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- Victor Gabriel Chaves Barroso
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1 TEMA: A IMPLANTAÇÃO DO PNAE E A FORMAÇÃO DE NOVOS HÁBITOS ALIMENTARES EM CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DO CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE (CAIC) NO MUNICÍPIO DE MOGI GUAÇU INTRODUÇÃO A alimentação é primordial para o bom desenvolvimento físico e intelectual do ser humano. Em especial, durante o período escolar é fundamental que a criança receba uma nutrição adequada que seja ao mesmo tempo saudável e atraente. Entretanto, em decorrência da variabilidade de ofertas gastronômicas no novo século e da preferência dos mais jovens pelos fast foods e alimentos de calorias vazias, os indicadores epidemiológicos apontam para uma tendência cada vez maior da obesidade infanto-juvenil (MELLO et all, 2004). Como consequência os adultos frutos desta geração acumulam patologias diversas decorrentes de uma alimentação inadequada tais como doenças hipertensão e outros transtornos de saúde (NUNES et all, 2007). Segundo RODRIGUES et all (2008) as causas de maior mortalidade no mundo, hoje, são doenças que poderiam ser evitadas com alimentação adequada, prática regular de exercícios físicos e um estilo de vida saudável, com lazer, controle de estresse, cuidado pessoal, com o próximo e com o meio ambiente. Prevenir é mais fácil e menos dispendioso do que recuperar, e cientes desta realidade que gestores municipais tendem a investir cada vez mais na nutrição infantil em prol de uma sociedade futura com adultos saudáveis. Neste contexto, investimentos em novas propagandas de alimentos, modificações no teor de gordura e açúcar dos alimentos, orientações às famílias quanto à importância da prática de atividades físicas e adoção de hábitos alimentares saudáveis são fundamentais (MELLO et all, 2004). De fato, as estatísticas apontam que a obesidade não é mais um pesadelo da vida adulta. Muitas crianças já são vítimas da obesidade e distúrbios decorrentes. Clinicamente sabe-se que a obesidade é o peso corporal mais de 20% acima do padrão desejável devido ao acúmulo excessivo de tecido adiposo. Ficou provado
2 que a perda de gordura corporal, nos indivíduos obesos, eleva o colesterol HDL, tipo associado com a prevenção de doença cardiovascular (TORTORA, 2007). A Organização Mundial de Saúde (2000) já reconheceu que a obesidade é um grave problema de saúde pública e um dos fatores de risco para as doenças em especial as cardiovasculares, o diabetes mellitus não depende de insulina, os distúrbios metabólicos e endócrinos, a apnéia do sono, as osteoartrites, certos tipos de câncer e vários problemas psicológicos. O agravante segundo a OMS é que esta tendência tende a atingir o público infantil em todo o mundo. Diversos são os fatores que influenciam o comportamento alimentar; externamente as ações de pais, amigos, culturais, mídias e internamente ambiente psico-emocional, auto imagem, vivências dentre outros. Um forte agravante apontado por especialistas consiste no fato de que a dificuldade em estabelecer um controle de saciedade é primordial no desenvolvimento da obesidade (MELLO et all, 2004). Ademais é preciso considerar a etiologia da obesidade. Há fatores exógenos e endógenos que contribuem para o aumento de peso sendo portanto necessário identificar os fatores desencadeantes e facilitadores deste quadro patológico e tratálo segundo as suas características (MELLO et all, 2004). Estudos diversos apontam que a ingestão calórica excessiva e a diminuição da atividade física constituem os principais fatores responsáveis pelo aumento dos índices de obesidade. Por sua vez, o acesso a uma alimentação adequada, informações bem como oportunidades de atividades físicas são fatores muitas vezes restritos às classes sócio econômicas mais privilegiadas (NUNES et all, 2007). Ao contrário do que se espera são justamente países mais desenvolvidos e ricos que a obesidade tem se tornado uma epidemia. O agravante é que esta epidemia tende a se tornar uma realidade das nações de terceiro mundo. Em estudo aprofundado, é comum a todas as nações que houve neste século nos hábitos alimentares dos povos um baixo consumo de frutas, verduras e legumes em especial na infância. Como os hábitos alimentares adquiridos na infância e na adolescência tendem a permanecer na vida adulta, é de fundamental importância o melhor conhecimento dos grupos populacionais de risco, a identificação dos hábitos não saudáveis e as suas causas para que políticas e programas de saúde sejam implementados visando um melhor controle das doenças crônicas da vida adulta (MELLO et all, 2004).
3 Em especial o público infantil deve o primeiro beneficiado visto ser uma etapa de formação física e intelectual além do potencial de agentes multiplicadores das informações que este possui (COLEMAN et all, 2005). Desenvolver novos hábitos nutricionais é fundamental para que as populações futuras sejam saudáveis e produtivas. O investimento em educação é a ferramenta que os gestores têm para alcançarem seus propósitos. Neste contexto, o governo federal do Brasil, busca incentivar o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis em crianças e adolescentes para evitar adultos obesos e doentes no futuro (PELIANO, 1988; DIETZ, 2004). Assim sendo, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é uma ferramenta que ao mesmo tempo busca valorizar a agricultura local e promover alimentação de qualidade a estudantes das escolas públicas (NUNES et all, 2007). Ademais para o sucesso do programa é fundamental a presença do profissional nutricionista em todas as frentes de execução do mesmo a fim de sejam garantidas não apenas as medidas de assistência nutricional, mas também de atenção, orientação e promoção de novos hábitos alimentares. JUSTIFICATIVA O projeto de lei nº de , aprovado em pela Câmara dos Deputados estende a merenda escolar para toda a educação básica, e beneficiará mais de 8 milhões de alunos do ensino médio e 4 milhões de matriculados na educação de jovens e adultos (DANELON et all, 2006). A função desse projeto é construir, uma política de alimentação escolar que promova a saúde no campo da educação e que possa garantir o atendimento de todos os alunos da educação básica, como prevê a Constituição, como também pretende impulsionar a economia de cada município e reforçar as vendas da agricultura familiar. A alimentação escolar é uma prioridade para o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), órgão que assessora o Presidente da República (CONSEA, 2010). Considera-se que uma alimentação escolar de qualidade é um instrumento fundamental para a recuperação de hábitos alimentares saudáveis. Sobretudo para
4 a promoção da segurança alimentar das crianças e jovens no Brasil (VIUNISKI, 2005). Neste contexto, o presente projeto visa contribuir tanto para implantação do projeto nos municípios bem como para o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis nos estudantes das escolas municipais. OBJETIVOS GERAL Adequar o Programa Nacional de Alimentação Escolar ao CAIC da cidade de Mogi Guaçu, SP. ESPECÍFICOS 1. Analisar o consumo alimentar das crianças dentro da escola; 2. Adequar o cardápio alimentar às necessidades nutricionais dos alunos durante a permanência; 3. Promover a alimentação saudável como medida essencial para a saúde; 4. Estimular a produção, a comercialização e o consumo, de alimentos saudáveis, de preferência integrados à agricultura familiar, e com respeito à cultura alimentar; 5. Trabalhar o processo de formação de bons hábitos alimentares. METODOLOGIA Após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Municipal Professor Franco Montoro e presente assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE 1), serão abordados para uma entrevista (APÊNDICES 2) os alunos do Ensino Fundamental (do primeiro ao nono ano) do CAIC na cidade de
5 Mogi Guaçu/SP (CAIC) para avaliar hábitos alimentares. Ademais será realizado um registro dos alimentos oferecidos na escola a estes alunos e posteriormente será efetuada a análise do cardápio em relação às recomendações nutricionais do PNAE. Os dados obtidos serão analisados frente a literatura científica específica e todas as serão armazenadas em planilha de dados Microsoft Excel (versão 2007) para posterior análise estatística. Para obter a independência entre as proporções será utilizado o teste do Quiquadrado e o teste exato de Fisher. O nível de significância a ser adotado é de 5%. O projeto foi elaborado de acordo com as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas envolvendo Seres Humanos (Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 196, de 10 de outubro de 1996). CRONOGRAMA Atividades Projeto Introdução Entrevistas Análise dos números Resultados e gráficos Descrição de resultados Análise de resultados Conclusões a Revisão 1a Correção 2a Revisão 2a Correção 3a Revisão Impressão Publicação
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COLEMAN, K.J.; TILLER, C.L.; SANCHEZ, J.; HEATH, E.M.; SU, O.; MILLIKEN, G.; DZEWALTOWSKI, D.A. Prevention of the epidemic increase in child risk of overweight in low-income schools. The El Paso Coordinated Approach to Child Health. Arch Pediatr Adolesc Med, v. 159, p , CONSEA, Disponível em:< Acesso em DANELON, M.A.S., et all. Serviços de alimentação destinados ao público escolar: análise da convivência do Programa de Alimentação Escolar e das cantinas. Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, v.13, n.1, p , DIETZ, W. Overweight in childhood and adolescent. N Engl J Med, v.350, p.855-7, MELLO, et all. Obesidade infantil: como podemos ser eficazes? J Pediatr (Rio J). v.80, n.3, p , NUNES et all. Excesso de peso, atividade física e hábitos alimentares entre adolescentes de diferentes classes econômicas. Rev Assoc Med Brás v.53, n.2, p.130-4, PELIANO AMM. Os programas alimentares e nutricionais econômicos: In: CHAADAD, J.P., CERVINI, R. Crise e infância no Brasil: no contexto da recessão o impacto das políticas de ajustamento econômico. São Paulo: Unicef; p ,1988. TORTORA, G. al. PRINCIPIOS DE ANATOMIA E FISIOLOGIA. 9ª Edição. Editora Guanabara Koogan 823:831-25, VIUNISKI, N. Obesidade em adultos, um desafio pediátrico? In: Pegolo GE. Obesidade infantil: sinal de alerta. Rev. Nutrição em pauta, n. 74, p. 4-10, set/out WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Geneva: WHO; (WHO Technical Report Series, nº 894).
7 RODRIGUES, L. P. F.; RONCADA, M. J. Educação nutricional no Brasil: evolução e descrição de proposta metodologica para escolas. Com. Ciências Saúde, v.19, n.4, p , 2008.
8 6 APÊNDICES Apêndice 1: Termo de participação e livre consentimento Convido você para participar de uma pesquisa científica entitulada A IMPLANTAÇÃO DO PNAE E A FORMAÇÃO DE NOVOS HÁBITOS ALIMENTARES EM CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DO CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE (CAIC) NO MUNICÍPIO DE MOGI GUAÇU. Esta pesquisa será realizada no CAIC da cidade de Mogi Guaçu, SP. Este projeto coordenado pelos professores: Prof. a MSc. Gismar Monteiro Castro Rodrigues, Profa.MSc. Roseli Filizatti, Profa. Esp. Daniela Oliveira, visa verificar os hábitos alimentares dos alunos do CAIC, estimular a formação de bons hábitos nutricionais ao mesmo tempo que ocorre a implantação do Programa Nacional de Alimentação Escolar do governo federal. Para nos auxiliar nesta pesquisa você somente precisa responder nossas perguntas que se encontram no anexo 2, lembrando que seu nome não será divulgado em momento nenhum da pesquisa e das divulgações dos resultados. Queremos deixar claro que seu nome nunca será divulgado, nem a origem das informações que você nos fornecer. Durante a pesquisa, você poderá tirar qualquer dúvida a respeito do trabalho e, se necessário, entrar em contato com o Núcleo de Apoio à Pesquisa e Extensão (NAPE) da FMPFM, e falar com a coordenadora do mesmo, a Prof. a MSc Gismar Monteiro Castro Rodrigues, na Faculdade Municipal Professor Franco Montoro da cidade de Mogi Guaçu, SP. Você também não terá nenhuma despesa com essa pesquisa. FACULDADE MUNICIPAL PROFESSOR FRANCO MONTORO Nome: Data: Cidade: Assinatura: Pesquisadores:
9 Apêndice 2: Entrevista A IMPLANTAÇÃO DO PNAE E A FORMAÇÃO DE NOVOS HÁBITOS ALIMENTARES EM CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DO CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE (CAIC) NO MUNICÍPIO DE MOGI GUAÇU DATA: Qual o seu nome Qual a data de seu nascimento: / / Idade: Que série você está? Quem mora com você na sua casa? Seu pai trabalha? E sua mãe trabalha? Você come a merenda da escola? Quais as comidas que você mais gosta? Do que você NÃO gosta na merenda? Porque você não come a merenda? - Quando você chega em casa, você almoça novamente? E geralmente o que você come em casa? Você gosta de frutas? Quais: Você gosta de verduras e legumes? Quais? Você faz atividade física na escola quantas vezes: E fora da escola quais esportes você faz? PESO: ALTURA:
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