UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Julio Ramos de Almeida Neto ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO NOS SERVIÇOS DE ESCAVAÇÕES, FUNDAÇÕES E DESMONTE DE ROCHAS Feira de Santana 2009

2 1 Julio Ramos de Almeida Neto ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO NOS SERVIÇOS DE ESCAVAÇÕES, FUNDAÇÕES E DESMONTE DE ROCHAS Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade Estadual de Feira de Santana, apresentado à disciplina Projeto Final II como requisito parcial à obtenção de título de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Professor Eduardo Antonio Lima Costa Feira de Santana 2009

3 2 Julio Ramos de Almeida Neto ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO NOS SERVIÇOS DE ESCAVAÇÕES, FUNDAÇÕES E DESMONTE DE ROCHAS Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção de Título de Bacharel em Engenharia Civil. Feira de Santana, agosto de Banca Examinadora: Eduardo Antonio Lima Costa Universidade Estadual de Feira de Santana Sergio Tranzillo França Universidade Estadual de Feira de Santana Sarah Patrícia de Oliveira Rios Universidade Estadual de Feira de Santana

4 3 DEDICATÓRIA A Deus. Aos meus pais, especialmente minha mãe, sempre com carinho, me deu a oportunidade e sempre me apóia. Aos meus irmãos. À minha noiva, pelo apoio e compreensão. A todos os amigos e colegas.

5 4 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus. A minha mãe pelo incentivo de sempre e amor intenso. Ao professor e orientador Eduardo Antonio Lima Costa, por todo o conhecimento passado. Pela sua paciência e incentivo que tornaram possível a conclusão deste trabalho. À professora Eufrosina, coordenadora da disciplina Projeto Final II, pela orientação ao longo do semestre. E a todos que contribuíram de alguma forma para a realização deste trabalho.

6 5 A IMPORTÂNCIA DO DETALHE: "Pela falta de um cravo, a ferradura foi perdida; Pela falta da ferradura, o cavalo foi perdido; pela perda do cavalo, o cavaleiro se perdeu; pela perda do cavaleiro, a batalha foi perdida, pela perda da batalha, o reino foi perdido, e tudo porque um cravo de ferradura foi perdido!" Benjamim Franklin

7 6 RESUMO Este trabalho tem como tema os aspectos de segurança do trabalho nos serviços de escavações, fundações e desmonte de rochas, sendo seu objetivo estudar as medidas de prevenção de acidentes existentes para este assunto, expondo em textos e figuras os procedimentos legais a serem adotados pelas empresas. Sua elaboração torna-se justa quando analisamos o aspecto da justiça social, sendo inaceitável o sofrimento humano decorrente do trabalho. Além disso, há consideráveis perdas econômicas e financeiras para a Previdência Social, relativas a auxílios doença, invalidez e pensões. Todas essas conseqüências adversas, que são economicamente custosas tanto para o empregador como para a sociedade em geral, podem ser evitadas através da promoção e implementação de medidas preventivas eficientes, integradas com outros programas preventivos de riscos para saúde e segurança do trabalho. Por isso a importância de um programa de gestão de segurança e saúde que obedecerá às normas, com destaque para a NR-18, havendo assim uma integração entre a segurança, o projeto e a execução da obra. Palavras-Chave: Trabalho. Escavações; Fundações; Desmonte de Rochas; Segurança do

8 7 ABSTRACT This work has as its theme the safety aspects of working in the offices of excavations, foundations and removal of rocks, and its objective to study the measures for preventing accidents to this matter, in both text and pictures outlining legal procedures to be adopted by companies. Their development is just when we analyze the aspect of social justice, and unacceptable human suffering from work. Moreover, there is considerable economic losses for the financial and Welfare, aid for disease, disability and pensions. All these adverse consequences, which are both economically costly for the employer and to society in general can be avoided through the promotion and implementation of effective preventive measures, integrated with other prevention programs of the risks to health and safety. Hence the importance of a program of health and safety management that conform to standards, especially for the NR-18, so there is an integration of the safety, design and execution of work. Key words: Excavations, Foundations, Removal of Rock; Security Labor.

9 8 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - PIRÂMIDE DE FRANK BIRD 24 FIGURA 2 - RETIRADA DE ÁRVORE 37 FIGURA 3 - INSTALAÇÃO DE ESCADAS EM ESCAVAÇÃO DE VALA COM MAIS DE 1,25 m DE ALTURA 38 FIGURA 4 - MEDIDAS DE AFASTAMENTO MÍNIMO COMUMENTE ADOTADAS 39 FIGURA 5 - PASSARELA EM ESCAVAÇÃO PARA CIRCULAÇÃO DE PESSOAS 39 FIGURA 6 - PASSARELA PARA O TRÁFEGO DE VEÍCULOS SOBRE ESCAVAÇÃO 40 FIGURA 7 - ESCAVAÇÃO TALUDADA (ESCAVAÇÃO COM PAREDES EM TALUDES) 41 FIGURA 8 - ESCAVAÇÃO PROTEGIDA COM ESTRUTURAS DENOMINADAS CORTINAS 41 FIGURA 9 - ESCAVAÇÃO MISTA COM PAREDES EM TALUDES E COM PAREDES PROTEGIDAS POR CORTINAS 41 FIGURA 10 - CONES 42 FIGURA 11 - FITAS 42 FIGURA 12 - CAVALETES 43 FIGURA 13 SINALIZADOR LUMINOSO 43 FIGURA 14 PLACAS DE SINALIZAÇÃO 43 FIGURA 15 - OPERÁRIO ESCAVANDO TUBULÃO 45 FIGURA 16 BATE-ESTACA 47

10 9 FIGURA 17 - UTILIZAÇÃO DO CINTO DE SEGURANÇA COM TRAVA-QUEDAS FIXADOS EM ESTRUTURA INDEPENDENTE 48 FIGURA 18 ESCAVAÇÃO DE TUBULÃO 55 FIGURA 19 ESCAVAÇÃO COM MAIS DE 1,25 m DE PROFUNDIDADE 56 FIGURA 20 OUTRA ESCAVAÇÃO COM MAIS DE 1,25 m DE PROFUNDIDADE 56 FIGURA 21 TOMBAMENTO DE RETRO-ESCAVADEIRA 57 FIGURA 22 RESGATE DE OPERÁRIO 58 FIGURA 23 EXPLOSÃO 58

11 10 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas AT CAT CIPA CLT Acidente do Trabalho Comunicação de Acidente de Trabalho Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Consolidação das Leis do Trabalho CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas CREA Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia DO DRT Doença Ocupacional Delegacia Regional do Trabalho FUNDACENTRO Trabalho Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do INSS MPS MTE NR NBR ONU OIT PIB Instituto Nacional do Seguro Social Ministério da Previdência Social Ministério do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Norma Brasileira Organização das Nações Unidas Organização Internacional do Trabalho Produto Interno Bruto

12 11 PROESIC Indústria da Construção Programa Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho na RTP Recomendação Técnica para Procedimentos SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SMT Segurança e Medicina do Trabalho SOBES Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança

13 12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA OBJETIVOS Objetivo geral Objetivo específico METODOLOGIA ESTRUTURA DO TRABALHO 19 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO A HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL CONCEITOS DE ACIDENTE DO TRABALHO PRINCIPAIS FATORES QUE CAUSAM OS ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO (CAT) ASPECTOS ECONÔMICO, LEGAL E SOCIAL DO ACIDENTE DO TRABALHO PROCEDIMENTOS LEGAIS E RECOMENDAÇÕES PARA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESCAVAÇÕES, FUNDAÇÕES E DESMONTE DE ROCHAS SEGUNDO A RECOMENDAÇÃO TÉCNICA DE PROCEDIMENTOS (RTP 03) SISTEMAS DE PROTEÇÃO EM ESCAVAÇÕES Riscos comuns Medidas preventivas Sinalização em escavações SISTEMAS DE PROTEÇÃO EM FUNDAÇÕES Riscos comuns Medidas preventivas SISTEMAS DE PROTEÇÃO EM DESMONTE DE ROCHAS COM O USO DE EXPLOSIVOS 49

14 13 4 PROCEDIMENTOS LEGAIS E RECOMENDAÇÕES PARA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESCAVAÇÕES, FUNDAÇÕES E DESMONTE DE ROCHAS SEGUNDO A NBR 9061/1985 SEGURANÇA DE ESCAVAÇÃO A CÉU ABERTO 50 5 PROCEDIMENTOS LEGAIS E RECOMENDAÇÕES PARA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESCAVAÇÕES SEGUNDO A NBR 12266/ PROJETO E EXECUÇÃO DE VALAS PARA ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÃO DE ÁGUA, ESGOTO OU DRENAGEM URBANA 54 6 REGISTROS FOTOGRÁFICOS DE NÃO CONFORMIDADES COM OS DOCUMENTOS LEGAIS APRESENTADOS 55 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 59 REFERÊNCIAS 61 ANEXO I: MODELO DO FORMULÁRIO DA COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO 64 ANEXO II: FLUXOGRAMA 65

15 14 1 INTRODUÇÃO Cabe ao empregador a responsabilidade pela saúde e segurança dos trabalhadores. As empresas são obrigadas por lei, conforme estabelece a Norma Regulamentadora NR-9, reformulada pela Portaria nº 25 de 29 de dezembro de 1994, a executarem a avaliação de riscos nos ambientes de trabalho. A finalidade de se efetuar a avaliação de riscos é permitir ao empregador tomar as medidas adequadas para assegurar a segurança e a proteção à saúde dos trabalhadores. Neste processo, a avaliação de riscos compreende a qualificação e quantificação da exposição a agentes químicos, físicos e biológicos, de um modo geral. Nos trabalhos realizados em escavações ocorrem, com freqüência, acidentes graves e fatais devido principalmente a deslizamentos de terra com conseqüentes soterramentos (Revista Proteção, 2002). Por isto, é necessário adotar medidas que garantam a segurança dos trabalhadores, levando em conta, principalmente, o conjunto de esforços sobre as contenções. Conhecer onde está o perigo é uma importante ferramenta para planejar e fiscalizar os ambientes de trabalho. Estar ciente das conseqüências para tomar iniciativas preventivas que evitem os acidentes é de suma importância, pois eles saem muito caro, para empresas, trabalhadores, governo e sociedade como um todo, pois todas as despesas diretas e indiretas dos acidentes são custosas e elevadas. Os acidentes e as doenças ocupacionais causam prejuízos expressivos nos cofres públicos. Em nível mundial, 4% do somatório do Produto Interno Bruto (PIB) das nações. No Brasil, de acordo com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), as perdas por acidentes e doenças ocupacionais consomem 2,2% do PIB, o equivalente a R$ 23,6 bilhões, de acordo com o site do INSS. Casos de soterramento são freqüentemente observados, principalmente nas empresas de água e esgoto destacando-se as companhias de saneamento do país. O principal motivo para a ocorrência de tais acidentes é a ausência dos sistemas de contenção do solo. A principal alegação das construtoras é que a instalação do escoramento é demorada, atrasando a continuidade da obra e seu cronograma físico. Isto não procede, pois não se deve justificar a ausência ou precariedade das

16 15 medidas de segurança em função de fatores econômicos ou de produção, pois a empresa poderá ser responsabilizada criminalmente, caso ocorra um acidente. A verdade é que nos últimos vinte anos, ocorreram no Brasil mais de 25 milhões de acidentes de trabalho, com um milhão de seqüelas permanentes e 86 mil óbitos (BITENCOURT, 2003). Isto mostra que as tentativas passadas, através de leis, decretos, normas e procedimentos relacionados à saúde e segurança do trabalhador, ainda não alcançaram os seus objetivos. Porém, o empregador, nos últimos anos, passou a preocupar-se mais com a segurança, devido aos custos diretos e indiretos que um acidente pode representar para sua empresa. Esta visão vem se desenvolvendo de forma gradativa e tende a se expandir com os novos conceitos que estão surgindo, relacionando a segurança com a qualidade e a produtividade. Cabe destacar que os índices de acidentes de trabalho em escavação na indústria da construção civil são elevados no Brasil. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, a atividade econômica de perfuração e execução de fundações destinadas a construção civil colocou-se em 14º lugar entre as 560 existentes, considerando freqüência, gravidade e custos dos acidentes de trabalho no período , segundo dados do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Outros dados revelam que os soterramentos estão, ao lado de quedas e eletrocussão, entre os principais tipos de acidentes de trabalho fatais ocorridos na indústria da construção civil. Há no país, várias ações na justiça do trabalho contra empregadores, engenheiros e mestres de obras responsabilizandoos civil e criminalmente por acidentes de trabalho ocorridos nestas atividades. A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) deverá ser feita pela empresa, através de formulário específico, ou na falta desta o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico assistente ou qualquer autoridade pública. É obrigatória a emissão da CAT relativa ao acidente de trabalho ou doença profissional, a fim de que o trabalhador (segurado) possa receber o benefício de AT - Acidente do Trabalho ou DO - Doença Ocupacional. O prazo para emissão da CAT é até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, de acordo com informações do site da Previdência Social.

17 JUSTIFICATIVA Em relação aos problemas econômicos causados pelos acidentes do trabalho, podem-se destacar os altos custos diretos (indenização ao acidentado nos primeiros 15 dias, perdas de equipamentos e de materiais, etc.) e indiretos (diminuição da produtividade global, adaptação de outro funcionário na mesma função, etc.) causados pela falta de segurança em geral. Isto deveria alertar os empresários para o volume de recursos que é desperdiçado cada vez que ocorre um acidente, sendo este um forte argumento para estimular investimentos na área. Um fato muito importante a ser considerado é que os empresários normalmente visualizam somente os custos diretos relacionados aos acidentes do trabalho, enquanto que os custos indiretos podem ser de 3 a 10 vezes maiores que o custo direto, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Ministério da Previdência Social (MPS). A Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela uma estimativa mundial em cerca de de acidentes de trabalho por ano, além de, aproximadamente, de casos de doenças ocupacionais, que chegam a comprometer 4% do Produto Interno Bruto mundial (PIB), e, em um terço destes, cada acidente ou doença representa a perda de quatro dias de trabalho. Diariamente há o óbito de pessoas, em média, devido aos dois fatores (FUNDACENTRO, 2006). É fundamental o conhecimento das informações estatísticas relativas aos acidentes do trabalho e doenças profissionais para a indicação, aplicação e controle de medidas prevencionistas relacionadas aos acidentes de trabalho nos serviços de escavações, fundações e desmonte de rochas. Além disso, com estas informações é possível prevenir futuros acidentes através da aplicação das lições aprendidas com acidentes passados. A industrialização e o desenvolvimento não precisam estar necessariamente associados com perdas e prejuízos para a saúde e segurança dos trabalhadores. Os riscos presentes em tais atividades podem e devem ser gerenciados a fim de se controlar e reduzir os riscos e as conseqüências, conservando assim a integridade do trabalhador.

18 17 A importância deste trabalho encontra-se, principalmente, relacionada ao fato de serem estudados e aplicados métodos de prevenção de acidentes do trabalho, baseados nas normas e documentos citados, conseguindo detectar os fatores indesejáveis e também possibilita a formulação de sugestões e soluções para a eliminação e/ou redução destes acidentes.

19 OBJETIVOS Objetivo Geral Estudar a implantação de medidas de controle da segurança do trabalho a serem adotadas pelas empresas nos serviços de escavações, fundações e desmonte de rochas Objetivo Específico Relatar e expor os procedimentos de segurança para realização de trabalhos em áreas com serviços de escavação, fundação e desmonte de rochas a serem adotadas pelas empresas, buscando assim, minimizar e controlar os riscos levando em consideração as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

20 METODOLOGIA Para a realização deste trabalho monográfico foi estabelecido as seguintes etapas: Coleta de informações dos acidentes de trabalho e suas conseqüências para as empresas, para o setor público e para o trabalhador. Estudo da aplicação das normas técnicas de segurança, apoiadas pelos documentos legais do Ministério do Trabalho e Emprego (Normas Regulamentadoras NR) e literaturas existentes. Analisar com base nos documentos legais e normas as atividades que envolvam escavações, fundações e desmonte de rochas na indústria da construção, visando à segurança e a saúde dos trabalhadores. Relatar alguns casos de não conformidades com os documentos legais e normas citados, exemplificados através de fotografias de trabalhos realizados em obras por todo país ESTRUTURA DO TRABALHO O conteúdo deste trabalho foi distribuído em 07 (sete) capítulos, onde a abordagem está descrita a seguir. No capítulo 1 é apresentada a introdução da monografia. São contextualizados o tema e o problema seguido da justificativa, colocação dos objetivos, bem como os procedimentos metodológicos utilizados no desenvolvimento do trabalho. No capítulo 2 é feita a revisão teórica de conceitos e histórico relativos à Segurança e Higiene do Trabalho no mundo e no Brasil, com fatos, datas, publicações e nomes marcantes. Foram abordados assuntos relacionados a

21 20 evolução histórica da segurança do trabalho, aspectos conceituais de acidentes de trabalho, acidentes de trabalho e suas causas, procedimentos para preenchimento da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e aspectos econômico, legal e social do acidente do trabalho. O capítulo 3 apresenta os procedimentos legais e recomendações para execução dos serviços de escavações, fundações e desmonte de rochas segundo a recomendação técnica de procedimentos (RTP 03). O capítulo 4 apresenta os procedimentos legais e recomendações para execução dos serviços de escavações, fundações e desmonte de rochas segundo a NBR 9061/ Segurança de escavação a céu aberto. No capítulo 5 são apresentados os procedimentos legais e recomendações para execução dos serviços de escavações segundo a NBR 12266/ Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de água, esgoto ou drenagem urbana. O capítulo 6 mostra os registros fotográficos de não conformidades com os documentos legais apresentados nos capítulos anteriores. Por fim, no capítulo 7, são apresentadas as considerações finais deste trabalho.

22 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO Na década de 90 o Brasil possuía um elevado número de ocorrências de acidentes de trabalho. Hoje reduziram a 1/3 devido à expressiva contribuição no combate a esta estatística, onde se reúnem empregadores, empregados e governo para levantar os problemas, discutir e elaborar normas para tornar mais segura, saudável e íntegra a vida dos trabalhadores (BASTOS, 2001). Muitas empresas têm a segurança e a saúde no trabalho como estratégia competitiva, buscando diretamente a satisfação dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que priorizam a educação, o treinamento e a motivação. Segurança do Trabalho e Qualidade são sinônimos e é muito difícil de conseguir a qualidade de um produto ou processo sem um ambiente de trabalho em condições adequadas e que propicie ao trabalhador direcionar toda a sua potencialidade ao trabalho que está sendo executado. No art. 196, da Constituição Federal, o direito a saúde é garantido a todos os cidadãos por meio de medidas que visem à redução do risco de doenças e outros agravos, além de acesso a ações para sua proteção e recuperação. A Segurança do Trabalho é então definida como o conjunto de medidas que versam sobre condições específicas de instalação do estabelecimento e de suas máquinas, visando à garantia do trabalhador contra a natural exposição aos riscos inerentes à prática da atividade profissional, de acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (DINIZ 1987). A higiene do trabalho é definida como: a aplicação dos sistemas e princípios que a medicina estabelece para proteger o trabalhador, prevendo ativamente os perigos que, para a saúde física ou psíquica, se originam do trabalho. A eliminação

23 22 dos agentes nocivos em relação ao trabalhador constitui o objeto principal da higiene laboral (CRUZ, 1998). De acordo com Cruz (1996), a higiene do trabalho tem como principais objetivos: promover, manter e melhorar a saúde dos trabalhadores; eliminar ou amenizar os infortúnios do trabalhador, tais como acidentes, doenças, intoxicações industriais etc., pelo controle higiênico dos materiais, processos e ambiente do trabalho; aplicar as medidas de prevenção às doenças transmissíveis comuns ou não ao trabalho; estender estas medidas de medicina preventiva aos membros da família e ao lar do trabalhador, pela visita do médico e da enfermeira, articulados pelo serviço social; contribuir para elevar o moral, o conforto e o nível da qualidade de vida do trabalhador; aumentar e prolongar sua eficiência no trabalho; diminuir o absenteísmo; diminuir o tempo perdido para a indústria, por todas as causas. A higiene do trabalho só se desenvolveu modernamente, entre a primeira e a segunda guerras mundiais. Porém, quatro séculos A.C., os trabalhos médicos já apresentam referências às moléstias causadas por certas ocupações e cuidados para preveni-las (CRUZ, 1996): - Hipócrates aconselhou a limpeza após o trabalho, referindo-se a doenças entre trabalhadores das minas de estanho; - Aristóteles referiu-se a doenças profissionais dos corredores e a maneira de evitá-las; - Platão associou certas deformações do esqueleto, ao exercício de certas profissões; - Plínio, o Velho, em sua História Natural, escrita A.C., descreveu as deficiências causadas nos mineradores de chumbo, zinco e enxofre, recomendando o uso de máscaras protetoras; - Galeno, já na era cristã, fez referência a doenças de ocupação entre trabalhadores das minas de chumbo do Mediterrâneo;

24 23 - Avicena, médico árabe, relacionou cólica (saturnismo) ao uso de pinturas a base de chumbo; - Ulrich Ellembog publicou, no século XV, obras relacionadas à higiene do trabalho. O primeiro trabalho realmente importante sobre doenças profissionais, foi escrito em 1700, consistindo na obra De Morbis Artificum Diatriba, realizado pelo médico italiano Bernardino Ramazzinni, o qual é considerado o pai da Medicina do Trabalho. Descreve cerca de 100 profissões diferentes e os riscos específicos de cada uma (CRUZ, 1998). No século XVIII surge na Inglaterra, a Revolução Industrial, um movimento que iria mudar toda a concepção em relação aos trabalhos realizados, e aos acidentes e doenças profissionais que deles originavam. Com o uso das máquinas nas operações de industrialização as tarefas tornam-se de execução repetitiva pelo trabalhador, o que levaram a um crescente número de acidentes. Nos ambientes de trabalhos haviam ruídos provocados por precárias máquinas, altas temperaturas, devido à falta de ventilação, iluminação deficiente, etc. Fatores esses, que contribuíam para o elevado número de acidentes, pois, até as ordens de trabalho na produção não eram escutadas pelo trabalhador, devido ao elevado nível de ruído (BITENCOURT, 2008). Em 1802, foi aprovada a lei de saúde e moral dos aprendizes, que foi a primeira lei de proteção aos trabalhadores, a qual estabeleceu o limite de 12 horas de trabalho diários, proibia o trabalho noturno, obrigava os empregados a lavar as paredes das fábricas duas vezes por ano, e tornava obrigatória a ventilação das fábricas. Todavia essas medidas foram ineficazes à redução no número de acidentes de trabalho (BITENCOURT, 2008). Em 1831, instalou-se uma comissão para analisar a situação dos trabalhadores, onde se concluiu um relatório descrevendo que todos os trabalhadores, encontravam-se doentes, deformados e abandonados. O impacto desse relatório sobre a opinião pública foi tão grande que surgiu, em 1833, a primeira legislação eficiente para a proteção do trabalhador, o Factory Act (BITENCOURT, 2008). O Factory Act, era aplicada em todas as fábricas têxteis na Inglaterra, onde se usasse força hidráulica ou a vapor. Devido ao grande desenvolvimento industrial da

25 24 Grã-Bretanha, uma série de medidas legislativas são adotadas visando a proteção do trabalhador, tal como, a criação de um órgão do Ministério do Trabalho, o Factory Inspectorate, que visava uma análise de agentes químicos que eram prejudiciais à saúde do trabalhador. Nos Estados Unidos da América, onde a industrialização desenvolveu-se mais tarde, surge no estado de Massachusetts, o primeiro ato governamental visando a prevenção de acidentes na indústria. Trata-se da lei emitida em 11 de maio de 1877, a qual exigia a utilização de protetores sobre correias de transmissão, guardas sobre eixos e engrenagens expostos e que proibia a limpeza de máquinas em movimento. Obrigava também, um número suficiente de saídas de emergência, para que, em caso de algum sinistro, ambientes de trabalho fossem evacuados rapidamente (BITENCOURT, 2008). Nos anos de 1967 e 1968, o norte americano Frank Bird analisou 297 companhias nos Estados Unidos da América, sendo envolvidas nessa análise pessoas de 21 grupos diferentes de trabalho. Neste período, houve acidentes comunicados. A partir desses dados foi criada a pirâmide de Frank Bird, que vemos na Figura 1, onde o mesmo chegou à seguinte conclusão: para que aconteça um acidente que incapacite o trabalhador, anteriormente acontecerão 600 incidentes sem danos pessoais e/ou materiais Acidentes com lesão séria ou incapacidade Acidentes com lesões leves Acidentes com danos à propriedade Incidentes que não apresentam danos pessoais e/ou materiais FIGURA 1 PIRÂMIDE DE FRANK BIRD No século XX, com a Revolução Industrial nos Estados Unidos em nova fase, com os novos métodos de produção, tornou-se necessário programas mais eficazes para a prevenção de acidentes e proteção de patrimônio. Surge a legislação de indenização em casos de acidente de trabalho.

26 25 Foram estabelecidos os primeiros serviços médicos de empresa industrial neste país com o objetivo de reduzir o custo de indenizações. A segurança era considerada estritamente como um trabalho de engenharia mecânica. Consistia na proteção de correias expostas e engrenagens, a renovação de parafusos com ângulos cortantes e a melhoria das condições físicas. A preocupação com a prevenção de acidentes, ainda era uma necessidade, porque continuava assustadora a ocorrência de acidentes. Após várias reuniões, estudos e debates a respeito de prevenção de acidentes, foi fundado o "National Council for Industrial Safety" (Conselho Nacional para Segurança Industrial), onde, atualmente, é o centro prevencionista mundial, pelos ensinamentos básicos de prevenção de acidentes, divulgação de estatísticas precisas e revistas especializadas (BITENCOURT, 2008). 2.2 A HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL No Brasil, a primeira lei contra acidentes surgiu em 1919, estabelecendo regulamentos prevencionistas ao setor ferroviário. Pois, nessa época, empreendimentos industriais de relevância praticamente não existiam. No ano de 1934 surge a lei trabalhista, que instituiu uma regulamentação bastante ampla, no que se refere à prevenção de acidentes (BITENCOURT, 2008). Em 1943 foi promulgada, pelo Decreto-Lei nº 5.452, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), cujo artigo 154 e seguintes, tratava dos problemas da saúde do trabalhador, sob o título de Higiene e Segurança do Trabalho. Esta Consolidação não representou uma cristalização do direito do trabalho, já que a ordem trabalhista, dinâmica e mutável, precisa de constantes modificações legais. Este fato é notado pelo número de decretos, decretos-lei e leis elaborados posteriormente, os quais tratam de assuntos como: repouso semanal remunerado; décimo terceiro salário; proteções contra acidentes; além de diversas e progressivas modificações no que se refere a indenizações por acidentes, tipos de lesões e moléstias profissionais. Em 1946 o Brasil adota as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), cabendo a esta a proteção ao trabalhador, a defesa do princípio de liberdade de associação, o incentivo ao ensino técnico e vocacional, entre outras

27 26 atividades correlatas, sendo da competência exclusiva do Congresso Nacional, a resolução sobre estes compromissos. Dentre estas, está a portaria nº (de 8/7/1978), aprovando, conforme art. 200 da CLT, as Normas Regulamentadoras (NR) relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, estabelecendo ênfase na prevenção do acidente de trabalho, modificando a antiga visão de apenas indenizar os prejuízos já causados (CRUZ, 1998). Em 5 de outubro de 1988 foi aprovada pela Assembléia Nacional Constituinte, uma nova Constituição Federal. Vários direitos dos trabalhadores foram consagrados em nível constitucional, com inovações de relevante importância para o sistema jurídico trabalhista. A livre criação dos sindicatos, já prevista pela convenção nº 87, da OIT de 1948, o direito de greve e a redução da jornada semanal de trabalho de 48 para 44 horas, foram algumas das matérias. Além destas, a generalização do regime de fundo de garantia, indenização para as dispensas arbitrárias, estabilidade especial para o dirigente sindical, dirigente das comissões internas de prevenção de acidentes de trabalho e das empregadas gestantes, entre outras inovações foram um grande passo para o respeito a autonomia privada coletiva na ordem trabalhista (CRUZ, 1998) CONCEITOS DE ACIDENTE DO TRABALHO O conceito de acidente de trabalho está previsto na Lei n de 24 de julho de 1991, através da redação de seu artigo 19, definindo como o: "que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho". situações: Considera também o artigo 20 do mesmo diploma legal as seguintes

28 27 I- doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II- doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I, bem como o parágrafo 2 permite em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente de trabalho. Acidente de trabalho é aquele que resulta no exercício do trabalho, provocando direta ou indiretamente, lesão corporal, perturbação funcional ou doença que determine morte, perda total ou parcial, permanente ou temporária da capacidade para o trabalho, adicionando que haverá responsabilidade do empregador por todo acidente que ocorrer, seja no exercício da função contratual, no local e no horário de serviço, ainda que durante o intervalo intrajornada, seja no desempenho da função fora do estabelecimento e do horário de trabalho, executando ordens ou realizando serviços sob a autoridade do empregador, na prestação espontânea de qualquer serviço ao empregador a fim de evitar-ihe prejuízos ou proporcionar-ihe vantagem econômica ou em viagem a seu serviço, em qualquer veículo, mesmo o seu próprio veículo (DINIZ, 1987). Acidente de trabalho deve ser entendido "não só como aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a morte ou perda ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho, mas também como a variada gama de doenças profissionais" (SOUZA, 1998). A Legislação Brasileira, através da Lei n 8.213, citada anteriormente também considera como acidente de trabalho (TORTORELLO, 2002): 1. a doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante na relação organizada pelo Ministério da Previdência Social; 2. a doença do trabalho, assim entendida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente, desde que constante da relação organizada pelo MPS;

29 28 3. em caso excepcional, constando-se que a doença não consta da relação do MPS, mas resultou de condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente. A Previdência Social, nesse caso, deve considerá-la acidente de trabalho. Não serão consideradas, pela legislação brasileira, como doença do trabalho as listadas a seguir: a) doença degenerativa; b) inerente ao grupo etário; c) que não produz incapacidade laborativa; d) doença endêmica, salvo comprovação de que resultou de exposição ou contato direto, determinado pela natureza do trabalho. Alem dos itens citados acima também não se considera acidente de trabalho as situações em que o empregado não está a serviço da empresa. Cabe lembrar que, de acordo com a mesma legislação brasileira o empregado não será considerado a serviço da empresa, quando: a) fora da área da empresa, por motivos pessoais, não do interesse do empregador ou do seu preposto; b) em estacionamento proporcionado pela empresa para seu veículo, não estando exercendo qualquer função do seu emprego; c) empenhado em atividades esportivas patrocinadas pela empresa, pelas quais não receba qualquer pagamento direta ou indiretamente; d) embora residindo em propriedade da empresa, esteja exercendo atividades não relacionadas com o seu emprego; e) envolvido em luta corporal ou outra disputa sobre assunto não relacionado com o seu emprego. Ainda sobre doença ocupacional é a doença que se julga ter sido causada ou agravada pela atividade de trabalho de uma pessoa ou pelo ambiente de trabalho. As doenças no trabalho são sérios obstáculos para a produtividade e para a eficiência funcional, exigindo que as empresas tomem medidas para melhorar o estado de saúde dos trabalhadores, tais como: melhoria da dieta alimentar,

30 29 condições higiênicas, sanitárias, habitação, assistência médica, fornecimento de roupas de trabalho e facilidade de primeiros socorros no campo (VIANNA, 2007). Outro aspecto que se necessita esclarecer é a diferença entre acidente e incidente. Incidente será definido como sendo um acontecimento não desejado ou não programado que venha a deteriorar ou diminuir a eficiência operacional da empresa. Do ponto de vista prevencionista, acidente é o evento não desejado que tem por resultado uma lesão ou enfermidade a um trabalhador ou um dano a propriedade (SOBES, 2008). Ainda, segundo a Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança (SOBES), ao adotarmos as providências necessárias para prevenir e controlar os incidentes, estamos protegendo a segurança física dos trabalhadores, equipamentos, materiais e o ambiente. A eliminação ou o controle de todos os incidentes deve ser a preocupação principal de todos aqueles que estiverem envolvidos nas questões de prevenção de acidentes ou controle de perdas. Portanto, o incidente pode ou não ser acidente, entretanto todos os acidentes são incidentes. Após entendido o significado do conceito de acidente e incidente, é que poderemos dar início aos processos de controle de todas as causas e origens dos mesmos PRINCIPAIS FATORES QUE CAUSAM OS ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS O acidente do trabalho está intimamente relacionado ao trabalho e ao ambiente em que o mesmo é exercido, pois o acidente do trabalho acontece em decorrência da execução de uma determinada tarefa em um ambiente de trabalho, estando este diretamente relacionado com as condições oferecidas pelos mesmos. E também está diretamente relacionado com os aspectos sociais, pois nas estatísticas das causas dos acidentes de trabalho no Brasil, verifica-se que os trabalhadores mais atingidos são os da mão-de-obra não qualificada (SENAI, 1996).

31 30 Sob o ponto de vista prevencionista a causa de acidente é qualquer fato que, se removido a tempo, teria evitado o acidente. Os acidentes são evitáveis, não surgem por acaso e, portanto, são passíveis de prevenção (SENAI, 1996). Sabemos que os acidentes ocorrem por falha humana ou por fatores ambientais. Falha humana, também chamada de Ato Inseguro, é definida como sendo aquela que decorre da execução de tarefas de forma contrária às normas de segurança. São os fatores pessoais que contribuem para a ocorrência de acidentes. É toda ação consciente ou não, capaz de provocar algum dano ao trabalhador, aos companheiros de trabalho ou às máquinas, aos materiais e equipamentos. Os processos educativos, a repetição das inspeções, as campanhas e outros recursos se prestarão a reduzir sensivelmente tais falhas, que podem ocorrer em virtude de: a) inaptidão entre o homem e a função; b) desconhecimento dos riscos da função e ou da forma de evitá-los; c) desajustamento, motivado por: seleção ineficaz; falhas de treinamento; problemas de relacionamento com a chefia ou companheiros; política salarial e promocional imprópria; clima de insegurança quanto à manutenção do emprego; diversas características de personalidade. Nota-se, portanto, a necessidade de analisar tecnicamente um acidente, levantando todas as causas possíveis, uma vez que a falha humana pode ser provocada por circunstâncias que fogem ao alcance do empregado e poderiam ser evitadas. Tais circunstâncias poderiam, inclusive, não apontar o homem como o maior causador dos acidentes. Fatores ambientais Os fatores ambientais (condições inseguras) de um local de trabalho são as falhas físicas que comprometem a segurança do trabalho. Como exemplo, pode-se citar: a) falta de iluminação; b) ruídos em excesso; c) falta de proteção nas partes móveis das máquinas; d) falta de limpeza e ordem (asseio); e) passagens e corredores obstruídos;

32 31 f) piso escorregadio; g) proteção insuficiente ou ausente para o trabalhador. Por ocasião das inspeções de segurança são levantados os fatores ambientais de insegurança e, por meio de recomendações para correção de tais falhas, elas poderão ser evitadas. Embora nem todas as condições inseguras possam ser resolvidas, é sempre possível encontrar soluções parciais para as situações mais complexas e soluções totais para a maior parte dos problemas observados. Os fenômenos da natureza podem ser previstos, mas são de difícil controle pelo homem (raios, furacões, tempestades, etc.) Se conseguirmos controlar as falhas humanas e os fatores ambientais que concorrem para a causa de um acidente de trabalho, estaremos eliminando os acidentes. Os instrumentos mais eficazes para a prevenção dos acidentes são: a) Inspeções de segurança. b) Processos educativos para o trabalhador. c) Campanhas de segurança d) Análise dos acidentes e) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) atuante. Um acidente pode envolver qualquer um destes fatores listados abaixo ou uma combinação destes: HOMEM Uma lesão, que representa apenas um dos possíveis resultados de um acidente. MATERIAL Quando o acidente afeta apenas o material. MAQUINARIA Quando o acidente afeta apenas as máquinas. Raramente um acidente com máquina se limita a danificar somente a máquina. EQUIPAMENTO Quando envolver equipamentos, tais como: empilhadeiras, guindastes, transportadoras, etc. TEMPO Perda de tempo é o resultado constante de todo acidente, mesmo que não haja dano a nenhum dos fatores acima mencionados.

33 COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO (CAT) A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho, ocorrido com seu empregado, havendo ou não afastamento do trabalho, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o teto máximo do salário-decontribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada na forma do artigo 109 do Decreto nº 2.173/97 (MPS, 1999). No Brasil o sistema de registros e notificações dos acidentes é efetuado segundo procedimentos estabelecidos pela NBR Cadastro de Acidentes do Trabalho Procedimento e Classificação, de 1999 e de acordo com as instruções normativas do MTE, contemplando apenas os trabalhadores do setor formas, ou seja, de carteira de trabalho assinada. Os acidentes do trabalho ou a doença profissional são informados por meio do formulário CAT, cujo modelo encontra-se no anexo 1 deste trabalho, preenchido em seis vias, com a seguinte destinação: 1ª via ao INSS; 2ª via à empresa; 3ª via ao segurado ou dependente; 4ª via ao sindicato de classe do trabalhador; 5ª via ao Sistema Único de Saúde SUS; 6ª via à Delegacia Regional do Trabalho. No anexo II deste trabalho encontra-se o fluxograma, retirado do Manual de instruções para preenchimento da comunicação de acidente do trabalho, da Previdência Social, apresentando um roteiro de emissão e registro de comunicação de acidente do trabalho. Com a emissão das CATs, consegue-se que o direito do trabalhador ao seguro acidentário seja garantido, além de fornecerem dados para o registro das

34 33 ocorrências que podem ser identificadas por tipo, motivo, região, atividade econômica, etc. (BARTOLOMEU, 2002). O próprio acidentado, seus dependentes, o sindicato da categoria, o médico que o assistiu ou uma autoridade pública poderá fazer a comunicação do acidente, na falta da mesma pela empresa. O que não eximirá a empresa da responsabilidade pela falta de emissão da CAT. Não se pode esquecer que independentemente de quem preencher a CAT, a mesma deve ser encaminhada ao médico que der o atendimento ao acidentado para que ele preencha os campos referentes ao atendimento médico, para a partir daí então ser encaminhada ao INSS onde será utilizada para a emissão de relatórios e providências necessárias ASPECTOS ECONÔMICO, LEGAL E SOCIAL DO ACIDENTE DO TRABALHO Sob todos os ângulos em que possa ser analisado, o acidente do trabalho apresenta fatores altamente negativos no que se refere ao aspecto humano, social e econômico, cujas conseqüências se constituem num forte argumento de apoio a qualquer ação de controle e prevenção dos infortúnios ocasionais. Para as empresas o acidente do trabalho significa redução no número de homens/horas trabalhados. Sendo assim, o custo direto do acidente é representado pela perda temporária e/ou permanente do trabalhador. Isto significa para a empresa o pagamento do salário durante o período de afastamento, tendo também dano material de máquinas e equipamentos. Também existe o custo indireto, provocado pelo acidente, significando o tempo de parada da produção no local do acidente e do envolvimento dos colegas de trabalho ao socorrerem o acidentado, além das despesas com assistência médica (SENAI, 1996). Para o Estado, existem as despesas decorrentes dos acidentes do trabalho, sob a forma do pagamento de benefícios previdenciários, a partir do 16º dia de afastamento do trabalho do acidentado e o pagamento das despesas do tratamento e reabilitação profissional, quando necessário.

35 34 Quanto ao empregado, apesar de toda a assistência e das indenizações recebidas por ele ou por seus familiares através da Previdência Social, no caso de acidentar-se, os prejuízos econômicos surgem na medida em que a indenização não lhe garante necessariamente o mesmo padrão de vida mantido até então. Dependendo do tipo de lesão sofrida, tais benefícios, por melhores que sejam, não repararão uma invalidez ou a perda de uma vida. Do ponto de vista legal, o Estado é colocado como o "protetor" do empregador e dos trabalhadores, assumindo a responsabilidade pelos infortúnios do trabalho. Em relação às empresas, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), cabe pagar o adicional de insalubridade (20 a 40% do salário mínimo) ou periculosidade (30% do salário), a certas condições no ambiente de trabalho que são inerentes a determinadas atividades, ao invés de tentar eliminar os riscos no trabalho. Assim, o risco profissional ao ser detectado no local de trabalho, se não for eliminado ou neutralizado, é apenas "monetarizado". Socialmente, o trabalhador é quem mais sofre com o acidente, pois sofre com a própria lesão e quando afastado definitivamente do mercado de trabalho sofre com a perda econômica e com o estigma da sociedade e da própria família por ser uma pessoa "inválida" e "não produtiva", isto é não ter condições de colaborar economicamente para o sustento do grupo familiar/social (SENAI, 1996).

36 PROCEDIMENTOS LEGAIS E RECOMENDAÇÕES PARA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESCAVAÇÕES, FUNDAÇÕES E DESMONTE DE ROCHAS SEGUNDO A RECOMENDAÇÃO TÉCNICA DE PROCEDIMENTOS (RTP 03) Em cumprimento ao item 18.35, da Norma Regulamentadora NR-18, Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, o Ministério do Trabalho, através da Fundação Jorge Duprat de Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO), fica responsável por publicar "Recomendações Técnicas de Procedimentos (RTP)", após sua aprovação pelo Comitê Permanente Nacional sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (CPN), visando subsidiar as empresas no cumprimento desta Norma. A partir disso foi apresentada a toda comunidade do trabalho a Recomendação Técnica de Procedimentos n 3 - RTP 03 - sobre Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas, visando subsidiar empresas, profissionais, governo e trabalhadores no efetivo cumprimento da NR 18, item Esta Recomendação Técnica tem por objetivo fornecer embasamento técnico e procedimentos em atividades que envolvam escavações, fundações e desmonte de rochas na indústria da construção. O texto-base e os desenhos foram elaborados pelo Grupo Técnico de Trabalho e consolidados pelos demais técnicos do Programa Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho na Indústria da Construção PROESIC da FUNDACENTRO. Quando houver risco de desmoronamento, deslizamento, acidentes com explosivos e projeção de materiais, é necessária a adoção de medidas correspondentes, visando a segurança e a saúde dos trabalhadores. A proteção coletiva, que deve ter prioridade sobre as proteções individuais, deve prever a adoção de medidas que evitem a ocorrência de desmoronamento, deslizamento, projeção de materiais e acidentes com explosivos, máquinas e equipamentos. Os itens 1, 2 e 3, a seguir, estabelecem procedimentos de segurança do trabalho nos serviços de escavação, fundação e desmonte de rochas. 1 - Antes de iniciar os serviços de escavação, fundação ou desmonte de rochas, certificar-se da existência ou não de redes de água, esgoto, tubulação de gás, cabos elétricos e de telefone, devendo ser providenciada a sua proteção,

37 36 desvio e interrupção, segundo cada caso. Em casos específicos e em situações de risco, deve ser solicitada a orientação técnica das concessionárias quanto à interrupção ou à proteção das vias públicas. 2 - A área de trabalho deve ser previamente limpa e desobstruída, retirando ou escorando solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza. 3 - Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavação devem ser escoradas, segundo as especificações técnicas de profissional legalmente habilitado. 3.1 SISTEMAS DE PROTEÇÃO EM ESCAVAÇÕES Riscos comuns Ruptura ou desprendimento de solo e rochas devido a: Operação de máquinas; Sobrecargas nas bordas dos taludes; Execução de talude inadequado; Aumento da umidade do solo; Vibrações na obra e adjacências; Realização de escavações abaixo do lençol freático; Realização de trabalhos de escavações sob condições meteorológicas adversas; Interferência de cabos elétricos, cabos de telefone e de redes de água potável e de sistema de esgoto; Obstrução de vias públicas; Recalque e bombeamento de lençóis freáticos; Falta de espaço suficiente para a operação e movimentação de máquinas.

38 Medidas preventivas Em relação ao projeto executivo de escavações deve ser levado em conta as condições geológicas e os parâmetros geotécnicos específicos do local da obra, tais como coesão e ângulo de atrito. Variações paramétricas em função de alterações do nível da água e as condições geoclimáticas devem ser consideradas. O responsável técnico deverá encaminhar ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) e aos proprietários das edificações vizinhas cópias dos projetos executivos, incluindo as técnicas e o horário de escavações a serem adotados. Recomenda-se o monitoramento de todo o processo de escavação, objetivando observar zonas de instabilização global ou localizada, a formação de trincas, o surgimento de deformações em edificações e instalações vizinhas e vias públicas. Quando houver risco de queda de árvores, linha de transmissão, deslizamento de rochas e objetos de qualquer natureza, é necessário o escoramento, a amarração ou a retirada dos mesmos, devendo ser feita de maneira a não acarretar obstruções no fluxo de ações emergenciais. Na Figura 2 vemos um exemplo de retirada de árvores para evitar tais problemas. FIGURA 2 RETIRADA DE ÁRVORE

39 38 As escavações com mais de 1,25 m de profundidade devem dispor de escadas de acesso em locais estratégicos, que permitam a saída rápida e segura dos trabalhadores em caso de emergência, como podemos verificar no detalhe da Figura 3 abaixo. FIGURA 3 - INSTALAÇÃO DE ESCADAS EM ESCAVAÇÃO DE VALA COM MAIS DE 1,25 m DE ALTURA As cargas e sobrecargas ocasionais, bem como possíveis vibrações, devem ser levadas em consideração para a determinação das paredes do talude, a construção do escoramento e o cálculo dos seus elementos estruturais. O material retirado das escavações deve ser depositado a uma distância mínima que assegure a segurança dos taludes. A Figura 4 representa tais observações.

40 39 FIGURA 4 - MEDIDAS DE AFASTAMENTO MÍNIMO COMUMENTE ADOTADAS As medidas acima não se aplicam em determinadas situações, as quais dependem da avaliação do responsável técnico. Devem ser construídas passarelas de largura mínima de 0,80 m, protegidas por guarda-corpos com altura mínima de 1,20 m, como mostrado na Figura 5, quando houver necessidade de circulação de pessoas sobre as escavações. FIGURA 5 PASSARELA EM ESCAVAÇÃO PARA CIRCULAÇÃO DE PESSOAS

41 40 Devem ser construídas passarelas fixas para o tráfego de veículos sobre as escavações, com capacidade de carga e largura mínima de 4 m, protegidas por meio de guarda corpo conforme a Figura 6. FIGURA 6 PASSARELA PARA O TRÁFEGO DE VEÍCULOS SOBRE ESCAVAÇÃO O responsável técnico deverá buscar a adoção de técnicas de estabilização dos taludes que garantam sua completa estabilidade, tais como retaludamento, escoramento, atirantamento, grampeamento e impermeabilização. Veremos nas Figuras 7, 8 e 9 exemplos de técnicas de estabilização.

42 41 FIGURA 7 - ESCAVAÇÃO TALUDADA (ESCAVAÇÃO COM PAREDES EM TALUDES) FIGURA 8 - ESCAVAÇÃO PROTEGIDA COM ESTRUTURAS DENOMINADAS CORTINAS FIGURA 9 - ESCAVAÇÃO MISTA COM PAREDES EM TALUDES E COM PAREDES PROTEGIDAS POR CORTINAS

43 42 Devem ser evitados trabalhos nos pés de taludes sem uma avaliação prévia pelo responsável técnico, pelos riscos de instabilidade que possam apresentar. A existência de riscos constitui impedimento à execução dos trabalhos, até que estes sejam eliminados. Deve ser evitada a execução de trabalho manual ou a permanência de observadores dentro do raio de ação das máquinas em atividade de movimentação de terra. Quando for necessário rebaixar o lençol de água (freático), os serviços devem ser executados por pessoas ou empresas qualificadas Sinalização em escavações Nas vias públicas ou em canteiros, durante as escavações, é obrigatória a utilização de sinalizações de advertência e barreiras de isolamento. A seguir, alguns tipos de sinalizações usadas: cones; fitas; cavaletes; pedestal com iluminação; placas de advertência; bandeirolas; grades de proteção; tapumes; e sinalizadores luminosos. Nas Figuras 10 e 11 vejamos os exemplos. FIGURA 10 - CONES FIGURA 11 - FITAS

44 43 FIGURA 12 - CAVALETES FIGURA 13 SINALIZADOR LUMINOSO FIGURA 14 PLACAS DE SINALIZAÇÃO O tráfego próximo às escavações deve ser desviado e, na sua impossibilidade, a velocidade dos veículos deve ser reduzida. Devem ser construídas, no mínimo, duas vias de acesso, uma para pedestres e outra para máquinas, veículos e equipamentos pesados. No estreitamento de pistas em vias públicas, deve ser adotado o sistema de sinalização luminosa (utilizar como referencial para consulta o Código Brasileiro de Trânsito).

45 44 Para as escavações subterrâneas devem ser observadas as disposições do item da NR-18 Locais Confinados, e as da NR-22 Trabalhos Subterrâneos. As escavações devem ser sinalizadas e isoladas de maneira a evitar quedas de pessoas e/ou equipamentos. 3.2 SISTEMAS DE PROTEÇÃO EM FUNDAÇÕES Riscos comuns São riscos comuns nas escavações de poços e nas fundações a céu aberto: Queda de materiais; Queda de pessoas; Fechamento das paredes do poço; Interferência com redes hidráulicas, elétricas, telefônicas e de abastecimento de gás; Inundação; Eletrocussão; Asfixia. Tombamento dos bate-estacas; Ruptura de cabos de aço; Ruptura de mangueiras e conexões sob pressão; Ruptura de tubulações de cabos elétricos e de telefonia; Vibrações afetando obras vizinhas ou serviços de utilidade pública; Queda do pilão; Queda do trabalhador da torre dos bate-estacas; Ruído; Circulação de trabalhadores junto aos bate-estacas.

46 Medidas preventivas A execução do serviço de escavação deverá ser feita por trabalhadores qualificados. Na execução de poços e tubulões a céu aberto, a exigência de escoramento/encamisamento fica a critério do responsável técnico pela execução do serviço, considerando os requisitos de segurança que garantam a minimização de risco ao trabalhador. Tubulões, túneis, galerias ou escavações profundas de pequenas dimensões, cuja frente de trabalho não possibilite perfeito contato visual da atividade e em que exista trabalho individual, o trabalhador deve estar preso a um cabo-guia que permita, em caso de emergência, a solicitação ao profissional de superfície para o seu rápido socorro. Observar-se na Figura 15 a forma correta de procedimento para este tipo de atividade. FIGURA 15 ATIVIDADE REALIZADA NA BASE DE ESCAVAÇÕES PROFUNDAS E DE PEQUENAS DIMENSÕES A partir de 1 m de profundidade, o acesso da saída do poço ou tubulão será efetuado por meio de sistemas que garantam a segurança do trabalhador, tais como sarilho com trava ou guincho mecânico.

47 46 Nas escavações manuais de poços e tubulões a céu aberto o diâmetro mínimo deverá ser de 0,60 m. Caso se adote iluminação interior, devem ser adotados sistemas estanques à penetração de água e umidade, alimentada por energia elétrica não superior a 24 volts. Deve ser evitada a utilização de equipamentos acionados por combustão ou explosão no interior dos poços e tubulões. Deve ser garantida ao trabalhador no fundo do poço ou tubulão a comunicação com a equipe de superfície através de sistema sonoro. Deve ser garantida ao trabalhador a boa qualidade do ar no interior do poço ou tubulão. Nas fundações escavadas a ar comprimido, tanto a compressão como a descompressão deverão ser feitas de acordo com a NR-15 Anexo 6, a fim de evitar danos à saúde do trabalhador. Em poços e fundações escavadas a ar comprimido, a integridade dos equipamentos deve ser vistoriada diariamente e deve haver a manutenção do serviço médico de plantão para casos de socorro de urgência. A jornada de trabalho deve ser menor ou igual a 8 horas, em pressões de trabalho de 0 a 1,0 Kgf/cm 2 ; a 6 horas, em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 Kgf/cm 2 ; e a 4 horas, em pressão de trabalho de 2,6 a 3,4 Kgf/cm 2, devendo ser respeitadas as demais disposições da NR-15, citadas em seu Anexo 6. A equipe de escavações deve ser constituída de trabalhadores qualificados e de um profissional treinado em atendimento de emergência, que deve permanecer em regime de prontidão no local de trabalho. Deve ser evitada a presença de pessoas estranhas junto aos equipamentos. Para as fundações cravadas e injetadas deve haver a preparação da área de trabalho levando-se em conta o acesso, o nivelamento necessário e a capacidade do solo de suportar o apoio da torre. O responsável técnico deve avaliar a interferência da escavação na estabilidade de construções vizinhas e na qualidade dos serviços de utilidade pública. Os cabos e mangueiras devem passar por inspeção periódica.

48 47 Na operação de bate-estacas a vapor, devemos dar atenção especial às mangueiras e conexões, sendo que o controle de manobra das válvulas deverá estar sempre ao alcance do operador. As operações de instalação, de funcionamento e de deslocamento dos bateestacas devem ser executadas segundo procedimentos de segurança estabelecidos pelos responsáveis das referidas atividades. FIGURA 16 BATE-ESTACA Quando o bate-estacas tiver que realizar sua operação próximo à rede de energia elétrica, o responsável pela segurança na operação deve solicitar orientação técnica da concessionária local quanto aos procedimentos operacionais e de segurança a serem seguidos. Quando o topo da torre do bate-estacas estiver num nível imediatamente superior às edificações vizinhas, o equipamento deve ser devidamente protegido contra descargas elétricas atmosféricas. Os cabos de suspensão do pilão devem ter, no mínimo, seis voltas enroladas no tambor do guincho, devendo ser inspecionados periodicamente.

49 48 Se o bate-estacas não estiver em operação, o pilão deve permanecer em repouso sobre o solo ou no fim da guia do seu curso. Na operação de içamento do pilão, deverá ser observada freqüentemente a integridade do limitador de curso, a fim de garantir a não ultrapassagem do limite de içamento. Para garantir a não ultrapassagem do limite de içamento do pilão, o limitador de curso deve ser inspecionado periodicamente por profissional qualificado. A estaca pré-moldada, quando posicionada na guia do bate-estacas, deve ser envolvida por corrente e inspecionada periodicamente para detectar trincas e evitar o seu tombamento em caso de rompimento do cabo. A manutenção ou reparos em bate-estacas devem ser executados somente quando o equipamento estiver fora de operação Quando executar serviços na torre do bate-estacas, o trabalhador deverá, obrigatoriamente, utilizar o cinto de segurança do tipo pára-quedista, com travaquedas fixados em estrutura independente, como observa-se na Figura 17. FIGURA 17 - UTILIZAÇÃO DO CINTO DE SEGURANÇA COM TRAVA-QUEDAS FIXADOS EM ESTRUTURA INDEPENDENTE Os trabalhadores expostos a níveis de pressão sonora (ruído) superiores aos estabelecidos e tolerados pela NR-15 devem ser, obrigatoriamente, protegidos por meio de medidas de proteção coletiva e/ou de equipamentos de proteção auditiva individual.

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