VII Colóquio Internacional Marx e Engels. A transição socialista e a reestruturação radical da divisão do trabalho

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1 VII Colóquio Internacional Marx e Engels A transição socialista e a reestruturação radical da divisão do trabalho Liana França Dourado Barradas (Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Alagoas) GT 9 - Socialismo no século XXI O artigo que apresentamos tem como meta analisar de forma introdutória a relação entre a divisão social do trabalho e a transição socialista, tendo como fundamentação o referencial teórico marxiano. Exporemos de forma breve, diante dos limites dessa exposição algumas reflexões resultantes da pesquisa teórica desenvolvida no mestrado em Serviço Social entre os anos de 2009 a Buscaremos expor que o fundamento da emancipação do trabalho deverá ser alçado pela reabsorção das forças sociais extirpadas pelo capital tanto na esfera política, como econômica. Por fim, procuramos apontar que no socialismo a reunificação do trabalho manual com o trabalho intelectual, ou seja, a reestruturação radical da divisão do trabalho será uma tarefa indispensável para se instaurar as bases do trabalho associado. Tal tarefa fundamentará o processo de fim das alienações geradas pelo capital e o trabalho abstrato, que será erguido por esta nova forma de organização e realização do trabalho enquanto autoatividade do gênero humano. 1. O eixo socialista: o processo histórico de instauração do trabalho associado Para Marx (1983), o trabalho produtor de valor de uso é condição sine qua non da existência do homem, o qual independente das formas de sociedade constitui a necessária relação de mediação entre o homem e a natureza, ou seja, é condição ontológica da vida humana. A possibilidade histórica e ontológica de os homens transformarem e romperem com o modo de produção capitalista está posta objetivamente para a humanidade. A luta pela emancipação humana e a sua realização são colocadas como missão histórica para a classe operária, pois de acordo com Marx (2008a, p. 408), é a única classe capaz de iniciativa social na direção de uma completa e radical transformação da realidade.

2 A radical eliminação do capital e a instauração das bases de uma sociedade emancipada, fundada pelo trabalho enquanto auto-atividade constitui o real conteúdo da perspectiva socialista. Por isso, analisar as experiências históricas de luta e o conteúdo dos projetos de mudança implica antes de tudo, em se atentar para o que deve ser fundamental para a transformação que tenha como norte a centralidade do trabalho. Sobre esta problemática, Tonet e Nascimento (2009) ao analisarem os descaminhos da esquerda afirmam que nos últimos cento e cinquenta anos a esquerda mundial vem sofrendo um processo de reformização abandonando a perspectiva revolucionária. Assim, a esquerda abandona o projeto revolucionário que deveria ter como fundamento a centralidade do trabalho, para adotar um projeto norteado pela centralidade da política. Os autores afirmam que por traz desta crise nodal de abandono do caráter revolucionário, a classe trabalhadora não vivencia apenas uma degenerescência teórica ou prática, mas articula-se a este contexto contra-revolucionário as consequências das experiências de tipo soviética. Além dos percalços teórico-práticos, o movimento operário vem sofrendo profundas consequências das experiências soviéticas. Nesse sentido, as tentativas frustrantes de construção do socialismo em um só país e as derrotas sucessivas da classe operária deflagraram nas últimas três décadas um período de completa ilusão da esquerda em centrar no Estado ou em seus institutos democráticos uma forma para se chegar ao comunismo. A crença ilusória de que seria o Estado o instrumento de construção do socialismo vem demarcando centralidade na esquerda mundial que segundo Tonet e Nascimento (Idem, p. 44), pode ser evidenciada desde a influência da II Internacional com Kaltsky e Bernstein, o Eurocomunismo e as experiências soviéticas. O Reformismo Social-Democrata atribui à tomada do poder através do parlamento uma forma de se chegar à transformação social. A perda de tempo, esforços e forças que a esquerda vem sofrendo acumula um déficit quanto às iniciativas radicais de destruição do capital, facilitando, mesmo em períodos de crise estrutural, uma magnífica forma de deslocamento de suas contradições e formas de realimentação de manutenção do seu controle. Tonet e Nascimento (2009) afirmam que a luta entre o capital e o trabalho se acirrou nos últimos anos configurando vitórias parciais para o trabalho, as quais são assimiladas pelo capital. No que se refere ao horizonte final para um movimento revolucionário, qual seja superar o capital, o trabalho terá que ganhar centralidade tanto nas análises teóricas quanto nas formas práticas de lutas e ofensivas contra o capital. Porque não se trata de uma mera crítica pontual, mas de uma análise histórica da totalidade do processo revolucionário, tal

3 como a teoria marxiana apreende o trabalho, ou seja, enquanto protoforma do ser social e, portanto, a única perspectiva de um futuro promissor para a humanidade. Desse modo, as tendências que confluem para a perda da centralidade do trabalho e em contrapartida apostam na centralidade da política para construir o comunismo são distintas. Como enfatizaram Tonet e Nascimento (2009), perpassam desde a Social- Democracia que propõem a simples democratização da sociedade capitalista, como as tentativas revolucionárias de caráter soviético que propuseram instaurar o socialismo diante de adversidades objetivas de países atrasados quanto ao desenvolvimento das forças produtivas e, por isso, conseguiram reestruturar as relações sociais apenas em sua forma jurídico-política. As relações sociais enraizadas no capitalismo não podem ser meramente aperfeiçoadas pela vontade unilateralmente política dos trabalhadores, mas terão que ser processualmente reestruturadas e modificadas radicalmente, para além do momento de quebra do poder burguês, do Estado, porque se não todas as mazelas irão retornar mesmo que com aparências distintas das capitalistas. Basta realizar uma breve análise 1 da processualidade da tentativa de transição socialista da experiência soviética, e ver os seus resultados. Todavia, esta análise não pode ser influenciada pela simples evidência de erros de determinados dirigentes ou ausência de democracia, como afirmou Tonet (2010, p. 1). A imbricação entre a economia e a política deve ser considerada como uma das articulações principais do modo de produção capitalista. A mistificação que recebe esta relação com a fragmentação e cisão ideológica do conhecimento faz com que o capital ganhe força ideológica e concretize a sua reprodução. Isto porque, mesmo que o Estado tenha uma autonomia relativa, ele aparece como força aparentemente neutra e absoluta, sendo ocultada a sua inextricável relação articulada com a força econômica. Vale lembrar que a base de funcionamento do sistema do capital reside nas formas de extirpação das forças sociais da classe que produz o conteúdo material da riqueza social. Nesse sentido, o Estado extirpa as forças sociais do proletariado politicamente e a divisão social do trabalho extirpa no plano econômico, no interior das fábricas, as suas forças sociais. Como afirma Mészáros (2004, p ), há uma homologia entre as estruturas de poder, seja através do Estado ou na esfera produtiva através da divisão do trabalho, guardadas as especificidades de controle de cada uma e rechaçando a identidade entre ambas, reside uma genuína interdependência entre o funcionamento do Estado e as exigências objetivas da 1 A análise profunda da experiência soviética extrapola os limites deste artigo.

4 reprodução material na estrutura da divisão social do trabalho prevalecente. O exercício do poder e do controle do capital personificados pela função social do Estado ou pela função social da divisão social do trabalho são distintas, mas se complementam ao exercerem uma estrutura totalizadora de comando do capital sobre o trabalho. Como já salientamos, diante de todo o panorama atual da esquerda que desloca a centralidade do trabalho para a centralidade da política, as lutas e as análises teóricas devem atentar não apenas para a quebra do Estado num processo de transição, mas para além do ato de libertação política e o desenvolvimento processual desta libertação. No primeiro momento da revolução, o ato político imprescindível da revolução socialista, os operários devem reabsorver as forças extirpadas pelo Estado e instaurar a ditadura do proletariado. A possibilidade de se fundar uma sociedade autenticamente humana, está na generalização do trabalho associado, o que pressupõe a organização coletiva, livre, consciente e universal da forma que os homens se organizam para produzir o trabalho. A revolução em geral - a derrocada do poder existente e a dissolução das velhas relações - é um ato político. Por isso, o socialismo não pode efetivar-se sem revolução. Ele tem necessidade desse ato político na medida em que tem necessidade da destruição e da dissolução. No entanto, logo que tenha início a sua atividade organizativa, logo que apareça o seu próprio objetivo, a sua alma, então o socialismo se desembaraça do seu revestimento político (MARX, 1995, p. 84). O Socialismo terá como metas fundamentais e suas devidas mediações, a consolidação do trabalho associado, a extinção do Estado, da propriedade privada e classes sociais. Porque o sistema do capital apresenta três dimensões inseparáveis capital, trabalho e Estado, nesse sentido, é inconcebível emancipar o trabalho sem simultaneamente superar o capital e o Estado (MÉSZÁROS, 2006, p. 600). Marx (2008a, p. 399) ao analisar a experiência da Comuna de Paris em 1871, afirmou que: a classe operária não pode apossar-se simplesmente da maquinaria do Estado já pronta a fazê-la funcionar para os seus próprios objetivos. Os objetivos dos operários são essencialmente distintos dos interesses personificados no Estado que serve ao capital, e por isso, todo o complexo conjunto que serve ao capital, seja com os seus órgãos onipresentes: exército permanente, polícia, burocracia, clero e magistratura órgãos forjados segundo uma sistemática e hierárquica divisão de trabalho [...] têm sua origem na sociedade regida pela exploração do homem pelo homem e terão que ser radicalmente negados (Idem, ibidem, p. 405).

5 O Socialismo terá que alavancar uma reestruturação nas relações sociais que irá transformar radicalmente o trabalho e edificar os complexos sociais da autêntica comunidade humana. Isto não será uma tarefa fácil nem linear, pois implicará num processo de mudanças profundas do status quo. Assim como o Estado não é um mero instrumento a ser posto a serviço dos operários numa transição, a divisão do trabalho, as forças produtivas, as técnicas, tecnologias e maquinaria herdadas da velha sociedade não poderão ser apropriadas como meros instrumentos de construção de uma nova sociabilidade. Tais assertivas ficam evidentes numa análise minuciosa das principais afirmações marxianas, quando Marx (2008a, p ) diz que nem o Estado se reveste de neutralidade, nem mesmo o progresso industrial, porque ambos intensificam o antagonismo de classe entre capital e trabalho. No mesmo passo em que o progresso da indústria moderna desenvolvia, alargava, intensificava o antagonismo de classe entre capital e trabalho, o poder de Estado assumia cada vez mais o caráter do poder nacional do capital sobre o trabalho, de uma força pública organizada para a escravização social, de uma máquina de despotismo de classe. [...] O poder de Estado [é] como máquina de guerra nacional do capital contra o trabalho (Idem, ibidem, p ). Vale ressaltar que atrelado imanentemente a esse despotismo político através do Estado, para Marx (1983) a própria cooperação capitalista concretiza uma forma econômica de ser do poder e despotismo do capital. Portanto, a forma como os indivíduos 2 irão se organizar coletivamente terá que ser reestruturada profundamente e radicalmente. Ao contrário dos que defendem a tese de que a técnica, o desenvolvimento das forças produtivas e a maquinaria são neutros e que por isso, podem ser herdadas no socialismo porque representam formas de progresso para a humanidade, Raniero Panzieri (1977, p. 44) esclarece: Não existe nenhum outro fator objetivo, ínsito nos aspectos de desenvolvimento tecnológico ou de programação na sociedade capitalista atual, que possa garantir a transformação automática ou a inversão necessária das relações existentes. As novas bases técnicas, paulatinamente logradas na produção constituem para o capitalismo novas possibilidades de consolidação de seu poder. Isto não significa, naturalmente, que não se acrescentem simultaneamente as possibilidades de subversão do sistema. Mas estas possibilidades coincidem com o valor totalmente eversivo que frente ao esqueleto objetivo cada vez mais rígido e independente do mecanismo capitalista, tende a assumir a insubordinação operária. 2 Emancipado o trabalho, todo homem se torna um trabalhador e o trabalho produtivo deixa de ser atributo de uma classe (MARX, 2008a, p. 407).

6 Para a instauração das bases que nortearão o processo de transição na direção ao comunismo apenas o trabalho associado poderá cumprir esta função de forma positiva. Como afirma Brinton (1975, p. 14) a gestão operária no processo de produção irá implicar na dominação total dos operários no processo de produção. O autor contrapõe-se à tese que defende o controle operário por entender que entre gestão e controle reside uma questão de fundo muito maior que mera semântica, porque as palavras designam respectivamente dominação total ou parcial dos produtores no processo de produção. Esta assertiva é de fundamental importância quando se analisa o que de fato aconteceu na Rússia, pois segundo a análise de Marx (2008a) sobre a Comuna de Paris, a ditadura do proletariado ou o autogoverno dos produtores os conselhos devem ser compostos por membros responsáveis e revogáveis por voto em sufrágio universal. Assim como afirma Brinton (1975, p. 9) uma sociedade socialista não pode, pois ser construída a não ser partindo da base a partir de baixo`. As decisões relativas à produção e ao trabalho devem ser tomadas por Conselhos de Trabalhadores compostos por delegados eleitos e revogáveis. O que é fundamental observar é que o processo de transição irá implicar numa reestruturação das relações sociais de forma profunda para modificar a raiz que origina as relações despóticas e hierárquicas. O que implica necessariamente na reunificação do trabalho manual e intelectual no interior da fábrica e de toda a sociedade. A divisão do trabalho na fábrica e a divisão social do trabalho terão que ser radicalmente transformadas para que o fundamento da alienação não seja reintroduzido na produção e em todas as esferas das relações sociais. [...] Na elaboração do mundo objetivo [é que] o homem se confirma, em primeiro lugar e efetivamente, como ser genérico. Esta produção é a sua vida genérica operativa. Através dela a natureza aparece como a sua obra e a sua efetividade [...]. O objeto do trabalho é, portanto a objetivação da vida genérica do homem; quando o homem se duplica não apenas na consciência, intelectual[mente], mas operativa, efetiva[mente], contemplando-se, por isso, a si mesmo num mundo criado por ele. Consequentemente, quando arranca [...] do homem o objeto de sua produção, o trabalho estranhado arranca-lhe sua vida genérica, sua efetiva objetividade genérica [...] e transforma a sua vantagem com relação ao animal na desvantagem se lhe ser tirado o seu corpo inorgânico, a natureza (2008b, p. 85). Para tanto, a imbricação entre o momento político, a revolução e o processo de libertação com o fenecimento gradativo do Estado terão que ser retroalimentados a partir da instauração do trabalho associado. Já alertava Marx: a Comuna era essencialmente o governo da classe operária, o produto da luta da classe produtora contra a apropriadora, a forma política, finalmente descoberta, com a qual se realiza a emancipação econômica do trabalho

7 (2008a, p. 406). Deste modo, a inextrincável relação entre as forças sociais extirpadas economicamente e politicamente têm de ser reabsorvidas no processo de transição socialista. A revolução política com alma social só terá êxito com o fenecimento do Estado e a consolidação do trabalho associado, esta é uma relação articulada dialeticamente. O trabalho associado consiste em reunificar a concepção e a execução, pois caberá à gestão de sociedades cooperativas unidas regular a produção nacional segundo um plano comum, tomando-o assim sob o seu próprio controle. Isto, para Marx (Idem, ibidem, p. 408) delinearia as bases do trabalho associado, ou seja, o trabalho associado consiste em o produtor se reapropriar das forças sociais que lhe subjugavam no modo de produção capitalista. A igualdade e autonomia operária terão que nortear desde o início a gestão operária, bem como durante todo o processo de transição para que os produtores edifiquem o domínio sobre todo o processo de trabalho. Transformar de modo revolucionário o modo de produção demandará solidariedade, coletividade, consciência das decisões, universalidade dos domínios da produção de forma associada. Não significa dizer que se voltará à produção artesanal, mas a própria forma de organização da produção será reestruturada e esta fragmentação não será fixa e burocratizada por determinada cúpula especialista. A divisão entre quem pensa e executa o processo de trabalho terá que ser rompida. Deve-se destruir a forma de trabalho que produz o capital a partir da divisão do trabalho entre o trabalho intelectual que realiza a prévia-ideação do processo global do trabalho e quem apenas executa através do trabalho manual. O novo processo de trabalho associado terá que instaurar a organização de uma atividade complexa, desprovida de hierarquia despótica, e terá que ser universal, criativa e potencializadora quanto à formação e o enriquecimento material e espiritual do gênero humano. Nesse sentido, o Estado e o complexo conjunto das forças produtivas não são meros instrumentos dotados de certa neutralidade e que, portanto podem ser controlados pelos operários. O capital é uma relação social que se origina na produção, na extração da maisvalia através da exploração do homem pelo homem a burguesia classe proprietária expropria, controla, explora e domina o proletariado, classe subsumida e explorada. Para Mészáros (2006, p. 97) o sistema do capital é, na realidade, o primeiro da história que se constitui como totalizador irrecusável e irresistível, que é regido pela extração do trabalho excedente, expansão e acumulação. Portanto, a necessidade de uma alternativa socialista para o movimento operário não é de se tentar reformar a sociedade ou o Estado, ou mesmo através do Estado tentar humanizar o capital, mas, opostamente destruir o capital, destruir o Estado e edificar uma sociedade que tenha como fundamento o trabalho associado.

8 A reciprocidade dialética entre o Estado e a economia para regular e reproduzir o capital encontram-se articulados, pois o Estado moderno e a ordem reprodutiva sóciometabólica do capital são mutuamente correspondentes (MÉSZÁROS, 2006, p. 127). É necessário abolir o Estado, no entanto o Estado (e a política em geral, como um domínio separado) deve ser transcendido por meio de uma transformação radical de toda a sociedade, mas não pode ser abolido nem por decreto nem por uma série de medidas políticoadministrativas (Idem, ibidem, p. 566). Além disso, nenhuma relação econômica, política ou social, seja o capital, seja a propriedade privada, ou o valor, poderão ser abolidas por decreto. A questão fundamental que se coloca na ordem do dia para a missão histórica do proletariado é que não há resolução das contradições e desigualdades no interior do sistema do capital. A autoconstrução humana será realizada pelos produtores associados, e terá como eixo o trabalho. Partindo do trabalho enquanto fundamento do ser social, apreende-se que os homens reais concretos são demiurgos de sua história. A instauração do processo de transição socialista será dinâmico, complexo e não-linear, todavia, terá que reestruturar radicalmente as relações econômicas e políticas que possam desencadear a ruptura do modo de produção capitalista. 2. Considerações Finais O referido artigo buscou refletir sobre os desafios do processo de transição socialista, focando de forma introdutória a análise da divisão social do trabalho e de sua necessária reestruturação radical como pressupostos que levarão à ruptura do capital. Portanto deve-se romper processualmente com a oposição como inimigos entre trabalho manual e trabalho intelectual, pois a existência capitalista da divisão social do trabalho é imanente ao sistema reprodutivo do capital. Tem-se que implementar a reunificação entre a concepção e a execução no processo produtivo, bem como o processo de reordenamento radical das bases de produção em que se inserem as técnicas, complexos tecnológicos, maquinaria, meios de produção organização e gestão do trabalho terão que ser implementados desde o início com o processo político da quebra do Estado burguês, até o fim do período de transição, como pressupostos para que se instaure processualmente e dialeticamente o trabalho associado. A superioridade da emancipação humana sobre um mundo objetivado pelo trabalho abstrato põe a possibilidade e necessidade ontológicas da revolução socialista. Nesse sentido, uma

9 mudança radical nas relações sociais e a transformação da sociedade exigem dos produtores associados, como afirma Mészáros (2004, p. 519) uma reestruturação fundamental e um caminho qualitativamente novo de incorporação das forças produtivas nas relações socialistas de produção. 3. Referências Bibliográficas BRINTON, Maurice. Os bolcheviques e o controle operário. Edição do Grupo Solidarity. Tradução Carlos Miranda. Porto PT, Afrontamento, MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. 5ª Edição, São Paulo, Hucitec, MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Tradução de Regis Barbosa e Flávio R. Kothe. 3ª. ed. - São Paulo: Abril Cultural, (Os economistas). Livro I, v. I, 1983 e v. II, "Glosas Críticas marginais ao artigo O Rei da Prússia e a Reforma Social, de um prussiano", Revista Práxis, Belo Horizonte, nº. 5. Tradução de Ivo Tonet. Joaquim de Oliveira, A Guerra Civil na França. A Revolução antes da Revolução Assim lutam os povos v. 2. 1ª ed. São Paulo, Expressão Popular, 2008a.. Trabalho Estranhado e Propriedade Privada. In: Manuscritos econômicofilosóficos. Tradução, apresentação e notas Jesus Ranieri. São Paulo, Boitempo Editorial, 2008b. MÉSZÁROS, István. Para além do capital. Rumo a uma teoria da transição. Tradução Paulo Cezar Castanheira e Sérgio Lessa. São Paulo, Boitempo Editorial, O Poder da Ideologia. Tradução Paulo Cezar Castanheira. São Paulo, Boitempo Editorial, PANZIERI, Raniero. La División Capitalista Del Trabajo. In: Sobre El Uso Capitalista de las Maquinas. Cuadernos de pasado y presente. Tercera edición, México, Siglo XXI, TONET, Ivo. e NASCIMENTO, Adriano. Descaminhos da esquerda. Da centralidade do trabalho à centralidade da política. São Paulo, Alfa-Omega TONET, Ivo. Prefácio às "Glosas Críticas marginais ao artigo O Rei da Prússia e a Reforma Social, de um prussiano". Revista Práxis, Belo Horizonte, nº. 5, (p ). Introdução de Ivo Tonet, Joaquim de Oliveira, Trabalho Associado e Revolução Proletária. Disponível em: Acessado em: 10/10/2011.

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