Fórum Social Nordestino, Recife, 24 a 27 de novembro de 2004

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1 Fórum Social Nordestino, Recife, 24 a 27 de novembro de 2004 Um projeto Ibase, em parceria com Attac Brasil, Articulacion Feminista Marcosur, Portal Porto Alegre, ActionAid e Fundação Rosa Luxemburgo Para retomar a reinvenção democrática: qual cidadania, qual participação? Evelina Dagnino Professora da Unicamp (Texto produzido a partir da palestra da autora) A reinvenção da democracia é uma questão que está posta no Brasil já há bastante tempo. É importante retomar o que foi o processo de reinvenção democrática que se iniciou no bojo da resistência contra a ditadura. Ao longo dos anos 1980 e em boa parte dos anos 1990 foi constituído um projeto que contemplava fortemente o que se pode chamar de uma reinvenção da democracia. Esse projeto democratizante e participativo foi empreendido por aquilo que, naquela época, se chamava sociedade civil (movimentos sociais populares, movimentos sociais urbanos, de mulheres, dos negros, de homossexuais, de direitos humanos etc), uma categoria que se diluiu ao longo dos anos. Mas este foi um espaço onde tal projeto de redefinição da democracia foi inventado. O projeto levava em conta um outro tipo de democracia que não só a democracia representativa stricto sensu, eleições, partidos etc, recusando a chamada "democracia realmente existente" por considerá-la limitada. Neste sentido, o projeto afirmava a necessidade de ampliar a democracia, aprofundá-la, 1

2 radicalizá-la e ampliá-la no sentido de estendê-la para muito além do sistema político, estendê-la às relações sociais no seu conjunto. O marco formal de todo o processo de redefinição da democracia é a Constituição de 1988, que assegurou vários elementos deste projeto. Duas idéias que são centrais nesse projeto. A primeira é a idéia de cidadania. Esse projeto significava o aprofundamento da democracia porque também redefiniu, re-significou a idéia de cidadania e essa idéia é fundamental quando falamos da reinvenção democrática. O outro princípio fundamental, trazido para a Constituição de 1988, é a idéia da participação da sociedade civil. As redefinições de democracia contidas já na Constituição de 1988, e concretizadas posteriormente através de experiências como os Conselhos Gestores e os Orçamentos Participativos, não partiram do Estado, mas da sociedade civil. Não que tal projeto tenha sido constituído de maneira autônoma. Muito pelo contrário, foi uma vitória da sociedade que conseguiu impor-se ao projeto dominante de uma democracia elitista e restrita. A visão de cidadania, tal como foi redefinida e re-apropriada pelos movimentos sociais, contém uma parte muito importante daquilo que pode se chamar a reinvenção da democracia. Porque a noção de cidadania, na verdade, foi uma maneira de operacionalizar essa noção um pouco abstrata e vaga que é a democracia e, nesse sentido, concretizar a democracia. A redefinição que os movimentos sociais e que outros setores da sociedade civil empreenderam a respeito da noção de cidadania na década de 1980, basicamente é marcada fortemente pela idéia de incorporar as características das sociedades contemporâneas, tais como o papel que se dá à subjetividade, o surgimento de novos sujeitos sociais (sujeitos de um novo tipo, mulheres, negros, homossexuais etc), a emergência de novos temas (e de novos direitos trazidos pelos movimentos sociais) e a ampliação do espaço da política. A redefinição de cidadania reconhece e enfatiza o caráter intrínseco que tem a transformação da cultura com relação à construção da democracia. Nesse sentido, a nova cidadania interpela elementos culturais como aqueles que são subjacentes à matriz que 2

3 preside o ordenamento social brasileiro e de tantas outras sociedades na América Latina, como o autoritarismo social. E é justamente contra o autoritarismo social que essa redefinição de cidadania se põe, alvo político fundamental do processo da redemocratização (assim como o autoritarismo político). Há, portanto, uma clara distinção em relação a outras versões de cidadania. Esta cidadania chamada, naquele momento, de nova cidadania, uma cidadania ampliada, não está mais confinada dentro dos limites das relações com o Estado ou entre o Estado e o indivíduo. A cidadania liberal se confina nesse espaço. Mas essa redefinição pensa a cidadania como algo que deve ser estabelecido também no interior da própria sociedade, uma cidadania que funcione como um parâmetro do conjunto das relações sociais que se travam nessa sociedade. O processo de construção de cidadania como afirmação e reconhecimento de direitos é, especialmente na sociedade brasileira, um processo de transformação de práticas muito arraigadas não apenas no Estado, mas na sociedade como um todo. O significado dessa cidadania está muito longe de ser limitado à aquisição formal e legal de um conjunto de direitos. E, nesse sentido, ela também não está limitada ao sistema político-jurídico. A nova cidadania seria então um projeto para uma nova sociabilidade, um formato mais igualitário das relações sociais, inclusive novas regras para viver em sociedade, para a negociação de conflitos. Um novo sentido de ordem pública e de responsabilidade pública. Aquilo a que alguns autores se referem como sendo um novo contrato social. Ora, um formato mais igualitário de relações sociais em todos os níveis implica aquilo que a professora Vera da Silva Telles chama de o reconhecimento do outro como sujeito portador de interesses válidos e direitos legítimos. Isso implica, evidentemente, a constituição de uma dimensão pública na sociedade em que os direitos possam se consolidar como parâmetros públicos para a interlocução, para o debate, tornando possível a reconfiguração de uma dimensão ética da vida social. Isso significa também que essa cidadania tem que se abrir não só, evidentemente, ao direito à igualdade, que é constitutiva da cidadania, mas, especialmente, tem que se abrir e considerar o direito à diferença. 3

4 E nesse sentido, me parece que tal redefinição de cidadania estabelece um vínculo indissolúvel entre o direito à igualdade e o direito à diferença, na medida em que não é mais possível na sociedade contemporânea pensar a realização da igualdade sem considerar que essa realização passa integralmente por assegurar também o direito à diferença. Não há como falar em igualdade se as diferenças persistirem e são usadas como base para a desigualdade, a discriminação etc. Outra característica dessa redefinição de cidadania, profundamente vinculada à idéia da ampliação da política, é que ela também aponta na direção da redefinição daquilo que é uma referência central no conceito liberal de cidadania, que parte do pressuposto de que é necessário que se pertença ao sistema político, que se pertença à sociedade. A cidadania liberal visa oferecer condições para tal pertencimento. A redefinição de cidadania que vem dos anos 1980 ultrapassa esta idéia porque, muito mais do que reivindicar o pertencimento ao sistema, o que de fato está em jogo nesta construção é o direito, não apenas de pertencer, não apenas de ser incluído, mas de participar da própria definição desse sistema. Ou seja, de definir, de participar da definição daquilo no qual nós queremos ser incluídos, naquilo do qual nós, efetivamente, queremos ser membros o que, evidentemente, significa afirmar o direito de participar da definição da própria sociedade, apontando, em última instância, para a invenção de uma nova sociedade. Essa definição de cidadania está vinculada, evidentemente, aquilo que é o outro princípio do projeto participativo democratizante que se engendra naqueles anos, que é o princípio da participação da sociedade civil. E aqui, qual é a idéia fundamental? A participação era pensada como partilha do poder, como participação na tomada de decisões. Um poder pensado não como um aparato a ser tomado, mas como um conjunto de relações sociais a ser transformado, no sentido atribuído por Gramsci ao poder. E este poder está tanto na sociedade quanto no Estado e, portanto, é necessário pensar sua transformação tanto na sociedade quanto no Estado. 4

5 O que é que possibilitou que essa idéia de participação como partilha do poder pudesse ser realista, no período entre os anos 1980 e início dos anos 1990? Primeiro, com a democratização, a reorganização partidária e as eleições livres, houve um trânsito, especialmente durante os anos 1990, de manifestações desse projeto democrático participativo que se engendrou na sociedade civil para dentro do aparato do Estado nos seus vários níveis. A princípio, nos níveis municipais e estaduais. O que era, entre os anos 1970 e começo dos 1980, um projeto gestado na sociedade, transitou, em alguns casos, para dentro do aparato do Estado. A segunda condição, que é uma decorrência dessa e que ocorre nos anos 1990, é a principal novidade dos anos Os movimentos sociais e a sociedade civil, dado este trânsito, resolveram fazer uma aposta na possibilidade de uma atuação conjunta entre o Estado e a sociedade civil, através, exatamente, do princípio da participação. Ou seja, se consolidou, nos anos 1990, a idéia de que a sociedade tem o direito de participar e que, portanto, pode e deve compartilhar o poder do Estado. Para isso, a Constituição de 1988 assegurou alguns mecanismos. O projeto participativo democratizante foi, sim, capaz de constituir um campo ético-político que se expandiu significativamente na sociedade nos anos Tão significativamente que foi capaz de gerar uma correlação de forças bastante favorável à implementação daqueles princípios. O que nos fez alimentar uma visão irrealisticamente otimista sobre o processo de construção democrática. Feznos pensar que a linearidade do seu avanço, ou a curva ascendente pela qual esse processo passou durante os anos 1980 e parte dos 1990, deveria continuar. O que se passou com aquele momento áureo de reinvenção da democracia? O que aconteceu com este projeto? Tal projeto e seu processo de ascensão se encontraram, na década dos 1990, a partir de 1989, com a eleição de Fernando Collor para a Presidência, com outro projeto, um projeto neoliberal, no interior do qual há emergência de um projeto de Estado mínimo, sendo o Estado seletivamente mínimo. Evidentemente, não é mínimo quando se trata de alocar recursos para salvar os bancos, ou para 5

6 assegurar o projeto dominante. Mas com certeza ele é mínimo quando se trata de alocar recursos para as políticas sociais. Tal projeto de Estado mínimo configurase com o encolhimento das suas responsabilidades sociais e a sua transferência para a sociedade civil, como maneira de implementar os ajustes estruturais exigidos pelo FMI. Este é o argumento central. Do encontro desses dois projetos origina-se uma situação de confluência perversa e é nesta perversidade que se encontra a raiz de vários dos dilemas que a construção democrática enfrenta hoje. Tal perversidade está presente de forma emblemática no fato de que os dois projetos, que apontam, cada um deles, para direções certamente opostas e até antagônicas, coincidem num ponto: ambos requerem uma sociedade civil ativa e propositiva. Tal identidade de propósitos, no que toca à participação da sociedade civil, é, evidentemente, aparente. Mas essa aparência é sólida e cuidadosamente construída através da utilização de referências comuns, que tornam seu deciframento uma tarefa difícil, especialmente para os atores da sociedade civil envolvidos, para quem a participação se apela tão veementemente e em termos tão familiares e sedutores. A disputa política entre projetos políticos distintos assume, então, caráter de uma disputa de significados para referências aparentemente comuns: participação, sociedade civil, cidadania, democracia. A utilização dessas referências, que são comuns, mas abrigam significados muito distintos, instala o que se pode chamar de crise discursiva: a linguagem corrente, na homogeneidade de seu vocabulário, obscurece diferenças, dilui nuances e reduz antagonismos. Nesse obscurecimento se constroem sub-repticiamente os canais por onde avançam as concepções neoliberais, que passam a ocupar terrenos insuspeitados. Em tal disputa, onde os deslizamentos semânticos, os deslocamentos de sentido, são as armas principais, o terreno da prática política se constitui num terreno minado, onde qualquer passo em falso nos leva ao campo adversário. Neste ponto é que se encontra a perversidade e o dilema que ela coloca, instaurando uma tensão que atravessa hoje a dinâmica do avanço 6

7 democrático no Brasil. Uma das tarefas fundamentais que temos que enfrentar hoje para resgatar a invenção democrática, a reinvenção democrática que iniciamos e que nos deu grandes avanços é enfrentar a aparente homogeneidade do discurso, é reafirmar os significados que o projeto democratizante conferiu a eles, apontando a distinção entre eles e o uso, a apropriação neoliberal que deles se faz. Por outro lado, é preciso reconhecer tais avanços. Não haveria como concordar com a idéia de que avançamos pouco desde a década de 1980 ou de que a democracia não tenha servido para nada. Evidentemente, onde não houve avanços, onde houve regressão até, foi em relação à igualdade econômica. A derrota que este projeto sofreu com relação à necessidade de diminuição da desigualdade não pode obscurecer todos os outros ganhos que tivemos, inclusive em outras dimensões de conquista da igualdade. Se considerarmos o percurso que tivemos desde esta época no reconhecimento dos direitos de inúmeros setores na sociedade, direitos à igualdade e à diferença (de negros, mulheres, deficientes físicos etc), podemos ter um olhar um pouco mais relativizado sobre os anos que hoje nos separam da formulação original do projeto democrático e participativo. Mas, evidentemente, vivemos dilemas profundos que se relacionam muito de perto com o obscurecimento das diferenças, com esta aparente homogeneidade de linguagem e de referências. Então, o que é que aconteceu com essas referências que expressavam a reinvenção democrática? Como é que a cidadania, a participação, a própria sociedade civil foram redefinidas ao longo desse período, no bojo do avanço neoliberal? Hoje não é mais possível a simples menção destas palavras já que elas estão por toda parte para nos assegurar que interesses estão sendo defendidos. São muito claras as evidências destes dilemas quando ouvimos a experiência dos militantes que estão envolvidos nas experiências de participação. Eles perguntam com muita freqüência: o que estou fazendo aqui? Será que é aqui que eu deveria estar? Qual é o projeto que eu estou reforçando com minha atuação? 7

8 É preciso, então, examinar as redefinições, seus significados e suas implicações. Em primeiro lugar, a redefinição da idéia de sociedade civil, que é a mais conhecida delas. Houve uma profunda transformação no conteúdo da idéia de sociedade civil em relação aos anos 1980, já que a sociedade civil foi afirmada nos anos 1980 como a arena e o alvo da política. A expressão foi trazida para o vocabulário político porque tinha esse significado, afirmar a ampliação da política. Hoje, o sinônimo mais freqüente para sociedade civil é a idéia de terceiro setor, oriundo do projeto neoliberal. Curiosamente, a idéia de terceiro setor define claramente diferentes papéis e funções: denominá-lo terceiro nos remete a um primeiro e um segundo setores, que seriam, respectivamente, o Estado e o mercado, encarregados da função política e da função econômica. O que significa que o terceiro setor não tem função política. Aliás, muito pelo contrário. Com muita freqüência, aqueles que utilizam essa expressão se orgulham de dizer que nós não somos políticos, não é aqui que se faz política. Então, onde se faria política? Exclusivamente no Estado, ou na sociedade política. A concepção de sociedade civil, que tinha servido como antídoto, como resistência a uma noção estadista de política, autoritária e excludente, que diz que a política só se faz no Estado, passa de novo a ser ameaçada na medida em que está sendo aos poucos redefinida por uma nova concepção que é a de terceiro setor, que com muita tranqüilidade faz com que a política retorne ao âmbito exclusivo do Estado na tentativa de anular um dos grandes ganhos dos anos 1980, que foi afirmar a idéia de que se faz política também na sociedade civil. Evidentemente, esta não é a única transformação da sociedade civil. Eu diria que há um processo de identificação cada vez maior entre sociedade civil e ONGs que é acompanhado de um processo de marginalização aquilo que Chico de Oliveira chamou de criminalização dos movimentos sociais. Temos hoje uma concepção seletiva e excludente de sociedade civil que, certamente, não é a concepção de sociedade civil que estava na origem do projeto democratizante e participativo que expressava a reinvenção da democracia nos anos

9 A segunda redefinição é a da noção de participação. A participação, que era o núcleo central do projeto participativo, percorre um pouco os mesmos caminhos que percorreu a redefinição neoliberal da sociedade civil. A re-significação da participação se constitui através da emergência da chamada participação solidária, que vem acompanhada da ênfase no trabalho voluntário e na chamada "responsabilidade social", tanto de indivíduos quanto de empresas. O princípio básico nestas noções, extremamente difundidas hoje em dia, é a adoção de uma perspectiva privatista e individualista, capaz de substituir e redefinir o que era o significado coletivo da participação social. A própria idéia de solidariedade, que virou a grande bandeira da participação redefinida, é, neste outro projeto, despida do seu significado político coletivo e passa a apoiar-se no terreno privado da moral. As redefinições promovem então a despolitização da participação. E se pensarmos que, no modelo da participação do voluntariado, da responsabilidade social, não há mais a necessidade de espaços públicos, onde o debate sobre os próprios objetivos da participação pode ter lugar, vemos que o significado político e o potencial democratizante destes espaços é, de novo, substituído por formas estritamente individualizadas de tratar questões tais como a desigualdade social e a pobreza. A outra apropriação significativa vem responder ao processo de resignificação da cidadania, empreendido pelos movimentos sociais dos anos Foi exatamente o sucesso da nova acepção do termo cidadania que fez com que a noção de cidadania se difundisse, virasse feijão com arroz : está absolutamente em todas as partes, dos anúncios de bancos privados ao Banco Mundial. De banco a banco, todos falam hoje de cidadania. A redefinição neoliberal de cidadania, de novo, reduz o significado coletivo daquela outra redefinição. E justamente esta afirmação dos direitos coletivos, este ir além do direito puramente individual, foi um grande ganho daquela definição. Hoje nós temos, de novo, um entendimento estritamente individualista da noção de cidadania. Em segundo lugar, a cidadania está cada vez mais sendo apresentada através de uma conexão, que é muito sedutora, entre cidadania e mercado. Tornar-se 9

10 cidadão, em muitos discursos hoje em dia, passa a significar a integração individual ao mercado, como consumidor e como produtor. Este me parece um princípio que subjaz a uma enorme quantidade de programas para ajudar as pessoas a adquirir cidadania : aprender como iniciar uma micro empresa, se tornar qualificado para os poucos empregos ainda disponíveis etc. Em um contexto onde o Estado se isenta progressivamente do seu papel de garantidor de direitos, o mercado é oferecido como uma instância substituta da cidadania. É problemático denominar a isto cidadania, reduzindo e distorcendo seu significado original. E mais. Os direitos trabalhistas, uma dura conquista da classe trabalhadora, estão sendo eliminados em nome da livre negociação, da flexibilização etc. O reconhecimento dos direitos que, no passado recente, eram indicadores de modernidade, hoje se torna símbolo do atraso, um anacronismo que bloquearia o potencial modernizante do mercado. Nesta concepção é encontrada legitimação muito poderosa da concepção de mercado como instância alternativa da cidadania, na medida em que torna-se a encarnação das virtudes modernas e o único caminho para o sonho latino-americano de inclusão no Primeiro Mundo. Tal concepção de cidadania é que preside as ações das fundações empresariais, caracterizadas por uma ambigüidade que lhes é constitutiva: de um lado os interesses mercantis da maximização de lucros e, de outro, a imagem pública baseada na responsabilidade social. Estas fundações se apresentam como os novos campeões da cidadania no Brasil. O discurso da cidadania é marcado pela total ausência de qualquer referência a direitos universais ou ao debate político sobre as causas da pobreza e da desigualdade. Uma das conseqüências disto então é o deslocamento destas questões. A pobreza e a desigualdade estão sendo retiradas da arena pública e do seu domínio próprio que é o da justiça, da igualdade e da cidadania, e se transformando numa questão que é técnica ou filantrópica. Em algum momento se anunciou que os pobres eram cidadãos e que, portanto, deveriam ver reconhecidos os seus direitos. Hoje, cada vez mais passam a ser apresentados 10

11 não mais como cidadãos, mas como carentes que devem ser atendidos pela caridade, seja ela pública ou privada. A energia da sociedade civil não deve ser inteiramente voltada para a participação nas instâncias de co-gestão com o Estado. Certamente há uma enorme multiplicidade de formas daquilo que vários autores chamaram de socialização da política, fazer com que a política seja uma atividade assumida por uma parte cada vez maior da sociedade, não apenas a política institucional (igualmente importante), mas também todas as outras formas de política. A idéia da participação, a ênfase na participação, é a afirmação de que o Estado pode se transformado. Se está no horizonte transformar a lógica do funcionamento do capital, por que não deve estar, também, a possibilidade de transformação da lógica do Estado? A participação institucional nas instâncias de co-gestão com o Estado não pode ser a única. Mais do que isso: sem que conte com o respaldo da sociedade organizada, está fadada a falhar. Há problemas e dificuldades neste processo, mas grande parte deles se deve ao fato de que a sociedade civil, os movimentos sociais, canalizaram uma enorme parte da sua energia para estes espaços. Seria preciso pensar em que medida a própria implementação do modelo neoliberal (associado a crise econômica, ao aumento da desigualdade sociais e, especialmente, ao desemprego) acentuou ainda mais as condições desfavoráveis à participação da sociedade, ao seu crescimento e renovação. E o que temos? Os representantes eleitos pela sociedade civil postos face a face com o Estado, isolados, "pendurados no pincel". Porque as bases que eles supostamente representam muitas vezes estão rarefeitas e desmobilizadas. É necessário fazer com que estas duas frentes estejam profundamente interligadas. 11

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