a lei e recomendações do Ministério da Saúde (Lei de 30/10/1975 e Portaria nº. 104 de 25 de Janeiro de 2011). A seguir apresenta-se a análise descritiva dos casos de AIDS em adultos, crianças e gestantes HIV +. O Brasil apresentou em 2010, o coeficiente de incidência de 17,9/ habitantes, indicando uma estabilização ao longo dos últimos 12 anos. A Região Sul apresentou coeficiente de incidência de 28,8/ habitantes (SAÚDE BRASIL, 2011). A razão de sexo que era de 40 homens para cada mulher com AIDS no ano de 1993, em 2010 foi de 1,7 homens para cada caso em mulheres. A AIDS em menores de 05 anos, em 2010, foram 482 casos com incidência de 3,5/ habitantes. Comparando com 1998, o número era de 947 casos com incidência de 5,9/ habitantes.

17 4 AIDS em Indivíduos com 13 anos ou mais de idade (ADULTOS) Em Londrina, o primeiro caso de AIDS em adulto foi diagnosticado no ano de Na Figura 1, observa-se a taxa de incidência de AIDS em adultos calculada com os dados obtidos no SINAN Net para o município. Observa-se que a maior incidência foi de 35,23 no ano de 2002 e a menor incidência foi de 21,32 em Estes dados sofrem constantes alterações em decorrência das notificações tardias. Tabela 1 Número de casos e taxa de incidência (por hab.) de AIDS em adultos, segundo o ano de diagnóstico. Londrina, *. Ano do Diagnóstico Nº.de Casos População (Idade 13 anos) Incidência (por habitantes) , , , , , , , , , , , , , , * ,71 ; População IBGE/DATASUS. * Dados preliminares. No município de Londrina, em análise aos dados demonstrativos dos casos novos diagnosticados (Tabela 2), observa-se que a razão de sexo (M:F) desde o início da epidemia vinha diminuindo, no ano de 2002 chegou a 1:1, mas nos anos seguintes voltou a aumentar para 2M:1F. A transmissão heterossexual passou a ser a principal via de transmissão do HIV, a qual vem apresentando maior tendência de crescimento em anos recentes, acompanhada de uma expressiva participação das mulheres na dinâmica da epidemia (BRASIL, 2010).

18 5 Tabela 2 - Número de casos de AIDS em adultos por ano de diagnóstico, segundo sexo e razão de sexo. Londrina, *. Ano do Diagnóstico Masculino Feminino Total Razão M:F , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,7 Total ,1 *Dados preliminares.

19 6 De acordo com os dados apurados (Tabela 3) verifica-se que no município de Londrina, os grupos etários que mais concentram os casos notificados são os referentes à faixa etária anos, seguidos de anos. É importante ressaltar que as referidas faixas etárias referem-se à idade do paciente no momento do diagnóstico da doença. Da mesma forma, importa considerar que a doença se manifesta em média entre 5 a 10 anos após a infecção. Tabela 3 - Número de casos de AIDS em adultos por ano de diagnóstico, segundo a faixa etária de 13 a 59 anos. Londrina, *. Ano do Diagnóstico Faixa Etária (anos) * Total *Dados preliminares.

20 7 Considerando os dados analisados na Tabela 4, observa-se que em Londrina, nos últimos 10 anos, houve um aumento importante dos casos de AIDS em indivíduos com 60 anos e do sexo masculino. Desde a identificação da AIDS na década de 1980, até os dias atuais, o perfil dos pacientes vivendo com a doença encontra-se em constante modificação. Atualmente, um dos principais desafios para os profissionais de saúde é lidar com o crescimento do número de casos nesta faixa etária. Segundo Niero (2006), o avanço tecnológico na área medicamentosa promoveu a reinvenção da virilidade, através do combate à disfunção erétil, fez com que a vida sexual do brasileiro se prolongasse. No entanto, a sexualidade das pessoas idosas, na família e na sociedade, ainda está cercada de tabus e ligada a uma maior resistência ao uso de preservativos. Neste contexto, as campanhas de prevenção precisam ser dirigidas a este público específico, a fim de desmistificar o sexo na terceira idade e promover a saúde. Tabela 4 - Número de casos de AIDS em indivíduos com 60 anos ou mais de idade por ano de diagnóstico, segundo sexo e razão de sexo (M:F). Londrina *. Ano do Diagnóstico Masculino Feminino Total Razão M:F , , , , , , , * ,5 Total ,65 *Dados preliminares.

21 8 No que se refere à categoria de exposição da AIDS no município, referentes aos dados apresentados na Tabela 5, observa-se que a principal categoria é a sexual, com significativa ampliação no número de casos nos 10 últimos. Na categoria de exposição por contato com sangue contaminado, ressaltamos a não incidência de casos nos últimos 10 anos. A exposição pelo uso de drogas injetáveis apresenta redução significativa desde Tabela 5 Número de casos de AIDS em adultos por ano de diagnóstico, segundo a categoria de exposição. Londrina, *. Ano do Diagnóstico Ignorado Sexual Drogas Sangue Transmissã o Vertical * Total Total *Dados preliminares.

22 9 Em análise aos dados referentes à evolução da doença (Tabela 6) desde o primeiro caso diagnosticado no município de Londrina em 1985, verifica-se importante redução do percentual de óbito de diagnóstico. Tabela 6 Número e índice de casos de AIDS em adultos por ano de diagnóstico, segundo a evolução. Londrina, *. Ano do Diagnóstico Vivo Morto Nº. % Nº. % , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , * 64 90,1 7 9,9 71 Total Total , , *Dados preliminares.

23 10 AIDS em Indivíduos menores de 13 anos (CRIANÇAS) A transmissão da infecção pelo HIV da mãe para o concepto, denominada transmissão vertical (TV) é decorrente da exposição da criança à infecção durante a gestação, parto, e / ou aleitamento materno / cruzado. O primeiro caso de AIDS em criança foi diagnosticado em Londrina no ano de A Tabela 7 mostra que em Londrina, após dois anos de notificação negativa, apresentou um caso de AIDS em criança em 2009 e um em Tabela 7 Número de casos de AIDS em crianças por ano de diagnóstico, segundo a faixa etária no momento do diagnóstico. Londrina, *. Ano do Diagnóstico Faixa Etária < * Total Dados preliminares. Total

24 11 Segundo a evolução dos casos registrados no SINAN, em Londrina, como é apresentado na Tabela 8, observa-se que dos 56 casos de AIDS em crianças, 34 casos estão vivos (60,7%) e 22 foram a óbito (39,1%). Tabela 8 Número de casos de AIDS em crianças por ano de diagnóstico, segundo a evolução. Londrina, *. Ano do Diagnóstico Vivo Morto Total * Total Dados preliminares. Na Tabela 9 observa-se que em Londrina a transmissão vertical é responsável por quase a totalidade dos casos de AIDS em crianças notificados desde o ano de 1989, sendo que os últimos casos a transmissão ocorreu após o parto. Segundo Bertolli J. et al (1996), 65% dos casos de Transmissão vertical do HIV ocorre no parto. As demais 35% somam as ocorrências de Transmissão Vertical intra-útero, especialmente nas últimas semanas de gestação e através da amamentação (Dunn et al, 1992), esta última, representando risco adicional de 7 a 22% na transmissão.

25 12 Tabela 9 Número de casos de AIDS em crianças por ano de diagnóstico, segundo a categoria de exposição. Londrina, *. Ano do Transmissão Heterossexual Transfusão Diagnóstico Vertical Total * Total Dados preliminares.

26 13 AIDS em Gestantes O Protocolo de Pré-Natal do município de Londrina preconiza que seja realizado obrigatoriamente o Teste de HIV no primeiro e terceiro trimestres da gestação. Neste contexto, as gestantes com resultado positivo são acompanhadas pelas equipes da Atenção Primária à Saúde e simultaneamente pelo Ambulatório do Centro de Referência Bruno Piancastelli Filho ou pelo ambulatório do HC/HU para a realização de ações profiláticas, visando prevenir a contaminação do feto e do futuro recém-nato. Importante ressaltar, ainda que realizado o teste de HIV durante o pré-natal, restando negativo, ainda há riscos de exposição ao vírus pela gestante com vida sexual ativa durante a gestação, possibilitando a ocorrência de parto neste contexto, com a contaminação do recém- nato. Por isso, o teste rápido na maternidade para diagnóstico do HIV torna-se uma ferramenta importante para prevenir e evitar a transmissão vertical, principalmente durante o parto e o aleitamento materno. Quanto à notificação dos casos de HIV em gestantes, observa-se a partir da Tabela 10 que das 76 gestantes notificadas nos últimos 6 anos, 45 (59,21%) já eram HIV positivo antes da gravidez, 28 (36,8%) receberam o diagnóstico durante o pré-natal, 2 (2,6%) receberam diagnóstico durante o parto e 1 (1,3%) o diagnóstico foi após o parto. Tabela 10 Número de casos notificados de Gestante HIV positivo por ano de notificação, segundo evidencia laboratorial do HIV positivo. Londrina, *. Ano da Durante o Pré- Durante o Após o Antes do Pré-Natal Notificação Natal Parto Parto Total * Total *Dados preliminares.

27 14 ANIMAIS PEÇONHENTOS Atualização: Rosangela Tomiko Saito Os acidentes por animais peçonhentos não constituem doença transmissível, porém têm sido abordados juntamente com as zoonoses, uma vez que se trata de agravo, a exemplo da raiva, onde ocorre agressão por um animal e o quadro clínico é consequente à ação de toxinas inoculadas pelas picadas. Os animais peçonhentos são aqueles que possuem veneno e são capazes de injetá-lo por meio de dentes ou ferrões, exemplo: serpentes, aranhas, escorpiões, lacraias, abelhas, vespas, marimbondos e arraias. Dependendo da espécie do animal, os acidentes podem até levar a morte, caso a pessoa não seja socorrida e tratada adequadamente com soro específico. As serpentes, escorpiões e aranhas são os principais agentes causadores de envenenamento. Os meses entre dezembro e fevereiro, que incluem as férias escolares, correspondem em boa parte do país, à época de maior incidência de acidentes por animais peçonhentos, devido ao aumento na atividade dos animais e à movimentação dos indivíduos em áreas rurais para lazer. O fluxo de pessoas em parques e áreas utilizadas para prática de ecoturismo aponta para um aumento no risco de contato com esse tipo de animal peçonhento. A interferência humana sobre o meio ambiente está muito provavelmente implicada no incremento dos casos de escorpionismo, araneísmo (particularmente aranhas do gênero Loxosceles). Por outro lado, em que pese o processo crescente de urbanização, não se verifica diminuição dos acidentes ofídicos, sugerindo uma possível aproximação e adaptação das serpentes às periferias das cidades, onde as precárias condições de saneamento básico propiciam a proliferação de roedores, que servem de alimento para esses animais. Paralelamente às ações de prevenção e controle dos animais peçonhentos, tem-se buscado o fortalecimento das atividades de capacitação dos profissionais de saúde no diagnóstico e tratamento, com ênfase na correta administração dos soros específicos, visando a redução da frequência de sequelas e da letalidade dos acidentes.

28 15 Em Londrina foram notificados casos de acidentes por animais peçonhentos entre 2007 e 2011, sendo 907 casos no sexo feminino e 763 no masculino (Tabela 11). Tabela 11 Número de casos de acidentes por animais peçonhentos, por sexo. Londrina, 2007 a Ano Masculino Feminino Total Total Observa-se na Tabela 12 que a faixa etária mais atingida foi entre 20 a 34 anos. Tabela 12 Número de casos de acidentes por animais peçonhentos, por faixa etária. Londrina, 2007 a Faixa Etária (anos) Ano < Total Total Em relação ao tipo de acidentes ocorridos na população residente no município de Londrina, encontrou-se 484 casos de acidente com lagarta (Tabela 13), ou seja, 28,9% do total de casos ocorridos entre 2007 a Tabela 13 Número de casos de acidentes por animais peçonhentos, por tipo de acidente. Londrina, 2007 a Ano Ignorado Branco Serpente Aranha Escorpião Lagarta Abelha Outros Total Total Na distribuição dos casos por zona de ocorrência, Tabela 14, observa-se que 1323 (79%) do total dos casos ocorreram na zona urbana.

29 Ignorado branco Cabeça Braço Ante-Braço Mão Dedo da mão Tronco Coxa Perna Pé Dedo do pé Total 16 Tabela 14 Número de casos notificados de acidentes por animais peçonhentos, por zona de ocorrência. Londrina, 2007 a Ano Ignorado Branco Urbana Rural Total Total % 3% 79% 18% 100% Quanto à análise do acidente por classificação, 79% dos casos (1322) encontram-se classificados como tipo leve (Tabela 15). Tabela 15 Número de acidentes por animais peçonhentos, por classificação do caso. Londrina, 2007 a Ano Ignorado Branco Leve Moderado Grave Total Total Visualiza-se na Tabela 16 a identificação do local do acidente, sendo que 33% dos casos ocorreram na mão ou no dedo da mão. Tabela 16 Número de acidentes por animais peçonhentos, por local do acidente. Londrina, 2007 a Ano TOTAL % 5% 8% 6% 7% 22% 11% 6% 3% 10% 14% 7% 100%

30 17 COQUELUCHE Atualização: Cláudia Prando Doença infecciosa aguda transmissível, de distribuição universal, popularmente conhecida como tosse comprida; causada pela Bordetella pertussis, cocobacilo Gram negativo, descrito por Bordet e Gengou em 1906, a Coqueluche compromete especificamente o aparelho respiratório (traquéia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. A transmissão ocorre pelo contato direto com indivíduos sintomáticos por meio de secreções do trato respiratório. Em geral, crianças maiores ou adultos são os responsáveis pela introdução da doença na família e podem manifestar o quadro clínico clássico da doença ou formas mais leves e até mesmo atípicas, levando a um tratamento tardio e às vezes incompleto. Os primeiros sintomas geralmente aparecem de 7-10 dias após a infecção e os sinais e sintomas variam com a idade, condição vacinal e tempo decorrido desde a última dose de vacina. Em lactentes pode resultar em número elevado de complicações e até a morte. Cenário Global A coqueluche é uma doença de distribuição universal, com ciclos hiperendêmicos a cada três ou quatro anos. A OMS estima a ocorrência de 50 milhões de casos e 300 mil mortes por ano ocupando o quinto lugar dentre a s causa de mortalidade por doenças imunopreveníveis em crianças menores de cinco anos (LUZ, P. et al, 2003). Segundo LUZ (2003), nos países desenvolvidos, a despeito dos altos índices de cobertura vacinal, a doença tem reaparecido em todas as idades. Algumas hipóteses apontadas para o ressurgimento da doença foram: a perda gradual da imunidade adquirida, mudanças demográficas ou adaptação da população bacteriana à imunidade induzida pela vacina, o aumento do número de portadores assintomáticos e a seleção natural de variantes resistentes à vacina, podendo ainda haver uma combinação de outros fatores como uso de novos métodos diagnósticos e melhoria dos sistemas de vigilância epidemiológica e da notificação da doença. No Brasil, a Coqueluche passou a ser notificada a partir de 1975, subsidiada somente pelos dados clínicos e epidemiológicos. A coqueluche ou pertussis foi a maior causa mortalidade infantil em todo o mundo, até a introdução de uma vacina na década de Entretanto, desde a década de 1980, a coqueluche tornou-se novamente, em muitos países, um importante problema de saúde pública. Uma brusca redução na ocorrência da coqueluche no mundo ocorreu após a introdução do uso da vacina contra esta doença. Acreditava-se que com a sistemática utilização em larga escala da

31 18 imunização anti-pertussis a incidência na população permaneceria em níveis baixos, toleráveis ou até mesmo poderia ser considerada erradicada, no entanto, o que se observa é o ressurgimento da doença em locais de alta incidência da cobertura vacinal. O calendário vacinal do Programa Nacional de Imunização (PNI), a vacina é aplicada para as crianças até seis anos de idade. As doses de acordo com o calendário é assim estabelecida, aos 2, 4 e 6 meses utilizando a vacina Tríplice bacteriana combinada à Haemophilus influenza b. Esta combinação protege o indivíduo contra a coqueluche, além da difteria e tétano, tornando o sistema passível de medidas de controle e prevenção eficazes. A reemergência da coqueluche no Brasil, portanto, é uma possibilidade que merece atenção dos serviços de vigilância e controle de doenças, já que em países desenvolvidos o aumento dos casos se deu cerca de trinta anos após o início da imunização em massa. Atualmente, o Ministério da Saúde preconiza cobertura vacinal para Tetra acima de 90% dos suscetíveis, e atribui eficácia de 75% a 80% contra a coqueluche com esquema básico completo. Entende-se que a vacinação é uma estratégia eficaz e eficiente de prevenção e controle da coqueluche, porém a imunidade não é permanente e dura em média de cinco a dez anos. A proteção é reduzida gradualmente ao longo do tempo, tendo sua eficácia reduzida para cerca de 85% após quatros anos, chegando a cerca de 50% nos três anos seguintes, sendo ainda mais reduzida após 10 anos (LIPHAUS et al, 2008). Nos locais onde as coberturas vacinais são elevadas, a doença afeta principalmente adolescentes, adultos jovens, e lactentes não vacinados ou com esquema vacinal incompleto. Acredita-se que o principal motivo para a permanência da circulação da bactéria se deva à redução dos títulos de anticorpos protetores contra coqueluche cinco a dez anos após a infecção natural ou mesmo da última dose da vacina e conseqüentemente a geração das principais fontes e infecção para os bebes. Coeficientes de incidência precisos são difíceis de apurar devido às subnotificações e subdiagnósticos, principalmente em crianças maiores e adultos cuja apresentação da doença pode ser atípica. Em 2001, foi atingido índice de cobertura vacinal de 97%, porém com valores heterogêneos entre os Estados brasileiros (PEREIRA, 2010). O Estado do Paraná estabeleceu, em 2005, os municípios de Curitiba e Londrina como unidades sentinelas para Coqueluche. O evento sentinela para a Coqueluche compreende proceder à notificação e investigação epidemiológica de todo caso suspeito e seus comunicantes sintomáticos, bem como utilizar métodos laboratoriais padronizados pelo Laboratório Central do Paraná - LACEN, para isolamento do bacilo buscando confirmação dos casos e comunicantes, a fim de contribuir no monitoramento e vigilância desse agravo. Diagnóstico Laboratorial de Coqueluche no Brasil Conforme informações do Boletim Informativo de Coqueluche no Brasil no ano de 2010, no período de janeiro a dezembro de 2010, foram enviadas para os laboratórios de diagnóstico de

32 19 coqueluche do Brasil, 621 amostras suspeitas de Bordetella pertussis, sendo 53,07% (328) das amostras suspeitas analisadas no Estado de São Paulo, seguido pelo Estado da Bahia com 13,92% (86) e Alagoas com 12,78% (79). Dessas amostras o laboratório identificou 43 amostras de Bordetella pertussis, sendo 15 destes (34,8%) na Região Sul. O Estado de São Paulo foi a Unidade Federada que apresentou o maior número de amostras positivas para coqueluche (16, o equivalente a 37,2%), seguido por Santa Catarina e Bahia, ambos com 14% (6) do total de amostras processadas. No Brasil em 2011, até a semana epidemiológica 32, foram notificados 1975 casos de Coqueluche com confirmação de 583 em números absolutos o estado com maior. Em São Paulo, a tendência foi observada a partir de novembro de 2010 e posterior queda nos meses de março abril de Em Curitiba a avaliação dos casos notificados de 2004 a 2011 aponta um aumento significativo no número de casos a partir de novembro de 2011 com 2 óbitos neste ano. Dos 37 casos confirmados em 2011, 24 tem confirmação laboratorial. Coqueluche em Londrina No município de Londrina, conforme tabela 1, na última década, a Coqueluche mantevese com casos confirmados, com exceção dos anos de 2001, 2007 e 2009 nos quais foram notificados e investigados casos suspeitos, porém todos eles foram descartados por critérios clínicos ou laboratoriais. Em 2010 essa tendência foi mantida. A coqueluche ou pertussis foi a maior causa de morbidade e mortalidade infantil em todo mundo, porém, desde a década de 1980, a coqueluche tornou-se, em muitos países um importante problema de saúde publica. A Tabela 17 também mostra um aumento significativo de casos de coqueluche a partir do ano de Acredita-se que este aumento pode estar relacionado ao fato de que o serviço de vigilância epidemiológica tornou-se mais sensível para o pensar na doença, visto o comportamento epidemiológico desse agravo em outros serviços.

33 20 Tabela 17- Número de casos de coqueluche confirmados e coeficiente de incidência (por hab). Londrina, 1999 a Ano Nº DE CASOS CONFIRMADOS Coeficiente de Incidência , , , , , , , , , , , ,00 2,57 Em 2010, foram notificados e investigados 25 casos suspeitos, sendo que desses 2 eram comunicantes, porém, todos os casos foram descartados por critério clínico epidemiológico e ou pelo critério laboratorial. Estes dados observados no município não diferem do panorama epidemiológico nacional conforme apresentado no Guia de Vigilância Epidemiológica, (BRASIL, 2009). Em 2011 foram notificados 86 casos entre comunicantes e pacientes e foram confirmados 13 casos (11,1%), sendo que 71 (61,9%) casos foram descartados, conforme Tabela 18. Define-se como comunicante qualquer pessoa exposta a um caso de coqueluche, entre início do período catarral até 3 semanas após o início do período paroxístico da doença.

34 21 Tabela 18 Número de casos suspeitos de coqueluche segundo idade e doses recebidas de vacina antipertussis. Londrina, Class. Final Ign UMA DUAS TRES TRES + TRES + 2 NUNCA Total Branco REFORÇO REFORÇOS VACINADO Ign/Branco Confirmado Descartado Total Durante o ano de 2010 as suspeitas foram realizadas em maior número nos meses de abril e junho, sendo 4 (quatro) casos cada, seguidas pelo mês de agosto e setembro, sendo 3 (três) casos em cada mês. No ano de 2011, seguindo a tendência mundial e nacional, na cidade de Londrina foram notificados 86 casos suspeitos da doença, sendo 75 casos de moradores do município, conforme mostra a Tabela 1. A maioria dos casos aconteceu em menores de 12 meses de idade, porém há casos de pacientes com idade superior a 50 anos. Este perfil representa uma susceptibilidade geral, ou seja, mostra que a imunidade tanto pela doença como pela vacinação, apesar de ser duradoura, não é permanente, durando alguns anos. A maioria dos casos suspeitos (55 casos) apresentou-se em crianças menores de 6 meses, representando 63% dos casos, uma vez que essas crianças não possuem esquema de vacinação completo. Quanto à distribuição de casos por território, verifica-se que as regiões sul e oeste do município concentrou o maior número de casos no ano de 2010, representando 31% destes e em 2011, houve concentração de casos nas regiões oeste e norte, 66,6% do total de casos. (Tabela 19). Tabela 19- Número de casos suspeitos de coqueluche por Unidade de Saúde e região dos moradores de Londrina. Londrina, 2010 e Região/U.S. Nº DE CASOS Sul 7 6 Centro 2 9 Leste 3 9 Oeste 7 30 Norte 4 20 Rural 0 1 Total 23 75

35 22 DENGUE Atualização: Cristina Maria Kiyota Principal problema de saúde pública atual, a Dengue é uma doença viral aguda que pode ter curso benigno ou grave, dependendo da forma como se apresenta, qual seja: infecção inaparente; Dengue Clássico (DC); Febre Hemorrágica da Dengue (FHD); Síndrome do Choque do Dengue (SCD); ou, Dengue Com Complicação (DCC). Sua ocorrência e disseminação são comuns em países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do mosquito vetor Aedes aegypti. A primeira epidemia, confirmada laboratorialmente, ocorrida no Brasil foi entre os anos de 1981 e 1982, em Boa Vista/RR, causada pelos vírus tipo 1 e tipo 4. Em 1996, ocorreram epidemias que atingiram o Rio de Janeiro e o Nordeste. Desde então, o Brasil vem apresentando casos da doença de forma continuada, intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas à introdução de novo sorotipo viral. Salienta-se que os picos epidêmicos tem sido cada vez maiores, em períodos que se repetem a cada 3 5 anos, quase de maneira regular (BRASIL, 2009). No Paraná, os primeiros registros de casos de Dengue ocorreram no ano de Desde então, o Estado vem apresentando regularmente casos da doença, seguindo o padrão nacional. Salientese que, no Estado do Paraná atualmente 70% dos municípios apresentam infestação do vetor e, por conseqüência, casos da doença. Em Londrina, os 2 primeiros casos da doença foram registrados em 1994 (ambos os casos importados da Bahia). Em 1996, foi registrada uma importante elevação do número de casos da doença (401 casos). Em 2003, registrou-se a primeira grande epidemia na cidade. Desde então, regularmente o município vem registrando casos da doença. A Tabela 20 apresenta o número de casos e incidência registrados no Brasil, Paraná e Londrina, no período de 2001 a 2011.

36 23 Tabela 20- Número de casos e incidência de dengue por localidade, 2001 a Ano Brasil Paraná Londrina Nº de Casos Incidência Nº de Casos Incidência Nº de Casos Incidência , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , * *454,27 * *312, , * * * *270, ,79 Fonte: DATASUS. * Dados preliminares. Analisando a incidência de casos de dengue no município de Londrina, a Tabela 20 mostra que o município não segue o padrão nacional de ocorrência de casos de Dengue, com oscilações na incidência dos casos. O mesmo fenômeno ocorre na análise da representatividade dos índices do município de Londrina em relação ao Estado do Paraná. Em 2003, Londrina representou 75% dos casos da doença do Estado. Nos anos de 2006 e 2007, representou apenas 7% e 3%, respectivamente. Em 2008, houve nova elevação de sua participação percentual (15,4%) e nos anos, 2009 e 2010, há registros de queda novamente, sendo 11,06% e 6,2%, respectivamente. No ano de 2011 registra-se nova ascensão, 25,6% dos casos de dengue do Paraná. Em relação ao sorotipo viral circulante, o município tem encontrado dificuldade no índice de positividade, além de coletar poucas amostras para a identificação do sorotipo. Apesar disto, em 2009 foi identificada a circulação do DENV 2; em 2006 e 2007, foi identificada a circulação do DENV 3. Entre os anos de 2005 e 2008 não foram identificados os sorotipos circulantes. Este padrão de circulação viral reflete o panorama nacional, visto que a partir de 2004 há circulação simultânea dos sorotipos do tipo DENV 1, DENV 2 e DENV 3, com predominância do DENV 3. Nos anos de 2010 e 2011 foi identificada a circulação viral de DENV 2 e DENV 1. No Brasil em 2010, além da circulação de dengue tipo 1, 2 e 3, houve o ressurgimento do vírus tipo 4, no Amazonas, Pará, Bahia,Piauí, Rio de Janeiro, e Roraima. Já em 2011 foram identificados vírus de dengue tipo 4 em São Paulo e no Paraná (1 caso). Esse tipo de vírus não era registrado no Brasil há 28 anos, mas voltou a circular em agosto de 2010, o que mostra-se como alerta para todos, uma vez

37 24 considerada suscetível pessoas abaixo de 30 anos, em especial crianças e jovens, que não têm imunidade contra esse vírus e representam boa parte da população brasileira. No Brasil, a substituição do DENV 3 pelo DENV 2, levou à predominância dos casos da doença em adultos jovens, com aumento significativo dos casos graves e hospitalizações de crianças. Em Londrina, no ano de 2010, com a circulação viral DENV 1 e DENV2 houve um aumento de formas graves da doença, com 02 óbitos (01 FHD e 01 DCC). Em 2011 houve epidemia de dengue, onde foi adotado o Critério Clínico Epidemiológico, para a conclusão dos casos de pacientes que não coletaram sorologias no período de março a maio de 2011,devido o coeficiente de incidência maior que 300 casos/ habitantes. Houve diminuição de formas graves, devido mudança de critério pelo Ministério da Saúde nos casos de dengue com complicações), onde a plaquetopenia passou de a ser inferior a /mm³, com 04 óbitos sendo 02 casos de FHD e 02 casos de DCC.,aumentando a letalidade no município, conforme tabela 21 e 22. Tabela 21 - Número e percentual de casos de dengue clássico (DC), febre hemorrágica da dengue (FHD) e dengue com complicações (DCC), por ano. Londrina, TOTAL Ano DC FHD DCC Nº % Nº % Nº % ,07 1 0,96 1 0, , , , , , , Tabela 22- Número de casos graves de dengue (FHD e DCC), óbitos e letalidade. Londrina, Ano FHD DCC OBITOS LETALIDADE , ,51

38 25 A tabela 23 mostra a distribuição dos casos de dengue, segundo o mês de ocorrência, onde verifica- se a maior ocorrência no primeiro semestre dos anos. Tabela 23- Número de casos confirmados de dengue, segundo mês de ocorrência. Londrina, 2006 a 2011 MÊS ANO TOTAL jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TOTAL Na Tabela 24 temos o número de casos e incidência de Dengue em Londrina, por faixa etária. Sendo que nos anos de 2010 e 2011 a maior incidência foi na faixa etária de 10 a 19 anos. Tabela 24- Número e incidência de casos confirmados de dengue, por faixa etária. Londrina, 2010 e Faixa Etária nº Incidência nº Incidência <1 anos , , anos , , anos , , anos , , anos , , anos , ,19 > 65 anos , ,78 TOTAL , ,79 Com relação à distribuição espacial dentro do município, a Tabela 25 mostra que em análise dos casos dos últimos 7 anos, há predominância da região leste, representando 33% do total. Observa-se que a Zona Rural, com suas características próprias em relação às demais, é normalmente a região menos afetada do município.

39 26 Verifica-se que, anualmente, a Dengue é mais detectada em determinada região. Em 2005, a região oeste representou 40% dos casos positivos no município, índice que diminuiu e estabilizou-se nos anos seguintes. A Região Leste, por sua vez, não teve casos registrados em 2005, mas em 2007 chegou a 36% do total de casos, diminuindo sua participação nos anos de 2008 a Em 2010, 42% dos casos foram registrados na Região Centro e 34% na Região Leste. Em 2011, 33% dos casos foram da Região Leste, seguida de 19% na região norte e 17% na Região Oeste. Tabela 25- Casos de Dengue positivos, por regiões geográficas, do Município de Londrina a Região Centro Norte Sul Leste Oeste Rural Ano Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % % 2 20% 2 20% 0 0% 4 40% 0 0% % 19 24% 17 21% 7 9% 17 21% 3 4% % % % % % 11 1% % 35 22% 36 23% 29 19% 24 15% 6 4% % 21 20% 30 29% 12 12% 23 22% 5 5% 104 TOTAL % 158 8% 174 4% % % 16 1% % % % % % 54 1% 7412 Total % % % % % 95 1% Outro dado importante para a análise do comportamento da Dengue é o Índice de Infestação Predial. Desde 2007, o município adotou o Levantamento de Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa), cujos dados são apresentados na Tabela 26. Tabela 26- Índice de Infestação Predial, obtido pelo LIRAa. Londrina, 2007 a º 2º 3º 4º ,1 0,2 0,1 0, ,3 0,9 0,4 0, ,7 1,4 0,4 1, ,5 1,2 0,4 0, ,9 0,3 0,7 Fonte: GVISA/DVS/AMS/PML Se comparados os dados das Tabelas 20 e 25 observa-se que em 2007, apesar do grande número de casos registrados de Dengue, o Índice de Infestação Predial foi o mais baixo nos três anos desde a adoção do LIRAa. Observa-se, ainda, que mesmo quando o Índice de Infestação Predial esteve abaixo ou muito próximo do recomendado, ainda assim houve circulação viral, ou seja, casos positivos da

40 27 doença. Em 2010, no primeiro LIRAa que foi de 4,5 considerado alto, com risco de epidemia, houve aumento de casos. Em 2011, não foi realizado o primeiro LIRAa, devido à situação de epidemia que o município se encontrava. Trazido pelo LIRAa, um dado importante e que auxilia no desenvolvimento das ações de controle do vetor é o Índice de Tipo de Recipiente (ITR), que é apresentado na Tabela 27. Nota-se a manutenção de índices elevados dos depósitos do tipo B. Entretanto, são depósitos fixos, geralmente pequenos, com potencial gerador também pequeno, mas, em função da característica de serem fixos, possibilitam a perpetuação de focos dentro do domicílio. Outro tipo de depósito predominante pertence ao grupo D2, que tem a característica de ser renovável e inevitável, no entanto, mesmo com boa coleta de resíduos no município, está associado ao padrão cultural e econômico, o que dificulta a sua eliminação e representa um importante fator de geração de novos vetores. No entanto, mesmo com educação ambiental, e várias atividades desenvolvidas, não há mudanças no perfil dos depósitos em 2010 e 2011.

41 Tabela 27 Índice de tipo de depósito, obtido pelo LIRAa. Londrina, 2007 a A1 A2 B C D1 D2 E LIRAa 1º ,1 2º 0 9,5 33, ,1 0 0,2 3º 0 18,2 45, ,4 0 0,1 4º 2,6 12,5 23,6 7,8 5, ,5 1º 1,7 11,7 32,5 10,8 7,5 33,3 2,5 1,3 2º 0 7,9 18,4 2,6 10,5 59,2 1,3 0,9 3º 6,5 12,9 38,7 3,2 12,9 22,6 3,6 0,4 4º 0 26,1 47,8 4,3 80, ,3 1º 8,1 16,1 38,7 8,1 30,2 25,8 0 0,7 2º 2,5 12,3 18,9 13,1 70,4 43,4 2,5 1,4 3º 2,6 5,1 33,3 7,7 16,3 4,1 0 0,4 4º 0,9 16,5 23,5 8,7 10,4 36,5 3,5 1,3 1º 0,4 7,9 23,1 4,8 9,9 52,1 1,8 5,5 2º 0, ,7 4,9 9,8 50,8 0,8 1,4 3º 0 5, ,8 32,4 2,9 0,4 4º 2, ,5 0,5 1º º ,3 4,9 7,3 43,9 3,7 1 3º 0 7,7 30,8 19,2 11,5 26,9 3,8 0,3 4º 1,6 4,8 23,8 12,7 12,7 44,4 0 0,7 Fonte: DVS/AMS/PML Classificação de depósitos para o Índice de Tipo de Depósito: a) A1: Caixa d água elevada ligada à rede; b) A2: Depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico (tonel, tambor, barril, etc); c) B: Vasos de flor, material de construção, recipiente de degelo de refrigerador, pequenas plantas ornamentais; d) C: Piscinas, lajes, calhas, tanques em obras e borracharias, floreiras em cemitérios; e) D1: Pneus e outros materiais rodantes; f) D2: Lixo (recipientes plásticos, latas, sucatas em pátios e entulhos); g) E: Ocos de árvore e plantas.

42 29 DIFTERIA Atualização: Cláudia Prando Doença transmissível aguda, toxi-infecciosa, causada por bacilo toxigênico que frequentemente se aloja nas amígdalas, na faringe, na laringe, no nariz e, ocasionalmente, em outras mucosas e na pele. A difteria é uma doença toxiinfecciosa, imunoprevenível, de transmissão respiratória e de notificação compulsória, conforme a Portaria nº 2.472, de 31 de Agosto de A transmissão ocorre pelo contato direto de indivíduos suscetíveis com os doentes ou os portadores assintomáticos respiratórios ou cutâneos. O período de incubação em média é de seis dias, e o período de transmissibilidade em média é de quinze dias após o inicio dos sintomas da doença. O portador assintomático, principal reservatório do bacilo da difteria, é um dos principais responsáveis pela disseminação do patógeno na comunidade por um período de seis ou mais meses. A letalidade causada pela difteria diminui marcadamente com o diagnóstico precoce, intervenção terapêutica e mudanças na imunidade populacional. Devido ao curto período de incubação e à alta transmissibilidade, a investigação dos casos e comunicantes deverá ter início imediatamente após a notificação do caso suspeito de difteria. A investigação epidemiológica visa, além da aplicação das medidas de controle, a eventual descoberta de casos entre os comunicantes. O agente etiológico clássico da difteria é a espécie Corynebacterium diphtheriae, bacilo gram-positivo potencialmente produtor da toxina diftérica, classificado em quatro biotipos com base em características fenotípicas: gravis, intermedius, mitis e belfanti. O patógeno pode se alojar nas amígdalas, faringe, laringe, fossas nasais e, ocasionalmente, em outras mucosas e na pele. O bacilo diftérico multiplica-se na porta de entrada e produz a toxina com tropismo para o miocárdio, sistema nervoso central, rins e supra-renais. Considera-se caso suspeito toda pessoa que, independente da idade e estado vacinal, apresente quadro agudo de infecção de orofaringe com presença de placas aderentes (pseudomembranosas) ocupando as amígdalas, com ou sem invasão de outras áreas da faringe (palato e úvula) ou outras localizações (ocular, nasal, vaginal, pele, etc.), com comprometimento do estado geral e febre moderada, de acordo com o Guia de Vigilância Epidemiológica. Entretanto, tem sido observadas mudanças no perfil clínicoepidemiológico da doença, tais como ausência de pseudomembrana e desvio de faixa etária. Quadro atípico de infecção causado pelo bacilo da difteria, relacionado inclusive com cepas não produtoras de toxina, tem sido cada vez mais freqüentes, incluindo endocardites, bacteremias, pneumonias e osteomielites, responsáveis por elevados índices de mortalidade. Mesmo com a confirmação da doença pelo diagnóstico clínico, a investigação laboratorial é fundamental. Os dados obtidos no laboratório, com o isolamento e a caracterização do agente

43 etiológico, fornecem o conhecimento da freqüência de cepas toxigênicas e caracterização fenotípica e genotípica do C.diphtheriae, que auxiliarão eficazmente as medidas tomadas pela vigilância epidemiológica. Apesar do progresso na imunização, dos avanços no diagnóstico e tratamento das doenças infecto-contagiosas e da melhoria das condições sanitárias, a difteria ainda hoje representa um grave problema de saúde pública em todo o mundo. Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mesmo na Era da Vacinação, permanecem ocorrendo surtos de difteria em países industrializados e em desenvolvimento, além da difteria continuar endêmica em diversas partes do mundo. No Brasil, o número de casos de difteria vem decrescendo progressivamente. No ano 1997, registrou-se 140 casos de difteria, e nos anos de 2006 e 2007 foram apenas 11 e 05 casos, respectivamente, apresentando diminuição significativa dos casos no país (DATASUS, 2007). No Paraná os três últimos casos ocorreram no ano de 2005, tendo um óbito com coeficiente de letalidade de 33,33%. Em Londrina, conforme a Tabela 28, em 2011 apresentou um caso, obtendo coeficiente de incidência de 0,19/ hab. Tabela 28 Número de casos confirmados de Difteria em Londrina, no Paraná e no Brasil. Série histórica de 1997 a Ano Londrina Paraná Brasil

44 casos no Paraná. Na Figura 1 observa-se que o município de Londrina seguiu o mesmo padrão de 5 4,5 4 3, ,5 2 Paraná Londrina 1, , Figura 1- Número de casos de difteria em Londrina e no Paraná, por ano, 1997 a 2011.

45 32 DOENÇA DE CHAGAS Atualização: Rosangela Tomiko Saito A Doença de chagas é uma doença infecciosa, de curso clínico crônico, que se caracteriza por uma fase inicial aguda, com sinais ou sintomas quase sempre inespecíficos, quando presentes. O agente etiológico da Doença de Chagas é o protozoário flagelado Trypanosoma cruzi. A transmissão da doença ocorre pelo contato com as fezes do inseto. Os vetores - triatomíneos hematófagos podem viver em meio silvestre, o peridomicílio ou intradomicílio e são conhecidos como barbeiros ou chupões. A transmissão pode ocorrer nas seguintes formas: forma vetorial - pela passagem do protozoário nas excretas dos triatomíneos através da pele lesada ou de mucosas do ser humano, durante ou logo após o repasto sanguíneo; forma transfusional por meio de hemoderivados ou transplante de órgãos contaminados; forma vertical - durante a gestação ou no parto; forma oral - através da ingestão de alimentos contaminados, ou; forma acidental - contato com material contaminado com pele lesada ou com mucosas. A doença pode ser observada em duas fases clínicas: aguda e crônica. A fase aguda é caracterizada por miocardite difusa, com vários graus de severidade, às vezes só identificada por eletrocardiograma ou ecocardiograma. Pode ocorrer pericardite, derrame pericárdico, tamponamento cardíaco, cardiomegalia, insuficiência cardíaca congestiva, derrame pleural e outras manifestações. A meningoencefalite chagásica, que é rara, tende a ser letal, e ocorre geralmente em casos de reativação (imunodeprimidos) ou em lactentes. Há relatos em surtos de transmissão por via oral que demonstraram a ocorrência de icterícia, lesões em mucosa gástrica, alterações nas provas de coagulação e plaquetopenia. Esta fase pode ou não ser identificada, podendo evoluir para uma fase crônica, caso não seja tratada com medicação específica. A fase crônica pode apresentar-se de diversas formas: forma cardíaca, digestiva, mista, congênita, indeterminada ou outras formas. Também na fase crônica pode ocorrer o comprometimento cardíaco (cardiopatia chagásica) ou digestivo (megaesôfago e megacólon). No Brasil, devido à transmissão vetorial domiciliar ocorrida no passado e hoje interrompida, predominam os casos crônicos. Estima-se que existam entre dois e três milhões de indivíduos infectados. No entanto, nos últimos anos, a ocorrência de doença de Chagas aguda tem sido observada em diferentes estados, em especial na região da Amazônia Legal, principalmente, em decorrência da transmissão oral. (Portal da Saúde, acessado em 07/08/2012). A notificação da Doença de Chagas é necessária somente para os casos de forma aguda, os casos de reativação ou crônicos não são notificados.

46 33 A alteração do quadro epidemiológico da doença de Chagas no Brasil promoveu a mudança nas ações e estratégias de vigilância, prevenção e controle, por meio da adoção de um novo modelo de vigilância epidemiológica, de acordo com os padrões de transmissão da área geográfica: I. Regiões originalmente de risco para a transmissão vetorial (AL, BA, CE, DF, GO, MA, MG, MS, MT, PB, PE, PI, PR, RN, RS, SE, SP, TO): vigilância epidemiológica visa detectar a presença e prevenir a formação de colônias domiciliares do vetor; II. Amazônia Legal (AC, AM, AP, RO, RR, PA, parte do TO, MA e do MT): vigilância centrada na detecção precoce de casos agudos e surtos e apoiada na Vigilância Epidemiológica da Malária, através da capacitação de microscopistas para identificação de Tripanossoma Cruzi nas lâminas para diagnóstico da malária. No município de Londrina, a Coordenação de Controle de Endemias CCE realiza sistematicamente a vigilância entomológica através do controle de triatomíneos na região rural, com a detecção da presença do triatomíneo e aplicação de inseticidas, prevenindo desta forma, a formação de colônias domiciliares do vetor. Observa-se que no ano de 2010 foram investigadas 2166 casas e encontrados triatomíneos em 03 destas, sendo que nenhum deles encontrava-se contaminado (Tabela 29 e Figura 2). Tabela 29 Número de Investigação Entomológica e identificação de triatomíneos, em Distritos Rurais de Londrina, Casas Trabalhadas Local com Triatomídeo Distrito Triatomídeo Contaminado Guaravera Irerê Regina Warta Total

47 34 Figura 2 Número de Investigação Entomológica e identificação de triatomíneos, em Distritos Rurais de Londrina, (Tabela 30). No ano de 2011 foram investigadas 1381 casas e não foram encontrados triatomíneos. Tabela 30 Número de Investigação Entomológica e identificação de triatomíneos, em alguns Distritos Rurais de Londrina, Distrito Casas Trabalhadas Local com Triatomídeo Triatomídeo Contaminado Guaravera Warta Lerroville Total

48 35 DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS DANTS Violência Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências. Atualização: Cláudia Prando No Brasil e no mundo, o impacto da morbimortalidade por causa externa (violências e acidentes) constitui uma das maiores preocupações para chefes de Estado e dirigentes do setor saúde. (BRASIL, 2011) O incremento da mortalidade por violências e acidentes assim como do numero de internações se de seqüelas devido principalmente a homicídios, acidentes de transporte terrestre e quedas tem contribuído significativamente para a redução da expectativa de vida de adolescentes e jovens tornando-se um grave problema de saúde pública. O Ministério da Saúde reconhecendo que as violências e os acidentes exercem grande peso social e econômico, principalmente pelo SUS, e que as intervenções pautadas na vigilância e prevenção e promoção são fundamentais para o enfretamento desse problema, assumiu então a responsabilidade de implantar em 2011 a Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências. O sentido de confrontar o impacto provocado por esse flagelo o MS ao longo dos anos mobilizou diferentes setores internos, articulou-se a outros setores nas esferas federal, estadual e municipal, bem como organizações não governamentais e setor privado para implementar uma série de medidas. Sua importância é relevante sob dois aspectos; primeiro, devido ao sofrimento indescritível que imputa às suas vítimas, muitas vezes silenciosas e, segundo, porque, comprovadamente, a violência doméstica, incluindo aí a Negligência Precoce e o Abuso Sexual, podem impedir um bom desenvolvimento físico, mental e emocional da vítima. Segundo o Ministério da Saúde, as agressões constituem a principal causa de morte de jovens entre 5 e 19 anos. A maior parte dessas agressões provém do ambiente doméstico. Dados da Sociedade Internacional de Prevenção ao Abuso e Negligência na Infância (Sipani), estimam que, diariamente, 18 mil crianças e adolescentes sejam espancados no Brasil. Os acidentes e as violências domésticas provocam 64,4% das mortes de crianças e adolescentes no País, segundo dados de A pesquisadora Cecília Minayo (2006) afirma que a violência não é em si uma questão de Saúde Pública, uma vez que se trata de um fenômeno sócio-histórico, e nem mesmo é considerado um problema tipicamente médico, mas afeta fortemente a saúde, uma vez que impacta em mortes, lesões e traumas físicos e um sem número de agravos mentais, emocionais e espirituais; provocam a perda da qualidade de vida da população e; exigem uma readequação da organização tradicional dos serviços de

49 36 saúde, evidenciando desta forma uma atuação muito mais específica, interdisciplinar, multiprofissional intersetorial e engajada do setor, visando às necessidades dos cidadãos. A partir dessas questões, a temática das violências e dos acidentes entrou na agenda do setor Saúde como um grave problema de Saúde Pública no Brasil e no mundo. Em 2002, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que em todo o mundo, a violência vem se afirmando como um dos mais graves problemas sociais e de Saúde Pública. No Brasil e no mundo as violências representam um grave problema de saúde pública com alto impacto sobre a morbimortalidade da população, o que repercute nos altos custos sociais, econômicos, familiares e pessoais. O Mapa da Violência no Brasil, publicado em 2012 pelo Instituto Sangari mostra Londrina como a 48ª cidade mais violenta do Paraná e a 550ª do Brasil, no ano de De acordo com este estudo, Londrina vem registrando queda gradativa no número de assassinatos desde A violência doméstica é apresentada como a 3ª causa de morte na população em geral no Brasil e a 1ª causa de morte em pessoas com idade entre 1 e 39 anos, no ano de 2009; Alguns dos marcos referenciais acerca da violência e o sistema público de saúde são as portarias ministeriais. Entre elas citamos a Portaria MS nº 1.968/2001, que estabelece a notificação compulsória das violências contra crianças e adolescentes; a Portaria MS nº 777/2004, trata da notificação compulsória de agravos à Saúde do Trabalhador, entre eles a violência; a Portaria MS nº 2.406/2004, que versa sobre a notificação compulsória da violência contra a mulher; e a Portaria MS nº 104/2011 que institui a notificação compulsória da violência doméstica, sexual e/ou outras violências nos serviços de saúde. Cabe ressaltar que não são notificáveis os casos de violência extra familiar cujas vítimas são adultas (20 a 59 anos) e do sexo masculino, uma vez que essas vítimas são monitoradas por outras fontes de notificação. A notificação dos casos de violência é extremamente importante uma vez que possibilita o conhecimento da magnitude deste fenômeno, possibilita a descrição do perfil das vítimas e do provável agressor, bem como promove a articulação e estruturação de uma rede de atenção integral à vítima de violência, com o objetivo de promoção e prevenção do agravo. Neste contexto, são objetos de notificação as violências domésticas, as violências sexuais, as violências auto provocadas, o tráfico de pessoas, a intervenção por agente legal público, a violência financeira e a negligência. Em Londrina a partir de 2010 já eram realizadas as notificações porém, somente em 2011 com a Portaria MS 104/2011, tornou-se obrigatória a notificação para todos os serviço de saúde, é que as notificações começaram. No ano de 2011, foram notificados 241 casos de Violência Doméstica, Sexual e/ou outras Violências, inseridas no SINAN, no município de Londrina. Quanto à idade das vítimas de violência,

50 37 observamos que 113 das pessoas que sofreram essa mazela tinham entre 20 e 39 anos, sendo 110 do sexo feminino (Figura 3). Figura 3- Número de casos de violência notificados, por sexo, segundo faixa etária. Londrina, Fonte: SINAN Net/DATASUS/MS Do total de casos notificados de violência ocorridos em Londrina, durante o ano observado, constatamos que 17,4% tratou-se de violência sexual (42 casos), dos quais 76% ficou confirmado o estupro (Figura 4). Lembramos aqui que dentre os casos de violência sexual, podem estar presentes, além do estupro, casos de assédio sexual, atentado violento ao pudor, pornografia infantil, exploração sexual e outros, e que o estupro propriamente dito pode ocorrer, independentemente da orientação sexual ou do sexo da vítima. Do total de vítimas que sofreu violência sexual em Londrina em 2011, 94,2% foi do sexo feminino.

51 38 Figura 4- Número de casos de violência notificados, segundo ocorrência de violência sexual. Londrina, 2011 Fonte: SINAN Net/DATASUS/MS Observa-se na Figura 5 que 162 casos (67,2%) sofreram violência física. Figura 5- Número de casos de violência notificados, segundo ocorrência de violência física. Londrina, 2011 Fonte: SINAN Net/DATASUS/MS Em relação a Figura 6 observa-se que 155 casos (64,3%) sofreram violência psicológica/moral.

52 39 Figura 6- Número de casos de violência notificados, segundo ocorrência de violência psicológica/moral. Londrina, 2011 Fonte: SINAN Net/DATASUS/MS Na Figura 7 observa-se que 133 casos (55,1%) sofreram ameaça. Figura 7- Número de casos de violência notificados, segundo ocorrência de ameaça. Londrina, 2011 Fonte: SINAN Net/DATASUS/MS Na Figura 8 observa-se que em todas as faixas etárias o local da agressão é residência, ficando em segundo lugar a via pública, para as faixas etárias de 10 a 39 anos.

53 40 Figura 8 Número de casos de Investigação de Violência Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências, por faixa etária, segundo local de ocorrência. Londrina, Na tentativa de compreendermos como se dá a distribuição espacial dos casos de Violência Doméstica, geocodificamos a residência da vítima, nos 241 casos de agressão notificados em 2011, com a base cartográfica de Logradouros da cidade de Londrina. Não encontramos grandes concentrações, nem tampouco relação com as ocupações irregulares (favelas e assentamentos), representadas na Figura 9 através de polígonos rosa. Porém, nos chamou a atenção ao aplicarmos a incidência dos casos para cada grupo de habitantes: observamos que a incidência total do município ficou em 47,56/ hab., sendo que na zona urbana, a incidência é de 46,02/ hab. e na zona rural verificamos um grande incremento de notificações para o ano observado, ou seja, 104,28/ habitantes. Chamamos a atenção para essa disparidade entre as notificações nas zonas rural e urbana e ainda consideramos que a notificação na zona rural deva ser menor se considerarmos a quantidade de ocorrências subnotificadas, devido às dificuldades de deslocamento, falta de instruções de como fazê-lo e pela própria questão cultural das populações que residem no espaço rural.

54 41 Figura 9 Localização geográfica dos casos de Violência Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências, ocorridos no espaço urbano de Londrina Fonte: Geoprocessamento/CSIE/DVS/AMS/PML

55 42 ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA Atualização: Rosangela Tomiko Saito Endemia causada pelo parasita Schistosoma mansoni, que requer caramujos do gênero Biomphalaria encontrados em água doce, parada ou com pouca correnteza, como hospedeiros intermediários para completar o ciclo de desenvolvimento, cujo homem é o principal reservatório. É uma doença de evolução crônica, de gravidade variada, no homem habita os vasos sanguíneos do fígado e intestino e a sintomatologia depende da localização do parasita. Entre as parasitoses que afetam o homem, a esquistossomose é uma das mais difundidas no mundo. A esquistossomose é de notificação obrigatória. Trata-se de uma doença de ocorrência tropical, que fundamentalmente resulta da ausência ou precariedade de saneamento básico. No Paraná a transmissão é focal não atingindo grandes áreas. Alguns fatores pré-patogênicos são contribuintes para a difusão e manutenção dessa doença como hábitos culturais, comportamento e valores pessoais. Como exemplo, tem-se: contato freqüente com água contaminada através do trabalho, lazer, obtenção de água para consumo; desuso de aparelhos sanitários ou a inexistência de esgoto, fossas; a pobreza; inexistência de água encanada e a presença do caramujo em coleções hídricas. Eliminação da esquistossomose é o novo desafio da OMS. A decisão contempla o desenvolvimento de ações para a eliminação da esquistossomose, doença transmissível que atinge 200 milhões de pessoas no mundo. Além disso, envolve a implementação de ações de saúde como prevenção, controle e acesso a medicamentos em articulação com outros setores, de forma a abranger, por exemplo, saneamento básico, e conscientização e educação das populações. No Brasil, as estratégias de vigilância e controle da esquistossomose buscam reduzir a ocorrência de formas graves e óbitos e da prevalência da infecção e indicar medidas para reduzir o risco de expansão da doença. O Ministério da Saúde desenvolve várias ações preventivas, como o diagnóstico precoce e tratamento, vigilância e controle dos hospedeiros intermediários, ações de educação em saúde e recomenda intervenções em saneamento. No Brasil, o número de casos de esquistossomose vem se mantendo alto (BRASIL, 2008).No Paraná ocorre grande oscilação nos dados entre 1996 a 2011, com significativa redução nos anos de 2010 e Em Londrina, conforme a Tabela 31, o número de casos vem sofrendo redução a partir do ano de 2009.

56 43 Tabela 31 Número de casos de esquistossomose em Londrina, no Paraná e no Brasil. Série histórica de 1996 a Ano Londrina Paraná Brasil * * *dados preliminares No município de Londrina, a Coordenação de Endemias com sua equipe de controle da Esquistossomose realiza sistematicamente o inquérito coproscópico e a pesquisa malacológica. O inquérito coproscópico consiste em coletar fezes dos moradores próximos a uma coleção hídrica considerada de risco, para identificação dos portadores para a transmissão do S.mansoni por apresentar presença de caramujos do gênero Biomphalaria identificados através da pesquisa malacológica. Em Londrina os locais são divididos por região e a periodicidade dos exames é realizado a cada 2 anos. Em 2010 foram coletadas através do inquérito coprológico, 3253 amostras de fezes analisadas pelo Laboratório de Extensão e Pesquisa em Enteroparasitoses UEL. Em 2011, o número de coletas realizadas pelo inquérito coprológico foi de 2576 amostras de fezes. Destas, 5 apresentaram positividade. Conforme tabela 32 e Figura 10, a maior parte dos casos de esquistossomose em 2010 e 2011, ocorreu no sexo masculino com 4 casos e 3 casos respectivamente. Tabela 32 Número de casos de esquistossomose, segundo sexo, por ano. Londrina, 2009 a Ano Epid.Sintomas Masculino Feminino Total Total

57 44 Figura10 Número de casos de esquistossomose, segundo sexo. Londrina, 2009 a Dos 16 casos de esquistossomose no período de 2009 a 2011, 09 foram importados, 6 foram autóctones e 1 de origem de transmissão indeterminada(tabela 33 e Figura 11). Tabela 33 Número de casos de esquistossomose, segundo Origem da transmissão. Londrina, 2009 a Ano Sintomas Autóctone Importado(*) Indeterminado Total Total

58 Indeterminado Importado Autóctone Figura 11 Número de casos de esquistossomose, segundo Origem da transmissão. Londrina, 2009 a No ano de 2010, faixa etária de 20 a 49 anos apresentaram casos de esquistossomose, totalizando 6 casos. Em 2011, a faixa etária atingida foi de 20 a 59 anos, totalizando 5 casos (Tabela 34). Em análise aos grupos etários verifica-se que há representatividade de 50% na soma destes grupos, em relação às demais faixas etárias. Tabela 34- Número de casos de esquistossomose, segundo faixa etária, por ano epidemiológico dos sintomas. Londrina, 2009 a Ano Sintomas 1 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 80 anos e mais Total Total anos. Verifica-se na Tabela 35 e Figura 13 que a faixa etária mais atingida é a de 20 a 59

59 46 Tabela 35- Número e índice anual de casos de esquistossomose, segundo faixa etária, média últimos 6 anos. Londrina, 2006 a Faixa Etária (anos) Média Anual Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % 5 a 9 anos ,38 1 5, ,5 3,5 10 a 14 anos , , ,7 4,5 15 a 19 anos 1 20 a 29 anos 2 30 a 39 anos 1 40 a 49 anos 3 50 a 59 anos 1 60 a 69 anos 1 11,1 1 22,2 2 11,1 1 33,3 4 11,1 1 11, , ,5 4,4 1 7,7 5 29, ,7 1 20,0 2 22,7 2 15, , ,0 1 20,0 2 21,0 1 7,7 2 11, ,3 2 40,0 1,8 24,4 2 15, , ,0 1,2 13,0 1 7, ,3 3,1 70 anos e mais ,2 3,3 Total ,2 100 Figura 12- Média percentual anual de notificação de casos de esquistossomose, segundo faixa etária. Londrina, 2006 a Em análise à distribuição territorial dos casos de esquistossomose de 2009 a 2011, verifica-se a prevalência destes na região urbana, conforme Tabela 36 e Figura 13.

60 47 Tabela 36- Número de casos de esquistossomose, segundo região de residência do município, por ano. Londrina, 2009 a Ano Sintomas Ign/Branco Urbana Rural Total Total % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Rural Urbana Ign/Branco Figura 13- Número de casos de esquistossomose, segundo região de residência do município, por ano epidemiológico dos sintomas. Londrina, 2009 a 2011.

61 48 FEBRE AMARELA Atualização: Ana Elvira de Barros Jóia Doença infecciosa febril aguda, transmitida por vetores artrópodes, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos (silvestre e urbano). Reveste- se da maior importância epidemiológica, por sua gravidade clínica e elevado potencial de disseminação em áreas urbanas. Causada por vírus pertencente ao gênero Flavivirus, família Flaviviridae. Na febre amarela silvestre (FAS), os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros do vírus da febre amarela e a transmissão ocorre a partir de vetores silvestres, onde o homem participa como um hospedeiro acidental. Na febre amarela urbana (FAU), o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão se dá a partir de vetores urbanos infectados, onde o principal vetor é o Aedes aegypti. A forma silvestre é endêmica nas regiões tropicais da África e das Américas. No Brasil, a partir do desaparecimento da forma urbana em 1942, só há ocorrência de casos de FAS e focos endêmicos nos estados das regiões Norte, Centro-Oeste e área pré-amazônica do Maranhão, além de registros esporádicos na parte oeste de Minas Gerais. Desde 2000 observa-se a expansão da circulação viral no sentido leste e sul do país com destaque para os Estados do Rio Grande do Sul e São Paulo. No Estado do Paraná não foram notificados casos humanos suspeitos ou confirmados apesar de registros de epizootias causados pelo vírus da Febre Amarela no município de Ribeirão Claro, divisa com São Paulo.

62 49 HANSENÍASE Atualização: Lucia Helena de Lima A hanseníase é uma doença crônica causada pelo Mycobacterium leprae. Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade); propriedades essas que não são em função apenas de suas características intrínsecas, mas que dependem, sobretudo, de sua relação com o hospedeiro e o grau de endemicidade do meio, entre outros aspectos. O domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença. Outro provável fator de risco está relacionado ao ambiente social. O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado ao poder imunogênico do M. leprae. O Ministério da Saúde através Programa Nacional de Controle da Hanseníase (PNCH), tem o compromisso de eliminar a Hanseníase como problema de saúde publica ate o ano de 2015, o que significa alcançar menos de um caso de hanseníase por 10 mil habitantes (BRASIL 2011). Em 2011 o Brasil apresentou 1,54 casos por 10 mil habitantes, sendo o coeficiente de detecção geral de 17,6/100 mil habitantes. Em menores de 15 anos foram registrados casos novos e um coeficiente de detecção desta faixa etária de 5,2 casos por 100 mil habitantes (BRASIL, 2011). As medidas de vigilância são voltadas ao aumento do percentual de exame de contatos (Brasil em 2011,regular com 59,8%); cura (Brasil em 2011, 82,7%) e avaliação de incapacidade física no diagnóstico (Brasil em 2011, regular com 89,5%).Importante intensificar ações para a eliminação da Hanseníase através da busca dos casos novos, melhoria da assistência para a cura e redução das incapacidades físicas. Observa-se na Figura 14 que o Coeficiente de Detecção de Casos Novos de Hanseníase vem apresentando queda desde 2004, chegando em 2011 com 4,14/100 mil habitantes.

63 ,93 11,26 11,29 10,33 9,5 Figura 14 - Número e Coeficiente de Detecção dos Casos Novos de Hanseníase por habitantes. Londrina, 2004 a *dados preliminares. Na Tabela 37 observa-se o diagnóstico de Hanseníase em menores de 15 anos em relação às demais faixas etárias. O coeficiente de detecção em menores de 15 anos é prioridade da política atual de controle da hanseníase no país, por indicar focos de infecção ativos e transmissão recente ,26 7, ,14 Número Coeficiente Tabela 37 Número de casos de Hanseníase segundo a faixa etária e ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Faixa Etária (anos) Ano de Diagnóstico Total *dados preliminares. 2007, 2010 e Total Observa-se na Tabela 38 que o sexo masculino apresentou o maior percentual em 2005,

64 51 Tabela 38 Número e índice de casos de Hanseníase segundo o sexo e ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Ano de Diagnóstico *dados preliminares. Masculino Feminino Nº. % Nº. % , , , , , , , , , , , , , , , ,57 35 Total Total , , O maior índice de casos de Hanseníase é a Forma Multibacilar, conforme Tabela 39 e Figura 15. Os doentes com hanseníase multibacilar sem tratamento são capazes de eliminar grande quantidade de bacilos para o meio exterior, sendo a carga bacilar de cerca de 10 milhões de bacilos presentes na mucosa nasal. Por isso a importância do diagnóstico e tratamento, rápido e adequado, para interromper a cadeia de transmissão.

65 52 Tabela 39 Número e índice de casos de Hanseníase segundo a classificação operacional na notificação e ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Ano de Diagnóstico *dados preliminares PAUCIBACILAR MULTIBACILAR Nº. % Nº. % , , , , , , , , , , , , , , , ,14 35 Total Total , , Figura 15- Número e índice de casos de Hanseníase segundo a classificação operacional na notificação e ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a *dados preliminares. Na Tabela 40, observa-se em 2011 uma importante redução na detecção de casos novos e um aumento de outros reingressos (casos multibacilares tratados erroneamente como paucibacilares; casos que abandonaram tratamento).

66 53 Tabela 40 Número e percentual de casos de Hanseníase segundo o modo de entrada e ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Modo de Entrada Ano de Diagnóstico Caso Novo % 83,54 82,09 86,15 88,13 88,88 76,19 86, ,73 Transferência % 5,06 8,95 3,07 1,69 5,55 2,38 4,44 17,14 5,60 Recidiva % 10,12 8,95 9,23 5,08 3,70 19,04 2,22 11,42 8,52 Outros Reingressos % 1,26 0 1,54 5,08 1,85 2,38 6,70 11,42 3,13 Total *dados preliminares. Total Observa-se na Tabela 41 que a forma Virchowiana(Multibacilar) apresentou o maior índice em 2010 e a forma Dimorfa (Multibacilar) em 2011, indicando eliminação de bacilos em grande quantidade para o meio exterior. Tabela 41 Número e índice de casos de Hanseníase segunda a forma clínica notificada e ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Forma Clínica Ano de Diagnóstico Total Indeterminada % 10,12 8,95 16,92 13,56 20,37 11,90 17,77 8,57% 13,45 Tuberculóide % 35,44 35,82 32,30 25,42 29,62 23,80 13,33 14,29% 28,02 Dimorfa % 26,58 19,40 27,69 25,42 20,37 38,09 22,22 45,71% 26,90 Virchowiana % 25,31 35,82 23,07 35,59 29,59 26,19 46,66 31,43% 31,16 Não Classificado % 2, ,44 Total *dados preliminares. Em 2010, foram registrados 04 casos de grau II de incapacidade física no diagnostico e em 2011 foram 03 casos, representando 8,88% e 8,57%, respectivamente, demonstrando diagnóstico tardio (Tabela 42).

67 54 Tabela 42 Número e índice de casos de Hanseníase segundo o grau de incapacidade física no diagnóstico e ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Grau de Incapacidade Ano de Diagnóstico Total Grau Zero % 49,36 59,70 49,23 10,17 7,40 7,14 15,55 22,85 31,16 Grau I % 36,70 34,33 13,84 33,90 74,07 85,71 75,55 65,71 47,98 Grau II % 8,86 5,97 3,07 8,47 18,51 7,14 8,88 8,57 8,52 Não Avaliado % 5, ,84 47, ,85 12,33 Total *dados preliminares. Na Tabela 43, observa-se que no ano de 2009 foram examinados 88,89% dos contatos registrados de hanseníase, o melhor resultado na serie histórica, seguida do ano de 2011, com 83,19%. Tabela 43 Número e índice dos contatos de Hanseníase registrados e examinados, segundo ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a Contatos Ano de Diagnóstico Registrados Examinados % de Examinados em Relação aos Registrados 36,97 51,66 24,24 37,97 63,55 88,89 67,61 83,19 *dados preliminares. Na Tabela 44, observa-se em 2011 apenas 02 casos aguardando o encerramento do tratamento e um caso de abandono.

68 ANO DIAGNOSTICO TOTAL 55 Tabela 44 Número e índice de casos de Hanseníase segundo o tipo de alta e ano de diagnóstico. Londrina, 2004 a TIPO DE SAÍDA/ALTA CURA ABERTO (em tratamento) TRANSF (outro município/ Estado) ÓBITO ABANDONO ERRO DIAGNÓSTICO Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº , , , , , , , , , , , , , ,08 1 1, , , , , , , , , , , , , , , , , , ,71 35 Total , , , , , , *dados preliminares.

69 56 HEPATITES VIRAIS Atualização: Ana Elvira de Barros Jóia As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes tipos de vírus, sendo os mais comuns os vírus A, B, C, D e E. Todos esses vírus agem nas células do fígado, mas apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas. Essas doenças podem ser classificadas, de acordo com as formas de transmissão como a hepatite A e E, fecal-oral, cujo mecanismo de infecção está relacionado às condições socioeconômicas, de saneamento básico e de higiene pessoal. As hepatites B, C e D são de transmissão sanguínea, da mãe para o filho durante a gravidez e parto (transmissão vertical), pelo contato sexual ou por meios de procedimentos cirúrgicos e odontológicos, compartilhamento de material contaminado para uso de drogas, higiene pessoal ou colocação de tatuagens e piercings e transfusão de sangue/hemoderivados e hemodiálise em que não se aplicam as normas de biossegurança adequadas. A infecção provocada pelos vírus A e E causa apenas formas agudas de hepatite, das quais o indivíduo pode recuperar-se, eliminando o vírus do organismo. As formas graves ocorrem em menos de 1% dos casos. Nas hepatites B, C e D podem evoluir para eliminação dos vírus ou, na falha desse mecanismo, tornam-se infecções crônicas, principal determinante da ocorrência de cirrose e câncer de fígado nos indivíduos afetados. Uma importante característica das hepatites virais é sua distribuição heterogênea nas diferentes regiões brasileira, dadas as especificidades dos agentes etiológicos, mecanismos de transmissão e evolução clínica (BRASIL, 2010).

70 57 Hepatite A Dados levantados pelo Estudo de prevalência de base populacional das infecções pelos vírus das hepatites A, B e C nas capitais do Brasil, revelam que, para o conjunto das capitais de cada macrorregião e o Distrito Federal, a endemicidade observada foi de intermediária a baixa, diferenciando da classificação da OMS de alta endemicidade. Em relação à hepatite A, os resultados deste estudo indicam associação inversa entre o nível socioeconômico e prevalência de Anti-HAV total, bem como a redução das prevalências nas faixas etárias de crianças e adolescentes, implicando um aumento do número de indivíduos suscetíveis à doença. No país, observa-se diminuição da taxa de incidência a partir de 2006(9,1/ ). Em 2010(dados preliminares), a taxa verificada foi de 3,1/ Em relação às regiões, a Norte apresentou a maior taxa (9,7), seguida pela região Sul (3,8), Nordeste (3,7), Cento Oeste (3,1) e Sudeste (1,2). As crianças menores de 12 anos representaram o grupo mais acometido e não foram observadas diferenças de ocorrências entre os sexos. No Paraná em 2009 foram confirmados 510 casos, com coeficiente de incidência de 4,8/ habitantes (BRASIL, 2009). No município de Londrina em 2010 foi registrado 01 caso de Hepatite A, em adulto jovem, sexo masculino, com incidência de 0,19/ habitantes. Não foi registrado óbito de hepatite A. Em 2011 foram registrados 03 casos todos adultos, com incidência de 0,58/ habitantes, sendo 02 do sexo feminino e 01 do sexo masculino (Tabela 45). Não houve óbito. Os casos de Hepatite A nos anos de 2010 e 2011 foram confirmados por marcador viral. Tabela 45 - Distribuição de casos de hepatite A por sexo. Londrina, 2010 e Sexo Feminino Masculino Total Em relação a distribuição de casos de Hepatite A por faixa etária observa-se que em 2010 o único caso se deu na faixa etária de 20 a 24 anos, enquanto em 2011, os 3 casos foram distribuídos na faixa etária de 13 a 24 anos. Destacando que não houve casos na faixa etária menor de 13 anos em ambos os anos (Tabela 46).

71 58 Tabela 46 - Distribuição de casos de Hepatite A por faixa etária. Londrina, 2010 e Faixa Etária (anos) < Total 01* 03** * 2010: Unidade APS Armindo Guazzi **2011: Unidade APS Fraternidade(2) e Guanabara

72 59 Hepatite B Conforme o Estudo de prevalência de base populacional das infecções pelos vírus das hepatites A, B e C nas capitais do Brasil, classifica como baixa endemicidade(menor que 1%) para infecção pelo VHB no conjunto das capitais de cada macrorregião e no Distrito Federal. Observou-se o aumento da positividade do Anti- HBc total com a idade. Em relação ao sexo, os homens apresentaram maior probabilidade de exposição ao VHB em todas as regiões e o Distrito Federal exceto na região Norte. À exceção da região Sudeste, nas demais regiões verificou-se uma maior oportunidade de exposição ao VHB para indivíduos com piores condições socioeconômicas. A transmissão sexual foi relevante nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul, sendo que, nesta última, a transmissão sanguínea também se destacou. No Brasil a confirmação da doença aumentou no decorrer dos anos, atingindo principalmente adultos jovens (BRASIL, 2010). Os dados mais recentes no Brasil são de 2009 onde foram detectados casos com taxa de detecção de 7,6/ habitantes. As regiões Norte e Sul destacam-se com as maiores taxas de 13,4 e 13,0 respectivamente. No Paraná em 2009 foram confirmados casos, com taxa de detecção de 12,1/ habitantes (BRASIL, 2009). Em Londrina em 2010 foram detectados 107 casos com taxa de detecção de 21,11/ habitantes e em 2011 foram detectados 160 casos com taxa de detecção de 31,29/ habitantes. Os casos de HBs Ag que foram detectados durante a gestação no programa de pré-natal foram encaminhados para avaliação com infectologista e solicitados marcadores virais para os seus contatos pela Unidade de Atenção Primária em Saúde. Em 2011 observa-se um aumento de casos detectados se comparado ao ano de 2010 devido aos trabalhos de sensibilização aos profissionais da área da saúde e a disponibilidade da realização dos marcadores virais pelas Unidades de Atenção Primária em Saúde. (Tabela 47).

73 60 Tabela 47 - Distribuição de casos de Hepatite B por faixa etária. Londrina, 2010 e Faixa Etária (anos) < Total O sexo feminino destaca-se pelo número de casos devido provavelmente pelo acesso facilitado aos serviços de saúde e a disponibilidade do marcador viral no pré natal (Tabela 48). Tabela 48 - Distribuição de casos de Hepatite B por sexo. Londrina, 2010 e Sexo Feminino Masculino Total Observa-se a diminuição dos casos de hepatite B da forma aguda em relação ao ano de 2010 para 2011 e um aumento na detecção da forma crônica e cicatriz sorológica (Figura 16).

74 Agudos Cicatriz Crônicos Agudos Crônicos Cicatriz Figura 16 Casos confirmados de Hepatite B, segundo forma clínica. Londrina, 2010 e 2011.

75 62 Hepatite C Em relação a este agravo, constatou-se no estudo de prevalência de base populacional das infecções pelos vírus das hepatites A, B e C nas capitais do Brasil, que a endemicidade da infecção é baixa, diferentemente dos parâmetros da OMS, que considera o país como de intermediária endemicidade. Verificou-se também a maior positividade para o Anti-HCV associada a situações de extrema pobreza e ao aumento da idade. Demonstrou-se, ainda, que o uso de drogas injetáveis e inaladas e o uso de seringas de vidro em algum momento da vida foram associados à infecção pelo VHC. Dados mais recentes do Brasil revelam uma taxa de detecção de 05 casos por 100 mil habitantes destacando as regiões Sudeste (8,3) e Sul (7,4). Em 2009, no Brasil, foram detectados casos com taxa de detecção de 10,7/ habitantes. No Paraná em 2010 foram confirmados 816 casos, com taxa de detecção de 7,6/ habitantes (BRASIL, 2009). Em Londrina em 2010 foram detectados 68 casos com taxa de detecção de 13,42/ habitantes e em 2011 foram detectados 80 casos com taxa de detecção de 15,64/ habitantes. Em relação ao sexo observa que masculino apresenta o maior número de casos confirmando com os dados nacionais (Tabela 49). Tabela 49 - Distribuição de casos de Hepatite C por sexo. Londrina, 2010 e Sexo Total Feminino Masculino Total Em relação à faixa etária o grupo de maior número de casos foi a de 40 a 59 anos. Em 2011 foi detectado 01 caso entre o grupo de 05 a 12 anos com confirmação de biologia molecular e 01 caso no grupo de 13 a 19 anos, sendo esta uma gestante de 19 anos com marcadores virais reagentes para hepatite B e C, onde foi exposta a múltiplos parceiros e tatuagem/piercing (Tabela 50).

76 63 Tabela 50 - Distribuição de casos de Hepatite C, por faixa etária. Londrina, Faixa Etária (anos) < Total Observa-se na Figura 17 que no ano de 2010 houve maior concentração de casos na Região Centro e em 2011 a Região Sul do município. Verifica-se também no ano de 2010 a Região Ignorada como destaque e que após treinamentos com os profissionais de saúde houve melhora desta informação. Figura 17- Número de casos diagnosticados de Hepatite C, por região. Londrina,

77 64 INFLUENZA Atualização: Simone Garani Narciso Influenza é uma infecção viral aguda do trato respiratório, com distribuição universal e elevada transmissibilidade. Apresenta-se com início de febre abrupta, tosse seca, mialgia e dor de garganta. Trata-se de doença autolimitada, de curta duração, que apresenta desde quadros assintomáticos, uma grande freqüência de casos leves ou oligossintomáticos, podendo apresentar também quadros graves, que podem evoluir ao óbito. Nas infecções assintomáticas há a possibilidade de portadores sadios (transmissão assintomática). Em virtude da ausência de sintomatologia específica torna-se difícil uma clara diferenciação clínica com outros agentes de doenças respiratórias. O comportamento é marcadamente sazonal. Apresenta maior incidência no inverno, determinada pela maior resistência do vírus no ambiente em baixas temperaturas. A maior concentração de pessoas, em ambientes não ventilados aumenta o risco de transmissão pelo contágio direto. No ano de 2010 houveram 16 casos positivos de Influenza A - H1N1, apresentando um significativo decréscimo, o que mostra a eficácia da vacinação implementada. Em 2011, não houve registros de Influenza H1N1, mantendo apenas a curva de Influenza Sazonal, sendo apresentados 15 casos positivos de Influenza A e 2 casos de Influenza B (Tabela 51). Tabela 51- Nº de casos de Influenza por ano, segundo diagnóstico etiológico. Londrina, 2010 e Diagnóstico Etiológico Ign/branco 54 9 Influenza por novo subtipo 76 0 Influenza A Sazonal Influenza B Sazonal 3 2 Outro Agente Infeccioso Total A Tabela 52 mostra que há substancial número de casos diagnosticados por novo subtipo na faixa etária de 05 a 34 anos.

78 65 Tabela 52 Número de casos de Influenza A H1N1, por diagnóstico etiológico e por faixa etária. Londrina, Idade (anos) Ign/branco Influenza por novo subtipo Influenza A Sazonal Influenza B Sazonal Outro Agente Infeccioso < > Total Total A partir da Tabela 53 verifica-se que a implementação da vacina promoveu a não ocorrência de casos de H1N1 em Houve também o aprimoramento laboratorial, ampliando a eficácia diagnóstica no que se refere à Influenza Sazonal (Tabela 54). Tabela 53 Número de casos de Influenza A H1N1, por diagnóstico etiológico e por faixa etária. Londrina, Idade (anos) Ign/branco Influenza por novo subtipo Influenza A Sazonal Influenza B Sazonal Outro Agente Infeccioso < Total Total

79 66 Tabela 54 Número de casos de Influenza A H1N1, por critério de confirmação. Londrina, 2010 e Critério confirmação Total Laboratorial Clín/Epid Total Em relação ao sexo dos pacientes diagnosticados com Influenza, verifica-se que houve variabilidade, sendo que 61% dos casos diagnosticados em 2010 referiam-se ao sexo feminino, representando a maioria dos casos. Já e, 2011, 56% dos casos concentraram se no sexo masculino (Tabela 55). Tabela 55: Número de casos de Influenza por sexo, segundo ano dos sintomas. Londrina, 2010 e Ano Inicio Sintomas Masculino Feminino Total Total

80 67 INTOXICAÇÕES1 Atualização: Rosangela Tomiko Saito Intoxicação é a manifestação, através de sinais e sintomas, dos efeitos nocivos produzidos em um organismo vivo como resultado da sua interação com alguma substância química (exógena). É o efeito nocivo que se produz quando uma substância tóxica é ingerida ou entra em contato com a pele, os olhos ou as mucosas. As intoxicações constituem problema de saúde pública em todo o mundo. Também, existem diferenças geográficas, sociais, econômicas e culturais que determinam perfis diferentes entre os países. Entre os mais de 12 milhões de produtos químicos conhecidos, menos de causam a maioria das intoxicações acidentais ou premeditadas. Contudo, praticamente qualquer substância ingerida em grande quantidade pode ser tóxica. As fontes comuns de venenos incluem drogas, produtos domésticos, produtos agrícolas, plantas, produtos químicos industriais e substâncias alimentícias. A identificação do produto tóxico e a avaliação exata do perigo envolvido são fundamentais para um tratamento eficaz. A intoxicação pode ser um acidente ou uma tentativa deliberada de assassinato ou de suicídio. As crianças, especialmente aquelas com menos de três anos de idade, são particularmente vulneráveis à intoxicação acidental, assim como as pessoas idosas, os pacientes hospitalizados (por erros de medicação) e os trabalhadores da agricultura pecuária e da indústria. As intoxicações, acidentais ou intencionais, são importantes causas de doenças. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 1,5 a 3% da população é intoxicada anualmente. Para o Brasil, isto representa até novos casos a cada ano. Aproximadamente 0,1 a 0,4 % das intoxicações resulta em óbito (ZAMBOLIM et al, 2008). Mais de 70% das intoxicações são agudas, isto é, ocorrem em menos de 24 horas. Em cerca de 90% delas, a exposição ao(s) agente(s) tóxico(s) ou toxicante(s) ocorre por via oral. Atualmente, o Brasil conta com 32 Centros de Controle de Intoxicação (CCI) localizados em 17 estados, onde são realizados atendimentos das intoxicações agudas ou processo de agudização do fenômeno crônico nos trabalhadores (BRASIL, 2008). Estima-se que em torno de 60% das tentativas de suicídio no Brasil são por ingesta abusiva de medicamentos e 20% por venenos e agrotóxicos, sobrando o restante apenas com cortes e perfurações. A intoxicação proposital por medicamentos é a principal causa de tentativas de suicídios nos países desenvolvidos.

81 68 O suicídio e a tentativa de suicídio são do ponto de vista epidemiológico, fenômenos que ocorrem em populações diferentes. Os homens são mais suscetíveis ao suicídio, tentam menos freqüentemente, mas com métodos mais eficazes e, portanto, apresentam êxito em mais números de vezes. As mulheres tentam mais freqüentemente e têm menos êxito, por visarem a drogas menos tóxicas, devido à maior incidência de quadros psicóticos e orgânicos entre os homens do que nas mulheres (ZAMBOLIM et al, 2008). Em relação ao total de casos de intoxicação exógena notificada entre o período de 2007 a 2011, observa-se que o agente tóxico mais freqüente está relacionado à medicamentos com 1207 casos (37%) (Tabela 56 e Figura 18). Tabela 56- Número de casos notificados de Intoxicação Exógena, segundo Agente Tóxico, por ano de apresentação dos sintomas. Londrina, 2007 a Ano Epid.Sintomas TOTAL Medicamento Alimento e bebida Prod. uso domiciliar Prod. químico Agrotóxico agrícola Agrotóxico doméstico Ign/Branco Raticida Drogas de abuso Planta tóxica Prod. veterinário Cosmético Outro Metal Agrotóxico saúde pública Total

82 Figura 18- Número de casos notificados de Intoxicação Exógena, segundo Agente Tóxico, por ano de apresentação dos sintomas. Londrina, 2007 a

83 70 Conforme Tabela 57 e Figura 19 no ano de 2010, do total de 495 casos de intoxicações exógenas em Londrina, o sexo feminino foi prevalente, com 291 casos (58,8%), e o masculino com 204 caos (41,2%). Em 2011, o sexo feminino representou 49,3% com 507 casos e no sexo masculino 50,7%, com 522 casos, prevalecendo neste ano o sexo masculino. Tabela 57 Número de casos de Intoxicação Exógena, segundo agente tóxico, por sexo. Londrina, 2010 e Agente Tóxico Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Ign/Branco Medicamento Agrotóxico agrícola Agrotóxico doméstico Agrotóxico saúde pública Raticida Prod. veterinário Prod. uso domiciliar Cosmético Prod. químico Metal Drogas de abuso Planta tóxica Alimento e bebida Outro Total % 41,2 58,8 50,7 49, Ano 2010 Ano ,8 41,2 Masculino Feminino 49,3 50,7 Masculino Feminino Figura 19 Percentual de casos de Intoxicação Exógena, segundo sexo, por ano. Londrina, 2010 e 2011.

84 71 Em análise aos registros de Intoxicação Exógena no ano de 2010, verifica-se que a prevalência dos casos notificados ocorreram acidentalmente a partir de ingestão de medicamentos (14,3%) e produtos de uso domiciliar (11,7%), conforme figura 20. Em relação aos casos de tentativas de suicídio, avalia-se que os meios prevalentes foram os medicamentos, representando 58,2% dos 175 casos, seguido pelo uso de raticidas (20,6%, 30 casos). Em 2011, os casos de tentativa de suicídio por uso de medicamentos representaram 68,1%, seguido do uso de raticida (10%, 27 casos). Dos casos de intoxicação acidental, prevaleceu a utilização de produtos de uso domiciliar (28,3%) e medicamentos (27%), conforme figura 21. Figura 20- Número de casos notificados de Intoxicação Exógena por Agente Tóxico, ano 2010.

85 72 Figura 21- Número de casos notificados de Intoxicação Exógena por Agente Tóxico, ano Na Figura 22 observa-se um decréscimo no nº de casos de intoxicação exógena relacionada ao trabalho entre 2008 a 2010, com aumento dos casos em Figura 22- Número de casos notificados de Intoxicação Exógena relacionada ao trabalho, por faixa etária. Londrina, 2010.

86 Ign/Branco Medicamento Agrotóxico agrícola Agrotóxico doméstico Agrotóxico saúde pública Raticida Prod. veterinário Prod. uso domiciliar Cosmético Prod. químico Metal Drogas de abuso Planta tóxica Alimento e bebida Outro Total 73 Na Tabela 58 e Figura 23, observa-se que do total de 207 casos de intoxicação por medicamento em Londrina no ano de 2010, a maior incidência ocorreu na faixa etária de 1 a 4 anos, com 61 casos, seguido da faixa etária de 20 a 29 anos, com 35 casos. Tabela 58- Número de casos notificados de Intoxicação Exógena, por Agente Tóxico, por faixa etária. Londrina, FxEtaria Menor 1 ano a 4 anos a 9 anos a 14 anos a 19 anos a 29 anos a 39 anos a 49 anos a 59 anos a 69 anos a 79 anos anos e mais Total

87 74 Figura 23- Número de casos notificados de Intoxicação Exógena, por Agente Tóxico, por faixa etária. Londrina, 2010 Na Tabela 59 observa-se que do total de casos notificados entre 2007 a 2011, 188 (5,8%) foram relacionados ao trabalho. Tabela 59- Número de casos notificados de Intoxicação Exógena relacionada ao trabalho, segundo ano de Apresentação dos Sintomas. Londrina, 2007 a Ano Epid.Sintomas Ignorado/Branco Sim Não Total Total

88 Ign/Branco Uso Habitual Acidental Uso terapêutico Erro de administração Automedicação Abuso Ingestão de alimento Tentativa de suicídio Tentativa de aborto Violência/homicídio Outra Total 75 Tabela 60- Número de casos notificados de Intoxicação Exógena, segundo cauda da contaminação em relação ao Agente Tóxico. Londrina, Contaminação Ign/Branco Medicamento Agrotóxico agrícola Agrotóxico doméstico Agrotóxico saúde pública Raticida Prod. veterinário Prod. uso domiciliar Cosmético Prod. químico Metal Drogas de abuso Planta tóxica Alimento e bebida Outro Total

89 Ign/Branco Uso Habitual Acidental Ambiental Uso terapêutico Erro de administração Automedicação Abuso Ingestão de alimento Tentativa de suicídio Tentativa de aborto Violência/homicídio Outra Total 76 Tabela 61- Número de casos notificados de Intoxicação Exógena, segundo Contaminação em relação ao Agente Tóxico, por faixa etária. Londrina, Contaminação Ign/Branco Medicamento Agrotóxico agrícola Agrotóxico doméstico Agrotóxico saúde pública Raticida Prod. veterinário Prod. uso domiciliar Cosmético Prod. químico Metal Drogas de abuso Planta tóxica Alimento e bebida Outro Total

90 77 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA LTA Atualização: Rosangela Tomiko Saito Doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoário do gênero Leishmaniae transmitida através da picada do mosquito flebotomíneo, conhecido também como mosquito palha, birigui e outros, acomete os animais e pode afetar o homem quando o mesmo se expõe nos locais de circulação do vetor. A LTA pode apresentar-se na forma cutânea, geralmente com lesões ulceradas, indolores. Pode apresentar-se também na forma mucosa, em geral secundária à forma cutânea, acometendo a mucosa nasal com comprometimento septo cartilaginoso, cavidade oral, faringe e laringe. Embora não cause comprometimento de órgãos internos, merece atenção pelo risco de deformidades e outras seqüelas que pode causar, além do envolvimento psicológico do paciente, muitas vezes, convivendo durante meses com lesões na pele, as quais podem prejudicar a vida social do acometido. O ciclo desta zoonose ocorre naturalmente nas matas nativas do município de Londrina, em função das características propícias (clima, tipo de vegetação, tipo de fauna), o que favorece o aparecimento dos casos em pessoas. É, portanto uma endemia, mas pode ocorrer surto eventual. O programa de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar Americana tem como objetivo diagnosticar e tratar precocemente os casos detectados, visando reduzir as deformidades provocadas pela doença. Os objetivos específicos do programa de ações são identificar e monitorar as unidades territoriais de relevância epidemiológica, investigar e caracterizar surtos, monitorar formas graves, com destruição de mucosa, identificar precocemente os casos autóctones em áreas consideradas não endêmicas, reduzir o número de casos em áreas de transmissão domiciliar e monitorar os eventos adversos aos medicamentos. A Leishmaniose Tegumentar Americana é de notificação obrigatória. Analisando a sua evolução no Brasil, observa-se uma expansão geográfica com tendência a um crescimento da endemia, em decorrência das modificações sócio-ambientais, como o desmatamento e o processo migratório do homem para a região urbana (BRASIL, 2005). Observa-se na Tabela 62 e na Figura 24 que a predominância dos casos na zona urbana, média de 77,8% dos casos ocorridos entre 2007 a 2011.

91 78 Tabela 62 Distribuição dos casos confirmados de Leishmaniose, por região. Londrina, 2007 a Ano Diagnóstico Urbana Rural Nº % Nº % ,8 5 15, ,5 5 13, ,2 8 34, ,7 3 33, ,7 5 33,3 15 Total Total 91 77, ,2 117 Figura 24 Distribuição dos casos confirmados de Leishmaniose, por região. Londrina, 2007 a A Tabela 63 apresenta a distribuição dos casos notificados classificados por faixa etária. Os 9 casos diagnosticados em 2010 encontram-se distribuídos nas faixas etárias entre 15 e 80 anos ou mais. No ano de 2011, foram notificados 15 casos nas faixas etárias a partir de 10 anos. Destes, a faixa etária mais prevalente foi de 50 a 59 anos, com 5 casos. No total de casos entre 2007 a 2011 a faixa etária mais atingida foi de 30 a 39 anos (Tabela 63 e Figura 25).

92 Menor 1 ano 1 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 a 69 anos 70 a 79 anos 80 anos e mais 79 Tabela 63 Distribuição dos casos confirmados de Leishmaniose, por faixa etária. Londrina, 2007 a Ano Diagnóstico Total Total Figura 25- Distribuição dos casos confirmados de Leishmaniose, por faixa etária. Londrina, 2010 e No que se refere à distribuição dos casos por sexo, verifica-se a prevalência dos casos como sendo do sexo masculino, representando 64,1% dos casos acumulados no período. Os casos acumulados referentes ao sexo feminino representam 35,9% do total (Tabela 64 e Figura 26).

93 80 Tabela 64- Número e índice de casos diagnosticados de Leishmaniose, segundo sexo. Londrina, 2007 a Ano Diagnóstico Masculino Feminino Total Nº % Nº % ,7 9 27, , , , , ,8 2 22, ,7 5 33,3 15 Total 75 64, ,9 117 Figura 26- Índice de casos diagnosticados de Leishmaniose, segundo sexo. Londrina, 2007 a A Tabela 65, bem como a Figura 27, apresentam a predominância dos casos, dentre o total de casos diagnosticados, representando 91,5% dos casos. Tabela 65- Número e índice de casos diagnosticados de Leishmaniose, por tipo de entrada. Londrina, 2007 a Ano Ign/Branco Caso novo Recidiva Transferência Diagnóstico Nº % Nº % Nº % Nº % Total ,9 2 6, ,3 1 2, ,7 1 4, ,8 2 22, , ,3 0 0,0 2 13,3 15 Total 2 1, ,5 6 5,1 2 1,7 117

94 81 Figura 27- Índice de casos diagnosticados de Leishmaniose acumulado no período, por tipo de entrada. Londrina, 2007 a Em análise à classificação acerca da procedência dos casos no ano de 2010, verificou-se que todos os casos foram autóctones. Em 2011, a distribuição se apresenta da seguinte forma: 13 autóctones, 2 casos de procedência indeterminada e nenhum caso registrado como importado. Tabela 66- Número e índice de casos diagnosticados de Leishmaniose acumulado no período, por condição autóctone ou importado. Londrina, 2007 a Ano Diagnóstico Autóctone Importado Indeterminado Nº % Nº % Nº % ,6 5 15,2 8 24, ,9 9 24,3 4 10, ,0 2 8,7 1 4, ,0 0 0,0 0 0, ,7 0 0,0 2 13,3 15 Total Total 86 73, , ,8 117

95 82 LEPTOSPIROSE Atualização: Ana Elvira de Barros Jóia Doença infecciosa febril de início abrupto; pode variar desde um processo inaparente até formas graves. É uma zoonose de grande importância social e econômica. Sua ocorrência está relacionada às precárias condições de infra-estrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência do agente causal no ambiente, facilitando a eclosão de surtos. A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados. A penetração da leptospira dá-se através da pele lesada ou mucosa da boca, narinas e olhos. Pode ocorrer pela pele íntegra quando imersa em água por longo tempo. A transmissão inter-humana é muito rara. Em Londrina no ano de 2010 foram investigados 21 casos, sendo 06 casos confirmados por laboratório, com incidência de 1,18/ habitantes, sendo os 05 casos do sexo masculino e 01 do sexo feminino, com 01 óbito. Em 2011, foram investigados 27 casos, sendo 07 confirmados por laboratório. Em relação ao sexo, 04 casos foram no sexo masculino e 03 no sexo feminino, com incidência de 0,78/ habitantes. (Figuras 28 e 29). Figura 28- Número de casos investigados e confirmados de Leptospirose em Londrina, 2010 e 2011.

96 83 Figura 29- Número de casos confirmados de Leptospirose em Londrina, por sexo, 2010 e Em 2010 não houve diferença em número de casos entre região urbana e rural em relação ao local de residência. Em 2011 as regiões sul e rural destacam-se no número de casos (Figura 30). Figura 30 Número de casos confirmados de leptospirose, por região do município. Londrina, 2010 e A faixa etária mais acometida nos anos de 2010 e 2011 foi a maior de 20 anos, período de atividade profissional. Destaca-se neste ano 01 caso na faixa etária de 5 a 9 anos, onde as condições de moradia eram precárias(figura 31).

97 84 Figura 31 Número de casos confirmados de leptospirose, por faixa etária. Londrina, 2010 e Em relação à situação de risco em adquirir a doença, em 2010 todos os pacientes contaminados apresentaram mais de uma situação, porém destaca-se: local com sinais de roedores, armazenamento de grãos/alimentos e contato com água ou lama de enchente e em 2011 destacam-se: local com sinais de roedores, criação de animais e contato com rios, córregos, lagoa ou represa (Figura 32).

98 85 Figura 32 Exposição a situações de risco nos casos de leptospirose. Londrina, 2010 e Fonte:SINAN/DVS/AMS/PML Entre os sinais e sintomas mais evidentes foram apresentados icterícia, mialgia, cefaléia em 100% dos casos no ano de 2010 e febre, mialgia e prostração em 2011 (Figura 33 e 34). Figura 33- Número de manifestações clínicas mais evidentes em casos confirmados de leptospirose. Londrina, 2010.

99 86 Figura 34- Número de manifestações clínicas mais evidentes em casos confirmados de leptospirose. Londrina, Fonte:SINAN/DVS/AMS/PML A Vigilância Epidemiológica realiza um trabalho conjunto com a Vigilância Sanitária e Ambiental e as Unidades Básicas de Saúde na suspeita do caso, como visita nos locais prováveis de contaminação, seja no domicílio do paciente ou trabalho, realizando orientações sobre prevenção da doença, manejo e boas práticas, além da coleta de exames laboratoriais.

100 87 MALÁRIA Atualização: Ana Elvira de Barros Jóia Doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos são protozoários transmitidos por vetores. È de importância epidemiológica devida sua elevada incidência na região Amazônica e potencial gravidade clínica. Apesar da reduzida incidência da doença nas demais regiões do País, não deve ser negligenciado devido ao risco de reintrodução da malária, agravado pelo fluxo migratório. Tem como agente etiológico os protozoários do gênero Plasmadium. No Brasil, três espécies estão associadas à malária: P. vivax, P. falciparum e P. malariae. Em relação ao P.ovale, nunca foi registrado transmissão autóctone no Brasil estando restrita a determinadas regiões do continente africano e a casos importados de malária no Brasil. O Paraná não é região endêmica de malária. Em Londrina nos anos de 2010 e 2011 todos os casos foram confirmados laboratorialmente o P. vivax e são importados das regiões Norte (AM, RO, AC), Centro-Oeste (MT) e Angola (Tabela 67). Tabela 67 Distribuição de casos de malária importada atendidos no município de Londrina nos anos de 2010 e Local de Residentes em Outros Municípios residência Ano Londrina Fonte:SINAN/DVS/AMS/PML Em relação à principal atividade exercida pelos pacientes no ano de 2010 destaca-se 02 casos em viajantes e em 2011 destaca-se 03 casos com atividade outras (Tabela 68).

101 88 Tabela 68 Número de casos confirmados de malária em relação à principal atividade exercida nos casos confirmados. Londrina, 2010 e Ano Atividade exercida Qtde Fonte:SINAN/DVS/AMS/PML Viajante Motorista Missionário Extração vegetal Outros Garimpagem Em relação ao sexo, em 2010 ocorreram 03 casos no sexo masculino e 01 caso no sexo feminino. Em 2011 todos os casos ocorreram em homens (Tabela 69). Tabela 69 Número de casos notificados de malária em relação ao sexo de pacientes. Londrina, 2010 e Ano Sexo Masculino Feminino (Londrina) 01 (outros) (Londrina) 01 (outros) 00 Fonte:SINAN/DVS/AMS/PML

102 89 MENINGITES Atualização: Ana Elvira de Barros Jóia Infecções do Sistema Nervoso Central (SNC), com acometimento das meninges, causadas por múltiplas etiologias e caracterizadas por: febre, cefaléia intensa, vômitos, sinais de irritação meníngea e alterações de Líquido Céfalo Raquidiano (LCR). Seu prognóstico depende do diagnóstico precoce e início imediato do tratamento. As meningites de origem infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, pela magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos. No Brasil, as principais causas de meningite bacteriana de relevância para a saúde pública, são as causadas por Neisseria meningitidis (meningococo), Streptococcus pneumoniae (pneumococo) Haemophillus influenzae tipo B. Nas meningites virais o enterovirus é o principal agente. Todavia, é fundamental que todas as meningites sejam investigadas para a correta definição do agente etiológico, com vistas a tratamento adequado, diagnóstico e análise da situação epidemiológica, resultando no planejamento das ações necessárias para prevenção e controle das situações específicas. As meningites têm distribuição mundial e sua expressão epidemiológica varia de região para região, dependendo principalmente da existência de aglomerados populacionais, fatores climáticos, (as meningites bacterianas têm maior incidência nos períodos de inverno e as virais no período de verão), agentes virulentos, falta de acesso e infra-estrutura adequada de serviços de saúde (BRASIL, 2005). Observa-se na Tabela 70 que nos anos de 2010 e 2011 as meningites virais apresentaram o maior número de casos seguido pelas meningites bacterianas não especificadas.

103 90 Tabela 70 - Número de casos e incidência de Meningite (por hab), segundo tipo, Londrina 2010 a Nº Inc Nº Inc Nº Inc Nº Inc Nº Inc Nº Inc Nº Inc Nº Inc Nº Inc Nº Inc Nº Inc Doença Meningocócica M.Tuberculosa M.Haemophilus M.Pneumocócica M.Viral M.outras etiologias M.não especificada M.Bacteriana não espec M.por outras bactérias

104 91 Em 2010 tivemos 10 casos de doença meningocócica sem óbito. Em relação ao sorogrupo tivemos 06 casos por Neisseria meningitidis do grupo C, 02 casos por Y/W135 e 2 casos não tipado. Em 2011 tivemos 02 casos de doença meningocócica, sem óbito. Em relação ao sorogrupo tivemos 01 caso por Neisseria meningitidis do grupo B e 01 caso do grupo C. Em todos os casos foram desenvolvidas ações de investigação dos comunicantes e bloqueio pela Vigilância Epidemiológica (Tabela 71). Tabela 71 - Distribuição de n. º de casos, incidência, óbitos e sorogrupo da doença meningocóccica por faixa etária, Londrina, 2010 e Faixa Etária Sorogrupo Sorogrupo Casos Inc. Óbitos NT C Y/W135 Casos Inc. Óbitos B C < 1 ano anos 1 1, , anos 2 5, anos 1 2, anos 1 2, anos 4 1, >50 anos 1 0, TOTAL 10 1, , Observa-se que na Figura 35 houve um aumento significativo no número de casos de meningite viral em 2011, bem como as demais meningites se comparado ao ano de 2010 com exceção a doença meningocócica, sendo que em 2010 o número de casos foi superior a bacteriana viral outras etiologias não especificada Figura 35 Número de casos de meningite segundo etiologia. Londrina,

105 92 Observa-se na figura 36 que em 2011 houve um aumento no número de casos de meningite bacteriana não especificada. Tal fato pode estar relacionado ao uso de antibiótico prévio e o envio do material para LACEN/Pr que pode sofrer alterações de resultados devido ao armazenamento e transporte D.meningocócica H.influenza S.pneumoniae Outras bactérias bactérias não espec. Figura 36 Distribuição de nº de casos das meningites bacterianas, segundo etiologia. Londrina, Em relação à localização dos casos de meningite viral, em 2010 houve um maior número na região Norte e Sul, regiões mais populosas e com maior número de adultos jovens. Em 2011,o maior número de casos ocorreu também na região Norte (Figura 37) Oeste Leste Norte Sul Centro Rural Ignorado Figura 37 Distribuição do nº de casos de meningite viral, segundo região. Londrina,

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