PRINCÍPIOS AMBIENTAIS DA PRECAUÇÃO E PREVENÇÃO APLICADOS AS HIDRELÉTRICAS SUSTENTÁVEIS ENGº ANTONIO RICARDO ABBUD

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PRINCÍPIOS AMBIENTAIS DA PRECAUÇÃO E PREVENÇÃO APLICADOS AS HIDRELÉTRICAS SUSTENTÁVEIS ENGº ANTONIO RICARDO ABBUD"

Transcrição

1 PRINCÍPIOS AMBIENTAIS DA PRECAUÇÃO E PREVENÇÃO APLICADOS AS HIDRELÉTRICAS SUSTENTÁVEIS ENGº ANTONIO RICARDO ABBUD

2 MOMENTOS HISTÓRICOS SOBRE AS HIDRELÉTRICAS CENTRO DE MEMÓRIA DA ELETRICIDADE OS PRIMÓRDIOS ( ) IMPLANTAÇÃO ( ) REGULAMENTAÇÃO ( ) CÓDIGO DAS ÁGUAS - DECRETO Nº DE 10/07/1934 Assegura ao Poder Público a possibilidade de controlar rigorosamente as concessionárias de energia elétrica (art. 139). Estabelece a lei o direito de separar a propriedade das quedas d água da propriedade das terras em que se encontravam incorporando-as ao patrimonio da Nação (art. 145). EXPANSÃO ( ) CONSOLIDAÇÃO ( ) ESTATIZAÇÃO ( ) PRIVATIZAÇÃO ( ) ATUAL (2000 EM DIANTE)

3 A EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL DE INTERESSE NAS HIDRELÉTRICAS DO DESCOBRIMENTO ATÉ O CÓDIGO DAS ÁGUAS ORDENAÇÕES AFONSINAS ( 1446) ORDENAÇÕES MANUELINAS (1521) ORDENAÇÕES FILIPINAS (1603) CONSTITUIÇÃO IMPERIAL DO BRASIL (1824) DETERMINOU A ELABORAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL (PROMULGADO EM 1916) CONTENDO EM SEU CAPITULO V, DIREITOS DE VIZINHANÇA, 0S ARTIGOS 563 A 568, QUE DISPõEM SOBRE AS AGUAS E O CÓDIGO CRIMINAL (PROMULGADO EM 1830) EM SEUS ARTIGOS 178 E 257 PROIBINDO SOBRE O CORTE DE MADEIRAS. DO CÓDIGO DAS ÁGUAS EM DIANTE PEQUENO AVANÇO ATÉ OS ANOS DE 1970 A PARTIR DE 1970 A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL COMEÇOU A SE IMPOR CULMINANDO COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O MEIO AMBIENTE HUMANO, REUNIDA EM ESTOCOLMO,ENTRE 05 A 16 DE JUNHO DE 1972, TRAÇANDO UM PLANO DE AÇÃO PARA O MEIO AMBIENTE; CRIAÇÃO DE ÁREAS AMBIENTAIS EM EMPRESAS TAIS COMO A ELS, CESP, CHESF, ITAIPU E OUTRAS ENTRE OS ANOS DE 1972 E 1973; CRIAÇÃO DE ÁREAS AMBIENTAIS EM EMPRESAS TAIS COMO A ELB, ELN, FURNAS, LIGHT, CEMIG, CEEE, CEMAT, CEAM, CERON E OUTRAS ENTRE OS ANOS DE 1981 A 1985; POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, LEI Nº DE 31 DE AGOSTO DE 1981 QUE CONSTITUIU O SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-SISNAMA, CRIOU O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA E INSTITUIU O CADASTRO TÉNICO FEDERAL DE ATIVIDADES E INSTRUMENTOS DE DEFESA AMBIENTAL; RESOLUÇÃO Nº. 001 DO CONAMA QUE IMPLANTOU O ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA E O RESPECTIVO RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL-RIMA COMO EXIGENCIAS PARA À APROVAÇÃO DE ATIVIDADES MODIFICADORAS DO MEIO AMBIENTE; A AÇÃO CIVIL PÚBLICA, LEI Nº DE 24 DE JULHO DE 1985, DE RESPONSABILIDADE POR DANOS CAUSADOS AO MEIO AMBIENTE, AO CONSUMIDOR, A BENS E DIREITOS DE VALOR ARTÍSTICO, ESTÉTICO, HISTÓRICO, TURÍSTICO E PAISAGÍSTICO; CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, DE 05 DE OUTUBRO DE 1988, CONTENDO EM SEUS ARTIGOS 20,21,22, 23, 24, 49, 155, 170, 175, 176, 187, 225 E 231 DISPOSITIVOS APLICÁVEIS AO SETOR ELÉTRICO.

4 PRINCÍPIOS AMBIENTAIS CONSTITUCIONAIS RELEVANTES APLICAVEIS ÀS HIDRELÉTRICAS PRINCÍPIOS Os princípios encerram a idéia de começo, origem, base, sendo também entendidos como ponto de partida, fundamentos de um processo qualquer que, transportados para o ordenamento jurídico, conferem-no estrutura e coesão, constituindo alicerce básico fundamental para se determinar o sentido e o alcance das expressões do direito. Apresentados no ordenamento jurídico de forma implícita ou explícita, os princípios vinculam o entendimento e a aplicação das normas jurídicas que com ele se conectam [1] e, a norma jurídica, instituída em lei, vem citar a orientação a ser tomada em todos os atos jurídicos, impor os elementos de fundo ou de forma, que se tornam necessários, para que os atos se executem legitimamente. É o preceito de direito[2]. [1] GOMES, Luís Roberto. Princípios constitucionais de proteção ao meio ambiente. In: Revista de Direito Ambiental, nº 16, p. 164, [2] SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. 13 ed.; Rio de Janeiro: Forense, 1997, p. 558.

5 PRINCÍPIOS AMBIENTAIS CONSTITUCIONAIS RELEVANTES APLICAVEIS ÀS HIDRELÉTRICAS 1 PRINCÍPIO DO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO COMO DIREITO FUNDAMENTAL DA PESSOA HUMANA. Art. 225 da CF: Todos tem direito ao ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 2 PRINCÍPIO DA CONSIDERAÇÃO DA VARIÁVEL AMBIENTAL NO PROCESSO DECISÓRIO DE POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO Art. 225 da CF: (...) 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:. IV exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade. 3 PRINCÍPIO DO POLUIDOR PAGADOR Art. 225 da CF: (...)... 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,pessoas físicas ou jurídicas a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. 4 PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Art. 225 da CF: Todos tem direito ao ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 5 PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO 6 PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO

6 PRECAUÇÃO EOU PREVENÇÃO 1 - PRECAUÇÃO OU PREVENÇÃO (1) : PREVENÇÃO : Ato ou efeito de antecipar-se, chegar antes; PRECAUÇÃO : Cuidados antecipados, cautela para que uma atitude ou ação não venha a resultar em efeitos indesejáveis; ADOTAR A PREVENÇÃO, PELO SEU CARATER GENÉRICO, ENGLOBANDO A PRECAUÇÃO, DE CARATER POSSIVELMENTE ESPECÍFICO 2 - PRECAUÇÃO E PREVENÇÃO (2) : PREVENÇÃO: O princípio da prevenção é uma conduta racional ante a um mal que a ciência pode objetivar e mensurar, que se move dentro da certeza das ciências. PRECAUÇÃO: A precaução, pelo contrário, enfrenta a outra natureza da incerteza: a incerteza dos saberes científicos em si mesmo. (1) - MILARÉ, Edis. Direito do ambiente: doutrina-prática-jurisprudência-glossário. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001, pag (2) - HAMMERSCHMIDT, Denise. O risco na sociedade contemporânea e o princípio da precaução no direito ambiental. In: Revista de Direito Ambiental, n. 31, p. 147.

7 PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO 1- CONSIDERAÇÕES INICIAIS 2 O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO 3 O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO SEGUNDO A COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS 3.1 O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO E SUAS COMPONENTES FATORES QUE DESENCADEIAM O RECURSO AO PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO MEDIDAS RESULTANTES DO RECURSO AO PRINCIPIO DA PRECAUÇÃO A DECISÃO DE ATUAR OU DE NÃO ATUAR NATUREZA DA AÇÃO EVENTUALMENTE DECIDIDA 4 DIRETRIZES PARA O RECURSO AO PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO 4.1 IMPLEMENTAÇÃO 4.2 O FATOR DESENCADEADOR 4.3 PRINCÍPIOS GERAIS DE APLICAÇÃO 4.4 O ONUS DA PROVA 5 CONCLUSÃO DA COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS

8 PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO 1- CONSIDERAÇÕES INICIAIS O Princípio da Precaução é reflexo do Princípio 15 da Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 13 de junho de 1992, estabelecendo que: Com o fim de proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deverá ser amplamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando houver ameaça de danos graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica absoluta não será utilizada como razão para adiamento de medidas economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental (grifo nosso).

9 PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO 2 O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO - A Convenção sobre Diversidade Biológica, assinada no Rio de Janeiro em , ratificada pelo Congresso Nacional pelo Decreto Legislativo nº. 2, de , entrou em vigor no Brasil em , contendo em seus considerandos, no Preâmbulo, o seguinte: - As Partes Contratantes, (...) Observando também que quando exista ameaça de sensível redução ou perda de diversidade biológica, a falta de plena certeza científica não deve ser usada como razão para postergar medidas para evitar ou minimizar essa ameaça. Observando igualmente que a exigência fundamental para a conservação da diversidade biológica é a conservação in situ dos ecossistemas e dos habitats naturais e a manutenção de populações viáveis de espécies no seu meio natural. - Por outro lado, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, assinada em Nova York em , ratificada pelo Congresso Nacional pelo Decreto Legislativo nº 1, de , entrou em vigor para o Brasil em , dispondo em seu Princípio 3 que: - As partes devem adotar medidas de precaução para prever, evitar ou minimizar as causas da mudança do clima e mitigar seus efeitos negativos. Quando surgirem ameaças de danos sérios ou irreversíveis, a falta de plena certeza científica não deve ser usada como razão para postergar essas medidas, levando em conta que as políticas e medidas adotadas para enfrentar a mudança do clima devem ser eficazes em função dos custos, de modo a assegurar benefícios mundiais ao menor custo possível. - Em matéria constitucional, foi o princípio da precaução recepcionado pela Carta Magna no art. 225, 1º, inciso V que assim dispõe: Art (...)... V controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e ao meio ambiente; - O princípio da precaução, estabelecido no item 15 da Declaração do Rio de 1992, é efetivamente, um dos princípios gerais do Direito Ambiental Brasileiro, integrante, assim, do nosso ordenamento jurídico vigente. Por via de conseqüência, é norma de observância obrigatória entre nós, inclusive na aplicação judicial do direito e da legislação protetiva do meio ambiente.

10 PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO 2 O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO Em decorrência do exposto conclui-se que o Estado através de sua administração tem o dever, portanto, de acordo com os artigos dispostos na Convenção sobre Diversidade Biológica, Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, Princípio 15 da Declaração do Rio de 1992, art. 225 da Constituição Federal, art. 54, 3º da Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e juntamente no cumprimento de seus princípios elencados no art. 37 da Constituição Federal, de cumprir seu poder de polícia embasado no princípio da precaução gerindo os riscos e tornandose ineficaz quando não procurando prever danos para o ser humano e o meio ambiente, omite-se no exigir e no praticar medidas de precaução, ocasionando prejuízos, pelos quais será co-responsável. (1) 1- MACHADO, Paulo Affons Leme, Direito Ambiental Brasileiro, 10.Ed. São Paulo:Malheiros Editores, 2002, Pag.66.

11 PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO 3 O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO SEGUNDO A COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS 3.1 O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO E SUAS COMPONENTES FATORES QUE DESENCADEIAM O RECURSO AO PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO MEDIDAS RESULTANTES DO RECURSO AO PRINCIPIO DA PRECAUÇÃO A DECISÃO DE ATUAR OU DE NÃO ATUAR NATUREZA DA AÇÃO EVENTUALMENTE DECIDIDA 4 DIRETRIZES PARA O RECURSO AO PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO 4.1 IMPLEMENTAÇÃO 4.2 O FATOR DESENCADEADOR 4.3 PRINCÍPIOS GERAIS DE APLICAÇÃO 4.4 O ONUS DA PROVA 5 CONCLUSÃO DA COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS

12 PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO 5 CONCLUSÃO DA COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS A Comissão quer reiterar a importância essencial que atribui à distinção entre a decisão, de natureza eminentemente política, de atuar ou não atuar e as medidas resultantes do recurso ao princípio da precaução, que devem respeitar os princípios gerais aplicáveis a qualquer medida de gestão de riscos. A Comissão considera igualmente que qualquer decisão deve ser precedida por um exame de todos os dados científicos disponíveis e, se possível, por uma avaliação tão objetiva e completa quanto possível dos riscos. A decisão de recorrer ao princípio da precaução não significa que as medidas se fundamentarão numa base arbitrária ou discriminatória.

13 PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ONUS DA PROVA A inversão do ônus da prova pela avaliação dos riscos, também é outra medida da aplicação do princípio da precaução que no parecer de José Rubens Morato Leite e Patryck de Araújo Ayala a aplicação do princípio da autorização prévia, está presente no sistema constitucional brasileiro e corresponde ao estudo prévio de impacto ambiental (art. 225, 1º, inciso IV da Constituição Federal/88) tendo como premissa deslocar a responsabilidade da produção das provas científicas (...) para aqueles comportamentos ou atividades reputados, a princípio, perigosos ou que inspiram maiores cuidados no controle da liberdade de atuação. Alexandre Kiss e Dinah Shelton comentam sobre a relação de causalidade presumida entre a incerteza científica e a ocorrência do dano afirmando que a aplicação estrita do princípio da precaução inverte o ônus normal da prova e impõe ao autor potencial provar, com anterioridade, que sua ação não causará danos ao meio ambiente. Nesse caso aplica-se a responsabilidade civil objetiva, conforme dispõe o art. 14, 1º da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente. Catherine Giraud também fundamenta o procedimento de justificação prévia como uma inversão do ônus da prova aplicado ao problema específico da imersão dos rejeitos industriais no Mar do Norte e complementa em suas palavras que a inversão do ônus da prova tem como conseqüência que os empreendedores de um projeto devem necessariamente implementar as medidas de proteção do meio ambiente, salvo se trouxerem a prova de que os limites do risco e da incerteza não foram ultrapassados.

14 PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO 1- CONSIDERAÇÕES INICIAIS 2 O PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO

15 PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO 1- CONSIDERAÇÕES INICIAIS Conforme já exposto, prevenção, do verbo prevenir, em sua conotação genérica, significa o ato ou efeito de antecipar-se, chegar antes, com um intuito conhecido. No Direito Ambiental a prevenção é a prioridade que deve ser dada a medidas que evitem o dano ambiental; é o agir antecipadamente em face de um problema conhecido de maneira a reduzi-lo ou eliminá-lo não alterando a qualidade ambiental.

16 PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO 2 O PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO O princípio da prevenção também entrou no Ordenamento Jurídico Brasileiro pela Convenção sobre Diversidade Biológica que em seus considerandos do Preâmbulo expressa: As Partes Contratantes,(...); Observando que é vital prever, prevenir e combater na origem as causas da sensível redução ou perda da diversidade biológica;(...);. A Declaração do Rio de Janeiro à Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992 também em seu Princípio 8 assim invoca o princípio da prevenção, no sentido de previdência, como uma chance para a sobrevivência : A fim de conseguir-se um desenvolvimento sustentado e uma qualidade de vida mais elevada para todos os povos, os Estados devem reduzir e eliminar os modos de produção e de consumo não viáveis e promover políticas demográficas apropriadas. Em nível nacional, recepcionada pela Constituição Federal de 1988, a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, Lei nº /81, em seu art. 2º, incisos IV e IX contempla também o dever de se evitar danos ao meio ambiente, consolidando mais uma vez a essência desse princípio, ou seja: Art. 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendido os seguintes princípios: (...); IV proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; (...); IX proteção de áreas ameaçadas de degradação; (...).

17 PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO 2 O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO Em decorrência do exposto, por analogia, conclui-se também que o Estado através de sua administração tem o dever, portanto, de acordo com os artigos dispostos na Convenção sobre Diversidade Biológica, Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Constituição Federal de 1988, a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, Lei nº /81, juntamente no cumprimento dos princípios elencados no art. 37 da Constituição Federal, de cumprir seu poder de polícia embasado no princípio da prevenção gerindo os riscos e tornando-se ineficaz e co-responsável em sua omissão.

18 COMENTÁRIOS SOBRE OS PRINCÍPIOS DA PRECAUÇÃO E PREVENÇÃO NAS HIDRELÉTRICAS MEDIDAS PRECAUCIONAIS E PREVENTIVAS devem ser aplicadas nos estudos de impacto ambiental, pois pretende se conhecer se o problema existe e, em existindo, qual a sua extensão e as providências possíveis para tentar evitá-lo ou mitigá-lo. A Matriz Referencial de Impacto Ambiental construída a partir de um diagnóstico ambiental da Área de Influência e da Área diretamente afetada pelo aproveitamento hidrelétrico pode apresentar aspectos SUBJETIVOS quanto à escolha da relação dos componentes que constituem os meios físico, biótico e sócio-econômico como também uma DISCRICIONARIEDADE quando se avalia se determinados impactos são positivos, negativos, nulos ou ausentes. Um impacto omisso no diagrama de significância de impactos ambientais e, portanto, não analisado quanto à sua significância, pode ser potencialmente causador de significativa degradação ambiental. A ADOÇÃO OU OMISSÃO de dados referentes às áreas de cartografia, hidrometeorologia, sedimentologia, geologia, geotecnia, meio ambiente e outras demais; o DIMENSIONAMENTO de todos os componentes do aproveitamento hidrelétrico (vertedouro, casa de máquinas, barragem de terra e outros), com o intuito de atender aos estudos energéticos e de se evitar danos ambientais a jusante dos empreendimentos; A escolha de MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO aplicados nos empreendimentos, que por motivos econômicos são utilizados e que em muitos casos, no início, atendem as exigências técnicas vigentes, porém, ao longo do tempo, apresentam um comportamento inesperado e imprevisível, colocando em risco a segurança do barramento;

19 COMENTÁRIOS SOBRE OS PRINCÍPIOS DA PRECAUÇÃO E PREVENÇÃO NAS HIDRELÉTRICAS A presença da FISCALIZAÇÃO DE OBRAS, garantindo a qualidade dos materiais e a execução dos empreendimentos hidrelétricos; MONITORAMENTOS em fase de operação evitando-se catástrofes ambientais como o rompimento de barramentos, a exemplo o das Usinas Hidrelétricas de Euclides da Cunha e Armando de Salles Oliveira (Limoeiro), nos dias 19 e 20 de janeiro de 1977, implantadas no Rio Pardo, Estado de São Paulo. Outra aplicação desses princípios é o comparativo entre a concepção adotada na Usina Hidrelétrica Capivara e a do Complexo Hidrelétrico Canoas, ambos os aproveitamentos situados no Rio Paranapanema, divisa dos Estados de São Paulo e Paraná. A construção da Usina Capivara teve início em março de 1971, época em que a legislação ambiental não exigia estudos de alternativas do aproveitamento e nem um diagnóstico ambiental da área de influência. A falta do estudo de impacto ambiental gerou uma série de danos ambientais à região provocando inconformismo na população. Assim, as prefeituras do norte do Paraná, afetadas por danos decorrentes da realização da usina, juntamente com o Ministério Público daquele Estado, realizaram um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta juntamente com a Duke-Energy International, Geração Paranapanema S.A, sucessora da Companhia Energética de São Paulo-CESP, em substituição à uma série de processos movidos pelas prefeituras face à essa empresa. O Complexo Hidrelétrico Canoas advém de um estudo alternativo, substituindo a Usina Hidrelétrica Canoas Alta por duas usinas hidrelétricas, denominadas Canoas I e Canoas II.

20 CONCLUSÃO Muitas outras aplicações desses princípios estão presentes e que poderão ser citadas com maiores detalhes bastando ater-se à análise dos estudos de Inventário Hidrelétrico de Bacias Hidrográficas e na de Viabilidade para Implantação de um Aproveitamento Hidrelétrico de maneira que se tome uma postura ideal visando um processo sustentável de desenvolvimento consubstanciado no Estudo de Impacto Ambiental EIA e seu respectivo Relatório de Impacto do Meio Ambiente RIMA, instrumentos do Programa Nacional do Meio Ambiente. Vale ressaltar que, em geral, centrais hidrelétricas menores, construídas para suprir demandas locais ou regionais integram novos consumidores de baixa renda e atingem aqueles que residem em regiões deficientes ao acesso do sistema de distribuição de energia, portanto, são ambientalmente mais adequadas, formando reservatórios com áreas de extensões menores, com impactos que podem tecnicamente ser minimizados através de uma seleção cuidadosa, envolvendo critérios de ordem social e ambiental sustentáveis principalmente quando se estuda minuciosamente um diagnóstico ambiental. O fato é que, qualquer que seja a dimensão dos empreendimentos hidrelétricos, eles sempre produzirão impactos, com maior ou menor significância, afetando sempre o meio ambiente.

21 REFLEXÃO O importante é que o homem procure seu desenvolvimento baseado num código de valores menos agressivos, que reflita uma profunda percepção das interdependências ecológicas do nosso planeta e um respeito pela vida em todas as formas e compreenda que, os direitos humanos que ele sempre almeja, somente serão alcançados se respeitar os direitos de todo o nosso ambiente. Se hoje temos direito a um ambiente saudável e produtivo, cada pessoa tem o dever de passar esses recursos vitais às futuras gerações e conservar a incrível diversidade da vida e o frágil equilíbrio da biosfera. Somos, por isso, responsáveis e disso depende a sobrevivência espiritual, cultural e física da nossa própria espécie. O desenvolvimento que destrói, causa erosão e polui deve ser substituído por um desenvolvimento sustentável que proteja a qualidade dos solos, ares e águas e mantenha a diversidade e produtividade das terras e dos mares. Essa mensagem, que constitui alguns trechos da Declaração de Fontainebleu nos seus 40 anos da União Internacional para a Conservação da Natureza, realizada em 5 de Outubro de 1988, sempre foi um grito de alerta que até hoje persiste para toda a humanidade.

22 Esta apresentação estará disponível para download, a partir do dia 28/04/08, no site:

CONCEITO Meio ambiente (Lei 6.938/81 art. 3 , I) Visão antropocêntrica

CONCEITO Meio ambiente (Lei 6.938/81 art. 3 , I) Visão antropocêntrica DIREITO AMBIENTAL CONCEITO Meio ambiente (Lei 6.938/81 art. 3, I) conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

Atribuições estaduais e municipais na fiscalização ambiental

Atribuições estaduais e municipais na fiscalização ambiental Atribuições estaduais e municipais na fiscalização ambiental Rodolfo Torres Advogado Assessor Jurídico do INEA Especialista em Direito Ambiental pela PUC/RJ Fiscalização: noções gerais Manifestação do

Leia mais

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N o 2.602, DE 2010 Susta os efeitos do Decreto nº 7.154, de 9 de abril de 2010. Autora: Deputado SARNEY FILHO Relator:

Leia mais

Declaração sobre meio ambiente e desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992)

Declaração sobre meio ambiente e desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992) Declaração sobre meio ambiente e desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992) A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e desenvolvimento, Tendo-se reunido no Rio de Janeiro, de 3 a 21 de junho de

Leia mais

Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, tendo se reunido no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho de 1992, reafirmando

Leia mais

LEGISLAÇÃO APLICADA A AQUICULTURA

LEGISLAÇÃO APLICADA A AQUICULTURA LEGISLAÇÃO APLICADA A AQUICULTURA C O N T E Ú D O : N O Ç Õ E S D E D I R E I T O : I N T R O D U Ç Ã O A O E S T U D O D O D I R E I T O A M B I E N T A L C A R A C T E R Í S T I C A S D A L E G I S L

Leia mais

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Setembro de 2010 Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

Conselho Gestor APA DA VÁRZEA RIO TIETÊ GTPM

Conselho Gestor APA DA VÁRZEA RIO TIETÊ GTPM Conselho Gestor APA DA VÁRZEA RIO TIETÊ GTPM I.UNIDADE DE CONSERVAÇÃO Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente

Leia mais

O PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO P NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE

O PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO P NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE O PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO P NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS RELATIVAS ÀS FUNÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I- promover,

Leia mais

BACIAS HIDROGRÁFICAS E O MEIO AMBIENTE Profa Dra Lilza Mara Boschesi Mazuqui

BACIAS HIDROGRÁFICAS E O MEIO AMBIENTE Profa Dra Lilza Mara Boschesi Mazuqui BACIAS HIDROGRÁFICAS E O MEIO AMBIENTE Profa Dra Lilza Mara Boschesi Mazuqui OQUE É IMPACTO AMBIENTAL???? IMPACTO AMBIENTAL Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,

Leia mais

05 DE JUNHO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

05 DE JUNHO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE D I R E T O R I A D E S A Ú D E 05 DE JUNHO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE Em 05 de Junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente e nesse ano o foco está voltado para as Mudanças Climáticas com o tema

Leia mais

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas.

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O que é o dever de Consulta Prévia? O dever de consulta prévia é a obrigação do Estado (tanto do Poder Executivo, como do Poder Legislativo)

Leia mais

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PROJETO DE LEI N o 4.095, DE 2012 Altera a Lei nº 10.257, de 10 de julho 2001, que regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece

Leia mais

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas.

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas. 1. OBJETIVOS Estabelecer diretrizes que norteiem as ações das Empresas Eletrobras quanto à promoção do desenvolvimento sustentável, buscando equilibrar oportunidades de negócio com responsabilidade social,

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Política Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as políticas públicas de

Leia mais

Gestão e Legislação Ambiental

Gestão e Legislação Ambiental UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE TECNOLOGIA Mestrado em Recursos Hídricos H e Saneamento Disciplina: Gestão e Legislação Ambiental Professora: Selêude Wanderley da NóbregaN Legislação Ambiental

Leia mais

GESTÃO E MANEJO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL

GESTÃO E MANEJO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL GESTÃO E MANEJO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL O Ministério Público e a implementação da Resolução CONAMA 307/2002 Ministério das Cidades Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental Ministério

Leia mais

MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 052/2005

MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 052/2005 MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 052/2005 NOME DA INSTITUIÇÃO: NEOENERGIA S.A. AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL ATO REGULATÓRIO: RESOLUÇÃO NORMATIVA EMENTA

Leia mais

I ENCONTRO NACIONAL entre a ANEEL e o MINISTÉIRO PÚBLICO

I ENCONTRO NACIONAL entre a ANEEL e o MINISTÉIRO PÚBLICO I ENCONTRO NACIONAL entre a ANEEL e o MINISTÉIRO PÚBLICO Processo de Licenciamento Ambiental - Problemas e deficiências João Akira Omoto Procurador da República Brasília (DF) - 2003 LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Leia mais

Termos usados em Segurança Empresarial:

Termos usados em Segurança Empresarial: Termos usados em Segurança Empresarial: Ameaça: É qualquer indicação, circunstância ou evento com potencial de causar dano ou perda. Ativo: É qualquer equipamento, infraestrutura, material, informação,

Leia mais

GESTÃO AMBIENTAL. Avaliação de Impactos Ambientais ... Camila Regina Eberle camilaeberle@hotmail.com

GESTÃO AMBIENTAL. Avaliação de Impactos Ambientais ... Camila Regina Eberle camilaeberle@hotmail.com ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL GESTÃO AMBIENTAL Avaliação de Impactos Ambientais

Leia mais

LEGISLAÇÃO FEDERAL SOBRE POLUIÇÃO VISUAL URBANA

LEGISLAÇÃO FEDERAL SOBRE POLUIÇÃO VISUAL URBANA LEGISLAÇÃO FEDERAL SOBRE POLUIÇÃO VISUAL URBANA JOSÉ DE SENA PEREIRA JR. Consultor Legislativo da Área XI Meio Ambiente e Direito Ambiental, Organização Territorial, Desenvolvimento Urbano e Regional JANEIRO/2002

Leia mais

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006. Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006. Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração Coleção Risk Tecnologia SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006 Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração RESUMO/VISÃO GERAL (visando à fusão ISO 31000

Leia mais

A Declaração recomenda prudência na gestão de todas as espécies e recursos naturais e apela a uma nova ética de conservação e salvaguarda.

A Declaração recomenda prudência na gestão de todas as espécies e recursos naturais e apela a uma nova ética de conservação e salvaguarda. Programa do XI Governo Regional dos Açores Política Ambiental Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, Senhor Presidente, Senhora e Senhores Membros do Governo, Na Resolução que adotou a histórica

Leia mais

Introdução. Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira. Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA

Introdução. Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira. Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA O mar humildemente coloca-se abaixo do nível dos rios para receber, eternamente,

Leia mais

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 43, DE 2015

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 43, DE 2015 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 43, DE 2015 Susta a aplicação da Norma Regulamentadora NR-12, do Ministério do Trabalho e Emprego, que trata da Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. Art.

Leia mais

ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL

ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL MERCOSUL/CMC/DEC. N o 02/01 ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, a Resolução N o 38/95 do Grupo Mercado Comum e a Recomendação

Leia mais

CUIDAR DA TERRA ALIMENTAR A SAÚDE CULTIVAR O FUTURO

CUIDAR DA TERRA ALIMENTAR A SAÚDE CULTIVAR O FUTURO CUIDAR DA TERRA ALIMENTAR A SAÚDE CULTIVAR O FUTURO Por que é importante dar preferência aos produtos orgânicos? Os sistemas de produção orgânica se baseiam em princípios da agroecologia e, portanto, buscam

Leia mais

Da Legislação Ambiental. Da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Harmonização da PNRS. Constituição Federal da República Federativa do Brasil

Da Legislação Ambiental. Da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Harmonização da PNRS. Constituição Federal da República Federativa do Brasil Da Legislação Ambiental Constituição Federal da República Federativa do Brasil Capitulo VI Do Art. 225 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial

Leia mais

4. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

4. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO 4. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO Conceitualmente, Área de Influência abrange todo o espaço suscetível às ações diretas e indiretas do empreendimento, tanto na fase de implantação como na de operação,

Leia mais

Contextos da Educação Ambiental frente aos desafios impostos. Núcleo de Educação Ambiental Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Contextos da Educação Ambiental frente aos desafios impostos. Núcleo de Educação Ambiental Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Contextos da Educação Ambiental frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas Maria Teresa de Jesus Gouveia Núcleo de Educação Ambiental Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Leia mais

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Legislação Federal LEI N 7.804, de 18 de julho de 1989 Altera a Lei n 6.938 de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação

Leia mais

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988 TÍTULO VIII DA ORDEM SOCIAL CAPÍTULO II DA SEGURIDADE SOCIAL Seção II Da Saúde Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução.

Copyright Proibida Reprodução. RESPONSABILDADE CIVIL DO DANO AMBIENTAL Prof. Éder Responsabilidade Clementino dos civil Santos INTRODUÇÃO Evolução da sociedade: séc. XX (novas tecnologias x modelo de vida); Inércia do Estado: auto-tutela;

Leia mais

Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para realização de auditorias ambientais.

Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para realização de auditorias ambientais. RESOLUÇÃO Nº 306, DE 5 DE JULHO DE 2002 Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para realização de auditorias ambientais. O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das competências

Leia mais

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL Fernando Souza OLIVEIRA 1 Pedro Anderson da SILVA 2 RESUMO Princípio do Desenvolvimento Sustentável como um direito e garantia fundamental,

Leia mais

Regulamentação e Licenciamento Ambiental. Oscar Graça Couto Lobo & Ibeas

Regulamentação e Licenciamento Ambiental. Oscar Graça Couto Lobo & Ibeas Regulamentação e Licenciamento Ambiental Oscar Graça Couto Lobo & Ibeas Matriz Constitucional "Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia

Leia mais

UHE PCH. LICENCIAMENTO AMBIENTAL Federal. Roberto Huet de Salvo Souza

UHE PCH. LICENCIAMENTO AMBIENTAL Federal. Roberto Huet de Salvo Souza LICENCIAMENTO AMBIENTAL Federal UHE PCH Roberto Huet de Salvo Souza - I B A M A N Ú C L E O D E L I C E N C I A M E N T O A M B I E N T A L NLA/SUPES- RJ O que é licenciamento ambiental? Para que serve?

Leia mais

AUDITORIA AMBIENTAL SEGUNDO O CÓDIGO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS

AUDITORIA AMBIENTAL SEGUNDO O CÓDIGO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS Maiêutica - Curso de Gestão Ambiental AUDITORIA AMBIENTAL SEGUNDO O CÓDIGO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS RESUMO Leonardo Moura de Souza 1 Moacir Muniz de Souza 2 Centro Universitário Leonardo da Vinci

Leia mais

PARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador SÉRGIO SOUZA I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador SÉRGIO SOUZA I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2013 Da COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONSUMIDOR E FISCALIZAÇÃO E CONTROLE, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 398, de 2012, do Senador Pedro Taques, que

Leia mais

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 3 2. OBJETIVO... 3 3. ABRANGÊNCIA... 3 4. ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DO RISCO... 4 5. GERENCIAMENTO DO RISCO... 5 6. ATIVIDADES PROIBITIVAS E RESTRITIVAS... 6 7. ANÁLISE DE CRÉDITO...

Leia mais

Acordo sobre o Aquífero Guarani

Acordo sobre o Aquífero Guarani Acordo sobre o Aquífero Guarani A República Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai, Animados pelo espírito de cooperação e de integração

Leia mais

Segurança e Saúde dos Trabalhadores

Segurança e Saúde dos Trabalhadores Segurança e Saúde dos Trabalhadores [1]CONVENÇÃO N. 155 I Aprovada na 67ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra 1981), entrou em vigor no plano internacional em 11.8.83. II Dados referentes

Leia mais

NOME DA INSTITUIÇÃO: Prime Projetos e Consultoria Ltda.

NOME DA INSTITUIÇÃO: Prime Projetos e Consultoria Ltda. MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 068/2012 2ª FASE NOME DA INSTITUIÇÃO: Prime Projetos e Consultoria Ltda. AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL ATO REGULATÓRIO:

Leia mais

MMX - Controladas e Coligadas

MMX - Controladas e Coligadas POLITICA CORPORATIVA PC. 1.16.01 Política de Meio Ambiente Emissão: 02/10/06 1 Objetivo: Estabelecer diretrizes visando proteger os recursos naturais e o meio ambiente em todas das unidades operacionais.

Leia mais

Ministério Público do Trabalho

Ministério Público do Trabalho Ministério Público do Trabalho Procuradoria Regional do Trabalho da Nona Região www.prt9.mpt.gov.br A realidade Fundamentos Jurídicos Declaração Universal dos Direitos do Homem, que diz que o reconhecimento

Leia mais

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT]

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] 1. Os Tribunais de Contas somente podem realizar suas tarefas quando são independentes da entidade auditada e são protegidos

Leia mais

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO FALANDO SOBRE NEXO EPIDEMIOLOGICO Um dos objetivos do CPNEWS é tratar de assuntos da área de Segurança e Medicina do Trabalho de forma simples de tal forma que seja possível a qualquer pessoa compreender

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE GABINETE DA MINISTRA PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 419, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011 Regulamenta a atuação dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal envolvidos no licenciamento

Leia mais

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009 Gestão da Qualidade Políticas Manutenção (corretiva, preventiva, preditiva). Elementos chaves da Qualidade Total satisfação do cliente Priorizar a qualidade Melhoria contínua Participação e comprometimento

Leia mais

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO: PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO: PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS CURSO PÓS-GRADUAP GRADUAÇÃO EM GESTÃO SOCIAL DE POLÍTICAS PÚBLICASP DISCIPLINA: Monitoramento, informação e avaliação de políticas sociais INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO: PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS Janice

Leia mais

NR-15 (Texto para Consulta Pública)

NR-15 (Texto para Consulta Pública) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO Trata-se de proposta de texto para alteração da Norma Regulamentadora n.º 15 (Atividades

Leia mais

GESTÃO E MANEJO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL

GESTÃO E MANEJO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL GESTÃO E MANEJO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL O Ministério Público e a implementação da Resolução CONAMA 307/2002 Ministério das Cidades Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental Ministério

Leia mais

14/05/2010. Sistema Integrado de Gestão Ambiental SIGA-RS. Sistema Integrado de Gestão Ambiental SIGA-RS. Niro Afonso Pieper. Diretor Geral - SEMA

14/05/2010. Sistema Integrado de Gestão Ambiental SIGA-RS. Sistema Integrado de Gestão Ambiental SIGA-RS. Niro Afonso Pieper. Diretor Geral - SEMA 14/05/2010 Niro Afonso Pieper Diretor Geral - SEMA 1 O Sistema Integrado de Gestão Ambiental no Rio Grande do Sul Concepção e Histórico Requisitos para a Habilitação Princípio da Melhoria Contínua Enfoque

Leia mais

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: LEI Nº 8.267 Dispõe sobre o licenciamento ambiental no Município de Porto Alegre, cria a Taxa de Licenciamento Ambiental e dá outras providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a

Leia mais

CONCEITOS E PRINCÍPIOS DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS

CONCEITOS E PRINCÍPIOS DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS CONCEITOS E PRINCÍPIOS DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS António Gonçalves Henriques AMBIENTE Conjunto dos sistemas físicos, químicos, biológicos e suas relações, e dos factores económicos, sociais e culturais

Leia mais

Legislação e outros documentos sobre Educação Ambiental

Legislação e outros documentos sobre Educação Ambiental Legislação e outros documentos sobre Educação Ambiental 1981 Política Nacional de Meio Ambiente 1988 Constituição Brasileira 1992 Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade

Leia mais

A SECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, no uso de suas atribuições legais, e

A SECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, no uso de suas atribuições legais, e PORTARIA SSST Nº 11, de 13/10/1994 "Publica a minuta do Projeto de Reformulação da Norma Regulamentadora nº 9 - Riscos Ambientais com o seguinte título: Programa de Proteção a Riscos Ambientais". A SECRETARIA

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

UNESCO Brasilia Office Representação no Brasil Declaração sobre as Responsabilidades das Gerações Presentes em Relação às Gerações Futuras

UNESCO Brasilia Office Representação no Brasil Declaração sobre as Responsabilidades das Gerações Presentes em Relação às Gerações Futuras UNESCO Brasilia Office Representação no Brasil Declaração sobre as Responsabilidades das Gerações Presentes em Relação às Gerações Futuras adotada em 12 de novembro de 1997 pela Conferência Geral da UNESCO

Leia mais

Criação de uma Unidade de Conservação na ZPA-6. Morro do Careca e sistema dunar Dunar contínuo

Criação de uma Unidade de Conservação na ZPA-6. Morro do Careca e sistema dunar Dunar contínuo Criação de uma Unidade de Conservação na ZPA-6 Morro do Careca e sistema dunar Dunar contínuo Justificativa: Art. 225 da Constituição Federal: SNUC: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. Penna) Dispõe sobre a criação do Plano de Desenvolvimento Energético Integrado e do Fundo de Energia Alternativa. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Ficam instituídos

Leia mais

BANCO CENTRAL DO BRASIL 2009/2010

BANCO CENTRAL DO BRASIL 2009/2010 BANCO CENTRAL DO BRASIL 2009/2010 CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS E PLANOS DE CONTINGÊNCIA Professor: Hêlbert A Continuidade de Negócios tem como base a Segurança Organizacional e tem por objeto promover a proteção

Leia mais

PATRIMÔNIO PÚBLICO Auditorias Ambiental e Cultural - Controle Externo - Introdução à Questão Ambiental

PATRIMÔNIO PÚBLICO Auditorias Ambiental e Cultural - Controle Externo - Introdução à Questão Ambiental X - SIMPÓSIO NACIONAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS PATRIMÔNIO PÚBLICO Auditorias Ambiental e Cultural - Controle Externo - Introdução à Questão Ambiental - Controle Externo Introdução à Questão Ambiental

Leia mais

MONITORAMENTO AMBIENTAL E O MONITORAMENTO DA AMBIÊNCIA

MONITORAMENTO AMBIENTAL E O MONITORAMENTO DA AMBIÊNCIA Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Agrárias Departamento de Engenharia Agrícola Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola MONITORAMENTO AMBIENTAL E O MONITORAMENTO DA AMBIÊNCIA Mariana

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Procuradoria da República no Município de Corumbá/MS. RECOMENDAÇÃO nº 007/2011

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Procuradoria da República no Município de Corumbá/MS. RECOMENDAÇÃO nº 007/2011 Procuradoria da República no Município de Corumbá/MS RECOMENDAÇÃO nº 007/2011 Renováveis (Ibama), Ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, pelo Procurador

Leia mais

Aspectos sócio-ambientais. Psicologia ambiental Impactos sócio ambientais Desenvolvimento sustentável

Aspectos sócio-ambientais. Psicologia ambiental Impactos sócio ambientais Desenvolvimento sustentável Aspectos sócio-ambientais Psicologia ambiental Impactos sócio ambientais Desenvolvimento sustentável Intervenção e Gestão Ambiental Todo projeto industrial, desenvolvimento urbano ou oferta de serviço

Leia mais

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Standard Chartered Bank, Brasil Página 1 de 8 ÍNDICE I. OBJETIVO... 3 II. CICLO DE REVISÃO... 3 III. DISPOSIÇÕES GERAIS... 3 IV. ESTRUTURA DE GOVERNANÇA... 4

Leia mais

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento.

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento. MERCADO DE CARBONO M ERCADO DE C A R O mercado de carbono representa uma alternativa para os países que têm a obrigação de reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa e uma oportunidade

Leia mais

AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO-CURRICULAR, ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E DOS PLANOS DE ENSINO 1

AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO-CURRICULAR, ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E DOS PLANOS DE ENSINO 1 AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO-CURRICULAR, ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E DOS PLANOS DE ENSINO 1 A avaliação da escola é um processo pelo qual os especialistas (diretor, coordenador pedagógico) e os professores

Leia mais

MEIO AMBIENTE E VIDA TEXTO PARA A CAMINHADA DE CORPUS CRISTI A VIDA AMEAÇADA...

MEIO AMBIENTE E VIDA TEXTO PARA A CAMINHADA DE CORPUS CRISTI A VIDA AMEAÇADA... MEIO AMBIENTE E VIDA TEXTO PARA A CAMINHADA DE CORPUS CRISTI Daniel Cenci A VIDA AMEAÇADA... A vida é sempre feita de escolhas. A qualidade de vida resulta das escolhas que fazemos a cada dia. É assim

Leia mais

Política Ambiental das Empresas Eletrobras

Política Ambiental das Empresas Eletrobras Política Ambiental das Empresas Eletrobras Versão 2.0 16/05/2013 Sumário 1 Objetivo... 3 2 Princípios... 3 3 Diretrizes... 3 3.1 Diretrizes Gerais... 3 3.1.1 Articulação Interna... 3 3.1.2 Articulação

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.346, DE 15 DE SETEMBRO DE 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional SISAN com vistas em assegurar

Leia mais

Art. 1 º Esta Lei estabelece os princípios para o planejamento e a execução das políticas públicas do Município do Rio de Janeiro.

Art. 1 º Esta Lei estabelece os princípios para o planejamento e a execução das políticas públicas do Município do Rio de Janeiro. 2008 Nº Despacho Projeto de Lei Nº 1637/2008 Estabelece princípios para o planejamento e a execução de políticas públicas do Município do Rio de Janeiro. Autora: Vereadora Andrea Gouvêa Vieira A CÂMARA

Leia mais

Trabalho de Conclusão do Curso de Direito Sanitário

Trabalho de Conclusão do Curso de Direito Sanitário 201 Trabalho de Conclusão do Curso de Direito Sanitário Débora Maria Barbosa Sarmento 1 Apesar de o homem desde a Antiguidade reconhecer a importância da saúde, o Estado Moderno, na consagração das declarações

Leia mais

NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL CURSO: ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CIÊNCIA DO AMBIENTE PROFESSOR: RAMON LAMAR PARTE III 05/11/2015

NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL CURSO: ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CIÊNCIA DO AMBIENTE PROFESSOR: RAMON LAMAR PARTE III 05/11/2015 CURSO: ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CIÊNCIA DO AMBIENTE PROFESSOR: RAMON LAMAR PARTE III LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, conhecida como Política

Leia mais

VAMOS CUIDAR DO BRASIL COM AS ESCOLAS FORMANDO COM-VIDA CONSTRUINDO AGENDA 21AMBIENTAL NA ESCOLA

VAMOS CUIDAR DO BRASIL COM AS ESCOLAS FORMANDO COM-VIDA CONSTRUINDO AGENDA 21AMBIENTAL NA ESCOLA VAMOS CUIDAR DO BRASIL COM AS ESCOLAS FORMANDO COM-VIDA CONSTRUINDO AGENDA 21AMBIENTAL NA ESCOLA COM-VIDA Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola Criado a partir das deliberações da I Conferência

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL

RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL O ordenamento jurídico pátrio, em matéria ambiental, adota a teoria da responsabilidade civil objetiva, prevista tanto no art. 14, parágrafo 1º da Lei 6.938/81

Leia mais

RELATÓRIO TÉCNICO GESOL Nº 19/2009

RELATÓRIO TÉCNICO GESOL Nº 19/2009 RELATÓRIO TÉCNICO GESOL Nº 19/2009 Assunto: Gestão de barragens de rejeitos e resíduos em empreendimentos industriais e minerários de Minas Gerais. Referência: Resultados obtidos a partir das diretrizes

Leia mais

O ESTUDO DE IMPACTOS AMBIENTAIS COMO DECORRÊNCIA DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

O ESTUDO DE IMPACTOS AMBIENTAIS COMO DECORRÊNCIA DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS O ESTUDO DE IMPACTOS AMBIENTAIS COMO DECORRÊNCIA DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS A Legislação Brasileira, principalmente no que tange algumas Resoluções emitidas pelo CONAMA, em alguns casos referiu-se

Leia mais

EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 1 Eficácia é o poder que tem as normas e os atos jurídicos para a conseqüente produção de seus efeitos jurídicos próprios. No sábio entendimento do mestre

Leia mais

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL DAS EMPRESAS ELETROBRAS

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL DAS EMPRESAS ELETROBRAS POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL DAS EMPRESAS ELETROBRAS SUSTENTABILIDADE E M P R E S A R I A L Política de Sustentabilidade Empresarial das Empresas Eletrobras DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras,

Leia mais

CONCEITOS DE AVALIAÇÃO, ESTUDOS E RELATÓRIOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS

CONCEITOS DE AVALIAÇÃO, ESTUDOS E RELATÓRIOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS CONCEITOS DE AVALIAÇÃO, ESTUDOS E RELATÓRIOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS IMPACTO AMBIENTAL Considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,

Leia mais

Portaria n. 88, de 22/07/2015

Portaria n. 88, de 22/07/2015 Portaria n. 88, de 22/07/2015 O Ministério Público Federal, pelos Procuradores da República signatários, no cumprimento de suas atribuições constitucionais conferidas pelo art. 129 da Constituição Federal

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO DISTRITO FEDERAL - UniDF PRÓ-REITORIA DE GESTÃO ACADÊMICA PRGA CENTRO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL CTE DIREITO AMBIENTAL

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO DISTRITO FEDERAL - UniDF PRÓ-REITORIA DE GESTÃO ACADÊMICA PRGA CENTRO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL CTE DIREITO AMBIENTAL 1 CENTRO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL DIREITO AMBIENTAL Autoria: Ana Maria Benavides Kotlinski Desenho Instrucional: Fábia Pimentel Brasília DF 2007 2 CENTRO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DE PROGRAMAS DE GESTÃO DE DOCUMENTOS NO ÓRGÃOS E ENTIDADES INTEGRANTES DO SIGA

A IMPORTÂNCIA DE PROGRAMAS DE GESTÃO DE DOCUMENTOS NO ÓRGÃOS E ENTIDADES INTEGRANTES DO SIGA V ENCONTRO TÉCNICOS DOS INTEGRANTES DO SISTEMA DE GESTÃO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO SIGA, DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL V SEMINÁRIO A GESTÃO DE DOCUMENTOS ARQUIVÍSTICOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

Leia mais

PARCERIA: SUSTENTABILIDADE

PARCERIA: SUSTENTABILIDADE Contabilidade Ambiental e a Sustentabilidade nas Empresas Luis Fernando de Freitas Penteado luisfernando@freitaspenteado.com.br www.freitaspenteado.com.br PARCERIA: SUSTENTABILIDADE Dificuldade de definição

Leia mais

CP 013/14 Sistemas Subterrâneos. Questões para as distribuidoras

CP 013/14 Sistemas Subterrâneos. Questões para as distribuidoras CP 013/14 Sistemas Subterrâneos Questões para as distribuidoras 1) Observa-se a necessidade de planejamento/operacionalização de atividades entre diversos agentes (distribuidoras, concessionárias de outros

Leia mais

Passivos ambientais:avaliação e análise nas demonstrações. Maisa de Souza Ribeiro FEA-RP/USP Julho/2013

Passivos ambientais:avaliação e análise nas demonstrações. Maisa de Souza Ribeiro FEA-RP/USP Julho/2013 Passivos ambientais:avaliação e análise nas demonstrações contábeis Maisa de Souza Ribeiro FEA-RP/USP Julho/2013 GOVERNANÇA CORPORATIVA Equidade; Transparência; Prestação de contas; e Conformidade com

Leia mais

1. United Nations Conference on Environment and Development UNCED (ECO-92) DECLARAÇÃO DO RIO DE JANEIRO SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO

1. United Nations Conference on Environment and Development UNCED (ECO-92) DECLARAÇÃO DO RIO DE JANEIRO SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO VEJA RIO+20 1. United Nations Conference on Environment and Development UNCED (ECO-92) DECLARAÇÃO DO RIO DE JANEIRO SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO Abstract: A declaração final da ECO-92 acenou para

Leia mais

Gerenciamento de Riscos em Segurança da informação. cynaracarvalho@yahoo.com.br

Gerenciamento de Riscos em Segurança da informação. cynaracarvalho@yahoo.com.br $XWDUTXLD(GXFDFLRQDOGR9DOHGR6mR)UDQFLVFR± $(96) )DFXOGDGHGH&LrQFLDV6RFLDLVH$SOLFDGDVGH3HWUROLQD± )$&$3( &XUVRGH&LrQFLDVGD&RPSXWDomR Gerenciamento de Riscos em Segurança da informação cynaracarvalho@yahoo.com.br

Leia mais

OS PRINCÍPIOS DO EQUADOR

OS PRINCÍPIOS DO EQUADOR OS PRINCÍPIOS DO EQUADOR UMA ABORDAGEM DO SETOR PARA INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS SOBRE DETERMINAÇÃO, AVALIAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCO AMBIENTAL E SOCIAL EM FINANCIAMENTO DE PROJETOS Florianópolis Junho/2004

Leia mais

POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM ESTAR NO TRABALHO

POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM ESTAR NO TRABALHO POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM ESTAR NO TRABALHO Política da QUALIDADE A satisfação do cliente está na base das operações do Grupo Volvo. A Qualidade é um pré

Leia mais

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PROJETO DE LEI N o 266, DE 2007 (Apensos: PLs n os 453/2007, 701/2007, 6.519/2009 e 3.729/2012) Altera a Lei nº 9.985, de 2000, que regulamenta o

Leia mais

Legislação nacional e internacional

Legislação nacional e internacional Legislação nacional e internacional CDB Convenção sobre Diversidade Biológica A CDB foi estabelecida durante a ECO -92, no Rio de Janeiro, em junho de 1992. Esse tratado das Nações Unidas é um dos mais

Leia mais