Fórum Social Nordestino, Recife, 24 a 27 de novembro de 2004
|
|
- Sandra Almeida Martins
- 8 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 Fórum Social Nordestino, Recife, 24 a 27 de novembro de 2004 Um projeto Ibase, em parceria com Attac Brasil, Articulacion Feminista Marcosur, Portal Porto Alegre, ActionAid e Fundação Rosa Luxemburgo Para retomar a reinvenção democrática: qual cidadania, qual participação? Evelina Dagnino Professora da Unicamp (Texto produzido a partir da palestra da autora) A reinvenção da democracia é uma questão que está posta no Brasil já há bastante tempo. É importante retomar o que foi o processo de reinvenção democrática que se iniciou no bojo da resistência contra a ditadura. Ao longo dos anos 1980 e em boa parte dos anos 1990 foi constituído um projeto que contemplava fortemente o que se pode chamar de uma reinvenção da democracia. Esse projeto democratizante e participativo foi empreendido por aquilo que, naquela época, se chamava sociedade civil (movimentos sociais populares, movimentos sociais urbanos, de mulheres, dos negros, de homossexuais, de direitos humanos etc), uma categoria que se diluiu ao longo dos anos. Mas este foi um espaço onde tal projeto de redefinição da democracia foi inventado. O projeto levava em conta um outro tipo de democracia que não só a democracia representativa stricto sensu, eleições, partidos etc, recusando a chamada "democracia realmente existente" por considerá-la limitada. Neste sentido, o projeto afirmava a necessidade de ampliar a democracia, aprofundá-la, 1
2 radicalizá-la e ampliá-la no sentido de estendê-la para muito além do sistema político, estendê-la às relações sociais no seu conjunto. O marco formal de todo o processo de redefinição da democracia é a Constituição de 1988, que assegurou vários elementos deste projeto. Duas idéias que são centrais nesse projeto. A primeira é a idéia de cidadania. Esse projeto significava o aprofundamento da democracia porque também redefiniu, re-significou a idéia de cidadania e essa idéia é fundamental quando falamos da reinvenção democrática. O outro princípio fundamental, trazido para a Constituição de 1988, é a idéia da participação da sociedade civil. As redefinições de democracia contidas já na Constituição de 1988, e concretizadas posteriormente através de experiências como os Conselhos Gestores e os Orçamentos Participativos, não partiram do Estado, mas da sociedade civil. Não que tal projeto tenha sido constituído de maneira autônoma. Muito pelo contrário, foi uma vitória da sociedade que conseguiu impor-se ao projeto dominante de uma democracia elitista e restrita. A visão de cidadania, tal como foi redefinida e re-apropriada pelos movimentos sociais, contém uma parte muito importante daquilo que pode se chamar a reinvenção da democracia. Porque a noção de cidadania, na verdade, foi uma maneira de operacionalizar essa noção um pouco abstrata e vaga que é a democracia e, nesse sentido, concretizar a democracia. A redefinição que os movimentos sociais e que outros setores da sociedade civil empreenderam a respeito da noção de cidadania na década de 1980, basicamente é marcada fortemente pela idéia de incorporar as características das sociedades contemporâneas, tais como o papel que se dá à subjetividade, o surgimento de novos sujeitos sociais (sujeitos de um novo tipo, mulheres, negros, homossexuais etc), a emergência de novos temas (e de novos direitos trazidos pelos movimentos sociais) e a ampliação do espaço da política. A redefinição de cidadania reconhece e enfatiza o caráter intrínseco que tem a transformação da cultura com relação à construção da democracia. Nesse sentido, a nova cidadania interpela elementos culturais como aqueles que são subjacentes à matriz que 2
3 preside o ordenamento social brasileiro e de tantas outras sociedades na América Latina, como o autoritarismo social. E é justamente contra o autoritarismo social que essa redefinição de cidadania se põe, alvo político fundamental do processo da redemocratização (assim como o autoritarismo político). Há, portanto, uma clara distinção em relação a outras versões de cidadania. Esta cidadania chamada, naquele momento, de nova cidadania, uma cidadania ampliada, não está mais confinada dentro dos limites das relações com o Estado ou entre o Estado e o indivíduo. A cidadania liberal se confina nesse espaço. Mas essa redefinição pensa a cidadania como algo que deve ser estabelecido também no interior da própria sociedade, uma cidadania que funcione como um parâmetro do conjunto das relações sociais que se travam nessa sociedade. O processo de construção de cidadania como afirmação e reconhecimento de direitos é, especialmente na sociedade brasileira, um processo de transformação de práticas muito arraigadas não apenas no Estado, mas na sociedade como um todo. O significado dessa cidadania está muito longe de ser limitado à aquisição formal e legal de um conjunto de direitos. E, nesse sentido, ela também não está limitada ao sistema político-jurídico. A nova cidadania seria então um projeto para uma nova sociabilidade, um formato mais igualitário das relações sociais, inclusive novas regras para viver em sociedade, para a negociação de conflitos. Um novo sentido de ordem pública e de responsabilidade pública. Aquilo a que alguns autores se referem como sendo um novo contrato social. Ora, um formato mais igualitário de relações sociais em todos os níveis implica aquilo que a professora Vera da Silva Telles chama de o reconhecimento do outro como sujeito portador de interesses válidos e direitos legítimos. Isso implica, evidentemente, a constituição de uma dimensão pública na sociedade em que os direitos possam se consolidar como parâmetros públicos para a interlocução, para o debate, tornando possível a reconfiguração de uma dimensão ética da vida social. Isso significa também que essa cidadania tem que se abrir não só, evidentemente, ao direito à igualdade, que é constitutiva da cidadania, mas, especialmente, tem que se abrir e considerar o direito à diferença. 3
4 E nesse sentido, me parece que tal redefinição de cidadania estabelece um vínculo indissolúvel entre o direito à igualdade e o direito à diferença, na medida em que não é mais possível na sociedade contemporânea pensar a realização da igualdade sem considerar que essa realização passa integralmente por assegurar também o direito à diferença. Não há como falar em igualdade se as diferenças persistirem e são usadas como base para a desigualdade, a discriminação etc. Outra característica dessa redefinição de cidadania, profundamente vinculada à idéia da ampliação da política, é que ela também aponta na direção da redefinição daquilo que é uma referência central no conceito liberal de cidadania, que parte do pressuposto de que é necessário que se pertença ao sistema político, que se pertença à sociedade. A cidadania liberal visa oferecer condições para tal pertencimento. A redefinição de cidadania que vem dos anos 1980 ultrapassa esta idéia porque, muito mais do que reivindicar o pertencimento ao sistema, o que de fato está em jogo nesta construção é o direito, não apenas de pertencer, não apenas de ser incluído, mas de participar da própria definição desse sistema. Ou seja, de definir, de participar da definição daquilo no qual nós queremos ser incluídos, naquilo do qual nós, efetivamente, queremos ser membros o que, evidentemente, significa afirmar o direito de participar da definição da própria sociedade, apontando, em última instância, para a invenção de uma nova sociedade. Essa definição de cidadania está vinculada, evidentemente, aquilo que é o outro princípio do projeto participativo democratizante que se engendra naqueles anos, que é o princípio da participação da sociedade civil. E aqui, qual é a idéia fundamental? A participação era pensada como partilha do poder, como participação na tomada de decisões. Um poder pensado não como um aparato a ser tomado, mas como um conjunto de relações sociais a ser transformado, no sentido atribuído por Gramsci ao poder. E este poder está tanto na sociedade quanto no Estado e, portanto, é necessário pensar sua transformação tanto na sociedade quanto no Estado. 4
5 O que é que possibilitou que essa idéia de participação como partilha do poder pudesse ser realista, no período entre os anos 1980 e início dos anos 1990? Primeiro, com a democratização, a reorganização partidária e as eleições livres, houve um trânsito, especialmente durante os anos 1990, de manifestações desse projeto democrático participativo que se engendrou na sociedade civil para dentro do aparato do Estado nos seus vários níveis. A princípio, nos níveis municipais e estaduais. O que era, entre os anos 1970 e começo dos 1980, um projeto gestado na sociedade, transitou, em alguns casos, para dentro do aparato do Estado. A segunda condição, que é uma decorrência dessa e que ocorre nos anos 1990, é a principal novidade dos anos Os movimentos sociais e a sociedade civil, dado este trânsito, resolveram fazer uma aposta na possibilidade de uma atuação conjunta entre o Estado e a sociedade civil, através, exatamente, do princípio da participação. Ou seja, se consolidou, nos anos 1990, a idéia de que a sociedade tem o direito de participar e que, portanto, pode e deve compartilhar o poder do Estado. Para isso, a Constituição de 1988 assegurou alguns mecanismos. O projeto participativo democratizante foi, sim, capaz de constituir um campo ético-político que se expandiu significativamente na sociedade nos anos Tão significativamente que foi capaz de gerar uma correlação de forças bastante favorável à implementação daqueles princípios. O que nos fez alimentar uma visão irrealisticamente otimista sobre o processo de construção democrática. Feznos pensar que a linearidade do seu avanço, ou a curva ascendente pela qual esse processo passou durante os anos 1980 e parte dos 1990, deveria continuar. O que se passou com aquele momento áureo de reinvenção da democracia? O que aconteceu com este projeto? Tal projeto e seu processo de ascensão se encontraram, na década dos 1990, a partir de 1989, com a eleição de Fernando Collor para a Presidência, com outro projeto, um projeto neoliberal, no interior do qual há emergência de um projeto de Estado mínimo, sendo o Estado seletivamente mínimo. Evidentemente, não é mínimo quando se trata de alocar recursos para salvar os bancos, ou para 5
6 assegurar o projeto dominante. Mas com certeza ele é mínimo quando se trata de alocar recursos para as políticas sociais. Tal projeto de Estado mínimo configurase com o encolhimento das suas responsabilidades sociais e a sua transferência para a sociedade civil, como maneira de implementar os ajustes estruturais exigidos pelo FMI. Este é o argumento central. Do encontro desses dois projetos origina-se uma situação de confluência perversa e é nesta perversidade que se encontra a raiz de vários dos dilemas que a construção democrática enfrenta hoje. Tal perversidade está presente de forma emblemática no fato de que os dois projetos, que apontam, cada um deles, para direções certamente opostas e até antagônicas, coincidem num ponto: ambos requerem uma sociedade civil ativa e propositiva. Tal identidade de propósitos, no que toca à participação da sociedade civil, é, evidentemente, aparente. Mas essa aparência é sólida e cuidadosamente construída através da utilização de referências comuns, que tornam seu deciframento uma tarefa difícil, especialmente para os atores da sociedade civil envolvidos, para quem a participação se apela tão veementemente e em termos tão familiares e sedutores. A disputa política entre projetos políticos distintos assume, então, caráter de uma disputa de significados para referências aparentemente comuns: participação, sociedade civil, cidadania, democracia. A utilização dessas referências, que são comuns, mas abrigam significados muito distintos, instala o que se pode chamar de crise discursiva: a linguagem corrente, na homogeneidade de seu vocabulário, obscurece diferenças, dilui nuances e reduz antagonismos. Nesse obscurecimento se constroem sub-repticiamente os canais por onde avançam as concepções neoliberais, que passam a ocupar terrenos insuspeitados. Em tal disputa, onde os deslizamentos semânticos, os deslocamentos de sentido, são as armas principais, o terreno da prática política se constitui num terreno minado, onde qualquer passo em falso nos leva ao campo adversário. Neste ponto é que se encontra a perversidade e o dilema que ela coloca, instaurando uma tensão que atravessa hoje a dinâmica do avanço 6
7 democrático no Brasil. Uma das tarefas fundamentais que temos que enfrentar hoje para resgatar a invenção democrática, a reinvenção democrática que iniciamos e que nos deu grandes avanços é enfrentar a aparente homogeneidade do discurso, é reafirmar os significados que o projeto democratizante conferiu a eles, apontando a distinção entre eles e o uso, a apropriação neoliberal que deles se faz. Por outro lado, é preciso reconhecer tais avanços. Não haveria como concordar com a idéia de que avançamos pouco desde a década de 1980 ou de que a democracia não tenha servido para nada. Evidentemente, onde não houve avanços, onde houve regressão até, foi em relação à igualdade econômica. A derrota que este projeto sofreu com relação à necessidade de diminuição da desigualdade não pode obscurecer todos os outros ganhos que tivemos, inclusive em outras dimensões de conquista da igualdade. Se considerarmos o percurso que tivemos desde esta época no reconhecimento dos direitos de inúmeros setores na sociedade, direitos à igualdade e à diferença (de negros, mulheres, deficientes físicos etc), podemos ter um olhar um pouco mais relativizado sobre os anos que hoje nos separam da formulação original do projeto democrático e participativo. Mas, evidentemente, vivemos dilemas profundos que se relacionam muito de perto com o obscurecimento das diferenças, com esta aparente homogeneidade de linguagem e de referências. Então, o que é que aconteceu com essas referências que expressavam a reinvenção democrática? Como é que a cidadania, a participação, a própria sociedade civil foram redefinidas ao longo desse período, no bojo do avanço neoliberal? Hoje não é mais possível a simples menção destas palavras já que elas estão por toda parte para nos assegurar que interesses estão sendo defendidos. São muito claras as evidências destes dilemas quando ouvimos a experiência dos militantes que estão envolvidos nas experiências de participação. Eles perguntam com muita freqüência: o que estou fazendo aqui? Será que é aqui que eu deveria estar? Qual é o projeto que eu estou reforçando com minha atuação? 7
8 É preciso, então, examinar as redefinições, seus significados e suas implicações. Em primeiro lugar, a redefinição da idéia de sociedade civil, que é a mais conhecida delas. Houve uma profunda transformação no conteúdo da idéia de sociedade civil em relação aos anos 1980, já que a sociedade civil foi afirmada nos anos 1980 como a arena e o alvo da política. A expressão foi trazida para o vocabulário político porque tinha esse significado, afirmar a ampliação da política. Hoje, o sinônimo mais freqüente para sociedade civil é a idéia de terceiro setor, oriundo do projeto neoliberal. Curiosamente, a idéia de terceiro setor define claramente diferentes papéis e funções: denominá-lo terceiro nos remete a um primeiro e um segundo setores, que seriam, respectivamente, o Estado e o mercado, encarregados da função política e da função econômica. O que significa que o terceiro setor não tem função política. Aliás, muito pelo contrário. Com muita freqüência, aqueles que utilizam essa expressão se orgulham de dizer que nós não somos políticos, não é aqui que se faz política. Então, onde se faria política? Exclusivamente no Estado, ou na sociedade política. A concepção de sociedade civil, que tinha servido como antídoto, como resistência a uma noção estadista de política, autoritária e excludente, que diz que a política só se faz no Estado, passa de novo a ser ameaçada na medida em que está sendo aos poucos redefinida por uma nova concepção que é a de terceiro setor, que com muita tranqüilidade faz com que a política retorne ao âmbito exclusivo do Estado na tentativa de anular um dos grandes ganhos dos anos 1980, que foi afirmar a idéia de que se faz política também na sociedade civil. Evidentemente, esta não é a única transformação da sociedade civil. Eu diria que há um processo de identificação cada vez maior entre sociedade civil e ONGs que é acompanhado de um processo de marginalização aquilo que Chico de Oliveira chamou de criminalização dos movimentos sociais. Temos hoje uma concepção seletiva e excludente de sociedade civil que, certamente, não é a concepção de sociedade civil que estava na origem do projeto democratizante e participativo que expressava a reinvenção da democracia nos anos
9 A segunda redefinição é a da noção de participação. A participação, que era o núcleo central do projeto participativo, percorre um pouco os mesmos caminhos que percorreu a redefinição neoliberal da sociedade civil. A re-significação da participação se constitui através da emergência da chamada participação solidária, que vem acompanhada da ênfase no trabalho voluntário e na chamada "responsabilidade social", tanto de indivíduos quanto de empresas. O princípio básico nestas noções, extremamente difundidas hoje em dia, é a adoção de uma perspectiva privatista e individualista, capaz de substituir e redefinir o que era o significado coletivo da participação social. A própria idéia de solidariedade, que virou a grande bandeira da participação redefinida, é, neste outro projeto, despida do seu significado político coletivo e passa a apoiar-se no terreno privado da moral. As redefinições promovem então a despolitização da participação. E se pensarmos que, no modelo da participação do voluntariado, da responsabilidade social, não há mais a necessidade de espaços públicos, onde o debate sobre os próprios objetivos da participação pode ter lugar, vemos que o significado político e o potencial democratizante destes espaços é, de novo, substituído por formas estritamente individualizadas de tratar questões tais como a desigualdade social e a pobreza. A outra apropriação significativa vem responder ao processo de resignificação da cidadania, empreendido pelos movimentos sociais dos anos Foi exatamente o sucesso da nova acepção do termo cidadania que fez com que a noção de cidadania se difundisse, virasse feijão com arroz : está absolutamente em todas as partes, dos anúncios de bancos privados ao Banco Mundial. De banco a banco, todos falam hoje de cidadania. A redefinição neoliberal de cidadania, de novo, reduz o significado coletivo daquela outra redefinição. E justamente esta afirmação dos direitos coletivos, este ir além do direito puramente individual, foi um grande ganho daquela definição. Hoje nós temos, de novo, um entendimento estritamente individualista da noção de cidadania. Em segundo lugar, a cidadania está cada vez mais sendo apresentada através de uma conexão, que é muito sedutora, entre cidadania e mercado. Tornar-se 9
10 cidadão, em muitos discursos hoje em dia, passa a significar a integração individual ao mercado, como consumidor e como produtor. Este me parece um princípio que subjaz a uma enorme quantidade de programas para ajudar as pessoas a adquirir cidadania : aprender como iniciar uma micro empresa, se tornar qualificado para os poucos empregos ainda disponíveis etc. Em um contexto onde o Estado se isenta progressivamente do seu papel de garantidor de direitos, o mercado é oferecido como uma instância substituta da cidadania. É problemático denominar a isto cidadania, reduzindo e distorcendo seu significado original. E mais. Os direitos trabalhistas, uma dura conquista da classe trabalhadora, estão sendo eliminados em nome da livre negociação, da flexibilização etc. O reconhecimento dos direitos que, no passado recente, eram indicadores de modernidade, hoje se torna símbolo do atraso, um anacronismo que bloquearia o potencial modernizante do mercado. Nesta concepção é encontrada legitimação muito poderosa da concepção de mercado como instância alternativa da cidadania, na medida em que torna-se a encarnação das virtudes modernas e o único caminho para o sonho latino-americano de inclusão no Primeiro Mundo. Tal concepção de cidadania é que preside as ações das fundações empresariais, caracterizadas por uma ambigüidade que lhes é constitutiva: de um lado os interesses mercantis da maximização de lucros e, de outro, a imagem pública baseada na responsabilidade social. Estas fundações se apresentam como os novos campeões da cidadania no Brasil. O discurso da cidadania é marcado pela total ausência de qualquer referência a direitos universais ou ao debate político sobre as causas da pobreza e da desigualdade. Uma das conseqüências disto então é o deslocamento destas questões. A pobreza e a desigualdade estão sendo retiradas da arena pública e do seu domínio próprio que é o da justiça, da igualdade e da cidadania, e se transformando numa questão que é técnica ou filantrópica. Em algum momento se anunciou que os pobres eram cidadãos e que, portanto, deveriam ver reconhecidos os seus direitos. Hoje, cada vez mais passam a ser apresentados 10
11 não mais como cidadãos, mas como carentes que devem ser atendidos pela caridade, seja ela pública ou privada. A energia da sociedade civil não deve ser inteiramente voltada para a participação nas instâncias de co-gestão com o Estado. Certamente há uma enorme multiplicidade de formas daquilo que vários autores chamaram de socialização da política, fazer com que a política seja uma atividade assumida por uma parte cada vez maior da sociedade, não apenas a política institucional (igualmente importante), mas também todas as outras formas de política. A idéia da participação, a ênfase na participação, é a afirmação de que o Estado pode se transformado. Se está no horizonte transformar a lógica do funcionamento do capital, por que não deve estar, também, a possibilidade de transformação da lógica do Estado? A participação institucional nas instâncias de co-gestão com o Estado não pode ser a única. Mais do que isso: sem que conte com o respaldo da sociedade organizada, está fadada a falhar. Há problemas e dificuldades neste processo, mas grande parte deles se deve ao fato de que a sociedade civil, os movimentos sociais, canalizaram uma enorme parte da sua energia para estes espaços. Seria preciso pensar em que medida a própria implementação do modelo neoliberal (associado a crise econômica, ao aumento da desigualdade sociais e, especialmente, ao desemprego) acentuou ainda mais as condições desfavoráveis à participação da sociedade, ao seu crescimento e renovação. E o que temos? Os representantes eleitos pela sociedade civil postos face a face com o Estado, isolados, "pendurados no pincel". Porque as bases que eles supostamente representam muitas vezes estão rarefeitas e desmobilizadas. É necessário fazer com que estas duas frentes estejam profundamente interligadas. 11
VOLUNTARIADO E CIDADANIA
VOLUNTARIADO E CIDADANIA Voluntariado e cidadania Por Maria José Ritta Presidente da Comissão Nacional do Ano Internacional do Voluntário (2001) Existe em Portugal um número crescente de mulheres e de
Leia maisOS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO
OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO Karen Ramos Camargo 1 Resumo O presente artigo visa suscitar a discussão acerca dos processos de trabalho do Serviço Social, relacionados
Leia maisPor uma pedagogia da juventude
Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se
Leia maisEvelina Dagnino ** Agradeço ao CNPq o apoio concedido para a investigação da qual faz parte essa discussão. **
Políticas culturais, democracia e o projeto neoliberal Evelina Dagnino ** Resumo Neste texto, exploram-se os contornos de uma crise discursiva que parece atravessar as experiências contemporâneas de construção
Leia maisSAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA
SAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA José Ivo dos Santos Pedrosa 1 Objetivo: Conhecer os direitos em saúde e noções de cidadania levando o gestor a contribuir nos processos de formulação de políticas públicas.
Leia maisSOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL
SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias
Leia maispaís. Ele quer educação, saúde e lazer. Surge então o sindicato cidadão que pensa o trabalhador como um ser integrado à sociedade.
Olá, sou Rita Berlofa dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Brasil, filiado à Contraf e à CUT. Quero saudar a todos os trabalhadores presentes e também àqueles que, por algum motivo, não puderam
Leia maiscontribuição previdenciária de aposentados e pensionistas, e a PEC 63, que resgata o ATS.
Neste ano histórico em que completa 60 anos de vitoriosa trajetória associativa, a Amagis é agraciada ao ser escolhida para sediar, novamente, onze anos depois, outro importante encontro integrativo como
Leia maisFórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org
Este documento faz parte do Repositório Institucional do Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org CARTA DE PRINCÍPIOS DO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL O Comitê de entidades brasileiras que idealizou e organizou
Leia maisCONCEPÇÃO E PRÁTICA DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: UM OLHAR SOBRE O PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO RAFAELA DA COSTA GOMES
1 CONCEPÇÃO E PRÁTICA DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: UM OLHAR SOBRE O PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO RAFAELA DA COSTA GOMES Introdução A discussão que vem sendo proposta por variados atores sociais na contemporaneidade
Leia maisdifusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM
Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Celso João Ferretti: o processo de desintegração da educação atingiu em menor escala as escolas técnicas.
Leia maisJosé Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE
José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE Cabe a denominação de novas diretrizes? Qual o significado das DCNGEB nunca terem sido escritas? Educação como direito Fazer com que as
Leia maisCONTROLE SOCIAL DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO Marcos Ferreira* TEXTO DE APOIO PARA DEBATE Não há assunto na sociedade brasileira que receba mais epítetos sobre sua importância, urgência e centralidade na vida
Leia maisA IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO PARA OS CURSOS PRÉ-VESTIBULARES
A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO PARA OS CURSOS PRÉ-VESTIBULARES Alexandre do Nascimento Sem a pretensão de responder questões que devem ser debatidas pelo coletivo, este texto pretende instigar
Leia maisPresidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação
Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 21 Discurso na cerimónia de instalação
Leia maisDEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO
O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO ROSINALDO PANTOJA DE FREITAS rpfpantoja@hotmail.com DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO RESUMO: Este artigo aborda o Projeto político pedagógico e também
Leia maisGlobalização e solidariedade Jean Louis Laville
CAPÍTULO I Globalização e solidariedade Jean Louis Laville Cadernos Flem V - Economia Solidária 14 Devemos lembrar, para entender a economia solidária, que no final do século XIX, houve uma polêmica sobre
Leia maisDeclaração de Pequim adotada pela Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres: Ação para Igualdade, Desenvolvimento e Paz (1995)
Declaração de Pequim adotada pela Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres: Ação para Igualdade, Desenvolvimento e Paz (1995) 1. Nós, os Governos, participante da Quarta Conferência Mundial sobre as
Leia maisO Acordo de Haia Relativo ao Registro. Internacional de Desenhos Industriais: Principais características e vantagens
O Acordo de Haia Relativo ao Registro Internacional de Desenhos Industriais: Principais características e vantagens Publicação OMPI N 911(P) ISBN 92-805-1317-X 2 Índice Página Introdução 4 Quem pode usufruir
Leia maisNecessidade e construção de uma Base Nacional Comum
Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum 1. O direito constitucional à educação é concretizado, primeiramente, com uma trajetória regular do estudante, isto é, acesso das crianças e jovens a
Leia maisFreelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo
Palestrante: Pedro Quintanilha Freelapro Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Quem sou eu? Eu me tornei um freelancer
Leia maisSegui buscando en la Red de Bibliotecas Virtuales de CLACSO http://biblioteca.clacso.edu.ar
Sociedade civil, participação e cidadania: de que estamos falando? Titulo Dagnino, Evelina - Autor/a; Autor(es) Políticas de Ciudadanía y Sociedad Civil en tiempos de globalización En: Caracas Lugar FACES,
Leia maisCONFLUÊNCIA PERVERSA,
EVELINA DAGNINO* CONFLUÊNCIA PERVERSA, DESLOCAMENTOS DE SENTIDO, CRISE DISCURSIVA A CRISE LATINO-AMERICANA esta expressão com a qual, desde há muito tempo, tanto nativos como os outros têm recorrentemente
Leia maisBalanço SEMESTRAL da Gestão (Fev/Agosto 2012) Secretaria de Articulação Institucional e Ações Temáticas/SPM
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 ANEXO II ATA DA 10ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA MULHER REALIZADA NOS DIAS 04 E 05 DE SETEMBRO
Leia maisde cidadania como estratégia de transformação política e social, buscando um conceito de justiça e de direitos, imbricados às práticas democráticas.
1 CIDADANIA DESIGNADA: O SOCIAL NA REFORMA DO ESTADO UM ESTUDO SOBRE EMPRESAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL EM GOIÁS SILVA, Rejane Cleide Medeiros UFG GT-03: Movimentos Sociais e Educação O ressurgimento da
Leia maisDISCURSO SOBRE LEVANTAMENTO DA PASTORAL DO MIGRANTE FEITO NO ESTADO DO AMAZONAS REVELANDO QUE OS MIGRANTES PROCURAM O ESTADO DO AMAZONAS EM BUSCA DE
DISCURSO SOBRE LEVANTAMENTO DA PASTORAL DO MIGRANTE FEITO NO ESTADO DO AMAZONAS REVELANDO QUE OS MIGRANTES PROCURAM O ESTADO DO AMAZONAS EM BUSCA DE MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA DEPUTADO MARCELO SERAFIM
Leia maisdifusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO
Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de
Leia maisGestão da Informação e do Conhecimento
Gestão da Informação e do Conhecimento Aula 05 Aquisição da Informação Dalton Lopes Martins dmartins@gmail.com 2sem/2014 Aquisição da Informação PROCESSO 2 - A aquisição da informação envolve as seguintes
Leia maisResenha: SEMPRINI, Andrea. A Marca Pós-Moderna: Poder e Fragilidade da Marca na Sociedade Contemporânea. São Paulo : Estação das Letras, 2006.
Resenha: SEMPRINI, Andrea. A Marca Pós-Moderna: Poder e Fragilidade da Marca na Sociedade Contemporânea. São Paulo : Estação das Letras, 2006. Nicole Plascak 1 Resumo: A marca pós-moderna é resultado de
Leia maisO PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS VOLTADAS PARA A DEFESA DE DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO
O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS VOLTADAS PARA A DEFESA DE DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO Soraya Hissa Hojrom de Siqueira Diretora da Superintendência de Modalidades e Temáticas
Leia maisKatia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos)
Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton Silveira de Pinho Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Universidade Estadual de Montes Claros / UNIMONTES abril / 2003 Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton
Leia mais25 de Abril de 2015 Comemoração dos 41 anos da Revolução dos Cravos
25 de Abril de 2015 Comemoração dos 41 anos da Revolução dos Cravos Intervenção da Deputada Municipal do PSD Célia Sousa Martins Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Senhor Presidente da Câmara
Leia mais1.1. REDE SOCIAL EM PROL DA SOLIDARIEDADE
1.1. REDE SOCIAL EM PROL DA SOLIDARIEDADE Cidadania: Um Imperativo A cidadania tende a incluir a diferença, para que esta não se transforme em exclusão. Hoje, entender como se dá a construção da cidadania
Leia maisProjeto Pedagógico: trajetórias coletivas que dão sentido e identidade à escola.
Prof. Dr. Juares da Silva Thiesen Universidade Federal de Santa Catarina- UFSC Centro de Educação - CED Projeto Pedagógico: trajetórias coletivas que dão sentido e identidade à escola. Ementa: Legitimidade
Leia maisPresidência da República Federativa do Brasil. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Presidência da República Federativa do Brasil Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial A SEPPIR CRIAÇÃO A Seppir (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)
Leia maisComunicação e informação: desafios para a participação social no SUS
Comunicação e informação: desafios para a participação social no SUS Valdir de Castro Oliveira PPGICS/FIOCRUZ Rio de janeiro, 29 de setembro de 2015 O Sistema Único de Saúde pressupõe - Inclusão e participação
Leia maisPresidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação
Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca ENCONTRO COM EMPRESÁRIOS ARGENTINOS
Leia maisDIÁLOGOS PARA A SUPERAÇÃO DA POBREZA
PARTE III DIÁLOGOS PARA A SUPERAÇÃO DA POBREZA Gilberto Carvalho Crescer distribuindo renda, reduzindo desigualdades e promovendo a inclusão social. Esse foi o desafio assumido pela presidente Dilma Rousseff
Leia maise construção do conhecimento em educação popular e o processo de participação em ações coletivas, tendo a cidadania como objetivo principal.
Educação Não-Formal Todos os cidadãos estão em permanente processo de reflexão e aprendizado. Este ocorre durante toda a vida, pois a aquisição de conhecimento não acontece somente nas escolas e universidades,
Leia maisPrincípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES
Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES O Ateliê de Idéias é uma organização social, sem fins lucrativos, fundada em 2003, que tem como missão desenvolver
Leia maisHiperconexão. Micro-Revoluções. Não-dualismo
ESTUDO SONHO BRASILEIRO APRESENTA 3 DRIVERS DE COMO JOVENS ESTÃO PENSANDO E AGINDO DE FORMA DIFERENTE E EMERGENTE: A HIPERCONEXÃO, O NÃO-DUALISMO E AS MICRO-REVOLUÇÕES. -- Hiperconexão 85% dos jovens brasileiros
Leia maisVeículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008
Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008 Seção: Entrevista Pág.: www.catho.com.br SABIN: A MELHOR EMPRESA DO BRASIL PARA MULHERES Viviane Macedo Uma empresa feita sob medida para mulheres. Assim
Leia maisJogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti
Jogos Redes Sociais e Econômicas Prof. André Vignatti Teoria dos Jogos Neste curso, queremos olhar para redes a partir de duas perspectivas: 1) uma estrutura subjacente dos links de conexão 2) o comportamentos
Leia maisPresidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação
Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 26 Discurso n& cerimonia de sanção
Leia maisOs desafios do Bradesco nas redes sociais
Os desafios do Bradesco nas redes sociais Atual gerente de redes sociais do Bradesco, Marcelo Salgado, de 31 anos, começou sua carreira no banco como operador de telemarketing em 2000. Ele foi um dos responsáveis
Leia maisTUDO O QUE APRENDEMOS É BOM
VERDADEIRO? FALSO? TUDO O QUE APRENDEMOS É BOM VERDADEIRO? FALSO? A EDUCAÇÃO PODE ME PREJUDICAR VERDADEIRO? FALSO? APRENDO SEMPRE DE FORMA CONSCIENTE ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM Podemos concordar que aprendemos
Leia maisIgualdade de oportunidades e não discriminação: elementos centrais da Agenda do Trabalho Decente
Igualdade de oportunidades e não discriminação: elementos centrais da Agenda do Trabalho Decente Laís Abramo Socióloga, Mestre e Doutora em Sociologia Diretora do Escritório da OIT no Brasil Salvador,
Leia maisINCT Observatório das Metrópoles. Acesso às tecnologias digitais no Brasil Metropolitano Documento preliminar
INCT Observatório das Metrópoles Acesso às tecnologias digitais no Brasil Metropolitano Documento preliminar As mudanças desencadeadas pelo avanço da tecnologia digital hoje, no Brasil, não tem precedentes.
Leia maisA CONSOLIDAÇÃO DA PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA NA EDUCAÇÃO: O CASO DO PRONATEC NA CIDADE DO RECIFE /PE
A CONSOLIDAÇÃO DA PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA NA EDUCAÇÃO: O CASO DO PRONATEC NA CIDADE DO RECIFE /PE 1. INTRODUÇÃO Thayane Maria Deodato Cavalcante UFPE (thayanedc@hotmail.com) Lígia Batista de Oliveira
Leia maisPresidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação
Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 63 Discurso por ocasião do jantar
Leia maisAPRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA
APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA Maria Ignez de Souza Vieira Diniz ignez@mathema.com.br Cristiane Akemi Ishihara crisakemi@mathema.com.br Cristiane Henriques Rodrigues Chica crischica@mathema.com.br
Leia maisMÓDULO 5 O SENSO COMUM
MÓDULO 5 O SENSO COMUM Uma das principais metas de alguém que quer escrever boas redações é fugir do senso comum. Basicamente, o senso comum é um julgamento feito com base em ideias simples, ingênuas e,
Leia maisTrês exemplos de sistematização de experiências
Três exemplos de sistematização de experiências Neste anexo, apresentamos alguns exemplos de propostas de sistematização. Estes exemplos não são reais; foram criados com propósitos puramente didáticos.
Leia maisDistintos convidados e demais pessoas nesta sala, é uma grande honra
A PROIBIÇÃO DA DESPEDIDA ARBITRÁRIA NAS LEGISLAÇÕES NACIONAIS: UMA PERSPECTIVA DE DIREITO COMPARADO * Halton Cheadle ** Distintos convidados e demais pessoas nesta sala, é uma grande honra para mim estar
Leia maisnossa vida mundo mais vasto
Mudar o Mundo Mudar o Mundo O mundo começa aqui, na nossa vida, na nossa experiência de vida. Propomos descobrir um mundo mais vasto, Propomos mudar o mundo com um projecto que criou outros projectos,
Leia mais44% 56% 67.896 respostas no Brasil. 111.432 respostas na América Latina. 0,5% Margem de erro. Metodologia e Perfil. homens.
Brasil A pesquisa em 2015 Metodologia e Perfil 111.432 respostas na América Latina 44% homens 67.896 respostas no Brasil 0,5% Margem de erro 56% mulheres * A pesquisa no Uruguai ainda está em fase de coleta
Leia maisANTONIO CARLOS NARDI
ANTONIO CARLOS NARDI QUE DEMOCRACIA QUEREMOS? A conquista do estado democrático de direito na década de 1980 no Brasil, após longo período burocrático-autoritário, trouxe o desafio de construção de uma
Leia maisVIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL
VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRABALHO REALIZADO PELO SERVIÇO SOCIAL NO CENTRO PONTAGROSSENSE DE REABILITAÇÃO AUDITIVA E DA FALA (CEPRAF) TRENTINI, Fabiana Vosgerau 1
Leia maisUniversidade Federal de Goiás UFG Campus Catalão CAC Departamento de Engenharia de Produção. Sistemas ERP. PCP 3 - Professor Muris Lage Junior
Sistemas ERP Introdução Sucesso para algumas empresas: acessar informações de forma rápida e confiável responder eficientemente ao mercado consumidor Conseguir não é tarefa simples Isso se deve ao fato
Leia maisEstudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses
Estudo de Caso Cliente: Rafael Marques Duração do processo: 12 meses Coach: Rodrigo Santiago Minha idéia inicial de coaching era a de uma pessoa que me ajudaria a me organizar e me trazer idéias novas,
Leia maisCarreira: definição de papéis e comparação de modelos
1 Carreira: definição de papéis e comparação de modelos Renato Beschizza Economista e especialista em estruturas organizacionais e carreiras Consultor da AB Consultores Associados Ltda. renato@abconsultores.com.br
Leia maisTrabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS
Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT Proposta do CDG-SUS Desenvolver pessoas e suas práticas de gestão e do cuidado em saúde. Perspectiva da ética e da integralidade
Leia mais5 Dicas Testadas para Você Produzir Mais na Era da Internet
5 Dicas Testadas para Você Produzir Mais na Era da Internet Uma das verdades absolutas sobre Produtividade que você precisa saber antes de seguir é entender que se ocupar não é produzir. Não sei se é o
Leia maisipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*
GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem
Leia maisAFINAL, O QUE É ESSA TAL OUVIDORIA?
AFINAL, O QUE É ESSA TAL OUVIDORIA? Hélio José Ferreira e Hilma Araújo dos Santos * O título provocativo dessa matéria reflete uma situação peculiar pela qual vem passando as ouvidorias no Brasil, que
Leia maisFILOSOFIA BUDISTA APLICADA A EMPRESA:
FILOSOFIA BUDISTA APLICADA A EMPRESA: CRESCENDO PESSOAL E PROFISSIONALMENTE. 08 a 11 de outubro de 2014 08 a 11 de outubro de 2014 Onde você estiver que haja LUZ. Ana Rique A responsabilidade por um ambiente
Leia maisPolíticas Públicas I. Classificações de Welfare State e Modelos de Análise de Políticas Públicas. Professora: Geralda Luiza de Miranda Julho/2011
Políticas Públicas I Classificações de Welfare State e Modelos de Análise de Políticas Públicas Professora: Geralda Luiza de Miranda Julho/2011 Temas Classificações de Welfare State (Titmuss e Esping-Andersen).
Leia maisPROJETOS DE GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA, UMA INSERÇÃO INFORMAL NO MERCADO, SOBRE POSSIBILIDADES DE INCLUSÃO SOCIAL
PROJETOS DE GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA, UMA INSERÇÃO INFORMAL NO MERCADO, SOBRE POSSIBILIDADES DE INCLUSÃO SOCIAL Luana Vianna dos Santos Maia Tatiane da Fonseca Cesar Resumo: O artigo apresentou uma
Leia maisDECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997
DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 Reunidos na cidade de Quebec de 18 a 22 de setembro de 1997, na Conferência Parlamentar das Américas, nós, parlamentares das Américas, Considerando que o
Leia maisO Indivíduo em Sociedade
O Indivíduo em Sociedade A Sociologia não trata o indivíduo como um dado da natureza isolado, livre e absoluto, mas como produto social. A individualidade é construída historicamente. Os indivíduos são
Leia maisAndréa Bolzon Escritório da OIT no Brasil. Salvador, 08 de abril de 2013
Andréa Bolzon Escritório da OIT no Brasil Salvador, 08 de abril de 2013 Fundada em 1919 (Tratado de Versalhes) Mandato: promover a justiça social e o reconhecimento internacional dos direitos humanos e
Leia maisOrganizações formadas pela sociedade civil, sem fins lucrativos, constituído formal e autonomamente; Caracterizam-se por ações de solidariedade no
Organizações formadas pela sociedade civil, sem fins lucrativos, constituído formal e autonomamente; Caracterizam-se por ações de solidariedade no campo das políticas públicas e pelo legítimo exercício
Leia maisAna Beatriz Bronzoni
Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Federal de Viçosa Viçosa (MG) - CEP 36570-000 CNPJ: 07.245.367/0001-14 Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular Universidade Federal
Leia mais1.3. Planejamento: concepções
1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência
Leia maisFórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org
Este documento faz parte do Repositório Institucional do Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org CLIPPING FSM 2009 AMAZÔNIA Jornal: BRASIL DE FATO Data: 26/01/09 http://www3.brasildefato.com.br/v01/agencia/entrevistas/na-amazonia-forum-socialmundial-devera-ter-a-sua-maioredicao/?searchterm=forum%20social%20mundial
Leia maisLogística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"
Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram
Leia maisDesafios para a gestão escolar com o uso de novas tecnologias Mariluci Alves Martino
Desafios para a gestão escolar com o uso de novas tecnologias Mariluci Alves Martino A escola e a gestão do conhecimento Entender as instituições educacionais pressupõe compreendê-las e colocá-las em relação
Leia maisQuando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade
Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade Pergunte a um gestor de qualquer nível hierárquico qual foi o instante em que efetivamente ele conseguiu obter a adesão de sua equipe aos processos
Leia maisContribuição sobre Economia solidária para o Grupo de Alternativas econômicas Latino-Americano da Marcha Mundial das Mulheres Isolda Dantas 1
Contribuição sobre Economia solidária para o Grupo de Alternativas econômicas Latino-Americano da Marcha Mundial das Mulheres Isolda Dantas 1 Economia solidária: Uma ferramenta para construção do feminismo
Leia maisOS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE
OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,
Leia maisImportância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...
APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas
Leia maisSECRETARIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL - SEDAS GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO, PROJETOS E CAPACITAÇÃO TEXTO I
TEXTO I Igualdade de Gênero no Enfrentamento à Violência Contra a Mulher As desigualdades são sentidas de formas diferentes pelas pessoas dependendo do seu envolvimento com a questão. As mulheres sentem
Leia mais6 PILARES DO MARKETING DIGITAL
6 PILARES DO MARKETING DIGITAL M 1 2 3 4 5 6 O SEU CONHECIMENTO SOBRE MARKETING ^ AUDIENCIA E COMUNICAÇÃO FERRAMENTAS NECESSÁRIAS CONSTRUÇÃO DE LISTAS DE E-MAILS TRÁFEGO E ESTRATÉGIAS VENDAS PERSUASIVAS
Leia maisAS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG
AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG 1. Introdução 2. Maslow e a Hierarquia das necessidades 3. Teoria dos dois Fatores de Herzberg 1. Introdução Sabemos que considerar as atitudes e valores dos
Leia maisPanorama da avaliação de programas e projetos sociais no Brasil. Martina Rillo Otero
Panorama da avaliação de programas e projetos sociais no Brasil Martina Rillo Otero 1 Sumário Objetivos da pesquisa Metodologia Quem foram as organizações que responderam à pesquisa? O que elas pensam
Leia maisGestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.
A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças
Leia maisSONHO BRASILEIRO // O JOVEM BOX 1824 JOVENS-PONTE
JOVENS-PONTE QUEM ESTÁ AGINDO PELO SONHO COLETIVO? Fomos em busca de jovens que estivessem de fato agindo e realizando pelo coletivo. Encontramos jovens já t r a n s f o r m a n d o, c o t i d i a n a
Leia maisCompreendendo a dimensão de seu negócio digital
Compreendendo a dimensão de seu negócio digital Copyright 2015 por Paulo Gomes Publicado originalmente por TBI All New, São Luís MA, Brasil. Editora responsável: TBI All New Capa: TBIAllNew Todos os direitos
Leia maisOficina Cebes POLÍTICA, PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL
RELATÓRIO Oficina Cebes POLÍTICA, PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL 20 de dezembro de 2007 MERLIN COPACABANA HOTEL Av. Princesa Isabel, 392 Copacabana - Rio de Janeiro/RJ No dia 20 de dezembro de 2007, o
Leia maisPLANO DIRETOR MUNICIPAL
PLANO DIRETOR MUNICIPAL Todos os municípios têm por atribuição constitucional a responsabilidade de exercer o controle sobre o uso e ocupação do solo, e criar condições para o desenvolvimento sustentável
Leia maisMARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL
MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL Prof. Dr. José Alberto Carvalho dos Santos Claro Mestrado em Gestão de Negócios Universidade
Leia maisENTREVISTA Coordenador do MBA do Norte quer. multiplicar parcerias internacionais
ENTREVISTA Coordenador do MBA do Norte quer multiplicar parcerias internacionais entrevista novo mba do norte [ JORGE FARINHA COORDENADOR DO MAGELLAN MBA] "É provinciano pensar que temos que estar na sombra
Leia maisORGANIZAÇÕES DA SOCIDEDADE CIVIL NO BRASIL. Um novo setor/ator da sociedade
ORGANIZAÇÕES DA SOCIDEDADE CIVIL NO BRASIL Um novo setor/ator da sociedade Emergência da Sociedade Civil Organizada I fase Séculos XVIII e XIX Entidades Assistenciais tradicionais Confessionais Mandato
Leia maisRompendo os muros escolares: ética, cidadania e comunidade 1
PROGRAMA ÉTICA E CIDADANIA construindo valores na escola e na sociedade Rompendo os muros escolares: ética, cidadania e comunidade 1 Ulisses F. Araújo 2 A construção de um ambiente ético que ultrapasse
Leia maisEntendendo como funciona o NAT
Entendendo como funciona o NAT Vamos inicialmente entender exatamente qual a função do NAT e em que situações ele é indicado. O NAT surgiu como uma alternativa real para o problema de falta de endereços
Leia maisPresidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação
Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 38 Discurso na cerimónia do V Encontro
Leia maisFORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO
Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fúlvia Rosemberg: analisa ações de inclusão e apresenta programa voltado para a formação de novas lideranças
Leia maisCARTA PÚBLICA. À Excelentíssima Sra. Presidenta da República Dilma Rousseff
À Excelentíssima Sra. Presidenta da República Dilma Rousseff A instituição de Organismos de Políticas Públicas para as Mulheres pelo Poder Executivo é uma proposta dos movimentos feministas e de mulheres
Leia mais