Prefeitura da Estancia de Atibaia Estado de Sáo Paulo

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1 Prefeitura da Estancia de Atibaia Estado de Sáo Paulo -Proc. n /09 DECRETO N : de 06 de outubro de 2009 Estabelece procedimentos de controle ambiental para a utilizacao de produtos e subprodutos de madeira de oriqem nativa em obras e servicos de engenharia contratados pelo Municipio de Atibaia, e da outras proviancias. 0 PREFEITO MUNICIPAL DA ESTANCIA DE ATIBAIA usando das atribuiceies legais que Ihe sac, conferidas pelo artigo 73, inciso IX, da Lei Organica do Municipio, considerando o que consta dos autos administrativos n o /09 considerando competir ao Municipio controlar e fiscalizar obras, atividades, processor produtivos e empreendimentos que, direta ou indiretamente, possam causar degradacao do meio ambiente, adotando as medidas preventivas ou corretivas pertinentes; considerando o volume de produtos e subprodutos de madeira utilizados cm servicos e obras publicas; considerando que o Artigo 46 da Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal n g 9.605/98), define como crime ambiental receber e adquirir, para fins comerciais e industriais, madeira, lenha e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibicao da licence do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que devera acompanhar o produto ate o final do beneficiamento; considerando a alta taxa de desmatamento e a necessidade de contencao das atividades ilegais e de valorizacao das atividades decorrentes de manejo florestal sustentavel; DECRETA Art. 1 9 As obras e ServigOS de engenharia contratados pelos Orgaos da administrayao direta e indireta do municipio, que utilizem produtos e subprodutos de madeira, deverao obedecer aos procedimentos

2 Prefeitura da EstAncia de Atibaia Estado de Säo Paulo de controle ambiental estabelecidos neste decreto corn vista a comprovagao da procerlencia legal e certificack dos produtos e subprodutos de madeira de origem nativa utilizados. Art. 2 2 Para fins deste Decreto considera-se: produto de madeira de origem nativa: madeira nativa em toras, toretes, pastes, escoramentos, palanques rolicos, dormentes, moureies, achas, lascas e lenha; subproduto de madeira de origem nativa: madeira nativa serrada sob qualquer forma, laminada, aglomerada, prensada, compensada, chapas de fibre desfolhada, faqueada e contraplaca; procedencia legal: produtos e subprodutos de madeira de origem nativa, decorrentes de desmatamento autori7ado ou de manejo florestal aprovados por órgao ambiental competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, corn autorizaca0 de transporte expedida pelo Institute Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturals Renovaveis - IBAMA. Certificacao Florestal: certificado emitido por instituicão certificadora reconhecida pelo Sistema Nacional de Meio Ambiente, conferido a empresa, proprietario ou comunidade, aos produtos e subprodutos de madeira que foram extraidos de florestas, natives ou plantadas, de forma adequada e aprovada pelos Orgaos ambientais competentes avaliando os aspectos socio-ambientais e económicos; Conselho de Manejo Florestal (sigla em inglès - FSC) Orgão que define os padraes para a certificacào e monitora o trabalho das certificadoras. No Brasil o FSC e representado pelo Conselho Brasileiro de. Manejo Florestal - CBMF, que credencia as instituicees nao governamentais para certificagao florestal; Documento de Origem Florestal - DOF: instituido pela Portaria n o 253/2006, do Ministdrio do Meio Ambiente, representa a licenca obrigatoria para o controle do transporte de produto e subproduto florestal de origem nativa. 0 DOE acompanhar6 o produto ou subproduto florestal nativo, da origem ao destino nele consigned, por meio de transporte individual: rodoviario, ferroviario, fluvial ou maritimo. 2

3 Prefeitura da EstSncia de Atibaia Estado de São Paulo VII- Cadastro Têcnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadores de Recursos Naturais: cadastro técnico obrigaterio do IBAMA, para todas as pessoas fisicas e juridicas que se dedicam a atividades potencialmente poluidoras e/ou a extracao, producao, transporte c comorcializacao de recursos ambientais. Art. 3 A aquisicao de madeira e sous subprodutos, utilizados na execucao de obras ou servicos alicos, no ambito da Administrack Pbblica Municipal, atravós da compra direta ou de processo licitatorio, devera obedecer aos preceitos estabelecidos neste Decreto, na Lei de LicitacOes (Lei n 8.666/93) e, no que concerne ao manejo, licenciamento, transporte e comercializacao de produtos florestais, aos contidos na legislagao ambiental em vigor, em particular na Constituicao Federal, na Lei de Politica Nacional do Meio Ambiente (n Q 6.938/81), na Lei de Crimes Ambientais (n 9.605/98), nas ResoincOes CONAMA e Portarias do IBAMA. Art. 4 0 Municipio de Atibaia nao podera utilizar ou adquirir direta ou indiretamente madeiras consideradas ameacadas ou em vias de extincao ou proibidas, que constam na lista oficial do IBAMA. Art. 5 A Administracao PUblica Municipal devera exigir que a empresa que participar dos processes de licitagao apresente provas da legalidade da cadeia de custodia dos produtos madeireiros, informando a origem dos mesmos e garantindo que seus fornecedores estao de acordo corn a legislacao ambiental vigente no Brasil, evitando, assim, a compra da madeira de origem ilegal. Art. 6 0 projeto basic de obras e services de engenharia, exigido e elaborado em conformidade corn a Lei Federal n 8.666/93, que envolva o use de produtos e subprodutos de madeira, somente sera aprovado pela autoridade competente caso contemple, de forma expressa, a obrigatoriedade de emprego de produtos e subprodutos de madeira de origem exotica, ou de origem nativa de procedéncia legal. Parägrafo unico A exigéncia prevista no caput do presente artigo deverci constar de forma obrigateria come requisite para a elaboracão do projeto executive. Art. 7 0 Edital de Licitacao de obras e servicos de enge.nharia devera estabelecer na rase de habilitacao, entre os requisitos de qualificack tecnica, a exigencia de apresentack, pelos licitantes, de 3

4 Prefeitura da Estancia de Atibaia Estado de São Paulo declaracao de compromisso de utilizacao de produtos e subprodutos de madeira de origem exetica, ou de origem nativa de procedencia legal, consoante artigo 30, inciso IV da Lei Federal n o 8.666/93, nos termos do modelo disponibilizado pelo Setor de Licitacao da Prefeitura Municipal. 4 Art. 8 g A Administracao Pali Municipal fica obrigada a adquirir apenas madeira proveniente de Plano de Manejo Florestal autori/ado pelo Institute Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaveis - IBAMA, aplicando-se a mesma regra para os processos licitaterios de obras e servicos de engenharia. ou na execucao de obras realizadas diretamente pelos órgaos municipais. Art. 9 g As empresas contratadas para execucao de obras e servicos de engenharia deverbo apresentar, perante a Administracao PUblica Municipal, documentacbo que comprove a legalidade dos produtos florestais utilizados, atraves do Documento de Origem Florestal - DOF, do Institute Brasileiro do Meio Ambiente c dos Recursos Naturals Renovaveis - 1BAMA, ou documento equivalente, emitido por sistemas estaduais de controle, não integrados ou parcialmente integrados, ao sistema federal e aceito pelo Orgao fiscalizador competente das esferas federal ou estadual. ParSgrafo Unico - 0 nào atendimento da disposicao contida no caput deste artigo, na fase de execucao do contrato, podera acarretar as sangoes administrativas previstas nos artigos 86 a 88 da Lei Federal ri g 8.666/93, e no artigo 72, inciso V, da Lei Federal n /98, sem prejuizo das implicagees de ordem criminal contempladas na referida lei. Art. 10 Os servidores publicos que deixarem de mender as determinagoes constantes neste Decreto, estarão sujeitos a aplicacão das sangoes administrativas pertinentes, bem com p as sancetes criminais que determinam o artigo 68 da Lei Federal n /98. Art. 11 A administracao PUblica Municipal tern urn prazo de 90 (noventa) dias Uteis para se adequar as disposicoes contidas neste Decreto, apes a data de publicacao deste dispositivo legal.

5 Prefeitura da Estáncia de Atibaia Estado de Säo Paulo 5 publicaca0. Art. 12 Este decreto entra em vigor a partir da data de sua Art. 13 Revogam-se as disposicoes em contrario. PREFEITURA DA ESTANCIA DE ATIBAIA, PALACIO "JERONIMO DE CAMARGO", aos 06 de outubro de Josè Bernardo Denig - PREFEITO MUNICIPAL - oberto Tricoli - SECRETARIO URBANISMO E MEIO AMBIENTE -Ismael Antonio Fernandes- SECRETARIO DE IN.kA-ESTRUTURA A - Marianne da -Costa Antunes Leite - SECRETARIOr ADMINISTRACAO I it) 7 / Lti_t ante Stag ani - SECRETARIO DE ASSUNTOS 3URIDICOS E DA CIDADANIA supra. Publicado e Arquivado na Secretaria de Governo, na data - Cleide Maria Gonsalves de Sant'Anna- SECRETARIO DE GOVERNO SUMA/apcb.